zz _ I _. 4` UN1vERs1nAnEzFEnERëL_DE,SÀNTA <.¬ V ÇAIAg§NAz -. _--¬f.'.~ - › _ .. _ h iv ., ., aâ
»€ENTRo DE C1ENç1Aá EA SAQEE -'
DEPARTAMENIoàDE > ,››= - Tocpb1NEçoLoG1A¬_ ‹.¢. _ z _ CuRS0'DE.MED1cLNA: 4 n ' '=ANTíBLOTlÉOfPROLIEÁIEC®âEM@; * zefâi NEe@%LÓ;eI . \ % LEL$A BEATä1z,G3ANfiÓ ' ` ' '.›', ` '. '4 _ TTGB
Iíšëš
fMAR1šíELAfTgRÉz;NHA.ERÀNQENER: 4:‹. _ V _ ¿ Oá;ENIADQR:VPRoF._DR.íNäwTøNzSÉR§§§fnE,CARvÁ§gp¡¬ §LoR1ANâPQLÍ$, Ju§HQ~nE l.9SQ‹{ \ f ‹ `z._ 1
‹
, _
/-\o` PROF. DR. NEWTON SERGIO DE CARVALHO
PELA oR1ENTAçÃo, nEn1cAçÃo E r-:sTÍMuL-o.
'
~ . a
7 AsRAnEc¡MENTo f I J J ó fi ' .
Ao DR. VALTER ARAUJO, CHEFE.nA UNIDA
DE DE TERAPIA INTENs1vA no +HosP1TAL
GovERNADoR CELso RAMos.`
.1`
4 - 1 1 ` ` `"›~ 4 .›‹ . ¡ z Í . -‹ « ' _ ¡ ,
*RE'sUMo"
' 1 - - z _ . .__ ._. .. - .. . ¬-a‹__... .__ V Este estudo consta da análise de 82 pacientes sub _metidas_a_cirurgias ginecolêgicasfno Hospital-'» $oVernador Celso Ramos, no período de julho a dezembro de`l.983; Foram catalogados os prováveis fatores implicados no aumento .damorbidade infecciosa põs~cirürgica, com especial referência aos antibióticos utilizados., " '
'
_ _ _? OS dã§0S ObtidOS fÇr§§,COmRarados àqueles existen teslna literatura, bem ¿omo,discutidas as divergências 'ob"
servadas. ` "
V
- Ressaltamos que o uso de antibiótico' profilãtico em cirurgia, na atualidade, ê amplamente difundido e- fre
qüentemente inapropriado. H ' A
"
1 l V ... . \X 1 _ ' . _ ¡
›-sUMMA.'1`2Y"
I C ‹ (` 'This study includes the analysis;of eightyêtwoa patients undergone¿gyne¢ologic surgeries at Hospitalá '
_ Governador Celso Ramos between july, 1.983 and december,"
1.983. We scheduled probable factors envolvedâin increased
postoperative infectious'morbidity with special reference
to antibiotics wich were used. .
' -' ' ,'» V
i
We çompared theflobtained data to-thosejof the ¿
: s 4. l_ ¿-fi.. V.: _¢',--› J ›. gr* , V. V " . ' ' literature and we disoussied observed diäergences. Í/
-~ Also we enphasized that at present,-the use of
prophylactic antibioticš_in sugery is widespread and often
inapropriate. ._ ' ` d I li
~â
i .W 'M ¬. z› l :' 'Í '-¡'~.\ z %1 - INTRODUCAO .› .. .- _ A ' z¿ILN .-_ D I C E
"
.› _' .\ RESUMO SUMMARY _ . :...._... ¿._ _ _. .__ . .. . ... . . . . . . . . ....'<“7f Í 4 _ _ ' z2?_-MATERIAL E METODOS nntln | | | | | un: | | | | ¡ | | | | nn l1`
V
3 _ RESULTADOS ||||ln||| I I | | n | I Inn | | | | | | | llnnanni; 15
4 - DISCUSSAO .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...1;.. 27¬
V
~
5 - CONCLUSOES . . . . . . . . . . ... . . . . . . ...;.. 44
A .G
s P' â _ ~ _' 1 - INTRODUCAO _ _ _ _ , V * -Q 1 _ z _ ø _' - _ . ; ' ' _* Y . V ' .x
As doenças.microbianasvainda se constituem-em impor . tante fator de preocupação para o médico; _principa1men_ te nos países subdesenvolvidos; onde representam. signi_ _
ficativa causa de morbidadeie mortalidade) i 3 Os_fatores-que envolvem o risco de um paciente _ ad quirir infecçao« zmfibtiplos, o que torna extremamente,
"~;-«_ z _' “;zâzz›-~ ~_f- vã' _
Êm wm ao
*difícil estabelecer regras e critëriös”a respeito _»do _
assunto. Muitas pesquisas continuam sendo realizadasrmmz
^o intuito de se descobrir todos esses fatores assim co'
, _ , À â .__ _ '
'mo os mëtodos mais eficazes de controle das infecções..
v~
Uma das primeiras referencias_que se tem de uso- de
medidas profilãticas no combate ã infecção,,datam _ do itempo de Hipõcrates, que costumava lavar os 'ferimentos
1w*z'~F3 ‹:__ .v '
“L 1 ~Á;f>» 1 _
`
_,
com vinhoÊ Ainda na Idade Media, os arabes faziam uso
_de cloreto de mercúrio para assepsia de lesões. ~ `
' ~ SEMMELWEIS, no século passado (1847), páâsgu a ex;-¡~
gir de estudantes e médicos o hãbito de lavarem as mãos depois de visitarem as salas de autópsia, e entre .os
exames das diversas pacientes; primeiramente com ãgua_e ' _
sabao e depois utilizando a.cal clorada. A sua_descober
É ‹ Ti- ° " V
`
`
'
. _, _
ta de que a mao do examinador era importante_fator _na_
transmissao das doenças bacterianas; marcou o início do
combate ä infecção hospitalar. Graças a essas' medidas,
conseguiu reduzir significantemente o índice de mortali Â
dade por infecção puerperal._(MONIF, 1978)¿š
i 'H' _ ' v J V _ 1 z _ 4 i , §› _ 1 K { ` ` 7 _ '
Ê . ~ 8 . z _ À ú V _ . 'V _ . V' V _
Em 1867, com o conhecimento da origem microbianadas'
V I VVV_V_V _ . HVÃV V3 '~ z' V . .à § _. '. i _ 4 VV VV 5» ” __` V-' infecções, LISTERfinstituiu o uso profilãtico do acido -
fênico nos campps operatõrios. Entretanto, a _ implanta
~
çao definitiva destes conhecimentos sõ teve lugar' * em -
1878, apõs a sensacional*comunícaçaotdemÉASTEUR_e cola
boradores sobre afiteoria dos germes; fruto de inveStiga_ '
~ ~ ~
goes exaustívas sobre as fermentaçoes e a geraçao espog_ V
A ` tanea. ÇOTTOQBIER, 1978). -. i '¡z ' _ _? _ ¿V . , :À , ,_.. ›_,,-›. V _ _ _ _ ' ;_‹" ` ' - - _ . _ . _ , .A _ ._ _
As extraordinarias descobertas de PASTEUR e seus ,
^
contemporaneos sobre a origem das doenças infecciosas
levaram a uma radical mudança nos conceitos e. técnicas ` profiläticas até entao conhecidas. O campo da? cirurgias
foi particularmente beneficiado. As novas técnicas _ de _
.
A _
W
assepsia e anti-sepsia contribuíram para reduzir signi
ficativamente a.mgrbidade e mortalidade pôs-operat6ria,'
¡ _ ._ ¬tV _; _ _ _
_ V I -
originados por_complicações de origem infecciosa. _ Outra grande descoberta que marcou epoca na › hist§
ria da infecçao, foi a da penicilina, por_ _ ALEXANDER'
FLEMING, em 1929, e a da sulfa; por DOMAGK, em' 1935.
Finalmente, em 1940, iniciava-se o emprego clínico' do
antibiõtico; com finalidade terapêutica. ~V-_-. A introdução dos antíbiõticos atribuiu ao homem '
o - . - ~» ~ _- ` _ , i r ' _ poder de-erradicaëão dosÊgermes..Quanto ao seu uso;alëm
de terapêutico, logo passou a ser profílãtico e, sobre
tudo, indiscriminado. Descobriu-se,zentão, a existência _
de microrganismos resistentes aos antibiõticos, e com,
provou-se que a destruiçao dos germes saprõfitas ou de _
*;r» . 'F
L» 1 \ 9_. ` ‹. u 1 , ` - 1 - À ....
baixa virulencia, permitia a instalaçao de outros '
de _ __ .‹ ., _-_-,Ya
' _.1 A. _`, ‹
...4,; ' . . maior virulënciafe_resištentes ãs drogas,Í
No campo da cirurgia, o uso indiscriminado do *anti
biõtico, aliado ao fato de os médicos passarem a 'negli . genciar na assepsia e anti-asepsia, por transferirem â
droga_atribuições que na verdade não lhe cabia; _e1evou
assustadoramente o Índice de infecções operatõrias. A `¬
infecção cirfirgiçaapassou a çonstituir-se, novamente,. ._r
em importante causa de morbidade, agravando-se o proble V
ma, devido aos germes constituirem~se, agora, 'zagentes_W de alta virulëncia e de selecionada resistência aos an
tibiõticos. V
.
*
 'f-.
Este uso indiscriminado de antibiõticos 'constituiu
-se, ainda, numa agressão maior a um organismo jã .debi'
V
litado, pelos seus efeitos colaterais de natureza ,t6xi' z
vamente o custo com o doente. ' `
:ca e alërgico-irritativa, alêm de elevarem .significatil
V Num passado recente, a importância da antibiõtico -profilaxia foi negada por alguns estudos. Atualmente, sabe-se serem de validade discutida, pois deixaram gde
considerar importantes fatores relacionados a_ infecção
z 4 . ' cirurgica. . 9 ~ . ' ' -. ' 1-... i' _ ' ' . - _ '
À§antibi6tico-profilaxia sistêmica ganhou 'populari
«dade a partir -d-ej19ó9, quando çoosEMBER‹; eu aiii relarg
ramíuma drástica diminuição da¬morbidade'infecciosaç e
incidência de infecção pëlvica_põs-operatõria; atravës
do uso de penicilina e estreptomicina profi laticamentez
Í
‹‹. › " z _ - -10 â ' , , ' _ _ ¡ _
Este V relato inicial estimulou p ínteresse_dp muitos in
_
_ '_¡ _
_ . _, __
._ _.
t , z _ .
vestigadores em torno do assunto. Desde então muitoses
tudos têm sido feitos, porëm, restam ainda dúvidas a se
rem_esc1arecídas. '
› f
_
' '
O uso de antibiõtico profilãtico em cirurgia,« 'apg
sar de muito estudado; continua sendo assunto extrema~
mente controvertido, assim como, a infecção fhospitalar. cpntinua a ggnstifluír-se séria ameaça ao sucesso V dos.
.çs .' . ' ' - procedimentos cirúrgicos. _ _ __ f_»¡ ,i ` _
O uso de antibiõtico-profilaxia em cirurgia= ginecg
lõgica, alëm de igualmente controverso, tem recebido_1i
mitada atenção por parte dos pesquísadores.“ _` '
ç ~
Novos fatores associados ao risco de infecção _p6§ -operatõria passaram, agora, a ser considerados nai pa
ciente ginecolõgica. _ ã 4' _' _ _ › , : t
*Atua1mente¬ dentro da ginecologia, as hísterectg_
mias têm sido, sem duvida, objeto de maiores discussões por parte de estudiosos, estando evidentes os Í" benefš
cios da antibiõtico-profilaxia na histerectomiaf ,vagi
nal. ` ~ V n _ ' _ Entretanto, apesar da extensão e_comp1exidade do tg
ma, e da impossibilidade de estabelecer-se critérios in
" Q ` ._ z
flexíreis, a opinião dos autores tem sido unanime ~ no que se refere a alguns fatores que regulam o uso do an
tibiõtico profilãtico-em cirurgia geral e ginecolõgica.
Baseados nestes fatores jã.estabelecidos,^ propomg
-nos a analisar a conduta frente ao uso de antíbiõticos
_ - _ i _ _ _ , - ‹. 0 _ I ` - . .Y &`_z-("*.' 1
'I .
.
11 \
«
em cirurgia ginecolõgica no Hospital GoVernador_, Celso
ç . .. .‹ _.› ..,.‹
‹
_
¬Ramos, no periodo de Julho de 1.983 a Dezembro ' do mesmo
. ano. - . A ` ~›. -.-' 2 - MATERIAL E fiêionos Í ¡ . _ _' - _ f'
Utilizamos prontuários de 82 pacientes submetidas a
cirurgias ginecolõgicas, no Hospital Governador Celso
Ramos, no período de Julho de 1.983 a Dezembro do mesmo
ano. O número total de pacientes era de lll, sendo que
destas, retiramos ao acaso uma_amostra de 82)‹ ‹. ` -_
Concomitante aos dados clínicos obtidosëdos prontuá
rios, analisamos as fichas de controle de infecção hos
pitalar idealizadas pelo Ministério da Previdência So
cial. ~ g, ' . 'r C ' A
Nas referidas fichas, um critério relevante diz res peito ao potencial de contaminação cirúrgica, ¬classifi
cando as cirurgias em: limpas, potencialmente contamina
das, contaminadas e infectadas, as quais são. definidas
como se segue. _ _
"I. Classificação das Cirurgias por Potencial' ~ de
Contaminaçao ' ~
` ` ^“ *°
- e
_ As infecçoes põs-operatõrias devem ser analisa
das conforme o potencial de contaminação da'ferida` ci
rfirgica, entendido como o número de microrganismos pre
sentes no tecido a ser operado. '
' ' -_ I G4̓'(\.v'A¶ › \ V ¡ _ -à
i _ 12 r z ‹, . v ' « ' ` r . 5' J a) Operações Limpas _ _f -._ `.) , ,/.«V,;fi 1›,.-›4:¡z__:;._.4_._¶__0;_§-Q gv", ' _ _ ` _, .
_ São aquelas realizadas
emwtecidos'estëreiszz ou
passíveis de descontaminação, na ausência do': processo infeccioso local ou de falhas grosseiras. "V 'W Í
V ‹ e . 5 _ . ›
b) Operações Potencíalmente Contaminadas
São aquelas realizadas em tecidos' .›colonizados
z ' , _
` _- por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de 'di
H
fícil descontaminação¿ na*ausëncia*do processo infeccio
so local ou falhas técnicas grosseiras. ` u” “`
V
c) OperaçÕes`Contaminadas
São aquelas realizadas em tecidos . colonizados por flora.bacteriana abundante cuja descontãminação se
.ja difícil ou impossível, bem como, todas aquelas em
que tenham ocorrido»£alhas tëcnicas_grosseiras, nai. au
sëncia de supuração local. 'i i
-'
dl Operações Infectadas k
_ São todaslassintervenções cirúrgicas lrealizadas
em quaisquer dos tecidos ou Õrgãos anteriormente mencig
nados, em presença de processo infeccioso (supuração lg
~¢a1)". e ~ r e A e "
De acordo com esta classificação, as cirurgias ` so
bre mama e anexos foram consideradas como sendo limpas)
As hísterectomias abdominal-e vaginal, bem como -outras
'_ _ _ _-â z 1 \ I
› I »-13} \ ¡ à P , D ~ ' - z ` ' . ~ -
cirurgias sobre a vulva e vagina (cõlpectomias, colpopg
rineoplastias e fistulectomias); e ainda cirurgias `-sg
bre anexos onde a patologia-base fosseísalpingitep crê
nica, foram consideradas como sendo potencialmente con
taminadas. '
'
.
. _ .
'
As cirurgias onde foi realizada correçao de hemdr rõidas e onde houve perfuração acidental de reto, foram
\ .
consideradas como sendo contaminadas. É
" › ‹ 'mv ‹. _ V
As demais cirurgias, onde se observou a presença de
coleçoes purulentas¿~fbram consideradas como sendo '
in
fectadas. (Vide Tabela 1). _a '
V e'jf '
_
f [_ `[“
Do total de 82 pacientes analisadas, excluímos aqug
las consideradas como sendo contaminadas'e infectadas.
~
(sete pacientes), para que nao tivessemos que
V
lentrar
A
nos m§ritos,do pso.terapeutico indiscutível, de antibiê
4›,. ~ -' ticos. ' * _ _ _ °
Para efeito de anãlise, investígamos possíveis_fatg
res predisponentes de infecções, que condicionariam a
variação_de incidência das mesmas._ `
'
- Em relaçao aos dados/clínicos, coletamos dados - de
¬«r _
_
“identificaçao, histõria mõrbida e fisíolõgica e ainda,
exame físico. Dentro dos dados de histõría, catalogamos
a patologia-Base para a qual estava indicada a cirur
gia; os antecedentes ginecglõgicos, dentre os quais in
dagêmos data da última menstruaçao, tipo»menstrual, ati
vidade sexual e uso de anticoncepcionais; antecedentes
obstêtricos e cirúrgicos; e ainda antecedentes mõrbidos Í . . . I ` \
5' r
1
14 7
outros como diabetes mellitus, radioterapia e quimíotg
rapia. Incluímos.tambëm, dados de obesidade e fasev re.-
produtiva da mulher. Aos dados de exame_físíco, incluí V mos aqueles de exames complementares relevantes ao oca.
so. ' p'
V
S V
`
A propõsito da cirurgia, coletamos dados de preparo ‹
¡ .
pre-operat6rio.e procedimentos associados j(cateterismo vesical e venoso, respiradores, punção lomfiar, drenos e
tampões vaginais); e ainda tipo de incisão, tipo _ de
anestesia, tempo de anestesia, complicações trans e põ§_
_ ~ › _ ` . -operatõrias. '~~ _ Vi~'zf] f~,p.Í ,
"
Sobre o antibiõtico, verificamos os tipos de-drogasiusados, bem como, início do uso em relação ao ato.cirür
gico, dosagem,_vias de administração e tempo de uso. '
1 › i o ~ z » › I ...L ___ _ *Í,.^.
» PACIENTES -POTENCIAL DE l › 3 1 " TABELA 1 0 _ ` §¡ ___": - .\ ` € ' 15
SUBMETIDAS Ãs CIRURGIAS EM-RELAÇÃO A0 ` co$TAM1NAçÃo E TQPQGRAFIÁ Do PROCEDIMENTO -
Y _ PoTENc1AL DE coNTAM1NAçÃo_ ,«-_. ~_, _ _ --
Tipo DE CIRURGIA NÚMERO DE
_ PACIENTES o 6 ¶Límpas Potencialmen te Contamina (135 . Contaminadas \ ¡Infectadas sobre-a mama isobreianexos' abdominais* 'vaginais 0 - sobre a-vulva abdominais vaginais abdominais _ 18,2' _12,l 32;Q_H 21,9 '*6,0. 1,zi 1,2 __§,o_ _ ¡ ,.=__ roTAL 100,0” 3 - RESULTADOS w~
Foram analisadas no presente estudo, 82 pacientes
submetidas ã cirurgia ginecologica, no Hospital Governa - -_ ›_,_
dor Celso Ramos, no período compreendido entre Julho e
Dezembro de 1.
_As principais cirurgias realizadas foram: *anexectg'
983. V
mias, 21 (25,6%); cirurgias sobre a mama, 15»
¡
¬
-ió
, . _
_sendo '~ que destas, 14 foram mastectomías`e uma tumorecto
_. r I ¬ ,_ 4 V_.›f
- _*
I' ‹
` {. __ V
imia; histerectomias abdominais, 22 (26,8§);-'hísterectg
.mias vaginais, cinco (6,0%); cirurgias sobre a _ vulva,
cinco (6,0%); cirurgias sobre a vagina, 14 (l7,0%),' in
cluindo nesta classificação as colpoperineoplastias (oi
to): fistulectomia'vësicofvaginala(uma), correção de
‹
septo vaginal (duas), colpectomía por tumor (uma), _col
çpoperineoplastia e hernioplastia ingüinal (duas), V
A N ' .¬
- 'Segundo a classificação das cirurgias pelo poten
cial de contaminação, catalogamos ZS cirurgias limpas,
50 potencialmente contaminadas 3 ãduas ç contaminadas _ e cin __
4 \
co infectadas. Para a analise dos resultados, foram. eä
cluídas as cirurgias contaminadas e infectadas, por cmng
› _ _
. _-
- .f - ~ z;- -
tituirem indicação terapêutica indiscutível no uso de
antibiõtico. ` - ' . .Y " L '. '
No que se_refere aos dados clinicos_co1etados,a. ob
servamos que a faixa etãria das pacientes oscilou entre
os extremos de 15 e 75 anos, entre as quais, 60' perten
ciam a faixa de 31 a_60 anos (80%) com um pico de inci
dência entre 31 e 4OÍanos, correspondente_a 26 :hpacien
tes (34,6%). 4
› `_
' .
çfio que diz respeito ã fase reprodutiva da mulher ó ob ._
‹_ ‹‹. _ `Ã ;¿ - _ ` '›. ' «_ _ _ i `
servamos que 19 pacientes (25,3%) eram menopausadas, 59
(38,6%) se encontravam em idade reprodutiva e quatroxfib
t
‹ . _
'
possuíam dados a respeito. .
' -
.i-
Em relaçao ao fator obesidade, 13 pacientes (l7,3%)
`
z _ _
foram consideradas obesas; 56-(74,ó%) estavam, '
dentro
i
i _i
_., 1 U 17' ~ \V _. -\ , _ _- _; _ -- _ _ _
dos limites-padroes de peso e seis^{8,0%) nao continham
_ , _ 1 › ' ~ __ . . __. -' - V . ‹ V _ .*z'.1_“¬_ fz- ` v _ " 1 ‹ " _ :';f ‹_ _
dados de peso e.estatura. '
V_‹
`
Na análise __ dos antecedentes obstëtricos _ .- -_ › encontra __ mos 12 nuligestas (16,0%); 25 haviam tido de uma a cin
co gestações (33,3%); 11 com mais de cinco ~ gestações
(14,6%) e 27 sem dados obstëtricos_L3B,0%).
_ Na pesquisa dos antecedentes cirürgicos¿ os resulta
dos obtidos foram os seguintes: das l5_pacientes subme _ V V _ À _-,zzz_. M? V ,_. b _ _ 5. 3:1" __. _f,
-
tidas a cirurgia sobre a mama, quatro tinham relato_ de
tumorectomia prévia. Das 41 submetidas a laparotomia,23
tinham histõria de cirurgia abdominal anterior. -Dentre as submetidas a cirurgias vulvares, uma.ünica paciente
já havia sido submetida a cirurgia sobre a vuIva (tumo
rectomia previa). ` ~
_ `
'
Dos antecedentesgpatolõgicos que poderiam predispor
__ ¿`
ã infecçao põsfoperatoria, encontramos: diabetes melli
tus em duas pacientes, dois casos de uso prévio de ra
dioterapia, leucorrëía em nove casos, sintomas¿'i¡urin§
rios em sete; asma; sinusite e anemia em três pacientes
_ _ _ 4 _
individualmente-
No que diz respeito ao ato cirúrgico, «selecionamos
os procedimentos que podem, eventualmente, implícar_ na
‹ N _ _ - ._ ._ â z ». __» _ ~_--vz; - _-\,, ,-
transmissão de infeggoes. (Vide Tabela 2),_'°›' .`
Obs.: O termo cateterismo venoso, foi empregado no- sen
« -
tido de punção venosa, com agulha tipo escalpe.
ø
"`,r\, »
4* r _
is'
. 'p TABELA 2 . ‹¡ - z _ ,- 1 ._` _, . _ I~RELAÇÃO DÕS PROCEDIMENTOS UTILIZADÓS QUE
PODERIAM ÊAGIR COMO POTENCIAIS“FATORES u IMPLICADOS NA TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES'
L
POSSÍVEIS FATÕRES NÚMERO DE PACIENTES Í' %
_ . J ,_ -:i '->“ _à. :Í fm- «M . _-_ _-,z›~ ‹¡_ .. V _ _ _ -,_=_ . _. 1 Cateter vesical _ 50 ` 66,6 S Cateter venoso _75 ' ' 100,0 _ Tampão vaginal tl6 V _2l,3 ». ›, _ _ _ ÂL _Dreno' _-_22 * ._29;3 _S Respiradores '46 ' 61,3 V Função-lombar - 31 41,3 _ ._ _ _ _ K ` V . I _ `
,No preparoâdo campo operatõrio, observamos que' Â a. tricotomia e a lavagem intestinal foram realizadas _ no, dia anteriorfã cirurgia. V `‹_ »'
A incidência de uso de cateter venoso foi de l00,0%_ ~
Em relaçao a sondagem vesical, 40 pacientes (53;3%) usaram cateter por um dia, seis (8,0%) por dois dias, e as demais quatro pacientes por periodos variãveis `
de V
três a'l0 dias}¿Nao utilizaram deste procedimento as 15'
pacientes submetidas ä cirurgia para mama, sete» daque
_
-¡
las submetidas a cirurgia sobre anexos e três daquelas submetidas a cirurgia vulvar e vaginalv '
_ A_. .
O uso de dreno foi observado em 22fpacientes(29{3%).
_ - 1 . ~ , ~- ‹ ' f;-'«1Â_' _ H il.
-› J _ ‹ ' 19 \ , .
Destas, 14 se - submeteram - V ã mastectomia. duas - , ã anexecto _.
.`. . ¿z."_¢:`
V
-' " .\--9; 'Y
, , - 'V
` '_ . _
mia, quatro ã cirurgia vulvar e duas ã histerectomia-ab
dominal. .
4
~
O tampao vaginal foi utilizado em
ló.~"
_pacientes(2l,3%) e seu uso restringiu-se ãquelas submetidas ã ci
rurgia via vaginal e vulvar. Q tempo de permanência do
mesmo foi de um dia em 14 casos, e de dois dias nos res
tantes. . 4
_
-' ~
^
A incidencia de uso de respiradores-foi de 61 .. (_/~l
‹:›\°
.z
ou seja, das 75 pacientes, 46 foram submetidas a entuba
ção endotraqueal. -z - p _ u 'À A-'Í ' _ `, “ '
Com_relaçao aos processos anestësicos , foi ainda ob
í
servado, que.44 pacientesw(58,6%) foram submetidas ã
anestesia geral, 29 Ç38,6%1 ã anestesia regional, e~ as
outras duas paciep§es.(2,6%1 receberam bloqueio regig
_ _ . ›^z ›
-
. ',.
,nal e anestesia geral, devido a acidente de punção- Por
tanto, 31 pacientes (4l,3%) receberam punção lombar.
Das 41 pacientes submetidas a laparotomia, o
V
tipo de incisão utilizado em 28 casos (68,2%), foi a
H
media
na infra~umbelical; em oito pacientes (l9,5%), a inci
são foi a de Pfanistiel e em duas pacientes_(4,8%) uti
lizou-se a incisãoQpara-tratamento concomitante de _hë£
nia inguinall Em prontuários de três pacientes, não en
contramos descriçao de ato cirfirgico.' d ` '
No que diz respeito ao tempo cirúrgico, encontramos
o seguinte: em 33 cirurgias (44,0%), foi inferior.' i a
duas horas; em 33 outras (44,0%), foi-entre duas e_trës
I l |
1
M 20
ø z
horas; e em seis {8,0%), foi superfor a três horas; .E5
‹ r _ ' .` , . `- ' . - _. À . _ ' . te filtimo grupQ,envolve duas mastectomías, três histe
rectomias abdominais e uma reconstrução de Vagina por
anomalia genital. Em três prontuários não encontramosda
dos referentes a tempo cÍrürgíco.* 0 '
' As_complicações trans-operatõrias relatadas nas des-
criçoes círürgícas foram as seguintes: sangramento abun
dante em uma mastectomia e em uma histerectomía abdomí
.Z z ¬ '_
_
nal; lesão de parede de intestino delgado, sem contam;
. _ ,
- .
~
naçao do campo, em uma
anexectomía."
›3
z,
_,O terceiro grupo de dados colhidos, dízy respeito
aos antibiõticos. (Vide Tabela 3)Ç .t' _* _'
TABELA 3' . _
ARELAÇÃO DE USO DE ANTIBIÕTICO SISTÉMICO NA$_
CIRURGIAS CONSIDERADAS LIMPAS E PÇ, NO QUE DIZ 3
RESPEITO Ã TOPOGRAFIA DO PROCÊDIMENTOf u
-›ô ~â_
'
_
POTENCIAL DE CIRURGIA TOTAL USARAM %.DE
CONTAMI NAÇÃO ' ' A1`\ITIBIÕTÍCO USO Líägas Mama.. 15% Í 14 _ _ 93,3 VAnexos 10' “ 8 80,0 _ « _ V _ H.A;z 21 20-. V 95;2 - › Anexos _ 6 2, _ 33,3 f-› _ . _ 'V ' - Potencialmen H.V. 5_ Y, 4_Í 80,0
tewContamina Outras (via _ _
- das vaginal) _ _ 13 - 11 “ V 84,6- - Vulvares _ 5 ' 4 ' 80,0 1'oTÀL ' 75 › _ó3“›_- 84.0 c_ 1 . _. ¡ \
1 - u z \ '2 1 . - . 2' i _ ~ ' ' . ¡ _ . - .š . - . _ ' . .
O antibiotico sistemico foi usado em 63 das 75 ci V rurgias (84,0%)" Das 12 pacientes que não fizeram
uso-A
de antibiõtico,;tres pertenciam ao grupo das zcirurgias
ez - _
- ~ --
, _ .
limpas e nove ao das potencialmente contaminadas, con _ forme Tabelas 4;e S. " ~
'
V
TABELA 4 `
RELAÇÃO DE Uso DE ANTIBIÓTICO s1sTEM1co *
, EM CIRURs1As.coNsíúERADAs L1MPAs¿=".
. _ ¬ _
.rc .
CIRURGIASÍLIMPAS NÚMERO DE PACIENTES. Í %
Usaram- 22
"
88,0~' Nao Usaram 3 › _, 12,0 TOTAL 25 ' 100,0 z .Das 29 cirurgias consideradas limpas, observou-se a-
-. A
utilizaçao de antibiotícoterapia sístemica em 22
(88,0%), sendo: cloranfenicol em 20 pacientes, cefaloâz
porina (cefalotina e posteriormente cefalexina) em _uma
A paciente e tetraciclina em outra. `
~~V. i . 1 1-. _ ay ___ ç kg ' i I
4' ” - 22 '_ ø _ O . ‹ ‹ I-"‹›. 5 . . ' . _ _ ,.__ 7__. . -
RELAÇÃO ññ Uso DE ANTIBIÓTICO s1sTÉM1co EM .
¡ _CIRURGIAS CONSIDERADAS POTENCIALMENTE CONTAMÍNADÀ$
_ . _ _°~›3 _. .,
- CIRURGIAS P. C. NÚMERO DE PACIENTES ‹
' .%,. .Usaram 4l 82,0 - Não usaram 9 V 1s;o TQTAL À sÓ`i' ,r1oo,o _ 4 .
Dentre as 50 Cirurgias potencialmente contaminadas, o uso de antibiõtico sistêmico ocorreu em 4l; (82¿O%),
sendo o Cloranfienicol a droga de_esÇo1ha em 38s' delas,
.z¬ .\-. " _. . V › Ar. . ., .
em 10 destas, assodiou-se preparados a base ide a sulfa
vía vaginal, em outra associou-se sulfametoxazol-trimg
toprim, e ainda ao cloranfenicol foi associada cefalexi
na e cefalotina em outra paciente. Dentre as;três pa:
cientes que não fizeram uso de cloranfenicol, encontra
mos o seguinte: ampicilina em um caso ampicilina asso9
ciado a sulfametoxazol-trímetoprim, gentamicina e sulfa
via Vaginal em outra; e aindasulfametoxaiol-trimetoprim
associado a sulfa via vaginal na terceira pacíente}-Das
nove pacientes que não fizeram uso de'antibíÕtiÇo sistš
mico, encontramos a utilização de sulfa via vaginal em
uma delas e neomicina tõpica em outra. f
'
1
af
1
P
As Tabelas 6 e 7 elucídam os däflosbreferenteg ã uti
.V «_ 4 ,` _,. _
lízação dos dívgrsos antibíõtícos sístêmicos em relaçãó .
ao potencial.deicontaminaçäo das cirurgias., .›" _'
TABELÁÍ6
§ _
RELAÇÃO DOS ANTIBIOTICOSÕSÍSTÊMICOS
UTILIZADOSVEM PROCEDIMENTOS CONSIDERADOS LIMPOS,
›
No QUE 5E_REPERE A ToPoGRAF1A CIRURGICA .
- :_, ~ Y f. ‹^, _- .z" V -. z z_.‹. _ _ i ' MAMA ' ANEXOS TIPO - V' ' ` .'› TODM.;' % . N? DE CASOS N? DE.CASOS "1 . - __* Jâí' _ _. -Í __ __ . _ _ _ ' Cloranfenicol A 14' O 6 Cefalotína e ~ O 0 1 Cefalexína “ ~ Tetra§íc1ina' 0 '
L
Não usaram An.tíbíõtico _ 1` 2 _ zo so,o É _ 1 4,0 » - - .. 1 4,0. ;.3 12,0 ~ TOTAL 15 10 ^ 25 '1oo,o'A I ., ' ›. I I *. ¿¡_-___¡ ....-_ - _ _- _ _ ¡
.JI '24 ¡ .- m l ' 'K 7 _T1\BELA 7 V '
~
,- 4 ._ .~ _. « - . - ».zRELAÇÃO DOS"ÃNTIBIÕTICOS SISTEMICOS UTILIZADOS EM PROCEDIMENTOS CONSIDERADOS POTENCIALMENTE '
`CONTAMINADOS, NO QUE DIZ RESPEITO A
_ TOPOGRAFIA CIRURGICA
E
f 'r1po' _
{`;ÊDQMn_`¿^IS S -
__ 'VULVARES _ Toi".
_ ANE><os H.A. 'H.v. ouTRAs
E %
só
cloranfemcol _ 2 E _ ls 3 .9 - o 4» _ O Cloranfenicol e S-T* _ oO 1 › 'O _'* 0_ Cloranfenicol, Cef§~ ~ ~ ' ~ Ó _1 zo .. 1_ iotina e céfaiexmai - ~ .o .~ » Ampicílina, Gentami V E o o 0 E 1 1 _ .O*-Ê chuâe SJT ` Ampicilína _ O 0 “ O ' 1 ~ É O-~ _ '1_ 1 s-T o o o i z .. o ' ÀNaoIbarmn ` 4 ~ 1 'l -2 1 9 72,0 _ 2,0 ' \ 2,0 2,0 2,0 2,0 18,0 13' ns 5. TOTAL 6 21 ` 50 1o_o ,_o V v ^1.¡ ..‹. * S-T (Sulfametoxazol-Trimetoprim)._ O tempo de administração do antibiótico, nas 63 'ci
rurgías em que se observou o uso do mesmo; foi o seguig
te: em oito cirurgias limpas e 13 potencialmente ~çont§
A `
minadas, o antíbíõtico sistemico.foi usado.por um períg
do de um aitrës días (33,3%). Em L4 círu}*ías»1im 3 ás e
S P _.,._ ...___ _¿ 4 ` ! . i \
.| __ _ 5 . ¬ ` V I _ a , . .
28 potencialmente contaminadas, o fempo de úso_foi supe ' _ _ ¿ T O . ‹_` az À, _ rior a très díaâ (66,6%). ' ' O _w . f V'
Os dados referentes ao tempo de utilização do~ anti _
. . . . bíõtico em cirurgias limpas e potençíalmehté contamina '
das estão nas Tabelas 8 e 9. «V - E
L
TABELA 8' '
TEMPO DE USO~DO ANTIBIÕTICO SISTEMICO EMPREGADO "
EM PROCEDIMENTOS CONSIDERADOS LIMPOS, . A
“
NO QUE SE REFERE A TOPOGRAFIA CIRÚRGICA _
o
CIRURGIA EM CIRURGIA EM .
'»
TEMPO DE USO NMMA' ÂN¶¶DS~.' TOTAL - 0% - -
iN¶ DE cAsos N<-> DE cAsos_
' - 1
delasdiaâ
- ó '02
_~_s 52,0 Mais de 3 dias s _14 z 56,0 1×fz›usaràm ~ 1 ' ' 2'-f ..3 . * 12,0 TOTAL 15 10* 25 ' 100,0 1 | › ‹ 1 I5 I 26. ` r ' ' 3 _ _ ` _ I . 4 ' __ ¿ TABEUA 9 _i_ ._ ' _
TEMPO DE USO DO ANTIBIOTICO.SlSTEMICO EMPREGADO - '
EM PROCEDIMENTOS CONSIDERADOS POTENCIALMENTE CONTAMINADOS, NO QUE DIZ RESPEITO A
â TOPOGRAFIA CIRÚRGICA
*
QTEMPO DE uso '
VAGINÂI-S VÍILVARES. -TOTAL 'à
'
ANEXOS H.A. H.v. OUTRAS.
-' _ , _,~. _ z, ' »_ K1. ' __ _ ' Í › . , ' ›
Deiasâias
›z` ó' 1s-p1.1
_13 zõ,o . ` , 1 ` _ _ _ - _ _ _ _ Mais de 3 días O ' 14 3~ 8 ` 'z3 L E _ 28 56,0 ‹' .. ` ' Não Usaram . 4 lr . 1 ~ _ 2 1.2 9 . 18,0 ,. __ _ _¡ _ . TOTAL 6 21 ' 5 z 13 _' 5 50 ,100,0 . ‹ _ . _ . __ .4_ _ __, _ , ~_ _ , . -__. .s _' .*'Quánto'a via de administração, observamds que em 58
das 63 pacientes que utilizaram antíbiõtíco (92,0%}, a
terapia foi iniciada pela via endovenosa, sendo' .variš '-
ver o tempo de utilização-desta. Posteriormente, a drg.
A
ga foi sempre mantida por via oral. Em tres pacientes o ' antíbiõtico foi administrado Somente por via oral, e em
duas foi iniciado por via intrafmuscular-e posteriormen
(_ _. _ ›¡. `,_,u__Y,_Á > _ I' _ _ ',, .¬ ¡_' J
te mantida.por via oral. ‹ _-«
zr _
`
Nas pacientes em que foi iniciado o-antibiõtico por _ via endovenosa, o tempo de permanência nesta variou, cg
mo segue: em 45 (77,5%), esta via foi usada somente no «
pôs-operatõrio imediato; em lQ(l7,29%) seu uso estendeu
~še ao primeiro dia pôs-operatõrio e em três (3,l%) a
_ k.,-(`¬.1 ^ 1 Â ' A
1 ...-J ' É . ã z 27 ~ s 1 ' ¡ 1 1 ~z ' _ *__ , _ ~ V 4' . . › Via continuou a ser usada além do primeiro dia põs#ope
‹_~.'_ ' fz- `~ 1 _ ~~ 'j:_¡ -~__._~ 1 ~ .
-
ratõrio. ' «« ' ' V .' " i- As dosagens dos-antibiõticos foram igualmente varíã
i `
_ ›
.
-_.
veis, porëm, dentro dos padrões preconizados pela farma
cologia. ,' _
L
_ V
Em relação ao põs-operatório, encontramos os seguín
tes relatos de complicações: um caso de hemorragia em segundo dia de põs-operatório, um caso de embolia pulmo
_. - ,. _ *
V -
nar em paciente~histerectomi2ada, exacerbação de sinusi
A
te em outra paciente, um caso de deiscencia de sutura com formação de abcesso pëlvíco, e seis casos de ínfeg
çao urinária sintomãticaer ' '
--
O tempo de hospitalização das pacientes variou' con
forme o'procedímento cirúrgico. Nas cirurgias limpas, o` ^
tempo médio de permanencia,%foiade cinco dias, e naque
..*› _ .. Y »*›- '
. › ›^
É .)_ .. _ *, z s
›
› ._ .¿ _ _¬»- . .
las potencialmente contaminadas, foi de-6,2-dias. -'
n
.I
~
4.- DISCUSSAO
Muitos são os fatores ligados ao paciente, que in
fluenciam na maior ou menor possibilidade de, contamina _ _» z.- "".."1. 4 ~. Ízifl ` . _
çao do campo operatorio, com subseqüente compl1caçao_1n fecciosa pôs-cirúrgica. O antibiotico profilätico,- en
V .
_ _ _-
tretanto, não deve serâadministrado indiferéntemente em . .
r
' ~
, 4
qualquer cirurgia. A indícaçao de antibiotico com a 'fi
nalidade de prevenir infecções estaria justificada_ nas
s 1 ' ¶ _ 1
_,
rzs ` .s ' . Í . V 5 r ` .¡situaçoes em que existe importante risco de ocorrer in
.fecção, neste caso considerando-se não sõ a ferqüência,
como a gravidade da mesma. Çonseqüentemente.o*seu' uso
seria dispensãvel em grande número de situações cirürgi
cas, pois alëm de onerar o tratamento, pode ser prejudi
cial devido aos efeitos colaterais resultantes, parti^
cularmente as super infecções. '
_
` V
DUFF (1982), em seu estudo sobre histerectomía - ab dominal (H.A.), afirma que os agentes anti-microbianos deveriam ser utilizados somente em grupos de pacientes cuja incidência de infecção fosse particularmente signi
fícativa. '
_'
_ ¶`_*_ v
Nao se pode, pois, estabelecer regras e ser inflexí
vel em relaçäo ao uso de antibíõtico profilãtico¿ ~ ou
ainda, simplesmente transferir experiências de
"locais
~ .A
diversos. Sao muitas as variaveis envolvidas em um ser
viço mëdico e diferentes os padrões de assistência V e atendimento. Verifica-se, entretanto, que para algumas
situaçoes, pode-se seguir determinadas regras de condu
_§a, enquanto que para outras, a decisao serã;indivídual
. A
`
- '
e variavel. ~ -'
A faixa etãria se constitui em um dos primeiros 'fa
tores a serem considerados no paciente cirürgíco..E (sa
bido que a idade avançada predispõe ou favorece a infeç
~
çao. Por outro lado, HAMOD et alii (1982), em estudo de
~ ,p
revisao sobre antibiotico profilãtico em histerectomía vaginal (H.V.), observaram que a maioria dos1 investiga
*dores concorda que no referido procedimento,¶ i
a
É .
 P '
n J
às
,-
.r
w
incidência de complicação infecciosa parece ser mais al
ta no grupo de~pacientes~em¬idade reprodutiva, quando
comparadas a mulheres põs-menopausadas; As teorias- pra
. . _ ‹
, .
postas para explicar este fato incluem a vascularização pélvica exacerbada em mulheres mais jovens, levando a
maior perda sangüínea durante a cirurgia e _ promovendo
um meio de crescimento ãs bactérias no local da ferida; e,ã maior virulência da flora vaginal no grupo.em idade
reprodutiva. De outro mode, BQLLING õ PLUNKETT (1974) e
SPRAGUE G VAN NAGELL_(l973), difundem a idëia de que. a
incidência de morbidade infecciosa em H.V. não está re
lacionada com a idade. ._ -_ É
'
Das 75 pacientes analisadas, 60 (80%) pertenciam 'ã
faixa etãria compreendida entre 31 e 60 anos, sendo que
destas, 26 (34,6%) pertancíam ao grupo de 31 a 40 anos.
Observamos ainda, que do total de pacientes, 19
(2S,3%) eram menopausadas, 59 (78,6%) se encontravam em
idade reprodutiva e quatro delas (5,3%) nao possuíam da
dos a esse respeito. '
A obesidade pode ser considerada como um provãvel fator favorecedor de complicaçao põs~operat6ria. (GOFFI
e TOLOSA, 1980). Neste particular, encontramos 13 das
75 pacientes analisadas (l7,3%). ' ~ , ' , ^
A ocorrencia de cirurgia abdominal prévia foi obsep
vada em 23 de 52 pacientes submetidas a' laparotomia.
COULAM 6-PRATT (1973), analisando as H,V., referem .ser
insignificante o efeito da cirurgia pélvica anterior na
1 - I \ * Í' so z _ ` ¬ v ._ .
incidência de infecção põsëoperatõria. _ .` ñ . _ . .|'v . Í- ,_ ' ,_ VA' ,V '¿_ _, __,"‹r. . V _
O diabetes,mellitus ë citado por muitos autores' cg
mo sendo fator predisponente de infecção. Apesar de al
guns autores afirmarem a inexistencia de provas concre
tas sobre a maior suceptibilidade do diabético a _infeç
ções, fatores inerentes ao hospedeiro podem- evidenciar
A
uma resistencia diminuída nestes pacientes.(MAZZAFERRI,
1982). Nas duas pacientes diabëticas do presente estu
- -
V z: z"
' z ^- ›
__
do, não houve evidência de infecção pôs-operatõria, ape
. A
sar de o uso de antibiotico ter sido verificado em papá
nas uma. »
`
«
V
O relato de leucorrëia, como antecedente mõrbido da
paciente, parece ter importância. RICHARDSON G LYON
(1981), em trabalho sobre prevenção de infecção pôs-opg
ratõria em H.A., preconizam tratamento prêvio ate mes
z _ ~ . _
mo de minimos graus de vaginite e cervicite.§‹ ' '
>Das pacientes analisadas, nove tinham hístõria de
leucorrëia e nao possuíam tratamento prêvio. Destas,uma
paciente apresentou complicaçao infecciosa pôs-operatê
ria.
A radio e quimioterapia prëvias são referidas por
alguns, como fatores favorecedores de infecção,_ prova
'i i' ^
velmente por diminuirem a resistencia imunitãria da pa
'ciente. (GOFFI 6 TOLOSA, 1980). Encontramos dois casos
4
"
com relato de radioterapia anterior ã cirurgía,_não ten
do havido evidência de infecção posterior. l' 1' -.`
_ Embora, durante muito tempo se tivesse admitido que
M . À ` _ .az 4 _ t _31 \ ' z \ ' _ , _ .|' , . .
as principais fontes de contaminação da ferida cirürgi '
. › -
ca fossem exõgenas, ou seja, da pessoa e/ou meio-ambien te hospitalar, há¿na_atualidade evidências de que as
. . ,
fontes endõgenas são realmente as mais importantes. Es
tas incluem pele, vias aéreas, trato gastrintestinal, vias genito-urinárias; corrente sangüínea e âlinfãticos
regionais. (AMATO NETO, 1972).
"
O preparo da paciente, em cirurgia ginecolõgica,
V _ .- ‹ _,, ~
y z V, _ " '
-não~difere muito de outros procedimentos cirúrgicos 'ah
dominais. Este deve ser iniciado na véspera com banho e
lavagem intestinal, '
.
¶-'
_A tricotomiaa por outro lado, quando realizada~ no
dia anterior ã cirurgia, pode provocar foliculites 'ou
mesmo infecção de pequenos cortes que, acidentalmente, tenham ocorrido, pois sabe-se,_ser a pele possuidora de
flora bacteriana prõpria{ Assim, a maioria dos autores
preconiza a realizaçao deste procedimento no día da in
tervençao e preferentemente, no prõprio centro' cirfirgi
co. (FREITAS NETO, 1980). `
, 4 . .
4
A complexa flora da vagina e do cervix poderia V le var a complicaçoes infecciosas em cirurgias por f essa
via, pois inclui microrganismos geralmente reconhecidos
À V
› if
como patogenicos, tais comofl Escherichia coli, Haemophi
lus, Streptococcus, Staphylococcus, Leptothrichia, Clos
tridia e Bacteroides, salientando-se a predominância de
e
anaerobios. (FINEGOLD, 1968). A maioria V dos autores- 4 re
1
conhecem, portanto, a necessidade de erradicação profi
lãtica destes microrganismos, pnincipalmenteemzmcimnes _ ~ ' -â ~. ¡ s
..~. .,. É . 32 Í . E 1 1 , . 5 I!
submetida; â H.v.. ÇRoN (1952) e FLÊMÍNÇ (1954),, rentg.
_ :
, ,.., 4 _` ,. , .
ram atingir estes objetivos usando anti¡sëpticos vagi
nais, tais como, duchas salinas, tampões de zephiran e
hexaclorofeno antes da cirurgia, nao tendo alcançado os
objetivos propostos. Mais tarde, FLEMING etgalíi (1954) obtiveram alguns resultados com o uso de hexaclorofeno
vaginal no prëroperatõrio. Na década de 50,“ (iniciaram +se^as~primeiras_experiências com _ antibiõticolprofila
xia. TURNER (1950) e ALLEN (1949), e posteriormente
CRON et alii (1952), conseguiram uma taxa de redução da
morbidade infecciosa de 30% superior ã jã_ -
existente, através do uso de suposit6rios_vaginais de¬` penicilina prëvios a H.V.. Alguns anos mais tarde, FLEMING et alii
(1954),'obtiveram os mesmos resultados através do, uso
Hã ainda, citações de que a flora vaginal não esta
ria relacionada com a emergência de infecções pôs-opera
rörízs. (BREEDEN õ MAYA, 1974; GRQSSMANN ê ADAMS, 1979
e OHN G GALASK, 1975). A
Recentemente, WRIGHT et alii (1978), obtiveram bons resultados usando antibiõtícos tõpícos, contendo neomi
cina, sulfato de polimixina B e bacitracina; e OSBORNE
et alii (1979), relataram um decréscimo da infecção pôs
-operatõria através da cauterizaçao do canal" endocervi
cal., `
.- v'
""
, O preparo da vagina atualmente ë realiiado no pré prio~ëentro cirúrgico, apõs a paciente estar,mmsteúada}
Í % ‹ mt¡_ ¡.. ./{"`, ¿ _ H ,HR -1
. 4
, «-
`
33
Este contitui-se na retirada de quaisquer secreções com
a utilização de,um'algodão ou gaze embebida em solução
anti-séptica, seguida do uso de tintura fraca de «'iodo
ou de outra soluçao alcõolica. O azul de Bonney e a se
_. ._
luçao incolor de Bonney sao descritas por JEFFCOATE cg mo anti-sépticos vaginais eficientes.
'nal através de lavagens realizadas no
O preparo '<m OQH
» s
'
dia anterior ao da cirurgia, amplamente praticado '
no
_ . V .mw _
“passado, além de inútil, é desaconselhãvel segundo, al
guns autores. Alguns ginecologistas, entretanto, operam regularmente sem qualquer forma de preparo antifséptico prévio e nao hesitam em expor a cavidade peritoneal _ a vagina séptica. (JEFFCOATE, l979)¿ No entanto, o trata mento prévio de vaginites e cervicites benefíciaria' as
pacientes submetidas»a,cirurgias por esta via. _~
í
O cateterismo vënoso foi mantido em todas as pacien tes durante pelo menos um dia. Os riscos sépticos des te procedimento são agora bem documentados e amplamente
reconhecidos. Apesarëdas vantagens, seu uso deve-se pro longar apenas até quando absolutamente necessário, Não
hã dúvida de que quanto maior-o tempo de permanência do
cateter venoso, mais provãvel que a paciente apresente
. za __ _-¬'- .¡' -J
- "‹ :- > '
infecgao associada ao seu uso. _ __ z 1
A utilizaçao de drenos foi verificada em 22 "pacien»
tes, tendo predominado naquelas submetidas aâ cirurgia
sobre a mama. O_material drenado era de natureza Vsero
sanguinolenta. Se por um lado, o dreno temêipropriedade
. V 1 V. ._ ._ __.. ._ ..__4.l_._ _.. ' z _ ._ ...`Í":&..._... -. ._ __ _ ›f(" . '_¡
#¡ ¡. 134
`
~
z .
J
de eliminar secreçoes acumuladas em cavidades;_ poten
_. _›.!.'.. ' ^
: .' _ __ 1
ciais meios de-cultura, por outro, hã autores que _afir mam serem os drenos provãveis veículos de contaminação.
_ _ ‹‹
. V .
Foram utilizadas cânulas de entubação oro-traqueal
em 46 pacientes; Apesar de termos observado um único ca
so de exacerbação de sinusite; sabe¿se_pela literatura,
^
que estas canulas se constituem em importante fonte de
infecgao de vias aëreas no pôs-operatõrio. » _ - _ - , . . 1 | -¿-. ' :*\' _,›‹ *w 4' *_ V _ -
Observou-se a realização de punções_lombares em 31
das pacientes analisadas. A ocorrência de infecção' .li quõrica eventual complicaçao do procedimento, nao foi
evidenciada. '
_
1 '. L
Ç
› _'
V Grande número de infecções cirúrgicas estão associa das ao uso de sondas uretrais, tanto que. RICHARDSON~ G
LYON .f' (1981) ,'_›' ,-.‹ afirmam ser - a invasão transuretral - 'I da bexi
-
=.'é- z "'
"
_` -'
ga a ünica causa de infecção põs-operatõria. Outros au
tores são unânimes em afirmar que o tempo de' permanën
cia da sonda ë diretamente proporcional ao índice _~de
~
infeccao de vias urinárias. Sendo assim¿«tanto_sua indi'
caçao como os cuidados gerais com a mesma devem ser ri
gorosamente observados. Outros, como BOLLING'õ PLUNKETT
(1975) e Born a GARCEAU (197ó),.éncre:ant0, não- têm
.
Y
_ -." J. '_' al. _'
'
encontrado relaçao entre a cateterizaçao uretral e - a presença de morbidade infecciosa pôs-operatõria. A
Hã,
ainda, aqueles que não incluem a.infecção do trato uri __~.
.A
nario em suas anãlises estatisticas sobre H.A. e H.V.}
(GUGLIELMO em alii, 1933). - f ' 5 1 _Í _ Í w c
»§ _.z...=z * _ â ¡ _ 9 n z
DUFF (l98Â1¿ afirma ser efetiva o antibiõticoiprofi lãtico de longo-espectro, na redução da,incidêncía de
infecção do trato urinãrio apõs H.A.; entretanto¿“' não
~
justifica seu uso, afirmando nao ser causa_f.importante
de morbidade e poder ser tratado em domicilio. 'AMATO
NETO (1972), por seu lado; afirma ser desnecessário' o
uso de antibiõtico profilãtico em pacientes_ cateteriza
. . ' _ ¡ _ 0 - ' ` ›v É . I V ,_ ...fz ~ ` -\
p E fato conhecido que a ocorrência de infecção
. pôs -operatõria aumenta significativamente o periodo de hos
pitalizaçao da paciente, bem como, os custos' hospitala
res. Por outro ladg, ë fato conhecido que o tempo¬ pro
longado de hospitalização ë fator predisponente a infeç
çao põs-operatõria, uma vez que os germes `encontrados
ngstes 1ocais_§ão de maior virulência-e mais resisten _
, _
Êes aos antibiõticos. -
"
_V
_: '
Segundo o risco de contrair infecção, os pacientes podem ser categorizados de acordo com o.. procedimento
operatõrío e o estado do hospedeiro. Pacientes com alto‹ ..¡._
~
risco de infecçao, bem como, aqueles nos quais as consg
^'> _.
qüencias de infecçao_pudessem'ser desastrosas, deveriam
receber terapia antímicrobiana profílãtica. A_ Aexistên cia degdistñrbios_nutricionais, patologias prévias e og
tros fatores também deveriam ser levados em considera
_ 4
_
~
çao quando se analisa o risco de um pacientel cirúrgico
apresentar infecçãof _' -
_
-Í
'Do ponto de vista de infecção, TAVARES f "(1982),
. I .. _ H-: ..-_ _ __ _- ._.._ ...-.L _...‹..
._› ›‹ ht J-\ _' 3 f 36 * . 1 ' V-.¡_ ›z-V › ¬ _ l
classifica as cirurgias em limpas, contaminadas e infec
tadas; Segundo seus parâmetros, são infectadas as cirur
gias em que existe presença de coleção purulenta e na
_ ~ - . - 4
quelas em que ocorre perfuração de vísceras onde_existe flora bacteriana exacerbada. A indicação de; antibiõti
cos nestas situaçoes seria evidente' naoptendo finalida sf - ‹ , _ i, _ -._
A 1'
de profilãtica e sim terapeutíca indiscutível._ _
Círurgia`§ontaminada e aquela em que o' _ cirurgião atua em õrgaos que normalmente contêm germes, referindo -se especialmente as,vias aereas superiores, tubo dígeâ
tivo e aparelho genito-urinãrio. E onde a indicação de
.4.
.'
4» . . 'antibiotico encontra maior-controversia na {l1teratura especializada, principalmente no que se refere ãs.ciru§
do'trato gastrintestinal. Em principio, a indica
(IQ
p.
93 Ui
~ `- ,ao 4 - ~ ¡ - -
çao §e.antib1otico profilatico,tem sua razao de=~ _ser,
z ' _
‹:.
_. _-' . _
_` ,.. ‹ _ _ V
¡
já que esses aparelhos apresentamêse normalmente habita
dos por germes com possivel contaminação do campo opera
tõrio. ~ _'
_
'_ _" ~ -
Segundo o autor; a indicação de antibiõtico~terapia
em cirurgias limpas; constituiria o emprego profilãtico
na ' .4
propriamente dito. Este nao recomenda o uso de antibig tico nestas cirurgias mas sim, naquelas onde a “presen
\ . M _ , _ _ - ¬_' _- _
... zw , 41
ça de infecçoës teria consequencias desastrosas, como e
o caso de intervençoes cardio-vasculares, neurolõgicas
e outras- FERNANDO PAULINO (1967), afirma ser iinaceitš
, .an
vel o uso profilãtico de antíbioticos de largo espectro ou associaçao de drogas com o objetivo z,de prevenir
J.
_ _
¢ 1 I 1 'E 4 __ ›¡ a \ _ ' 4
possiveis complicações põs~operatõrias, em Í
' . ft ,_ , ‹~ 2 ., iv. -- - - « ' 37' 8 ..- pacientes nas quais a operação se realiza-sem-contaminação_eviden
te do campo operatõrio- - i
"
A _ ‹ . ' rVãrios estudos têm mostrado que o momento em que se. da a infecção cirürgica ë durante o ato operatõrio, es
pecialmente nas três primeiras horas que se seguem '
ã Í
'
contaminação bacteriana. Portanto, para que oÚantibiõti_
1 co possa exercer açao profilãtica, ele deve estar circu f
' `_, .V ‹ Í __ ;,,¿_. l:Í;_`_. _¬_ _ ¬ Y; ._ r; _. ›.`_¿.. ñ _ -F ya/U. '_ _ _...
lando e presefite nos tecidos, jã no início da cirurgia. z A droga deve ser iniciada portanto, antes ou durante- o
n
z 4 .
- ato cirurgico. (RONALD, 1983 e TAVARES, 19820
'
A*droga deve ser empregada em dose
adequada_e"
por tempo suficiente para combater o germe contaminante. E5. te tempo, contudo,.näo deve se estender a ponto de de
_
\ _
'_terminar alterações dafflora normal, super infecções ou_
'_
'
«z_ :., ga.. ~ ~
'
_
:causar efeitos toxicos. Deste modo, TAVARES, ., 4 preconiza ,
_ o uso do antibiõtico escolhido, no pré-operatõrio img
diato, durante o ato cirúrgico e nos pôs-operatÕrio,por
um-periodo variavel de um a três dias., Í
RICHARDSON et alii (1981), concordam com a- necessi ' dade de iniciar o uso do antibiõtico profilãtico dantes do procedimento cirúrgico. Seus estudos, contudo,o mos
` *E Te! A' ' `“ *V2 fz ~ â _ .. __. _- - ~ _* _. _ __.
traramtser desnecessario prolongar a profilaxia antibio
~tica.por mais de oito horas põs-operatõrias a menos que se descubra infecção-durante o ato cirúrgico ou caso ha
ja contaminaçao do campo operatorio. Dafmesma
-_
4 . z
maneira, RONALD (1983), concluiu ser desnecessária a 'manutenção
. I , Í 1 _ i _q¡ \ +
‹ .¡f 1 i ua% * . *“' , _ ‹ ' I
da antibiõtico-profilaxia alëm de Í2 horas. pôs-operatê
_ _ A _À› _ .
` ._
rias. i. _~. “W `
. VLEDGER et alii 11975), sugerem uma diminuição
'
da
morbidade infecciosa, caso os antibiõticos sejam admi nistrados antesada contaminação bàcteriana.Ú= Relatam,
,
_
bø .ø . , 4 ~
tam em, que os antibioticos profr1aticos_nao servem- a
nenhum propõsito quando administrados por mais do que poucas horas depois da H.V., sendo necëšsãria apenas
uma ünica dose profilãtica. '
;_ JWT. Í
` _ Apõs o relato inicial de GOOSENBERG, em l969, sobre
.›~.
.».
`‹~' `antibiotico profilatico sistemico, muitos '
investigado
' n
ú
res iniciaram seu uso, principalmente em pacientes¬ sub metidas a H. V.. No início, utiliiavam-nó por longo tem
po, (307 dias), obtendo declínio significativo de infec
ção pélvica põ%àoperat5ria.com diminuição da incidência
Q
.
de reaçoes toxícas. Estes resultados encorajadores,.'en cobriram efeitos importantes como a resistência antíbiê
tica e.o custo do medicamento. U
i
`
.p
-Atualmente,sabe-se ser errôneo o uso de antibiotico -terapia prolongada, uma vez que a colonização bacteria
na da vagina, não ë fator determinante do desenvolvimen
to de infecção pélvica; e que o uso de antibiõtico _si§
zs
temico por longo tempo, embora altere a flora, vaginal,
nao a erradica completamente, V,
_
;
Os investigadores começaram a usar-profilaxia de
curto prazo, empregando a droga por um período de 24 ho
ras, (três a seis dosagens), mudança esta que coincidiu
-1 e - ¡ \ I I | _ \
z 1 - 1 Y › I . É - Í - 59 ¡ . 2 . › . A , ` ¢ É .
com a publicação de vãrios relatosfsobre .colonização
~ .. z:›«_« .,
'
'z^,` _ .
exacerbada de aerõbios e anaerõbíos naquelas pacientesl ¿ .
. .zw .
-
LEDGER et a1ii.(l973), por exemploq relataram_uma- colo -nizaçao_exacerbada de Pseudomonas e Klebsiella nas pa*
cientes tratadas com antibiõticos, e, E. coyi~nas pa
. .
cientes que receberam placebo. Posteriormente, 1975, ob servaramq também, a igual eficãcia tanto do longo quan to do-curto regime de profilaxia. Isto confirma o icon
ceito de que a profilaxia de curto tempo ë, no mínimo, tão efetiva quanto a de longo tempo; V .
`‹ '
.':
'
Observou-se, tambëm, que as bactërías que acoloníza
., _ 4 ,\
' 4
' _,
' .'
vam a vagina, no pos+operator1o, nao estavamf relaciona
das com a presença de infecçao, no mesmo período. Estu
dos em animais sugeriram que o momento da contaminaçao
\ '
._
bacteriana era a hora da lesao tissular. BUÊKE".(l96l),
____¡: _ _‹__ ¿_.â§~ _ _ . - . _‹~ _ .»‹ w .. _ '‹š__› ,_ , _
doncluiu que o antibiõtico não deve ser mantido alêm de quatro horas apõs a cirurgia.
_ Baseados nestes estudos, alguns investigadores pas säram a acreditar que uma ünica dose,de antibiótico da
do antes da H.V., seria a forma ideal de profilaxia,uma
'vez que isto: providenciaria uma adequada cobertura_ du
rante o tempo de contaminaçao. Reduzir-se-ia, com isto,
' . ~ »`^~."L ` _`,»> ‹I, ' V '$&~;.` ¡
a taxa de infecçao bacteriana e o risco de 'toxicidade.
(HAMÓD, 1982). ' '
‹
` HAMOD et alii (1980), observaram que as f pacientes tratadas com.uma unica dose profilãtica apresentaram me
nor índice de febre pôs-operatõria. Outras duas .expe
riëncias,'contudoQ não revelaram-nenhuma diferença V.na
» V . n
› 4 ' G 'l 40 › _ 4 ` . - ›
.eficãcia de_uma,dose profilãtícaédepantibiõtico na redu
. ‹. ,, .
ção da morbidade infecciosa e infecção pélvica. '
› Outros trabalhos, rea1izados«em função do tempo de
~
profilaxia, nao têm sido satisfatoriamente conclusivos,
o que contribuiu_para aumentar a polêmica em torno do
i
v
aSSUnÍO. `
'
.
Nas pacientes analisadas, observou-se que o antibiõ
tico, quando usado, foi iniciado algumas horas apõs o
'af_¿ ú-_w›;¿.,“-ff› f
j _ -
' ~'
.g~. .
“término do”ato cirürëico, persistindo por um período
que variou de um a três dias em 21 pacientes (33,3%) _e
por um período superior a três días em 42- fd pacientes
(óó,ó'%). - ~ '~ v
.
_ ›Apõs.a decisao sobre 0 uso de antibiêtíco profilãti
co, uma das tarefas mais dificeis, talvez seja a escg
ilha da droga, baseado no fato de que as infecções _ põs
. _... -
-
, . _ - ¿.. -,_ . ›-*;:›. -, z V - _ . " ** ' ' az 4 . t ` - z . .-operatorias na pe1ve_fem1n1na incluem muitos- generos
de bactérias, tanto aerõbios quanto anaerõbios;Ik1H.V.,
por exemplo, tanto drogas bactericidas quanto bacterios
4 , A ' ~
tasticas tem sido usadas na profilaxia das infecçoes.
. . . 4 . .
LEDGER et alii (1975), relatam ser necessario um anti
. f inn
I
biotico que tenha açao contra flora aerõbia e anaerõbia.
Observamos o uso das cefalosporinas em muitos eestu
, _ ¿»_¿_ .¡`. _ ff. › ~¬, ._\ - .,.z.›~'_ . _- -› -.-_ › _
dos de profilaxia em procedimentos»cirúrgicos. Isto _se
. 1
deve, provavelmente, também, ao fato de os laboratõrios
-. . E
que manufaturam a referida droga, financiarem
os^"
mesmos. Apesar da-sua ação limitada contra~diversas¿V espš
cies de anaerõbios, tem-se observado bons resultados,
4
. 1 I
`
r 2 ~~ _ z.¿ _ _ › :_ _.41 -'9-\ Y ~\ sv.,-` -úw-..
principalmente, quande usadas_profi1aticamente em cirur
gias ginecolõgicas. '
_r ,l É . .
RONALD,(l985), preconiza o uso da cefazo1ina,< um
4 «
`
_., .
.grama no prë-operatório, continuando com um ou dois gra
mas põseoperatõrio a intervalos de seis horas, como
agente de escolba para muitas das cirurgias limpas eÇp9
tencíalmente contaminadas sendo preferida a_-cefoxitina naqueles procedimentos onde haja predominänëia de anag
› _ Í*
- . ¬ _
\ 4 o
v
robios, principalmente o Bacteroides fragilís. , Í
LEDGER et alii (l975)_ em seu trabalho sobreÍ curto
` ~
e longo tempo de antibiõtico_profilãtico em«fl.V.,` .nao
observaram diferença significativa entre os.dois grupos analisados utilizando cefalosporinas. Observaram os au
. 4
- , '-f
tores, uma taxa reduzida de infecção pëlvica põs-opera
tõría nas pacientes de curto tempo de profilaxia. Rela
tam, ainda, que '^ os bons resultados esténdemèse também
. ¢'
a outras drogas, tais como: cefalotina, tetraciclina,am picilina e ampicilína com estreptomicina.' _f
TAVARES (1982), recomendaso uso de tetraciclina, am
_ 1 .
picilína e cloranfenicol na profilaxia das cirurgias
ge
nito-urinárias, considerando.a flora-local como, compos
ta predominantemente por enterobactërias, streptococcus e stafilococcus. u _ _ _ '~ _ ' `
HAMOD et alii (1982), em contra-partida,~ -afirmam ser a ampicilina ineficaz contra várias espécies de Kle
bsiella, Pseudomonas, Enterobacter e Proteus. ¬ ""
Ainda em relação ãspcefalosporinas, '
_ observou-se \ _ - _ ' í - ‹ _ I _ ' .z-f`~." ._ë
t Q
42
I ' .V
serem antibiõticos bactericídas e de largo espectro de
açao. Estas sao‹efetivas contra germes Gram (+) e, Gram
(-), incluindo E. coli, Shigella, Salmonella e Klebsíel
la. Freqüentemente, mostram boa atividade contra o Sta
philococcus, produtor.de pënicilase, mas são inativadas
.por beta~lactamases produzidas por vãrias especies e cg
pas de bacilos Gram (-)¿ A cefalexina e cefradina são
_
- Y
resistentes ã beta-lactamase produzida por Klebsiella e
~
Proteus, e a cefoxitina possui boa açao sobre Serratia
e Bacteroídes fragilis. (TAVARES,'l982). ¡
i
-¶
V WALKER et alii (1982), em estudo sobre emprego de metronidazol em-H.A., utilizando-se de dose única, tõpif ca, em forma de pessãrío, obtiveram bons resultados na'
diminuíçao da flora anaerõbia da vagina e'da~pirexia.pÊ¿ -operatõria, alëm de diminuir o custo da terapia; AOE
z _ ~: '
_ "
-
-A
tros autores, tem também preconizado o metronidazol na
profilaxia da infecção pôs-operatõria. '
«
_ Â . Por outro lado¬ VINCELETTE et alii (1983j, não obti veram resultados conclusivos em estudo sobre_ metronida
zol prë+operat6rio na profilaxia de H.A; e H.V.. _ 2
¿ HAMOD et alii (1930), entretanto; em trabalbo compa
rativo.de cefalotína e metronidazol,.afirmam ser' este
ultimo; droga eficaz contna anaerõbios, in vitro, - e
afirmam tê-la usado com êxito na H.V.. '
4
Nas pacientes analisadas, a grande maioria fez uso
>.
de-antibiõtico, sendo.o Índice de uso~superior nas` ci
rurgias limpas em relação ãs potencialmente . > ..¡ contamina das. ' 1 . _ ` _ _ J Í |
v _. I 1 _ ` ij43 L ~ " í '_ .
O cloranfenigol foi utilizado em $9_das 64 .pacíen
_ _ _
_
. . _ z _ _
tes onde a antíbiötico-terapia foi empregada. Verificou
-se a administracao,datreferida droga, isoladamente, na
_, _
_ _ __
maioria dos casos, ou associado aos cremes tõpicos a ba-
se de sulfa. _ _
i
_.. .
_
. - .
Das pacientes que utilizavam o cloranfenicol, cinco
apresentaram infecção do trato urinärío. O esquema anti biõtico foi mantido em três_destas. Em uma paciente foi
_r¡.`Í*Ê*? ~* fi” 'diz' É '-`_ _ ~ "51 ` ' › - " z.. ~ '< -f . - _! __ . - _ ' ~ -1 _ _ . _, _ - z. - . ~ › L .‹ . .
.associado-sulfametoiázol-trimetoprim e, em outra, dcefa
lotína e cefalexina por ter apresentado concomitantemen
L
te abcesso pêlvico. Em outra paciente que fazia uso dez
ampicilina, föi associado, posteriormente,Í gentamicína
e sulfametoxazol-trimetoprim.
` `~
A a ~
A ocorrencia de deiscencia de sutura com formaçao _de,abcesso'pëlvico foi observada 1; "._, em uma ünica paciente.
-1, yg_¡_¿› _:‹. _, .f_` _. '_¿_-" . _ _ ¡' - . _ - .. _ i ` ' v'_._-,› _ _ 1 2, _, ' U * _ _ _ . 4 . * _ ¿ ~ _
Esta apresentou concomitantemente infecçao .urínãria.
Inicialmente recebeu cloranfenícol, tendo utilizado cg falosporína apos a drenagem do abcesso. ' ‹-'
Em relaçaovaofcloranfenícol, a sua ampla utilizaçao
_
.
-¡ ,4
talvez se deva ao fato de ser antiblotíco bacteriostãti
co de largo espectro; fãcilradminístração e baixo _cu§
~
to. Este tem açao contra os generos Staphilococcus,StreE
_ V . l
¶“_, _ ¬›a a @._ _V-z ~ af- V
_ ¬ _ _
tococcus, C1ostridiumÊo"outros anaerõbios.-Neísseria,en
terobactërias, vãrios bacilos Gram (-) (Haemophilus, E.
_ .
_ . , _
coli, Klebsiella, Pröteus, Bacteroides ez Pasteurella),
` A
ríquêtsias; betsonias e-micoplàsmaç sendo que o _genero
Psedomonas geralmente ê resistente. (TAVARES, l982_
-e
AMATO NETO, 1972]. `
. C
_l