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Características epidemiológicas da fratura de fêmur em idosos no estado do Rio Grande do Norte entre 2008 e 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA

DAVI MATEUS MACEDO SOARES YASMIN NASCIMENTO DE LIMA

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ENTRE 2008 E 2018

NATAL/RN 2019

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DAVI MATEUS MACEDO SOARES YASMIN NASCIMENTO DE LIMA

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ENTRE 2008 E 2018

Trabalho de Científico Obrigatório apresentado ao curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte do requisito para obtenção do título de Médico.

Orientadora: Prof. Dra. Adriana Bezerra Nunes Faculdade de Medicina

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

NATAL/RN 2019

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RESUMO

A fratura de fêmur é uma das mais significativas causas de mortalidade e perda de funcionalidade da população geriátrica. Assim como outras doenças mais frequentes nesta faixa etária, a fratura tem sua importância aumentada em razão do contexto de envelhecimento populacional em que vivemos. Trata-se de um evento relacionado a altos custos hospitalares e extra hospitalares, principalmente em razão das complicações que são frequentes nesta faixa etária e das consequências a longo prazo que esta patologia acarreta. Dentre as causas mais relacionadas com a ocorrência de fratura de fêmur, a osteoporose figura como uma das mais importantes. Trata-se de uma doença caracterizada pelo distúrbio da microarquitetura óssea, levando a um osso frágil e mais suscetível a fraturas. Estudos sobre este evento indicam que há uma elevada incidência em todo o país, e especialmente elevada nas regiões Sul e Sudeste, quando comparadas à região Nordeste. Apesar disto, estudos específicos para o Rio Grande do Norte inexistem. Os dados sobre o número de casos foram obtidos através do DATASUS, a população do estado pelo censo de 2010 do IBGE, e então foi calculada a incidência. Em nosso trabalho, foi evidenciada uma incidência média anual de 173,76 casos/100.000 habitantes, ligeiramente inferior à média nacional, mas superior à média do Nordeste. Esta incidência foi quase o dobro em mulheres em relação a homens (222,84 casos/100.000 habitantes vs. 111,66 casos/100.000 habitantes, respectivamente), o que corrobora com outros estudos sobre o assunto. Em relação à idade, observou-se que a faixa etária acima de 80 anos foi responsável pelo maior número de internações e de óbitos durante todo o período estudado. O custo médio por internação que encontramos foi de R$ 2424,20. Este valor está muito abaixo do encontrado em outros estudos no Sistema Suplementar de Saúde e em outros países, porém semelhante a outro estudo que se utilizou de dados do DATASUS, o que nos leva a crer que os valores encontrados neste estudo estão abaixo dos valores reais e não refletem o verdadeiro impacto da fratura de fêmur em idosos no Sistema Único de Saúde. Por fim, nosso estudo evidencia que houve um aumento significativo de 36% no número de casos em 2018 em relação ao ano anterior, sendo este aumento ainda maior no sexo feminino (47%), quando comparado ao sexo masculino. É necessário que mais investigações sejam realizadas no futuro para avaliar se isto se trata de um aumento pontual ou se mostrará como uma tendência para esta patologia na população idosa.

Palavras-chave: Fratura de quadril. Osteoporose. Idoso. Idoso de 80 anos ou mais. Estudo de

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ABSTRACT

Hip fracture is one of the most significant causes of mortality and loss of functionality in the geriatric population. Just as other diseases that are more frequently found in this age group, hip fractures have its importance increased as a result of the context of population aging that we live. It is an event related to substantial health services costs, especially considering that complications that are frequent in this age group and the long-term consequences of this event. As of the causes for the occurrence of hip fractures, osteoporosis is considered one of the most important. It is a disease characterized by a disturbance of the bone microarchitecture, resulting in bones that are fragile and more susceptible to fractures. Various studies indicate that the incidence of this disorder is substantial in all of Brazil, specifically in the South and the Southeast Regions of this country, when compared to the Northeast Region. On the other hand, studies restricted to the Rio Grande do Norte state do not exist. The data on the number of cases was collected from DATASUS, the population data was retrieved from the 2010 IBGE census, and then, the incidence was calculated. In this research, we found that the mean annual incidence of hip fractures was 173,76 cases/100.000 habitants, slightly inferior to the national incidence, but superior to the average incidence of the Northeast Region. The incidence of hip fractures was almost the double in women when compared to men (222,84 cases/100.000 habitants vs. 111,66 cases/100.000 habitants, respectively), that information is in accordance to the findings in literature about the topic. By analysing the age, we noticed that the most cases of hip fracture and deaths occurred in the patients aged 80 and over for all the examined time. The mean cost per hospitalization was R$2424,20 in our study. This value is noticeably low when compared to the amount presented in other articles on the Sistema Suplementar de Saúde and other countries, although it is similar to another study that used data from DATASUS. We speculate that the numbers that we found are underestimated and do not reflect upon the real impact of this event on the Sistema Único de Saúde. At last, we noticed that there was a significant increase in the number of cases in 2018 (36%) in comparison to the former year. This increase was more considerable in women (47%) in contrast to men. It is crucial to investigate in the future if this rise is punctual or if it means a change in the trends of hip fracture in this population.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 8 2. METODOLOGIA 11 3. RESULTADOS 12 4. DISCUSSÃO 18 5. CONCLUSÕES 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Representação dos casos de fratura de fêmur no estado do Rio Grande do Norte no

período de 2008 a 2018, divido por ano e por sexo. 122

Figura 2 – Representação gráfica do número da relação entre o número total de internações e óbitos, de acordo com a faixa etária. Observa-se um aumento das internações e óbitos de acordo

com a faixa etária 133

Figura 3 – Gráfico representando o custo total por ano para fraturas de fêmur no Sistema Único de Saúde. Destaca-se o aumento súbito no custo das internações em 2018 144 Figura 4 – Grafico apresenta o custo médio por paciente de fratura de fêmur a cada ano. Destaca-se a diminuição no custo médio por paciente entre 2013 e 2017 144

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição das características dos Casos de Fratura de Fêmur no Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2008-2018 por Faixa Etária 155 Tabela 2 – Incidência de Fratura de Fêmur por faixa etária a cada 100.000 habitantes no Estado

do Rio Grande do Norte no período de 2008 a 2018 155

Tabela 3 – Distribuição de Casos de Fratura de Fêmur no Estado do Rio Grande do Norte entre

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8 1 INTRODUÇÃO

No mundo todo se vive um panorama de envelhecimento populacional. Estima-se que, em 2050, existirão 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo, 80% destas vivendo em países em desenvolvimento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2002). No Brasil, o quadro não é diferente. A estimativa é que em 2050 irão existir aproximadamente 50 milhões de idosos neste país e que a média de idade da população brasileira será de 45,1 anos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2017).

Nessa situação, tem-se importância a consideração acerca das síndromes geriátricas, conjunto de doenças relacionadas com o envelhecimento. Dentre estas, se destacam as quedas, que foram responsáveis por 55% das mortes por ferimentos não intencionais em pessoas acima de 65 anos nos EUA no período de 2012 a 2013 (KRAMAROW e colab., 2015). Estima-se que aproximadamente 30% das pessoas acima de 60 anos sofram pelo menos uma queda por ano, com esta incidência aumentando conforme ocorre o aumento da idade (AGUIAR e ASSIS, 2009). A maior parte destas quedas ocorrem na própria residência do idoso e há uma associação inversamente proporcional com a classe econômica e escolaridade (VIEIRA e colab., 2018). Ademais, as quedas provocam diversas complicações a curto e longo prazo, dentre as quais se sobressaem as fraturas.

A fratura, no contexto médico, é uma entidade clínica caracterizada pela quebra ou ruptura de osso ou cartilagem dura (EDITORA MELHORAMENTOS, 2019). Diversos fatores estão relacionados com fratura em idosos, dentre eles, podemos citar o mecanismo de queda, as medidas antropométricas, a idade, o sexo e a osteoporose. A ocorrência de fraturas em quedas é maior quando uma protuberância óssea é a primeira parte do corpo a ter contato com o chão. Observa-se, também, que em pacientes mais altos e com menor IMC há mais episódios de fraturas por ocasião da queda, devido ao tecido adiposo ter a capacidade de absorver o choque, diminuindo o impacto sobre os ossos (GREENSPAN e colab., 1994).

A partir da quarta década de vida, inicia-se um processo de perda de massa óssea no ser humano. Essa diminuição é ainda mais acentuada no sexo feminino, devido à diminuição dos níveis de estrógeno, um hormônio cuja a função inclui a manutenção da massa óssea, que ocorrem durante e após o climatério e que pode levar a perda de 10-15% do osso cortical e de 25-30% do osso trabecular nos 5 a 10 anos após a menopausa (VONDRACEK e colab., 2004) Essa perda pode levar a osteoporose, uma doença sistêmica caracterizada pela baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, que leva ao aumento da

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9 fragilidade óssea e a maior suscetibilidade a fraturas (PECK e colab., 1993). Esta é a principal condição clínica relacionada a fratura em idosos. Desse modo, ao sofrer uma queda, os idosos com presença dessa doença tem maior risco de sofrer fratura que um idoso sem a doença.

As principais fraturas relacionadas com presença de osteoporose são as que ocorrem em corpos vertebrais, em região distal do rádio e em quadril ou região proximal de fêmur (WEI e colab., 2001). Dentre estas, a fratura proximal de fêmur adquire particular importância por ser a modalidade mais afetada com morbidade, mortalidade e consequências a longo prazo, como deficiência física (BHANDARI e SWIONTKOWSKI, 2017; JOHNELL e KANIS, 2006). 10% dos pacientes que sofreram fratura de fêmur proximal morrem em até 1 mês após a cirurgia e a mortalidade após 1 ano chega a 36% (BHANDARI e SWIONTKOWSKI, 2017). Além disso, as informações acercas desta lesão são mais fidedignas, pois a maioria dos pacientes com esta lesão necessitam de tratamento hospitalar (KANIS e colab., 2012). As fraturas de fêmur são classificadas quanto à sua localização topográfica em proximais, distais e de diáfise. As fraturas proximais são classificadas em trocantéricas, de colo e de região articular/cabeça, enquanto as distais são classificadas em não articulares, parcialmente articulares e totalmente articulares. Todas estas fraturas são classificadas também de acordo com a quantidade de fragmentos formados pela lesão (MÜLLER e colab., 1990). Neste contexto a fratura espelha o nível de envelhecimento, o cuidado com a saúde e assistência ao idoso.

Em 2012, o Brasil foi categorizado como um país com baixo risco para a fratura de fêmur em idosos, com uma incidência de 141 casos/ 100.000 habitantes (KANIS e colab., 2012). Porém, estudos mais recentes vêm mostrando um aumento nessa incidência, chegando a 18,55 casos/ 10.000 habitantes. Devido a origem osteoporótica da maioria dessa fraturas, esse valor é superior no sexo feminino, sendo igual a 22,58 casos/ 10.000 habitantes, enquanto a incidência no sexo masculino é de 13,52 casos/ 10.000 habitantes (OLIVEIRA e BORBA, 2017). Esses dados mais atualizados levariam o Brasil a ser classificado como um país com risco moderado para fraturas de fêmur pelos mesmos critérios estabelecidos no estudo de Kanis e colaboradores.

Considerando-se este panorama, é imprescindível considerar a incidência deste tipo de

lesão em nosso meio, bem como seu impacto monetário para o Sistema Único de Saúde. Porém, inexistem estudos sobre o tema no Rio Grande do Norte (RN), que tem acompanhado a tendência mundial de envelhecimento populacional, contando com 342.890 idosos em sua população de acordo com o último censo populacional (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010).

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10 1.1 Objetivo geral

• Avaliar os dados epidemiológicos relacionados à ocorrência de fraturas de fêmur na população acima de 60 anos do RN no período de 11 anos entre 2008 e 2018.

1.2 Objetivos específicos

• Relacionar os dados relativos à idade e sexo da população acima de 60 anos que apresentou fratura de fêmur no período supracitado com os da literatura

• Avaliar a incidência de fratura de fêmur na população acima de 60 anos no RN. • Avaliar os dados relativos aos custos intra-hospitalares totais desta patologia. • Avaliar os dados relativos aos custos intra-hospitalares por paciente.

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11 2 METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma série temporal da incidência de fraturas de fêmur em idosos no estado do Rio Grande do Norte compreendendo o período entre 2008 e 2018. A coleta de dados for realizada a partir das informações presentes no Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATA-SUS) no endereço eletrônico http://datasus.saude.gov.br/, durante o mês outubro de 2019. Além disso, foram coletados os dados sobre a população acima de 60 anos no Estado do Rio Grande do Norte, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no endereço eletrônico https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/panorama durante o mês de outubro de 2019.

Na pesquisa, foram incluídos todos os casos notificados de fratura de fêmur, sem distinção de localização anatômica, correspondentes aos códigos S72.0 a S72.9 na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).

Foram obtidas informações a respeito de idade, sexo, número de internações, óbitos, custo total, custo médio por internação. A idade foi categorizada em faixas etárias de 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, 70 a 74 anos, 75 a 79 anos e acima de 80 anos.

Os dados foram extraídos ano a ano em formato de planilha para o Microsoft Excel para Office 365 em MSO. Os cálculos estatísticos do coeficiente de incidência foram padronizados de acordo com o sexo e grupo etário e realizados a partir da equação:

𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠

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12 3 RESULTADOS

No total, foram registradas 6.554 internações por fratura de fêmur no período estudado, uma média de 595,8 casos por ano. Na figura 01 são apresentados o número de internações ocorridos por ano e divididos por sexo.

Dentre o total de casos de fratura nestes 11 anos, 4.695 (71,6%) ocorreram em pacientes do sexo feminino, uma média de 426,8 casos ao ano, e 1.859 (28,4%) em pacientes do sexo masculino, uma média de 169 casos ao ano. Essa diferença entre os sexos se manteve durante todo o período.

O ano de 2008 teve o menor número total de internações registradas (526) enquanto 2018 foi o ano com o maior número de registros (817), sendo este um aumento de 216 (36%) internações em relação ao ano anterior. Este aumento foi mais significativo na parcela do sexo feminino, sendo um incremento de 196 (47%) no número de internações para este sexo.

Figura 1 – Representação dos casos de fratura de fêmur no estado do Rio Grande do Norte no período de 2008 a 2018, divido por ano e por sexo.

Na figura 02, é exibida a relação entre o número total de internações e o número total de óbitos durante o período de 11 anos estudado. Durante todo o período estudado, foram registrados 211 óbitos no total. Em relação à faixa etária, a faixa etária entre 60 e 64 anos teve o menor número de internações e óbitos registrados. Nesta categoria, houve 482 (7%) internações e 11 (5%) óbitos durante todo o período estudado. Já a faixa etária de pacientes

0 100 200 300 400 500 600 700 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Masculino Feminino

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13 acima de 80 anos apresentou o maior número de internações e de óbitos no período. Para estes, foram encontrados 3.564 (54%) internações e 194 (70%) óbitos.

Figura 2 – Representação gráfica do número da relação entre o número total de internações e óbitos, de acordo com a faixa etária. Observa-se um aumento das internações e óbitos de acordo com o aumento da faixa etária.

No tocante aos custos relacionados com este evento, o gasto médio durante o período estudado foi de R$1.444.382,20. Na figura 03 são expostos os custos anuais com pacientes internados por fratura de fêmur. O ano em que foi observado um menor valor de custo relacionado a esta enfermidade foi 2016, em que foi registrada uma despesa de R$ 1.062.405,88. Em 2018 foi observado a maior despesa em todo o período estudado, de R$ 2.138.220,73. Um aumento de R$ 693.838,53 (48%) em relação à média do período.

0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 anos e mais Número de Internações Número de Óbitos

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Figura 3 – Gráfico representando o custo total por ano para fraturas de fêmur no Sistema Único de Saúde. Destaca-se o aumento súbito no custo das internações em 2018

Os dados de custo por paciente a cada ano estão evidenciados na figura 04. Percebe-se que há uma diminuição nos custos médios por paciente entre os anos de 2013 a 2017, com o menor valor sendo atingido em 2015, de R$ 1903,39, retomando os valores anteriores e até os superando em 2018. O maior gasto da série temporal ocorreu em 2009, de R$ 2875,27 por paciente. O gasto médio por paciente por internação foi de R$ 2424,20 durante todo o período estudado.

Figura 4 – Gráfico apresenta o custo médio por paciente de fratura de fêmur a cada ano. Destaca-se a diminuição no custo médio por paciente entre 2013 e 2017

1.000.000,00 1.200.000,00 1.400.000,00 1.600.000,00 1.800.000,00 2.000.000,00 2.200.000,00 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1000,00 1200,00 1400,00 1600,00 1800,00 2000,00 2200,00 2400,00 2600,00 2800,00 3000,00 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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Na tabela 01, são apresentados o número de internações, óbitos, custo total (R$) e custo médio por paciente (R$) durante todo o período de 11 anos, classificados de acordo com as faixas etárias analisadas em nosso estudo. Observa-se que em todas as variáveis apresentadas, há um aumento da frequência e dos custos com o aumento da idade, sendo a faixa etária de 80 anos ou mais a que atinge os maiores denominadores.

Faixa Etária 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 anos e mais

Total

Internações 482 618 809 1.081 3.564 6.554

Óbitos 11 10 12 29 149 211

Custo Total (R$) 996.575,41 1.360.928,17 1.937.808,76 2.575.503,15 9.017.388,68 15.888.204,17 Custo Médio por

Paciente (R$)

2067,58 2202,15 2395,31 2382,52 2530,13 2424,20

Tabela 1 – Distribuição das características dos Casos de Fratura de Fêmur no Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2008-2018 por Faixa Etária

A incidência média anual para a ocorrência de fratura de fêmur em nosso estado é de 173,76 casos/100.000 habitantes. Na Tabela 02, é apresentada a incidência média anual desta patologia a cada 100.000 habitantes, classificado por faixa etária e sexo.

É possível observar um aumento progressivo da incidência conforme há um aumento da idade em ambos os sexos, com pico aos 80 anos ou mais, com uma incidência de 535,96 casos/100.000 habitantes nesta faixa etária. O sexo feminino foi o mais afetado em todas as faixas etárias, exceto na faixa de 60 a 64 anos, resultando numa incidência média total de 222,84 casos/100.000 habitantes, 99,6% maior que no sexo masculino.

Considerando apenas o ano de 2018, a incidência média total é de 238,27 casos/100.000 habitantes, um aumento de 37% em relação à média do período. Esse aumento se deve principalmente a incidência no sexo feminino, que aumentou para 319,53 casos/100.000 habitantes, um aumento de 43%. No sexo masculino, o aumento foi de 20,4%, passando para uma incidência de 135,44 casos/100.000 habitantes.

60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 anos e mais Total

Masculino 44,23 60,90 71,97 154,90 319,89 111,66

Feminino 40,63 84,36 154,47 308,39 691,40 222,84

Total 42,27 73,82 118,14 243,10 535,96 173,76

Tabela 2 – Incidência de Fratura de Fêmur por faixa etária a cada 100.000 habitantes no Estado do Rio Grande do Norte no período de 2008 a 2018

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A Tabela 03 apresenta as internações, óbitos, custo total (R$) e custo médio por paciente, classificados de acordo com o sexo e o ano de processamento. As pacientes de sexo feminino apresentam-se como as maiores afetadas pela fratura de fêmur durante todo o período avaliado, sendo responsáveis pela maioria das internações, óbitos, custo total e apresentando um custo médio por paciente 4,2% maior. O ano de 2018 apresenta o maior número de internações, óbitos e custo total para este sexo.

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M 160 155 148 179 188 144 163 190 142 185 205 1.859 F 366 375 426 441 399 417 422 426 395 416 612 4.695 Total 526 530 574 620 587 561 585 616 537 601 817 6.554 ÓBITOS M 4 9 4 8 13 3 5 8 3 4 5 66 F 11 14 18 18 17 18 11 5 9 9 15 145 Total 15 23 22 26 30 21 16 13 12 13 20 211 CUSTO TOTAL (R$) M 411.828,39 421.290,72 335.935,08 448.726,99 475.368,37 311.130,90 389.990,76 359.576,11 285.386,07 385.092,91 548.516,19 4.372.842,49 F 989.459,42 1.102.832,58 1.187.613,12 1.139.469,34 1.087.605,44 999.744,14 881.375,94 812.910,63 777.019,81 947.626,72 1.589.704,54 11.515.361,68 Total 1.401.287,81 1.524.123,30 1.523.548,20 1.588.196,33 1.562.973,81 1.310.875,04 1.271.366,70 1.172.486,74 1.062.405,88 1.332.719,63 2.138.220,73 15.888.204,17 CUSTO MÉDIO POR INTERNAÇÃO (R$) M 2573,93 2718,00 2269,83 2506,85 2528,56 2160,63 2392,58 1892,51 2009,76 2081,58 2675,69 2352,26 F 2703,44 2940,89 2787,82 2583,83 2725,83 2397,47 2088,57 1908,24 1967,14 2277,95 2597,56 2452,69 Total 2664,05 2875,70 2654,27 2561,61 2662,65 2336,68 2173,28 1903,39 1978,41 2217,50 2617,16 2424,20

Tabela 3 – Distribuição de Casos de Fratura de Fêmur no Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2008-2018 por Ano de Processamento

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18 4 DISCUSSÃO

Este trabalho avaliou a incidência de fratura de fêmur em idosos no estado do Rio Grande do Norte a partir de dados secundários colhidos pelo SIH-SUS. A fratura de fêmur foi selecionada por ser um dos eventos mais relacionados com morbidade e mortalidade na população estudada (WEI e colab., 2001). Além disso, dentre as fraturas osteoporóticas, a de fêmur destaca-se como a mais relacionada com mortalidade em um ano e é uma das 10 principais causas de perda de funcionalidade no mundo (BHANDARI e SWIONTKOWSKI, 2017; CHANG e colab., 2019). Estima-se que a ocorrência de quedas no Brasil e no mundo seja de 30%, sendo este risco ainda maior com o aumento da idade (CRUZ e colab., 2017; NEVITT e colab., 1989). Este evento é uma importante etiologia da ocorrência de fraturas nesta faixa etária.

A fratura de fêmur depende da anatomia e do estado metabólico do osso, bem como das forças de impacto que são aplicadas no evento. Deste modo, ao ocorrer uma queda, o impacto ocorre principalmente na região proximal deste osso, o que explicaria porque a maior parte destas fraturas em idosos ocorre nesta região (SARVI, 2018).

Em nosso estudo foi observado um maior número desta lesão no sexo feminino (71,6%) em todos o período avaliado. Estes achados estão de acordo com a literatura acerca do assunto (MAZZUCCHELLI e colab., 2019; NG e colab., 2012). Soares e colaboradores (2014) realizaram uma série temporal utilizando dados secundários do SIH-SUS, analisando todas as internações por fraturas de fêmur no Brasil no período de 2008 a 2012. Seus dados para o número absoluto de fraturas por sexo estão de acordo com o encontrado em nosso estudo. Observa-se, que os números absolutos encontrados para o Rio Grande do Norte são mais elevados apenas do que os do Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe (SOARES e colab., 2014).

Em relação à idade, observa-se que as internações ocorreram em menor número na faixa etária de 60 a 64 anos e que aumentaram proporcionalmente com o aumento da idade. Estes resultados estão de acordo com outros estudos sobre o tema. Supõe-se que os mecanismos de queda e, consequentemente, de fraturas nos idosos não são homogêneos entre as faixas etárias, assim como que os idosos mais velhos possuem um perfil de saúde mais frágil que os mais novos (CRUZ e colab., 2017). Além disso, idade acima de 80 anos é descrita como um importante fator de risco para a ocorrência de quedas, o que pode justificar o número de fraturas nessa faixa etária (NEVITT e colab., 1989; ZERBINI e colab., 2015).

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19 Ademais, verifica-se em nosso estudo que a faixa etária acima de 80 anos foi a mais relacionada com um maior número de óbitos. Outros estudos também constatam que a idade avançada está mais correlacionada com desfechos desfavoráveis e com aumento da mortalidade nos eventos de fratura de fêmur (CHANG e colab., 2019), aumentando gradativamente com a idade, chegando a 31% de mortalidade intra-hospitalar e 56% de mortalidade em até 1 ano para pacientes acima de 100 anos de idade. (SAKAKI e colab., 2004). Outros estudos apresentam dados semelhantes, em 2017, Guerra e colaboradores encontraram que 38,3% dos óbitos de seu estudo ocorreu em idosos de 86 anos ou mais, quando eles compunham apenas 24,6% da população do estudo (GUERRA e colab., 2017).

A incidência média de fratura de fêmur encontradas nesse estudo foram ligeiramente inferiores à média nacional. No Brasil, as taxas de incidência em pessoas acima de 60 anos são de 18,55 casos/10.000 habitantes, sendo 22,58 casos/10.000 habitantes em mulheres e 13,52 casos/10.000 habitantes em homens (OLIVEIRA e BORBA, 2017). No estado do Rio Grande de Norte, a incidência média total encontrada foi de 17,37 casos/10.000 habitantes. Em homens, a incidência é de 11,17 casos/10.000 habitantes e em mulheres, de 22,28 casos/10.000 habitantes.

Essa diferença se torna mais pronunciada quando comparamos com estados do Sul e Sudeste do país. No estado do Paraná, a incidência média total foi de 19,8 casos/10.000 habitantes, 13,12 casos/10.000 habitantes, em homens e 25,14 casos/10.000 habitantes em mulheres (OLIVEIRA e BORBA, 2017). Na região Sul e Sudeste, as incidências médias encontradas no ano de 2012 foram, respectivamente, 2,03 casos/1.000 habitantes e 2,12 casos/1.000 habitantes no total, 1,40 casos/1.000 habitantes e 1,63 em homens, e 2,67 casos/1.000 habitantes e 2,62 casos/1.000 habitantes em mulheres (SOARES e colab., 2014). Ao comparar com o restante do Nordeste, o Rio Grande do Norte apresenta uma incidência de fraturas superior ao esperado. O Nordeste apresentou no ano de 2012 uma incidência média total de 1,08 casos/1.000 habitantes, 1,52 casos/1.000 habitantes no sexo feminino e 0,63 casos/1.000 habitantes no sexo masculino. (SOARES e colab., 2014).

Entretanto, nosso estudo encontrou um aumento significativo na incidência de fraturas no sexo feminino em 2018. Se analisarmos apenas o ano de 2018, a incidência dessa patologia foi superior à média nacional, chegando a alcançar 319,53 casos/100.000 habitantes no sexo feminino, o que pode ser classificado como alto risco para fraturas (KANIS e colab., 2012). É necessário manter a atenção sobre esse número, para investigar a causa desse crescimento e se ele vai se mostrar algo pontual ou persistente.

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20 Quanto ao custo, os resultados foram inconsistentes com os encontrados em outros estudos. Neste estudo, o custo médio por internação foi de R$2424,20. Já no Sistema Suplementar de Saúde Brasileiro, o custo encontrado por hospitalização foi de 24 mil reais (ARAÚJO e colab., 2005). Em outros países, os gastos são ainda maiores. Em Israel, as despesas diretas com fraturas de quadril foram de US$ 20.282,00, enquanto em países europeus, como os Países baixos, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e França os gastos encontram-se em torno de 13 a 15 mil dólares, chegando a US$ 24.968,00 na Alemanha, US$ 26.484,00 na Itália, e US$ 34.047,00 na Dinamarca (BARNEA e colab., 2018). Porém, o custo foi semelhante a outro estudo realizado no estado do Paraná, que também se utilizou de dados do DATASUS, evidenciando um custo médio por internação de R$2618,38 (OLIVEIRA e BORBA, 2017).

Essa discrepância pode ser explicada pelos baixos valores que se encontram na Tabela SUS, que define os valores repassados pelo governo federal aos hospitais para a realização de procedimentos. Nela, os valores relacionados a este e outros procedimentos, não acompanharam nem mesmo a inflação da moeda brasileira, passando de 1.674,79 em janeiro de 2008 para 1.968,54 em dezembro de 2014, uma defasagem de 26% em relação a inflação no mesmo período (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2015). Essa situação leva, em muitos casos, a prejuízo no funcionamento de hospitais, resultando no endividamento de hospitais filantrópicos financiados pelo SUS (PIRES e colab., 2017) e na diminuição do interesse de profissionais de trabalhar no sistema. Além disso, outros fatores como a situação econômica e custo de vida leva a diferenças salariais entre os países, justificando os maiores valores encontrados nos países europeus e Israel. É importante salientar que os custos detectados nesse estudo só se referem aos custos intra-hospitalares da fratura, e, portanto, não levam em consideração os gastos pós-hospital, que incluem a reabilitação, necessidade de internação em instituições de longa permanência, dentre outros.

A impossibilidade de delimitar as fraturas como fraturas de quadril e o caráter osteoporótico da fratura, em razão do DATASUS fornecer apenas dados relacionados ao diagnóstico geral de “Fratura de Fêmur”, foi a maior limitação de nosso estudo. Porém, já está demonstrado que a incidência de osteoporose e de fraturas aumenta com a idade (PINHEIRO e colab., 2010) e que a fratura de quadril corresponde a maioria dos casos de fratura de fêmur (NIEVES e colab., 2010). Com base nessas informações, inferimos que a osteoporose foi a principal causa de fratura e que a fratura de quadril é a mais prevalente.

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21 É importante, porém, destacar que estas limitações relacionadas à coleta de dados a partir do DATASUS são sintomas de um problema maior em relação a confiabilidade e a qualidade dos dados disponíveis através deste sistema. Alguns estudos avaliam que alguns dos dados presentes no sistema são sub-registrados (FRIAS e colab., 2008; TOMIMATSU e colab., 2009), o que pode indicar um problema global do sistema. Há, entretanto, uma escassez de estudos que avaliem a qualidade dos dados presentes no DATASUS (PICCOLO, 2018), o que indica que há também uma necessidade em avaliar este sistema.

Em suma, constata-se que a fratura de fêmur é um importante evento clínico para a população idosa em razão de suas possíveis complicações e efeitos a longo prazo. Observa-se que em nosso estado esta lesão tem um importante impacto financeiro no Sistema Único de Saúde.

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22 5 CONCLUSÕES

As características epidemiológicas encontradas em estudo foram similares as encontradas na literatura acerca do tema, com um predomínio de fraturas de fêmur no sexo feminino e em idosos maiores de 80 anos.

A incidência de fratura de fêmur encontrada foi inferior à média nacional, porém superior à de outros estados da região nordeste. Porém no ano de 2018, ocorreu um aumento do número de fraturas no estado, principalmente no sexo feminino, ultrapassando significativamente a média nacional.

Os custos por paciente encontrados foram inferiores aos detectados em outros estudos. Donde se conclui que são necessários mais estudos acerca da fratura de fêmur na população idosa em nosso estado se processem para o correto planejamento de ações de saúde seja realizado.

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23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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