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PERFIL DAS FINANÇAS PESSOAIS DE ALUNOS PÓS GRADUANDOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA | Revista Tecnológica

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PERFIL DAS FINANÇAS PESSOAIS DE ALUNOS PÓS GRADUANDOS DE UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA1

Charliane Casarotto2 Josiane Brighenti, Me.3

RESUMO

O objetivo do estudo foi verificar o perfil das finanças pessoais de alunos pós-graduandos de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina. Desta forma o presente estudo, caracteriza-se como uma pesquisa descritiva quanto ao objetivo, de levantamento no que se refere aos procedimentos de coleta e com abordagem quantitativa quanto a análise dos dados. A amostra final foi representada por 192 estudantes de pós-graduação de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina. Os resultados evidenciam que atualmente os indivíduos estão mais preocupados em destinar as suas finanças pessoais nos gastos com alimentação e pagamentos de contas de consumo, do que com lazer ou aquisições de bens. A maioria dos pesquisados não estão propensos ao endividamento e realizam algum tipo de poupança financeira, mesmo que os controles de gestão das finanças pessoais aconteçam de forma esporádica. Porém, em razão da pouca utilização de mecanismos de controle, é notória a necessidade de conhecimentos quanto a educação financeira pessoal.

Palavras-chave: Finanças pessoais. Educação financeira. Planejamento.

1 INTRODUÇÃO

Com a praticidade da captação de recursos financeiros, devido à facilidade de negociações de taxas de juros e parcelas, muitas pessoas perderam o hábito de poupar suas finanças. Deste modo, um bom planejamento financeiro pessoal pode ser afetado ou deixado de lado.

Ouve-se falar muito em crise econômica e diante deste cenário se torna imprescindível a gestão e planejamento das finanças pessoais. De acordo com o Banco Central do Brasil (BACEN) a educação financeira pode trazer o equilíbrio das finanças pessoais, preparar as pessoas para cenários econômicos negativos e para um futuro com estabilidade financeira (BACEN, 2013).

Administrar e planejar as ações diante dos diferentes cenários econômicos faz com que o indivíduo perceba as mudanças de forma antecipada, garantindo um diferencial nos resultados

1 Artigo científico apresentado como requisito para a obtenção do título de especialista em Custos e Finanças. 2 Acadêmica, E-mail: charlicasarotto@gmail.com.

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financeiros futuros. Neste sentido, o artigo tem como tema a análise da gestão de finanças pessoais, voltado aos estudantes de pós-graduação, visando identificar de que forma estes estudantes que já possuem formação acadêmica superior tratam de suas finanças pessoais.

Diante do exposto, surge a problemática norteadora do estudo: Qual o perfil das finanças pessoais de alunos pós-graduandos de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina? O objetivo do estudo é verificar o perfil das finanças pessoais de alunos pós-graduandos de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina.

O estudo se justifica pela a importância da gestão das finanças pessoais para atingir estabilidade financeira e estar preparado para os mais diversos cenários econômicos, justifica-se também pela contribuição ao aprendizado e qualificação acadêmica.

Conforme o BACEN (2013), os indivíduos que possuem boa educação financeira buscam produtos e serviços adequados às suas necessidades, o que ocasiona competitividade de mercado, uma vez que por conhecerem melhor o mercado financeiro, exigem maior transparência das operações, o que torna o mercado financeiro mais eficaz.

Um estudo realizado Santos et al. (2009) demonstrou que a propensão ao consumo que está diretamente ligado ao materialismo e bem-estar, é um dos principais fatores de endividamento dos indivíduos, que se utilizam de alguma forma de dívida para suprir as necessidades do consumismo.

Outra pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (FECOMERCIO), demonstra que o cartão de crédito é o principal agente de endividamento entre as pessoas, sendo o maior responsável pelas dívidas dos indivíduos (FECOMERCIO, 2015).

Deste modo, a gestão das finanças pessoais torna-se um importante aliada ao controle do endividamento, uma vez que através do planejamento das finanças pessoais é possível administrar os gastos sem imprevistos financeiros.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo apresenta-se o embasamento teórico para a pesquisa, abordando aspectos relacionados à gestão financeira e suas ferramentas, com foco nas finanças pessoais, bem como estudos correlatos à esta pesquisa.

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Vivemos um momento em que as pessoas perderam o costume de economizar e existem diversos fatores que influenciam para a falta de economia. A gama cada vez maior por uma vida confortável, aquisições de bens materiais cada vez mais desejado pelas pessoas são grandes rivais para que seja possível que se faça economia.

A gestão financeira torna-se uma aliada quando o assunto são finanças pessoais e prevenção das diversas variações econômicas que ocorrem constantemente, bem como para garantir um futuro favorável e financeiramente estável. Neste sentido, Silva (2013, p.6) comenta que “o ato de planejar significa organizar-se antes de agir, considerando as possibilidades de atingir objetivos e as metas, acompanhando e avaliando sempre”.

Planejar é decidir antecipadamente o que fazer, como fazer e quando fazer para alcançar os objetivos esperados. Neste sentido, é importante avaliar e definir os objetivos e metas financeiras, sejam de curto ou longo prazos e elaborar controle para gestão das finanças pessoais (BACEN, 2013).

A gestão e planejamento das finanças corresponde ao processo de formulação de estratégias em que as pessoas visam alcançar resultados positivos, atendendo as pretensões em relação ao futuro, conforme conceituam Chiavenato e Sapiro (2003, p. 39), o planejamento estratégico pode ser considerado “um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que está atuando [...]. Está relacionado com os objetivos estratégicos de médio e longo prazo que afetam a direção ou viabilidade [...]”.

Da mesma forma acontece com as finanças pessoais, onde os indivíduos ou o grupo familiar organiza suas finanças e planeja a melhor forma de aplica-las, através de estratégias que visam atingir os objetivos esperados dentro de um prazo de tempo.

Conforme o BACEN (2013), controlar os gastos e consumir de forma planejada não significa deixar de comprar, mas impor prioridades dentro de um determinado período, ou seja, utilizar as finanças pessoais do grupo familiar para realizar as rotinas e projetos mais importantes, podendo evitar gastos desnecessários. Deste modo, o planejamento financeiro pessoal permite consumir mais e melhor.

Silva (2013, p. 14) descreve planejamento financeiro pessoal como "um guia que deve ser seguido a fim de se alcançar os mais diversos objetivos pretendidos. Seja um objetivo especifico para comprar um bem, investir na carreira profissional, montar um negócio, ou mesmo direcionar as suas ações".As pessoas que realizam planejamento de suas finanças e as

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controlam da forma com que foi planejado, estarão preparadas ao mercado econômico e suas instabilidades, pois tendem a perceber de forma mais rápida as mudanças e tomar decisões que garantem a melhoria da qualidade de vida, tanto pessoal, como do grupo familiar em que vive.

2.2 FERRAMENTAS DE GESTÃO FINANCEIRA

Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas para realização do planejamento e gestão de recursos financeiros, porém, para que seja possível utiliza-los é preciso primeiro compreender como classificar cada tipo de gasto.

Oliveira (2002) conceitua despesas como todos os gastos, pago ou incorrido, relativos a benefícios obtidos. Porém as despesas não podem ser confundidas com os investimentos, que são todo valor aplicado ou gasto em troca de algo, onde se espera obter benefício futuro. Por exemplo, aquisição de bens que se revertem em benefícios para os que os utilizam.

O processo de gestão é um processo de controle sobre os destinos das finanças pessoais, uma vez que o controle possibilita comparar o realizado com o planejado. Oliveira (2001, p. 170) descreve sobre o que é controle:

O controle liga-se diretamente à função de planejamento, já que seu propósito é assegurar que as atividades da organização sejam desempenhadas de acordo com o plano. Isso é efetuado por um sistema de informações que fornece o feedback, o que possibilita a comparação do desempenho efetuado com as metas planejadas, sendo o controle necessário em relação aos planos de longo e de curto prazos.

Para ter controle, faz-se necessário conhecer os tipos de gastos que acontecem, identificar as prioridades e compreender sobre gestão das finanças pessoais. É importante conhecer as formas de gestão financeira que contribuem para os controles financeiros pessoais. Dentre os diversos mecanismos formais de controle e gestão tem-se o Balanço Patrimonial, o Fluxo de Caixa e o Orçamento.

O Balanço Patrimonial é uma demonstração dos ganhos e gastos de grande importância a ser avaliado e analisado, pois pode garantir que o futuro das finanças pessoais esteja controlado de acordo com o que as pessoas planejam e desejam para si. Iudícibus e Marion (2009) descrevem que o Balanço Patrimonial registra os ativos, que compreendem os bens e os direitos, e os passivos e patrimônio líquido, representados pelas obrigações. Ademais, o Balanço Patrimonial “reflete a posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado” (IUDÍCIBUS; MARION, 2009, p. 162 a 163).

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Outro mecanismo é o fluxo de caixa, que tem por principal finalidade acusar os fluxos constantes de recursos financeiros e como os mesmos são gastos em um determinado período, ou seja, através do fluxo de caixa é possível identificar os momentos de deficiência ou sobras monetárias.

Para calcular o fluxo de caixa, é necessário ajustar o lucro líquido para refletir as receitas e despesas que não representam caixa, tais como a depreciação e impostos diferidos, para maioria das empresas, o ajuste mais significativo de itens que não representam caixa é devido à depreciação (ALCÂNTARA; SALAZAR 2001, p. 57). Assim, o fluxo de caixa não representa apenas valores monetários desembolsáveis, mas sim, deve-se levar em consideração todos os valores, independente de acontecer o desembolso ou não. Mesmo nos modelos de gestão financeira pessoal, é importante avaliar e provisionar os valores que não representam caixa, pois refletirá na gestão dos recursos futuros.

O fluxo de caixa lista e registra os valores recebidos e gastos por uma pessoa dentro de um período de tempo previamente estabelecimento. Portanto, manter as informações adequadas ao fluxo de caixa é essencial para a tomada de decisões. Podem ser percebidos e avaliados os custos fixos e os custos variáveis, e medidas para o controle mais eficaz de gastos e receitas podem ser tomadas (ZDNOWICZ, 2001).

As pessoas precisam dispor de recursos financeiros para todas as operações que desejam, seja para quitar despesas rotineiras ou para investir ou adquirir novos bens que possam trazer benefícios futuros. Neste sentido, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta de gestão, uma vez que auxilia na tomada de decisão, identificar quais os destinos dos recursos financeiros e encontrar maneiras de poupar valores que serão de grande importância para garantir um futuro estável (ZDNOWICZ, 2001).

Outra ferramenta importante de gestão das finanças é o orçamento.

O orçamento é uma declaração de planos financeiros e não financeiros para um período que está por vir, normalmente um ano. Os orçamentos, além de serem parâmetros para avaliação dos planos, permitem a apuração do resultado por área de responsabilidade, desempenhando papel de controle por meio dos sistemas de custos e contabilidade. (LUNKES, 2010, p. 28).

Neste sentido, no orçamento são listadas todas as receitas e despesas esperadas e previstas para um determinado período, facilitando a avaliação sobre o desempenho das finanças pessoais (LUNKES, 2010).

Conforme o BACEN (2013), o orçamento pode ser uma ferramenta de gestão financeira pessoal que contribui para a realização dos sonhos. Para que isso aconteça, é preciso estabelecer

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metas que necessitam de recursos financeiros para que sejam alcançadas e deste modo incluir em orçamento todos os ganhos e gastos, de forma clara e organizada. Assim, é importante estabelecer diretrizes de onde o indivíduo quer chegar e elaborar um plano orçamentário que pode garantir os resultados esperados.

2.3 ESTUDOS RELACIONADOS

O Quadro 01 apresenta estudos relacionados ao tema proposto nesta pesquisa. Quadro 1 - Estudos relacionados ao tema

Autor Objetivo Resultado

Ribeiro et al. (2009)

O objetivo é avaliar a propensão ao endividamento e os gastos dos estudantes de Administração da Universidade Federal de Santa Maria. Especificamente, busca-se verificar a propensão ao endividamento e avaliar a influência de fatores comportamentais (materialismo e uso de cartão de crédito) e de perfil (gênero, idade e religião).

O trabalho mostrou que, em média, os acadêmicos do Curso de Administração integrantes da amostra pesquisada, atualmente, são pouco propensos ao endividamento e conseguem gastar menos do que ganham, economizando parte de sua renda mensal. As mulheres estão mais propensas ao endividamento, bem como os indivíduos mais religiosos.

Mello (2010)

O objetivo geral deste trabalho é pesquisar e analisar a importância que é dada pelos funcionários do Banco X SA, Agência Campo Bom, Rio Grande do Sul, ao processo de educação, planejamento financeiro e formação de patrimônio.

Conforme dados apurados, os funcionários dão importância para a busca de informações sobre educação financeira e consideram muito importante buscar informações sobre o assunto. Percebeu-se que existe interesse da maioria em adquirir conhecimento sobre o assunto: planejamento financeiro e a formação de patrimônio.

Fogaça (2012)

O objetivo deste estudo consiste em verificar de que forma os acadêmicos do curso de Ciências Contábeis das 7a, 8a e 9a fases da UNESC realizam a gestão financeira pessoal.

Os resultados evidenciam que: há uma maior abrangência de acadêmicos do gênero feminino no curso, com a faixa etária compreendida entre18 e 23 anos; grande parte dos acadêmicos avaliam que obtiveram informações financeiras em seu desenvolvimento, no entanto, ao avaliar o conhecimento destes, na área financeira, estima-se a necessidade do grupo pesquisado, em buscar educação financeira.

Cenci; Pereira e Barichello

(2015).

O objetivo é apresentar um estudo envolvendo estudantes do ensino médio de escolas estaduais e a educação profissional, no município de Chapecó-SC referente à temática do planejamento e controle familiar dos recursos financeiros.

Os resultados indicam que a renda média familiar do objeto de estudo é inferior ao contexto nacional, mesmo assim há uma tendência nas famílias de realizarem investimentos em poupança.

Fonte: Elaborado pela autora (2016).

Os estudos relacionados evidenciam que apesar das amostras pesquisadas serem pouco propensas ao endividamento, faz-se necessário uma reestruturação da educação financeira dos

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indivíduos pesquisados. Existe o interesse em realizar gestão das finanças pessoas, porém é preciso conhecer melhor as diretrizes, garantindo que não acontecerão imprevistos futuros.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O objetivo do estudo é verificar o perfil das finanças pessoais de alunos pós-graduandos de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina. Desta forma o presente estudo, caracteriza-se como uma pesquisa descritiva quanto ao objetivo, de levantamento no que se refere aos procedimentos de coleta e com abordagem quantitativa quanto a análise dos dados. Rodrigues (2007, p. 29) conceitua o processo descritivo como a apresentação de “informações, dados, inventários de elementos constitutivos ou contíguos ao objeto, dizendo o que ele é, do que se compõe, em lugar está localizado no tempo e no espaço, revelando periodicidade, indicando possíveis regularidades ou irregularidades [...]”.

Em relação ao procedimento de coleta de dados, a pesquisa caracteriza-se como levantamento. Para Creswell (2007) a pesquisa de levantamento trata de uma descrição quantitativa ou numérica de tendências, atitudes ou opiniões de uma população, onde o pesquisador pode investigar o total da população ou uma amostra dela.

Os dados foram coletados através de questionários com perguntas fechadas contendo 17 questões, no período entre março e abril de 2016. A população inicial desta pesquisa compreendeu os estudantes de pós-graduação de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina que totalizam 265 estudantes. O Quadro 2 apresenta a amostra final dos estudantes participantes da pesquisa.

Quadro 2 – População e amostra do estudo

População e amostra Frequência Percentual (%)

População 265 100%

Amostra 192 72%

Fonte: Dados da pesquisa.

Observa-se no Quadro 2 que a amostra final ficou representada por 192 alunos de pós-graduação que responderam adequadamente o questionário de pesquisa, o que representa cerca de 72% da população.

Após a coleta e tratamento dos dados, aplicou-se estatística descritiva e teste de médias (t), por meio do SPSS®, a fim de atender ao objetivo proposto.

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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A análise se inicia pela caracterização dos respondentes, seguida pela análise das formas de pagamento e endividamento, na sequência analisa-se a educação financeira, e por último a análise entre os grupos a fim de verificar se há diferenças de médias entre os respondentes.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS RESPONDENTES

A amostra da pesquisa foi composta por um total de 192 respondentes, sendo que destes, 92 respondentes ou 48% da amostra são do gênero feminino, e 100 respondentes ou 52% da amostra do gênero masculino. Verificou-se também a faixa etária dos respondentes, conforme demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1 - Faixa etária

Faixa Etária Frequência Percentual

Até 25 anos 72 38%

De 26 à 30 anos 60 31%

De 31 à 40 anos 51 27%

Acima de 41 anos 9 5%

Total 192 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme apresentado na Tabela 1, 38% da amostra analisada são pessoas de até 25 anos de idade, 31% estão entre 26 e 30 anos, 27% encontram-se na faixa de 31 à 40 anos, e apenas 5% dos respondentes possuem mais de 41 anos de idade, caracterizando uma população jovem. Outra questão é em relação ao estado civil, apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 - Estado civil

Estado Civil Frequência Percentual

Solteiro (a) 91 47%

Casado (a) 70 36%

União Estável 31 16%

Viúvo (a) 0 0%

Total 192 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 2, dentre os respondentes, a maioria é solteiro, cerca de 47%. Já os casados correspondem a 36% e união estável representa 16%. Nenhum dos respondentes é viúvo. Verificou-se também a formação acadêmica, conforme apresentado na Tabela 3.

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Tabela 3 - Formação acadêmica

Formação Acadêmica Frequência Percentual

Administração 43 22% Contabilidade 31 16% Economia 2 1% Engenharia 72 38% Outros 44 23% Total 192 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

É possível observar, por meio da Tabela 3, que a maioria dos respondentes, 38%, possuem formação acadêmica nas mais diversas áreas da engenharia. Os formados em administração correspondem à 22%, em contabilidade 16%, economia apenas 1%. Os demais respondentes, cerca de 23% possuem formação acadêmica em outras áreas como arquitetura, farmácia, fisioterapia, publicidade, psicologia, dentre outros. Outra informação verificada foi quanto à renda familiar mensal, apresentada na Tabela 4.

Tabela 4 - Renda familiar mensal

Renda Familiar Mensal Frequência Percentual

Até 2.000,00 9 5% De 2.001,00 à 4.000,00 52 27% De 4.001,00 à 6.000,00 55 29% De 6.001,00 à 8.000,00 47 24% Acima de 8.001,00. 29 15% Total 192 100%

Fonte: Dados da pesquisa

Os dados apresentados na Tabela 4 demonstram que o maior percentual de respondentes, cerca de 29%, possuem uma renda familiar mensal de R$ 4.001,00 à 6.000,00. A segunda maior proporção de respondentes possuem renda familiar mensal de R$ 2.001,00 à 4.000,00. Cerca de 24% apresentam renda familiar mensal de R$ 6.001,00 à 8.000,00, e 15% acima de R$ 8.001,00. Apenas 5% dos respondentes possuem renda de até R$ 2.000 mensal.

4.2 FORMAS DE PAGAMENTO E ENDIVIDAMENTO

A primeira pergunta foi em relação à destinação da renda familiar, os respondentes enumeraram de 1 a 6 de acordo com a relevância dos principais gastos mensais. O Gráfico 1 apresenta o resultado desta questão.

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Gráfico 1 - Principais gastos mensais

Fonte: Dados da pesquisa.

É possível verificar no Gráfico 1 que o maior gasto é com alimentação, 107 respondentes indicaram essa despesa como a que consome a maior proporção da renda familiar mensal, na sequência, as despesas com luz, telefone, água, esgoto e combustível ocupam a posição de segundo maior gasto, ou seja, 100 respondentes apontaram esses gatos como relevantes em termos de aplicação da renda familiar mensal.

Por outro lado, as pessoas estão gastando menos dinheiro com lazer, 109 respondentes indicaram que essa despesa recebe a menor proporção de recursos mensais. Outra evidência apresentada é que as pessoas estão adquirindo menos bens, ou seja, a aquisição de bens ficou atrás somente do lazer em termos de menor proporção de gastos.

Esses dados demonstram que as famílias estão gastando seus recursos mensais em maior proporção com as necessidades básicas, que são alimentação, luz, água, esgoto e combustível, e estão sobrando menos recursos para gastos com lazer e também com aquisição de bens.

Foi questionado também hábitos dos respondentes que possam evidenciar o endividamento pessoal, medido por escala likert de 5 pontos, sendo 1 para nunca utiliza até 5 para sempre utiliza, conforme apresenta a Tabela 5.

Tabela 5 - Endividamento

Estatísticas descritivas

Endividamento N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Parcelamento de compras 192 1 5 2,88 0,929

Pagamento com atraso 192 1 5 1,56 0,829

Captação de empréstimos para saldar dívidas mensais 192 1 4 1,39 0,637 Fonte: Dados da pesquisa.

107 100 30 46 29 6 16 15 27 64 87 109 0 20 40 60 80 100 120 Alimentação Luz, telefone, água, esgoto, combustível Educação Moradia (aluguel, financiamentos) Aquisição de bens Lazer

Principais gastos mensais

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Por meio dos dados obtido na Tabela 5 é possível verificar que o perfil dos respondentes não é de propensão ao endividamento, em razão de que todos os itens apresentaram média abaixo de 3 pontos, ou seja, o parcelamento de compras, o pagamento com atraso e a captação de empréstimos para saldar dívidas mensais são hábitos pouco comuns entre os respondentes.

Os resultados apresentados pela pesquisa de Ribeiro et al. (2009) realizada em estudantes de graduação, também são de baixa propensão ao endividamento, uma vez que a maior parte da amostra pesquisada reconhece ser necessário gastar menos do que recebem, sabem quando devem e reforçam a importância de controlar os gastos.

Outra questão aplicada foi em relação aos meios de pagamento que as pessoas vêm utilizando nas compras efetuadas, avaliados por meio de escala likert de 5 pontos sendo uma 1 para nunca utiliza até 5 para sempre utiliza. A Tabela 6 apresenta a estatística descritiva deste resultado.

Tabela 6 - Meios de pagamento

Estatísticas descritivas

Meios de Pagamento N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

À vista com dinheiro 192 1 5 3,65 1,062 Cheque à vista 192 1 5 1,38 0,770 Cheque a prazo 192 1 4 1,34 0,683 Crediário 192 1 5 2,04 1,090 Cartão de débito 192 1 5 3,32 1,330 Cartão de crédito 192 1 5 2,84 1,485 Fonte: Dados da pesquisa.

É possível verificar, por meio da Tabela 6, que a maior média de utilização para pagamento concentra-se na forma à vista com dinheiro, 3,65 e com cartão de débito, 3,32, corroborando com a ideia de não propensão ao endividamento dos respondentes. As formas de pagamento que apresentaram menor média foi cheques a prazo e à vista, 1,34 e 1,38 respectivamente, indicando que estes meios estão caindo em desuso.

4.3 EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Na análise da educação financeira, verificou-se a importância atribuída pelos respondentes ao planejamento financeiro e ao controle do orçamento pessoal, bem como, às práticas de controle e planejamento financeiro pessoal, com aplicação de escala likert de 5 pontos, sendo 1 para não importante ou nunca e 5 para extremamente importante ou sempre, conforme demonstrado na Tabela 7.

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Tabela 7 - Importância e práticas de controle financeiro pessoal Estatísticas descritivas

Importância e práticas de controle

financeiro pessoal N Mínimo Máximo Média

Desvio padrão

Importância do planejamento financeiro

pessoal 192 1 5 4,45 0,729

Prática de controle e planejamento financeiro

pessoal 192 2 5 3,96 0,815

Realização de Economias Financeiras 192 1 5 3,61 1,032

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 7 demonstra que os respondentes consideram o planejamento financeiro e o controle do orçamento pessoal muito importante, com média 4,45. No entanto, quando questionados sobre a prática desse planejamento e controle, a média obtida foi de 3,96, ou seja, as vezes é que os respondentes planejam e controlam suas finanças. Em relação à realização de economias financeiras, a média foi de 3,61, indicando que às vezes é que é realizado poupança pelos respondentes.

Na sequência, foi verificado a utilização de instrumentos para controle financeiro pessoal, com aplicação de escala likert de 5 pontos, sendo 1 nunca utiliza e 5 sempre utiliza, conforme observa-se na Tabela 8.

Tabela 8 - Instrumentos de controle financeiro

Estatísticas descritivas

Instrumentos de controle financeiro N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Balanço Patrimonial 192 1 5 2,01 1,164

Simples Anotações 192 1 5 3,71 1,206

Fluxo de Caixa 192 1 5 2,89 1,423

Orçamento 192 1 5 3,47 1,270

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme a Tabela 8, é possível verificar que em média, os instrumentos controles são pouco utilizados para controle das finanças pessoais. O orçamento foi o que obteve média maior de utilização, 3,71, seguido de simples anotações com média de 3,47, tais resultados indicam que somente “as vezes” esses instrumentos são utilizados pelos respondentes. Os demais instrumentos apresentaram média inferior a 3, o que significa dizer que nunca ou raramente são utilizados para controle das finanças pessoais.

Uma pesquisa realizada por Fogaça (2012) em acadêmicos de ciências contábeis, demonstra que a maior parte da amostra pesquisada não utiliza métodos contábeis para realização de gestão financeira pessoal, apesar de perceberem a importância das demonstrações para controle das finanças do grupo familiar.

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A última questão foi em relação a realização de poupança ou investimentos pelos respondentes, a Tabela 9 apresenta os dados apurados.

Tabela 9 – Percentual de renda poupado ao mês

Percentual da renda poupado ao mês Frequência Percentual

Até 10% 93 48%

De 11% à 20% 45 23%

De 21% à 30% 13 7%

Acima de 30% 23 12%

Não faço poupança, aplicação ou investimento. 18 9%

Total 192 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Por meio da Tabela 9 é possível verificar que a maior parte dos respondentes costumam poupar até 10% da renda familiar mensal, ou seja, 48% respondentes conseguem poupar seus recursos nessa proporção. Cerca de 23 % dos respondentes indicaram poupar um percentual de 11% a 20% dos recursos mensais. Já para 7% costumam poupar entre 21% e 30% da sua renda mensal. Acima de 30% de poupança dos recursos mensais apenas 12% dos respondentes costumam realizar. Outros 9% não costumam poupar nenhum percentual de sua renda familiar mensal.

Estes resultados podem ser comparados à pesquisa realizada por Cenci et al (2015), que tem por objetivo avaliar a educação financeira doméstica e traz como resultados que 47% da amostra pesquisada costuma realizar algum tipo de poupança financeira. Verificou-se também a forma de aplicação desses valores poupados, conforme demonstrado na Tabela 10.

Tabela 10 – Formas de aplicação dos recursos poupados

Formas de aplicação dos recursos poupados Frequência Percentual

Caderneta de poupança 97 51% Aplicações financeiras 62 33% Títulos de capitalização 5 3% Fundos de investimentos 19 10% Outros 6 3% Total 189 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Os participantes puderam assinalar mais de uma opção, em razão de possuírem mais de um tipo de investimento. Por meio da Tabela 10 é possível verificar que 51% dos investimentos realizados são na tradicional caderneta de poupança, considerada como um investimento seguro, livre de imposto de renda, mas que possui rendimentos menores que outras aplicações. As aplicações financeiras somam 33% dos investimentos realizados, apesar de incidir

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tributação do importo de renda, elas costumam ter um rendimento maior que a caderneta de poupança, por isso, alguns a consideram melhor opção para guardar dinheiro.

Os fundos de investimentos representaram 10% das formas de aplicação de recursos, os títulos de capitalização 3%, e outras formas de investimento que os respondentes incluíram como consórcios, imóveis e previdência privada, somaram outros 3% das opções de poupança de recursos.

4.4 TESTE DE MÉDIAS (T)

Foi verificado também se há diferenças de médias entre os grupos respondentes, por meio da aplicação do teste t. Todas as questões aplicadas referentes às formas de pagamento, endividamento e educação financeira foram testadas. Considerou-se para análise apenas as variáveis que apresentaram diferenças estatisticamente significantes a nível de 10%.

O primeiro teste T foi aplicado para verificar se houve diferença de médias nas respostas, considerando a formação acadêmica dos respondentes. A amostra foi dividida em dois grupos, AEC que representa as formações em administração, economia e contabilidade, e OF que são outras formações, engenharias, psicologia, arquitetura, fisioterapia, dentre outros. Os resultados estão representados na Tabela 11.

Tabela 11 - Estatísticas de amostras emparelhadas - Formação

Estatísticas de amostras emparelhadas - Formação Média Diferença de

Média Sig.

Par 7 AEC - à vista com dinheiro 3,49 -,434 0,008

OF - à vista com dinheiro 3,92

Par 8 AEC - cheque à vista 1,49 ,250 0,046

OF - cheque à vista 1,24

Par 18 AEC- Balanço Patrimonial para controlar finanças 1,88 -,289 0,099 OF - Balanço Patrimonial para controlar finanças 2,17

Fonte: Dados da pesquisa.

Por meio da Tabela 11, verifica-se que houve diferenças de médias entre os respondentes em relação à forma de pagamento das compras mensais e instrumentos de controle financeiro. No que se refere às formas de pagamento, constatou-se que os respondentes que possuem outras formações (OF) apresentaram uma média maior em relação a pagar suas compras mensais à vista com dinheiro, e que em média utilizam menos a opção de cheques à vista do que os formados em administração, economia e contabilidade (AEC).

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Quanto aos instrumentos de controle financeiro, os respondentes que possuem outras formações (OF) apresentaram uma média superior de utilização do Balanço Patrimonial do que os respondentes formados em administração, economia e contabilidade (AEC). Tal resultado é surpreendente uma vez que, teoricamente, o segundo grupo (AEC) possui maior conhecimento de aplicação desse instrumento.

O segundo teste T foi aplicado para verificar se houve diferença de médias nas respostas, considerando a idade dos respondentes. A amostra foi dividida em dois grupos, até 30, que representa os respondentes com idade de até 30 anos, e acima de 31, que são os respondentes com 31 anos ou mais. Os resultados estão representados na Tabela 12.

Tabela 12 - Estatísticas de amostras emparelhadas - Idade

Estatísticas de amostras emparelhadas - Idade Média Diferença de Média Sig.

Par 7 Até 30 - à vista com dinheiro 3,95 ,617 0,001

Acima de 31 - à vista com dinheiro 3,33

Par 8 Até 30 - cheque à vista 1,23 -,283 0,061

Acima de 31 - cheque à vista 1,52

Par 12 Até 30 - cartão de crédito 2,45 -1,100 0,000

Acima de 31 - cartão de crédito 3,55

Par 13 Até 30 - parcelamento de compras 2,77 -,250 0,083

Acima de 31 - parcelamento de compras 3,02 Fonte: Dados da pesquisa.

É possível verificar na Tabela 12 que houve diferenças de médias entre os respondentes em relação à forma de pagamento e parcelamento das compras. Os respondentes com até 30 anos de idade, utilizam em maior média pagar as compras à vista com dinheiro. Já os respondentes com 31 anos ou mais, utilizam em maior média pagar as compras com cheques à vista, utilizam com maior frequência o cartão de crédito e também utilizam mais o parcelamento de compras do que aqueles que possuem até 30 anos de idade.

O terceiro teste t foi aplicado para verificar se houve diferença de médias nas respostas, considerando o gênero dos respondentes. A amostra divide-se em dois grupos, feminino e masculino. Os resultados estão representados na Tabela 13.

Tabela 13 - Estatísticas de amostras emparelhadas - Gênero

Estatísticas de amostras emparelhadas - Gênero Média Diferença de Média Sig.

Par 10 Feminino - compras no crediário 2,26

,457 0,004 Masculino - compras no crediário 1,80

Par 13 Feminino - parcelamento de compras 3,01

,283 0,033 Masculino - parcelamento de compras 2,73

Par 18 Feminino - Balanço Patrimonial para controlar finanças 1,82

-,391 0,025 Masculino - Balanço Patrimonial para controlar finanças 2,21

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Por meio da Tabela 13, verifica-se que houve diferenças de médias entre os respondentes em relação à forma de pagamento e parcelamento das compras mensais e também aos instrumentos de controle financeiro. No que se refere às formas de pagamento, constatou-se que as mulheres utilizam em maior média do que os homens, fazer suas compras mensais no crediário e também parcelamento de compras. Em relação aos instrumentos de controle financeiro, estatisticamente, os homens utilizam em maior média o Balanço Patrimonial do que as mulheres.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos cenários econômicos atuais os recursos financeiros e sua administração são fundamentais para o equilíbrio financeiro dos indivíduos. Diante deste contexto, faz-se necessário buscar ferramentas de conhecimento voltado à área da gestão das finanças pessoais para poder garantir que não haverá imprevistos futuros, evitando resultados negativos e até um desequilíbrio orçamentário que comprometa o planejamento financeiro pessoal e familiar. A gestão consciente das finanças pessoais pode proporcionar aos indivíduos que atinjam seus objetivos, bem como mantenham estabilidade financeira ao grupo familiar.

O objetivo do estudo foi verificar o perfil das finanças pessoais de alunos pós-graduandos de uma instituição de ensino superior de Santa Catarina. Diante do cenário econômico atual, a pesquisa demonstra que as pessoas estão destinando a maior parte das finanças do grupo familiar com despesas básicas, como alimentação e pagamentos de contas de consumo que inclui telefone, luz, água, esgoto, combustível, por sua vez, os gastos com lazer e aquisição de novos bens é o que recebem menor destinação de recursos.

Em relação aos valores poupados, 48% dos pesquisados é capaz de poupar até 10% da renda familiar, enquanto 12% é capaz de poupar acima de 30% das finanças pessoais e apenas 9% não realizam nenhum tipo de poupança financeira. Dos valores poupados, 51% da amostra aplica em caderneta de poupança, demonstrando ser a forma de aplicação financeira mais procurada pelos respondentes.

Para obtenção de melhores resultados, foi realizado o teste de médias t que buscou identificar as diferenças de médias de determinadas variáveis. Para o teste de médias, os resultados apontam que os indivíduos com formação nas áreas de outras formações (OF) apresentaram uma média maior em relação a pagar suas compras mensais à vista com dinheiro, e que em média utilizam menos a opção de cheques à vista do que os formados em

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administração, economia e contabilidade (AEC). Bem como apresentaram uma média superior de utilização do Balanço Patrimonial do que os respondentes formados em administração, economia e contabilidade.

A pesquisa demonstra ainda que as mulheres tendem a comprar mais no crediário e parcelar mais suas compras do que os homens. Além disso, os homens utilizam de forma mais frequente a gestão de suas finanças através de Balanço Patrimonial.

Os resultados das pesquisas demonstram que a maioria dos pesquisados não estão propensos ao endividamento, mesmo que a maioria não realize com frequência a gestão de suas finanças através de demonstrações financeiras.

Através dos resultados da pesquisa é possível concluir que os respondentes sabem da importância que tem o planejamento e gestão financeiro pessoal, no entanto, fazem pouca utilização de instrumentos que auxiliem nesse controle. Outra constatação, é que as pessoas têm destinado a maior proporção da renda familiar com despesas básicas, como alimentação, luz, água, telefone. A amostra analisada demonstrou-se consciente em relação a não contrair dívidas, pagar as contas em dia e evitar a utilização em excesso de parcelamentos, cartões de crédito, cheques a prazo, que podem levar a um descontrole financeiro se não administrados corretamente.

O estudo contribui para algumas mudanças na visão quanto a gestão das finanças pessoais, bem como a busca por conhecimento na área de educação financeira. Sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas relacionadas ao controle das finanças pessoais de indivíduos com ou sem formação profissional, afim de comparar os resultados.

REFERÊNCIAS

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO (FECOMERCIO). Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor. Dados Fecomercio, 2015.

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CRESWEL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FOGAÇA, Aline de Oliveira. A aplicação da ciência contábil na gestão financeira da pessoa física: um estudo com os acadêmicos em Ciências Contábeis da UNESC. 2012.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade comercial: atualizado conforme novo código civil, 5 ed. São Paulo: Atlas: 2009.

LUNKES, Rogério João. Manual do orçamento. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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RODRIGUES, Rui Martinho. Pesquisa acadêmica: como facilitar o processo de preparação de suas etapas. São Paulo: Atlas, 2007.

SANTOS, Joao Heitor de Ávila; RIBEIRO, Caroline do Amaral; VIEIRA, Kelmara Mendes; TRINDANDE, Larissa de Lima; MALLMANN, Estela Isabel, Finanças pessoais: analise dos gastos e da propensão ao endividamento em estudantes de administração. Salão de Iniciação Científica (21: 2009 out. 19-23: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2009.

SILVA, Marineuza Barbosa Lima e. Educação financeira para pessoa física. Salvador: Sebrae/BA, 2013.

Imagem

Gráfico 1 - Principais gastos mensais
Tabela 6 - Meios de pagamento
Tabela 7 - Importância e práticas de controle financeiro pessoal
Tabela 11 - Estatísticas de amostras emparelhadas - Formação
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Referências

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