PDI ACADEPOL
ii
BLAIRO BORGES MAGGI
GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO
DIÓGENES GOMES CURADO FILHO
SECRETÁRIO DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
JOSÉ LINDOMAR COSTA
DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL
BEATRIZ FÁTIMA FIGUEIREDO RABEL DIRETORA DA ACADEMIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL
GÊNISON BRITO ALVES LIMA
DIRETOR ADJUNTO DA ACADEMIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL
iii
ACADEPOL/MTDIRETORA: BEATRIZ FÁTIMA FIGUEIREDO RABEL DIRETOR ADJUNTO: GÊNISON BRITO ALVES LIMA
EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL BEATRIZ FÁTIMA FIGUEIREDO RABEL – Delegada de Polícia
GÊNISON BRITO ALVES LIMA – Delegado de Polícia UBALDO MOREIRA DA COSTA – Escrivão de Polícia RICARDO RODRIGUES BARCELAR – Escrivão de Polícia CLAUDINEI DA SILVA FARINA – Investigador de Polícia MARIA JOSÉ BATISTA DA SILVA – Investigadora da Polícia
COLABORADORES
ANDERSON CLAYTON DA CRUZ E VEIGA – Delegado de Polícia MARCELO PEREIRA DE SOUZA – Investigador de Polícia
iv
Agradecemos a Deus por nos proporcionar sabedoria e a capacidade de elaboração dos planos prospectivos da ACADEPOL.
Ressaltamos o proeminente esforço da equipe técnica e administrativa da Academia de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso em orientar os princípios básicos do ensino policial para a constituição do instrumento que aponta as ações institucionais nos próximos anos.
v
1 APRESENTAÇÃO ... 1
2.1 Caracterização da Região Geo-Educacional ... 3
2.2 O Estado de Mato Grosso: Principais Características ... 4
2.2.1 DEMOGRAFIA ... 5
2.2.2 ASPECTOS SOCIAIS ... 6
3 HISTÓRICO ... 8
4 ORGANOGRAMA DA ACADEPOL ... 10
5 MISSÃO DA ACADEPOL ... 11
6 VISÃO DA ACADEPOL... 12
7 ASPECTOS LEGAIS ... 13
8.1 Dos valores ... 14
8.2 Dos Princípios ... 14
9.1 Geral ... 16
9.2 Específicos ... 16
10.1 Princípios Pedagógicos ... 17
11.1 Dimensões do Conhecimento ... 19
11.2 Dimensões do conhecimento – Conteúdos ... 20
11.3 Dimensões do conhecimento – trilogia do perfil do processo de formação ... 21
12.1 Infra-Estrutura Física ... 23
12.2 Laboratório de Informática / Multimeios ... 23
12.3 Laboratórios Específicos ... 23
12.4 Organização Administrativa e Departamental ... 24
13.1 Quadro de Horas/Aulas ... 25
13.1.1 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DELEGADOS ... 25
13.1.2 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESCRIVÃES ... 26
13.1.3 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE INVESTIGADORES DE POLÍCIA .... 27
13.2 Demonstrativo do Atendimento da Academia de 1981 a 2009 ... 28
14 Regime Escolar ... 30
15 PROPOSTA PEDAGÓGICA... 31
16 PERFIL DO ALUNO ... 32
17.1 Perfil do Delegado de Polícia ... 33
17.1.1 CONCEPÇÃO GERAL DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL ... 33
17.1.2 REQUISITOS BÁSICOS NECESSÁRIOS ... 34
vi
... 36
17.1.5 PERFIL PSICOLÓGICO ESPECÍFICO DOS DELEGADOS DA POLÍCIA CIVIL ... 37
17.2 Descrições das Funções Inerentes aos Delegados ... 39
17.3 Perfis do Escrivão de Polícia ... 39
17.4 Descrições das Funções Inerentes aos Escrivães ... 40
17.5 Perfis do Investigador de Polícia ... 42
17.6 Descrições das Funções Inerentes aos Investigadores ... 43
18.1 Acervo de Livros, Títulos e Outros ... 46
18.2 Acervos de Audiovisuais ... 46
19.1 Perfil do Corpo Docente ... 47
19.2 Números de Docentes ... 47
19.3 Plano de Carreira ... 47
19.4 Remuneração ... 47
20 POLÍTICAS DE QUALIFICAÇÃO, INCENTIVO E CAPACITAÇÃO DE DOCENTES ... 49
21 FONTES DE RECEITA E DESPESAS ... 50
22.1 Interna ... 51
22.2 Externa ... 51
23 PROPOSIÇÕES, METAS E MEDIDAS ESTRATÉGICAS ... 53
24 MEDIDA ESTRATÉGICA - CAPACITAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA ... 56
1 APRESENTAÇÃO
A Academia de Polícia Judiciária Civil – ACADEPOL compreendida como local dinâmico de saberes, espaço de diálogo, busca permanente de sintonia com nossos tempos, atenta às mudanças e renovações, como também impulsionada pelas necessidades educacionais da realidade circundante, não pode se eximir de seu compromisso com os projetos que buscam a melhoria da educação.
O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI é o instrumento de planejamento e gestão que considera a identidade da Instituição, no que diz respeito a sua filosofia de trabalho, a missão a que se propõe, visão, valores, as diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, a sua estrutura organizacional e as atividades acadêmicas que desenvolvem e/ou pretendem desenvolver.
A constituição de um conjunto do PDI (Missão, Visão e Valores), só é útil se a prática do dia a dia mostra e demonstra a todos os envolvidos no processo ser esse o conjunto de regras que regem a conduta do pessoal da Unidade.
Caso contrário, é pura perda de tempo, pois se o que se diz e o que se prega, é diferente do que se faz; a Missão, a Visão e os Valores tornam-se somente um apanhado de letras, caindo no vazio da rotina.
A Missão, Visão e Valores é a forma de você estar lá, presente em cada Hora da Verdade da sua unidade de ensino, sem precisar ir para lá.
Assim o PDI é uma ferramenta utilizada pela gestão, serve de balizador das ações adotadas institucionalmente. A intenção é que o documento sirva de elemento ao redor do qual será definido o planejamento anual, com um foco nas atividades de curto prazo, e o planejamento estratégico propriamente dito, com um horizonte temporal de pelo menos dez anos.
Vai mostrar também aonde queremos chegar e de que forma chegaremos lá. Ele também satisfaz a uma necessidade interna de um planejamento mais bem elaborado e efetivo para serem enfrentados sob a ótica da eficácia. Também responde a uma demanda externa como elemento balizador das ações institucionais e indicador de visão de futuro, orientando o Planejamento Institucional, que deve refletir em todas as metas e ações institucionais em busca do crescimento da ACADEPOL/PJC/MT.
O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI - além de orientar as ações futuras da Academia de Polícia Judiciária Civil é um instrumento legal para a aferição da qualidade da gestão.
A elaboração desse documento seguiu os seguintes passos:
a) Grupo de Trabalho - GT composto por representantes da ACADEPOL, para conhecimento da proposta de elaborar da minuta do PDI, composta por representantes das suas Gerências, incluindo representantes dos servidores técnico-administrativos;
inicial; Decreto nº 1.875, de 26 de março de 2009, institui o Regimento Interno da Polícia Judiciária Civil – PJC, o Plano Político Pedagógico e ao Formulário do Plano de Desenvolvimento Institucional do Ministério da Educação (http://www2.mec.gov.br/sapiens/form_PDI.htm);
c) Consulta aos dirigentes da Academia;
2 CONTEXTO REGIONAL
2.1 Caracterização da Região Geo-Educacional
Na década de 70, ocorre no Mato Grosso os primeiros indícios de migração no norte do Estado, fazendo surgir, nesse período, projetos de colonização mais arrojados. Essa migração foi acelerada no início dos anos 80 alcançando índices aproximados de 48%, constituídas na grande maioria por pessoas do Sul do país.
O Estado ocupa um espaço geográfico de 903.386.1 Km com uma população estimada em 2.854.42 habitantes (IBGE 2007), dados estes que comprovam o crescimento o pleno desenvolvimento, com grandes possibilidades de investimento e com empregabilidade em qualquer região.
Mato Grosso encontra-se localizado num espaço geográfico privilegiado fazendo divisa com os demais Estados da região centro-oeste e norte do país, fator este que contribui em muito com o avanço do Estado, apesar da distante localização da grande maioria de seus municípios, o que faz com que Mato Grosso depare-se com regiões de diferentes realidades.
Atualmente o Estado está subdividido em micro regiões geográficas que aglutinam municípios com características semelhantes como também adversa, como, por exemplo, a Baixada Cuiabana, uma região que possui o maior número de municípios antigos. Existe ainda outra realidade que é a região do Médio Norte, mesclada por municípios novos e antigos; a Região do “Nortão” totalmente constituída por municípios novos com um perfil totalmente diferente das demais regiões do Estado; a região do Vale do Jauru, formada por municípios antigos e novos, porém com a vivência e cultura diferente; a Região Sul do Estado composta pelo agrupamento de micro regiões que fazem parte de Vale do São Lourenço e o Vale do Araguaia ambas são distintas, pois possuem municípios antigos e outros não muito antigos, enquanto que no extremo do Baixo Araguaia depara-se com municípios recentemente emancipados.
Este é um dos aspectos do panorama geo-político de Mato Grosso permeado de diversidade, composto por diferentes culturas, vivência e costumes aparentemente contraditórios, porém muito rico em oportunidade de novos horizontes.
Para gerenciar este Estado considerando o perfil apresentado, com essa fragilidade demográfica, uma população extremamente descentralizada, ressalta-se ainda pequenas localidades e distritos muito distante do município sede, de difícil acesso e carente das necessidades básicas para uma sociedade cidadã.
Somos sabedores que Mato Grosso é um estado atípico pelas diversas realidades próprias de cada região formando um território de contradições de norte a sul, de leste a oeste, o que nos conduz a pensar políticas públicas que possam atender as diferentes necessidades da sociedade mato-grossense.
do turismo com grandes possibilidades de investimentos em indústrias empresas de grande porte, assim como o incentivo aos pequenos produtores, empresários e comerciantes com projetos de financiamento.
No contexto em que se situa este Estado, as políticas sociais como Educação, Saúde e Segurança são pontos fortes e prioridades que devem ser vistas numa ótica de gestão administrativa voltada para o fortalecimento da estrutura do estado com vistas a possibilitar melhoria da qualidade de vida para a população, tanto para os que residem nos grandes pólos, como os que residem nas localidades mais distantes e de difícil acesso.
No ano de 1995 foi delineado o “Plano de Metas” para a sociedade Mato-Grossense em que foram apresentados os três princípios básicos que orientam as grandes decisões da política estadual:
• Democracia e descentralização • Sustentabilidade e qualidade de vida • Equidade social e regional
O Plano de Metas contempla estratégias para o desenvolvimento com fortalecimento do Estado, a descentralização do poder e incentivo a ciências e a tecnologia.
Com os avanços conquistados e com a implantação de ações direcionadas para o Fortalecimento do Estado, os programas do Plano de Metas já consolidaram os processos estabelecidos anteriormente e redefiniu novas estratégias para a viabilização das ações governamentais.
Consolidados nas políticas sociais que estão traçadas para este Estado, percebe-se que dentre os demais setores básicos da sociedade destaca-se a Segurança Pública como a síntese das necessidades emergenciais dos tempos modernos. Isto pressupõe que este setor está contido em um dos objetivos específicos que sintetizam as aspirações da sociedade deste Estado que é o de “Promover o desenvolvimento para a cidadania voltada para o aperfeiçoamento do atendimento prestado pelas instituições as suas necessidades”.
É nesse contexto que está inserido a Academia de Polícia Judiciária Civil como instituição responsável pela seleção dos policiais civis, sua formação, especialização e aperfeiçoamento em nível de educação superior e profissional, com autonomia didático-pedagógica nos termos da legislação educacional vigente, profissionais que irão exercer suas atividades em todos os rincões do Estado para promoção da dignidade humana e da paz social.
2.2 O Estado de Mato Grosso: Principais Características
Fonte: MT em números 2008 – SEPLAN/MT e Plano Estadual de Segurança Pública
2.2.1 DEMOGRAFIA
O Estado de Mato Grosso compreende aproximadamente 10% do território nacional, em contrapartida apresente apenas 1,53% da população do país - 2.854.42 habitantes, (IBGE 2007), Mato Grosso desponta hoje como uma das fronteiras de desenvolvimento do país, principalmente na moderna produção agroindustrial.
Composto por 141 municípios, Mato Grosso destaca-se por ser o único Estado da federação com três ecossistemas distintos: o pantanal, o cerrado e o amazônico, como também pelas bacias hidrográficas do Paraguai, do Amazonas e do Araguaia-Tocantins que banham o Estado.
2.2.2 ASPECTOS SOCIAIS
Atualmente, os indicadores sociais como: taxa de mortalidade infantil, de analfabetismo, nível de desemprego, grau de indigência e pobreza, índice de desenvolvimento humano, criminalidade e outros, são conceitos corriqueiramente citados na mídia e nos debates políticos. Cada vez mais jornalistas, lideranças populares, políticos e a população em geral se utilizam de indicadores sociais para avaliar os avanços ou retrocessos nas condições de vida da população, apontando a eficácia ou ineficácia dos resultados das políticas públicas.
O crescimento populacional em Mato Grosso foi influenciado fortemente pela migração. Ainda em 1980, portanto após a separação do Estado, os dados do Censo Demográfico apontavam um crescimento de quase 85% de pessoas que haviam migrado há menos de 10 anos. Atualmente persiste o processo migratório, embora com menor intensidade, porém acrescido de uma nova característica, o êxodo rural, havendo maior concentração da população na área urbana.
Os problemas fundamentais a serem enfrentados para promover um desenvolvimento sustentável com eqüidade social em Mato Grosso podem ser resumidos em seis grandes eixos:
a) Infra-estrutura de transportes; b) Questão ambiental;
c) Infra-estrutura de saneamento; d) Desigualdades sociais e regionais; e) Educação e formação profissional; e f) Complexo agro-industrial.
3 HISTÓRICO
Não cabe aqui recuperar a história da Polícia Civil no Brasil e em Mato Grosso, pois segundo Silva (2008) apud Filho (2004) e Oliveira (2004) os estudos destes já se
encarregaram de fazê-lo, mas de enfatizar alguns aspectos e acontecimentos que ilustram a criação e a trajetória da Academia de Polícia de Mato Grosso.
A ACADEPOL foi fundada em 1978, no governo de Frederico Carlos Soares Campos e em 29 de setembro de 1981 o Decreto 1.133, regulamenta o instituto da progressão de classe por merecimento ou por antiguidade. Em novembro de 1982, além dos cargos de Delegado, Escrivães e Agentes de Polícia, o Médico Legista, Perito Criminal, o Auxiliar do Perito Criminal, Datiloscopista Policial, Auxiliar de Perito Criminal e Auxiliar de Necropsia passam a integrar o quadro funcional da Polícia Civil e deveriam ser formados pela academia de polícia.
No início do ano de 1984, o então Secretário de Segurança Pública, o Desembargador Oscar Travassos, atendendo os anseios da classe, encaminha projeto de lei à Assembléia Legislativa reivindicando a criação da Polícia Civil de carreira.
Neste mesmo ano é aprovado projeto de Lei (Decreto 1.021 de 03 de dezembro de 1984), estabelecendo normas para realização de concurso para provimento de cargos vagos para todo o grupo polícia civis.
Atualmente a Academia de Polícia é regulamentada pela Lei Complementar nº. 155 de 14 de janeiro de 2004, na subseção II, artigo 45, que dispõe sobre a Organização e o Estatuto da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso.
Segundo este Estatuto, a ACADEPOL é uma Unidade de Ensino, diretamente subordinada à Diretoria-Geral da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, é a instituição responsável pela seleção dos policiais civis, sua formação, especialização e aperfeiçoamento em nível de educação e profissional, com autonomia didático-pedagógica nos termos da legislação educacional vigente.
A Academia teve sua primeira sede na Rua Luiz Caetano Albuquerque nº. 116, no bairro do Porto, no chamado popularmente pelos antigos moradores de “Beco da Lama”.
A primeira pessoa a despachar sobre os interesses da Instituição foi a Srª. Ana Luiza de Souza Garcia. Embora não tenhamos encontrado nenhum registro de portaria de lotação da mencionada servidora em nossas consultas aos documentos oficiais da época (Departamento de Recursos Humanos), testemunhos de diretores, à posteriori, relatam que ela era agente administrativo do antigo DOPS, recebia ordens diretamente do Coronel Paulo Santa Rita de Carvalho de Athaíde, então Secretário de Segurança Pública na época.
Ana Luiza que respondeu pelo expediente durante sete meses, do dia 06 de agosto de 1.980 a 18 de fevereiro de 1981.
No dia 18 de fevereiro de 1981, já com portaria de lotação para aquela Academia, assume como Diretor Eugênio Mário Uchoa Recife, que permaneceu naquela unidade de ensino até 15 de abril de 1988, portanto sete anos e dois meses, se ausentando apenas no período em que Dr. Márcio Pieroni esteve respondendo pela Diretoria da Academia através da portaria 273/87.
A Lei Complementar nº. 14 de 16 de janeiro de 1992 extingue a Secretaria de Segurança Pública do Estado, e através do Decreto nº. 1.198, de 28 de janeiro do mesmo ano, ocorre a transferência de pessoal , material e patrimonial, encargos e obrigações dela para a Secretaria de Justiça. Ambos publicados no Diário Oficial de 16/01/92.
No ano corrente a Associação dos Delegados (AMDEPOL) apresenta um anteprojeto de Lei Complementar que foi submetido a votação na Assembléia Legislativa e ao final deste mesmo ano de l992, no dia 14 de outubro foi promulgada a lei Complementar nº 20, quando então, nesta nova organização estrutural da Polícia Judiciária Civil a Academia passa a ser subordinada ao Diretor Geral de Polícia Judiciária Civil.
Todavia, a mudança da Secretaria de Segurança para Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, não se restringiu apenas a nomenclatura, mas, sobretudo muitas adaptações, adequações e transtornos, principalmente por causa das mudanças de prédios, ocasionados pela falta de imóveis apropriados para atender àquela demanda.
Exatamente neste período de transição, devido ao fato da ACADEPOL não se estabelecer em prédio próprio, sempre em prédio alugado, ocorre mudança da ACADEPOL do bairro do Porto para o antigo edifício onde funcionava a Secretaria de Segurança Pública, um prédio em que se tinha acesso tanto pela na Av. Marechal Deodoro, quanto pela Rua Manoel Leopoldino no Bairro Araés, Cuiabá/MT.
A portaria lotando Albani Borges dos Santos, como diretor da Academia neste endereço, data de 06 de março de 1995, mas embora não conste nenhum registro de portaria na atual Gestão de Pessoas tudo indica que ele assumiu a ACADEPOL pouco depois da saída de seu antecessor Eugênio em 15 de abril 1.994.
No segundo semestre do ano de 1996, a Academia é transferida para a antiga Fazendinha (complexo Pomeri), à Avenida dos Trabalhadores s/nº, no Bairro Novo Mato Grosso.
4 ORGANOGRAMA DA ACADEPOL
Legenda:
5 MISSÃO DA ACADEPOL
6 VISÃO DA ACADEPOL
7 ASPECTOS LEGAIS
A Academia de Polícia foi criada oficialmente pela Lei Complementar nº 20/92, sendo responsável pela Educação Superior e de Pós-Graduação dos policiais civis, para tanto mantém os seguintes cursos:
a) Curso Superior de Polícia (CSP), em nível de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão
de Segurança Pública, cujo público alvo são os Delegados de Polícia, visando a atualização e ampliação dos conhecimentos necessários para as funções de Direção da Instituição.
b) Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu na área de Segurança Pública, visando ao
preparo para o exercício de funções.
c) Cursos de Formação Inicial Técnico-profissional para os cargos de delegado, escrivão e investigador de polícia.
d) Cursos de Formação continuada.
A Academia de Polícia Judiciária Civil tem um papel importante neste processo, pois há duas décadas vem formando os policiais civis, vivenciando a realidade de nosso Estado e tem o dever de conduzir a formação dentro dos conceitos técnicos profissionais.
8 VALORES E PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS
8.1 Dos valores
Os valores formam um conjunto de crenças e princípios que orientam as atividades e operações de uma organização. Constituem preferências, pontos de vista, deveres, inclinações internas, entre outros. São padrões de conduta praticados pela organização que influenciam o comportamento geral de seus membros.
Os valores cultuados na ACADEPOL são:
a) Ética: Respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. Reflete a preocupação com a constituição de valores de cada aluno, ajudando-o a se posicionar nas relações sociais dentro da unidade de ensino e da comunidade como um todo.
b) Competência: Realização de processos, funções, tecnologias e capacitação de pessoas que tornem possível a Polícia Judiciária Civil entregar produtos e serviços com alta qualidade, agilidade e eficiência.
c) Compromisso Social: Incentivar ações de cidadania que contribuam para a melhoria de vida nas comunidades nas quais atuamos e, ao mesmo tempo, estimular nossos profissionais a realizarem suas atividades persecutórias dentro dos princípios de direitos humanos.
d) Atitude: Fomentar nos indivíduos ações de valor, integridade e justiça.
e) Desenvolvimento humano: Executar e enfatizar durante as atividades educativas as várias dimensões necessárias para o desenvolvimento pessoal, abrangendo a promoção da eqüidade e inclusão social e da igualdade de gênero e raça, a sustentabilidade ambiental e a participação política, os direitos humanos, fatores estes determinantes para o aumento da qualidade da vida humana.
f) Liderança: Fortalecer habilidades de iniciativa, criatividade e gerenciamento dos riscos, estimulando à tomada de decisão, de modo que as pessoas ultrapassem suas dificuldades, alocando-as nas funções em que possam obter seu melhor desempenho, para alcance dos objetivos da instituição.
8.2 Dos Princípios
A Educação Policial Civil, inspirada nos preceitos constitucionais e ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o desenvolvimento e seu preparo para o exercício da profissão, tendo como parâmetro os princípios instituídos pela Matriz Curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública/ Ministério da Justiça 2002, quais sejam:
a) Integração à educação nacional;
d) Profissionalização, obedecendo a processo gradual, constantemente aperfeiçoado, de formação continuada, desde estudos e práticas mais simples, até os elevados padrões de cultura geral e profissional;
e) Garantia de padrão de qualidade;
f) Formação de base humanística, filosófica, científica e estratégica, para permitir o acompanhamento da evolução das diversas áreas do conhecimento, inter-relacionamento com a sociedade e atualização constante da doutrina policial;
g) Vinculação da educação com o trabalho policial e as práticas sociais; h) Valorização da experiência extra-escolar;
i) Valorização dos profissionais da Educação.
A educação policial civil segue as seguintes Diretrizes Políticas: a) Formação profissional holística;
b) Democratização das relações entre cidadão e as instituições de segurança pública; c) Princípios da cidadania da ética compreendidas como a consciência pessoal que
respeita os princípios dos direitos humanos individuais e coletivos;
d) Habilidade de lidar e conviver com a pluralidade e diversidade de raças, crenças, culturas e credos;
e) Criar a consciência de que ser profissional de segurança pública é, sobretudo saber permanentemente aprender.
9 OBJETIVOS DA ACADEPOL
9.1 Geral
Propor e desenvolver os Cursos de formação inicial e continuada para os diversos profissionais que compõe a sua estrutura, além de realizar a seleção e ingresso dos futuros policiais que compõe as carreiras próprias.
9.2 Específicos
a) Possibilitar ações integradoras de Formação Técnica Profissional da Polícia Judiciária Civil, visando à articulação para a implementação da “Política Educacional da Segurança Pública”;
b) Definir novos conceitos de “Segurança Pública”, com inovações operacionais visando atualizar os Profissionais da Segurança Pública, em especial da Polícia Civil para fortalecer a ação da polícia em parceria com a sociedade;
c) Proporcionar a Educação e o Ensino fundamentado nas novas concepções e teorias de sociedade, com fundamentação nos preceitos legais judiciais, desenvolvendo uma postura de investigação de inteligência e reflexão na e sobre a sua prática, na perspectiva de desenvolver habilidades e competência para intervir preventivamente na ação direta com a criminalidade de modo a manter a ordem social;
10 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ACADEPOL
As propostas pedagógicas da ACADEPOL deverão se basear nos princípios pedagógicos e nas dimensões do conhecimento constantes na Matriz Curricular Nacional do Ministério da Justiça1.
10.1 Princípios Pedagógicos
Os princípios pedagógicos - formativos não se baseiam na tarefa de construção na processualidade do discurso argumentativo, em que se empenham, por igual, os interesses em entenderem-se sobre a questão política dos valores da vida humana em sociedade consideravelmente construída.
O conhecimento é algo que se aprende antes, para transmitir ou aplicar depois, nesta concepção, a educação assume o papel ativo de aprendizagem de uns com outros. E o currículo não é senão o processo dialogal continuado, em que se organiza, na construção, circulação de saberes e nas relações face-a-face.
Os conhecimentos profissionais e os saberes teóricos por mais que estejam avançados não se estabilizam para que se possa esperar de um profissional que ele seja eficaz pelo simples fato de ele ser bem formado e informado. Quanto mais avançados em direção a profissão qualificada, mais a organização limita o trabalho prescrito e bem ou mal, delega aos profissionais o cuidado de criar ou adaptar procedimentos a fim de enfrentar a complexidade das situações.
Fundamentados nas considerações aqui pontuadas no que se refere ao conhecimento que um profissional da polícia precisa para melhor desempenhar suas funções, necessário se faz estabelecer competências que possam contribuir com a consolidação do perfil profissional que hoje instituição precisa para atender as necessidades do mundo atual, é que traçamos como de fundamental importância três princípios que conduzirão o processo de Formação do Policial, que são:
a) A Formação Técnica Profissional oferecida para os Profissionais da Polícia Judiciária Civil em início de carreira terá um enfoque especial no fortalecimento das bases institucionais, numa ótica humanística, enfatizando o “Desenvolvimento Humano” em todos os aspectos tanto sociais pessoais e profissionais;
b) A Formação Inicial e Continuada do Profissional da Polícia Judiciária Civil está respaldada na necessidade de constante atualização do aprendizado técnico para melhor desempenho de suas tarefas;
c) Incentivar a pesquisa aplicada à área de Segurança Pública, como também de estudos que possam contribuir com o melhoramento da instituição.
1A Matriz Curricular Nacional, instrumento desenvolvido em 2003 pela Coordenação Geral de Ensino
11 AS DIMENSÕES DO CONHECIMENTO
O conhecimento é único, mas se pode falar com toda propriedade que ele apresenta três aspectos ou dimensões. Esta trindade em suas aplicações recebem os nomes de especulativo, operativo e afetivo, determina a capacidade de ação e reação da pessoa frente aos estímulos de todo tipo que lhe chegam.
Essas três dimensões do conhecimento têm sua correspondente aplicação no impulso que se manifesta em nossa vida psíquica e que muitos denominam simplesmente 'motivação'. É ele, esse impulso, que move o ser humano a agir para satisfazer suas necessidades de todo o tipo.
* O especulativo é o que permite à pessoa conhecer os resultados que uma ação provoca (saber que um remédio produzirá certos efeitos no organismo).
* O operativo determina a capacidade de um sujeito para realizar uma ação determinada (saber o que fazer para conseguir e tomar o remédio).
* O afetivo determina a capacidade da pessoa para avaliar os resultados da ação, isto é, para saber como vai ser afetada pelos resultados (saber como se sentirá com o efeito do remédio).
MOTIVAÇÃO SENTIDA - É o impulso que sentimos e que depende do conhecimento. Este determina os resultados esperados e o atrativo desses resultados para a pessoa.
MOTIVAÇÃO POTENCIAL - Corresponde ao impulso que sentiríamos se o nosso conhecimento fosse perfeito, isto é, se pudéssemos conhecessem antecipadamente todos os resultados que a ação terá.
MOTIVAÇÃO ATUAL - É a força que nos faz escolher uma ação concreta com base no valor de seus resultados - um valor que o conhecimento especulativo capta - embora este valor não seja atraente devido às limitações do conhecimento afetivo.
Traduzindo tudo em uma linguagem pedagógica, uma abordagem que privilegie o processo de aprendizagem pode ser expressa nos quadros a seguir:
11.1 Dimensões do Conhecimento
DIMENSÃO OBJETIVO BASE ASPECTOS
IMPORTANTES
SABER
Garantir o conhecimento sistematizado, mediante um conjunto de áreas de estudos, que será requerido no desempenho de suas funções.
Instrução e ensino
Correspondem a conceitos, leis, termos fundamentais, etc.
SABER FAZER
Gerar situações de aprendizagem significativas onde as habilidades possam ser requeridas frente ao
quadro teórico estabelecido Prática e Técnica
Habilidades: Qualidades intelectuais necessárias para a atividade mental no processo de assimilação do conhecimento.
Hábitos: modos de agir relativamente
automatizados.
QUERER FAZER
Cria condições para o desenvolvimento da postura do profissional da segurança do cidadão no sentido de um posicionamento adequado em relação à sua atividade a partir da motivação endógena desenvolvida pela consciência de seu papel de cidadão e de servidor da cidadania.
Atitudinal <vontade>
Referem-se a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente às tarefas a serem realizadas.
As dimensões aqui expressas possuem uma relação direta com os conteúdos. Ou seja, cada dimensão do conhecimento aponta para uma categoria de conteúdo: que atende o perfil profissiográfico desejado para a categoria policial.
11.2 Dimensões do conhecimento – Conteúdos
DIMENSÃO CONTEÚDOS REFERÊNCIA
SABER
Conceituais:
Conhecimentos sistematizados – conjunto de conhecimentos, presentes nas disciplinas curriculares, necessários ao desempenho adequado ao exercício da função.
Envolvem conceitos, fatos e princípios.
SABER FAZER
Procedimentais:
Habilidades Técnicas – habilidades necessárias e inerentes à aplicação de seus conhecimentos para o desempenho apropriado das funções do profissional de segurança;
Habilidades Administrativas – habilidades administrativa e gerencial para o adequado exercício de suas funções;
Habilidades Interpessoais – habilidades de relacionamento com <sua demanda>, a saber, a população em geral, bem como de
convivência e com os companheiros de corporação e com seu ambiente social; Habilidades Políticas – habilidades associativas, o espírito de grupo e/ou corporativo, bem como de integração e associação com o público – alvo de sua ação profissional, ou seja, a população em geral;
Habilidades Conceituais – habilidades que requerem o raciocínio lógico abstrato.
QUERER FAZER
Atitudinais:
Valores que norteiem as atitudes individuais e coletivas compatíveis para o desempenho de sua missão.
Envolvem abordagem de valores, normas e atitudes que concorrem para um processo de tomada de decisão assertivo.
11.3 Dimensões do conhecimento – trilogia do perfil do processo de formação
DIMENSÃO TRILOGIA DO PERFIL PROCESSO DE
FORMAÇÃO
SABER Profissional - institucional
Relaciona-se diretamente com o conjunto de conceitos, leis e princípios a serem ministrados.
SABER
FAZER Profissional – institucional
Representa o conjunto de habilidades a serem desenvolvidas durante o processo de formação.
QUERER
FAZER Pessoal
Está ligada às qualidades pessoais e corporativas desejáveis no profissional em questão, a serem reforçadas durante o processo de formação.
Cabe ressaltar que, dentro de uma abordagem que privilegie a construção do conhecimento, as dimensões devem ser vistas como interdependentes, devendo concorrer para a formação das capacidades cognoscitivas relativas à atividade mental exigida no desempenho do profissional da área de segurança do cidadão.
12 INFRA–ESTRUTURA
12.1 Infra-Estrutura Física
Quantidade 2008 2009 2010 2011
Área de Lazer 06
Auditório 01
Banheiros 23
Biblioteca 01
Estande de Tiro 01 construção Em
Laboratório de
informática 02
Salas de Aula 04
Salas de
Coordenação 01
Salas de Docentes 01
Refeitório 01
Alojamento 01
Estacionamento 01 Sala de Vídeo
Conferência 01
12.2 Laboratório de Informática / Multimeios
Equipamento Quantidade 2008 2009 2010 2011
Computadores 58 00 00 00 00
Impressoras 06 00 00 00 00
Projetores 12 00 02 00 00
Retroprojetores 01 00 00 00 00
Ar condicionado 35 00 02 00 00
Bebedouro 06 00 00 00 00
Notebook 06 00 06 00 00
Telão 06 00 00 00 00
Maquina Digital 01 01 00 00 00
Aparelho de DVD 07 00 00 00 00
Vídeo Cassete 04 00 00 00 00
Filmadora 01 00 00 00 00
Televisores 04 00 00 00 00
Quadros Brancos 04 00 00 00 00
Quadros de vidro 04 00 00 00 00
12.3 Laboratórios Específicos
Especificação Quantidade 2008 2009 2010 2011
Laboratório de
Laboratório de vídeo conferência e
educação à distância
01 00 00 00 00
12.4 Organização Administrativa e Departamental
Item Função Cargo Quantidade
01 Diretor Delegado (a) 01
02 Diretor Adjunto Delegado 01
03 Gerente Administrativo Escrivão 01
04 Gerente de Ensino Escrivão 01
05 Gerente do Centro Ensino Superior Escrivão 01 06 Gerente de Educação Básica Investigador 01 07 Secretária de Registro Investigador (a) 01 08 Assistente de Direção Investigador (a) 01
09 Secretária de Registro Investigador 01
10 Expediente Investigadores 03
11 Plantonista Investigadores 12
12 Atendente Agente Prisional 01
13 Eletricista Agente de Manutenção 01
14 Vigilante Contratados 07
15 Serviços gerais Contratados 20
TOTAL 53
13 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
A filosofia proposta para a formação do Profissional de Segurança do Cidadão e suas diretrizes pedagógicas requer um esforço no sentido de formar um novo profissional com idéias, princípios e ações alicerçados nessa concepção de mundo e de sociedade onde o trabalho dos Órgãos Públicos só tem sentido se voltados ao atendimento de qualidade à população, numa relação interativa de confiança e respeito com a comunidade.
A compreensão do significado do trabalho de Segurança do Cidadão nos remete a um compromisso com a preparação de um profissional ativo, crítico, consciente e capaz de se posicionar como “Sujeito” no exercício de sua função. Que esteja preparado para uma inserção social de onde retire subsídios para a construção e reconstrução do conhecimento em sua área de trabalho e que saiba analisar o contexto e as diferentes situações para valorar de acordo com os princípios da solidariedade, da ética e cidadania e se posicionar com firmeza na sua atividade cotidiana.
Para isso, apresentam-se as seguintes diretrizes:
a) Garantir conhecimentos na área social capaz de possibilitar ao Profissional de Segurança do Cidadão a compreensão do papel que desempenha no contexto social.
b) Desencadear a construir, implantar e desenvolver de uma proposta político-pedagógica consistente e voltada para as competências e habilidades básicas para os diversos Profissionais da área de Segurança Pública.
c) Desenvolver os princípios da cidadania da Ética compreendida como a Consciência Pessoal que respeita os princípios dos direitos humanos individuais e coletivos e que contribuem para o bem estar social coletivo.
d) Promover a habilidade de lidar e conviver coma pluralidade e a diversidade de raças, crenças, culturas e credos.
e) Proporcionar a habilidade de desenvolver o equilíbrio e harmonia entre cultivo do Corpo Físico, Mental e o Espiritual numa visão holística que respeite as opções pessoais e potencialize a saúde física, mental, intelectual e espiritual.
13.1 Quadro de Horas/Aulas
13.1.1 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DELEGADOS
Item Horas/Aula Disciplina (Professores)
1 12 Abordagem Sócio-Psicológica da Violência e do crime 2 20 Administração Cartorária
3 40 Administração Pública 4 60 Armas e Munições 5 04 Consciência Fiscal 6 12 Crimes Informáticos 7 32 Criminalística
10 12 Deontologia – Ética.
11 16 Desenvolvimento de Liderança 12 16 Direito Ambiental
13 12 Direitos Humanos e Cidadania 14 30 Educação Física
15 16 Estatuto da Criança e do Adolescente
16 20 Fundamentos da Gerência Integrada em Crises e Desastres 17 16 Gerenciamento da Rotina
18 20 Gestão da Informação (noção de Inteligência Policial) 19 60 Inquérito Policial
20 80 Investigação Policial
21 20 Legislação de Trânsito Vistoria e Perícia 22 16 Medicina Legal
23 12 Noções de Sociologia da Violência 24 08 Odontologia Legal
25 12 Papiloscopia
26 12 Planejamento Operacional 27 20 Polícia Comunitária
28 20 Português Instrumental 29 12 Qualidade de Vida
30 16 Relatórios e Estatísticas Criminais
31 20 Sistemas de Procedimentos Policiais (INQ. Eletrônico) 32 16 Socorros de Urgência
33 40 Táticas Policiais e Técnicas de Abordagem 34 12 Técnicas de Segurança de Vidas e Bens 35 04 Tecnologia da Informação
36 12 Telecomunicações 37 32 Tóxico e Entorpecentes
TOTAL 808 -
Item Horas/Aula Disciplina (Monitores) 01 60 Armas e Munições (02 Monitores)
02 30 Defesa Pessoal (02 Monitores) 03 30 Educação Física (02 Monitores)
13.1.2 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE ESCRIVÃES
Item Horas/Aula Disciplina (Professores)
1 12 Abordagem Sócio-Psicológica da Violência e do crime 2 80 Administração Cartorária
3 40 Administração Pública 4 60 Armas e Munições 5 04 Consciência Fiscal 6 12 Crimes Informáticos 7 32 Criminalística
10 12 Deontologia – Ética.
11 16 Desenvolvimento de Liderança 12 16 Direito Ambiental
13 12 Direitos Humanos e Cidadania 14 30 Educação Física
15 16 Estatuto da Criança e do Adolescente
16 16 Fundamentos da Gerência Integrada em Crises e Desastres 17 20 Gerenciamento da Rotina
18 20 Gestão da Informação (noção de Inteligência Policial) 19 16 Medicina Legal
20 12 Noções de Direito Constitucional 21 20 Noções de Direito Penal
22 20 Noções de Direito Processual Penal 23 12 Noções de Sociologia da Violência 24 12 Papiloscopia
25 20 Polícia Comunitária 26 20 Português Instrumental 27 12 Qualidade de Vida
28 16 Relatórios e Estatísticas Criminais 29 20 Sistema de Procedimentos Policiais 30 16 Socorros de Urgência
31 20 Técnicas de Interrogatório 32 04 Tecnologia da Informação 33 12 Telecomunicações
34 20 Tóxico e Entorpecentes
TOTAL 696 -
Item Horas/Aula Disciplina (Monitores) 01 60 Armas e Munições (02 Monitores)
02 30 Defesa Pessoal (02 Monitores) 03 30 Educação Física (02 Monitores)
13.1.3 QUADRO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE INVESTIGADORES DE POLÍCIA
Item Horas/Aula Disciplina (Professores) 1 40 Administração Pública
2 60 Armas e Munições 3 04 Consciência Fiscal 4 12 Crimes Informáticos 5 32 Criminalística
6 16 Criminologia Aplicada a Segurança Pública e Defesa Social 7 30 Defesa Pessoal
8 12 Deontologia – Ética.
9 20 Desenvolvimento de Liderança 10 16 Direito Ambiental
13 16 Estatuto da Criança e do Adolescente
14 16 Fundamentos da Gerência Integrada em Crises e Desastres 15 16 Gerenciamento da Rotina
16 20 Gestão da Informação (noção de Inteligência Policial) 17 60 Investigação Policial
18 20 Legislação de Trânsito Vistoria e Perícia 19 16 Medicina Legal
20 12 Noções de Direito Constitucional 21 20 Noções de Direito Penal
22 20 Noções de Direito Processual Penal
23 12 Abordagem sócio-psicologica da Violência e do crime 24 12 Noções de Sociologia da Violência
25 12 Papiloscopia
26 12 Planejamento Operacional 27 20 Polícia Comunitária
28 20 Português Instrumental 29 12 Qualidade de Vida
30 16 Relatórios e Estatísticas Criminais 31 16 Socorros de Urgência
32 40 Táticas Policiais e Técnicas de Abordagem 33 12 Técnicas de Segurança de Vidas e Bens 34 04 Tecnologia da Informação
35 12 Telecomunicações 36 32 Tóxico e Entorpecentes
TOTAL 732 -
Item Horas/Aula Disciplina (Monitores) 1 60 Armas e Munições (02 Monitores)
2 30 Defesa Pessoal (02 Monitor) 3 30 Educação Física (02 Monitor)
13.2 Demonstrativo do Atendimento da Academia de 1981 a 2009
Item Ano Nº de Cursos Nº de Alunos
01 1981 04 139
02 1982 08 462
03 1983 05 168
04 1984 07 216
05 1985 02 1.10
06 1986 02 1.809
07 1987 01 359
08 1988 04 496
09 1989 01 139
10 1990 01 156
11 1991 01 191
12 1992 02 122
14 1994 01 67
15 1997 01 20
16 1998 03 177
17 1999 05 252
18 2000 01 40
19 2001 09 2.375
20 2002 27 779
21 2003 33 1.152
22 2004 44 2.247
23 2005 26 1.891
24 2006 22 732
25 2007 10 902
26 2008 15 695
27 2009 48 1.259
TOTAL 27 ANOS 287 17.226
14 Regime Escolar
O Curso de Formação Inicial Técnico Profissional de Policiais Civis é regulamentado pela Portaria 029/09/INT-DGPJC, enquanto que a Portaria 069/05/EXT-DGPJC regulamenta os cursos de formação continuada, bem como pelo Regulamento da Academia de Polícia Judiciária Civil e pela Lei Complementar nº 155/04.
Os cursos de formação são sazonais, ou seja, quando da realização de concurso público, contemplando também um período de Estágio Supervisionado Curricular, os continuado se dão por realização de convênios, compras de vagas, processo de aquisição de curso, e via de regra, na ACADEPOL são preferencialmente presenciais, muito embora existam os cursos a distância. O período letivo atende ao disposto no calendário e cronogramas dos cursos ofertados para cumprimento dos conteúdos e duração estabelecidos nos programas das disciplinas ministradas.
15 PROPOSTA PEDAGÓGICA
A ação educativa da Academia de Polícia compreende os quatro tipos de conteúdos necessários para a aprendizagem, a saber: os conteúdos factuais (conhecimentos dos fatos, acontecimentos, situações, fenômenos concretos e singulares); conteúdos procedimentais (conjunto de ações ordenadas e com um fim, incluindo regras, técnicas, métodos, destreza e habilidades, estratégias e procedimentos, verificados pela realização das ações, dominados pela exercitação múltipla e tornados conscientes pela reflexão sobre a própria atividade) e os conteúdos atitudinais (que podem ser agrupados em valores, atitudes e normas, verificados por sua interiorização e aceitação, o que implica conhecimento, avaliação, análise e elaboração); e a aprendizagem de conceitos (conjunto de fatos, objetos ou símbolos) e princípios (leis e regras que se produzem no fato, objeto ou situação)
Assim, pensamos também num novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um novo orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou construção.
Importará na nova proposta a vivencia do discente, sua capacidade de adaptar-se as novas situações, seu espírito crítico, sua facilidade de comunicar-se, capacidade de lidar com pessoas e trabalhar em equipe.
A epistemologia é um termo novo, do século XIX, usado por Bachelar e Piaget. Para Bachelar, epistemologia é uma ciência que nos permite conhecer a gênese, a estrutura, as ideologias, as práticas sociais e o funcionamento dos conhecimentos científicos. Nesse sentido, seu papel é explicitá-los.
A Matriz Curricular Nacional em sua expressão singular corresponde à lógica da integração que se tornou um dos principais compromissos da Política Nacional de Segurança Pública na construção do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
16 PERFIL DO ALUNO
17 PERFIL DO PROFISSIONAL
O perfil desejado para o profissional em formação foi desenvolvido no ano de 2002 por pesquisa científica, visando o Curso de Formação e tendo por parâmetro a Matriz Curricular dos Profissionais de Segurança Pública/2002 – SENASP/ MJ.
17.1 Perfil do Delegado de Polícia
Vivemos um momento em que não há modelos e nem receitas prontas, mas existe a clareza que o modelo tradicional de organizações estão falhando, principalmente, devido a ineficiência e lentidão burocrática frente as características da sociedade contemporânea e dos avanços tecnológicos hoje existentes.
Em face de essa constatação definir novos perfis e paradigmas é tarefa urgente do Poder Público, diante das novas exigências da sociedade e, para isso, estabeleceu-se este novo perfil. Este será um dos definidores inclusive da organização curricular a ser proposta no Projeto Político Pedagógico dos Profissionais da Polícia Civil, como no Plano de Cursos dos Delegados de Polícia, de forma a criar condições psico-pedagógicas adequadas para o desenvolvimento de habilidades e atitudes coerentes com as competências profissionais a serem adquiridas.
17.1.1 CONCEPÇÃO GERAL DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL
O perfil profissional possui uma finalidade prática, ou seja, a formação de grupos mais próximos dos objetivos institucionais. De modo geral os perfis devem ter uma adequação voltada para a objetividade, rigorosamente dentro do contexto funcional da organização.
Estes aspectos nos direcionam a uma reflexão sobre a necessidade de se delinear a características da profissão, bem como, o conjunto de habilidades e competências que configuram perfil do profissional desejado pela sociedade para exercer a função de Delegado de Polícia de Mato Grosso.
Dada a importância da formação do profissional de segurança pública a Política Educacional dos Profissionais da Segurança do Cidadão considera fundamental o seguinte perfil:
a) Consciência e internalização de valores de responsabilidade social, justiça e de profissionalismo;
b) Formação humanística, técnico-profissional e prática do profissional, indispensável à compreensão do meio sócio-político-econômico e cultural onde ele está inserido e lhe permita tomar decisões;
d) Formação técnico-profissional em consonância com a capacidade de equacionar problemas e buscar soluções de acordo com as normas legais e exigências sociais; e) Capacidade para atuar em equipe;
f) Capacidade para desenvolver formas de prevenção e solução de conflitos individuais e coletivos;
g) Formação atualizado de mundo e consciência dos seus problemas;
h) Capacidade de apreensão, transmissão crítica, raciocínio lógico e produção criativa; i) Compreensão da necessidade de contínuo aprimoramento/aperfeiçoamento
profissional e de desenvolvimento da autoconfiança e auto-estima;
j) Compreensão da causalidade e finalidade das normas jurídicas e busca de soluções harmônicas;
k) Ajustar-se com competência às novas demandas geradas pelo progresso científico e tecnológico e às exigências conjunturais;
l) Formação de caráter generalista, abrangente e eclético, a princípio seguida do aperfeiçoamento e especialização através da educação continuada.
Frente a este perfil apresentado, ressalta-se a necessidade de estabelecer Perfis Específicos para os diversos cargos existentes nos órgãos e nas Instituições da Segurança Pública Estadual.
Este trabalho, de elaboração do Perfil dos Delegados de Polícia, objetiva servir de referencial para o ingresso na carreira através da seleção, a formação através de elaboração de currículo de cursos específicos na área da Polícia Judiciária, que os preparará para o exercício do cargo/funções e, ainda, o acompanhamento e gerenciamento da área de Recursos Humanos ou de Pessoal, objetivando melhoria, tanto no nível de satisfação pessoal, quanto da qualidade dos serviços desempenhados.
A problemática social que vem se tornando cada vez mais complexa, nos obriga a aumentar o conhecimento, as habilidades, as competências, enfim a capacidade geral das pessoas. E os profissionais da Segurança Pública não fogem a regra, mas com o estabelecimento do Perfil e a sua operacionalização pressupõe-se a melhoria e o aprimoramento das ações do profissional.
17.1.2 REQUISITOS BÁSICOS NECESSÁRIOS
a) Controle Emocional: Uma pessoa dominada pela emoção assume um comportamento diferente do seu comportamento comum. À medida que a emoção avança, o raciocínio (pensamento lógico) se afasta. O indivíduo
b) Adequado relacionamento interpessoal: É entendido como a capacidade de relacionar-se eficazmente com os outros e consigo mesmo, estabelecendo níveis que permitam a comunicação apropriada com as pessoas.
d) Capacidade de adaptação: Ajustar-se ao meio social aceitando as regras existentes sem, no entanto perder o senso crítico, sabendo externá-lo de forma apropriada. e) Capacidade de percepção: Capacidade de sentir e investigar com rapidez e
objetividade as diferenças e as semelhanças presentes no meio ambiente.
f) Adequada tolerância à frustração: Capacidade de tolerar limites e as atividades rotineiras. Resistência e firmeza mesmo diante de obstáculos difíceis, procurando encontrar momentos oportunos para aliviar suas tensões e desgastes.
g) Adequada coordenação práxico – motora: Capacidade de coordenar mãos e pernas ao mesmo tempo, mantendo o equilíbrio do movimento entre o tempo e o espaço. h) Adequada capacidade de improvisação: É a habilidade de utilizar a criatividade na
busca de alternativas viáveis para enfrentar as situações momentâneas. Consiste em criar possibilidades de se sair bem quando as coisas se tornam difíceis, de encontrar soluções onde outras pessoas só encontram problemas.
i) Boa memória visual e auditiva: Capacidade de conhecer e memorizar as diferentes impressões, procurando comparar e discriminar entre uma situação normal e uma situação emergencial.
j) Elevada disposição para o trabalho: Define-se como a necessidade de apresentar energia disponível para a atividade laboral.
k) Capacidade de autonomia e iniciativa: Possuir um alto grau de autonomia e iniciativa, entendida como capacidade de reagir diante das situações inesperadas e capaz de decidir com medidas coerentes e seguras.
l) Capacidade de flexibilidade e maleabilidade: É a capacidade de generalizar e discriminar adequadamente as situações sem se prender a formas rígidas e severas. m) Boa capacidade de liderança: Capacidade de conduzir o grupo e realizar atividades
de forma produtiva e harmônica.
n) Adequada capacidade de mediar conflitos: Consiste na capacidade de mediar divergências nas diversas situações de conflito, procurando dentro da sua competência profissional, restaurar a harmonia entre as partes e descobrindo outras possibilidades de intervenção.
o) Capacidade atentiva: Capacidade de concentração voluntária para realização de tarefas diárias.
p) Capacidade de trabalhar em grupo: Capacidade de interagir com outras pessoas de forma adequada as necessidades de cada uma e de acordo com as exigências situacionais.
17.1.3 PERFIL – COMPETÊNCIAS BÁSICAS
Frente ao elenco de requisitos básicos apresentados deve-se ressaltar que o Ministério da Justiça descreveu as competências básicas a serem apresentadas ao final do processo de formação do profissional da segurança do cidadão sendo respectivamente:
a) Facilidade de apreensão; b) Flexibilidade de raciocínio; c) Objetividade;
d) Método/senso de organização; e) Espírito de observação;
f) Faculdade de expressão oral e escrita; g) Capacidade de interpretação;
h) Caráter responsável;
i) Capacidade para prevenir e adaptar-se a nova situação; j) Percepção discriminativa e diferenciada;
k) Reação rápida e estímulos; l) Estabilidade emocional;
m) Capacidade de direção/espírito de coordenação; n) Iniciativa;
o) Sociabilidade;
p) Memória associativa de nomes, fatos e fisionomias; q) Discrição acentuada em assuntos confidenciais; r) Vigor físico;
s) Eficiência sob esforço físico intenso e prolongado; t) Entusiasmo profissional;
u) Lealdade; v) Devotamento;
w) Capacidade de compartilhar informações; x) Capacidade de trabalhar em equipe; y) Capacidade de resolver conflitos.
17.1.4 PERFIL ALMEJADO NAS ÁREAS INSTITUCIONAL, PROFISSIONAL E PESSOAL
perfil estabelecido e as competências e habilidades adquiridas, que deverão permitir e concorrer para que este profissional da segurança do cidadão:
a) Tenha sólidos conhecimentos capazes de compreender a diversidade de cenários e agir concernente com as normas legais nacionais e internacionais, notadamente as que se referem aos Direitos Humanos;
b) Conheça e utilize técnicas que auxiliem os seus procedimentos, tomada de decisão e resoluções de conflito;
c) Esteja consciente de seu papel de cidadão responsável pela segurança, orientação e proteção dos outros cidadãos;
d) Saiba trabalhar em equipe;
e) Consiga relacionar-se com outros segmentos da segurança pública para ações articuladas e trabalho integrado;
f) Seja receptivo e capaz de utilizar novas tecnologias; g) Busque e gere continuamente novas informações; h) Cultive hábitos de vida sadia;
i) Mantenha contato mais direto com a comunidade;
j) Trate a todos de acordo com os preceitos morais e éticos.
17.1.5 PERFIL PSICOLÓGICO ESPECÍFICO DOS DELEGADOS DA POLÍCIA CIVIL
Ao tracejar o Perfil do Delegado da Polícia Judiciária Civil não se pode deixar de ressaltar que a sociedade contemporânea e globalizada, trouxe uma nova visão de trabalho, modificando alguns valores, crenças e atitudes o que influi diretamente na concepção do serviço público ofertado a população. Para estabelecer assim, o perfil específico do profissional da Segurança Pública – Delegado de Polícia, a missão institucional foi pano de fundo, mas não se deixou de considerar as destrezas, capacidades, aspirações, valores, atitudes e motivações, visando ao estabelecer no Plano de Curso todas as Habilidades e Competências necessárias para o desempenho do cargo/função.
Assim, os requisitos básicos necessários foram estabelecidos para servir de parâmetro e critério objetivando:
a) Ingresso na profissão através da seleção;
b) Organização do currículo dos cursos de formação profissional, especialização e educação continuada;
c) Acompanhamento e avaliação funcional.
pensador, que se comunique com eficiência. O mundo sempre foi um lugar perigoso para se viver. Portanto, para viver nele sempre é preciso coragem. Coragem é o estado ou qualidade da mente ou espírito que possibilita a alguém encarar o perigo com autocontrole, confiança e resolução. Para ter coragem é preciso planejar. É preciso ter coragem para: ter fé, procurar a verdade, para resistir à pressão social, para falar francamente, para ser controverso, para assumir responsabilidade, para liderar, para se posicionar, para persistir, para servir, para seguir, etc.
Liderar é a arte de agregar pessoas a um mesmo objetivo. Agregar, por sua vez, exige do líder a canalização de esforços, energias, habilidades e competências a serviço da missão em foco. Algumas das habilidades e competências são inatas. Outras, entretanto, devem ser cultivadas, aperfeiçoadas e até forjadas ao longo da vida, por meio do conhecimento.
Um líder é selecionado por um processo natural no convívio com um grupo de pessoas. Ele é naturalmente mais ouvido, porque ouve mais. Mais seguido, porque presta mais atenção nos outros. Ele sente o compromisso de sua presença e de suas palavras e por isso está em constante capacitação, busca, aperfeiçoamento e atualização. Por conseqüência, o seu poder flui, uma vez que todo o poder emana do saber transformado em sabedoria e não emanará jamais da investidura de autoridade, pois este movimento é de fora para dentro, e o poder que é imposto acaba por se diluir também de forma muito natural.
Dentre as habilidades do líder, uma das mais importantes e que é um diferencial pessoal, está no fato de que um verdadeiro líder jamais vê uma situação adversa como ameaça, mas a percebe, como um novo desafio, que contêm uma nova oportunidade – espaço ideal para o crescimento e aperfeiçoamento do processo vivenciado. Para outros, todo e qualquer movimento contrário aparece como um entrave que paralisa as ações.
Enfim, os lideres administram, criam, desenvolvem, inspiram confiança, pensam estrategicamente, comunicam, perguntam o quê e o porquê, observam horizontes, desafiam o descobrimento, senão referências, nunca trabalham sozinhas, dão oportunidade para que sua equipe crie, coloque suas idéias num movimento de crescimento constante e que contemplam a todos os envolvidos, pois liderar é crescimento pessoal no coletivo.
Mas a figura do delegado é fundamental, praticamente na forma de ser da delegacia de policia. “Delegar” é mais do que exercer as funções do cargo. É ser líder, é ser articulador. O trabalho da delegacia exige da liderança a capacidade de trabalhar em equipe, deve ser inspiradora do grupo. Mais do que isso, o Delegado de Policia deve ser um visionário, um exímio comunicador, uma pessoa que arrisca. Deve ter sensibilidade, deve saber usar o poder, deve criar as mudanças, deve assumir compromissos e ser corajoso, trabalhador dentro de um comportamento ético e convencer pelo exemplo acima de tudo.
Por tudo isso, o Delegado de Policia é muito importante e se diferencia. Faz a equipe diferenciar-se. Não basta administrar. É preciso liderar, influenciar o comportamento dos outros. Influenciando e proporcionando aos outros profissionais, condições práticas para transformar o conceito da segurança pública, da delegacia de policia junto à Comunidade local.
Os esforços do Delegado de Polícia devem estar vinculados à estratégia, ao crescimento da instituição e de seus talentos humanos. O desafio existe, mas começa a ser vencido quando o profissional encara a delegação como um triunfo, identifica o potencial de cada membro da equipe e ou corporação o utilizam para obter os melhores resultados nas metas desejadas.
17.2 Descrições das Funções Inerentes aos Delegados
Conforme disciplina o Art. 70 da Lei Complementar nº 155/04: “São atribuições dos Delegados de Polícia:
I - dirigir, coordenar, supervisionar, fiscalizar e controlar as atividades administrativas e operacionais do órgão sob sua direção;
II - cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções institucionais de Polícia Judiciária Civil;
III - instaurar e presidir inquéritos policiais, termos circunstanciados e outros procedimentos administrativos, no âmbito de sua competência;
IV - planejar, dirigir e coordenar, com base na estatística policial, as operações no combate efetivo à criminalidade, na área de sua competência;
V - exercer os poderes discricionários, afetos à Polícia Judiciária Civil, que tenham como objetivo proteger os direitos inerentes à pessoa humana e resguardar a segurança pública;
VI - praticar todos os atos de Polícia Judiciária Civil, na esfera de sua competência, visando à diminuição da criminalidade e da violência;
VII - promover diligências, requisitar informações, exames periciais e documentos necessários à instrução do inquérito policial ou a outros procedimentos decorrentes das funções institucionais da Polícia Judiciária Civil;
VIII - exercer outras funções definidas em lei ou regulamento.
17.3 Perfis do Escrivão de Polícia
a) Controle Emocional: De acordo com Minicucci, uma pessoa dominada pela emoção assume um comportamento diferente do seu comportamento comum de acordo com Minicucci. À medida que a emoção avança, o raciocínio (pensamento lógico) se afasta.
b) Adequado relacionamento interpessoal: É entendido como a capacidade de relacionar-se eficazmente com os outros e consigo mesmo, estabelecendo níveis que permitam a comunicação apropriada com as pessoas.
d) Capacidade de adaptação: Ajustar-se ao meio social aceitando as regras existentes sem, no entanto perder o senso crítico, sabendo externá-lo de forma apropriada. e) Capacidade de percepção: Capacidade de sentir e investigar com rapidez e
objetividade as diferenças e as semelhanças presentes no meio ambiente.
f) Nível de ansiedade controlada: É a tendência a se preocupar com situações que ainda não acontecerão. Se a preocupação com o futuro é elevada, o individuo pode vir a antecipar sentimentos ou atitudes que só são esperadas frente às condições reais, porém o baixo nível pode levá-lo a falta de planejamento.
g) Adequada coordenação práxico – motora: Capacidade de coordenar mãos e pernas ao mesmo tempo segundo Minicucci, mantendo o equilíbrio do movimento entre o tempo e o espaço.
h) Boa memória visual e auditiva: Capacidade de conhecer e memorizar as diferentes impressões, procurando comparar e discriminar entre uma situação normal e uma situação emergencial.
i) Elevada disposição para o trabalho: Define-se como a necessidade de apresentar energia disponível para a atividade laboral.
j) Adequado raciocínio lógico e abstrato: Entende-se como a capacidade de pensar abstratamente os componentes de um todo, com logicidade, presteza e certa rapidez, predominando as relações entre as idéias mais do que entre os fatos concretos.
k) Capacidade de flexibilidade e maleabilidade: É a capacidade de generalizar e discriminar adequadamente as situações sem se prender a formas rígidas e severas. l) Cooperação intensa: Entende-se por cooperação intensa a capacidade de se
relacionar bem com o trabalho, colocando-se na condição de força complementar a de outras pessoas.
m) Grau elevado de compreensão: É a capacidade de perceber o todo sem, no entanto perder os detalhes.
n) Capacidade atentiva: Capacidade de concentração voluntária para realização de tarefas diárias.
o) Capacidade de trabalhar em grupo: Capacidade de interagir com outras pessoas de forma adequada as necessidades de cada uma e de acordo com as exigências das situacionais.
17.4 Descrições das Funções Inerentes aos Escrivães
Segundo dispõe o Art. 71 da Lei Complementar nº 155/04 (nova redação dada pela Lei Complementar n. 318, de 26 de junho de 2008): “São atribuições dos Escrivães de Polícia:
I - proceder à coleta e análise de dados de interesse da investigação policial, em assessoria e sob designação da autoridade policial;