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OS SEIS LIVROS DA REPUBLICA, DE JEHAN BODIN (1576)”

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APOSTILA FILOSOFIA - 2º ANO – 3º BIMESTRE

TEORIA GERAL DO ESTADO

O PRINCIPE ”, DE MAQUIAVEL (1513)

Maquiavel nos evoca uma época: O Renascimento Uma Nação: A Itália

Uma Cidade: Florença

E enfim, o próprio homem, um bom funcionário Florentino que na maior ingenuidade e na total ignorância do estranho futuro, trazia o nome de MAQUIAVEL, destinado a mais ruidosa e equivoca reputação e aos trames que a injusta política lhe traria

Ao escrever O Príncipe, Maquiavel expressa nitidamente os seus sentimentos de desejo de ver uma Itália poderosa e unificada. Expressa também a necessidade ( não só dele mas de todo o povo Italiano ) de um monarca com pulso firme, determinado que fosse um legítimo rei e que defendesse seu povo sem escrúpulos e nem medir esforços.

Para Maquiavel , um príncipe não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a integridade nacional e o bem do seu povo.

Maquiavel nunca chegou a escrever a sua frase mais famosa: "os fins justificam os meios". Mas com certeza ela é o melhor resumo para sua maneira de pensar.

OS SEIS LIVROS DA REPUBLICA, DE JEHAN BODIN (1576)”

JEAN BODIN (1530-1596) publicou, em 1576, o livro "DE LÁ REPUBLIQUE", vasta obra de teoria política, que se destacou pelos conceitos emitidos sobre a soberania e o direito divino dos reis, As noções de soberania surgiram num momento em que a França se via assolada pelas guerras de Religião do século XVI. Foi o medo da anarquia que levou Bodin a sustentar que para preservar a ordem social deveria existir uma vontade suprema soberana.

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Nos livros I e II, Bodin estabelece a natureza do Estado como tal, sua finalidade, seu fundamento na família, a cidadania, e as formas possíveis que o Estado pode assumir

No livro III continua a analisar a estrutura essencial do governo, e diz que a sociedade deve contar com um senado ou conselho com um direito constitucional de aconselhar, uma magistratura com direito legal de julgamento, e os Estados Gerais que fazem a ligação entre o povo e o soberano.

No livro IV, como também em parte do V, não está preocupado com a teoria, mas com a prática do governo. Discute as revoluções, quais as suas causas, como evitá-las. Fala da habilitação aos cargos e dos critérios de nomeação dos funcionários.

No livro V diz sobre as leis que governam a distribuição de propriedade, opondo-se ao confisco de patrimônio, por maior que seja a necessidade do tesouro; é contra a venda de cargos públicos. Fala também da arte da guerra No livro VI aborda o papel da Igreja, dizendo que ela tem um dever e um lugar dentro do Estado.Neste último volume retorna à origem divina do poder, dizendo que o microcosmo deve refletir o macrocosmo, e assim, uma vez que o universo está sujeito à única majestade de Deus, assim a sociedade está sujeita à única e soberana majestade do príncipe.

O “LEVIATÔ,

DE THOMAS HOBBES (1651)

O homem é o lobo do homem.

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Onde não existe governo ou lei, os homens naturalmente caem em contendas. Desde que os recursos são limitados, ali haverá competição, que leva ao medo, à inveja e a disputa. Os homens também naturalmente buscam a glória, derrubando os outros pelas costas, já que, de um modo geral, as pessoas são mais ou menos iguais em força e inteligência, nenhuma pessoa ou nenhum grupo pode, com segurança, reter o poder.

Assim sendo, o conflito é perpétuo, e "cada homem é inimigo de outro homem". Nesse estado de guerra nada de bom pode surgir. Enquanto cada um se concentra na autodefesa e na conquista, o trabalho produtivo é impossível. Não existe tranqüilidade para a busca do conhecimento, não existe motivação para construir ou explorar não existe lugar para as artes e letras, não existe espaço para a sociedade só "medo contínuo e perigo de morte violenta".

Então a vida do homem nesse estado é, segundo a mais famosa frase de Hobbes, "solitária, pobre, sórdida, brutal e curta".

Tal visão, que é de conformidade com a desconfiança e desespero da época, obviamente dispensa qualquer referência a Deus. Em particular, ela dispensa qualquer referência ao papel de Deus no governo, que Hobbes via como um produto humano. O governo surge quando o homem, impulsionado pela razão, busca urna boa maneira de evitar seu desesperado estado natural de conflito e medo, esperando atingir a paz e a segurança.

O homem escolhe reconhecer um poder comum, contanto que seu vizinho faça o mesmo, porque só tal coisa pode manter a ordem. Esse poder, então, tem a obrigação de manter a segurança comum; sua ação é através da lei e sua expressão é força incontestável. Pois à medida que o poder é repartido, o conflito vai surgir. E o Leviatã esta para intervir a qualquer hora ou momento.

A “POLITICA EXTRAIDA DA SAGRADA EXCRITURA”, DE BOSSUET (1679 – 1709)

“Considerai o príncipe em seu gabinete. Dali partem as ordens graças as quais procedem harmonicamente os magistrados e os capitães, os cidadãos e os soldados, as províncias e os exércitos, por mar e por terra. Eis a imagem de Deus que, assentado em seu trono no mais alto dos céus, governa a natureza inteira... Enfim, reuni tudo quanto dissemos de grande e augusto sobre a autoridade real. Vede um povo imenso reunido numa só pessoa, considerai esse poder sagrado, paternal e absoluto; considerai a razão secreta, que governa to do o corpo do Estado, encerrada numa só cabeça: vereis a imagem de Deus nos reis, e tereis idéia da majestade real".

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Bossuet admite que existiu outrora um estado de natureza. Para viver em segurança, o povo se organizou, do ponto de vista político, e conferiu o poder supremo a um soberano e aos seus descendentes legítimos. Surgiu, assim, a monarquia, que é a mais comum, a mais antiga e também a mais natural forma de governo.

A monarquia é sagrada, pois os príncipes são como ministros de Deus e seus representantes na terra é absoluta, porque o príncipe não deve prestar contas a ninguém. paternal, porque como o pai de família em relação a seus filhos, o rei "não nasceu para si, mas para o povo". E é justa, porque está sob a proteção de Deus. (Nada melhor do que tais idéias, para os reis de um país que vinha de um período agitado de guerras religiosas e de enfrentamento com a nobreza.)

Entretanto, já no final do século XVIII, na Inglaterra, e durtante o século XVIII, na França, surgiram fortes corretnes de pensamento contrárias ao absolutismo monárquico. As teorias políticas de locke, Montesquieu e Rousseau contribuíram de forma marcante para abalar a estruturas do Antigo Regime.

O “ENSAIO SOBRE O GOVERNO CIVIL”, DE JOHN LOCKE (1690)

O escritor inglês John Locke (1632/1704) personificou, na Inglaterra do final do século XVII, as tendências liberais opostas às idéias absolutistas de Hobbes. Partidário dos defensores do Parlamento, seu "Ensaio sobre o Governo Civil" foi publicado em 1690, menos de dois anos depois da Revolução Gloriosa de 1688, que, destronou o rei Jaime II.

0 ponto de partida de Locke é mesmo de Hobbes seguido de um "contrato" entre os homens, que criou a sociedade e o governo civil. Mas, Locke chega a conclusões opostas às de Hobbes pois, sustenta que, mesmo no estado de natureza, o homem é dotado de razão. Dessa forma, cada indivíduo pode conservar sua liberdade pessoal e gozar do fruto de seu trabalho.

Entre os direitos que, segundo Locke, o homem possuía quando no estado de natureza, está o da propriedade privada que é fruto de seu trabalho. 0 Estado deve, portanto, reconhecer e proteger a propriedade. Locke defende também que a religião seja livre e que não dependa do Estado.

Em sua obra "Ensaio sobre o Governo Civil", Locke defende os princípios liberais de liberdade individual, direito à propriedade e divisão dos poderes do Estado. Ao sustentar também o direito do povo a sublevação, fez a justificativa da Revolução Gloriosa de 1688, que derrubou Jaime II e consolidou a vitória do Parlamento sobre o Rei.

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legislativa e a executiva, bem como na correspondência quase perfeita entre essas duas distinções - o poder legislativo emana do povo representado no parlamento; o poder executivo é delegado ao rei pelo parlamento.

“O ESPIRITO DAS LEIS”, DE MONTESQUIEU

Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”.

Charles Louis de Secondat, conhecido como Barão de Montesquieu (1689-1755), nascido no castelo de La Bréde, perto de Bordéus (França), entrou para a história da ciência política pela importância e atualidade dos argumentos da sua principal obra

L’Esprit des Lois (O Espírito das Leis, 1748). Escrito num longo período de 20 anos na

França revolucionária, o livro exerceu imensa influência, tanto na Revolução Americana, quanto na Francesa, no sistema de governo inglês e, de certa forma, em todo o mundo durante os dois últimos séculos.

Para solucionar o problema, daquilo que Montesquieu chama de “verdade eterna”, à medida que “qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele”, o autor sugere um antídoto infalível: “Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder”. Assim, criam-se os poderes legislativo, executivo e judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que a mesma não existe se uma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes ao mesmo tempo. É a tripolarização dos poderes.

Com isso cria se um sistema chamado de freios e contra pesos, onde todos fiscalizam e são fiscalizados, não podendo qualquer um que seja tornar um regime autoritário.

Outra característica de Montesquieu e de examinar 3 tipos de governo, a República, a Monarquia e o Despotismo, onde explica também que as leis que governam o povo devem levar em consideração o clima, a geografia e outras circunstâncias gerais, e que, também as forças que governam devem ser separadas e balanceadas para garantir os direitos individuais e a liberdade.

DO CONTRATO SOCIAL”, DE J. J. ROSSEAU

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A sociedade nasce, igualmente, de um contrato, ele apresenta a mesma mentalidade comercial e o mesmo individualismo burguês. O indivíduo é preexistente e funda a sociedade através de um acordo, de um contrato.

Rousseau viu o homem na natureza como sem moralidade, mas ao mesmo tempo sem maldade; o homem é corrompido não pela natureza, mas pela posse da propriedade e pela formação da própria sociedade civil. Ë a sociedade civil que é corrupta e a natureza é um ideal pré-humano.

No contrato social, Rousseau critica o absolutismo francês, e prefere a democracia. A lei deve ser igual para todos, e ninguém deve se por acima dela. Os costumes, através de gerações levam à obediência passiva. A liberdade é boa e nutre os fortes, mas abate os fracos. Na pátria que Rousseau queria ter nascido, os homens, acostumados à independência, são dignos dela.

Nela, o domínio da fronteira não seria motivo de guerra. O direito de legislar seria comum a todos os cidadãos. No Do contrato social, Rousseau fala da figura do legislador, que deve representar a vontade geral.

O QUE É TERCEIRO ESTADO”, DE SIEYÈS

(1789)

0 abade Sieyés foi autor de vários opúsculos que contribuíram para criar a consciência revolucionária do Terceiro Estado. No panfleto "Qu 'est-ce que le Tiers Etat", ele fez progredir o debate sobre a 1 forma de convocação dos Estados Gerais, quando indagava: 0 que é o Terceiro Estado? - Tudo. 0 que ele foi até agora na ordem política? - Nada. - 0 que ele quer? Tornar-se alguma coisa."

Tudo, nada, algo,dir-se-ia hoje um slogan onde as mais ardentes paixões da época encontravam a sua formula de propaganda , o seu brado de guerra.

Tudo, para uma nação prosperar e preciso trabalhos particulares para sustentar a sociedade, e funções publicas para administrar-la.

Nada, nada se é quando se tem por si exclusivamente a proteção da lei comum. O terceiro estado é o conjunto dos que pertencem a ordem comum; que esta sujeitos a lei comum, isto é, a massa dos não privilegiadas.

Algo, o povo quer ser algo, na verdade o mínimo possível; formula então apenas três pedidos: ser representado por deputados verdadeiramente seus ; que se vote por cabeça e não por ordem; ser também representados por pessoas ‘’maculadas’’, de privilégios, togados e outros.

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rurais, banqueiros), a elas se social que tinha um projeto político para substituir o absolutismo, baseado nos princípios iluministas da igualdade perante a lei e do liberalismo político e econômico

A massa da população, formada por artesão, diaristas pequenos comerciantes, músicos, aprendizes, etc, não participou das eleições, pois só podiam - votar aqueles que tivessem o ofício ou emprego público, grau universitário ou de mestre de corporação e que pagassem pelos menos seis libras de imposto de capitação.

REFLEXOES SOBRE A REVOLUCAO FRANCESA”. DE EDMUND BURKE (1970)

Burke nunca sistematizou o seu pensamento político, que só pode ser conhecido pela leitura dos seus textos e discursos. Opondo-se desde cedo à doutrina dos direitos naturais, aceitava contudo o conceito de contrato social a que lhe juntava a ideia da sanção divina.

Para Burke a Liberdade, o grande ideal revolucionário, é um bem. Mas a justiça, a ordem e a paz, também o são, e são indispensáveis à existência prática da liberdade. Assim, o objetivo não deve ser um fim perfeito e final de uma sociedade, mas o que for mais praticável.

A sua principal obra, as Reflexões sobre a Revolução em França foram lidas por toda a Europa, incentivando os seus dirigentes a resistir à Revolução Francesa.

Para Burke, a Revolução francesa baseava-se numa teoria, a teoria dos Direitos Humanos, com preposições simples, universais e dogmáticas, que fazia apelo às leis da razão, claras e indiscutíveis, que se justificavam a si próprias, e que levavam a pôr de parte tradições e costumes sociais de séculos, para remodelar a sociedade de acordo com um plano inteligível e racionalmente justificado.

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OS “DISCURSOS À NACAO ALEMÔ, DE FICHTE (1807 – 1808)

Johann Gottlieb Fichte nasceu em 19 de maio de 1762 em Rammenau, Alemanha, filho de um tecelão. Depois de estudar nas universidades de Jena e Leipzig, foi preceptor em Zurique, na Suíça, e logo em Leipzig. Em 1791 viajou a Königsberg para conhecer Kant, cuja filosofia ética o atraía fortemente.

Filosofia de Fichte, baseada no valor moral inerente ao homem e muito próxima do pensamento de Kant, pretendia se consubstanciar em princípios capazes de orientar a ação prática

O primeiro e maior discípulo de Kant, que encaminhou decididamente o criticismo pela senda do idealismo imanentista, é Fichte. Resolve ele o mundo kantiano da sensibilidade, perante o qual, no dizer de Kant, o espírito seria passivo, no mundo da natureza, criado pelo espírito para se realizar a si mesmo como eticidade e liberdade, pois Fichte mantém o conceito kantiano do primado da razão prática, precisamente no conceito do espírito como eticidade.

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