\
MARLON
MARQUES
DA ROSA
RESULTADOS
A
LONGO
PRAZO
EM
MENISCECTOMIA
DO
JOELHO.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
1998
MARLON
MARQUES
DA
ROSA
RESULTADOS
A
LONGO
PRAZO
EM
MENISCECTOMIA
DO
JOELHO.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso
de Graduação
em
Medicina.Coordenador
do
curso:
Edson
José
Cardoso
Orientador: José Francisco
Bernardes
Co-orientador:
Mauro
Fagundes
Dornelles
FLORIANÓPOLIS
1998
AGRADECIMENTOS
Ao
prof. José FranciscoBemardes
por aceitar a responsabilidade deste trabalho.Meus
sinceros agradecimentos aos ortopedistasMauro
Dornelles eAntônio
Tavares, excelentes profissionais,que
estiveram a disposição para ajudare transmitir conhecimentos.
Agradeço ao
Técnicoem
Radiologia, Sr.Lindomar
e às recepcionistasdo
ambulatório
de
Ortopediado
HospitalGov.
CelsoRamos,
Sra.Lourdes
eAdriana, pela simpatia e organização
no
atendimento aos pacientes.Meu
muito obrigado aoDoutor
AriDigiácomo
Ocampo
Moré, exemplo de
profissional e
uma
pessoade
muitas virtudes, dequem
partiu a idéia para o desenvolvimento deste trabalho eacima
de tudo acreditou e transmitiu a vontadede
tomá-louma
realidade.Finalmente, agradeço àqueles
que
estiveram aomeu
ladodando
carinho,apoio e incentivo
em
todas as etapas deminha
vida.Desde
as travessurasda
infância até hojena
responsabilidadede
serMédico:
Aos meus
pais, muito obrigado /ÍINTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
RESUMO
SUMMARY
APÊNDICE
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO
A
ressecçãodo menisco do
joelho foi primeiramente relatada por Broadhurstem
1866
como
citado porBolano
e Granal.Desde
então, artrotomia emeniscectomia tomaram-se
rotinano
tratamento dos desarranjos intemosdo
joelho.
Ao
longo dos anos omenisco
foiuma
estruturada
anatomiahumana
pouco
estudada. Sutton acreditavaque
omenisco
eraum
resquício anatômico deum
músculo da
perna originado intra-articulannente,como
citado por Fairbankz.Desde
a viradado
séculoquando
ameniscectomia
aberta foi introduzida nos EstadosUnidos da
America
do
Norte, afilosofia
de tratamento das rupturasmeniscais
mudou
dramaticamente. Fairbankem
1948 demonstrou
a importantefiinção dos
meniscos na
distribuição de carga e absorção de impactos; relatandoas alterações articulares degenerativas que ocorriam após a
meniscectomia
completa, tão cedo quanto após 5
meses
de pós-operatório. Outrosna
seqüênciaapontaram
os efeitos deleterios a longo prazoda meniscectomia
total”..
Desde
que
os estudos a longo prazo sobre
meniscectomia
total abertamostraram
uma
alta incidência de osteoartrose, a cirurgiado menisco tem
setomado
mais
conservadora nos últimos20
anoss.Com
a introduçãoda
aitroscopia ameniscectomia
parcialtem
sido a cirurgiamais
empregada, e acredita-se hojeque
tenha resultados a longo prazo melhoresque
osda
meniscectomia
total'*5°6°7*8.O
estudo dasfunções biomecânicas
do
menisco, e oprogresso das técnicas de
instmmentação
artroscópicamostraram que
ameniscectomia
total,não
só é falhaem
ajudarna
recuperaçãodo
joelhomas
5
degeneração
da
cartilagem articular.Mesmo
que
a funçãodo
joelho recupere depoisda
meniscectomia, a artrose tardia é inevitávelg.A
retirada dos meniscos leva ao desenvolvimento de alterações degenerativasque variam
entre6%
e40%.
Não
há
entretanto concordância nos fatores quepodem
influenciar as conseqüências a longo prazo.Além
disso, a correlaçãoentre os resultados clínicos e os achados radiográficos
permanece
ainda6
2.
QBJETIVO
Geral
A
proposta deste estudo é o de avaliar o resultado pós-operatório a longo prazoem
pacientesmeniscectomizados
e a sua relação entre os achados radiográñcos e a condição clínica vigente.Específico
Verificar a incidência de osteoaitrose
em
pacientes submetidos a7
3.
MÉTODO
Estudo
clínico prospectivo histórico realizadoem
uma
população de20
pacientes submetidos a
meniscectomia
aberta entre janeiro de1986
e janeiro1989
na Irmandade Senhor
Jesus dos Passos e Hospital de Caridade deFlorianópolis. Neste período,
90
pessoasforam
operadas, sendoque
34procediam
de localidades distantesda
grande Florianópolis;27 não foram
encontradas seja por contato telefônico
ou
carta; e09
pacientesnão preenchiam
os critérios de inclusão
no
estudo. Pacientescom
lesões associadas taiscomo
ruptura dos ligarnentos cruzados, osteocondrite dissecante, história de
meniscectomias prévias
ou
alterações congênitascomo
menisco
discóideforam
excluídos
do
trabalho.O
estudocompreendeu
as meniscectomias parciais (retiradasomente do
fragmento lesado) e as meniscectomias totais (retirada completa
do
menisco).Para analisar os fatores associados
com
resultado clínico satisfatórioou
não, os dados obtidos de cada paciente incluíam: Idadena
cirurgia, sexo, joelhoacometido,
menisco
lesado, tipo de cirurgia realizada (meniscectomia totalou
parcial),
tempo
de seguimento, grau de função articular, alterações degenerativas relativas a osteoartrose e desviodo
eixo tíbio-femoral.O
estudo radiológico controle foi realizado obtendo-se radiografias localizadas deambos
os joelhos, nas incidências ântero-posteriorcom
apoio bipodalico (ortostatismo); perfilcom
paciente deitado e articulaçãoem
ângulo de 30°; e radiografia axial de patelas (Figuras 1,2 e 3).Os
sinais radiográficos de degeneração articularforam
classificados de8
Grau
radiográficode
osteoartroseGrau
'Descrição das
alterações0
Normal.
1 Retificação das
margens
tibiais.2
Achatamento
dos côndilos femurais, retificação e esclerosedo
planalto tibial.
3 Estreitamento
do
espaço articular, alterações hipertróficasou
ambos.4
Todas
estas alteraçõesnum
au mais
severo.Quadro
I- Classificação de Fairbank quanto às alterações radiológicasde artrose.
Todos
os pacientes analisadoseram
hígidos antesda
lesão meniscaltraumática, entretanto as radiografias pré-operatórias
não estavam
disponíveis, efoi necessário assumir
que
os pacientes naquela oportunidadetinham
joelhos isentos de alterações degenerativas,membros
inferiores simétricos Ve ângulos tíbio-femorais semelhantes.
O
ângulo tíbio-femoral éo
ânguloformado
pela interseção das lirrhas ao longodo
centroda
medula
do fêmur
eda
tíbia.Num
membro
inferiornonnal
este ângulo varia entre 3° e 7° de valgo,com
média
de 5°12.
O
ângulotíbio-femoral foi avaliado
somente
nas meniscectomias mediais jáque
não
havianúmero
suficiente de pacientescom
cirurgiasdo menisco
lateral.O
joelho
não
operado foiusado
como
controle, sendoque
aquelescom
alteraçõesdegenerativas
foram
excluídos.Os
fihnes foram
avaliados porum
ortopedista experientesem nenhuma
informação clínica adicional a respeito dos casos.
O
método
utilizado para avaliar o grau de funçãodo
joelho foi baseadono
escore funcional de Lysholm-Gillquistu (Apêndice). Talmétodo
considera 79
Lysholm-Guillquist
score (Tópicos pricipais)Critério
de
avaliação `Score
máximo
l. Sustentação
do
peso 05 pontos.2.
Ato
demancar
O5 pontos.3.
Capacidade
de agachar-se 05 pontos.4. Habilidade para subir escadas 10 pontos.
5.
Edema
10 pontos.6. Instabilidade
30
pontos.7.
Dor
30
ontos.Quadro
II- Classificação Clínica-funcional de Lysholm-Guillquist.O
escoremáximo
possível de ser alcançado é 95. Pacientescom
escoresmaiores de
90 não
tendo sintomatologia importante, os resultadosforam
graduados
como
excelentes.Aqueles
com
escores entre77
e90
com
sintomasleves durante atividade flsica vigorosa
foram
graduadoscomo
bom
resultado.Abaixo
de 77, o resultado foi considerado fracoou
ruims.Na
avaliação final,resultados
bons
e excelentesforam
consideradoscomo
satisfatórios enquanto os resultadosmins
foram
tidoscomo
insatisfatórios.IO
Figura l- Alterações radiográficas de artrose
em um homem
de 32 anos submetido ameniscectomia medial do joelho direito há 10 anos. Podemos observar a retificaçao e a esclerose do planalto tibial medial.
ll
Figura 3- Radiografia axial de patelas para verificação de artrose no compartimento patelo femoral.
12
4.
RESULTADOS
Dos
90
pacientes submetidos a meniscectomia somente29
pessoasforam
encontradas, perfazendo
uma
taxa de retorno de 32,2%. Destes, apenas20
preenchiam
os critérios de inclusãono
estudo, reduzindo assim para22,2%
oaproveitamento
da
população alvo,conforme
figura
4.O
tempo
de evolução pós-operatória variou entre 108meses
e 156 meses,com
uma
média
de seguimento de l24meses.0%
ífi
Pacientes estudados 65%l2 Pacientes não encontrados
Os
pacientesforam
divididosem
três grupos de acordocom
a idadeconforme
afigura
5.A
idadeno
momento
da cirurgia variou de 16 a48
anos,com
uma
média
de 34,9 anos.20% 20%
T,
<30anos uz i 31-40 anos60% Is >40anos
Figura 5- Distribuição dos pacientes conforme a idade no
momento
da cirurgiaComo
mostradona figura
6, entre os pacientes estudadosl5(75%) eram
homens
e5(25%) eram
mulheres, perfazendouma
relaçao de 3 l95
~__,_.__..._._.____,..í›
.~.›¬._»..«.z~.-z‹... -.»...«..›.‹-.~‹«››.¬.‹.›z.»«.»›«
nt Pac'e
Figura 6- Distribuição dos pacientes quanto ao sexo
14
Dos
20
pacientes submetidos a cirurgia 12foram
tratadoscom
meniscectomia total e 8
com
meniscectomia parcial.A
lesão envolveu omenisco
medial
em
17 casos e omenisco
lateralem
3 casosconforme figura
7.Latera N I M.parciaI E M. total Med`a
01234
5678910
Figura 7- Distribuição dos pacientes quanto ao menisco lesado e o tipo de meniscectomia realizada.
Em
50%
dos joelhos operados ocorreualgum
grau de artrose. Já nos joelhosnão
operadossomente
10%
apresentaram degeneração articularcomo
mostradona
figura 8. _.¿- _ .. _» 1oo ao 60 Peffieflfaflem 4 IArtrose ¡ 40 ¿ '_"!°_'¶aLi
Joelho operado Joelho não operado
Figura 8- Comparação quanto a presença de artrose nos joelhos operados e não
15
Baseado no
escore deLysholm
Guillquist ecom
a colaboraçãodo
pacienteobteve-se
um
escore pré-operatóriomínimo
de 05 pontos emáximo
de70
pontoscom
uma
média
de42
pontos.No
momento
da avaliação,o
escore variou de 55 a95 pontos
com uma
média
de 81 pontos.Todos
os pacientes submetidos acimrgia tiveram melhora
do
quadro clínico-funcionalem
relação ao pré- operatórioconforme
os resultadosna figura
9. Entretanto,uma
proporçãoimportante
35%(7/20)
apresentaramum
resultado funcionalmim
(escoremenor
que 77) e
65%(13/20)
mostraram-secom
funçãoboa ou
excelente (escore maiorque 77). l 1 eo zf ' l 30 .V
PÓS
atófi I I i t -- 60 -f .T TW :I mu I i E 5° V I " I Ii |1 | "| 40 f - | ' | r _ 1 I rw | | 1: |' | I I u | ,iq l I ll i i , | Gu qu st score _| - › l - 30-- - -7 Lysho m l 2°> > ' ' Pré-Ó e›rá"to'*io; l ` V II .:';;IP'Írr' ` 0~_` ^tí2"I'z""
1234567891011121314151617181920
i Pacientes i i _, _ . 4 J16
Pacientes
com
idademenor
que 30
anos tiveramuma
porcentagem maior
75%(3/4)
de resultados satisfatóriosem
relação àquelescom
idademaior que 40
anos 50%(2/4). Já os pacientes entre 31 e
40
anos,66,5%(8/
12) apresentaramresultados satisfatórios
no
momento
da
avaliaçãoconforme
tabela I.Tabela I- Efeito da idade no
momento
da cirurgiaem
relação ao resultado funcional a longoRY310.
Resultado funcional
(Lysholm
Guillquist score) Idadena
cirurgia ExcelenteBom
Ruim
Total<
30
anos 131-40 anos 5
>
40
anos 2~
oww r×›4>.›--|>¡'Ç',.r>
Os
pacientescom
idademenor
de30
anos obtiveramporcentagem
menor
deartrose
(25%)
em
relação àquelescom
idades entre 31 e40
anos emaior
de40
anos,
com
50%
e75%
de artrose respectivamenteconforme
tabela II.Tabela ll- Relação entre a idade na cirurgia e o grau de
OA
atual.Classificação de Fairbank
Idade
na
cirurgiaGrau
0Grau
lGrau
2Grau3
Grau
4<
30
anos 3 (75,0%) l (25,0%) 0 0 031-40 anos 6 (50,0%) 2
(l6,6%)
2(ló,6%)
2(ló,6%)
0l7
Como
obsen/adona
tabela III,70%
(9/13) dos pacientescom
resultadofuncional excelente
ou
bom
não
tiveram sinais radiológicos de artrose. Já nospacientes
com
resultado funcional ruim,somente
l4,2%(l/7)apresentaram joelhos radiologicamente normais.Demonstrando
uma
correlação entre asalterações radiográficas e os resultados clínicos.
Tabela III- Relação entre os resultados clínicos e as alterações radiogáficas.
Lysholm-
Grau
de Osteoartrose-Gillquist score
Grau
0Grau
1Grau
2Grau
3Grau
4Excelente
>90
Bom
77-90Ruim
<77
Total l0~
...mos 4>u›-o r×›<:-›- .s>wo›- ococ:Nenhuma
associação foi encontrada entre o tipo demeniscectomia
e o graude função articular, já
que
as meniscectomias parciais e totais apresentaramresultados funcionais satisfatórios
em 75%
dos casosconfonne
tabela IV.Tabela IV- Comparação entre o tipo de meniscectomia e o resultado funcional.
Resultado funcional
Tipo de cirurgia Excelente
Bom
Ruim
TotalMeniscectomia
6 (50,0%) 3(25,0%)
3(25.0%)
12(100%)
total
Meniscectomia
2 (25,0%) 4 (50,0%) 2 (25,0%) 8(100%)
parcial
18
Como
mostradona
tabela V,não
houve
relação entre o tipo demeniscectomia e o grau de artrose encontrado nas radiografias, pois
ambos
osmétodos
cirúrgicos apresentaram50%
de complicações degenerativasno
seguimento.
~ . . .
.
Tabela V- Rela ao entre o t1 o de meniscectomia e o au de artrose
Grau
de OsteoartriteTipo de
cirurgia
Grau
0Grau
lGrau
2Grau
3Grau
4Meniscectomia
6(50,0%) 4(25,0%) 0 2(25,0%) Ototal
Meniscectomia
4(50,0%) l(l2,5%) 2(25,0%) l(l2,5%) Oparcial
Dos
17 joelhos submetidos a meniscectomia medial aberta, oito(8)apresentavam ângulo tíbio-femoral normal, oito(8)
mostravam
desvioem
varo eum(l)
tinha deformidadeem
valgo.Como
mostra afigura
10não
houve
relaçãoentre o desvio
do
eixo tíbio-femoralcom
a presença de artroseno
presente estudo.I
Normal_
I
Artrose_
VALGO
NORMAL
VARO
‹ I ¿ › o-t×›w.s>vzo×\¡oo×o5 l_J .I
Í_._
tl
..
11° a 8° 7° a 3° 2° a -1° -2° a -5°Grau de desvio do eixo tíbio-femoral.
Figura 10- Incidência de alterações degenerativas após meniscectomia medial
em
relação ao19
5.
DISCUSSÃO
Estudos de seguimento a longo prazo gerahnente esbarram
numa
dificuldadepeculiar
que
é caracterizada pela baixa taxa deretomo
dos pacientes.Levando-se
em
consideração o longotempo
envolvido,em
média
10 anos, consideramosaceitável que
32%
dos pacientestenham
retomado
para avaliação. Outrostrabalhos
com
tempo
de' Seguimentomaior
têm
obtido taxas deretomo
quevariam
entre25%
a62%
3”4”14.A
função dos meniscospode
ser deduzida clinicamente pelas alterações degenerativasque
acompanham
a sua extração.F
airbankzem
1948
descreveu as alterações radiográficasque
seproduzem
apósuma
meniscectomia. Tais alteraçõesforam
atribuídas a perdada
função de Suporte de carga dos meniscos.Estudos biomecânicos sofisticados
têm
demonstrado que
pelomenos
50%
da
carga compressiva é transmitida através
do menisco
com
joelhoem
extensão,sendo que
em
90° deflexão
aporcentagem
de carga transmitidaaumenta
para85%.
No
joelhomeniscectomizado
a área de contato se reduzem
tomo
de50%.
Isto eleva de
fonna
significativa a carga por unidade de superñciecom
conseqüente lesão e degeneraçãoda
articulação.Outra
função atribuida aosmeniscos consiste
na
absorção de impactos. Estudostêm
demonstrado que
os joelhos normais apresentam capacidade de absorção de impactos20%
maior que
os joelhos meniscectomizadoslz.A
retirada dos meniscos, seja parcialou
total,altera de
forma
significativa tais funções e predispõe as alterações degenerativas20
As
lesões traumáticas dos meniscos gerahrienteocorrem
em
indivíduosjovens (13 a
40
anos) e ativos”. Esta observação é feita por vários autoresque
estudaram lesões meniscais traumáticas, pois são traumas
que
surgem na
maioriadas vezes
em
conseqüênciada
prática desportiva8”15”l6.No
trabalho clássico deAppel4, entre os indivíduos estudados
422
eram homens
e58
eram
mulheresnuma
proporção de 1:7.Em
outras séries a proporção entrehomens
e mulheres ésemelhante
porém,
é diñcil encontraralguma
explicação para isso3”8'l°”15, enão
há
relatosna
literaturaque
discutam tal relação.O
nosso estudo lirnitou-se aos casos traumáticos sendoque
60%
dos pacientestinham
entre 31 e40
anos, e75%
eram
homens,
com
uma
proporção de 1:3.Uma
etiologia traumática das lesõesnão
explica totahnente a diferença entrehomens
e mulheres,embora
oshomens
deuma
forma
geral estejammais
expostos,como
nas atividades esportivas.As
lesões dosmeniscos
são decorrentes de traumas rotacionaisou
axiaisque
fraturam a estrutura meniscal.
A
lesãodo menisco
medial é amais
freqüentedevido a
algumas
características anatômicas.O
menisco
medial é partedo
complexo
ligainentar medial, sendo inseridona
cápsulaem
toda a sua extensão,além
de apoiar-se sobreuma
superficie côncava. Isto resultaem
menor
mobilidade durante os
movimentos
articulares. Justamente por ser mais fixo éconsiderado o
menisco da
estabilidade.O
menisco
lateral responde poruma
partemaior da
transmissão de carga e evidenciaque
se porum
lado ocompartimento
medial é responsável pela estabilidade, o lateral é
o da
carga edo movimento.
Não
existe fixaçãodo menisco
com
o
ligamento colateral lateral ehá
falha periféricana
sua fixação capsular”. Vários autoresconcordam que há muito
menos
incidência de lesõesdo menisco
lateralcomparada
ao mediall°4°6”7”8°l8.21
menisco
medial esomente
em
3 casoso menisco
lateral foi acometido perfazendouma
relação de 5,6:l;concordando
com
a literatura.O
escore de Lisholm-Guillquist foi originalmente desenvolvido parao
estudodos resultados pós-operatórios de reconstrução ligarnentar, e mostrou-se útil
também
na
abordagem
funcional da cirurgia dosmeniscosu. Devido
a suacorrelação segura
com
a opinião própriado
paciente eboa
reprodutibilidadewconseguimos
aplica-lotambém
ao pré-operatóriocom
baseno
relatodo
paciente.Em
nosso trabalhoobservamos que
todos os pacientes obtiveramalgum
beneficiocom
a cirurgia. Entretantouma
proporção significativa deles(35%)
apresentamhoje
uma
capacidade funcionaldo
joelho considerada ruim. Talvez o grau de função articular fosse satisfatório nos primeiros anos de pós-operatório e devidoa instalação
da
artrose a função foi sendo gradativamente prejudicada.Por
outrolado evidenciamos
que
65%
dos pacientes apresentam resultados satisfatóriossendo
que
60%
encontram-secom
função articular normal.É
gerahnente aceitona
literaturaque
a artrose émuito mais
freqüenteno
joelho operado
que
no
joelhonão
operado2°4'5”9'l°. Entretanto nos casosonde há
lesão
da
cartilagem articular prévia a meniscectomia, a artrosetambém
toma-secomum
no
joelhonão
operado,conforme
estudo de Maletius e Messnerlgonde
57%
dos joelhosnão
operados apresentava artroseembora
num
graumenos
avançado que o
joelho operadocom
76%
de alterações degenerativas.Em
nossoestudo avaliamos
somente
casosonde
a lesão meniscal ocorreu sobre joelhosnormais e assim
observamos que
apenas10%
dos joelhosnão
operadostinham
artrose
em
comparação
a incidência de50%
de alterações degenerativas nos joelhos operados.A
freqüência de alterações radiográñcas após ameniscectomia
tem
sidoespecialmente relacionada a idade
do
pacienteno
momento
da
cirurgia por muitos autores.Um
aumento
estatisticamente significativona
artrose tardia está22
relacionada
com
o aumento da
idadena
cirurgia”. Estudos préviosmostraram
que
os pacientescom
idadeacima
de40
anosno
momento
da
cirurgiaapresentavam
maior
incidência de artroseque
os pacientescom
menos
de40
anos4”“°19.
Os
resultados são ainda piores nos pacientescom
idade superior a60
anos
com
até70%
de alterações degenerativas”.Em
trabalho publicado por Neyret et al”onde foram
avaliados pacientes admitidos para cirurgia de artroseque
tinham
história demeniscectomia
prévia, foi observadoque
aquelespacientes
com
idademenor
que
35 anos levaramum
longo período,em
média
26
anos, para desenvolver artrose graveque
necessitasse de cirurgia,em
relação àquelescom
idadeacima
de35anos
com
tempo médio
de 9,8 anos de intervalo entre ameniscectomia
e a cirurgia de artrose.A
explicação para tais fatos baseia- sena
suposição deque
ameniscectomia
no
grupomais
velho foi realizadanum
joelhoque
já apresentava alterações degenerativasda
cartilagem articular.A
meniscectomia
foi então o insultomecânico
fmal e os pacientesmais
jovenscom
cartilagem articular
normal
sofreram lesões traumáticasnum
menisco
também
nomral.
Em
nosso trabalhoconfmnamos
tais evidências aoverificannos
que os pacientescom
idadeacima
de40
anos apresentaram75%
de alterações degenerativas. Existe Luna correlação semelhantequando
secompara
a idadeno
momento
da
cirurgiacom
o grau de função articular.Estudo
anterior mostra queaqueles pacientes
com
idademenor
de40
anos tiveram escores ftmcionais eporcentagem
de resultados satisfatórios significativamente maioresque
aquelesque operaram o
joelho depois dos40
anos,com
88%
e55%
de resultadosrespectivamentel. Entretanto
uma
relação estatisticamente significativanão
foiobservada
no
estudo de Appel4, apesar dena
avaliação final haveruma
considerável tendência a piores resultados
em
pacientes mais velhos.Nós
verificamos que
pacientes jovens tiveramuma
porcentagem maior
(75%)
de23
Os
resultados funcionaisno
grupo dos pacientesmais
velhos apenas evidenciamuma
porcentagem pouco
menor
(50%)
de resultados satisfatórios,porém
mostrauma
relação claracom
a idade.A
A
combinação
de estreitamentodo espaço
articular, alteraçõesdo
ossosubcondral e osteofrtos
na
radiografiatomou-se
a parte principal das defmições de osteoartrose. Tais alteraçõespodem
ser causadas por lesão previaou doença
intrínseca”.
como
nos casos reumáticos.A
artrosedo
joelho é de interesse especial, pois éuma
das causasmais
comuns
de dor e incapacidadena
comunidade
e as lesões _meniscaisem
particular são asmais
freqüentes nostraumas de joelho.
Pouco
se sabe sobre o desenvolvimento dos sintomas eda
incapacidade,
ou
sua relaçãocom
as alterações radiográficas a longo prazo”.Alguns
estudosmostraram que
apesardo
longo período de seguimento eda
altaincidência de alterações degenerativas,
nenhuma
relação consistente entre osachados radiográficos e a avaliação clínica foi encontrada9=l4”l9. Resultados satisfatórios
foram
mostradosem 58%
de60
pacientescom
alteraçõesdegenerativas importantes
na
radiografiacomo
descrito porDai Liyang
et al9.Apesar da
diferença nos graus de artrose encontradas nas radiografias,parâmetros clínicos tais
como
função articular e reduçãoda
atividade esportivasão semelhantes nos vários grupos estudados”. Trabalho recente publicado por
Rockbom
e Guillquist"onde foram
estudados os resultados radiológicos efuncionais
em
43 pacientescom
um
seguimento mínirno de ll anosem
meniscectomia
por artroscopia,mostrou que
a funçãodo
joelhopermaneceu boa
mesmo com
um
longotempo
de pós-operatório.Mais
de20%
dos pacientesnão
tiveram
problemas
com
o joelhona
vida diária.As
atividades esportivasnão
diminuíram
após a operação e o seguimento de cerca de25%
dos pacientes aindainclui atividades
em
nível de competição.Além
disso,em
comparação
com
24
alterações radiográficas.
No
estudo de Appel4em
1970
analisando resultados demeniscectomia
abertacom
um
seguimento variando entre4
e 33 anos, observou-se
que
a freqüência dos achados clínicos foimuito
baixaem
relação as alterações radiográficas. Ele atribui a grande controvérsia dos resultadosna
literatura aos diferentesmétodos
utilizadosna
coleta dos dados, sendoque
alguns autoresbaseiam
suas conclusões nas respostas de questionáriosmuito
subjetivos3.Se por
um
lado a função articulartem
alguma
relaçãocom
os achadosradiográficos
não
nos pareceque
hajasempre
uma
concordância entre elesbaseado
no
que
a literatura apresenta.Nossos
resultadosapontam
uma
considerável tendência a piores resultados funcionais nos joelhos
com
degeneração articular
na
radiografia. Entretanto, nosso estudotem
limitaçõesem
potencial.Os
dados
pré-operatóriosnão foram
coletados prospectivamenteo que
poderia refletir
melhor
a evolução e a extensãodo dano
articular.Além
dissonão
tivemos acesso a radiografias pré-operatórias, importantes para afastar aqueles pacientes
com
lesão degenerativa prévia a meniscectomia.Os
meniscos
são estruturas importantes paramanter
a função fisiológicado
joelho.
Se o menisco
é lesadoou
ressecadouma
série de alterações patológicas ocorrerá.A
ressecçãodo menisco
induz inevitavehnente a concentração de cargana
superficie articular e a degeneração articularcom
artrose tardia será o resultado fmal.Alguns
autorestêm
relatadoque não há
diferença entre os resultados clínicos satisfatórios e as alterações degenerativas quanto ao tipo demeniscectomia
realizada3'4'“*23 _ Entretanto é gerahnente aceitoque
ameniscectomia
parcialtêm
resultados melhores a longo prazoque
ameniscectomia
total,como
citado porHede
et all.Em
seu trabalho eleslevam
em
consideração alguns estudos
em
cãesque
mostram
uma
degeneraçãoda
cartilagem articular
aproximadamente
proporcional a quantidade demenisco
25
“rim” periférico é essencial para
manter
a capacidade de distribuição de cargado
menisco
após a meniscectomia.Ao
fmal de seu estudocom
200
pacientes eum
seguimento de 8 anos eles encontraram
uma
melhor
funçãodo
joelho após ameniscectomia
parcialmas
nenhuma
relaçãocom
os achados radiográficos.Piores resultados, tanto clínicos quanto radiográficos
em
relação ameniscectomia
total
também
foram
descritos”.Em
nosso trabalhonão encontramos
nenhuma
relação seja ela clínicaou
radiológica aocompararmos
ameniscectomia
totalcom
a parcial a longo prazo.Considerando
ameniscectomia
aberta, as complicações funcionais edegenerativas
foram muito
semelhantesem
ambos
os tipos de cirurgia.Na
últimadécada
com
o
adventoda
artroscopia ameniscectomia
parcialtem
sido a cirurgiamais
realizada”,embora
tenha sido contestada ao longo dosanoss.
É
irrdiscutivelque
a artroscopia proporcionaum
tratamento melhor, mais seguro e rápidoque a
artrotomian, ea
preservaçãodo menisco
deverá ser feitasempre que
possível”.Apesar
das contradiçõesda
literaturaum
consenso existe:depois
da
lesão degenerativa instalada, a articulação estará irreversivelmentecomprometida
independentedo
tipo de cirurgia aplicada.Radiografias panorâmicas do
membro
inferior são essenciais para avaliar averdadeira condição estrutural dos joelhos, principalmente
em
relação aos eixosmecânico
e anatômico. Entretantofilmes
localizados dos joelhostêm
seu valorpreservado
na
medida
do
eixo anatômico, a partirdo
qual calcula-seo
ângulotíbio-femoral”.
O
cálculo de ângulo tíbio-femoral éum
dosmétodos
maissimples e talvez o
mais amplamente
empregado
para expressaro
alinhamentodo
joelho.
O
ângulo éformado
pela intersecção dos eixos longitudinaisdo fêmur
eda
tíbiana
articulaçãodo
joelho, representado pelas linhas correspondentes deserrhadasna
radiografia.O
ângulo tíbio-femoralnormal
em
média
é de l75°ou
5° de valgo. Tal ângulotem
importância diagnósticasomente quando
émedido
26
em
radiografiascom
carga, jáque
as radiografiasem
posição supirraou
em
pacientes
não
sujeitos a tensão,não
demonstram
perda de sustentaçãoou
frouxidão ligamentar.
O
ângulo tíbio-femoral varia de acordocom
o tipo corporal,não sendo
omesmo
para irrdivíduos obesos e de baixa estaturaou
naqueles altos e magros. Portanto a
medida
do
ângulo éuma
aproximação,mesmo
assim devido a sua praticidade é largarnente utilizado”.O
eixomecânico
do
membro
inferior éuma
linha traçadado
centroda
cabeçado
fêmur
ao centrodo
tálus.No
alinhamentononnal
tal eixo passa pela espinha medial tibialconsiderando-se
uma
verdadeira radiografia ântero-posterior.Alguns
estudostêm
implicado o desvio dos joelhosem
valgoou
varocom
pior prognóstico
em
relação a artrose tardia após a meniscectomia1”5”l9.No
estudode
Bonamo
et alzo, tal relação aparentementenão
foi encontrada. Entretanto,uma
parte de seus pacientes
não tinham
radiografias pré-operatóriascom
carga paraquantificação
do
desvio, limitando assimuma
conclusão defmitiva. Allen et allotambém
não possuíam
radiografias pré-operatórias e para corrigir tal falhautilizaram o joelho
não
operadocomo
controle e encontraramum
aumento
significativo
da
artrose tardia apósmeniscectomia
quando
havia alinhamentoanormal do
joelho controle e portanto, desviotambém
do
outro joelho.Mais
especificamente, os pacientes
com
joelhoem
varo tiverammaior
incidência deartrose medial diretamente relacionada ao grau
da
deforrnidade,um
achado que
enfatiza a influência
do
alinhamentoda
pernana
degeneraçãodo
joelhoem
geral,e
em
particular após a meniscectomia.Baseado
nesta relação, eles alertam queuma
osteotomia precoce deveria ser considerada naqueles pacientesque
perderam
omenisco
e desenvolveram sintomasna
presença de desvioem
varoou
valgo.
A
deformidadeem
varoou
valgo desloca o eixomecânico do
corpo medial27
mudanças
de postura então qualquer deformidade continuará aaumentar
a pressãona
junta e as alterações degenerativasno
respectivo compartimento.Os
nossos resultadosmostraram
quenão houve
relação entre o alinhamentodo
membro
inferiorcom
o
surgimento de artrose, pois estapredominou
defomia
semelhante entre os joelhos
com
alinhamentonormal
e os joelhoscom
desvioem
varo.Apesar
deaproximadamente metade
dos pacientes apresentarem este desvio.Pode
parecerque
a meniscectomianão
seja tãodanosa
quanto alguns autores relatam. Entretanto nosso trabalho é limitadocomo
o
deBonamo
et al2°,pois carece de radiografias pré-operatórias para comparação.
Assim
ficamos
incapazes de concluir se
o
alinhamentoem
varo nos joelhos operados foi causa28
6.
CONCLUSÕES
l.
A
incidência de artrose tardiaem
pacientes meniscectomizados é elevada.2.
A
artrose tardiaem
pacientes submetidos ameniscectomia
émais
comum
no
joelho operado
que
no
joelhonão
operado.3.
Os
pacientescom
idademaior que 40
anosno
momento
da
cirurgiatêm
piores resultados funcionais e radiológicos a longo prazo.4.
Os
pacientescom
resultado clínico-fimcionalruim
apresentammaior
número
de alterações degenerativas
na
radiografia.5.
As
meniscectomias total e parcial apresentam osmesmos
resultados clínico-29
7.
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the meniscus: a prospective studyof
200
33
RESUMO
A
proposta deste estudo foide
avaliaro
resultado pós-operatório a longo prazoem
pacientes submetidos ameniscectomia do
joelho e a relação entre os achados radiográficos e a condição clínica vigente.Foram
analisados20
pacientesoperados
com
segmento
médio
de
10 anos.Os
pacientesforam
estudados quanto a clinica e a presençade
artrose.O
escore deLysholm
Gillquist foi utilizado para graduar a função articular.As
alterações radiográficas degenerativasforam
classificadas
de
acordocom
os estudos de Fairbank.Em
50%
dos joelhosoperados ocorreu
algum
graude
artrose.Nos
joelhosnão
operadoshouve
10%
de
artrose.
Todos
os pacientes tiverammelhora
clínica funcionalem
relação ao pré- operatório.Os
pacientescom
idademenor
que 30
anosno
momento
da
cirurgiativeram melhores resultados clínicos e radiográficos
em
relação àquelescom
mais
de
40
anos.Em
70%
dos
pacientescom
resultados clínicos satisfatórios associou- se joelhos radiologicamente normais.Dos
pacientescom
resultados clínicos ruins,somente
14,2%
tinham joelhos normaisna
radiografia.As
meniscectomias total eparcial apresentaram resultados clínicos e radiológicos semelhantes.
Desvio do
eixo tíbio-femoralem
varonão mostrou
correlaçãocom
artrose.A
incidênciade
artrose tardia apósa meniscectomia
é elevada,sendo
mais freqüenteno
joelhooperado
que
no
joelhonão
operado. Pacientescom
idademaior que 40
anosno
momento
da
cirurgia apresentam piores resultados clínicos e alta incidênciade
artrose tardia. Resultados clínicos insatisfatórios estão associados a
maior
número
de alterações degenerativas .O tipode meniscectomia não
influenciana
34
SUMMARY
The
purposeof
this studywas
to evaluate the long term results in meniscectomy.At
an average followup of
10 years,20
patientswere
reviewed clinicallyand
radiologically.
The Lysholm
Guillquist scorewas
used to grade theknee
functionand
the radiographic changeswere
classified according to Fairbank°s study.50%
of the operated
knees had
osteoarthritison
radiographyand
only10%
of
thenonoperated
knees
had
signs of osteoarthritis. All patients got betterknee
function after surgery in relation to the pre operative conditions. Patients with less than
30
yearsof
age at the time of operationhad
better clinicand
radiographicresults.
70%
of
the patients with satisfactory clinical results associatednormal
knees
on
radiography.Among
the patients with unsatisfactory clinical results only14,2% had no
signsof
osteoarthritis. Totaland
partial meniscectomieshad
thesame
clinicand
radiographic findings.Varus
deformity did notshow
any
correlation with degenerative changes.
The
increaseof
osteoarthritis aftermeniscectomy
is higher,and
it°smore comrnon
in the operated knee. Patientswhich
were
older than40
years at the timeof
operationwere
associated withworse
clinicand
radiographic results.Bad
knee
ftmction is correlated with ahigher incidence
of
radiographic changes.There
isno
apparent dit`ference in the35
APÊNDICE
PROTOCOLO
DE
ESTUDO
l. Identificação:
1.1- Nome: 1.2- Idade: 1.3- Sexo: 1.4- Data de nascimento: / /
1.5- Naturalidade: 1.6- Procedência:
1.7- Endereço atual:
1.10- Diagnostico pré-operatório:
1.8- Telefone: 1.9- Profissão:
2. Quadro clínico pré-operatório: 2.1- Joelho lesado:
D
() E ()2.2- Menisco acometido: Lateral ( ) Medial ( )
Não (5)
Mancava Eventualmente (3)
Constantemente (0)
Sustentação completa (5)
Sustentação do peso Tolerável ou muleta (3)
Impossível manter apoio (0)
Sem problemas(10)
Lysholm - Gillquist Score Habilidade para
subir escadas Ligeiramente prejudicado (6)
Pré-operatório
Agachar-se
Instabilidade
Dor
Edema
Um
degrau por vez (2)Incapaz (0)
Sem problemas(5) Leve// prejudicado (4)
Não além de 90 graus (2)
Incapaz (0)
Nunca falseou (30)
Raramente no esporte ou exercício severo(25) Freqüentemente durante esporte ou outro
exercício severo ou incapaz de participar (20)
Eventualmente em atividades diárias (10) Freqüentemente nas atividades diárias (5)
A
todo passo (0)Ausência (30)
Infreqüente e leve durante exercício severo (25) Percebida quando falseia (20)
Percebida durante exercicio severo (15) Percebida após caminhar mais de 2 km (10) Percebida quando caminha menos de 2 km (5)
Constante e severa (0)
Nenhum(l0)
Quando falseia (7)
Quando exercicio severo (5)
Quando exercicio normal (2)
3. Tratamento:
3.1- Data da cirurgia:
3.1- Tipo de cirurgia: aberta ( )
u
artroscópica ( ) combinada ()
3.2- Tipo de menisoectomia: parcial () total
( )
4. Resultados:
4.1- Tempo de pós-operatório: 5. Quadro clínico pós-operatório:
Lysholm -Gillquist score Pós-operatório
6. Radiografia pós operatória:
Grau de Osteoanrose segundo Fairbankz
Não (5)
Manca Eventualmente (3)
Constantemente (O)
Sustentação completa (5)
Sustentação do peso Tolerável ou muleta (3)
Agachar-se
Instabilidade
Impossivel manter apoio (O)
Sem problemas (10)
Habilidade para subir escadas Ligeiramente prejudicado (6)
Um
degrau por vez (2)Incapaz (0)
Sem problemas (5)
Leve// prejudicado (4)
Não além de 90 graus (2)
Incapaz (0)
Nunca falseou (30)
Raramente no esporte ou exercicio severo (25) Freqüentemente durante esporte ou outro
exercício severo ou incapaz de participar (20)
Eventualmente em atividades diárias (10) Freqüentemente nas atividades diárias (5)
A
todo passo (0)Ausência (30)
Infreqüente e leve durante exercicio severo (25)
Dor Percebida quando falseia (20)
Edema Grau O () Grau I () Grau II () Grau III () Grau IV ( ) Joelho
D
Nenhum (10) Quando falseia (7)Quando exercício severo (5)
Quando exercicio nonnal (2)
Constantemente (0)
Joelho E
Percebida durante exercicio severo (15) Percebida após caminhar mais de 2 km (10) Percebida quando caminha menos de 2 km (5)
Constante e severa (0) Grau 0 ( ) Grau I ( ) Grau II ( ) Grau III ( ) Grau IV( )
TCC
UFSC
CM
0358 Ex.l N-Ch=1m- TCC UFSCCM
0358Autor: Rosa, Marlon Marqu
972804273 Ac. 253510
Em UFSC Bs`ccsM
Título: Resultados a longo prazo em mem