·UN~~~SIDADEfEDEriAl 00 PARÁ-/ I u c &0 d . M e d ic in a T ro P ic a l
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DIARRÉIA AGUDA: AVALIAÇÃO DOS SINAIS DE ALARME NA
ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA
Dissertação apresentada ao curso de Pós-graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Cláudio Sérgio Carvalho de Amorim
Belém
Paula, Soraya Nedeff de
Drarréra aguda~ avatração dos sinars de alarme na estratégia de atenção integrada às doenças prevalentes na infância I S o r a y a Nedeff de
Paula. Belém, 2002. xiv,54p
Dissertação (Mestrado em Doenças Tropicais) Univ. Fed. Pará, 2002
UNlV~RSIOADE FEDERAL 00 PARÁ Nucleo de M e d ic in a Tropical
B IB L IO T E C A
DIARRÉIA AGUDA: AVALIAÇÃO DOS SINAIS DE ALARME NA
ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA
Dr. Cláudio Sérgio Carvalho de Amorim Núcleo de Medicina Tropical - UFPA
SERViÇO PÚBLICO FEDERAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL - CURSO DE MESTRADO EM DOENÇAS TROPICAIS AV.Generalfssimo Deodoro,92 -Umarizal- CEP66075-970 - Belém(PA) -Fonelfax(oxx91 )241-4681/215-2354
ATA D E D E F E S A D E D IS S E R T A Ç Ã O D E M E S T R A D O A PRESE N T A D A E DE F END ID A P E L A C A N D ID A T A S O R A Y A N E D E F F E D E P AU L A
No di
a vinte e oito do mês de junho
do ano de dois
mi
l
e dois às
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tjlJ.
~. ,reuniu-se no Auditório do Centro de
Ciências da
Saúd
e a Comissão Examinadora da Defesa de Dissertação de Mestrado em
Doen
ças Tropicais,
área de Patologia das Doenças Tropicais
,
apresentada e
defen
dida pela mestranda
S O R A Y A N E D E F F E D E P A U L Aintitulada
: "
Diarréia
Agud
a
:
Avaliacão dos sinais de alarme na estratégia da atencão
integrada as
doen
ças prevalentes na infância".
A Comissão Examinadora
,
obedecendo ao
dispo
sto nas Resoluções do Conselho Superior de Ensino e Pós-Graduação
,
fo
i
consti
tuída
pelos Professores:
Dr
.
Cláudio Sérgio
Carvalho
de
Amorim
,
presid
ente
(sem
direito a
voto) e pelos
membros: Dr
.
José Alexandre
Rodri
gues de
Lemos,
Dr.
Rommel Mário Rodriguez Burbano e a
Dra. Marúc
i
a
Irena
Medeiros de Amorim
.
Após haver a candidata apresentado
os
resu
l
tados
de su
a Dissertação
,
obedecendo o prazo regimental,
foi dada a
pa
l
avra
aos
examin
adores para argüição,
tendo a candidata respondido adequadamente
as
pergun
tas formuladas.
Logo após, reuniu-se a Comissão Examinadora
para
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der o
j
ulgamento,
sendo atribuídas as seguintes notas: Dr
.
José
Alexandre
Rodri
gues de
Lemos,
nota
JQrO ;Dr. Rommel Mário Rodriguez Burbano
,
nota
1 0 1 3 ;
Dra.
Marúcia Irena Medeiros de Amorim,
nota
.
J;J
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Assim
sendo
,
a
Comi
ssão Examinadora decidiu recomendar a outorga do grau
de
Mestre em
Doenç
as
T
ropicais à candidata
S O R A Y A N E D E F F E D E P AULA.Nada
ma
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s
haven
do a tratar
o Presidente da Banca Examinadora deu por
encerrado os
trabalh
os e fo
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lavrada a presente Ata que vai
devidamente ass
i
nada
pelo
Presid
entee
examinadores.
Belém,
vinte e oito de
junho de dois mil
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do
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~ , ~J :U~ ~~\O
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.
- Dr.
C
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Sergio Carvalho de Amorim
- Dr
. José
AleXa~OdrigUeS
de Lemos
flJ11
/Vúij
:-
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b
d
~
1-{j--- Or.
Rommel
Márió
Rodriguez Burbano
DEDICO ESTA DISSERTAÇÃO, AO
MEU ESPOSO CLÁUDIO E ÀS MINHAS
Ao PraF Dr. Ene Glória Da Silveira, Magnífico Reitor, pelo seu empenho na qualificação do quadro docente da Universidade Federal de Rondônia.
Ao PraF Dr. Cláudio Sérgio Carvalho de Amorim pela orientação, incentivo, confiança e colaboração na elaboração deste trabalho.
Aos professores do curso de Mestrado Interinstitucional em Doenças Tropicais, pelosensinamentos e incentivo à pesquisa.
Ao Hospital Infantil Cosme E Damião, sua direção e funcionários, que permitiram a coleta dos dados para a realização deste estudo.
Aos pacientes e familiares que permitiram e colaboraram, facilitando a coleta dos
dados.
LISTA D E TA B ELA S x
LISTA D E A B R EVIA TU R A S xii
RESU M O xiii
AB STR A C T xiv
1 . IN TR O D U Ç Ã O 1
1.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS 1
1.2 -DIARRÉIA AGUDA E SEUS ASPECTOS NA INFÂNCiA 3
1.2.1 Definição 3
1.2.2 Conceito 3
1.2.3Etiologia 4
1.2.4Epidemiologia 6
1.2.5 Fisiopatologia 8
1.2.5.1Alterações predominantemente estruturais dos Enterócitos 10
1.2.5.2 Alterações predominantemente funcionais dos Enterócitos 10
1.2.5.3 Alterações predominantemente estruturais e funcionais dos
Enterócitos 11
1.2.6Quadro Clínico 12
1.2.7 Diagnóstico 14
1.2.8Tratamento 16
1.2.9 Prevenção 18
2. O B JETiVO S 24
2.1 - Geral 24
2.2-Específicos 24
3 . MA TERIA L E M ÉTO D O 2 5
3.1 -ÁREA DE ESTUDO 25
3.2 - CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 27
4. RESULTADOS 29 4.1 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCiA DE MÃES OU RESPONSÁVEiS QUE CONHECiAM DOIS OU MAIS SINAIS DE ALARME NOS QUADROS
OIARRÉICOS " 29
4.2AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM A REGRA "CONTINUAR COM A ALIMENTAÇÃO" À CRIANÇA DURANTE O QUADRO
DIARRÉICO 30
4.3 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM AREGRA DE "AUMENTAR A ADMINISTRAÇÃO DE LíQUIDOS" A CRIANÇA DURANTE O EPISÓDIO
DIARRÉICO 31
4.4 AVALIAÇÃO FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM O SINAL DE ALARME "FEZES AQUOSAS" NOS QUADROS DIARRÉICOS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS 32
4.5AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM OS SINAIS DE ALARME "VÔMITOS REPETIDOS" E"SEDE INTENSA" NOS QUADROS DIARRÉICOS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS 33
4.6 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM OSINAL DE ALARME "NÃO COME NEM INGERE LíQUIDOS" NOS QUADROS
DIARRÉICOS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS 34
4.7AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM OSINAL DE ALARME "FEBRE" NOS QUADROS DIARRÉICOS EM CRIANÇAS
MENORES DE CINCO
ANOS 35
4.8 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM OSINAL DE ALARME "NÃO MELHORA," NOS QUADROS DIARRÉICOS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS 36
4.9 AVALlÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM O SINAL DE ALARME "SANGUE NAS FEZES", NOS QUADROS DIARRÉICOS EM
CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS 37
4.10 AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE MÃES OU RESPONSÁVEIS QUE CONHECIAM O SINAL DE ALARME "NÃO SABE REFERIR" NOS QUADROS DIARRÉICOS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
TABELA 1 Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis segundo o conhecimento dos sinais de alarme gerais em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme e Damião, Porto Velho - ROo
Ano2 0-0 1 oo.ooo.o.o o o..o, oo o0.2 9
TABELA ~ Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis que tinham conhecimento da regra "continuar com a alimentação," em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme e Damião, Porto Velho
-RO.Ano 2001 30
TABELA
ª
Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis que tinham conhecimento da regra "aumentar a administração de líquidos" durante o episódio diarréico, em crianças menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme eDamião,Porto Velho-ROo Ano 2001 31
TABELA ~ mstribuição da freqüência de mães ou responsáveis, segundo o
conhecimento do sinal de alarme "fezes aquosas" em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos, no Hospital Jnfantil Cosme e Damião, Porto Velho-RO.
Ano 2001 o o o o o o32
TABELA §. Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis, segundo o conhecimento do sinal de alarme "vômitos repetidos, em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme e Damião, Porto Velho
-RO.Ano 2001 o o o o o o 33
TABELA §. Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis, segundo o conhecimento do sinal de alarme "sede intensa" em crianças com diarréia
aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme e Damião, Porto Velh o-RO. Ano 2001 O " • •• • ••• •• • ••• •••• • • • o• •••• • ••• • • • • ••••••••••••• •• • • ••• o33
TABELA
Z
Distribuição da freqüência de mães ou responsáveis, segundo o de alarme "não come nem ingere líquidos" em crianças com diarréia aguda,menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosme e Damião, Porto Velho- RO.
TABELA
ª
Distribuição da freqüência de m ães ou responsáveis, segundo o conhecim ento do sinal de alarm e "febre" em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosm e e Dam ião, Porto Velho - RO. Ano 2001 ...3 5....TABELA
ª
Distribuição da freqüência de m ães ou responsáveis, segundo o conhecim ento do sinal de alarm e "não m elhora" em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos, no Hospita11nfanti1 Cosm e e Dam ião, Porto Velho - RO.A no 2001 36
TABELA 10 Distribu~ção da freqüência de m ães ou responsáve~s, segundo o conhecimento do sinal de alarm e "sangue nas fezes" em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosm e e Damião, Porto Velho
-R O.Ano 2001 37
TABELA 11 Distribuição da freqüência de m ães ou responsáveis, segundo o conhecim ento do sinal de alarm e "não sabe referir" em crianças com diarréia aguda menores de cinco anos no Hospital Infantil Cosm e e Damião, Porto Velho
AIOPI AIOS AM Pc
CHD
ETEC EHEC EIEC EPECGF
G FE GM Pc IBGE 19 M S OPASOMS
UNICEF VIP W HOAção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Adenosina Monofosfato Cíclico
Divisão de Saúde e Desenvolvímento Infantil
E s c h e r ic h ia c a lí enterotoxigênica
E s c h e r ic h ia c o li €ntemhemorrágica
E s c h e r í c h ia c o li enteroinvasora
E s c h e r í c h í a c o lí enteropatogênica clássica
Fator de Crescimento
Fator de Crescimento Epitelial
Guanina Monofosfato Cíclico
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Imunoglobulina
Ministério da Saúde
Organização Panamericana de Saúde
Organização Mundial de Saúde
Fundo das Nações Unidas para a Infância
Peptídeo Intestinal Vaso ativo
A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na
Infância(AIDPI) consiste em reduzir a mortalidade e morbidade infantil mediante a
adaptação de um enfoque que inclui, melhorar os sistemas de saúde, a
capacidade dos trabalhadores de saúde, e as práticas famrtfares e comunitárias,
por meio de educação dos pais ou responsáveis sobre o conhecimento dos sinais
de alarme na doença diarréica. Com o objetivo de avaHar o conhecimento das
mães ou responsáveis sobre os sinais de alarme na diarréia aguda, foram
coletadas informações de 174 mães ou responsáveis por crianças menores de
cinco anos com diarréia aguda no Hospital Infantil Cosme e Damião de Porto
Velho - Rondônia, no período de março a maio de 2001, utilizando-se o formulário
padrão do AIDPI. Os resultados mostraram que 64,36% das mães desconhecem os sinais de alarme na diarréia aguda, 59,20% das mães fornecem pouco alimento
durante um processo diarréico, 92% das mães conhecem que se deve administrar
maior quantidade de líquidos na diarréia aguda. Considerando os achados do
presente trabalho consideramos válida a aplicação da estratégia do AIDPI no
The integrated of childhood illness, consist to reduce the mortality
and the morbidity of the children through a kind of adaptation which would improve
the healthsystem, the health workers, and the family education that would provide
knowtedgeto the mothers to be abte to detect the symptoms of the acute diarrhea.
With the purpose of evaluate the knowledge of the mothers or responsibles about
the signs of the acute diarrhea were collected information from 174 mothers or
responsibles for children under 5 years old which were infected by acute diarrhea,
at the Cosme e Damião Infatile Hospital, located at Porto Velho - Rondônia, during
the months of march and may 2001, against the AIDPI standard formo The results
showed that64.36% of the mothers could not detect the symptoms of the disease,
59.20% of the mothers didn't feed the children appropriately during the diarrhea
period,92% of the mothers had the knowledge of giving the children much Iiquids
as the acute diarrhea developed. Considering the good results that were collected
1. IN TR O D U Ç Ã O
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1999).
A doença diarréica transmitida pelos alimentos tem enorme
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1996).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS,
1993),
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desenvolvimento são:
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(não typhi) 1-5%
e C r y p f o s p o r id iu m5
-
15%.
Estudos realizados por Bruser
;
Espinosa; A
.
Bruse
r (199
6
);
Fasan
o(2000)
,
demonstraram que o vo
l
ume de agente infectante
n
ecessá
r
i
o
para
desencadear a doença diarréica varia de espécie a espéc
i
e
,
e va
i d
e
apena
s10 a 100 microorganismos no caso da
S h ig e llae
G iá r d ia,a
t
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r
c
a
de
ummilh
ãopara
E s c h e r ic h ia c o li e n t e r o p a t o g ê n ic ae as
S a lm o n ella s.Os ep
i
sódios de diarréia não ocorrem de forma homogê
n
ea
durante
o ano
,
pois as mudanças de temperatura, a contam
i
nação de a
l
g
un
s
alimen
tos e outras at
i
vidades humanas podem favorecer a trans
mi
ssã
o
de
agent
espatogên
i
cos entéricos. A diarréia de etiologia bacteriana, por exe
m
p
l
o
,
é
mai
s comum du
r
ante os meses quentes do verão, enquanto que
o
s
víru
s
tende a p
redominar durante o inverno (Bruser
;
Espinosa
;
A
.
B
r
use
r
,
1996
;
Guan
da
li
n
i,
2000).
Dentre os principais fatores envolv
i
dos
n
a doe
n
ça
diarr
é
ica
podemo
s
r
e
l
acionac 1
.
ausência de uma fonte segura de água
p
otá
v
e
l
;
2
.
conse
r
v
ação dos a
li
mentos á temperatura ambiente
;
3
.
ambientes c
om
sanea
mentoinadequado
;
4
.
falta de aleitamento ao seio nos pr
i
me
ir
os 6-
12
meses
de vida
;
5. desnutrição
;
6
.
carência de secreção de ác
i
do cl
orí
d
ri
co
;
7
.
falta d
e
i
munidade para agentes específicos
;
e carência de
i
munidade ce
lu
la
r
A diarréia aguda pode também ser o primeiro sintoma de
doença crônica. Disfunções colônicas, doenças inflamatórias intestinais
específicas e inespecíficas, neoplasias de cólon, endocrinopatias, Iinfomas,
pancreatite crônicas e outras doenças gastrointestinais podem exteriorizar-se
em uma primeira etapa com diarréias contínuas e intermitentes (Miszputen &
Ambrogini Junior, 2001; Guandalini, 2000).
Mundialmente a estimativa é de um bilhão de casos de diarréia
aguda e três milhões de óbitos em crianças menores de cinco anos, em
crianças menores de um ano, a incidência de mortalidade é de 19,6 mortes por
1000 nascidos vivos, e entre um a quatro anos a incidência é de 4,6 mortes por
1000 nascidos vivos (GuandaHni,2000).
Nos continentes, Asiático, Africano e nos países da América
Latina,estima-se que ocorrem dois a três episódios de doença diarréica por
criança por ano (Bem e t a I, 1992). Em países europeus a mortalidade de
criançasentre zero e cinco anos de idade por diarréia aguda tem variado de 17
mortes/100.000 nascidos vivos na Dinamarca, 56/100.000 na Inglaterra e País
de Gales, 150/100.000 na Itália. Nos Estados Unidos aproximadamente
220.000 crianças abaixo de cinco anos são hospitalizadas por diarréia
anualmente (Langner, 1997), sendo que a mortalidade entre as pessoas de
origem africana é seis vezes maior que entre os caucasianos (Santoshaw,
A d
i
arré
i
a é a principa
l
causa de morbidade
e mort
a
l
i
da
de em
crianças d
e países em desenvolvimento
,
sendo
q
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% d
as
m
o
rt
e
s por
diarréia
oco
rr
em nos dois primeiros anos de vida (OMS
,
1993
).
C
onforme estudos realizados por Black
(
1981
)
em
B
a
ngl
a
d
es
h
,
a
E s c h e r ich ia co li e n t e r o t o x ig ê n ic ajuntamente com
R ota v í r u ssão
as maiores
causad
o
r
asda desidratação em doença diarréica
,
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ri
anças e ado
l
esce
nt
es
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e
i
ro
. Estas crianças apresentam 2 a 3 ep
i
sódios de d
i
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réia a cada
ano
;
i
sto r
e
pr
esenta em torno de 25% dos casos de diarré
i
a e os
r
es
ultados
chega
m
a 700
.
0
00 mortes por ano
.
A
ma
i
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i
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r
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s
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m
cr
i
anças menores de cinco anos
,
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i
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m
b
i
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ho
s
p
i
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l
a
r
ouambu
l
a
t
o
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a
l
aponta para uma ampla variação nas taxas de
pr
e
v
a
l
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nc
i
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r
exemp
l
o
:
Ar
ge
n
t
i
na
,
12
,
9 a 34%, Brasi
l,
13 a 40%
;
Ch
i
le
, 1
1,
4 a 4
0%
;
Co
s
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Rica
,
45
,
3 a 6
0
%
e Venezuela
,
30 a 50% (O
li
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i
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,
C
.,
Gabbay
,
Y
.
,
Ishak
,
R.
,
U
nhare
s
,
A
.,
1
999).
A
Y ers í nia e n t e r o c o lí t ic aé
r
espo
n
sável
p
o
r 1 a 8%
d
os
ep
i
sódios d
e diarréia
n
o Norte da Europa, Scandi
n
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i
a
,
Ca
n
a
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á
,
Estados
Un
i
dos
e
J
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(
Cove
r,
1995
)
.
Em
contraste com a
S a lm one lla t yp hia
in
cidê
n
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S a lm o nella n ã o typ hi
cresceu de 12 para 20 por 100.
0
00
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a
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e
r
í
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de 1970 a 19
8
7
.
A
i
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i
dência dos casos de
S almone lla nã o typhie
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1
00
.
00
0 c
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a
n
ças
,
t
e
nd
o
u
ma
doenças são influenciados por inúmeros fatores, incluindo doenças congênitas
e imunodeficiência (Fasano, 2000).
Estudos de prevalência, tem mostrado que o percentual da
infecção por C r y p f o s p o r id iu m em populações imunocompetentes com diarréia,
variaentre 0,3% a 4,3% nos países desenvolvidos e de 1,3% a 30% em países
subdesenvolvidos (Roberts & Soave, 1997; Zu, Zhu, Li, 1992).
No Brasil, cerca de cinqüenta mil crianças morrem por ano em
conseqüência desta patologia (BRASIL, 1993).
Ainda em nosso pais, na região nordeste, encontramos um risco
de morte cinco vezes maior que na região sul (BRAS1L, 1997).
Em Porto Velho-RO, a diarréia infantil foi a segunda causa de
mortalidade em crianças de 0-5 anos no perfodo de 1980 a 1986, sem
identificação do agente etiológico (Nogueira, 1999).
o
intestino está usualmente exposto a uma variedade quaseilimitada de macromoléculas provenientes de diversas fontes, incluindo
bactérias residentes, alimentos ingeridos e vírus invasores (Sanderson &
Walker,1993).
O tubo digestivo é dotado de certo número de mecanismos
defensivos específicos e inespecíficos, que o protegem da colonização por
Durante as primeiras etapas da
vi
da
,
os m
eca
n
i
smos
espec
í
f
i
co
s
transepiteliais que fac
i
litam a captação de f
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i
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F
)
e
i
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I
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i
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,
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i
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i
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dos
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e
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,
o qual possui ação antimicrob
i
ana
qu
e
d
i
m
i
n
ui
a
incidênc
i
ade diarréia
,
embora não impeça a passagem de patógenos e
nt
é
ricos
ao longo d
a
lu
z intestinal (Sanderson
&Walke
r,
1993
;
Brunse
r
,
Es
p
in
oza
,
B
r
unse
r
,
A
.,
1
996
)
.
Os agentes patogênicos entér
i
cos têm a capacidade
d
e e
scap
a
r
dos mec
a
ni
smos defens
i
vos e de desencadear p
r
ocessos
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i
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i
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l
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pro
l
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ín sít u;produção de tox
i
nas
,
danos às cé
l
u
l
as ep
it
e
li
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s
madu
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as
;
i
nterferênc
i
ano t
ransporte norma
l
de água
,
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r
i
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n
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;
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tração po
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quim
i
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i
a
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os
l
eucócitos e liberação de ci
t
oc
i
nas
,
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l
o às
r
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t
as
inflamatóri
as
l
ocais e sistêmicas (Bruser, Esp
i
noza
,
Bruser
, A
.
, 1
996
;
Miszpu
t
en
,
Am
b
ro
g
ini
J
r
,
Capatani
,
1999)
.
D
e acordo com Farthing
&L
angne
r (1
996
e 1997
),
a
f
i
s
i
opatol
og
i
ada diarréia aguda
,
relaciona-se com alterações
d
o e
quil
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br
i
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funçõesbá
s
i
cas do tubo digestivo
,
determinadas pela
in
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n
te
ag
r
essore o
organismo
.
Há três grupos de fatores bás
i
cos
qu
e
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r
e
m n
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Ocasionada por vírus
,
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i
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o
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,
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i
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a
ção dos
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,
e c
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;
ocorre en
t
ão
a substituição por
enterócito
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,
mas como são células
i
ma
tur
a
s
,
não
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p
l
e
n
a capacidade de digestão e absorção
.
N
a
l
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m
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e
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l
, causando o aumento da osmo
l
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i
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acúmulo de l
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quido na luz intestina
l,
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ção
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s
m
o
.
Ocasionadas por bactérias produ
t
oras de e
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ero
t
ox
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,
que
promovema diar
réia sem alterar estruturalmente o e
n
teródto
. Um
a
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f
i
xada
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n
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,
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sfere a ele a e
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,
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s
s
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l
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l
a
t
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nilat
o-
ciclas
e
s (AMPc
ou GMPc)
que
,
através de mediadores
i
ntracelu
l
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c
o
mo
cá
l
cio e a
calmodulina
,
ca
usam a fosforilação do canal do c
l
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m
em
br
a
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c
a
l
por
ação de div
e
r
sas proteino-cinases. As alte
r
ações s
u
perf
i
c
i
a
i
s
n
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int
es
t
i
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geramuma r
e
du
ção da capacidade de absorção dos e
l
et
r
ó
l
i
tos
n
o á
pic
e
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a
s
vi
l
os
i
dade
s
e a
cen
t
uado aumento de secreção das cé
lul
as
d
as
cripta
s
.
Esse
água,caracterizando a diarréia tipo secretora, com fezes líquidas em grandes
volumes.
Estas alterações são causadas por um grande número de
agentes, que por invasão, aderência e produção de diferentes toxinas
determinam lesão celular e reação inflamatória local. Portanto, as alterações estruturais locais geradas diretamente pelo agente se associam a alterações
funcionais determinadas pelo aumento da produção local de prostaglandinas
e lo u entero-hormônios. As prostaglandinas E e F, causam o aumento da
secreção de fons, estfmulo da motilidade intestinal e produção de substância
citoprotetora que evita danos ao enterócito. Os entero-hormônios, tem efeito
estimulador, inibidor da secreção, absorção e moti1idade intestinal. Os principais entero-hormônios são: enteroglucagon, motilina e VIP (Peptídeo Intestinal Vasoativo).
Recentemente, foi reconhecido que os secretagogos endógenos
como a 5-hidroxitriptaminase, outros mediadores como a histamina,
leucotrienos, cininas e citocinas também podem estimular a secreção intestinal
sendo coordenadas pelo sistema nervoso autônomo entérico. Há ainda o
mecanismo da anafilaxia intestinal, pelo qual a secreção intestinal pode
contribuir para o aparecimento da diarréia, associada a reações de
hipersensibilidade imediata mediadas pela IgE, tal como ocorre com algumas
A
d
iarréia aguda pode ser provocada po
r múltiplos agentes
etiológico
sq
ue,
de uma maneira geral
,
ca
u
sam o aparec
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e
nto de do
i
s t
i
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fundament
a
i
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s
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:
a
)
diarréia caracterizada po
r
e
l
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i
nação de
f
ezes
líquid
a
s e
vo
l
umosas
;
b)
diarréia caracterizada por etiminação de
f
ezes
ríqui
da
s em
pequenas quantidades e n
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mero extrema
ment
e
f
r
eqüen
t
e
,
com presença de muco p
u
s e ou sangue
(
Fag
und
e
s Neto
&Penna
,
1991)
.
P
ara
L
unardi (1997)
,
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i
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líni
c
a
s
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i
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aguda
,
de
uma maneira geral
,
são comuns a todos os age
nt
es e
tio~ógicos
.
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eb
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e como sintomas colaterais po
d
e
m
esta
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se
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.
As
caracterí
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tic
asdas
f
ezes podem se
r
div
i
d
i
das e
m
duas s
i
t
u
açõe
s
:
1
) Microorganismos que agem nas porçõe
s
super
ior
e
s do trato
intestinal
(
duodeno e jeju
n
o
),
l
eva
m a fezes
lí
quidas
abundantes, sem muco
ou
s
an
g
u
e
e o número d
e
2) Microorganismos que tem sua ação nas porções distais do
intestino delgado íleo terminal e cólon, as fezes têm
características desinteriformes com presença de muco, pus
e ou sangue; cólicas abdominais e evacuações freqüentes.
Segundo Miszputen & Ambrogini Júnior (2001), nas infecções
víraís,oquadro cfíníco apresenta um grande número de evacuações ríquídas, e
podem variar de um estado geral estável até diferentes graus de desidratação
e toxemia.As infecções bacterianas são semelhantes as virais, porém, podem
evoluir com maior toxemia, e as fezes conter muco, pus ou sangue. As
infecções parasitárias podem ser semelhantes as anteriores, porém, tendem a
apresentaruma evo~ução mais arrastada.
Independente da causa, deve-se considerar alguns parâmetros
que permitam diferenciar quadros brandos dos graves como: a) gravidade
clínica da doença: presença de diarréia com pus muco e sangue, grande
depleção de volume, febre alta e dor abdominal intensa; b) duração da
doença: quadro superior a quatro ou cinco dias; c) cenário epidemiológico:
localizar surtos epidêmicos, uso de alimentos contaminados, grupos de
pessoas com o mesmo quadro; d) competência imunológica do hospedeiro:
desnutrição, drogas imunossupressoras, patologias comprometedoras da
imunidade(Miszputen & Ambrogini Júnior, 2001).
De acordo com Motta, Roque & Rossi (1990), as fezes
diarréicassão sem formato, e nos casos graves, tão líquidas que podem ser
esverdeada.A criança mostra-se inquieta
,
irritada, pálida e à medida q
u
e o
q
u
ad
r
o evolui
,
observa-se grande prostração, f1acidez
,
podendo oco
r
re
r
es
t
upor
,
convulsões e choque.
Nas infecções bacterianas, o diagnóstico além do quadro
c
lí
nico,
deve ser complementado com alguns exames
,
se possível
n
a fase
i
n
ic
i
a
l
do p
r
ocesso:
a) Leucograma
,
cujas altas taxas de leucócitos podem s
u
ge
rir
infecções
;
b) coprocultura
com
antibiograma,
para
diagnóst
i
co
e
tratamento do agente etiolágico
;
c) hemoculturas para toxemia (Miszputen
&Ambrogini
Júni
o
r,
2001)
o
d
i
agnóstico da
E s c h e r í c h í a c o lienteropatogênica
(
EPEC
)
,
é
r
ea
l
izado através da cultura das fezes
,
sorotipagem com ant
i-
soro
ti
po
espec
í
f
i
co
,
demonstração de aderência anormal às células HEP-2
,
e
id
ent
if
icação do gene para fator de aderência. Para a
E s c h e ríc h í a c o líen
t
e
r
otoxigênica (ETEC)
,
realiza-se cultura de fezes
,
sorot
i
pagem e
(EIEC),
diagnostica-se por cultura de fezes
,
sorotipagem
,
demo
n
st
r
ação
de
inv
asãocelular em cultura de tecido, presença de segmentos de DN
A
e tes
t
e
de
S e r é n y.Para
E s c h e r ic h ia c o líenterohemorrágica (EHEC
),
o d
i
agnós
ti
co
é
feito
po
r
cultura de fezes
,
sorotipagem e técnicas de imunoensa
i
o
(Lun
a
rd
i
,
1 9 9 7 ).