i
RICARDO
PHILIPPI
›-DE~LOS›
SANTOS
N V `
A __
GG
11995
AVALIAÇAO
RADIOLOGICA
TRADICIONAL
(CONVENCIONAL)
DO
TÓRAX
DO
PACIENTE
'SUBMETIDO
À
CIRURGIA
CARDÍACA
-ANÁLISE
DAS
CONDUTAS
REGIONAIS E
REVISÃO
DA
LITERATURA.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de
Santa Catarina,
como
requisito para a conclusao~ do Curso de Graduaçãoem
Medicina.FLORIANÓPOLIS
RICARDO
PHILIPPI
DE
LOS
SANTOS
,AVALIAÇÃO
RADIOLÓGICA TRADICIONAL
(CONVENCIONAL)
DO TÓRAX DO
PACIENTE
SUBMETIDO
À
CIRURGIA
CARDÍACA
-ANÁLISE
DAS
CONDUTAS
REGIONAIS
E
REVISÃO
DA
LITERATURA.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de
Santa Catarina,
como
requisito para a conclusãodo Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Prof. Dr. Edson José Cardoso
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Haberbeck Modesto
FLORIANÓPOLIS
5
de Los Santos Ricardo Philippi. Avaliação Radiológica Tradicional (Convencional) do tórax do paciente submetido à Cirurgia Cardíaca - Análise das Condutas
regionais e revisão da literatura. Florianópolis, 1998. 45p, Inclui figuras e Bibliografia "
` A '
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a conclusão do Curso de Graduação em Medicina - UFSC.
í(
O
médico
deve considerara
radiografiacomo
gravação
da
morfologia e fisiologia,
esperando
delamais
do que
a
confirmação
da
ausênciaou
presença de
doença. ”AGRADECIMENTOS
Ao
Pai Celestial,Aos
meus
pais, peloamor
e incentivoem
todas as horas.Ao
meu
orientador Dr. Marcelo, mestre incansável e crítico atencioso.Aos
amigos
Cristina e Sandro,companheiros
do
mesmo
sonho.Aos
amigos da
Imagem,
pela ajuda e incentivo indispensáveisÍNDICE
Introdução ... .. Objetivo ... ..Método
... .. Resultados ... .. Discussão ... .. 5.1 Avaliação pré-operatória ... _. 5.2Eventos
perioperatórios ... .. 5.3 Avaliação pós-operatória ... ..5.3.1 Dispositivos
comumente
vistosno
pós-operatório5.3.2 Pós-operatório Imediato ... ._
5.3.3 Primeiro dia pós-operatório ... ..
5.3.4
Segundo
dia pós-operatório ... ..5.3.5 Terceiro dia pós-operatório e avaliação subseqüente
5.4 Intercoirências ... .. Conclusões ... .. Referências ... ..
Resumo
... ..Summary
... ..Apêndice
... ..1.
INTRODUÇÃO
A
radiografia de tóraxtem
desempenhado
um
papel importantena
avaliaçãodo
pacientecom
doença
cardiovascular: antesda
intervenção cirúrgica,como
uma
janela para a fisiologia cardiovascularque
justificou a intervenção e,depois, para interpretar os eventos perioperatórios relacionados ao
procedimento
e observar as possíveis complicações 1.
Este trabalho
tem
como
intenção enfocar os aspectos observadosna
avaliação radiológica dos pacientes
submetidos
à cirurgia cardíaca,dando
ênfasea
uma
correlação clínico-fisiológica dasmodificações
oriundas desteprocedimento.
Esta avaliação
do
paciente, candidato à cirurgia cardíaca, é voltada para a determinaçãode
alterações fisiopatológicasque
possam
aumentar o
riscode
intercorrências cirúrgicas, tentar corrigi-las previamenteou tomar
precauçõesno
manejo
adequado
deste pacienteno
trans e pós-operatório.Como
método
de baixo custo,que
propiciauma
riqueza de informaçõesno
pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas, seu
uso
é justificadoem
todos ospacientes submetidos a este procedimento.
Daí a
necessidade de se estabelecercritérios objetivos para
a
solicitaçao e interpretação dosexames
obtidosem
cada
2.
OBJETIVO
O
objetivo deste trabalho é definiruma
conduta radiológica pré e pós-operatória padronizada e
adequada ao
nossomeio
para todos os pacientessubmetidos à cirurgia cardíaca, correlacionando os eventos clínico-cirúrgicos
com
as principais manifestações radiográficas e dispositivosde
suporte e ~3.
MÉToDo
`
Para contemplar os objetivos
do
trabalho, foi realizadoum
questionário -Apêndice
A
~
aplicado,no
primeiro semestrede
1998, aos cirurgiões-chefes dosServiços
de
Cirurgia Cardíacada
Grande
Florianópolis.A
região conta atualmentecom
trêsEquipes
Cirúrgicas, todas entrevistadas.Os
questionáriosforam
respondidos demaneira
voluntária,não
havendo
necessidade de consultas prévias à literatura sobre
o
tema, por tratar-sede
perguntas sobre suas rotinas.
O
questionário interroga os seguintes pontos:-
As
questõesde
número
1 e 2perguntam o
nome
do
responsável eda
equipe cirúrgica, para a identificação
do
serviço participante;-
A
questãode
número
3 perguntao
número
de profissionaisna
equipe, seguida de quatroopções
de resposta: até 5, de 5 a 8, 8 a 10 emais de
10,com
o
objetivo de dimensionar os profissionais envolvidos;-
A
questãode
número 4
perguntao
número
de cirurgias cardíacasrealizadas por mês, seguida de sete opções de resposta: de 0 a 10, de 11 a
20, de 21 a 30, de 31
a
40, de 41 a 50, de 51 a 100 e maisde
100, para quantificar apopulação beneficiada
por estemétodo
terapêutico;-
A
questão denúmero
5 pergunta quais os procedimentos cirúrgicosmais
realizados, para se correlacionar
com
os achadosmais
freqüentesde
imagem;
-
As
questõesde
número
6, 7, 8 e9
perguntam
qual a avaliação radiológicado
tórax eo que
buscam
avaliarno
pré e pós-operatório, aqui incluídoso
pós-4
operatório e
um
questionamento se a avaliação continua apóso
terceirodia;
-
A
questão denúmero
10 pergunta se é utilizadoalgum
outrométodo
de
imagem
no
pós-operatório,com
o intuitode
estabelecer quaismétodos
modernos
deimagem
são incluídosna
avaliação destes pacientes;-
A
questão denúmero
ll perguntao que
foi detenninanteno
estabelecimentoda
condutano
serviço, sugerindo três opções:consenso
da
equipe, trabalho científico e escolade
origem, deixandoum
espaço
para resposta
em
aberto.- Finalizando o questionário,
há
um
espaço para considerações finais.O
tempo
de aplicaçãodo
questionário foi livre, paraque o
mesmo
pudesse
ser respondido criteriosamente,
sem que
o
excessode
atividades dosprofissionais envolvidos prejudicasse a qualidade das respostas.
A
avaliaçãode
pacientes pós-transplante cardíaconão
é referidapor
tratar-sede
procedimento
não
realizado pelos Serviços de Cirurgia Cardíacaentrevistados.
Após
a análise dos dados, estesforam
interpretadosde
acordocom
a revisãobibliográfica.
Em
decorrênciado
tamanho
da
amostra, os resultados são apresentadossem
4.
RESULTADOS
A
amostra obtida (n=3) é100%
representativa dos Serviçosde
CirurgiaCardíaca
(SCC)
existentesna
regiãoda Grande
Florianópolis, pois abrange osseguintes estabelecimentos
de
saúde: Hospital Regional deSão
José, Hospitalde
Caridade de Florianópolis e Clínica S.O.S. Cárdio.
Os
SCC
questionadosrespondem,
em
conjunto, aum
número
de
procedimentos
cirúrgicos estimadoem
100 cirurgias cardíacas/mês, distribuídasda
seguinte maneira:50%
realizadas pelo ServiçoX
A;25%
realizadas peloServiço
Y
A
e25%
realizadas pelo ServiçoZ
A. ADentre
os atos operatórios realizados, temos,em
ordem
decrescente: revascularizaçãodo
miocárdio, substituições valvares (mitrais e aórticas), reparode
doenças congênitas e aneurismas discecantes de aorta, para osServiços
X
e Y. Parao
Serviço Z,o
reparode
patologias congênitas alcançauma
freqüênciamaior que
as substituições valvares.Os
demais
atos operatóriosobedecem
amesma
ordem
de
freqüência.A
avaliação radiológica realizadano
pré-operatório difere entre osSCC.
O
Serviço
X
realiza quatro incidências radiográficas: póstero-anterior (PA),oblíqua anterior direita
(OAD) com
esofagograma
de bário, oblíqua anterioresquerda
(OAE)
e perfil esquerdo (PE).O
ServiçoY
realiza duas incidências:PA
e PE.o
szwiço
z
realiza três mzióênzizszPA,
PE
eoAD.
ó
Tabela
1: Incidências realizadasno
pré-operatório.Incidência
PA
PEOAD
comOAE
AP
Supina ›Participante esôfago contrastado
L
Y
sm
snvi - ~NÃoNÃo
NÃo
z
sm
SIM snvi.NÃo
snvi**Utilizada como única incidência em crianças, não realizada em adultos.
'
O
momento
da
realização dosexames no
pré-operatório. é flexível nestesSCC,
variandode
acordocom
a condição clínicado
paciente.O
ServiçoX
realiza
o
exame
em
um
periodoque
varia deum
a
trinta dias antesdo
ato operatório, o ServiçoY
uma
semana
antes eo
ServiçoZ
de
um
a sete dias.X
›Serviços
Y
1__¬_..
“I 1 l I I l l
O
5
10 1520
25
30
Dias antes
da
cirurgiaGráfico
l- Momento
da
realizaçãodo
exame
radiológicodo
tóraxno
pré-operatório.
~
O
motivo da
realizaçao dosexames
no
pré-operatório e'o
mesmo
nos
três7
aorta, defeitos
da
caixa torácica, incluindoo
estemo, e alteraçõesno
parênquima
pulmonar.
Em
todos os trêsSCC
a avaliação realizadano
pós-operatórioimediato
inclui a realização
de
um
filme
em
AP
supinono
leitono
momento
da chegada
do
pacientena Unidade
Pós-Operatória.O
ServiçoX
toma
a fazer amesma
avaliação
na
68 e 12” horado
pós-operatório.No
primeiroexame
no
leito, todosbuscam
avaliar a posição dos dispositivosutilizados
na
monitorização e suportedo
paciente,o
tamanho do
mediastino e apresença
de
atelectasia,pneumotórax, derrame
pleural,bem
como
a altura dos hemidiafragmas.No
primeiro,segundo
e terceiro diado
pós-operatório, continua aavaliação diária e observa-se
novamente
a posição _ dos dispositivos demonitorização e suporte, possíveis
modificações
do
mediastino e a presença das atelectasias,pneumotóraces
e derrames pleurais. Para o serviço Z, esteexame,
no
primeiro dia, é determinante paraa
retirada dos drenos.Após
o
terceiro diado
pós-operatório,com
o
paciente já forada Unidade
Pós-Operatória, cessa a avaliação radiológica diária, prosseguindo
apenas
com
a obtenção deexames
PA
ePE,
no
momento
da
alta hospitalar.Na
presençade
intercorrências clínicasou
paramelhor
avaliaçãode achados
radiológicos serão realizadas incidências adicionais
em
qualquermomento
do
período pós-operatório.
A
alta dos pacientes, salvo as intercorrências, ocorreno
ServiçoX,
no
5° diado
pós-operatório;no
ServiçoY, no
6°ou
7° dia; e'noServiç'o Z,no
8°ou
9° dia.O
protocoloda
conduta radiológica de todos osSCC
foi estabelecido por consensoda
equipe e tevecomo
fator determinante a escolade origem
dos seusintegrantes.
Logicamente
todos osSCC
entrevistados utilizam outrosmétodos
de8
Computadorizada
eRessonância
Nuclear
Magnética
- para situações específicas5.
mscUssÃo
A
avaliação radiológica é a etapa inicialda
exploração clinica instrumentalem
qualquerramo
da
área médica. Esteexame
contribuicom
uma
soma
de informações inestimáveis para a orientação clinica.Os
progressosna
cirurgia eem
suas áreas correlatastomou
0
reparooperatório
de
lesões cardíacasuma
opção
terapêutica viável paraum
número
cada vez
maior
de pacientescom
doenças
cardiovasculares.A
assistência aospacientes submetidos a este
procedimento
requerum
relacionamentoharmônico
entre cirurgiões, cardiologistas, anestesistas, radiologistas e iniuneros outros profissionais.
No
que
se refere aos radiologistas, parauma
adequada
interpretação dasradiografias obtidas, é necessário
mn
completo
conhecimento
daanatomia
ehemodinâmica
cardiopulmonar, dos eventos pré e pós-operatórios edos
dispositivos utilizados
na
monitoração dos pacientes. Tal interpretaçãodeverá
ser
fundamentada
na
análise cronológica e comparativa dosexames
2.Oporttmo
registrar que, apesarda
crescentedemanda
deste tipo deexame,
existem apenas quatro trabalhos 1°3°4'5 versando sobre
o
tema
e outraspequenas
menções
em
livros-textos. VA
avaliação radiológicado
tórax executada rotineiramenteem
pacientes candidatos a procedimentos cirúrgicos geraistem
sido alvo de estudos equestionamentos quanto à sua relação custo/beneñcio 2*6°7.
Thus
Janover 8 revisou 1.643 radiografias de tórax obtidasno
pré-operatóriode cirurgias gerais, encontrando apenas
2
casosem
que
a anestesia geral eou
o
10
radiológica
do
tóraxde
rotinano
pré-operatório deveria ser feita apenasnos
pacientescom
históriade doença
cardiovascular, pulmonar, neoplasia,tabagismo acima
de20
cigarros/diaou
com
indicação deprocedimento
cirúrgicono
tórax.No
entanto,há unanimidade quanto
à obrigatoriedade desta avaliaçãonos pacientes candidatos a cirurgias cardio-torácicas.
Todo
estudo radiológicodo
coração deve ser realizado, sistematicamente,em
sériesde
quatro posições-padrão,sendo
elas, póstero-anterior (PA), oblíquaanterior direita
com
esofagograma
de bário(OAD),
oblíqua anterior esquerda(OAE)
e perfil esquerdo (PE). Parao
diagnósticode doença
cardíaca, estasséries
têm
sido largamente suplantadas pormodalidades
deimagem
mais
sensíveis e específicas, tais
como,
ecocardiografia 1°”,mapeamento
por
radionuclídeos,tomografia
computadorizada (TC)
“”12'13”l4'15 e ressonância nuclearmagnética
(RNM)
u'l6”l7. Entretanto,o
exame
radiográficodo
tóraxpermanece extremamente
valorizadoem
função de seusconhecimentos
já sedimentados, sua grande disponibilidade, sua simplicidade e baixo custooperacional. `
5.1
Avaliação
pré-operatóriaA
radiografiade
tóraxfomece
inúmeros dados
importantes parauma
correta análiseda
situação clinicado
pacienteno
pré-operatório. Possibilita evidenciardoenças silenciosas, avaliar radiologicamente
o
coração e estabelecermn
filmede
base para futurascomparações
1'2*6.Nas
duas primeiras situações, avaliação de possíveis doenças silenciosasno
tórax e análise radiológica
do
coração, é indicada para avaliar contra-indicações ~e prevenir surpresas durante
o
ato operatório,mas
amaior
indicaçao para estell
Deve-se,
no
entanto, seguir alguns critérios nesta exploração inicial: osfilmes
devem
ser obtidos dentrode
um
prazomáximo
de cinco dias antesda
cirurgia I e
a
avaliação básicado
coraçãodeve
sercomplementada
com
um
filme
obtidoem
decúbito dorsal, incidência ântero-posterior. Estefilme
AP
énecessário
porque a
incidênciaPA
utilizadana
sériepadrão
é obtidacom
o
paciente
em
posição ortostática,com
uma
distânciafoco-filme
(DFF)
del80cm,
não sendo
apropriadacomo
base paracomparação
com
osfilmes
pós-operatórios,
que
obtidosno
leito,em
AP
na
posição supina ecom
uma
DF
F
de
100 a
l20cm,
levam
a significativasmudanças no
diâmetro cardíaco,no
índicecardio-torácico,
na
largurado
mediastino ena
altura dospulmões
8.Dentre os
SCC
pesquisados,0
exame
pré-operatório é muitas vezesrealizado
em
um
prazo superiora
cinco dias. Talprocedimento
poderia gerarintercorrências, antes, durante e após a cirurgia e
modificar
o
prognósticodo
paciente,
uma
vez que
alterações cardio-pulmonaresagudas poderiam
não
ser detectadas.k
Observou-se,
também,
que
nenhum
dosSCC
pesquisados incluíamem
suaavaliação inicial a incidência
AP
supina.A
ausência desteexame
impossibilitaria a análise comparativa, acarretando
uma
limitaçãodo
auxílio diagnóstico destemétodo
de
imagem.
Um
dos pontosmais
importantes éo
cuidadocom
a qualidade técnica dosfilmes
obtidos.Recomenda-se
a
utilização de etiquetas impressas -Apêndice
2
-contendo
dados como:
nome
e idadedo
paciente, datado
exame
e informaçõestécnicas: decúbito, distância foco-filme,
KVp
e'mA
e t utilizados. Essesdados
permitem
uma
reproduçãofidedigna
e padronizada dosfilmes
no
pós-operatório.O
Quadro
1 descreve alguns tópicosque
merecem
especial atençãona
avaliação pré-operatória.Quadro
1:12
Estrutura
p ÍD
Observação
Parede torácica Deverá ser avaliada para sinais de cirurgia prévia e de suturas estemais. Pacientes reoperados sangram mais freqüentemente em-
pós-operatórios em função das aderências e cicatrizes nas vias de
acesso já utilizadas. Na radiografia lateral do tórax deve ser feita
uma estimativa da proximidade entre o plano esternal e ocoração
e grandes vasos. Se o pericárdio foi aberto à esquerda, em
procedimento cirúrgico prévio, estruturas cardiovasculares podem ser tracionadas por aderêneias-para o esterna, oque também pode
complicar a reentrada. Estruturas radiopacas estemais podem ser utilizadas como pontos de referência
Pulmões Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um fator de risco adicional. Sinais sugestivos de qualquer processo parenquimatoso, agudo ou crônico, é importante e a menção
especíñca de edema pulmonar intersticial ou alveolar pode ser indício de disfunção ventricular esquerda.
Coração
O
tamanho deve ser mencionado no laudo.Câmaras específicas deverao ser avaliadas. Aumento do ventrículo direito (VD) pode não ter sido clinicamente percebido e por ter situação retro-esternai pode complicara via 'esternal de 3.03550.
Aorta L Merece atenção no tocante àmorfologia, ao calibre e à topografia de seus segmentos ascendente, transverso (croça) e descendente
visíveis.
Apesar do aspecto normal dos pulmões, a presença de balão sonda
íntra~a6mT:o pode significar fimção ventricular esquerda deficiente ou
um
quadro de angna instável.Calcificações podem ser observadas em areas de válvulas
eu
câmaras, artérias coronárias, miocárdio e aorta.Artéria pulmonar principal
e seus ramos centrais
Devem ser inspecionados e a circulação pulmonar avaliada no tocante a fluxo aumentado ou evidência precoce de disfunção ventricular esquerda (pulmões congestos associados ou não a
derrame pleural ou pericárdico).
Veia ázigos *Quando proeminente pode indicar falência ventricular direita.
Outros vasos Calcificações carotideas ou subclávias revelam doença vascular periférica.
13
gun-as achadgs Deformidades do peito (escavado ou carinado) e deformidade do
músculwesqueléticos dorso reto podem influir na avaliação do tamanho e da forma do
coração. Ambos podem estar relacionados a prolapso de valva mitral.
A
Síndrome de Marfam pode ter uma deformidade peitoral.H
Deformidade traqueal pode indicar doença da tiróide, a qual pode influir na fimção cardíaca.
Fatores de risco adicionais
incluem
obesidade, hipertensão, cardiomegalia,aneurisma
ventricular e função ventricular esquerda reduzida.Qualquer
outra lesão específica deverá ser descrita.5.2
Eventos
perioperatóriosAs
diferentes abordagens .cirúrgicas utilizadas são realizadascom
Bypass
cardio-pulmonar
(BCP)
e graus variáveis de hipotermia (22 a 30°C)
para facilitaro
reparo cirúrgico.Quadro
2: Seqüência geral das cirurgias cardíacas.1. Administração de medicações pré-operatórias
2. Inserção,/posicionamento dos dispositivos de monitoração (CPVC, Eletrodos do ECG)
. Indução de anestesia e entubação endotraqueal
Preparação da pele e colocação dos campos operatórios
. Esternotomia mediana (com ou sem retirada simultânea da veia safena magda) . Dissecção da artéria mamária intema (se necessária)
. '
Heparinização
. . Canulação para o bypass cardiopulmonar
. Início do bypass cardiopulmonar
Clampeamento cruzado da aorta
. Proteeio miocárdica: resfriamento tópico e sistêmico
Procedimento operatório
Reversão da anticoagulação (Sulfato de Protarnina) Reaquecimento / Retirada da circulação extracorpórea
Colocação do marcapasso temporário Colocação dos drenos mediastinais e pleural
= Fechamento do estemo e da pele 7
18. Transporte para a Unidade Pós-Operatória
Fonte: Adaptado de Tratado de Medicina Cardiovascular, 4' Edição. Editora Roca 1996.
›-ú..4›-|›-›--|›-0»-‹›-~\O00`}O\U|.§bJ
.`¡.°\.V':¡>.°°l°f'^.°
I4
Apesar
das diferentes razõesque trazem
o paciente para a cirurgia,o
processo
de
BCP
e de hipotermia éfundamentalmente
o
mesmo.
A
agressão tecidual,o uso
de drogas e a hemodiluição realizada duranteo
BCP
resultamem
um
aumento
do
volume
líquido extra-vascular euma
diminuição
do
volume
líquido intravascular ao términodo
ato cirúrgico,~
condiçao esta
que
pode
persistir por sete a dez dias 18.5.3
Avaliação
pós-operatóriaEm
cirurgias cardíacas, esta avaliação émais
voltada para alterações fisiológicas produzidas pelo ato cirúrgico, peloprocedimento
anestésico e peloBCP,
do que
para a própriadoença
cardíaca de base.Por
este motivo,estabelece-se
um
procedimento padrão de
monitorização e avaliação continuada”. Esta padronização é reforçada pela constatação deque
a maioria~ absoluta dos atos operatórios tratam se de cirurgias de revascularizaçao
do
miocárdio 3”.
Hemy
DA
1recomenda
urna radiografia diária euma
abordagem
sistematizadana
interpretaçãoda
radiografia de tóraxno
periodo pós-operatório:dispositivos,
campos
puhnonares, silhueta cardiomediastinal, balanço hídrico,coleções aéreas
ou
líquidas e outros achados. CarterA.R.
et. al.5 sugereuma
avaliação criteriosa
da
ferida esternal.Todos
estes tópicos são referidos pelosSCC
entrevistados.Todos
osexames
do
período pós-operatóriodevem
sercomparados
com
os15
5.3.1 Dispositivos
comumente
visualizadosno
pós-operatórioO
período pós-operatório imediato, primeiras 6 a 12 horas, é caracterizadopor
uma
verdadeira tempestadehemodinâmica,
com
imensas repercussõesna
funcionalidade dos sistemas orgânicos.
Com
o
objetivo de garantiruma
assistência qualificada e segura parao
pacientesubmetido à
cirurgia, sãoutilizados
inúmeros
dispositivosde
monitorização das funções vitais, duranteo
ato cirúrgico eno
período subseqüente a este 19.Ciente
da
importância destes dispositivos, cabe ao Radiologista averiguaro
adequado
posicionamento decada
um.
A
radiografiade
tórax, devidoà
sua altaacurácia é
o
melhor
método
de se obter estas informações.Dispositivos
mais
freqüentemente utilizados:Tubo
endotraqueal
(TET)
-
Considerando que
com
movimentos
deflexão
e extensão
o
tubo tende aum
deslocamento de
2cm em
ambas
as direções, superior e inferior; eque
com
o
movimento
de rotaçãoda
cabeçapode
se deslocaraproximadamente
lcm
21, sua extremidadedeve
estar posicionadade
5a
7
cm
de distânciada
carina 22.Independentemente da
técnica utilizada parao
posicionamentodo
TET,
vários estudos
têm
demonstrado que
12 a15%
dos pacientesapresentam
significativo mal-posicionamento
do
tubo 23*24'25,26”27'28.Dois
estudos 24,29correlacionam os achados
do
exame
fisicocom
o
exame
radiográfico; neles,o
exame
Íisico previumá-posição
em
3%
dos pacientes,quando
a
radiografiado
tórax
demonstrou má-posição
em
14 24 a28%
25 dos casos. Constatou-se, através destes estudos,que o
exame
ñsico foi sensível apenas para os casos de intubação brônquica seletiva.-
Cateter
de
pressãovenosa
central(CPVC) -
Utilizado parao
monitoramento do
volume
sangüíneo circulante.O
posicionamento correto da-se16
~
CPVC
poderá
estar posicionadono
átrio direito, localonde
asmedidas
saomais
precisas.
Contudo,
nestes casos,há
um
aumento
no
risco de arritmiasls.Cateter de
artériapulmonar (CAP)
ou
Swan-Ganz -
Forneceum
grande
auxílio
na
coletade
infonnaçõesdo
paciente, por serum
meio
fácil, seguro econtínuo
de
verificar pressões de artériapulmonar
e deencunhamento
capilarpulmonar
(cateterde
2
vias)bem como
o
débito cardíaco (cateter de 3 vias) 12°.Atravessa
o
coração direitodevendo
sua ponta ser posicionadaem
uma
artériapulmonar
central, demaneira que
possa ficar flutuandoquando
o balonete for inflado.O
balonete deverá estar posicionadona zona
III deWEST,
na
alturado
átrio esquerdo,
por
ser esteo
único localonde o
fluxo
sangüíneo é ininterrupto,permitindo a livre
comunicação da
pontado
catetercom
as pressões vascularesdistais 18. Importante salientar
que
seo
'cateterfor instalado perifericamenteno
pulmão pode
ocasionar infartoou
aformação
depseudoaneurisma
2°'3°.~
Cateter
atrialesquerdo
(CAE)
-Em
funçaoda
pressão deencunhamento
capilar
pulmonar
não
refletirfidedignamente
a função ventricularesquerda
no
pós operatório inicial 3, muitos cirurgiões
preferem o monitoramento
diretoda
pressão atrial esquerda. Este cateter deverá estar inserido através.da
veiapulmonar
superior direitaou
através depunção
diretado
átrio esquerdo 3.Sua
extremidade externa
emerge
na
parede torácicana
porção inferiorda
incisão estemal. Este cateter épouco
usado
epode
estar associado aum
riscomaior de
complicações 3!.
Cateter-balão intra-aórtico
(CBLA)
-
O
CBIA
é amais
utilizadaforma
de
~
assistência
mecânica
da
circulação 19 e,em
geral, implicaem
funçao ventricular esquerdapobre
1.É
posicionado logo abaixoda origem da
artéria subcláviaesquerda,
podendo
ter sido introduzido por via femoral, axilarou da
aortaascendente (intra-operatório) 3.
Sua
posiçãopode
ser referidaem
relação aos4__v_
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Im
Ma Mw?18
p
Cabos
de
.marcapasso
temporário
-
Após
o
términodo procedimento
cardíaco e antes
de
interrompero
BCP,
alguns cirurgiões fixam eletrodosno
átrio
e
ventriculos direitos.Tubos
de
drenagem
mediastinal e pleural-
Usualmente
doisou
três tuboscom
linhas radi.opacassão
inseridosna
incisão esternal.Quando
são utilizadostrês tubos, dois são dispostos cranialmente,
próximos à
linhamédia na
área-paraesternal
e
o
outro introduz-ido, à -esquerda, atrásdo
coração 18,2 I.Quando
acavidade pleural é incisada,
em
geral, duranteadissecção da
artériamamária
interna,
muitos
cirurgiões direcionamum
dos tubos anteriores paraa pleura
Próteses valvares
e
referênciasde
enxerto, .bemcomo
uma
sonda
nasogástrica
(SNG) podem
sertambém
observadas.Cabos
.demonitorização
externa, eletrodos e .qualquercomponente
radiopaco
deverão ser retiradosdo
tóraxdo
paciente,no
momento
da execução
do
exame,
.paranão
.dificultarema
interpretaçãodo
exame.
Todos
estes dispositivosrequerem
uma
observação cuidadosa eo
relatode
.qualquer má¬posição.
5.3.2 Pós-operatório imediato:
_
O
valorda
radiografia obtida neste periodo, aindaque
feita rotineiramente-pela maioria -dos
SCC
3233, -tem -si-do questionado 4.Hornick, et al.4,
.em
estudo -envolvendo zl-00 .pacientessubmetidos
à
cirurgia cardíaca,concluem
que, .na ausênciade
indicações clinicas precisas(suspeita _de
pneumotórax,
deedema
pulmonar,
»etc.), esteprocedimento
caracterizamá
prática médica.Afirmam
que apenas
a
avaliaçãodo
CBIA
justificariao
exame
nestemomento.
'
Inúmeros
out-ros autores 3”5”6°l9'34 contrariam este entendimento, considerando19
~
no
diâmetro mediastinal e paraa
avaliaçaodo
posicionamento dos dispositivosde suporte e monitoração,
que
podem
ter sido deslocados durante o transportedo
paciente àUnidade
Pós-Operatória.No
tocante à avaliaçãodo
campo
pulmonar, esta deverá ser criteriosa, pois,após
o
BCP,
ospulmões
que não foram
ventilados durante esteprocedimento
estarão,em
circunstâncias favoráveis, hipoaerados porque
perdem
partede
seuvolume
- correspondente à capacidade residual funcional.A
posição supinacontribui para isto.
As
opacidadesnos
lobos inferioresaparecem
nas primeiras oito horasdo
pós-operatório, resolvendo-se
em
5 a 7 dias 18. Estascorrespondem a
grausvariados de atelectasia,
edema
pulmonar
ederrame
pleural 35.Dentre as atelectasias, a
mais
comum
é ado
lobo inferior esquerdo,havendo
inúmeros
mecanismos
que
contribuem para isto. Dentre eles,o
mais aceito é aparalisia e conseqüente elevação
do hemidiafragma
esquerdo por injúriado
nervo frênico pela solução cardioplégica 3637. Esta complicação reverte
em 94%
dos casos durante
um
períodoque
variade
1 a 18meses
37.No
lobo superior esquerdo,podem
ser encontradaspequenas
atelectasias,oriundas de
compressão
durante a dissecçãoda
artériamamária
intema.A
avaliaçãoda
silhueta edo
diâmetro cardio-mediastinaltambém
éde
suma
importância.
Um
alargamento eborramento da
silhueta ocorreem
grausvariáveis após o
procedimento
cirúrgico,presumivelmente devido
afluídos
sero- sanguinolentos eedema
tecidual resultanteda manipulação
cirúrgica 18.~ «É
comum
ahemorragia
mediastinal apósa
cirurgia cardíaca,mas
raramente
requer reoperação.
O
limitemáximo
defluídos
drenados pelos tubosmediastinais é de
300ml
na
primeira hora,250
rnlna segunda
e150
ml
na
terceira”.Alguns
autoressugerem
a correlação entreo
grau de alargamento2o
sugerem que
um
aumento maior de
70%
do
diâmetrono
pré-operatório estáassociado a
uma
hemorragia
mediastinalque
requer reintervenção cirúrgica.A
comparação do
fihne
pré-operatóriocom
o do pós
e' muitas vezes dificil 8,em
função das variações
na
técnica, posição, distânciafoco-fihne
e graude
inspiração.
Uma
maneira
de diminuir estesproblemas
é utilizar a etiquetaanteriormente sugerida.
Esta avaliação estará
comprometida
seo
paciente estiverem
pressãoexpiratória temiinal positiva
(PEEP), o que
estreitaum
pouco
a silhueta cardio- mediastinal.~
lnsta salientar
que
a radiografia de tóraxdesempenha
um
papel importante ede grande valia
na
avaliação emanuseio do
balanço líquido,um
dos aspectosmais
dificeis de se analisarno
pós-operatório 1.Neste período, a maioria
dos
pacientes exibe aomenos
um
padrão intersticialmédio
deedema.
Edema
puhnonar
irnportante,quando
ocorre, éobservado
dentro de dois dias após
a
cirurgia 35.Com
freqüência,pequenos
derrames pleurais estão presentes,mas
sãodificeis de identificar
em
filmes
supinos eprovavelmente
estão relacionadosao
escoamento
do fluido
pericárdico parao
espaço pleural atravésda
janelapericárdica cirurgicamente criada
ou
à iiritaçãoda
pleura durante a cirurgia.Em
todos os pós-operatóriospodem
ser encontradas coleçõesde
ar(pneumotórax,
pneumomediastino, pneumoperitônio
eenfisema
subcutâneo)que, se
pequenas
e estáveis, resolvem-sesem
necessidade de intervenção. Registre-seque
a posição supina dificulta a visualização destas coleções Ls.Outros achados
comuns
neste período são os váriosfios
radiopacosda
suturaestemal visíveis
na
linha média. Elespodem
sermais
numerosos
ou
interconectados após revascularização
com
a utilizaçãoda
artériamamária
21
manobra
de isolamento dos grandes vasos 1. Clipes identificam os sítiosde
hemostasia e
marcadores
de pontepodem
ter sido usados.Q
Em
2 a4%
dos pacientesocorrem
fraturas de costela,em
geral
das trêsprimeiras-
Por
ocasionarem
algia, estas fraturaspodem
induzir aum
diagnósticoequivocado de
angina pectoris e dissecçãom.Observa-se
que
a incisão esternal_promove
um
fino
e rarefeito traço verticalna
linhamédia
deste osso.5.3.3
Primeiro
dia pós-operatório:Por
tratar-se deum
estudo obtidona
manhã
do
dia seguinte à cirurgia,o
paciente
pode
ainda estarsendo
aquecido (esteprocedimento costuma
levar de8
a 12 horas),
no
entantohá
inícioda
vasodilataçãoque
pode
levar a desequilíbrio hemndm' am1^ `co.É
esteexame
que
refleteo
padrão fisiológicodo
paciente e, juntocom
o
filme
do
pós-operatório imediato, possibilita estimar a contribuição terapêuticaimediata e,
em
conjuntocom
asdemais
avaliações, determinar a direçãoterapêutica
Quanto
aos dispositivosde
monitorização e suporte, seo
paciente evoluiusatisfatoriamente e decorridas
mais de doze
horasdo pós
operatório,o
TET
e aSNG
não
sãomais
observados 19.“
O
CPVC
eo
CAE, bem como
os tubosde
drenagem
mediastinal, estarãoinalterados,
porém
esseexame
poderá
ser determinante para a retirada dos tubos 13,19de
drenagem
.'
Quanto
aoscampos
pulmonares, exacerbação das atelectasiaspoderá
ocorrerem
fimção
da
extubação,não
levando a intercorrências, semantida
uma
22
Deverão
sercuidadosamente
observados indícios de congestãoou
opacidades
no
parênquima
pulmonar. Sinais sutis debroncopneumonia
eou
tromboembolismo,
aindaque
pouco
freqüentes,podem
ser observados nestemomento
18.Pneumotóraces
e pnetunomediastino conhecidos são reavaliadosno
comportamento
e ocasionalmenteum
novo
e discretopneumotórax
será visualizado neste filme.Aumento
do
ar mediastinal é preocupante emerece
investigação.
Derrames
pleurais tornam-semais
evidentes se presentes epoderão
localizar-seem
cúpula pleural seo
paciente estiverem
posiçãode
T
rendelenburg
1.As
incidênciasem
decúbito lateralcom
raios horizontais sãoúteis para esclarecer definitivamente a presença
de
ar e/ou líquido pleural 18.A
SCM
estará inalterada se persistirem amesma
aeração e posiçãodo
estudoprévio.
Aumento.
no
diâmetrodeverá
sersempre
correlacionadocom
apossibilidade
de hemorragia ou
dissecção.Como
sinais adicionais dehemorragia
poderão
ser observadosum
aumento
nos
tecidosmoles
extrapleurais apicais ederrame
pleural 5.5.3.4
Segundo
dia pós-operatório:O
paciente encontra-senormotérmico,
hemodinâmicamente
estável, egeralmente acordado.
Nesta
fasepoderá
ser iniciado0 uso
de anticoagulante 19, portanto urna atenção especialdeve
serdada
para sinais de hemorragia.Modificações na
incidência dos raios é freqüentemente percebidaem
função
deestar
o
pacientecom
0 tronco elevadoou
sentado.A
manutenção da
posição supinado
pacientena
obtençãodo
filme
é fundamental parauma
avaliação comparativamais
acurada 8.Dentre
os dispositivosde
monitorização e suporte observados anteriormente,a permanência do
TET
poderá
ocorrerem
pacientescom
idade avançada, naquelescom
doença
pulrnonar obstrutiva crônicaou
em
pacientescom
23
problemas
respiratóriosagudos
U9.A
persistênciado
TET
implicarána
permanência
dosdemais
dispositivos.No
pacientecom
evolução satisfatória,poderão
não
sermais
observadoso
cateter deSwan-Gans,
o
CAE
e os tubos dedrenagem
mediastinal e pleural 1'3”18.O
CPVC
persistirápor
mais 24
horas.A
avaliação das áreas focais de atelectasia serámantida
epoderão
serobservadas áreas de atelectasias lineares esparsas decorrentes
da dificuldade
respiratória
promovida
pela dor e desconforto torácico pós-operatório.Diante
da
observância dos drenos pleurais e mediastinais,pneumotóraces
epneumomediastinos não
deverãomais
ser encontrados.Poderá
ser detectadoum
pnemnotórax
súbito seo
fihne
for obtidoem
posição ortostática 1.A
silhueta cardio-mediastinalnão
mostrará alteraçõesem
relaçãoao
filmeanterior
se
este já tiver sido obtidono
paciente extubado.O
inícioda
anticoagulação
do
paciente nesta fase deverá serconhecido
na
avaliação destetópico.
A
linhada
incisão esternal deverá manter-se fina e rarefeitaCaso
ocorradeiscência, as duas facetas estemais separam-se e
uma
linha larga e irregularabaixo
do
centrodo
esternopoderá
ser vista.5.3.5 Terceiro dia pós-operatório e avaliação
subseqüente:
Os
pacientescom
boa
evolução receberão altada
Unidade
Pós-Operatórianeste dia U9.
Os
dispositivos restantes, incluindoo
CPVC,
serão removidos.A
clareza vascular estará inalteradaou
poderá
apresentar melhora.O
exame
poderá
ser obtidoem
posição ortostática,onde
seráobservada a
persistênciado
derrame
pleural.A
permanência do
pacientena
Unidade
Pós-Operatória implicarána
manutenção
da
rotina radiológica.24
Após
a altada Unidade
Pós-Operatóriao
paciente serásubmetido a
exame
PA
e perfil esquerdo,em
posição ortostática, entreo
terceiro e sexto diado
pós-operatório.
Os
serviços pesquisadosprocedem
esteexame
no
diada
altahospitalar
Nesta
avaliação fnal,não
deverão sermais
observados os dispositivos de~
monitoraçao
e suporte.Uma
melhora da
aeração será observadasem
que
ocorrauma
completa
recuperação
da
capacidade residual funcional.A
silhueta cardiomediastinal terá diâmetro transversomaior
do
que
o
observado
no
pré-operatório, especialmente se revascularizaçãocom
artériamamária
interna tiver sido realizadaW".
Na
incidência lateral,poderá
serobservado o derrame
pleural,em
geralmaior à
esquerda.Pneumomediastino poderá
serobservado
nestemomento,
persistindo por até50
diassem
significado clínico.5.4 Intercorrências:
Inúmeras
complicaçõespodem
ser observadasno
período pós-operatório.Talvez
a
mais
freqüenteobservada
pelo radiologista seja asindrome
do
baixodébito cardíaco,
uma
vezque
compromete
20%
dos pacientessubmetidos
a
BCPI.
Esta éuma
condiçãonormalmente
resultante de pré-carga insuficiente, de pós-carga excessiva, de falhado
coraçãocomo
bomba
ou
deuma
combinação
desses fatores. Isto
pode
levar auma
hipoperfusão tecidual que, senão
prontamente
corrigida, levará adisfimção
orgânica irreversível emorte
celular”.Achados
radiológicos destaSindrome
guardam
relaçõescom
etiologia edependem
da
análise comparativacom
osexames
prévios parauma
adequada
caracterização.
Quando
a etiologia é a hipovolemia, ospulmões
encontram-se livresde
edema
edemonstram
uma
melhora
da
clareza vascular.Com
a25
presença de hipertensão, encontrada
em
outras etiologias, ospulmões não
apresentam
melhora da
clareza vascular e acentua-seo
edema
intersticial ealveolar 1.
Pneumonia pode
ocorrer,mas
é»incomum,
cerca 1 a4%
dos pacientes operados. Essa, apresentaconfnnação
radiográfica dificil pelas limitações técnicasdo
filme
obtidono
leito e pela coexistênciade
atelectasias eedema
que
possuem
aspecto radiológico similar.Infecção
da
ferida estemal é identificada clinicamente pela presençade
celulite,
drenagem
de pus
e/ou palpação de abscesso.Devido
à sua altamorbidade
e mortalidade, debridamento cirúrgico agressivo está indicado.Nessa
situação,
além do
jámencionado
afastamento das facetas esternais, pode-se observar elevação periostealem
48%
dos casos 5.ó.
coNcLUsÕEs
1.
A
avaliação radiológica pré e pós-operatória tradicional (convencional)do
tórax difere entre os Serviçosde
Cirurgia Cardíaca pesquisados.2.
A
incidênciaAP
supinanão
é realizadacomo
exame
pré-operatórionos
Serviçosde
Cirurgia Cardíaca pesquisados.A
ausência desteexame
prejudicaráuma
acurada análise comparativa entrefihnes
pré e pós-operatórios,determinando
limitaçãodo
auxílio diagnóstico destemétodo
deimagem.
3.
O
momento
da
realizaçãodos
exames no
pré-operatório variade
30
dias até avéspera
do procedimento
cirúrgiconos
Serviçosde
Cirurgia Cardíacapesquisados.
O
recomendável
éque
0exame
pré-operatório seja realizadoem
um
prazo de até cinco dias antesdo
procedimento.O
exame
realizadoem
um
prazo superior a este
poderá
gerar intercorrências, antes,dmante
e após acirurgia e
modificar
o
prognósticodo
paciente,uma
vez que
alterações cardio-pulmonares
agudaspoderiam
não
ser detectadas.4.
A
avaliação radiológica convencionaldo
tóraxno
pós-operatório é obtidacom
a
mesma
finalidadeem
todos os serviços pesquisados, e estanão
difereda
sugerida pela literatura.
5.
O
uso
de etiquetano filme,
com
osdados da
técnicalutilizadana
obtenção
deste, propicia
uma
reprodutibilidadefidedigna do exame.
Ante
o
exposto sugere-seo
seguinte protocolo radiológico para exploraçãodo
tórax:I Avaliação pré-operatória:
a) incidências
PA,
PE,
OAD
com
esôfago27
b) incidência
AP
supina dentro dos cinco diasdo
período pré-operatório." Avaliação pós-operatória:
a) incidências
AP
supinasno
pós-operatórioimediato,
no
1° dia pós-operatório, 2° dia pós-operatório, 3° dia pós-operatório e diaiiamente
enquanto
o
pacientepermanecer
na Unidade
Pós-Operatória.
7.
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