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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

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SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PAULA CAPISTRANO DE OLIVEIRA

ATUAÇÃO DO CAPS I NO MUNICÍPIO DE

TANGARÁ DA SERRA-MT

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PAULA CAPISTRANO DE OLIVEIRA

ATUAÇÃO DO CAPS I NO MUNICÍPIO DE

TANGARÁ DA SERRA-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, como parte dos requisitos a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação do profº M. Sc. Raimundo Nonato Cunha de França e co-orientação da profª Enfª Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto.

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte

Bibliotecária: Suzette Matos Bólito – CRB1/1945. O48a Oliveira, Paula Capistrano de.

Atuação do CAPSI no Município de Tangará da Serra – MT. – Tangará da Serra - MT / Paula Capistrano de Oliveira. – 2011.

81 f.

Orientador (a): Raimundo Nonato Cunha de França.

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PAULA CAPISTRANO DE OLIVEIRA

ATUAÇÃO DO CAPS I NO MUNICÍPIO DE

TANGARÁ DA SERRA-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Resultado: ___________________________________

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Orientador: M. Sc. Raimundo Nonato Cunha de França

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra ___________________________________________________________

Co-orientadora: Profª. Enfª. Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra ___________________________________________________________

Examinadora: As. Social Uiara Leice da Silva de Oliveira Moraes

Prefeitura Municipal De Tangará da Serra-MT/Coordenadora CAPS

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me colocado no mundo e por me iluminar em todos os momentos de minha vida.

Aos meus pais que me deram a vida e sempre tiveram do meu lado, dando amor, carinho, que deixaram a melhor herança que poderia ter que são meus estudos e a educação que tive. Aos meus irmãos que sempre tiveram do meu lado, durante toda a minha vida, ajudando os meus pais a me criar e a me darem estudos. A minha vó Elza que hoje não está entre nós mais a quem a agradeço todos os dias por sempre ter sido essa vó presente, que sempre me incentivou a estudar e ser uma grande enfermeira e nunca se esquecer de ser humana e respeitar o próximo. São essas pessoas que fizeram de mim a mulher, enfermeira, menina, o ser humano que sou hoje, que me deram garra e vontade de correr atrás de meus objetivos.

Eduardo meu noivo de quem sempre recebi carinho, amor, broncas, que teve paciência, compreendeu os momentos difíceis, que sentava do meu lado, que me fazia companhia, este é um grande incentivador das minhas metas e dos meus sonhos, que ajudou no meu amadurecimento profissional.

A grande amiga Quéli que sempre me ajudou, me aconselhou a quem dedicou muitos anos a me ajudar, explicando conteúdos, dando conselhos, que ensinava às matérias em que eu tinha dificuldades. Esta uma grande mulher, amiga, esposa, filha e enfermeira, a quem eu dedico e agradeço por tudo que fez por mim, uma pessoa maravilhosa que sempre esteve do meu lado quando precisei a quem só tenho que dizer obrigado por ter te conhecido e por fazer parte da minha historia.

(7)

A equipe do Centro de Atenção Psicossocial de Tangará da Serra que me deu toda a liberdade para que eu pudesse realizar meus estudos, que deram atenção e ajuda no que precisei. Há todos da equipe o meu muito obrigado.

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“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto à obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”.

(9)

RESUMO

Este estudo foi realizado no Município de Tangará da Serra no Centro de Atenção Psicossocial I (CAPS I), teve como objetivo analisar como é a atuação do CAPS I no Município de Tangará da Serra em relação à legislação, bem como a percepção dos usurários e familiares sobre o atendimento. Esta pesquisa tem como horizonte metodológico a pesquisa qualitativa, bem como a utilização de técnicas quantitativas. A pesquisa foi realizada no mês de outubro, através de questionário semiestruturado com os profissionais da instituição, usuários e seus familiares. Os CAPS são um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS), é um ambiente de referência e de tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida, os CAPS buscam inserir o usuário na sociedade, eles vieram para reformular a psiquiatria no Brasil dando um atendimento humanizado, deixando de lado o modelo asilar de antigamente aonde as pessoas com problemas mentais eram retirados do convívio com a sociedade para inserir elas novamente no convívio social.

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ABSTRACT

This study was conducted in the Municipality of Tangará da Serra in the Psychosocial Care Center I (CAPS I), aimed to identify how the actions of the CAPS I in Tangará da Serra in relation to the legislation that governs it. This research is qualitative research methodological horizon, and the use of quantitative techniques. The survey was conducted in October through semi-structured questionnaire with the institution's professionals, patients and their relatives. The CAPS are a health service open and community to the Single Health System (SUS) is a reference environment and treatment for people suffering from mental disorders, psychosis, severe neurosis and other conditions, whose severity and / or persistence justify his residence

in device intensive care, communitarian, that’s personal and promotes life, seek to enter the CAPS user in society, they came to reshape psychiatry in Brazil giving a humanized treatment, leaving aside the model of old asylum where people with mental problems were removed from contact with the company to insert them back in the social life.

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LISTA DE GRÁFICOS

Figura 1: Equipe multidisciplinar que atua o CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 2: Número de profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT, conforme o sexo da equipe. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 3: Gráfico da faixa etária correspondente as idade dos profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 4: Grau de escolaridade dos profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 5: Demonstram se os profissionais de nível superior apresentam especialização em Saúde Mental. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 6: Se os profissionais do CAPS I são capacitados em Saúde Mental. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 7: Equipe multidisciplinar consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários do CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 8: Demonstra se está faltando algum tipo de profissional na equipe multidisciplinar do CAPS I de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 9: Os profissionais que atuam no CAPS I se identificam com o seu trabalho. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 10: Há resistência por parte dos usuários ao tratamento do CAPS I no Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 11: Os profissionais busca aprimorar seus conhecimentos e buscar novas formas de realizar a terapia em grupo e/ou oficina. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

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Figura 13: Usuários do CAPS I de Tangará da Serra-MT já precisaram de internação para um melhor resultado. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 14: Alguma vez funcionários do CAPS I passaram por situação de agressão física ou verbal por parte dos usuários. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 15: Os usuários do CAPS I se isolam em terapia em grupo e/ou oficina. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 16: Se os profissionais conhecem a legislação que regulamenta o CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 17: Consideram a estrutura física do CAPS I adequada as necessidades dos usuários. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 18: A equipe do CAPS I consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários que procuram o serviço do CAPS I de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 19: O número de funcionário é adequado ao fluxo de paciente. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 20: Diagnóstico dos usuários em tratamento do CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 21: Número de usuários que responderam o questionário de acordo com o seu sexo. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 22: Faixa etária dos usuários do CAPS I de Tangará da Serra-MT. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 23: Escolaridade dos usuários do CAPS I. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 24: Se os usuários do CAPS I tem profissão. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 25: Renda familiar dos usuários do CAPS I. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 26: Questionário aplicado para ver com quem os usuários residem. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

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Figura 28: O CAPS está ajudando na sua recuperação. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 29: Há um bom relacionamento entre os profissionais e os usuários. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 30: Você gosta de frequentar o CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 31: Você está feliz com o tratamento. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 32: Sua família apoia seu tratamento. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 33: Você já pensou em abandonar o tratamento do CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 35: Só o tratamento do CAPS é o suficiente para sua melhora. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 36: Você sente preconceito da sociedade. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 37: Tipos de tratamento. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 38: Você tem conhecimento dos tipos de atendimento prestados nos CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 39: Você considera que o tratamento utilizado no CAPS com seu familiar está sendo efetivo. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 40: Você tem uma boa receptividade por parte dos funcionários do CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 41: Você vê a necessidade de mais profissionais no CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 42: Você frequenta regularmente o CAPS. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 43: Você notou melhora no comportamento de seu familiar. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

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Figura 45: Você acha a estrutura física do CAPS é adequada ao atendimento do seu familiar. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 46: Seu familiar veio ao CAPS por vontade própria. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 47: Você considera o atendimento do CAPS importante para a reinserção do seu familiar na sociedade. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 48: Seu familiar faz uso de medicação. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 49: Você já procurou o CAPS para falar de seu familiar. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 50: O CAPS já te procurou para falar sobre seu familiar. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Figura 51: Você tem conhecimento sobre a doença de seu familiar. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

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LISTA DE ABREVIATURAS

CAPS - Centro de Atenção Psicossocial.

UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso. MT- Mato Grosso.

SUS - Sistema Único de Saúde.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

NAPS - Núcleo de Atenção Psicossocial.

CADs - Centro de Atenção Diária.

HDs - Hospitais Dias.

MTSM - Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental.

CERSAM - Centros de Referência em Saúde Mental.

DINSAM - Divisão Nacional de Saúde Mental.

CNSM - Conferência Nacional de Saúde Mental.

AIS - Ações Integradas de Saúde.

SRTs - Serviços de Residenciais Terapêuticos.

CAP - Caixas de Aposentadoria e Pensões.

IAP - Institutos de Aposentadorias e Pensões.

INPS - Instituto Nacional de Previdência Social.

(16)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO... 17

CAPÍTULO I... 19

1. Revisão da literatura... 19

1.1. Políticas da saúde... 19

1.2. Reforma psiquiátrica... 21

1.3. Centro de atenção psicossocial... 23

CAPÍTULO II... 31

2. Metodologia... 31

2.1. Caracterização da pesquisa... 31

2.2. Área de estudo... 32

2.3. População... 32

2.4. Coleta de dados... 32

CAPÍTULO III... 34

3. Resultados... 35

4. Discussão... 63

CONCLUSÃO... 68

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 71

(17)

INTRODUÇÃO

A Saúde Mental consiste no nosso bem estar físico, psíquico, sociais e espirituais, esta relacionado na nossa qualidade de vida é um tema bastante complexo, que ultimamente vem passando por diversas mudanças e vem sendo discutida em diferentes literaturas e amplamente debatida sobre a necessidade ou não de internação, neste sentido, tem-se adotado como Política Pública de Assistência à criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS´s), que prestam um serviço substitutivo de atenção em saúde mental, com vistas à troca da internação de longos períodos, por um tratamento que não isola os pacientes de suas famílias e da comunidade, mas que abrange aos seus familiares o atendimento com a devida atenção necessária, ajudando na recuperação e na reintegração social do indivíduo com sofrimento psíquico. Assim sendo, esta monografia tem por objetivo principal analisar como é a atuação do CAPS I no Município de Tangará da Serra em relação à legislação, bem como a percepção dos usuários e familiares sobre o atendimento.

Em termos metodológicos a monografia seguiu a pesquisa de tipo qualitativa (descritiva e documental), bem como a utilização de técnicas quantitativas que consiste em questionário semiestruturado, apresentando perguntas fechadas e/ou abertas. O estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção Psicossocial I, do Município de Tangará da Serra-MT.

As motivações que nos levaram pelo interesse da temática foram a pouca procura pelo tema, o preconceito por parte da sociedade e dos próprios profissionais da saúde na área de Saúde Mental e pelo progresso dessa área em nosso País. A reforma psiquiátrica veio com o intuito de reformular a Saúde Mental em nosso País, adotando uma nova forma de

atendimento e cuidado ao “doente mental”, buscando com a abertura dos CAPS’s o

acolhimento desses usuários do sistema, e proporcionando um atendimento humanizado, procurando inserir o usuário na sociedade e prestando atendimento ao familiar.

(18)
(19)

CAPÍTULO I

1. REVISÃO DA LITERATURA

1.1. POLÍTICAS DE SAÚDE.

As Políticas de Saúde no Brasil tiveram início no século XX, devido ao grande problema das epidemias da época como exemplo a varíola, febre amarela e a malária, as epidemias ocorriam devido à precariedade das moradias, falta de higiene, saneamento básico, má alimentação e trabalhos de longas jornadas, não tendo direito às férias e nem aos descansos.

Um grande nome da época foi o cientista Oswaldo Cruz que ajudou a organizar a saúde em nosso país, criou medidas de prevenção como à vacina contra a febre amarela e organizou instituições de higiene. Antes do início das Políticas de Saúde, o Brasil vivia uma verdadeira precariedade no que dizia a respeito à saúde, aonde a população sofreu muito por

falta do “poder público” de não ter a preocupação para que pudessem ter uma vida mais digna e sem risco para a saúde, pois naquela época a economia era voltada para a agropecuária de exportação, onde passavam por um grande risco com as doenças transmissíveis e por falta de higiene nos ambientes em que viviam.

As Políticas de Saúde passaram por várias fases em nosso país, aonde hoje podemos dizer que todos os benefícios alcançados foram graças à população que sempre lutou por seus direitos, sempre foi atrás buscando junto com o país procurar estratégias para melhorar a saúde a todos que precisaram, sem distinção de raça, crença, cultura, entre outros. Passamos por várias fases, mais hoje conseguimos almejar o direito de todos, sabendo que tem muito que melhorar, mais não se esquecendo do que se alcançou.

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instituições de previdência não distinguiam benefícios de serviços, previdência de assistência social, constituindo numa única modalidade assistencial.

No governo de Getúlio Vargas em 1930, houve um novo tipo de direito envolvendo a saúde, voltado para aquelas pessoas que tinham um trabalho formal (carteira de trabalho) e, principalmente, para as categorias profissionais que impulsionavam a economia brasileira, nesta época começa a se intensificar o processo de industrialização e urbanização, ocorre o surgimento de muitas fábricas e com elas geram muitos empregos.

Neste governo foi criada a legislação trabalhista e previdenciária, surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), que prestavam benefícios como aposentadoria, pensão e alguns até assistência médica, ainda nesta década surgiram os Centros de Saúde em todos os estados brasileiros, estes Centros representaram o local em que seriam realizadas as ações de promoção e proteção da saúde através da educação sanitária que tinha por objetivo implantar hábitos de higiene individual, desde a infância até a fase adulta, passando pelo pré-natal e pela idade escolar, nesse período, verifica-se também a valorização da assistência médica individual, curativa e especializada em detrimento da saúde pública (FIGUEIREDO, VIANA, MACHADO, 2008, p.122 a 123).

Com a insatisfação popular em relação às questões sociais de saúde, cujo modelo era de contenção de despesas, o novo regime de 1945 precisou ouvir reivindicações de ampliação e valorização dos serviços. De 1945 a 1960, a Previdência retomou o processo interrompido

na década 1930 no sentido “regime de participação”, repassando a receita arrecadada aos

segurados na forma de pecúlio ou serviços, o Estado deu ênfase à construção e à compra de serviços próprios na assistência médico-hospitalar dos institutos. Este período foi de expansão com inauguração de hospitais e ambulatórios próprios, porém sem diminuir o investimento nos setores contratados e conveniados. Já em 1967 possuí uma centralização num único instituto - Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) houve um crescimento considerável dos serviços médicos próprios e da aplicação de maior verba para as despesas. No mesmo período o Ministério da Saúde investiu em ações preventivas e curativas contra tuberculose e outras doenças de coletividade, inclusive com assistência hospitalar (FIGUEIREDO, VIANA, MACHADO, 2008, p.122 a 123).

(21)

ano que os trabalhadores rurais, as empregadas domésticas e os trabalhadores autônomos passaram a ter direito aos benefícios previdenciários, ficando de fora os trabalhadores do mercado informal de trabalho. Neste período, inicia-se o que chamamos de universalização da cobertura. Em 1967, ocorre a unificação da Previdência Social a partir de um crescente papel do Estado como regulador da sociedade e da exclusão da classe trabalhadora no jogo político e nos processos decisórios, com a finalidade de atender à política de arrocho salarial decorrente do modelo adotado para a acumulação de capital (FIGUEIREDO, VIANA, MACHADO, 2008, p.124 a 128).

No ano 1974 houve a primeira reforma da Previdência com a criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), levando o Instituto ao Ministério, portanto tendo maior poder de decisão na máquina estatal, houve a ampliação do setor através de convênios com sindicatos, universidades, prefeituras e governos estaduais, em 1980 ocorreram à descentralização política administrativa e a ampliação da universalização do direito de acesso aos serviços de saúde, neste período houve a Reforma Sanitária que representou um movimento de professores, pesquisadores e intelectuais da saúde, que criticaram o sistema existente, onde ocorria precariedade na assistência a saúde e apresentaram alternativas para construir um modelo de saúde democrático. Foram implantadas as Ações Integradas de Saúde (AIS) em 1983, com o objetivo de criar uma rede pública unificada com vistas a promover a descentralização e a universalização da atenção à saúde (FIGUEIREDO, VIANA, MACHADO, 2008, p.124 a 128).

1.2. REFORMA PSIQUIÁTRICA

Após anos de lutas em 1987 foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), que buscou unificar todas as instituições e serviços de saúde em um único sistema, comandado pelo Ministério da Saúde, o SUS deve prestar atendimento integral a todos da população sem discriminação de raça, gênero, etc., este sistema trabalha na forma preventiva e curativa, fornece todo o apoio à população desde prevenção primária a terciária.

(22)

o intuito de melhorar a assistência prestada à população em todos os níveis de agravos, foi através do sistema que foram criados os CAPS que é um centro diferenciado para o cuidado

com “doentes” que apresentam transtornos mentais.

Um dos motivos que gerou o início da reforma psiquiátrica foi às diferentes formas de tratamento da época, que eram feitos de forma desumana. Alguns destes tratamentos foram a Malarioterapia que era a inoculação do germe da malária, pois acreditavam que contraindo a malária, o doente melhoraria da doença mental; Choque hipoglicêmico era usado aplicação de insulina em doses crescentes, até o doente atingir o estado de coma para que assim houvesse efeito terapêutico; Psicocirurgia conhecida como lobotomia, uma cirurgia que separa a conexão entre o tálamo e o lobo frontal; Eletroconvulsoterapia ou eletrochoque partia da idéia que epilepsia e esquizofrenia eram incompatíveis, uma maneira de provocar convulsão por baixa corrente transcerebral. Por terem tratamentos tão agressivos os poderes públicos buscaram formas de mudar o cuidado oferecido das épocas anteriores, oferecendo cuidados dignos para aqueles que necessitavam.

A Reforma Psiquiátrica Brasileira iniciou-se em nosso país no final dos anos setenta,

esta reforma teve inicio pelo incomodo do modelo asilar, aonde os “doentes” com transtornos mentais eram excluídos da sociedade, na maioria das vezes eram maltratados, muitos

achavam que eram demônios que tomavam conta deles. Estes “doentes” eram tratados como

indigentes, de uma forma desumana, aonde eram cercados por preconceitos da sociedade e até mesmos de seus familiares. Com a reforma só houve melhoria para a área da saúde mental,

aonde a sociedade e familiares começaram a ter um novo olhar para os “doentes”, e os

tratamentos passaram a ser mais humanizado, buscando inserir estes na sociedade.

Segundo Franchini e Campos (2008, p. 619), a Reforma Psiquiátrica se preocupou em dar uma nova resposta ao tratamento das pessoas com transtornos psiquiátricos graves, procurou-se reduzir a internação a um recurso usado apenas quando estritamente necessário e dedicou-se ao atendimento destas pessoas na sociedade, buscou-se abranger no tratamento a condição humana, social, política e cultural do individuo, havendo uma preocupação em que o cuidado ao paciente seja uma sustentação cotidiana das situações sociais vivenciadas, visando uma participação mais ampla, que inclua o atuar do individuo como sujeito.

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Segundo Mesquita, Novellino e Cavalcanti (2010, p.2 e 3), a Reforma Psiquiátrica tem início no Brasil no final dos anos setenta, este movimento tinha como bandeira a luta pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país, com o propósito de resguardar a população contra os exageros da loucura, ou seja, não havia finalidade em buscar uma cura para aqueles acometidos de transtornos mentais, mais sim, excluí-los do seio da sociedade para que esta não se sentisse amofinada. Segundo Mesquita, Novellino e Calvalcante (apud ROCHA 1989, p.13). Portanto, a questão principal era o isolamento dos doentes mentais e não com um tratamento. É o Hospício D. Pedro II que, em 1852, passa a internar os doentes mentais e a tirá-los do convívio em sociedade.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, começaram a surgir o modelo manicomial brasileiro, principalmente os manicômios privados. Nos anos 60, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), o Estado passa a utilizar os serviços psiquiátricos do setor privado. Dessa forma, cria-se uma “indústria para o enfrentamento da loucura”

(MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.4 apud AMARANTE, 1992, p. 79).

O modelo asilar ou hospitalocêntrico continua predominante até o final do primeiro meado do século XX. Até que em 1961, o médico italiano Franco Baságlia assume a direção do Hospital Psiquiátrico de Gorizia, na Itália. No campo das relações entre a coletividade e a insanidade, ele assumia uma atitude crítica para com a psiquiatria clássica e hospitalar, por

esta se centrar no princípio do isolamento do “louco”. Ele defendia, ao oposto, que o doente

mental voltasse a viver com sua família. Sua atitude inicial foi aperfeiçoar a qualidade de hospedaria e o cuidado técnico aos internos no hospital em que dirigia, essas normas e o pensamento de Franco Baságlia influenciam, entre outros, o Brasil, fazendo ressurgir diversas discussões que tratavam da desinstitucionalização do portador de sofrimento mental e da humanização do tratamento a essas pessoas, com o objetivo de promover à reinserção social (MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.4).

1.3. CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

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população. É nesse contexto, que no fim da década 70, surge à questão da reforma psiquiátrica no Brasil. Pequenos núcleos estaduais, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais constituem o Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM). No Rio de Janeiro, em 1978, surge o movimento dos trabalhadores da Divisão Nacional de Saúde Mental (DINSAM) e coloca em xeque a política psiquiátrica praticada no país (MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.4).

Na década de 80, acontecem diversos encontros, preparatórios para a I Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), que aconteceu em 1987 os quais recomendam a priorização de investimentos nos serviços extra-hospitalares e multiprofissionais como oposição à tendência hospitalocêntrica. No final de 1987 realiza-se o II Congresso Nacional do MTSM em Bauru, SP, no qual se consolida o Movimento de Luta Antimanicomial e é

construído o lema, “por uma sociedade sem manicômios”. Nesse congresso expande o sentido

político-conceitual acerca do antimanicomial (MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.5).

No ano de 1989, um ano após a criação do SUS dá início no Congresso Nacional o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado, o qual propõe a regulamentação dos direitos do indivíduo com transtornos mentais e a extinção progressiva dos hospícios no país, porém, cabe enfatizar que é somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Paulo Delgado é aprovada no país. O consentimento, no entanto, é uma emenda do Projeto de Lei original, que traz alterações importantes no texto normativo (MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.5).

Assim, a Lei Federal 10.216/2001 redireciona o amparo em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, no entanto, não estabelece estruturas claras para a progressiva extinção dos manicômios. A publicação da lei 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil, pois mesmo antes de sua aprovação, suas conseqüências já eram visíveis por meio de diferentes ações, tais como a de criação dos Serviços de Residenciais Terapêuticos (SRTs) e de

programas, tal como “De volta pra casa”. Novas modalidades para o tratamento do usuário de

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A Luta Antimanicomial permitiu o desenvolvimento de pontos muito importantes para a desinstitucionalização da loucura. Podemos enfatizar aqui o surgimento de relevantes serviços de atendimentos Extra-Hospitalares oriundos da Reforma Psiquiátrica: Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS), Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs I, CAPs II, CAPs III, CAPsi, CAPsad), Centro de Atenção Diária (CADs), Hospitais Dias (HDs), Centros de Convivência e Cultura (MESQUITA, NOVELLINO e CALVALCANTI, 2010, p.6).

Com a Reforma Psiquiátrica tivemos vários avanços na Saúde Mental e dentro de uma delas foi o surgimento do CAPS, que trouxe para o Brasil grandes avanços no cuidado com o ser humano, com isto os “doentes” e “familiares” tiveram um olhar voltado para o cuidado

humanizado e digno para aqueles que necessitam. O CAPS introduziu no país um novo modelo de atendimento, aonde se encontram com equipes multidisciplinares, que elaboram um plano terapêutico individual e/ou em grupos, dependendo da necessidade de cada

individuo. O CAPS teve como função “abandonar” o modelo asilar, reformulando a forma do

cuidado com os pacientes com transtornos mentais, dando assistência aos doentes e seus familiares, sempre buscando inserir o individuo na sociedade.

Segundo o Ministério da Saúde (2004), os CAPS, entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o nascimento destes serviços que passa a comprovar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país, é função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos, promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações Intersetoriais, regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. É função dos CAPS preparar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios, os CAPS são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde mental num determinado território.

(26)

Os Centros de Atenção Psicossocial começaram a nascer nas cidades brasileiras na década de 80 e passaram a receber uma linha específica de financiamento do Ministério da Saúde a partir do ano de 2002, período no qual estes serviços experimentam grandes desenvolvimentos. São serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que oferecem atendimento diário às pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social destas pessoas através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

Segundo Saito (2008, p.126), o primeiro CAPS do Brasil foi inaugurado em março de 1986, com o nome de CAPS Professor Luiz da Rocha Cerqueira, mais conhecido como CAPS da Rua Itapeva, situado na região da Avenida Paulista em São Paulo. Portanto, os CAPS vão surgindo em varias cidades do Brasil, configurando-se em estruturas importantes e eficazes na diminuição de internações psiquiátricas.

O primeiro CAPS foi planejado a partir de intensos manifestos sociais e de trabalhadores de saúde mental, que procuravam atendimento e assistência mais humanizada, reconhecendo cidadãos acometidos de algum tipo de distúrbio ou psíquico como membro da sociedade (SAITO, 2008, P.126).

Os NAPS e CAPS foram criados oficialmente a partir da Portaria GM 224/92 e eram

definidos como “unidades de saúde locais e regionalizadas que contam com uma população adscrita determinada pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, em um ou dois turnos de quatro horas, por equipe multiprofissional” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

(27)

Segundo o Ministério da Saúde (2002), as atividades e responsabilidades dos CAPS para a organização da política de saúde mental são:

 O direcionamento local das políticas e programas de Saúde Mental,

desenvolvendo planos terapêuticos e comunitários;

 Dispensas de Medicamentos, encaminhamento e acompanhamento de usuários

que moram em residências terapêuticas, as quais são alternativas de moradia para os portadores de transtornos mentais que não tenham como contar com o suporte familiar e social suficientes;

 Assistência e retaguarda para o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e Equipes de Saúde da Família no cuidado domiciliar;

 Promoção e cuidado da saúde e da cidadania das pessoas com sofrimento

psíquico;

 Oferecer atendimento em regime de atenção diária;

 Gerenciar os projetos terapêuticos, proporcionar cuidado clínico eficiente e personalizado;

 Promover a inclusão social dos usuários por meio de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas;

 Preparar a rede de serviços de saúde mental do território;

 Dar apoio e supervisionar a atenção à saúde mental na Atenção Primaria à Saúde;

 Ajustar a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental da área de abrangência do CAPS;

 Coordenar junto com o gestor local das atividades de orientação de unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no território;

 Manter atualizada a listagem dos pacientes da região que usam medicamentos para a saúde.

Segundo o Ministério da Saúde (2002), as atividades desenvolvidas nos CAPS são:

 Atendimento individualizado;

 Atendimento em coletivo;

 Atendimento para os familiares;

 Atividades comunitárias;

(28)

Segundo o Ministério da Saúde (2002), existem no Brasil cinco tipos de CAPS diferentes, os CAPS I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS ad) e Infanto-juvenil (CAPS i), estes se diferenciam pelo porte (pequeno, médio e grande porte), pela capacidade de atendimento, clientela atendida, período de funcionamento (diurno ou 24h) e organizam-se no país de acordo com o perfil populacional dos municípios brasileiros. Os Municípios de até 20.000 habitantes apresentam rede básica com ações de saúde mental.

 Municípios entre 20 a 70.000 habitantes - CAPS I e rede básica com ações de saúde mental. São serviços para cidades de pequeno porte, que devem dar cobertura para toda clientela com transtornos mentais severos durante o dia (adultos crianças e adolescentes e pessoas com problemas devido ao uso de álcool e outras drogas).

 Municípios entre 70.000 a 200.000 habitantes – CAPS II, CAPS AD e rede básica com ações de saúde mental. São serviços para cidades de médio porte e atendem durante o dia clientela adultas.

 Municípios acima de 200.000 habitantes – CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPS i, e rede básica. São serviços 24h, geralmente disponíveis em grandes cidades, que atendem clientela adulta. No caso dos municípios que não tiverem CAPS AD, está previsto a atenção aos usuários de álcool e outras drogas na modalidade CAPS que estiver disponível no município.

Os CAPS I são os Centros de Atenção Psicossocial de menor porte, capazes de oferecer uma resposta eficaz às demandas de saúde mental. Estes serviços têm equipe mínima de nove profissionais, entre profissionais de nível médio a superior, e têm como clientela adulta com transtornos mentais severos e persistentes e transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e têm capacidade para o acompanhamento de cerca de 240 pessoas por mês.

Os CAPS II são serviços de médio porte, a clientela típica destes serviços é de adultos com transtornos mentais severos e persistentes. Os CAPS II têm equipe mínima de doze profissionais, entre profissionais de nível médio e nível superior, e capacidade para o acompanhamento de cerca de 360 pessoas por mês. Funcionam durante os cinco dias úteis da semana.

(29)

vez que funcionam durante 24 horas em todos os dias da semana e em feriados. Com no máximo cinco leitos, este realiza, quando necessário, acolhimento noturno (internações curtas, de algumas horas a no máximo sete dias). A equipe mínima para estes serviços deve contar com dezesseis profissionais, entre os profissionais de nível médio e superior, além de equipe noturna e de final de semana. Estes serviços têm capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 450 pessoas por mês.

Os CAPSi, são especializados no atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais, são equipamentos geralmente necessários para dar resposta à demanda em saúde mental em municípios com mais de 200.000 habitantes. Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e têm capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 180 crianças e adolescentes por mês. A equipe mínima para estes serviços é de onze profissionais de nível médio e superior.

Os CAPSad, são especializados no atendimento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, são equipamentos previstos para cidades com mais de 200.000 habitantes, ou cidades que, por sua localização geográfica (municípios de fronteira, ou parte de rota de tráfico de drogas) ou cenário epidemiológico importante, necessitem deste serviço para dar resposta efetiva às demandas de saúde mental. Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e têm capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 240 pessoas por mês. A equipe mínima prevista para os CAPS ad é composta por treze profissionais de nível médio e superior.

As atividades desenvolvidas no CAPS têm por características ocorrerem em ambiente aberto, proporcionando liberdade de escolha ao usuário em estar no tratamento ou não, eles têm todo o direito de ir e vir quando quiserem. Muitas vezes o CAPS difunde suas práticas além da unidade, as práticas reconhecem o sujeito como parte da sociedade, detentor de uma subjetividade erguida em seu meio de convívio social e familiar, com sua própria história e cultura (SAITO, 2008, p.126).

(30)

Na vida, cada necessidade que nós temos pode interferir direta e indiretamente no

desencadeamento de alguma “doença”, em caso de desenvolver algum tipo de transtorno

mental o local recomendado para tratamento é o CAPS. O que o individuo pode esperar do CAPS, atenção, carinho, terapia individual e/ou em grupo, palestras, atividades terapêuticas em geral como o artesanato, é composta por uma equipe multidisciplinar, que buscam um tratamento adequado a cada paciente de forma que possam ser inserido na sociedade, estendendo os cuidados aos seus familiares se necessário. As patologias que não existem a

“cura”, o CAPS trabalha de forma que possam amenizar a “doença”, através de medicamentos

tomados regularmente (com prescrição médica) e/ou apoio psicológicos como as diferentes formas de terapias.

O CAPS surgiu para um melhor atendimento ao “doente” e seus familiares de forma

(31)

CAPÍTULO II

2. METODOLOGIA

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como horizonte metodológico a pesquisa qualitativa (descritiva e documental),bem como a utilização de técnicas quantitativas, posto que a temática exige a aplicação de instrumentos que possam medir algumas variáveis, como: sexo, idade, renda, escolaridade.

Segundo Figueiredo (2008, p.96, citado por Minayo, 1994), a pesquisa qualitativa surge diante da impossibilidade de investigar e compreender, por meio de dados estatísticos, alguns fenômenos voltados para a percepção, à intuição e a subjetividade. Ela está direcionada para a investigação dos significados das relações humanas, em que suas ações são influenciadas pelas emoções e/ou por sentimentos aflorados diante das situações vivenciadas no dia-a-dia.

As pesquisas descritivas têm como principal objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então o estabelecimento de relações entre variáveis obtidas por meio da utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática. Elas pretendem descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade (FIGUEIREDO, 2008, p. 94).

Em Figueiredo (2009), et al CERVO & BERVIAN (2002, p.66), em relação à análise documental para este tipo de pesquisa, os documentos investigados são usados para

“descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características”. A

(32)

2.2.ÁREA DE ESTUDO

O presente estudo tem como delimitação geográfica o Município de Tangará da Serra, localizado na Região Sudoeste do Estado de Mato Grosso conhecida como Médio Norte, O Município tem exuberante divisor das águas das bacias Amazônica e do Prata, originou-se em 1959, emergente do antigo povoado surgido pelo loteamento das glebas Santa Fé, Esmeralda e Juntinho, localizadas no município de Barra do Bugres, este foi criado em 1976, tendo sua área territorial desmembrada do município de Barra do Bugres. Segundo o IBGE 2010, o Município de Tangará da Serra possui hoje 81.918 habitantes.

O CAPS escolhido para a realização da pesquisa foi o CAPS I do Município de Tangará que se compõem de uma gestão pública, buscando garantir acesso, integralidade e resolutividade na atenção prestada, acolhendo diariamente os usuários, é composta por uma equipe multidisciplinar.

2.3.POPULAÇÃO

A população selecionada para participar da pesquisa foram os funcionários, usuários e familiares dos usuários do CAPS I do município de Tangará da Serra, o critério de escolha foi através daqueles que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram escolhidos 100% dos funcionários, 40% dos usuários e 20% dos familiares, sendo uma pessoa por família.

2.4.COLETA DE DADOS

(33)

feita a partir da categorização de variáveis, como renda, escolaridade, número de indivíduos por família, sexo, idade.

Em Oliveira (2002), a análise ou explicação é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Essas relações podem ser

“estabelecidas” de acordo com suas propriedades relacionadas de causa-efeito, produtor-produto, de correlações, de análise de conteúdo, etc.

(34)

CAPÍTULO III

3. RESULTADOS

Observamos no primeiro gráfico que a equipe que compõem o CAPS I é uma equipe multidisciplinar, contendo de 10 funcionários, sendo composto por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 assistente social, 1 psicóloga, 1 Técnica em enfermagem, 1 recepcionista, 2 Artesã, 1 motorista, 1 auxiliar de serviços gerais (Gráfico 1).

Figura 1: Equipe multidisciplinar que atua no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(35)

Figura 2: Número de profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT, conforme o sexo da equipe.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando avaliado a faixa etária dos profissionais que atuam no CAPS I observamos uma heterogeneidade com maior predominância entre 22 a 37 anos (Gráfico 3).

Figura 3: Gráfico da faixa etária correspondente as idade dos profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT.

(36)

Referente à escolaridade dos profissionais que atuam no CAPS I, observa-se que vão desde o ensino médio incompleto ao ensino superior completo, dentro do quadro de profissionais são todos concursados para a realização de suas tarefas desempenhadas na instituição e com o grau de escolaridade exigido (Gráfico 4).

Figura 4: Grau de escolaridade dos profissionais que atuam no CAPS I.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(37)

Figura 5: Demonstram se os profissionais de nível superior apresentam especialização em Saúde Mental.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico 6 demonstra que todos os funcionários totalizando 100% do CAPS I de Tangará da Serra-MT passaram por uma capacitação em Saúde Mental (Gráfico 6).

Figura 6: Se os profissionais do CAPS I são capacitados em Saúde Mental.

(38)

Quando indagados sobre se a equipe multidisciplinar do CAPS I consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários que procuram o serviço, apesar do número e da demanda, os resultados foram 70% dos profissionais responderam que sim e 30% responderam que não, conforme gráfico abaixo. (Gráfico 7)

Figura 7: Equipe multidisciplinar consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários do CAPS I do Município de Tangará da Serra.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(39)

Figura 8: Demonstra se está faltando algum tipo de profissional na equipe multidisciplinar do CAPS I de Tangará da Serra-MT.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

No gráfico a seguir 100% dos profissionais responderam com unanimidade que todos se identificam com o seu trabalho desempenhado no CAPS I (Gráfico 9).

Figura 9: Os profissionais que atuam no CAPS I se identificam com o seu trabalho.

(40)

Ao perguntamos se há resistência por parte dos usuários ao tratamento no CAPS I a maioria da equipe (90%) respondeu que sim, conforme gráfico abaixo (Gráfico10).

Figura 10: Há resistência por parte dos usuários ao tratamento do CAPS I no Município de Tangará da Serra.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando questionados os funcionários se eles buscam aprimorar seus conhecimento e buscar novas formas de realizar a terapia em grupo e de oficinas a grande maioria totalizando 80% responderam que sim (Gráfico 11).

Figura 11: Os profissionais busca aprimorar seus conhecimentos e buscar novas formas de realizar a terapia em grupo e oficina.

(41)

O gráfico a seguir pergunta aos profissionais se na opinião deles só a terapia em grupo ou oficina é benéfica para o tratamento dos usuários, sendo que 70% deles responderam que não, que é necessário atendimento médico, psicológico e terapia medicamentosa (tratamento multidisciplinar) (Gráfico 12).

Figura 12: Só a terapia em grupo ou oficina é benéfica para o tratamento dos usuários.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando questionados se no CAPS I de Tangará da Serra-MT teve muitos casos em que o paciente precisou ser internado para um melhor resultado, buscando a melhora em outra forma de tratamento no qual o CAPS I não oferece, a resposta foi afirmativa em 90% dos 10 profissionais (Gráfico 13).

Figura 13: Usuários do CAPS I de Tangará da Serra já precisaram de internação para um melhor resultado.

(42)

Ao perguntar aos profissionais se eles já passaram por uma situação de agressão física ou verbal por parte dos usuários houve funcionários que já foram agredidos, totalizando 40% e outros 60% não foram agredidos, aqueles que responderam que foram agredidos foram por pacientes em surtos (Gráfico 14).

Figura 14: Alguma vez funcionários do CAPS I passaram por situação de agressão física ou verbal por parte dos usuários.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(43)

Figura 15: Os usuários do CAPS I se isolam em terapia em grupo ou oficina.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

No gráfico a seguir perguntamos se os profissionais têm conhecimento da legislação que regulamenta os CAPS, dentre os 10 profissionais 60% conhecem a legislação e 40% não conhecem (Gráfico 16).

Figura 16: Se os profissionais conhecem a legislação que regulamenta o CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(44)

Figura 17: Consideram a estrutura física do CAPS I adequada as necessidades dos usuários.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Perguntamos aos profissionais se a equipe multidisciplinar consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários que procuram o serviço, sendo que 70% responderam que sim e 30% responderam que não. Os profissionais que responderam não justificaram a resposta devido à demanda estar muito grande (Gráfico 18).

Figura 18: A equipe do CAPS I consegue realizar um atendimento satisfatório a todos os usuários que procuram o serviço do CAPS I de Tangará da Serra-MT.

(45)

Conforme gráfico 19 os profissionais referem, quase que em sua maioria (90%) que o número de funcionários não é adequado ao fluxo de usuários, pois aumentou muita a demanda do CAPS I nos últimos anos.

Figura 19: O número de funcionário é adequado ao fluxo de paciente.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Questionário aplicado aos usuários do CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT.

(46)

Figura 20: Diagnóstico dos usuários em tratamento do CAPS I do Município de Tangará da Serra.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Há uma diferença muito grande na quantidade entre os usuários homens e mulheres que fazem tratamento no CAPS I, uma diferença relevante de 35 mulheres e 5 homens (Gráfico 21).

Figura 21: Número de usuários que responderam o questionário de acordo com o seu sexo.

(47)

Gráfico relacionado à faixa etária dos usuários do CAPS I, observamos a variedade entre as idades, observando um maior número de pacientes entre 38 e 53 anos (Gráfico 22).

Figura 22: Faixa etária dos usuários do CAPS I de Tangará da Serra.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

(48)

Figura 23: Escolaridade dos usuários do CAPS I.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico abaixo mostra que entre os usuários do CAPS I, 50% tem profissão (trabalha) e outro 50% não tem profissão (Gráfico 24).

Figura 24: Se os usuários do CAPS I tem profissão.

(49)

Conforme gráfico 25 a renda familiar dos pacientes atendidos pelo CAPS I, varia de 1 a 6 salários mínimos, porém a renda com maior número de usuários é de 1 a 2 salários mínimos (Gráfico 25).

Figura 25: Renda familiar dos usuários do CAPS I.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando os pacientes foram questionados se residiam com familiares ou sozinhos 87.50% respondeu que residem com familiares (Gráfico 26).

Figura 26: Questionário aplicado para ver com quem os usuários residem.

(50)

Foi indagado sobre como tiveram o primeiro contato com o CAPS e a maioria respondeu que foram referenciados pela USF de abrangência de seu bairro, conforme gráfico abaixo (Gráfico 27).

Figura 27: Como souberam da existência do CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando questionados se o tratamento/terapia oferecido pelo CAPS está dando o suporte esperado para sua recuperação a grande maioria respondeu sim totalizando 97.50% (Gráfico 28).

Figura 28: O CAPS está ajudando na sua recuperação.

(51)

Houve unanimidade quando questionados sobre o relacionamento entre os usuários e os profissionais, 100% consideram este relacionamento bom (gráfico 29).

Figura 29: Há um bom relacionamento entre os profissionais e os usuários.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico 30 demonstra que os pacientes entrevistados, em sua totalidade gostam de frequentar o CAPS (Gráfico 30).

Figura 30: Você gosta de frequentar o CAPS.

(52)

Quando questionados sobre a satisfação com o tratamento à maioria (95%) está feliz com tratamento e apenas (5%) respondeu que não, conforme o gráfico abaixo (Gráfico 31).

Figura 31: Você está feliz com o tratamento.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico abaixo demonstra o apoio da família ao tratamento do paciente, a maioria (90%) respondeu afirmativamente ao questionamento, que recebe o apoio dos familiares, mas 5% refere não receber apoio familiar (Gráfico 32).

Figura 32: Sua família apoia seu tratamento.

(53)

Quando questionados sobre a possibilidade do abandono do tratamento/terapia disponibilizada pelo CAPS 30% dos pacientes disseram já ter pensado em abandonar o tratamento e os outros 70% dos pacientes disseram que não pensaram em abandonar o tratamento, (Gráfico 33).

Figura 33: Você já pensou em abandonar o tratamento do CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando questionados sobre sua opinião em relação ao tratamento realizado pelo CAPS, se apenas este é suficiente para sua melhoria 45% dos pacientes responderam que sim e 55% dos pacientes responderam que não, conforme o (gráfico 34).

Figura 35: Só o tratamento do CAPS é o suficiente para sua melhora.

(54)

O gráfico abaixo traz o sentimento dos pacientes frente ao preconceito da sociedade, 55% dos pacientes responderam afirmativamente ao sentimento de preconceito da sociedade e 45% dos pacientes responderam não sentir preconceito da sociedade (Figura 36).

Figura 36: Você sente preconceito da sociedade.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico abaixo traz o tipo de tratamento oferecido pelo CAPS, revelando que a maioria realiza três tipos de tratamento associados para um melhor resultado: medicamentoso, terapia em grupo e oficinas (Gráfico 37).

Figura 37: Tipos de tratamento.

(55)

Ao questionarmos os familiares dos usuários relacionados ao conhecimento deles em relação ao atendimento prestado pelo CAPS, a grande maioria respondeu que tem conhecimento dos tipos de atendimentos prestados, conforme o gráfico 38.

Figura 38: Você tem conhecimento dos tipos de atendimento prestados nos CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico 39 demonstra a opinião dos familiares sobre o tratamento prestado pelo CAPS aos usuários, todos os entrevistados (100%) responderam que o tratamento está sendo efetivo.

Figura 39: Você considera que o tratamento utilizado no CAPS com seu familiar está sendo efetivo.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 SIM NÃO

VOCÊ TEM CONHECIMENTO DOS TIPOS DE

ATENDIMENTOS PRESTADOS NOS CAPS

VOCÊ TEM CONHECIMENTO DOS TIPOS DE ATENDIMENTOS PRESTADOS NOS CAPS

0 2 4 6 8 10 SIM NÃO

VOCÊ CONSIDERA QUE O TRATAMENTO

UTILIZADO NO CAPS COM SEU FAMILIAR

ESTÁ SENDO EFETIVO?

(56)

Ao questionarmos os familiares se eles teriam uma boa receptividade por parte dos funcionários do CAPS, todos os entrevistados responderam que sim (100%) conforme gráfico abaixo (gráfico 40).

Figura 40: Você tem uma boa receptividade por parte dos funcionários do CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Ao questionamos os familiares se no seu entendimento haveria necessidade de um numero maior de profissionais para atuarem neste serviço, 75% responderam sim e 25% responderam não, conforme o gráfico abaixo.

Figura 41: Você vê a necessidade de mais profissionais no CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0

1 2 3 4 5 6 7

SIM NÃO

VOCÊ VÊ A NECESSIDADE DE MAIS

PROFISSIONAIS NO CAPS

(57)

Ao indagarmos os familiares dos usuários se eles vão ao CAPS frequentemente, responderam que sim 62.5% e que não 37.5%, conforme o gráfico 42.

Figura 42: Você frequenta regularmente o CAPS.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico abaixo demonstra que a grande maioria dos familiares entrevistados 87.5% observou melhora no comportamento dos usuários, apenas 12.50% disse não ter observado nenhuma melhora no comportamento de seu familiar.

Figura 43: Você notou melhora no comportamento de seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0

1 2 3 4 5 6 7 8

SIM NÃO

VOCÊ NOTOU MELHORA NO

COMPORTAMENTO DE SEU FAMILIAR

(58)

No gráfico 44 perguntamos aos familiares se só a terapia em grupo é benéfica para os usuários sendo que 25% deles responderam que sim totalizando e 75% deles responderam que não, os 75% deles justificaram que seus familiares necessitam uso de medicação.

Figura 44: Você acha que só a terapia em grupo é benéfica para o usuário.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O questionário a seguir foi perguntado sobre a estrutura física do CAPS, se ela é adequada ao atendimento de seus familiares, houve 62.5% pessoas, que responderam que sim e 37.5% pessoas, responderam que não.

Figura 45: Você acha a estrutura física do CAPS adequada ao atendimento do seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0 1 2 3 4 5 6 7 SIM NÃO

VOCÊ ACHA QUE SÓ A TERAPIA EM GRUPO É

BENÉFICA PARA O USUÁRIO

VOCÊ ACHA QUE SÓ A TERAPIA EM GRUPO É BENÉFICA PARA O USUÁRIO 0 1 2 3 4 5 6 SIM NÃO

VOCÊ ACHA A ESTRUTURA FÍSICA DO CAPS

ADEQUADA AO ATENDIMENTO DE SEU

FAMILIAR

VOCÊ ACHA A ESTRUTURA FÍSICA DO CAPS ADEQUADA AO

(59)

O gráfico 46 traz a resposta dos familiares diante do eu questionamento de que o seu familiar procurou o CAPS por vontade própria, onde 87.5% disseram que sim os pacientes procuram o serviço por conta própria e 12.50% disseram que não.

Figura 46: Seu familiar veio ao CAPS por vontade própria.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

Quando os familiares foram questionados se consideram o atendimento do CAPS importante para a reinserção do seu familiar na sociedade todos os entrevistados 100%, responderam afirmativamente.

Figura 47: Você considera o atendimento do CAPS importante para a reinserção do seu familiar na sociedade.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0 2 4 6 8 SIM NÃO

SEU FAMILIAR VEIO AO CAPS POR VONTADE

PRÓPRIA

SEU FAMILAR VEIO AO CAPS POR VONTADE PRÓPRIA

0 2 4 6 8 10 SIM NÃO

VOCÊ CONSIDERA O ATENDIMENTO DO CAPS

IMPORTANTE PARA A REINSERÇÃO DO SEU

FAMILIAR NA SOCIEDADE

(60)

Em relação ao uso de medicações, todos os familiares entrevistados 100% afirmaram que os pacientes fazem uso de algum tipo de medicação conforme gráfico abaixo.

Figura 48: Seu familiar faz uso de medicação.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

No gráfico a seguir perguntamos aos familiares se eles já procuraram o CAPS para falar sobre seu familiar sendo que 50% pessoas responderam sim e as outras 50% responderam que não.

Figura 49: Você já procurou o CAPS para falar de seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 SIM NÃO

SEU FAMILIAR FAZ USO DE MEDICAÇÃO

SEU FAMILAR FAZ USO DE MEDICAÇÃO 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 SIM NÃO

VOCÊ JÁ PROCUROU O CAPS PARA FALAR DE

SEU FAMILIAR

(61)

No gráfico 50 perguntamos aos familiares se o CAPS já procurou eles para falar sobre seus familiares 37.5% deles responderam que sim e 62.5% deles responderam que não.

Figura 50: O CAPS já te procurou para falar sobre seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011.

O gráfico abaixo traz a resposta dos familiares entrevistados sobre se eles têm conhecimento sobre a patologia do seu familiar (paciente em tratamento/acompanhamento no CAPS) 75% disseram que sim e 25% que não.

Figura 51: Você tem conhecimento sobre a doença de seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0 1 2 3 4 5 6 SIM NÃO

O CAPS JÁ TE PROCUROU PARA FALAR SOBRE

SEU FAMILIAR

O CAPS JÁ PROCUROU O CAPS PARA FALAR SOBRE SEU FAMILIAR 0 1 2 3 4 5 6 7 SIM NÃO

VOCÊ TEM CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA

DE SEU FAMILIAR

(62)

Quando questionamos os familiares sobre a patologia do paciente que faz acompanhamento no CAPS se ele tem conhecimento e sabe lidar com ela, 62.5% disseram que sim e 37.5% disseram eu não.

Figura 52: Você sabe lidar com a doença de seu familiar.

Fonte: Questionário aplicado por Oliveira/2011. 0

1 2 3 4 5 6

SIM NÃO

VOCÊ SABE LIDAR COM A DOENÇA DE SEU

FAMILIAR

(63)

4. DISCUSSÃO

Os CAPS têm como finalidade em seu tratamento inserir o usuário na sociedade, segundo Marzano e Sousa, 2004, p.580, um dos objetivos do tratamento é proporcionar que o usuário atinja patamares cada vez mais altos de administração de sua vida, de autonomia (qualquer que seja a medida desta para ele), somando, enfim, sua possibilidade de escolha.

Os dados obtidos na pesquisa revelaram como está sendo a atuação do CAPS I no município de Tangará da Serra em relação à legislação que o rege, mostrando como é atuação da equipe multidisciplinar e exibe-se o grupo que usufruem deste sistema e os seus dados socioeconômicos.

A equipe de profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra, é composta por 1 médico, 1 enfermeira, 1 assistente social, 1 psicólogo, 1 recepcionista, 1 técnica em enfermagem, 2 artesã, 1 motorista, 1 auxiliar de serviços gerais, segundo a legislação que o rege deveria ter mais um profissional de nível superior para compor a equipe multiprofissional e o médico deveria ter especialização em saúde mental. Percebemos durante a pesquisa que a maioria da equipe é do sexo feminino, com idade de 22 a 37 anos, todos os profissionais possuem capacitação em saúde mental e consideram que tem um perfil para trabalhar nesta área.

A equipe que compõem o CAPS é uma equipe multidisciplinar e capacitada para o atendimento em saúde mental, a maioria que compõe a equipe é do sexo feminino, buscam um atendimento humanizado e satisfatório para os usuários do sistema, oferecem aos seus usuários terapia em grupo, oficina terapêutica, atendimento médico, de enfermagem, assistente social e psicológico (terapia individual), fazem visitas domiciliares. O número da equipe que compõe o CAPS I de Tangará da Serra não é adequado, segundo a Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002, está faltando 1 funcionário de nível superior.

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Os familiares que responderam os questionários, são pais, filha, esposa, nora, irmã, a maioria do sexo feminino, de diversas idades e escolaridades, a maioria com a renda de aproximadamente até 2 salários mínios. Os familiares consideram que o tratamento prestado pelo CAPS está sendo efetivo e que a grande maioria conhece os tipos de atendimento prestado, e que tem uma boa receptividade por parte dos funcionários, a maioria frequenta o CAPS regularmente para levar seu familiar e vê a necessidade de mais profissionais para atuarem neste serviço.

Durante a pesquisa percebemos que o atendimento do CAPS em relação à terapia em grupo e/ou oficina é benéfico, porém o uso de medicamentos é essencial para assim alcançar um melhor resultado.

O CAPS do nosso município é composto por um número muito grande de mulheres tanto dos profissionais quanto ao número dos usuários como disse Rézio e Oliveira, 2010, p.350, houve um aumento da participação da força feminina no mundo do trabalho, ocorrendo, também, no trabalho em saúde, e neste estudo, nos CAPS. É importante destacarmos que o aumento da participação feminina no mundo do trabalho está diretamente relacionado à facilidade de submissão da mulher à exploração do capital. A mulher inserida nas relações de trabalho, nas quais, por determinação histórica, há dominação e opressão, tem maiores probabilidades de aceitar condições precárias de trabalho. Portanto, consideramos que, dialeticamente, a mulher inicia uma conquista de espaços públicos no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que se submete a uma maior exploração do capital.

Conforme a Portaria nº 336/GM que regulamenta os CAPS o nosso Município está com déficits no número de funcionários conforme a Portaria nº 336/GM 4.1.2-Recursos Humanos.

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Figura 1: Equipe multidisciplinar que atua no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT
Figura 2: Número de profissionais que atuam no CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT, conforme o  sexo da equipe.
Figura 4: Grau de escolaridade dos profissionais que atuam no CAPS I.
Figura 6: Se os profissionais do CAPS I são capacitados em Saúde Mental.
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Referências

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