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Os modais poder e dever : critérios de auxiliaridade

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Academic year: 2021

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OS MODA IS P ODER E DEl/ER - C R I T É R I O S DE A U X I L I A R I D A D E

D I S S E R T A Ç Ã O S U B M E T I D A A U N I V E R S I D A D E F E D ERA L DE SANTA C ATA R I N A PA RA A O B T E N Ç Ã O DO GRAU DE MES TRE EM L E TRAS

INGO B U R C K H A R D T

(2)

ESTA D I S S E R T A Ç Ã O FOI 3UL GADA ADEQUADA PARA A O B T E N Ç Ã O DO TÍTU LO DE

ME ST R E EFl LETR A S

E S P E C I A L I D A D E L I N G Ü Í S T I C A E APROVADA EM SUA FORMA FINAL PELO P R O G R A M A DE P Ó S - G R A D U A Ç Ã O .

PROFA. SOLANGE DE A2AM BU0A LIRA O r i e n t a d o r a

PROFA. DOLORES SI MÕ ES DE ALMEIDA I n t o g r a d o r a do Curso

A P R E S E N T A D A PER ANT E A BANCA E X A M I N A D O R A C OMPO ST A DOS P R O F E S S O R E S ^

(3)

AOS MEUS PAIS E S POSA

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A G R A D E C I M E N T O S

À U N I V E R S I D A D E FEDERAL DE SANTA CATARINA,

A PROF E S S O R A SOL ANG E DE A ZARB U3A LIRA - O R I E N T A D O R A .

A O S P R O F E S S O R E S PA ULINO l/ANDRESEN, HILARIO I. BOHN E TERE S I N H A O E N N I N G MICHELS,,

AOS COL EGA S 30SÍ C A M PESTRINI E DEMERWAL MAFRA.

AOS AMI GO S DA FUND AÇÃO E D U C A C I O N A L ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - FEARPE,

(5)

1. P r e s s u p o s i ç õ e s . ... ... ... 3

1.1. D e l i m i t a ç õ e s ... ...13

2. R esenha B i b l i o g r á f i c a ... 16

2.1. As G r amáticas Tradic i o n a i s e os Moda is 16 2.2. Os Trab al ho s L i n g ü í s t i c o s e os M o d a i s ... 19

2.2.1. C o n s i d e r a ç ã o dos Modais como Auxi l i a r e s ... 19

2.2.2. C o n s i d e r a ç ã o dos Modais como Uerbos Pr incipais. . , 21

2.2.3. Outros T r a b a l h o s L i n g ü í s t i c o s ... . ... 27

2.3. Os T rabalhos L i n g ü í s t i c o s e os Mo da is no P o r t u g u ê s . . 3. Os A u x i l i a r e s M o d a i s Poder e D e v e r . . . . • ... 38

3.1. C rit é r i o s de A u x i l i a r i d a d e de Poder e D e v e r ... 38

3.1.1. Colo c a ç ã o an tes de Inf init ivo ... 38

3.1.2. Uso do verbo com o C o m p l e m e n t i z a d o r q u e ... 40

3.1.3. Admis são de L N - s u j e i t o Di fe rente para o M o d a l e o Inf ini tiv o. ... 41

3.1.4. Em pr ego do S u bjuntivo . . . ... 41

3.1.5. E m p r e g o dos Clít i c o s ... .. ...42

3.1.6. S u b s t i t u i ç ã o do A uxiliado por um Pronome. . . . 47

3.1.7. 0 Pronome _0 como P r o - S ... 52

3.1.8. A N e g a t i v i z a ç ã o ... . . . . 54

3.1.9. A A p a s s i v a ç ã o . „ . ... 60

3.2. Alguns Pr ob lemas Te óricos Su rg id os até a q u i ... 62

3.2.1. R e a v a l i a ç ã o dos Critér ios Em pr e g a d o s , ... 62

3.2.2. Os S i g n i f i c a d o s Básicos e os S i g n i f i c a d o s S e c u n d á - rios de Poder e D e v e r ... .. 68

3.2.3. A lteração da Regra do Auxi lia r. ... 70

4. C o n c l u s ã o . . . ... 82

B i b l i o g r a f i a ... 83

AIMEXO I ... . 8 9 ANEXO I I ... .. ... ' . . . ... 92

(6)

SI MB OLOGIA Aux . ... .. ... AuX'á.iÍ‘âr I n f ... .Inf initivo LN ... .L ocu ç ã o Nominal L P r e d ... .L ocuç ão P r e d i c a t i u a L V ... Locu çã o l/erbal M ... Modal l \ l ... l\)ome P P ... Pa rt icípio P r o g r ... Prog r e s s i v o S ... .Sentença S C ... ...sím bolo Complexo T e ... Tempo \ J ... Uerbo 0 ... Zero + ... .C o n c a t e n a ç ã o _■ ..y .... Sinal de R e e s c r i t u r a

( ) ... . . . . E l e m e n t o opci o n a l dentr o da regra.

A b r e v i a ç ã o de regras ou s e n t e n ç a s p a r è i a l m e n t e iguais.

? ... ... S entenças duvi d o s a s qua nto a grama-tic ali dad e.

* ... . . . . Sent e n ç a s A g r a m a t i c a i s .

DBS; 0 termo O r a ç ã o , que às vezes apa rece no trabalho, eqüivale a Sentença.

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RESU MO

Nest a d i s s e r t a ç ã o tentamos a n a l i s a r os v e rbos pode r e dever, tentand o d e m o n s t r a r que eles são a u x i l i a r e s no portu guê s.

Tomamos como base a te oria e x p o s t a por Choms ky numa série de trabalhos, e s p e c i a l m e n t e os mais recentes, sobre a EST - E x t e n d e d S t a n d a r d Theory.

No p r i m e i r o capít ulo p r o c u r a m o s a p r e s e n t a r a me todo - l ogi a s e g u i d a no trabalho. A p r e s e n t a m o s r e s u m i d a m e n t e o método de trab a l h o dentro das g r a m á t i c a s t r a d i c i o n a i s e da l i n g ü í s t i ­ ca e s t r u t u r a l , como ta mb ém a p r e s e n t a m o s os m o t ivo s por que não faztímos uso dessas met o d o l o g i a s . Em s e g u i d a exposoíà a teoria da g r a m á t i c a g e r a t i v o - t r a n s f o r m a c i o n a l , bem como as duas correji tes dent r o dessa e s c o l a li ngü ísti ca; a teoria s t a n d a r d ( a m p l i a ­ da) e a s e m â n t i c a gerativ a.

No seg u n d o capí t u l o a n a l i s a m o s uma série de trab alhos que se o c u p a m do e s t u d o dos modais, no port u g u ê s e em out r a s lín guas. Proc u r a m o s c o n t e s t a r as idéia s a p r e s e n t a d a s em alguns de_s ses traba lho s, m o s t r a n d o sua fraq u e z a e x p l a n a t ó r i a .

No tercei ro capítulo a p r e s e n t a m o s uma série de crités rios si ntáticos, d e m o n s t r a n d o que p oder e dever são a u x i liares.

No final do terceiro ca pítulo, tentamos s o l u c i o n a r al_ guns dos p r o b l e m a s l e v a n t a d o s com a d i s c u s s ã o da a u x i l i a r i d a d e de poc^er e ,dever- no m esmo capítulo. Fazemo s uma r e a v a l i a ç ã o dos c r i t é r i o s e m p r e g a d o s . Pr opo mos alguns outro s tra bal hos . Propo - mos, a inda uma a l t e r n a t i v a de r e e s c r i t u r a do a u x i l i a r no p o r t u ­ guês, p a r t i n d o da r egra p r o p o s t a por Chomsky em vár ios trabalhes

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A B S T R A C T

This thesis is an a t t empt to analyze the uerbs Poder and Dever, trying to shoui that they are au xil ia ry verbs in Por-

t u g u e s e .

The basis is Cho msk y's theory on E S T - E x t e n d e d S t a n ­ dard Theory - d e f e n d e d in a series of uíorks, e s p e c i a l l y those more u p - t o - d a t e ones.

In the first ch apter tua p r e sent the m e t h o d o l o g y adop- ted in this oiork. We briefly expo se the me thod of r e s e a r c h both ujithin the t r a d i t i o n a l gra mma rs and the s t r uctural linguistics, g i v i n g the re asons uihy lue do not folloiu these m e t h o d o l o g i e s . T h e r e a f t e r w b revea l the theory of the g e n e r a t i v e - t r a n s f o r m a t Í £ nal gram m a r and the tujo trends luithin this l in g u i s t i c scho ol :

the (Ex ten ded ) S t a n d a r d Theory and the gen erative sema nti cs. In the sec o nd chapter uje analy ze various uiorks dea lin g uuith the study of moda l s both in P o r t u g u e s e and in other langu_a ges. Wb oppose the ideas of some of these uuorks, shoiuing their

e x p l a n a t o r y we aknesses.

The third cha pter incl udes a series of s y n t a c t i c cri- teria, d e m o n s t r a t i n g that Poder and Dev/er are aux i l i a r i e s .

Finally, the third chapter is c oncerned luith the so- lu tio n of some of the prob l e m s d e r i u e d from the d i s c u s s i o n of the " a u x i l i a r i t y " of Poder a n d . D e v e r in the same ch apter. We r e e x a m i n e the crite ria adopted and s u g g e s t some ot her res earchea M ore o u e r , lue advocat e a reiuriting a l t e r n a t i v e for the au xili ary

in P o r tuguese, e u o l u e d from the rule prop o s e d by Cho msk y in va- ri ous ujorks.

(9)

m e l h o r e s r e s u l t a d o s no e n sino e a p r e n d i z a g e m da língua, e s t â o a inda em gr ande falta no Brasil, Ha n e c e s s i d a d e , p n r t a n t è , d e se tentar a n á l i s e s do p o r t u g u ê s que p o s sam f o r n e c e r dados a sêre m a p l i c a d o s p o s t e r i o r m e n t e no e n s i n o da língua. Tendo em v ista e_s te pr ob lem a, p r o p u s e m o - n o s a fazer um e s tud o que pude sso ser a- p r o v e i t a d o f u t u r a m e n t e para tal fim.

P r o c uramos, neste trabalho, a r g u m e n t a r a favor da con_ dição de p o d e r e dever serem semp re a u x i l i a r e s - m o d a i s no p o r t u ­ guês, d e m o n s t r a n d o , atra vés de uma série de crit é r i o s si ntátí - COS, a a s s e r t i v a dess a n o s s a supo siç ão. Ao m e s m o tempc te nta mos a p r e s e n t a r uma aná lise a l t e r n a t i v a que dê c o n t a de p r o b l e m a s do p o r t u g u ê s como em s entenças do tipo;

(1) Pedro pode ter e s tad o jogan do futebol. (2) Pedro devo ter est ad o joga ndo futebol,

em que o a u x i l i a r segue a r e e s c r i t u r a a p r e s e n t a d a por Cho msk y em " S y n t a c t i o S t r u c t u r e s " , "Asp e c t s of the Theory of Syntax" e ou- trcs tr abalhos.

A an álise a l t e r n a t i v a daria conta, p r i n c i p a l m e n t e , de s e n t e n ç a s como (3) e (4), p o s s í v e i s em p o rtug uês.

(3) Pedro tem est ado p o d e n d o jogar futebol. (A) Pedro tem e s t a d o devendo jogar futebol.

N e s t a s s entenças não se segue a regra p r o p o s t a por Chomsky.

E sta análise a l t e r nativa, me smo que não seja a mais correta, pod erá, no enta nto , o f e r e c e r dados p a r a futuros t r a b a ­ lhos sobre o assunto,

0 traba lho visa um l e v a n t a m e n t o te órico e p o s t e r i o r d i s c u s s ã o do p r o b l e m a da a u x i l i a r i d a d e de p o d e r e dever, nao l_e va ndo em c o n t a a sua a p l i c a ç ã o p r á t i c a no e n s i n o da língua.

A ques t ã o do a u x i l i a r ainda nos pare c e um tema relat_i vã mente c e n t r a l para a d i s c u s s ã o de uma série de outros p r o b l e ­ mas, como a n o m i n a l i z a ç ã o , a n e g a t i v i z a ç ã o , a a p a s s i v a ç ã o e a p r o n o m i n a l i z a ç ã o . Daí a sua d i s c u s s ã o aqui.

Op tamos, no trabalho, pela teoria e x p o s t a por Cho msky em vários tra balhos; a EST, isto é, a teor ia s t a n d a r d a m p l i a d a ( E x t e n d e d S t a n d a r d Theory)- Serv e-n os, também, a teor ia e x p o s t a por 3 a c k e n d o f f em " Semantic I n t e r p r e t a t i o n in Gen e r a t i v e Gram - mar" (1972), em que o autor segue a m esma linha de Chomsky.

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p r o p o n d o uma aná lise a l t e r n a t i v a para dar c onta deste caso. Em resumoj proc ura mo s;

- d e m o n s t r a r que poder e dev er sempre sao a u x i l i a r e s - m o d a i s ; - d e m o n s t r a r que eles dev em ser e s t a b e l e c i d o s como tais em t e r ­

mos si ntáti cosj

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base na g r a m á t i c a tradicional ou ent ão na l i n g ü í s t i c a e s t r u t u r a lista.

N e n h u m a das duas correntes, c o n s e g u i a e x p l i c a r satisf_a t o r iamente os p r o b l e m a s l i n g ü í s t i c o s , A g r a m á t i c a t r a d i c i o n a l / base a v a - s e p r i n c i p a l m e n t e na e s t r u t u r a da s e n t e n ç a que a p a r e c i a f o n e t i c a m e n t e , isto é, na s aída fonética das s e n t e n ç a s ,Com isso p e r d i a m uito da cap a c i d a d e e x p l a n a t ó r i a que ser ia n e c e s s á r i a , ^ lém da i n c a p a c i d a d e e x p l a n a t ó r i a , ela p o ssui o u tras f a l has,tais comoí

a. a l a t i n i z a ç S o no mode lo de d e s c r i ç ã o de l í n g u a s ind ividuais; b. a di reção norm ati va;

c. a p r i m a z i a da líng u a e s c r i t a em oposi ç ã o à l í ngua falada. Chom s k y (1966) ^ fala - n o s da- g r a m á t i c a tradic ion al: "com o tem sido e n f a t i z a d o r e p e t i d a m e n t e , g r a m á t i c a s tradicionais a p e l a m e s s e n c i a l m e n t e à i n t e l i g ê n c i a do lei tor. Elas r e a l m e n t e não f o r m u l a m as regra s da gr amática, mas dão antes exemplos e s u g e s t õ e s que c a p a c i t a m o l e i t o r i n t e l i g e n t e a d e t e r m i n a r a gra m átic a, de a l g u m a m a n e i r a que não ê e n t e n d i d a c o m p l e t a m e n t e . E- las não a p r e s e n t a m uma análise da "facu lte de lan guage" que tor na p o s s í v e l e s t a realização",.

P ort anto, há l i m i t a ç õ e s que dev em ser su peradas, e é isso o que se p r o c u r a fazer just a m e n t e na g r a m á t i c a gera t i v o - t r a n s f o r m a c i o n a l M e s m o assim, alguns p o ntos das g r a m á t i c a s tr^ d i c i o n a i s sãc a p r o v e i t a d o s p e l a g e r a t i v o - t r a n s f o r m a c i o n a l , como vere m o s mais adiante.

A lir^güística e s t r u t u r a l , igualmente, não pos sui suf_i ciente força e x p l a n a t ó r i a dos fatos da língua. Em p r i m e i r o lugar, não se o b s e r v a com s u f i c i e n t e rigo r a i n t e r d e p e n d ê n c i a entre ocf três c o m p o n e n t e s de uma gramáti ca; Sintaxe, F o n o l o g i a 0 Sgmânti_ ca. Aliás, a S e m â n t i c a é d e i x a d a p r a t i c a m e n t e de lado, A F o n o l £ gia, a M o r f o l o g i a e a Sin tax e são estu d a d a s como se foss em um / todo, cada uma por si. Aci ma de tudo se faz o e s t u d o do fone m a e, com ele, a parte f o n é t i c a em geral.

Em s e g u n d o luga r ela sempre parte de uma a ná li se indu_ tiva, sem te nt ar p r o p o s i ç õ e s maio re s, Com isso a b a n d o n a - s e a i- déia de certos p r i n c í p i o s l i n g U Í s t i c o s u n i v e r s a i s , a dmiti dos p £ la g e r a t i v o - t r a n s f o r m a c i o n a l , Além dess es há out ros prin c í p i o s que i m p e d e m m a i o r força e x p l a n a t ó r i a da teoria. Por isso não a a d o t a m o s aqui.

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Dspois de 1957 os traba lho s l i n g ü í s t i c o s a d q u i r e m mai_ or força e x p l a n a t ó r i a . Nesse ano saiu " S y n t a c t i c Structures" Mas as bases da g r a m á t i c a g e r a t i v o - t r a n s f o r m a c i o n a l são assent_a das p r i n c i p a l m e n t e em 1965 com "A sp ects of ths Theory of Synta>^. Ness e tra bal ho, Chomsky e s t a b e l e c e a o r g a n i z a ç ã o de uma gramát_i

~ 2

ca desse tipoj a ge raçã o da base e as t r a n s f o r m a ç o e s .

0 que seri a uma g r a m á t i c a ? Segundo Cho msky "uma gram_á tica g e r a t i w a de\/e ser um s i s t e m a de regr as cap az de r e i t e r a ç a o p ara gerar um n ú mero infi n i t o de e s t r u t u r a s " .(C h o m s k y , p. 17).

De o u t r o lado, existe a colo caç ão, l i g a d a à de cima, em que se e n t ende g r a m á t i c a como o si stema fin ito de regras que o falante de uma língua i n t e r i o r i z o u , muitas vezes i n c o n s c Í8nt_e mente, e que lhe permi te p r o d u z i r e e n t e n d e r as sent enças dess a l í ngua

Este s i s t e m a de reg ras está d i u i d i d o em três componeji tes de uma g r a m á t i c a gerati va, que sãos 3 sin tático,

o

f c n o l6g_i co e o s e mântico.

0 c o m p o n e n t e s i n t á t i c o é o p r i n c i p a l c o m ponente de u- ma g r a m á t i c a gerativ a. Ele " e s p e c i f i c a um c o n j u n t o infin i t o de Obje t o s form a i s abs tr atos , cada um dos quais i n c o r p o r a toda a i n f o r m a ç ã o c o r r e s p o n d e n t e a uma i n t e r p r e t a ç ã o ú n i c a de uma s e n ­ te nça c o n c r e t a " .(C h o m s k y , p, 17).

0 c o m p o n e n t e f o n o l ó g i c o d e t e r m i n a a forma f o n é t i c a de uma s e n t e n ç a g e rada pelas re gras sintáticas . R e l a c i o n a ,portanto, um a e s t r u t u r a g e rada pelo c o m p o n e n t e s i n t á t i c o com um sinal r e ­ p r e s e n t a d o f o n e t i c a m e n t e ,

,0 c o m p o n e n t e s e m â n t i c o dete r m i n a a i n t e r p r e t a ç ã o s e ­ m â n t i c a da m e s m a senten ça. Es tabelece, assim, uma rela ç ã o e n ­ tre uma e s t r u t u r a gerad a pelo c o mponente s i n t á t i c o com uma r e ­ p r e s e n t a ç ã o se mântica.

0 c o m p o n e n t e s i n t á t i c o e s t a b e l e c e p a r a cada s e n t e n ç a ^ uma e s t r u t u r a subj a c e n t e e uma e s t r u t u r a s u p e r f i c i a l , A estrutjj ra p r o f u n d a d e t e r m i n a a i n t e r p r e t a ç ã o s emâ n t i c a , enqua n t o a e s ­ trut ura s u p e r f i c i a l d e t e r m i n a a i n t e r p r e t a ç ã o fon oló gica .

0 c o m p o n e n t e s i n t á t i c o cont ém uma base e um s u b c o m p o - nente t r a n s f o r m a c i o n a l .

S e g u n d o Chomsky, "a base,.., é um s i s t e m a de regras que g era m um c o n j u n t o de cad eia s bá sicas e x t r a o r d i n a r i a m e n t e r e s t r ^ to ( talv ez finito), cada uma delas a s s o c i a d a a uma d e s c r i ç ã o e s t r u t u r a l c h a m a d a M a r c a d o r - f r a s a i básico (base P h r a s e - M a r k e r )> Estes m a r c a d o r e s - f r a s a i s bási c o s (ou m a r c a d o r e s s e n t e n c i a i s b á ­

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A geração de uma s e n t e n ç a b aseia-sg num léxico, quG c o ntém f o r m a n t a s (the, boy..., perf eito , .. , g tc) como ta mbém con_

tém símb o l o s c a t e g o r i a i s (S, LI\1, U, etc.). Os for mantes podem ser divi d i d o s a in da Gm u n i d a d e s lexicai s ( sincer ity , boy) e em u n i d a d e s g r a m a t i c a i s (pe rfei to, possessi\/o, gtc).

Para a p r e s e n t a r a c o n s t r u ç ã o dos c o m p o n e n t e s da base, Chomsky par te de i n f o r m a ç õ e s forn e c i d a s pela g r a m á t i c a tradici_o nal como;

a. divisão da s e n t e n ç a om c o n s t i t u i n t e s ime dia tos ;

b. ind i c a ç ã o da função g r a m a t i c a l de cada c o n s t i t u i n t e gm part_i c u l a r ;

c.. i n d i c a ç ã o da c a t e g o r i a s i n t á t i c a de cada e l e m e n t o em particjj l a r .

A d e t e r m i n a ç ã o da e s t r u t u r a dos c o n s t i t u i n t e s i m e d i a ­ tos g a s s e g u r a d a na base at ra v é s de regras de r e e s c r i t u r a i n d e ­ p e n d e n t e s dg conte xto , do tipos

Ll\l + LPred

L P r e d --- -i-^Aux + LU (locati vo) (temporal) etc

As c a t e g o r i a s s i n t á t i c a s pode m ser e s p e c i f i c a d a s atr_a vés de re gr a s de vários tipos.

As reg r as de s u b c a t e g o r i z a ç ã o d e p e n d e n t e s do c o n t e x t o g eram os " s í m b o l o s c o mple xos" (SC), isto é, as c a t e g o r i a s mais gerais. Esta s regr as são do tipo;

A--- + SC + y/z - W

As regras de s u b c a t e g o r i z a ç ã o i n d e p e n d e n t e s dg conte2< to d e t e r m i n a m outras c a t e g o r i a s do nome. São r e gras como;

1+ Det I----—i f i contávei]

}+_ con tável ■» ->.•' animadoj e t c .

Os verb o s g os ad je t i v o s são e s p e c i f i c a d o s atrav és dos m e i o s de s u b c a t g g o r i z a ç ã o do nome nas nham a d a s regras de seleção d e p e n d e n t e s de context o. São reg ras do tipos

A d j ---^ s c / f e c ...

(14)

a-já con tem u n i d a d e s lexi cais . E s t a s unid a d e s lexicais sao d e t e r ­ mina d a s atra v é s do f u n c i o n a m e n t u de uma r e g r a - l e x i c a l .

0 f u n c i o n a m e n t o a d e q u a d J de ssa r e n r a ( e mais tarde o f u n c i o n a m e n t o das regras t r a n s f ^ r m a c i o n a i s e das regras dos cojtr

p o n e n t e s i n t e r p r e t a t i v ü s ) p r e d i s p õ e que as u n i d a d e s le xicais, e ta mbé m o l é xicu em si mesmo, d i s p o n h a m de uma e s t r u t u r a d e f i n i ­ da de fato,

0 l é xico comp õ e - s e de uma quan t i d a d e de " a s s e n t a m e n - tos l exicais" ou "e nt radas l e x i c a i s " ( lexi c a l entry) e uma quan tidade de r e gras de r e d u n d â n c i a de dive r s o s tipos.

As e n t r a d a s lexi c a i s dev em e s p e c ific ar;

a. a s p e c t o s da e s t r u t u r a fonética, que não sao p r e d i c á v e i s atr_a vés de re gras gerais;

b. q u a l i d a d e s que são r e l e v a n t e s para o f u n c i o n a m e n t o de re gras de t r a nsformação;

c. q u a l i d a d e s dos formantes, que são i m p o r t a n t e s para a in te r - p r e t a ç ã o s e m â n t i c a ( isto é, par te inte g r a n t e da defi n i ç ã o do / d i c i o n á r i o );

d. sinai s c a r a c t e r í s t i c o s l e x i c a i s que i n d i q u e m as po sições, em que um form a n t e lexical p o s s a ser i n t r o d u z i d o em uma cade ia pré t erm inal ( a t r avés de regr as lexi cai s).

De uma m a n e i r a geral, então, a g r a m á t i c a g e r a t i v a

se-4 5

n a do tipo a p r e s e n t a d o na figu r a ns 1 , ou mais simp les ,coji forme a fig u ra nS 2.

Po rtanto, toda a i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a sobre a e s ­ tr utura s u b j acente,

Como pod emo s obs ervar, ainda, a s i n taxe é o c o m p o n e n ­ te prin c i p a l , gerando as e s t r u t u r a s sobre as quais serão aplic_a dos os c o m p o n e n t e s fono l ó g i c o e sem ânti co, faze n d o a interpret_a ção f o n o l ó g i c a e semânt ica , r e s p e c t i v a m e n t e ,

E s s a teoria, a p r e s e n t a d a por Ch omsky em " A s p e c t s " , foi ampliada , p r i n c i p a l m e n t e em "Deep St ruc tu re, Su rface S t ructure and Sema n t i c I n t e r p r e t a t i o n " em que ele ad mite que a i n t e r p r e t ^ ção s e m â n t i c a se e s t e n d a à e s t r u t u r a s u p e r f i c i a l , p r i n c i p a l m e n ­ te para caso s como foco e p r e s s u p o s i ç ã o , em que a e n t o a ç ã o fra- sal pode i n d i c a r s i g n i ficado . É o que se pode o b s e r v a r em sen - tenças como:

(5) Pedro viaj o u de a v i ã o ? (6) Pedro v i a j o u de avião?

(15)

T s p E C T 0 G E R A T I \l 0 G R A M

A

T C A C O MPONENTE SINT A T I C O - “- • - B A S E C o m p o n e n t e C a t e g o r i a l I M.F. I Lex icü ASPECTO T R A N S F O R M A C I O M A L IT n Componente L » H • ú_._ • - '' T r a n s f o r m a c i o n a l E.S, I Comp o n e n t e j S e m â n t i co I.S. C o m ponente .Fopo l o g i c p i ” 1 I.F. em que; M , F , = m a r c a d o r e s frasais E , S , = E s t r u t u r a S u p e r f i c i a l I , F , = I N t e r p r e t a ç ã o F o n o l ó g i c a E . P . = E s t r u t u r a P r o f u n d a I , S . = I n t e r p r e t a ç ã o s e ­ mânt ica . FIGURA m 2 Regras de Base R e p r e s e n t a ç a o S e m â n t i c a ^ C o m p o n e n t e Semâ n t i c o Comp o n e n t e T r a n s f o r m a o i o n a l E s f t u t u r a s S u p e r f i c i a i s

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Na s e n t e n ç a (5) l ança-se dú vida sobre o meiü de trans_ porte u sado por Pedro e na s e n t e n ç a (6), sobre o suj eit o da a- ção, ou seja, Pedru.

E s t a teori a é a b o r d a d a também por J a c k e n d o f f (1972( . Se gundo ele as fi guras de n9 1 e n^ 2 deve m ser a l t e r a d a s para a figur a de ns 3 FIGURA NQ 3 Regras de Base E s t r u t u r a s P r o f u n d a s —^ ciclo 1 V ciclo 2 ciclü n. E s t r u t u a s Supe rfi " ■■■■■'» ais E s t r u t u r a s funci ona is Estr u t u r a s Modais e Tndi ce de Corre ferên- cia Foco e P r e s ­ s u posição E

A

IM

n

I c A

em que se o b s e r v a a r e p r e s e n t a ç ã o s e m â n t i c a sobre todas as es - truturass desde a e s t r u t u r a p r o f u n d a até a e s t r u t u r a s u p e r f i c i ­ al .

7 A esse resp e i t o diz 3ackendoffs

"A p r e s e n t a m o s aqui uma a b o r d a g e m f u n d a m e n t a l m e n t e d i f e r e n t e .N u ­ ma t e n t a t i v a de dar cont a de uma grande série de fen ôme nos se- mân tic oç, d e s c o b r i r e m o s que este s fe nô meno s se divi d e m num graji de núme r o de grup os i n d e p e n d e n t e s , para os quais, de p r e f e r e n - cia, são e x i j i d a s anális es d i f e r e n t e s (seção 1.5.), Para acla - rar a i n d e p e n d ê n c i a desses aspec tos d i f e r e n t e s de r e p r e s e n t a ç ã o semânt ica , s e p a r a r e m o s a r e p r e s e n t a ç ã o s e m â n t i c a em quatro p a r ­ tes, i n c l u i n d o duas e s t r u t u r a s h i e r á r quicas. De m a n e i r a b a s t a n ­ te im perfeita, a p r i m e i r a e s t r u t u r a h i e r á rquica, a e s t r u t u r a / funci ona l, r e p r e s e n t a r e l a ç õ e s na s e n t e n ç a s u g e r i d a s pel os v e r ­ bos, i n c l u i n d o no ções tais como açao, i m p u l s o e direção. A e s ­ t r u tura modal, a seg unda e s t r u t u r a hierárquica, e s p e c i f i c a as c o n d i ç õ e s sob as quais a s e n t e n ç a ob je t i v a c o r r e s p o n d e r a situ_a ções na vida r e a l ^ 0 índice de c o r r e f e r ê n c i a i n d i c a se pare s de locu ç õ e s n o m i n a i s na s ent e n ç a estão d e t e r m i n a d o s a se rem corr e- fe rencia ou não. Os foco e p r e s s u p o s i ç ã o d e t e r m i n a m que inform_a ção na s e n t e n ç a está d e s t i n a d a a ser nova e que está d e s t i n a d a

(17)

A i n t e r p r e t a ç ã o s o m â n t i c a se faria atrav és ds regras de proj eçã o, A val ida de ou não des sas regra s de p r o j e ç ã o nao di^ c utim os aqui, per não ser ob jeto deste trabalho.

Por volt a de 1965 surgi u ainda o utra corren te dentro da g r a m á t i c a gerativa. í a corrent e da " S e m â n t i c a G e r a t i v a " ,a s ­ sim cham a d a por que pret ende que a s e m â n t i c a seja o comp o n e n t e / ge rad or de s e n tenças. Diverge p o r t a n t o da p o s i ç ã o tomad a por / Chomsky na T e o r i a Stand ard e na Te oria S t a n d a r d Ampliada( EST). Diverge tamb é m da pjs iça o a s s u m i d a por Jackendp.ff,

Dg m a n e i r a e s q u e m á t i c a a gr amática, seg undo a cor re

n-8

te da s e m â n t i c a gera t i v a fi caria cjmo na f i g u r a nS 4 ; FIGURA l\!Q 4 ( Semânti cos ) C o m p o n e n t e de Base = S i s t e m a de regras de forma ção ir ... ' ’ ' R e p r e s e n t a ç ã o Sema n t i c a , ■ . . . V Comp o n e n t e T r a n s f o r m a c i o n a l ^ T r a n s f o r m a ç o e s pre- lexi c a i s Léxi c o

Inser ção Le xical

■^ransformaçoes pos- lexicais ... N Es t r u t u r a s S u p e r f i c i a i s Sin-taticas ... ^/ ... CQq,,Q;.pnente F o n o l ó g i c o | ... V1 ^ R e p r e s e n t a ç ã o Fonc l ó g i c a

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Em termos gerais, as c a r a c t e r í s t i c a s prin c i p a i s dess a teoria seriam;

a. pa pel cent r a l da semân tic a. As e s t r u t u r a s sem â n t i c a s ( r e p r e ­ s e n t a ç õ e s semân ti ca s) são geradas por si; nao sao c o n s i d e r a d a s como i n t e r p r e t a ç õ e s de e s t r u t u r a s si ntáti cas . Esta s e s t r u t u r a s s e m â n t i c a s c h e g a m a e s t r u t u r a s u p e r f i c i a l atra v é s da p rocessos transf o r m a c i o n a i s . Para isso n e c e s s i t a - s e üe um apare lho descri. tivo l ó g i c o - f o r m a l m o d i ficadoj

b. não há s e p a r a ç ã o entre si nta xe e se mânticaj

c. d e s a p a r e c e o conceito de e s t r u t u r a p rofunda . Ele é a b a n d o n a ­ do em favor de uma "forma ló gica" da sente nça j

d. r e l a ç õ e s g r a m a t i c a i s (como no caso das g r a m á t i c a s casuais ) são fenr m e n o s da e s t r u t u r a superficial, "der i v a d a s " das rela ções g r a m a t i c a i s entre p r e d i c a u o e seus a r g umentos, e x i s t e n t e s na r e p r e s e n t a ç ã o semântica;

e. de m a n e i r a geral a r e p r e s e n t a ç ã o s e m â n t i c a não contém elemeri tos da m a n e i r a como a p a r e c e m na e s t r u t u r a superficial; as unid_a des l e x i c a i s da e s t r u t u r a s u p e r f i c i a l são i n t r o d u z i d a s como sut^ tit uto s de c o m p l e x o s de " m a r c a d o r e s - s e m â n t i c o s " e s t r u t u r a d o s siji taticamente.. E s t a i n t r o d u ç ã o se e f e t u a atr avés de tran s f o r m a ções;

f. i n t r o d u ç ã o de p o s t u l a d o s s i g n i f i c a t i v o s , como certamente (S), p o s s i v e l m e n t e (S), leva ndo em c o n s i d e r a ç ã o fator es cont e x t u a i s , em e s p e c i a l pre s s u p o s i ç ã o ;

g. inse r ç ã o l e x i c a l em d i v e r s o s lugares, dando com isso, a u t o m ^ tic amente, t r a n s f o r m a ç õ e s p r é - l e x i c a i s e t r a n s f o r m a ç õ e s p6s-le - xicais, isto é, t r a n s f o r m a ç õ e s o p e r a n d o antes e t r a n s f o r m a ç õ e s o p e r a n d o depo i s de inse r ç ã o Je iten s lexicais;

h. "Lexe ma" é um complex o de "át omo s" s e m ânt icos com e s t r u t u r a s i n t á t i c a inte rna . Assim, não há p r o p r i a m e n t e uma d i s t i n ç ã o e n ­ tre "p ala vra" e "s ent en ça" semântica. Com isso a s e m â n t i c a ge- r ati v a p r o c u r a e s c l a r e c e r p r o p r i e d a d e s s i n t á t i c a s de u n i d a d e s / l i n g ü í s t i c a s a part i r de suas p r o p r i e d a d e s semânti cas ;

i. em o p o s i ç ã o a teoria i n t e r p r e t a t i v a (da E S T ) , que admite gran de nú mero de c a t e g o r i a s ( como; S, LN, LPred, LU, Aux, l/,l\),LPreR Det, Adj, etc) a " s e m â n t i c a gera t i v a " só admite três categorias, a saber; p r o p o s i ç ã o (Prop), relativo' à s e n t e n ç a da EST;

a r g u m e n t o ( A r g ) , r e l a t i v o à l o c ução n o m i n a l da EST; p r e d i c a d o (Pred), r e l a t i v o ao verbo da EST;

(19)

v ati n n a l c o n s t r a i n t s ) ; as r e s t r i ç õ e s locais a p o n t a m a co ndi ção , sob a qwal a s e q ü ê n c i a de dois m a r c a d o r e s - f r a s a i s (á-^vores) s e ­ guidos é "bem- f ormaf^a" nu ma d e r i v a ç a o , A gr osso modo c o r r e s ­ p o n d e m às t r a n s f o r m a ç õ e s no sen tido ap ont ad o por Chomsky. As res

tr ições gl obais, ao contrá rio, le vam em t-vnta várias "árvor es " de uma d e r i v a ç ã o sepa r a d a s entre sij

1 2 /vj A

1, a EST de O-omsky per mite que haja i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a sobre a e s t r u t u r a p r o f u n d a e sobre a e s t r u t u r a sup erf i c i a l . A se_ m â n t i c a g e r a t i v a não admite tais regras. Toda a info r m a ç ã o rel£ vante para a i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a está na r e p r e s e n t a ç ã o semân_ tica.

Assim, os p r o b l e m a s em que a s e m â n t i c a gera t i v a se d_i f e r e n c i a mais da E S T são p r i n c i p a l m e n t e três: a) inse r ç ã o l e x i ­ cal; b) r e s t r i ç õ e s d e r i v a c i o n a i s ; c) a o r d e n a ç ã o de t r a n s f o r m a ­ ções l e x i c a i s e n ã o - l e x i c a i s ,

A c r í t i c a p r i n c i p a l a semâ n t i c a g e r a t i v a parte do pr_ó prio Ch omsky em "Some E m p i r i c a l Issues in The Theory of Trans - f o r m a t i o n a l Grammar".

l\lo caso (a), o da i n s e r ç ã o lexical, s e g un do Chomsky , a EST de fato r eve l a uma c erta fraqueza* Ela s u s t e n t a (como já se fazia na te oria stan d a r d de 1965) que "itens lexica is e n t r a m na e s t r u t u r a p r o f u n d a em p o s i ç õ e s d ominadas por cat e g o r i a s lexi. cas, em que cada item le xica l cont é m uma d e s c r i ç ã o i n t r í n s i c a / de s i g n i f i c a d o de um tipo que é pouco e n t e n d i d o em de ta lhes" (Chomsky; Some Empi r i c a l Issues in the Theory of T r a n s f o r m a t i o - nal Grammar, p. 196) 0 léxi c o em si mesmo tem certas e s t r u ­ turas i n t e r n a s ( como., por exemp lo, casos de / camp os se mânt i - cos"). A c a r a c t e r i z a ç ã o s e m â n t i c a de itens lexicais e as e s t r u ­ turas em que eles apar e c e m pode ser dada em termos de m a r c a d o - r e s - f r a s a i s e t r a n s f o r m a ç õ e s . Não há uma d e f i n i ç ã o mais c l a r a , ainda, a este respeito, e m b o r a se espere m e l h o r i n s i g h t com o e s t u d o d e t a l h a d o da e s t r u t u r a do léxico.

A s e m â n t i c a g e r a t i v a s u s t e n t a que os itens lexic ais / s u b s t i t u e m m a r c a d o r e s - f r a s a i s que e x p r e s s a m seu (dos itens) si_g^ nif icadb. Segu n d o Chomsky, isto é atrativo, e se fosse sustent_á vel, seria de se le var muito a sé rio como uma a b o r d a g e m da d e s ­ crição do s i g n i f i c a d O c Por e nq uanto, no entant o, não é sustent_á vel. "Os m a r c a d o r e s - f r a s a i s que são s u b s t i t u í d o s em o p e r a ç õ e s / de i n s e r ç ã o l e x i c a l varia m em forma sem limite d i s c e r n í v e l ,e n ã o foi c o m p l e t a d a nenh u m a p r o p o s i ç ã o c o m p r e e n s í v e l sobre um proble_ ma sim pl es do tipo: como um item lexi cal numa s e n t e n ç a e n c a i x a ­ da pode ser a s s o c i a d o à sua r e p p e s e n t a ç ã o s e m â n t i c a (em p a r t i ­

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cular, as p r e s s u p o s i ç o e s e x pressas, no caso dos v e r b o s ) " . ( C h o m ^ k y , Some E m p i r i c a l Issues in the Theory of Transf orrnational Gra m m a r , p . 196) .

Por isso, parece h aue r antes de tudo uma p rop o s i ç ã o / notacional, sem co ns egui r pass a r além disso.

Com re lação as r e s t r i ç õ e s d e r i v a c i o n a i s , já vimos que há dois tipos, Para es p r i m a i r a s ( r e s t r i ç õ e s locais) a ES T a s ­ s e g u r a que elas não exis tem , apenas t r a n s f o r m a ç õ e s e c o ndições gera is em tra n s f o r m a ç õ e s .

A s e m â n t i c a gerativa , nos trab alh os vistos, sugere / que outras c o n d i ç õ e s são p e r m i t i d a s ( c o n d i ç õ e s livres, mui tas v e z e s ) „ Nest e caso parec e que a EST deve ser pr eferi da, e m b o r a ha ja um e n r i q u e c i m e n t o da s e m â n t i c a gerativa. É que esta, just_a mente em fu nção des sa l i b e r d a d e em e s t a b e l e c e r co ndições, se en_ f r a q u e c e „

"No caso de r e s t r i ç õ e s liga n d o r e p r e s e n t a ç õ e s s e m â n t i ­ cas e der i v a ç õ e s , a EST a s s e g u r a que há som ent e uma c a t e g o r i a / tais r e s t riçõ ess n o t a d amentej certos aspe c t o s e s p e c í f i c o s de e_s t r u tura sup e r f i c i a l , ou p o uco pro fun da, não r e l e v a n t e s par a a i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a . "( Chomsky, opus cit., p . 196).^^

A s e m â n t i c a g e r a t i v a novamen te, neste caso, perm i t e / que haja mais restriçõ es. "Cada regr a de i n t e r p r e t a ç ã o delinean_ do e s t r u t u r a su perficial, ou po uco pro fun da, em algum aspec to / de s i g n i f i c a d o pode ser d e s c r i t a como uma r e s t r i ç ã o d e r i v a c i o - nal( isto

I,

uma "regra de gram ática"), mas não i n v e r s a m e n t e ", (Chomsky, opus cit., p, 197)

N o v a m e n t e o e n r i q u e c i m e n t o pode levar a uma d e s c r i ç ã o n ã o - c o m u m dos fatos l i n g ü í s t i c o s , devendo, por isso, a te uria / ser abandon ada .

A o r d e n a ç ã o de t r a n s f o r m a ç õ e s le xic ai s e não lexicais, segu ndo Chomsky, ainda não foi devi d a m e n t e e x p l i c a d a e j u s t i f i ­ cada. Por issü não se vê por que a b a n d o n a r a teor i a s t a n d a r d / a m p l i a d a (EST). Aliás, pa rece hav er razões muit o fortes a favor da EST, n o t a d a m e n t e as g e n e r a l i z a ç õ e s s i n t á t i c a s e semâ n t i c a s que são f o r m u l á v e i s em termos de e s t r u t u r a p rofunda, mas não, _a p a r e n t e m e n t e , da o utra mane ira .

Port anto, em certos casos, a s e m â n t i c a g e r a t i v a não p a s s a de d i f e r a n ç a n o t a c i o n a l em relação a EST. Em outros casos a s e m â n t i c a g e r a t i v a tomou, p a r ece-nos, caminho s perigo sos , uma vez que pode lev ar a uma d e c c r i ç ã o n ã o - c o e r e n t e dos fatos da Irn gua, e mais ainda, desc r i ç ã o dife r e n t e do mes mo fato de autor p ara autor.

(21)

Por tudo issoj p r e f e r i m o s ma nter na n o s s a d i s c u s s ã o a l inh a s e g u i d a na EST, quQ, e m b o r a mais res trita, ou limit ada , / ju sta mente em funç ão de ssa rest r i ç ã o co ns eg ue d e s c r e v e r os fa­ tos da l í n g u a de uma m a n e i r a mais precisa.

1.1. D E L I M I T A Ç Õ E S

No p r e s e n t e traba lho abor damos ap en as os uerbos poder e dever, p o r q u e es tes sempre g u a r d a m a c a r a c t e r í s t i c a de serem a u x i l i a r e s modai s, como tent a r e m o s d e m o n s t r a r nos ca pítulos s e ­ guin tes .

E v e n t u a l m e n t e outr o s verbos ( como vir, ir, etc) t a l ­ vez p o s s a m ser in clu ídos e ntre os a u x i l i a r e s - m o d a i s no portu guês. De vemos lev ar em conta, no entanto, que estes verbos nem sempre são a u x i liares . Em m u i t a s situ ações são verbos prin ci pais, i s o l a d o s na sentença.

Alem disso, s ugerimos apenas a an álise s e m â n t i c a dos dois modais, sem um a p r o f u n d a m e n t o maior. P o d e r í a m o s ter t e n t a ­ do e s t a b e l e c e r como e onde se faz a i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a de^ ses modais. Isto, no en tanto, faria com que este trabalho se e_s te nde sse bas tante, o que não é n o s s a intenção.

E s t a parte, po rt anto, fica em a b erto pa ra futures tr_a balhos, i n c l u s i v e fica para tal a tent a t i v a de s u b c a t e g o r i z a ç ã o mais p r e c i s a dos dois modais, além de outros que p o s s a m ser i n ­ cl uídos ,

(22)

NOTAS DO P R I M E I R O CAPÍTULO

1. "T opics in the Theory of G e nerative Grammar, p,- 11.'

"As has r e p e a t e d i y been e m p h a s i z e d ,• t r a d i t i õ n a l gram mars ma- ke an e s s e n t i a l appeal to the i n t s l l i g e n c e of the readar. They de not actua lly fárm u l a t e the rules of the grammar, but rath er giue e xam p l e s and hints that enab le the i n t e l l i g e n t e reader to d e t e r m i n e the granimar, in some may that is not at all u n d e r s t o o d . They do not pr ovide an a n a l y s i s of the "fa - culté de lang u a g e " that makes this a c h i e v e m e n t poss i b l e . " 2. Os n ú m e r o s das páginas que cita mos são da tr adução para o E_s

panhol, f eita por C.P, Otero.

3. Ou como diz Chomsky: " G r a m á t i c a g e r a t i w a é o sist ema de re - gras que e s p e c i f i c a a c o r r e l a ç ã o s o m - s e n t i d o e gera a classe de d e s c r i ç õ e s e s t r u t u r a i s (pe rce pçõe s) que c o n s t i t u e m a l í n ­ gua em qu estão. A g r a m á t i c a geratiua, p ortanto, r e p r e s e n t a o c o n h e c i m e n t o que o f a l a n t e - o u v i n t e tem de sua língua" ( in l\l_o vas P e r s p e c t i v a s L i n g ü í s t i c a s , p. 35).

4. Esq u e m a s e g u i n d o Petüfi, p. 61, 5. Seg und o Oackend off, p . 4 .

6. " Semantic I n t e r p r e t a t i o n in G e n erative Gr amma r."

7. "We tüill take f u n d a m e n t a l l y d i f f e r e n t a p p r o a c h here. In an a t t e m p t to acco u n t for a large range of s e m a n t i c p h e n o m e n a , u;e luill find that these p h e n o m e n a divide them s e l v e s into a n u mber of i n d e p e n d e n t groups for luhich rath e r d i f f e r e n t a n a ­ lysis are r e q u i r e d (...). To make clear the i n d e p e n d e n c e of these d i f f e r e n t asp ect s of sema n t i c r e p r e s e n t a t i o n , me ujill separate s e m a n t i c r e p r e s e n t a t i o n into fnur parts, i n c l u d i n g tujo h i e r a r c h i c a l str uctures. Uery crudely, the first hier a r - chi cal stru ctur e, the FUIMCTIOiMAL STRUC TUR E, r e p r e s e n t s rela- tions in the sent enc e i n d u c e d by the verbs, i n c l u d i n g such noti o n s as agency, motion, and dir ec tion . The MODAL S T R U C T U ­ RE, the s e cond h i e r a r c h i c a l str uct ure , s p e c i f i e s the condi - tions u n d e r ujhich a sent e n c e purp o r t s to c o r r e s p o n d tn situ- ations in the real ujorld. The TABLE OF C O R E F E R E N C E indi c a t e s uihether p a i r s of noun p h r a s e s in the sent e n c e are inte n d e d to be c o r e f e r e n t i a l or not. The FOCUS AMD PRESUPOSITIOIM de- si gnate luhat I n f o r m a t i o n in the sentenc e is intended to be

(23)

neuj and ujhat is i n t e n d e d to be old, The failure of ear l i e r studies to prop erly d i s t i n g u i s h these s e m a n t i c substructures, p a r t i c u l a r l y the tiuo h i e r a r c h i c a l st ruc tures, has been the source of much d i ffi culty and co nfusion." (opus cit.,p. 3). 8, 0 e s q u e m a e s t á de acordo com o que nos a p r e s e n t a m Wellte e,

també m Katz,

0=* d e f e n s o r e s da teor ia da s e m â n t i c a g e r a t i v a são p r i n c i p a l ­ mente; McCaiuley, Ross, L a k o f f e a g r a m á t i c a dus casos, de fi l l m o r e .

9. Cf. Lakof f, in S t e i n b e r g e Oakobo vit s, p. 232. 1 0 . S eg un do Lakoff, opus cii., p. 232,

1 1 . U e j a - s e La koff, opus cit., p. 234.

1 2 . Como é a p r e s e n t a d a em "Deep Stru ctu re, Su rface St ructure, and S e m a n t i c I n t e r p r e t a t i o n " , e ai nd a em "Some E m p i r i c a l Issues in the Theory of T r a n s f o r m a t i o n a l Grammar ."

13.".., that l e x ical items e n t e r into deep s t r u c t u r e s in pos i~ tion d o m i n a t e d by le xical categori es, Luhere each lexical i- tem c o n t a i n s an i n t r i n s i c a c c o u n t of m e a n i n g of a sort that is little u n d e r s t o o d in detail."

1 4 . "the " p h r a s e - m a r k e r s " that are r e p l a c e d in lexi c a l inse r t i o n o p e r a t i o n s vary in form luithout disc e r n i b l e limit, and no c o m p r e h e n s i b l e prop o s a l has been put forth a bout such a sim- ple m a t t e r as hoiu a lexi c a l item in an e m b e d d e d sent e n c e can be a s s o c i a t e d uiith its s e m a n t i c r e p r e s e n t a t i o n ( in p a r t i c u ­ lar, the p r e s u p p o s i t i o n s expressed, in the case of ue rbs )," 15.",,, c o n s t r a i n t s rela t i n g sem a n t i c r e p r e s e n t a t i o n s and deri-

vations, E S T holds that there is onl^ one categor y of such " c o n s t r a i n t s " ; namely, ce rta in spec i f i c aspe c t s of su rface ( or shallouj) stru cture are relev/ant to s e m a n t i c i n t e r p r e t a ­ tion ,"

1 6 . " E v e r y rule of i n t e r p r e t a t i o n mapp i n g su rfac e ( or shallouj) s tru cture into some as pect of mean i n g can be d e s c r i b e d as a " d e r i w a t i c n a l c o n straint" ( i.e., a "rule of gramm ar" ), but not c o n v e r s e l y . "

(24)

2. RES EMHA B I B L I O G R Á F I C A

2.1. AS G R A M A T I C A S T R A D I C I O N A I S E OS MODAIS.

P r a t i c a m e n t e todas as g r a m á t i c a s tra d i c i o n a i s (ou nor_ mat ivas) a b o rdam a q u e stão dos a u x i l i a r s s em port uguês, e entro este s e s t udos dos a u x i l i a r e s está incl u í d o o dos modais.

Fazem-no, no entantj, de uma fo rma n o rmativa, isto s, de como se deve d i zer ou empr e g a r esses a u x i l i a r e s e como eles de vem ser an alisado s. Procuram, além disso, e s t a b e l e c e r d e f i n i ­ ções para os au xilia res .

Alguns des ses trabalhos a p r e s e n t a m o s em seguida; CARNE IRO RIBEIRO falando em termos de a u x i l i a r e s em geral, diz que são verbos que se junt am a outros verbos para e x p r i m i r diversos a s p e c t o s sob que se c o n s i d e r a a idéi a funda - m e n t a l por eles e n u n c i a d a . Entre os que se riam a u x i li ares, C a r ­ ne ir o Ribe iro cita; estar, ter, dever, ir, vir, andar. Segundo ele, nem sempre são auxiliar es, apenas quando forem a p r i m e i r a parte de "li n g u a g e n s c o m postas."

Não há e x p l i c a ç ã o do que se jam " l i n g u a g e n s compostas'.' 0 autor se baseia, pu ramente , numa an álise da estrutu_ ra s u p e r ficial, r e s u l t a n d o disso uma i n c a p a c i d a d e e x p l a n a t ó r i a do fato.

2

ALM EIDA , acha que e x i s t e m a u x i l i a r e s que serv e m p a ­ ra indicar;

a) tempos co mpo stos ( como ter, haver); b) p a s s i v i d a d e ( como ser, estar);

c) l i n g u a g e m p r o j e t a d a ( como ter, haver, ir, e star para, dever, etc);

d) c o n t i n u i d a d e de ação ( como estar, andar); e) d e s e n v o l v i m e n t o g r a dual ( como ir, vir);

f) h a v e n d o ainda a q u eles que den otam indic açã o, t e n d ê n c i a ou o- brigaç ão para a p r á t i c a de uma ação.

E v e n t u a l m e n t e est es "verb os" ( como dever, poder, co£ tumar, querer, desejar, cons egu ir, etc) são transitivos, tendo como o b je to o verbo na in fin iti vo.

A base para esta afir mação ta mb ém é a e s t r u t u r a supe_r ficial.

BECH ARA ^ c h a m a de locu ção ver ba l à comb i n a ç ã o de d i ­ versas formas de um verbJ auxiliar com o infinit ivo, gerún dio ou p a r t i c í p i o de outro verbo que se c hama principal. Ele aponta,

(25)

pelo menos, uma c a r a c t e r í s t i c a s i n t á t i c a desses auxiliaresí! a de que eles rece b e m a flexão de tempo, modo e pessoa.

Alg umas v/ezes os a u x i l i a r e s a c r e s c e n t a m o A s p ecto a l o c u ç ã o uerbal. Para B e c h a r a os a u x i l i a r e s se d i s t i n g u e m assim: a) aque l e s que servem para formar tempos compo stos ( como teí ,

haver e s e r) ;

b) aqu e l e s que serve m para formar a uoz p a s s i v a ( como ser, e s ­ tar e f i c a r) 5

c) os a u x i l i a r e s a c u r a t i v o s que i n d i c a m aspec tos do m o m e n t o da açao verbal ( como começar a, por- se a, est ar para, por, e s ­ tar a, andar, vir, ir, tornar a, costum ar, acabar de, cessar de, deix a r de, parar de, vir de, etc);

d) os a u x i l i a r e s mud ais , comb inados com o infi n i t i v o ou gerún - ,dio do verbo p r i n c i p a l para d e t e r m i n a r com mais rigor o modo como se r e a l i z a ou se Jeix a de real i z a r a ação verbal. S u b d i v i ­ de-os em pequ e n o s grupos, de acordo com sua c a r a c t e r í s t i c a se - m â n t i c a prin cipa l;

- os que indicam n e c e s s i d a d e , obriga ção , dever ( como haver de, ter de, dever, p r e c i s a r de);

- os que indicam p o s s i b i l i d a d e cu cap a c i d a d e ( como poder); - os que indicam von tade ou desejo ( como querer, des eja r, o d i ­ ar, abtminar , etc);

- os que indi c a m t e n t a t i v a ou e s f orço ( como buscar, pr et e n d e r , tentar, ousar, a t r e v e r - s e a, etc);

- os que i n d icam c o n s e c u ç ã o ( como conseguir, lograr); - os que i n d icam a p a rência, dúvid a ( como parecer);

- os que indicam m o v i m e n t o para r e a l i z a r um int ent o futuro ( c o ­ mo, i r ) ;

- os que indicam r e s u l t a d o ( como visar, chegar a, etc);

e)os a u x i l i a r e s c a u s a t i v o s e s e n s i t i v o s ( como deixar, m a ndar , fazer, ver, ouvir, olhar, sentir).

ROCHA LIMA falando do i n f i n i t i v o n ã o - f l e x i o n a d o e seu empr ego, diz que este infi n i t i v o não- f lex ionado é úsado"quan_ do se agrega, como ve rbo pri nci pal , a um auxiliar, form a n d o com ele uma uni dade s e m â ntica". Esses a u x i l i a r e s seriam;

a) a u x i l i a r e s modai s ( como poder, saber, querer, dever);

b) a u x i l i a r e s a c u r a t i v o s ( como ir, p r i n c i p i a r a, come ç a r a , co_s tumar, acabar de, ce ssar de, toasnar a, etc).

Acr es centa, também, que o a u x i l i a r recebe as flexoes e não 0 verbo principal.

(26)

p e c t o sem ânt ico , d i z e n d o que "auxiliar é aquele que, c ombinado com formas no min ai s de um verbo p r i ncipal, c onstitui a c o n j u g a ­ ção c o m p o s t a deste verbo, perdendo com isso o seu s i g n i f i c a d o p r ó p r i o ".

Segundo Cunha, ainda, um outro cri té rio de c a r a c t e r i ­ zação dos auxi l i a r e s s aria a freqüên cia. Os mais f r e q ü e n t e s Se- riams ter, haver, estar. Depois vi riam ir, vir, andar, poder,f_i car, mandar, etc.

F ERN ANDES ^,no seu ''Dicionário de Uerbos e Re gimes , c o n s i d e r a dever como t r ansitivo com s i g n i f i c a d o s comos ter obr_i gação; ter que pagar; estar na o b r i g a ç ã o de rest itui r; ter de."

Como t r a n s i t i v o rel ativo teria s i g n i f i c a d o s como; e s ­ tar' o bri g a d o ao p a g a m e n t o de; es tar em agradeci m e n t o ; etc. N u n ­ ca c j n s i d e r a c'ever como auxiliar.

0 poder apa re ce cicado como trans iti vo, com signific_a dos como; ter a f aculdade de; ter p o s s i b i l i d a d e ou a u t o r i z a ç a o para; ter capacida de; ter ocasião de; etc.

Como i n t r a n s i t i v o aparece com sign i f i c a d o s como; posfl suir fo rça física ou moral; ter influênci a, va limento. Neste c_a so, 0 autor a c r e s c e n t a que muitos p r e t e n d e m s u b e n t e n d e r o verbo f a z e r .

Poder ainda s eri a tra ns itivo relativo, com s i g n i f i c a ­ dos como; ter força, robuste z, c a p a c i d a d e para sus p ender, agüeji tar, sup orta r, etc. Poder também não e cons i d e r a d o como auxil_i a r .

7 ~

M A C A M B I R A define loc uçã o ve rbal como " p l u r a l i s m o de form a e uni d ade s e m ântica ". Sempre se pode s u b s t i t u i r a lo cução por uma forma sim ple s do verbo. A c r e s c e n t a aspe ctos s i n t á t i c o s i n t e r e s s a n t e s para que se poss a d e m o n s t r a r se há l o c u ç ã o ou nao. Um termo a c r e s c e n t a d o deve r e f e r i r - s e ao todo e não a um a parte da locução. R e f e r i n d o - s e apenas a uma parte não teremos locução. Por e x e m p l o em;

(1) E st ou f u g i n d o ;

p o d e - s e a c r e s c e n t a r um advérbio, que p o d e r á a p a r e c e r tanto no início, como no meio ou no fim, sem a l t erar o s i g n i f i c a d o da Ijo c u ç ã o .

(2) a. Agora estou fugindo. b. Estou fugindo agora, c. Estou ag ora fugindo.

(27)

-s o . Se a -s u b -s t i t u i ç ã o for po-s -sível não teremo-s locução; -se a s u b s t i t u i ç ã o não for p o s s í v e l teremos locução. As sim

(3) Qu ero sair

não é lo cução porqu e sair pode ser s u b s t i t u í d o por isso. S e g u n ­ do esse crité rio s e r i a m auxil iar ess haver, pegar a, p egar de,d_e ver de, deit ar a, vir a, servir de, ac abar de, e n t r a r a, cost_u mar, dar a, parar de, cessa r de, e n t e n d e r de, duvidar de, por - se a, já que não a d m i t e m a s u b s t i t u i ç ã o do i n f i n i t i v o por i s s o .

M a c a m b i r a conc l u i que a d e f i n i ç ã o do a u x i l i a r deve ser em termos sint á t i c o s e não p a r a d i g m á t i c o s .

Um as pecto im po rtan te, que pode ser d e p r e e n d i d o da m ^ oria dos trabalhos até aqui an ali sad os, é o de que a c a r a c t e r i ­ zação de um verbo como auxiliar ou não deve ser feita em termos sin t á t i c o s , não s e m â nti cos. Em termos s e m â n t i c o s pode m o s class_i f i c á - l o s em vários tipos, tais como: modais, cau sativos, volit_i vos, etc.

É este um a s p e c t o que levamos em conta e que usamo s como ref o r ç o da n o s s a c o l o c a ç ã o neste trabalho.

P r o c u r a r e m o s apenas d e m o n s t r a r a a u x i l i a r i d a d e de p o ­ der e dever, v a l e n d o - n o s de uma série de c r itérios s i n t á t i c o s , alg un s dos quais já foram a b o r d a d o s por Macambira, B e o h a r a e R_o cha Lima.

2.2. OS TRAB A L H O S L I N G Ü Í S T I C O S E OS MODAIS

2.2.1. C O N S I D E R A Ç Ã O DOS MO DAIS COMO A U X ILIARES

Há e s t u d i o s o s que c o n s i d e r a m os modais como parte do a u x i l i a r dent ro da l o c u ç ã o verbal. A defi n i ç ã o do mod al como a_u x i l i a r ness e s casos se faz em termos sintáti cos .

Dentre os que c o n s i d e r a m o modal como a u x i l i a r e n c o n ­ tramos 0 próprio Chomsky, que já o a p r e s e n t a assim em "Sy n t a c t i c S t r u c t u r e s " . Na r e e s c r i t u r a do a u x i l i a r e n c o n t r a m o s e s t a regra;

A u x — —— > C (M) (have + en) ( be + ing) onde (M) r e p r e s e n t a o modal.

Em "Aspec ts of the Theory of Syntax", Chomsky retoma a regra, com p e q u e n a s alteraç ões. As sim temos;

A u x — ---- ^ T e n s e (M) (Aspect)

em que (Aspect) e n g l o b a j ust am ente (have + en) e ( be + i n g ) d a rje gra anter ior .

(28)

Como Choms ky e s t á i n t e r e s s a d o em e s t a b e l e c e r as bases de uma teoria l i n g ü í s t i c a geral, ele mão se a p r o f u n d a em discu_s sões de p r o b l e m a s p a r t i c u l a r e s nos dois trabalhos. 0 m esmo ele

8 9

faz nos seus tra balhos se guintes, como em (1968) e (1971)

TWA DEL L nos a pre s e n t a uma c l a s s i f i c a ç ã o dos modais do inglâs, b a s 9 a n d o - s e em alguns c r i t é r i o s s i n t á t i c o s b apreseri

tando tamb ém c a r a c t e r í s t i c a s s e m â n t i c a s dos mo dais no inglês. Ele começa, faze ndo uma d istinção entre a u x i l i a r e s p,a^ m á r i o s ( como h a v e , bs, do) com a c o n c o r d â n c i a em -_s Qa t e r c e i ­ ra p e s s o a e a u x i l i a r e s modais ( como can, could, dare, may,mus t, mi g h t , n e e d , ought, shall, should, luill, ujould) sem Q s t a c o n c o r ­ d â n c i a em -_s na t e r c e i r a pessoa.

Os crit é r i o s sintáti cos, p r ó p r i o s para o inglês, que ele nos a p r e s e n t a são;

a) o m odal precede o a u x i l i a r pri már io, n un ca o co ntrário^ b) os mod ais não o c o r r e m juntos na mesm a sentença;

c) os modai s o c o r r e m antes de - n 't ou n o t , para a negaçao da sen t e n ç a ;

d) o c o r r ê n c i a do mod al antes do suj ei to em int e r r o g a ç õ e s , em e_s tilos fo rmais ( numa c o n v e r s a c o n d i c i o n a l ou depois de e l e m e n t o s i n i c i a i s de s e n t e n ç a com s i g n i f i c a d o n e g a t i v o ou r e s t r i t i v o ) , e m es t i l o s info r m a i s ( depois de no s e n tido de a l s o , l i k e m i s e , ifeoo) e ainda em i n t errogações;

e) o c o r r ê n c i a como o local para o a c ento gram a t i c a l 9 a assi na- lação de tonicidade;

f) o c o r r ê n c i a como o "eco" ou s u b s t i t u t o da c o n s t r u ç ã o verbal a n t e r i o r e seu c o m p l e m e n t o (= p r e d i cativo) em r e p e tições.

Apresenta, ainda, uma aná lis e se mâ n t i c a dos moda is no inglês. Seg und o ele, os modais c o n s t i t u e m um s i s t e m a de s i m i l a ­ r i d a d e s e di fe r e n ç a s par cia is.

Em p r incípio, o es tudo de Tuiadell pare ce um tanto no_r mativo, mas ele pode ajudar, de al guma forma, na e l a b o r a ç ã o de o u t r o s trabalhos. A c o locação que Tiuadell faz sobre a s p e c t o s s£ m â n t i p o s dos moda is pode ajudar basta n t e num trab alho tentando a b e r d a r e st es a s p e c t o s sem ânt icos .

12 <

3ACKEI\1D0FF tamb ém c o n s i d e r a os modais como a u x i l i ­ ares. Ele a p r e s e n t a a r g u m e n t o s s i n t á t i c o s que p r o v a m que os m o ­ dais não se c o m p o r t a m como verbos p r i ncipais. l\lo caso do inglês t e m o s :

a) os modais não o c o r r e m juntos e não a parecem em g e rúndios ,nem em infi n i t i v o s . Ex.s

(29)

(4) * I shou ld can use tiuo modals in a rouj if they are v/erbs. (3.252)

( 5) * I ujant to may leave the room. (3.253)

(6) * I do n't like m u s t i n g me moda ls in gerunds. (3.254) (7) I sh ould be able to use tujo modal s in a roíu if they are

verbs. (3.255)

(8) I ujant to be allcujed to leaue the room. ( 3.256) (9) I d o n 't like hau ing to use mod als in gerunds. (3.257) b) os modais não se s u b m e t e m à c o n c o r d â n c i a de número.

c) os modai s têm um c o m p o r t a m e n t o dife r e n t e com rela çao a n e g a ­ ção. t um c o m p o r t a m e n t o di ferente daqu ele dos uerbos p r i n cipais. d) se a sent e n ç a p r i n c i p a l de superfíci e, em s e n t e n ç a s com mo - dais, deve ser uma s e n t e n ç a c o m p l e m e n t o de e s t r u t u r a pro fun da, os m o d a i s de vem rege r uma re gra de a p a g a m e n t o do c o m p l e m e n t i z a - dor, uma v/ez que nada apar ece na superfície .

Se gun do Jackend off , há, às uezes, isso sim, verbos p r i n c i p a i s ( comos í.ike, have, see, feel, watch) que se c o m p o r ­

tam s i n t a t i c a m e n t e como os modais; mas há e v i d ê n c i a s most r a n d o que não são modais.

Assim, c o n s i d e r a r os m o d a i s como verbos p r i n c i p a i s se_ ria a d m i t i r que eles " r e p r e s e n t a m uma c o i n c i d ê n c i a n o t á v e l de um grande núme ro de a b e r r a ç õ e s pura m e n t e s i n t á t i c a s " .(Dac k e n d o f f S e m a n t i c I n t e r p r e t a t i o n in Ge nerative Grammar, p. 101).

J a c k e n d ü f f mant é m os m c dais como au xilia res , seguindo a teo ria i n t e r p r e t a t i v a a p r e s e n t a d a por Chomsky. Ele p r o c u r a d a r a sua c o n t r i buição , p e r m i t i n d o que a i n t e r p r e t a ç ã o s e m â n t i c a se faça não somente sobre a e s t r u t u r a prof unda, mas tam bé m fazend_o a agir sobre a e s t r u t u r a super fici al, como já o b s e r v a m o s no prj. m e i r o capí t u l o e d e m o n s t r a d o at rav és da figura nS 3.

Tratando do s i g n i f i c a d o dos modais, D a c k e n d o f f argu - m e n t a que os mo dais do ingl ês têm dois se ntidos d i f erentes; um s e n t i d o que ele c ham a de "sentido de base" e outro que ele chai ma de "sentido ep is t ê m i c o " .

~ ' 14

Neste p a r t i c u l a r ele se opoe a teori a de Ross , p a ­ ra quem os dois s e n t i d o s se d e s e n v o l v e m de duas e s t r u t u r a s p r o ­ fund as distintas, ambas r e p r e s e n t a n d o o modal como o verbo p r i n c i p a l de uma s e n t e n ç a super ior que e n c a i x a a s e n t e n ç a p r i n ­ ci pal de supe r f í c i e como um com plemento.

2.2.2. C O M S I D E R A Ç Ã G DOS M O DAIS COMO l/ERBOS P R I N CIPAIS.

(30)

mo a u x i l i a r de um verbo pri nci pal, e x i s t e m também aque l e s que o c o n s i d e r a m como verbo pr in cipal. Nesse sentido, uma das obras

. . . - ' . o 15

p r i n c i p a i s e a de Ross

De aco rd o com a expo s i ç ã o e a r g u m e n t a ç a o de Ross, to­ dos os verbos são p r i ncipais, não h a v endo auxiliar es.

Ele a p r e s e n t a dez a rgu m e n t o s a favor d e ssa i déia e mais dois a r g u m e n t o s que dizem que os au xiliares, em verdade, devem ser verb o s p r i n c i p a i s

Os dez a r g u m e n t o s i niciais são:

i s ) A p a g a m e n t o de LM., como em s e n t e n ç a s do tipos

(10) a. Mike bu ilt a house and Tom did too. (3)

b. Mike is b u i l d i n g a house and Tom is too. c. Hike may b u ilt a house and Tom may too.

d. Mike must have been buil d i n g a house and Tom m u s t have been too,

e* Mike has a house and Tom has too.

J

dOGS

f, Mike is sick and Tom .is * t o o .

li

Segundo Ross, tanto os verbps principais, como os a u ­ x i l i a r e s têm c o m p o r t a m e n t o s i n t á t i c o igual, logo sendo os ú l t i ­ mos c o n s i d e r a d o s verbos pr incipais.

Em p o r t u g u ê s temos cons truçõe s idên t i c a s . l/e jam-se ; (11) a. Mari^o c o n s t r u i u uma casa e 3oão também ( o fez).

b. Mar io está c o n s t r u i n d o uma casa e João ta mbém está. c. Már io pode c o n s t r u i r u m a . c a s a e Joao tarfibém pode.

d. M ário deve ter c o n struído uma casa e Joãu também deve ter (feito i s s o ) .

e. Mári o tem uma casa e Doão também tem. f. Mar io e s t á doente e 3oão tamb é m está.

V/ejam-se mais de tal hes g m e l h o r d i s c u s s ã o desse crit^

rio em 3.1.6.

2s) E l i p s e de just a m e n t e como o f azem verbos reais:

(12) a. I ate fish, and Bill (ate) steak. (6)

b. I am Ame ric an, and Bill (is) Canadian. ,

Outro fato é poder-se alçar q u a n t i f i c a d o r e s ( como Ij. k e , bnth, each, etc) por cima de be g

(13) a, They all are h a n d s o m e ---jThey are all han dsome. (7) b. They both are h a n d s o m e - ——^They are both hands ome .

c. They each are h a n d s o m e - —^ T h e y are each hands ome ,

(31)

Como ex iste tamb ém esta p o s s i b i l i d a d e de alça r quant_i f i c a d o r e s por cima de outro s a u x i l i a r e s ( como have, must, etc), e como foi c o n s i d e r a d o uerbo p r i n c i p a l pela elips e, logo have must e outro s também se rão verbos p r i ncipais.

S e n t e n ç a s como as em (12) tamb ém e x i s t e m no portu guê s; (14) a. Eu como peixe e 3oão (come) carne.

b. Eu sou b r a s ileiro, e João (é) portu guê s.

0 critério, no entanto, não nos parece ser conclusiv o, r azão por que não o a plicamos e s p e c i f i c a m e n t e no n osso trabalhe. Não é c o n c l u s i v o p o r q u e a elipse pode oc or r e r com outros c o n s t i ­ tuintes, não ap enas verbos. Basta que haja uma conj u n ç ã o de se_n tenças, e n t r a n d o um d e t e r m i n a d o c o n s t i t u i n t e nas duas sen te nças . Wuma delas ele p o d e r á ser apagado;

(15) Hoje Paulo come peixe, amanhã (Paulo comerá) carne.

N e sta s e n t e n ç a apa ga mos não som ent e c o m e r , como também a LI\l-Paulo.

Se a " e l i p s e - d e - s e r " não é conclusiva, logo a p e r m u t a de q u a n t i f i c a d o r e s tamb ém não o é, para a d e t e r m i n a ç ã o de auxi- l i a r i d a d e ou não, já que esta é d e c o r r e n t e daquela.

3s) A r g u m e n t o base a d o na di fer ença de a c e i t a b i l i d a d e entre ( l6a) e (16b);

(16) a, Hej^ forced me to be e x a m i n e d by Dr. Hito. (8a) b. » forced me to be e x a m i n e d by him^,.

Haveria, no caso, uma r e s t r i ç ã o t r a n s f o r m a c i o n a l , de tipo bem m i s t erioso, seg u n d o Ross,

" A r e s t r i ç ã o parece ser a de que n e n h u m ag ente em um c o m p l e m e n t o for-to ou p o s s - i n q pode ser idêntic o ao suje i t o de uma s e n t e n ç a superior , enqu a n t o so mente s entenças forto ou poss

-17 inq se i n t e r p o n h a m ent re este agente e o suj eito."

Esta r e s t r i ç ã o também, e x p l i c a r i a a a g r a m a t i c a l i d a d e de (17b);

(17) a, You may gladl y be e x a m i n e d by D r . Hito. (lOa) b. * You may gladly be e x a m i n e d by m e ., (lOb) desde que as sent e n ç a s em (17) fo ssem d e r i v a d a s de e s t r u t u r a s s u b j a c e n t e s a (18);

(18) a. I gladly allouj you to be e x a m i n e d by Dr. Hitc. ( H a ) b. * I gladly alloiu you to be e x a m i n e d by m e . ( H b )

Ha ver ia a p l i c a ç ã o de uma r e g ra t r a n s f o r m a c i o n a l de F l i p , que, no entant o, só é a p l i c á v e l a verbos p r i n c i p a i s , Como

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