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INSPIRAR A SOCIEDADE NA DEFESA DA MATA ATLÂNTICA

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Academic year: 2019

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relatório

anual 2015

(2)

Mensagem do presidente 04

SOS Mata Atlântica: 30 anos 06

Políticas Públicas 32

Florestas 38

Mar 48

Água 54

Educação e Conhecimento 60

Relacionamento 68

(3)

MENSAGEM DO PRESIDENTE

INSPIRAR A SOCIEDADE

NA DEFESA DA MATA

ATLÂNTICA

4 5

Uma ONG de grande expressão no Terceiro Setor brasi-leiro, e que pode se orgulhar dos resultados alcançados, como a redução de 83% do desmatamento da Mata Atlântica durante seus anos de atuação, entre outras conquistas que apresentamos neste relatório.

2016 foi então um ano de celebração. De comemorar as realizações. De agradecer as parcerias. De olhar com ale-gria para o passado. E também, de olhar com lucidez e coragem para o futuro. Pois todos nós sabemos que ainda há muito por fazer se quisermos que a pauta ambiental se torne prioridade na agenda de desenvolvimento do país. Para termos sucesso, é preciso, acima de tudo, estimu-lar o engajamento da sociedade e conectar os temas ambientais ao dia a dia das pessoas. Ou seja, como está muito bem representado na nossa nova missão, quere-mos “inspirar a sociedade na defesa da Mata Atlântica”. São 30 anos de uma ONG de gente pela natureza. É o momento de valorizar e agradecer a todos os parcei-ros, patrocinadores, doadores, conselheiparcei-ros, filiados, voluntários, colaboradores, funcionários, ex-funcioná-rios, fornecedores, seguidores e amigos. E convidá-los a prosseguir conosco nesta causa pelo presente e pelo futuro dos brasileiros.

Continuaremos monitorando e informando sobre a evolução dos indicadores da cobertura florestal, da qualidade da água, das Unidades de Conservação e da implementação de políticas públicas.

E queremos inovar e avançar nessa agenda positiva, sem retrocessos, valorizando o legado do movimento ambientalista, da comunidade científica e dos saberes populares do Brasil. Mas queremos continuar essa his-tória com vocês, fortalecendo nosso relacionamento com as redes, alianças e coalizações, além de novas parcerias que mantém esse movimento vivo.

Parabéns à Fundação SOS Mata Atlântica! Vamos, to-dos juntos, nos inspirar na defesa dessa floresta! Pedro Luiz Passos

Presidente da Fundação SOS Mata Atlântica

Relatório Anual 2016

E

m 20 de setembro de 1986, um grupo de militan-tes, empresários, cientistas, jornalistas e demais profissionais liberais se reuniram para criar uma entidade ambientalista, inspirados na região do Laga-mar, entre o sul de São Paulo e leste do Paraná, onde se encontram os maiores refúgios de Mata Atlântica no país. O encontro buscava propor soluções para a pro-teção dessa floresta, uma das mais ricas e, ao mesmo tempo, mais ameaçadas no planeta.

Nascia assim a Fundação SOS Mata Atlântica.

O cenário de transformações em meados dos anos 80 apontava para novos debates na esfera pública. Já se começava a falar em desenvolvimento sustentável e o movimento ambientalista dava seus primeiros passos para ganhar mais força no Brasil.

A Fundação surgiu com a proposta de ir além da mera crítica e das manifestações. A ideia era fortalecer a cau-sa, atuando em esforços diferentes e complementares: geração de conhecimento técnico e científico sobre a Mata Atlântica, pressão por políticas públicas, comuni-cação, mobilização e educação ambiental, entre outros.

A ata de fundação da SOS Mata Atlântica contou com mais de 700 assinaturas, e sua primeira sede, uma casa na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, em São Paulo, era compartilhada com o escritório do Fabio Feldmann, primeiro presidente da ONG, a Sociedade Brasileira de Espeleologia, o CEACON e a Pró-Jureia.

Experiências que revelam que desde seu embrião a ONG já carrega o espírito da construção coletiva e da ação em parceria, respeitando a diversidade.

Com estes princípios, a Fundação construiu sua história de 30 anos, ampliando e fortalecendo seus vetores de trabalho em defesa da Mata Atlântica e dos ecossiste-mas associados, e ampliando também a rede de ami-gos e apoiadores desta causa.

Quando assumi a presidência da SOS Mata Atlântica – com o grande desafio de substituir o Roberto Klabin e dar continuidade ao trabalho iniciado pelo Fabio Feld-mann e Rodrigo Lara Mesquita - a Fundação já era uma organização de sucesso, com uma agenda inovadora, que valoriza e estimula o conhecimento, o desenvolvi-mento tecnológico e o fortalecidesenvolvi-mento de políticas pú-blicas eficientes e arrojadas.

(4)

Atlântica:

30 anos

(5)

OLHAR PARA AS CONQUISTAS

E RENOVAR A MISSÃO

O

ano de 2016 foi especial para a SOS Mata Atlân-tica, porque representou um marco: 3 décadas de atuação em defesa de uma das florestas mais ricas e mais ameaçadas do planeta.

O surgimento da Fundação se confunde com o início do próprio movimento ambientalista no Brasil. Em meados dos anos 70, o Brasil atravessava um período de estí-mulo ao consumo e ao crescimento desordenado. Um grupo de estudantes, profissionais recém-formados, cientistas e jornalistas iniciava suas primeiras lutas e vitórias ambientais, como a oposição ao aeroporto em Caucaia do Alto (SP) e à matança de jacarés no Panta-nal, a defesa da região de Jureia, o funeral pelas cacho-eiras das 7 Quedas, que desapareceriam com Itaipu, as mobilizações por Cubatão etc.

Segundo Paulo Nogueira Neto, um dos ícones da con-servação no Brasil, “nos anos 60 e 70, todas as pessoas que lutavam pelo meio ambiente em São Paulo cabiam em uma kombi”. Esse pequeno grupo conseguiu mobi-lizações significativas em uma época em que não havia celular nem internet.

A intensificação da luta dessa turma e acontecimentos como a Conferência de Estocolmo, em 1972 - a primei-ra iniciativa mundial paprimei-ra organizar as relações entre desenvolvimento e meio ambiente – foram criando o cenário favorável ao surgimento da Fundação SOS Mata Atlântica e de outras importantes ONGs ambien-talistas.

Até que, em 20 de setembro de 1986, ambientalistas, cientistas, jornalistas e empresários se uniram na Ilha

Missão da Fundação SOS Mata Atlântica: Inspirar a sociedade na defesa da Mata Atlântica

do Cardoso – um dos maiores refúgios da Mata Atlânti-ca no país – para propor soluções decisivas para a Atlânti- cau-sa ambiental, em especial para a preservação da impor-tante área de Jureia.

O cenário de transformações favorecia o surgimento de uma nova mentalidade e proposta de ação: em meados dos anos 80, a humanidade dava ainda seus primeiros passos no sentido de pensar o desenvolvimento com respeito aos direitos das futuras gerações, mas já co-meçava a se falar em desenvolvimento sustentável, com o relatório Brundtland, e o Brasil assistia às suas primeiras grandes mobilizações ambientais.

Nascia assim a Fundação SOS Mata Atlântica, com a proposta de ir além da crítica contundente e dos pro-testos, e integrar os diversos setores da sociedade em esforços que seguem linhas diferentes, mas comple-mentares: geração de conhecimento técnico e científi-co sobre o status da Mata Atlântica, políticas públicas, comunicação e mobilização, educação ambiental, entre outros.

Os grandes aniversários sempre vêm acompanhados de reflexões e perspectivas. Com a Fundação SOS Mata Atlântica não foi diferente. O exercício de olhar para o passado trouxe grande alegria. Foi possível rever os obstáculos superados e contabilizar inúmeras conquis-tas acumuladas ao longo dessa trajetória. E o exercí-cio de olhar para o futuro foi igualmente animador. Com uma missão institucional renovada, e uma rede de amigos da Mata Atlântica que cresce a cada dia, a Fundação recarregou energias para encarar os desafios e trazer mais resultados para a conservação ambiental.

Relatório Anual 2016

8 9

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Ao longo de nossa história, a Mata Atlântica vivenciou uma redução de 83% em seu desmatamento;

Hoje, 7 dos 17 estados na área de abrangência do bioma já se encontra no nível de desmatamento zero;

Na época do descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica abrangia uma área

equivalente a 1.315.460 km2.

Estende-se ao longo de 17 Estados:

RS, SC, PR, SP, GO, MS, RJ, MG, ES, BA, AL, SE, PB, PE, RN, CE e PI.

Século XXI

Século XVI

Vivem na Mata Atlântica atualmente quase 72% da população brasileira (IBGE, 2014).

São mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios, que correspondem a 61% dos existentes no Brasil.

Hoje, restam 8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares, em comparação com a cobertura original.

Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, temos atualmente 12,5% de remanescentes.

Aprovação da Lei da Mata Atlântica,

em 2006, após 14 anos de tramitação.

se envolveram nas atividades de mobilização, educação ambiental e monitoramento da qualidade da água da Fundação;

+20 mil voluntários

foram impactadas por nossas ações e eventos.

+4 milhões de pessoas

Com o apoio de nossos parceiros, conseguimos grandes conquistas em políticas públicas e mobilização, como

1 milhão de assinaturas

pela despoluição do Tietê, em 1991

plantadas com nossos parceiros e patrocina-dores, restaurando uma área de 21 mil hectares, equivalente ao tamanho da cidade de Recife.

+36 milhões de árvores

em áreas protegidas no mar e na costa foram beneficiados por nossos projetos e fundos;

+2 milhões de hectares

30 ANOS, MUITAS

REALIZAÇÕES

A MATA ATLÂNTICA É AQUI!

C

om 3 frentes de atuação – Florestas, Mar e Cidades –, os projetos da Fundação acumularam inúmeros re-sultados ao longo das 3 décadas de atuação da ONG. São iniciativas que monitoram o desmatamento da floresta e realizam sua restauração; apoiam reservas, parques e outras áreas de proteção da natureza no mar e na mata; acompanham e avaliam a qualidade da água que abastecem os centros urbanos; promovem edu-cação ambiental, mobilização e campanhas; cobram do governo políticas ambientais eficientes. E 2016 foi o ano de celebrar as principais realizações da Fundação:

A Fundação SOS Mata Atlântica trabalha para proteger e recuperar esta floresta que é o lar de quase 3/4 dos brasileiros.

No início de sua atuação, o desafio inicial foi conhecer mais sobre este bioma, descobrir a Mata, para en-tão monitorá-la. O primeiro levantamento constatou que a floresta era desmatada a uma velocidade de 1 campo de futebol a cada 4 minutos.

A missão era difícil, mas não impossível. Hoje, podemos comemorar resultados como a diminuição do desmatamento deste bioma em 83% e o comprometimento de todos os 17 estados da Mata Atlântica em buscar o desmatamento ilegal zero – sendo que 7 estados já alcançaram este nível.

(7)

Isso significa que na Mata Atlântica, que representa 0,8% da superfície terrestre do planeta, estão presentes mais de 5% das espécies de vertebrados do mundo. Sua flora também é exuberante, tendo sido estimadas mais de 15.700 espécies presentes no bioma, ou seja, cerca de 5% da flora mundial.

*PINTO, Luiz Paulo et al. Mata Atlântica. In: SCARANO, Fabio Rubio et al (Org.). Biomas brasileiros: retratos de um país plural. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012. p. 16-55.

espécies de mamíferos;

298

espécies de répteis;

200

espécies de anfíbios;

370

espécies de aves;

992

espécies de peixes.

350

Impacto ambiental causado pelos

mais de 145 milhões de brasileiros que habitam sua área;

Desmatamentos sucessivos causados pela extração de pau-brasil, e ciclos econômicos como o da cana-de-açúcar, café e ouro;

Agricultura e agropecuária;

Exploração predatória de madeira e espécies vegetais;

Consumo excessivo,

lixo, poluição; Industrialização, expansão urbana desordenada.

espécies de plantas, sendo 8 mil endêmicas;

15.700

espécies de vertebrados registrados;

2.208

É um Hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta. Florestas preservadas contribuem para a

purificação do ar, a regulação o clima, a proteção do solo – ajudando a evitar deslizamentos de terra – e protegem rios e nascentes, favorecendo o abastecimento de água nas cidades.

Ela melhora a qualidade de vida por oferecer ótimos espaços coletivos que propiciam o lazer e a prática

de esportes e exercícios.

A Mata Atlântica também permite atividades essenciais para a nossa economia, como a agricultura, a pesca, o extrativismo, o turismo, a geração de energia e o lazer.

Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica.

Abriga milhares de espécies de animais e plantas: são mais de 15 mil espécies de plantas e mais de 2 mil espécies de animais vertebrados, sem contar os insetos e outros animais invertebrados.

IMPORTÂNCIA

A MATA ATLÂNTICA

ABRIGA*

PRESSÕES E AMEAÇAS

SOBRE A MATA ATLÂNTICA

Relatório Anual 2016

(8)

30 EMPRESAS QUE MAIS

PLANTARAM ÁRVORES NOS

30 ANOS DA FUNDAÇÃO

UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO

APOIADAS

A

Fundação SOS Mata Atlântica já trazia em seu embrião um sonho diferente: o de que era possí-vel unir diferentes setores da sociedade na bus-ca da sustentabilidade e na proteção do meio ambiente. O setor privado contribui com a Fundação desde a sua concepção, agregando ideias inovadoras, trocando experiências para tornar seus processos produtivos mais sustentáveis, realizando doações e parcerias es-senciais à manutenção dos projetos da ONG e

con-O

apoio à criação, à gestão e ao fortalecimen-to das Unidades de Conservação (UCs) é um dos principais vetores de atuação da Fundação SOS Mata Atlântica, integrando as suas três frentes – Florestas, Mar e Cidades – e a mobilização por polí-ticas públicas mais adequadas.

As UCs são espaços territoriais com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo poder público, com objetivos de preservação/conservação da natureza e limites definidos. São estratégicas para a conservação e sustentabilidade e desempenham um papel muito importante para a proteção à biodiversi-dade e o provimento de serviços ambientais essenciais para os seres humanos.

“As UCs são áreas que possuem recursos fundamentais para a vida e, por isso, são protegidas por lei e devem receber o cuidado de todos. Elas estão divididas em 12 categorias, algumas bastante restritivas e que não permitem a entrada de pessoas; outras não apenas permitem como estimulam a visitação, como são os casos

dos parques – dois exemplos são os famosos Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, e o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná”

(Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica). tribuindo decisivamente com os nossos resultados de

restauração florestal.

São mais de 36 milhões de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica plantadas até agora, com o apoio de im-portantes parceiros e patrocinadores, restaurando uma área equivalente à capital pernambucana.

Confira as 30 empresas que mais contribuíram com a restauração florestal:

Nome do Patrocinador/ Aderente Qtd. Mudas

Bradesco Seguros 24.538.102

Bradesco Cartões 7.752.992

Bradesco Ecofinanciamento 1.503.329

Via Fácil/Sem Parar 1.074.635

AES TIETÊ ENERGIA 816.000

Ypê - Química Amparo 650.000

Volkswagen Caminhões e Ônibus 300.250

Rodovia das Colinas 180.700

Santuário Nacional de Nossa Senhora da

Conceição Aparecida 163.950

Instituto Coca-Cola Brasil 108.355 UNINOVE - Associação Educacional Nove de

Julho 50.000

Companhia de Gás de São Paulo 45.000

Pindorama Filmes 36.004

Interface Flooring System 36.000

Repsol Sinopec Brasil 35.848

Nome do Patrocinador/ Aderente Qtd. Mudas

Coca-Cola - Spal 35.000

Panasonic do Brasil 34.000

Castrol Brasil 30.000

Honda Automóveis do Brasil 30.000

LATAM Linhas Aéreas 30.000

Gol Transportes Aéreos 30.000

Ferrovia Centro Atlântica 29.750

Grendene 25.500

Reckitt Benckiser (Brasil) 25.000

Rakuten Inc. 25.000

MIB Produtos Gráficos 25.000

Bradesco - Investimentos/Hiperfundo 23.888

Instituto Bancorbrás 23.000

Legacy Incorporadora 22.144

Chery Brasil 17.000

TOTAL 37.696.447

Obs: Inclui todos os programas de restauração florestal da Fundação

(9)

AL RPPN Anhumas

AL RPPN Anhumas III

AL RPPN Bosque

AL RPPN Cachoeira

AL RPPN Fazenda Boa Alegria

AL RPPN Fazenda Boa Vontade

AL RPPN Fazenda Cachoeira

AL RPPN Fazenda Estrela do Sul

AL RPPN Fazenda madeira

AL RPPN Fazenda Papa Mel

AL RPPN Fazenda Planalto/pindorama

AL RPPN Fazenda Porto Alegre

AL RPPN Fazenda Porto Seguro

AL RPPN Fazenda Santa Fé

AL RPPN Guanabara

AL RPPN Manimbu

AL RPPN Triunfo

AL ARIE (Futura) das Tartarugas / apoiada para criação

AL / PE APA Costa dos Corais

BA RPPN Curió

BA RPPN (Piruna) Vitória Primavera

BA RPPN Aldeia dos Caboclos

BA RPPN Altamira/Capitão da Mata

BA RPPN Arte Verde

BA RPPN Ave Natura

BA RPPN Belas Artes

BA RPPN Boa Sorte preguiça de coleira

BA RPPN Boa união

BA RPPN Boa Vista 1 (Boa Vista 34)

BA RPPN Boa Vista 2 (Boa Vista 38)

BA RPPN Bom Sossego II

BA RPPN Bom Sossego III

BA RPPN Brumadinho

BA RPPN Canto do Senhor

BA RPPN Ecoparque de Una

BA RPPN Eldorado (RPPN Mutum)

BA RPPN Estância manacá

BA RPPN Fazenda Bianca

BA RPPN Fazenda Bohemia

BA RPPN Santo Antonio/Tiê Sangue

BA RPPN Sapucaia

BA RPPN Serra Bonita

BA RPPN Serra da Temerosa

BA RPPN Serra das Almas de Rio de Contas

BA RPPN Serra do Guariru

BA RPPN Sítio Lukavec

BA RPPN Sítio Volta do Rio

BA RPPN Toca da Onça (Contendas II)

BA RPPN Tuim

BA RPPN Vale do Cantassuri

BA Parque Estadual Serra do Conduru

BA Parque Nacional da Chapada Diamantina

BA Parque Nacional do Descobrimento

BA Parque Nacional do Monte Pascoal

BA Parque Nacional do Pau Brasil

BA Reserva Biológica de Una

BA Parque Natural Municipal Recife de Fora

BA APA dos Abrolhos

BA APA Recifes das Pinaúnas

BA Parque Natural Municipal Pedra de Ilhéus

BA RESEX Canavieiras

BA RESEX Cassurubá

CE RPPN Paulino Veloso Camelo

CE RPPN Serra da pacavira

CE RPPN Sítio Palmeiras

CE APA Manguezal da Barra Grande

CE APA Sabiaguaba

CE APA Manguezal da Barra Grande

ES Parque Estadual Paulo César Vinha

ES APA Maciço Central de Vitória

ES RPPN Águas do Caparaó

ES RPPN Alimercindo Gomes de Carvalho

ES RPPN Alto Gururu

ES RPPN Barro Branco

ES RPPN Bei Cantoni

ES RPPN Beija flor

ES RPPN Bugio e companhia

ES RPPN Cacheira Alta

ES RPPN Cachoeira da Fumaça

ES RPPN Cafundó

ES RPPN Dom Pedro

ES RPPN dos Guaribus

ES RPPN Dutra e Pimenta

ES RPPN Fazenda da Paz

ES RPPN Fazenda Meu Cantinho

ES RPPN Fazenda Terra Nova

ES RPPN Florindo Vidas

ES RPPN Freislebem

ES RPPN Lemke

ES RPPN Linda Laís

ES RPPN Linda Sofia

ES RPPN Macaco Barbado

ES RPPN Mata da Serra

ES RPPN Muriqui

ES RPPN Olho d'água

ES RPPN Olívio Delaprani

ES RPPN Palmares

ES RPPN Paraíso

ES RPPN Passos

ES RPPN Pau a Pique

ES RPPN Prati

ES RPPN Rancho Chapadão

ES RPPN Rancho Chapadão II

ES RPPN Rio Fundo

ES RPPN Santa Cristina

ES RPPN Sítio Córrego da Cascata

ES RPPN Sítio Débora

ES RPPN Sítio Lajinha

ES RPPN Sítio Simone

ES RPPN Três Pontões

ES RPPN Vale do Sol

ES RPPN Vovó dindinha

ES Parque Municipal da Cachoeira da Fumaça

ES Reserva Biológica Augusto Ruschi

ES Reserva Biológica Córrego Grande

ES Reserva Biológica Duas Bocas

ES Reserva Biológica Sooretama

ES Reserva Biológica de Comboios

ES APA Costa das Algas

ES RVS Santa Cruz

MG APA Belo Oriente

MG RPPN Terras do Morro Grande

MG RPPN (Futura) no proj. Conservador d. Águas apoiada p. criação

MG RPPN 2 irmãos

MG RPPN Albert Heillman BA RPPN Fazenda Nova Kenya

BA RPPN Fazenda Água Branca

BA RPPN Fazenda Araraúna

BA RPPN Fazenda Carroula

BA RPPN Fazenda Fragoso (Mata do Guigo)

BA RPPN Fazenda Pindorama

BA RPPN Guanandi

BA RPPN Helico

BA RPPN Jacarandá

BA RPPN Juerana

BA RPPN Juerana Milagrosa

BA RPPN Mãe da Mata

BA RPPN Manona

BA RPPN Mariana

BA RPPN Mariteia (cotinga-crejoá)

BA RPPN Mestre Bonina (Fazenda São Sebastiao)

BA RPPN Natura Cerrada - Sítio Junco II (Cyda)

BA RPPN Natura Mater - Sítio Junco I (jorge)

BA RPPN Olho de fogo rendado

BA RPPN Ondulada I (Suçuarana)

BA RPPN Ondulada II (RPPN Jaguatirica)

BA RPPN Paraíso

BA RPPN Pedra do Sabiá

BA RPPN Pingo de Ouro

BA RPPN Ponta do Curral

BA RPPN Rancho Letty

BA RPPN Reserva Ecológica Rio Capitão

BA RPPN Reserva Jatobá

BA RPPN Reserva Natural da Serra do Teimoso

BA RPPN Reserva São João

BA RPPN Reserva São José

BA RPPN Rio da Barra

BA RPPN Rio Jardim

BA RPPN Rio Negro

BA RPPN Salto Apepiqui

BA RPPN Santa Ana

BA RPPN Santa Elisa (RPPN Consul Emilton Moreira Rosa)

BA RPPN Santo André

BA RPPN Santo Antonio Boa União (Reserva Gravina)

Nestes 30 anos, a Fundação contabiliza o apoio a mais de 500 UCs públicas e privadas em áreas de floresta (in-cluindo florestas urbanas) e costeiro-marinhas.

Relatório Anual 2016

(10)

MG RPPN Alto da Vista

MG RPPN Alto da Boa Vista

MG RPPN Alto da Boa Vista II

MG RPPN Alto do Rio Grande

MG RPPN Alto D'ouro

MG RPPN Alto Gamarra

MG RPPN Alto Gamarra

MG RPPN Alto Moinhos

MG RPPN Alto Montana

MG RPPN Alto Montana I

MG RPPN Alto Sereno e Bela Vista

MG RPPN Ana Luíza Belleti rodrigues

MG RPPN Antonio Padua Rodrigues

MG RPPN Arara

MG RPPN Ave Lavrinhas

MG RPPN Berço de Furnas

MG RPPN Berço de Furnas II

MG RPPN 'Bom Fim'

MG RPPN Bosque dos Samambaiaçus - Resgate V

MG RPPN Cabeceira do Rio Verde

MG RPPN Cachoeira de Roça Grande

MG RPPN Cachoeira do Tombo

MG RPPN Cachoeira dos Garcias

MG RPPN Células Verdes

MG RPPN Córrego da Onça

MG RPPN da Fragalha

MG RPPN Dalmúnia

MG RPPN Fazenda Bulcão

MG RPPN Fazenda Campos Joviano

MG RPPN Fazenda da Picada

MG RPPN Fazenda do Córrego Acima

MG RPPN Fazenda Esplanada

MG RPPN Fazenda São Pedro I

MG RPPN Fazenda São Pedro II

MG RPPN Fazenda Serra Negra

MG RPPN Fazenda Velha

MG RPPN Fazenda Vida Nova

MG RPPN Feliciano M. Abdalla

MG RPPN Floresta do Pengá

MG RPPN François Robert Arthur

MG RPPN Garganta do Registro matricula 1067

MG RPPN Garganta do Registro matricula 1068 - 4 fragamentos

MG RPPN Gato do Mato

MG RPPN Terra dos Sabiás

MG RPPN Terra Una

MG RPPN Terras da Madrugada

MG RPPN Vale das Borboletas

MG RPPN Volta Fria

MG Parque Estadual Serra do Brigadeiro

MG Parque Municipal de São Lourenço

MG Parque Nacional da Serra da Canastra

MG Reserva Biológica da Mata Escura

MG, RJ, SP Parque Nacional do Itatiaia

MS RPPN Cabeceira do Mimoso

PB RPPN Gurugy Paus Ferros gleba A

PB APA Barra de Mamanguape

PE Parque Natural Municipal Nascentes do Mundaú

PE Reserva Biológica Mata da Chuva

PE RPPN do Benedito

PE RPPN Natural do Brejo

PE RPPN Serro Azul

PE Reserva Biológica de Saltinho

PE Parque Natural Municipal Forte de Tamandaré

PE RPPN dos Manguezais Josué de Castro

PE APA Fernando de Noronha

PE Parque Nacional Fernando de Noronha

PI Parque Nacional da Serra da Capivara

PI APA Delta do Parnaíba

PR Parque Nacional do Superagüi

PR Parque Natural Municipal Airumã

PR Parque Natural Municipal Foz do Rio Maurício – Rio Iguaçu

PR RPPN da Pousada Graciosa

PR RPPN Encantadas

PR RPPN Guartelá

PR RPPN Meia Lua

PR RPPN Morro do Bruninho

PR RPPN Nhandara Guaricana

PR RPPN Paisagem Araucária (ONG Preservação)

PR RPPN Rancho Sonho Meu I e II

PR RPPN Refúgio Carolina

PR RPPN Rincão do Paiol (do Capivarizinho)

PR RPPN São Antônio

PR RPPN Sítio Pedra sobre Pedra

PR RPPN Sítio Perna do Pirata

PR RPPN Sítio Sossego - Antenor Rival Crema

PR RPPN Tarumã

MG RPPN Isabel e Antonio Xavier

MG RPPN Jurerê

MG RPPN Mata do Bugio

MG RPPN Mata do Passarinho

MG RPPN Mata do sossego

MG RPPN Mata dos Jacus - Resgate VI

MG RPPN Mato Limpo

MG RPPN Meu Reino Encantado

MG RPPN Mitra do Bispo

MG RPPN Mitra do Bispo II

MG RPPN Morada dos Macacos

MG RPPN Morro do Elefante

MG RPPN Nascer

MG RPPN Nave da Esperança

MG RPPN Norberto Custódio Ferreira

MG RPPN Ovídio Antônio Pires II

MG RPPN Ovídio Antônio Pires III

MG RPPN Ovídio Antônio Pires IV

MG RPPN Ovídio Antônio Pires V

MG RPPN Papagaio do Peito Roxo

MG RPPN Pico do Peão

MG RPPN Pousada da Serra

MG RPPN Quinta dos Cedros

MG RPPN Reserva Campina

MG RPPN Reserva da Mata

MG RPPN Reserva do Açude

MG RPPN Resgate I

MG RPPN Resgate II

MG RPPN Resgate III

MG RPPN Retiro das Vertentes

MG RPPN Rio Grande

MG RPPN São Lourenço do Funil

MG RPPN São Paulo

MG RPPN São Vicente

MG RPPN Sauá

MG RPPN Serra da Prata

MG RPPN Serra do Ribeirão

MG RPPN Serra dos Criminosos

MG RPPN Serrinha

MG RPPN Sítio Boa Vista

MG RPPN Sítio Mata da Cruz

MG RPPN Tabaroa

MG RPPN Terra da Pedra Montada

PR RPPN Vilar do Boi

RJ Reserva Biológica da Praia do Sul

RJ APA Fluvial de Porto Real

RJ RPPN (Futura) Sítio Cacique

RJ RPPN Águas Vertentes

RJ RPPN Alexandra

RJ RPPN Alvorada de Itaverá

RJ RPPN Boa Esperança

RJ RPPN Boa Vista

RJ RPPN Cabeceira do Cafofo

RJ RPPN Cachoeira das Águas Claras I

RJ RPPN Cachoeira das Águas Claras II

RJ RPPN Cachoeirinha

RJ RPPN CEMAG

RJ RPPN Cisne Branco

RJ RPPN Cláudia

RJ RPPN Córrego Vermelho

RJ RPPN da Associação dos Taifeiros da Armada

RJ RPPN das Orquideas

RJ RPPN do Ferreiro

RJ RPPN do Sítio Monte Alegre 1

RJ RPPN do Sítio Monte Alegre 2

RJ RPPN Dois Peões

RJ RPPN dos Aymorés

RJ RPPN Douglas Vieira Soares

RJ RPPN Ecopreservar Rio

RJ RPPN El Nagual

RJ RPPN Estância Rio do Ouro

RJ RPPN Fargo

RJ RPPN Fazenda Bom Retiro

RJ RPPN Fazenda Flora Real (Recanto do Bugio)

RJ RPPN Fazenda João de Baixo (Regua III)

RJ RPPN Fazenda Minas Gerais

RJ RPPN Fazenda Palmital

RJ RPPN Fazenda Roça Grande

RJ RPPN Fazenda Sambaíba

RJ RPPN Fazenda São Benedito

RJ RPPN Frilson Matheus Vieira

RJ RPPN Granja Coelho Azul

RJ RPPN Grota do Sossego

RJ RPPN Jardim MuKunda

RJ RPPN Lençóis

(11)

RJ RPPN Marie Camille

RJ RPPN Mato Grosso II

RJ RPPN Mico Leão-dourado

RJ RPPN Morro Grande

RJ RPPN Neiva

RJ RPPN Nossa Senhora da Aparecida

RJ RPPN Panapaná

RJ RPPN Pasto dos Bois e Pedregulho

RJ RPPN Patrícia

RJ RPPN Pedra Branca

RJ RPPN Quero-quero

RJ RPPN Rabicho da Serra

RJ RPPN Recanto/Reifman

RJ RPPN REGUA I

RJ RPPN Reserva Agulhas Negras

RJ RPPN Reserva ecológica Mário e Alba Corral

RJ RPPN Resgate VIII

RJ RPPN Ribeira e Soledade

RJ RPPN Salto

RJ RPPN Santa Clara

RJ RPPN Santa Dulce de Cima

RJ RPPN Santa Fé

RJ RPPN São Carlos do Mato Dentro

RJ RPPN São Francisco

RJ RPPN São José (Bicho Preguiça)

RJ RPPN Serra de Caramandu

RJ RPPN Serra Grande

RJ RPPN Sete Flechas

RJ RPPN Sítio Bacchus

RJ RPPN Sítio Beira-Rio

RJ RPPN Sítio Cachoeira Alta

RJ RPPN Sítio Caldeirão

RJ RPPN Sitio da Luz

RJ RPPN Sítio Duas Barras (Regua II)

RJ RPPN Sítio Itacolomy

RJ RPPN Sítio Monte Alegre III

RJ RPPN Sítio Monte Alegre IV

RJ RPPN Sítio Peito de Pomba

RJ RPPN Sítio Recreio I (Canto dos Pássaros)

RJ RPPN Sítio Recreio II (Canto dos pássaros II)

RJ RPPN Sítio Recreio III

RJ RPPN Sítio São Jorge/Makaia das Sairinhas

RJ RPPN Sítio Shangri-lá

RJ RPPN Sítio Watt 1

RJ RPPN Sítio Watt 2

RJ RPPN Sossego I

RJ RPPN Sossego II

RJ RPPN Taquaral

RJ RPPN Tereza de Ávila

RJ RPPN Terra do Sol e da Lua

RJ RPPN Terra Verde I

RJ RPPN Terra Verde II

RJ RPPN Três Morros

RJ RPPN Vale do Luar

RJ RPPN Verbicaro

RJ RPPN Xodó

RJ Parque Estadual da Serra da Concordia

RJ Parque Municipal da Serrinha do Alambari

RJ Parque Nacional da Serra da Bocaina

RJ Parque Nacional da Serra dos Órgãos

RJ Parque Nacional da Tijuca

RJ Parque Natural Municipal da Taquara

RJ Parque Natural Municipal de Araponga

RJ Reserva Biológica de Araras

RJ Reserva Biológica de Tinguá

RJ Reserva Biológica Poço das Antas

RJ ARIE Itapebussus

RJ Parque Estadual Marinho do Aventureiro

RJ APA Armação dos Búzios

RJ APA de Guapi-mirim

RJ APA do Cairuçu

RJ Estação Ecológica da Guanabara

RJ Estação Ecológica Tamoios

RJ MONA Cagarras

RJ Parque Nacional Costa dos Corais

RJ Reserva Biológica Guaratiba

RJ Reserva Ecológica da Juatinga

RJ RESEX Arraial do Cabo

RN Futura UC Municipal do Sapé

RN RPPN Mata de Pitangui Escola das Dunas

RN RDS Ponta do Tubarão

RN Reserva Biológica Atol das Rocas

RS Parque Nacional do Iguaçu

RS RPPN Maragato

RS RPPN Mo'ã

RS RPPN Posse dos Franciosi

RS RPPN Ronco do Bugio

RS RPPN Santa Bárbara

RS Reserva Biológica da Serra Geral

SC Parque Natural Municipal das Grutas de Botuverá

SC RPPN Amplus Lucidus

SC RPPN Amplus Lucidus I

SC RPPN Araucárias Gigantes

SC RPPN Bacupari

SC RPPN Caetezal

SC RPPN Chacara Edith

SC RPPN Chapada Heinz Bahr

SC RPPN Corredeiras do Rio Itajaí

SC RPPN das Cascatas

SC RPPN Irmãs Grimm

SC RPPN Leão da Montanha

SC RPPN Passarim Oxum

SC RPPN Pedra Branca

SC RPPN Prima Luna I

SC RPPN Refúgio do Macuco

SC RPPN Rio da Prata do Bugiu

SC RPPN Rio das Lontras

SC RPPN Rio das Lontras II

SC RPPN Rio do Cedro

SC RPPN Rio Vermelho

SC RPPN Rio Vermelho I

SC RPPN Serra do Lucindo

SC RPPN Taipa do Rio Itajaí

SC RPPN Taipa Rio do Couro

SC RPPN Vale das Pedras

SC Parque Nacional de Sao Joaquim

SC Parque Nacional do Caparaó

SC Reserva Biológica Sassafrás

SC Parque Natural Municipal Lagoa do Peri

SC APA Anhatomirim

SC Estação Ecológica Carijós

SC Reserva Biológica do Arvoredo

SC RESEX Pirajubaé

SE RPPN Dona Benta e Seu Caboclo

SE RPPN Lagoa Encantada do Morro da Lucrécia

SP APA da Serra da Mantiqueira

SP Estação Ecológica dos Chauás

SP Futura UC Municipal Parque do Cânion

SP Parque Estadual Carlos Botelho

SP Parque Estadual da Cantareira

SP Parque Estadual da Serra do Mar

SP Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo

SP Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello

SP RPPN Águas Claras

SP RPPN Bela Aurora

SP RPPN Caiuá

SP RPPN Capoavinha

SP RPPN Encantos da Jureia

SP RPPN Fazenda Catadupa

SP RPPN Fazenda São Francisco

SP RPPN Guainumbi

SP RPPN Parque do Zizo

SP RPPN Parque Rio das Pedras

SP RPPN Pessegueiro

SP RPPN Recanto da Floresta

SP RPPN Reserva Canhambora

SP RPPN Rio dos Pilões

SP RPPN Rio Vermelho

SP RPPN Rizzieri

SP RPPN Serra dos Itatins

SP RPPN Sítio Mahayana

SP RPPN Taquaral Mata Atlântica

SP RPPN Travessia

SP Parque Estadual de Jacupiranga

SP Parque Estadual Jurupará

SP APA Santos Continente

SP APA Serra do Guararu

SP Parque Estadual da Ilha do Cardoso

SP APA Cananeia-Iguape-Peruíbe

SP APA Marinha Litoral Norte

SP Estação Ecológica Tupinambás

SP Estação Ecológica Tupiniquins

SP Parque Estadual Laje de Santos

SP RESEX Mandira

Relatório Anual 2016

(12)

MOBILIZANDO PARA

A CIDADANIA SOCIOAMBIENTAL

E POR MELHORES POLÍTICAS

PÚBLICAS

A primeira e mais marcante campanha da Fundação voltou-se para que fosse incorporado definitivamente o termo “Mata Atlântica” ao vocabulário das pessoas, ao reforçar a importância dessa floresta com a imagem da bandeira brasileira perdendo seu verde, ao som de seu hino. “Estão Tirando o Verde da Nossa Terra” era a mensagem. A criação foi voluntária – em uma articulação com o Grupo Estado e a agência de publicidade DPZ – assim como foi gratuito o espaço cedido em jornais, revistas, outdoors, televisão, rádio e outras mídias. A campanha alcançou grande repercussão: durante os anos de 1987 e 1988, o Brasil conheceria, através da imagem da bandeira que se desintegrava, os desafios da luta pelos remanescentes dessa floresta.

ESTÃO TIRANDO O VERDE DA NOSSA TERRA O primeiro movimento para despertar e informar a po-pulação ocorreu assim que a ONG começou a funcionar. Havia muito a fazer: era preciso profissionalizar pessoas para conhecer melhor a floresta ameaçada; era neces-sário ter capacidade técnica para influenciar políticas públicas e criar modelos e metodologias que pudessem ser replicados no Brasil; era preciso envolver as comu-nidades locais, iniciar plantios em áreas ameaçadas e degradadas, mapear os remanescentes nos estados atlânticos. Mas era especialmente importante mobilizar a população para o reconhecimento da Mata Atlântica.

C

onforme expresso em seu Manifesto, a Fundação SOS Mata Atlântica acredita que “é urgente convocar

nossa comunidade para o exercício de uma cidadania ambiental, responsável e comprometida com o futuro do nosso território, o bioma Mata Atlântica, patrimônio da humanidade”.

Para uma atuação efetiva em defesa de Políticas Públicas ambientalmente justas é necessário informar e mobilizar a sociedade para o exercício da plena cidadania socioambiental, pressionando as estruturas de poder para a efeti-vação destas políticas.

Essa vocação se revela em toda a trajetória da Fundação nestes 30 anos. E exemplos não faltam.

Desde então, a ousadia de sua comunicação é uma das marcas da SOS Mata Atlântica. Após o sucesso da campanha “Estão Tirando o Verde da Nossa Terra”, foram lançadas diversas campanhas que marcaram época por inovar, sempre com o apoio voluntário de agências e empresas, consolidando a vocação da ONG.

Exemplos são as campanhas “Pegadas” (DPZ – 1988); Respira São Paulo (Merit - 1996); Pulmão (Young & Ru-bican - 1998); Cílios (Dez Brasil - 2004), as inusitadas “Xixi no Banho” (2009), “Vá de Galinha” (2010), “Ve-teranas de Guerra” (2012) e “Que se Dane” (2013), da F/Nazca, e as recentes “Espécies da Mata Atlântica” (2015) e “A Mata é Nossa Casa” (2016), com a DPZ&T.

O impacto da atuação da Fundação em Políticas Públi-cas se faz notar também desde seu nascimento. Logo em 1986, o primeiro presidente e um dos fundadores da Fundação SOS Mata Atlântica, Fabio Feldmann, foi eleito com mais de 46 mil votos como deputado cons-tituinte. Feldmann abriu mão da presidência da enti-dade para assumir o cargo e Rodrigo Lara Mesquita se tornou o novo presidente da Fundação. Assim, um ano após o seu nascimento, a SOS Mata Atlântica já ajuda-va a escrever o mais importante “pacto” da nossa his-tória política: a Constituição Brasileira. Esse processo culminou em 1988, com a promulgação da Constitui-ção Federal, que reconheceu a Mata Atlântica como “Patrimônio Nacional”.

CONSTITUIÇÃO DE 1988

Além de grandes campanhas, a área de Comunicação e Relacionamento da Fundação desenvolveu iniciativas que premiam ideias verdes, como o Prêmio de Reportagem sobre a Mata Atlântica (foram realizadas 13 edições até 2014) e os celebrados Concursos de Fotografia e Desenhos; e tem pro-movido eventos e exposições em prol da conscientização e da proteção da Mata Atlântica, como o Viva a Mata (desde 2005), a exposição interativa “Sua Mata, Sua Casa” (2011), e o projeto “A Mata Atlântica é aqui (2009-2016).

Com seus canais de relacionamento, como as redes sociais, a SOS Mata Atlântica conta, hoje, com uma comunidade de amigos e seguidores de mais de 2,5 milhões de pessoas.

(13)

Em 2012, o trâmite do projeto de Lei que alterou o Có-digo Florestal brasileiro passava por seus momentos decisivos. O ano foi intensamente marcado pela mobi-lização em torno do tema, com forte atuação da Funda-ção para evitar retrocessos ambientais – com protes-tos, coletas de assinaturas, participação nas sessões no Congresso, em audiências públicas e eventos sobre o assunto.

A SOS Mata Atlântica também realizou uma grande manifestação no Viva a Mata, e apoiou o movimento Floresta Faz a Diferença, participando de campanhas como o “Cartão Vermelho aos Parlamentares que Que-rem Piorar o Código Florestal” e “Não Vote em quem Votou Contra as Florestas”.

Por mais de 20 anos (de 1989 a 2012), a SOS Mata Atlântica levou às eleições federais, estaduais e municipais as chamadas plataformas ambientais, sempre desenvolvidas com os voluntários e outros parceiros da instituição.

O documento, atualizado a cada eleição, apresentava desafios socioambientais, separados por agendas, que os candidatos deveriam incluir em suas plataformas de governo. As plataformas não esgotavam todos os temas, mas buscavam funcionar como uma referência para o tratamento dessas questões de forma ética e responsável pelos futuros governantes.

Após a última edição do documento, em 2012, a Fundação passou a buscar uma atuação mais ampla. Além de fomentar a abordagem das questões socioambientais nos programas de governo, com documentos como a Carta aos Candidatos, passou a buscar o monitoramento mais direto dos resultados destas ações, em iniciativas como o Encontro dos Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica (2015 e 2016).

No início dos anos 1990, a Rádio Eldorado procurou a SOS Mata Atlântica para falar de um fato curioso que ins-pirou uma série de reportagens sobre o Tietê: um jacaré insistia em viver no poluidíssimo trecho do rio na capital paulista. A repercussão das matérias, a necessidade de cuidar do Tietê e o interesse público levaram a Eldorado e a SOS Mata Atlântica a levantar a bandeira por um rio vivo e uma cidadania ativa.

Nascia a Campanha pela Despoluição do Tietê, lançada em 1991, que resultou na coleta de 1,2 milhão de assinatu-ras por essa causa, impulsionou o governo a iniciar o trabalho de despoluição do rio, e deu origem ao Núcleo União Pró-Tietê, o embrião dos projetos de água da SOS Mata Atlântica.

DESPOLUIÇÃO DO TIETÊ

“Foi o maior abaixo-assinado da história do Brasil por uma causa ambiental, numa

época em que não havia internet para ajudar em sua propagação” (Mario Mantovani, diretor de Políticas

Públicas da Fundação).

CÓDIGO FLORESTAL

Ao longo dos anos, a SOS Mata Atlântica foi acumulando experiências e conquistas, como a participação, em 1992, da ECO-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). O encon-tro, com foco no desenvolvimento sustentável, que resultou em importantes definições, como a Carta da Terra; as convenções de Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas; e a Agenda 21.

Uma das bandeiras históricas da causa da Fundação começou a se consolidar em 2003, quando o projeto da Lei da Mata Atlântica (PL nº 3.285/92) teve sua primeira aprovação, na Câmara dos Deputados, depois de intensas negociações e discussões. Em 2006, a Lei da Mata Atlântica foi finalmente aprovada, após um total de 14 anos de engajamento e mobilização da Fundação, seus parceiros, e diversos setores da sociedade.

LEI DA MATA ATLÂNTICA PLATAFORMAS AMBIENTAIS

24 25

A população mostrou nas urnas seu veto ao Código Florestal: 75% dos candidatos “cartão vermelho” (que votaram pelo enfraquecimento do Código e disputavam o cargo de prefeito) não foram eleitos. Apesar das mobilizações e milhões de assinaturas recolhidas, foi realizada a aprovação da medida que enfraqueceu o Código, com apenas 9 vetos. O trabalho em defesa da legislação ambiental continua, e a Fundação mantém seu compromisso de fiscali-zar o cumprimento da lei com diversas ações, como o acompanhamento da implementação do Cadastro Ambien-tal Rural (CAR), um dos mecanismos previstos no novo Código. A mobilização da sociedade civil e de cientistas em torno desse tema foi uma das maiores vitórias do movimento ambientalista nos últimos anos.

Relatório Anual 2016

Acervo SOS Mata Atlântica

(14)

LINHA DO TEMPO

Conheça (ou lembre) capítulos marcantes da história da SOS Mata Atlântica:

Nascimento da Fundação SOS Mata Atlântica.

1986

1986

1988

1991

Promulgação da Constitui-ção Federal, com reconhe-cimento da Mata Atlânti-ca como um “patrimônio nacional”.

Fundação inicia projetos na região do Lagamar, maior área contínua de Mata Atlântica no país.

1990

Publicação do Primeiro Atlas da Mata Atlântica em parceira com o INPE e o Ibama, com patrocínio do Bradesco Cartões.

Edição do Decreto Federal 99.547, que veta o corte e a exploração da vegetação de Mata Atlântica. Criação do Fórum de ONGs Brasileiras preparatório para a ECO-92.

Lançamento da Campanha “Estão Tirando o Verde da Nossa Terra”, que se tornou uma das marcas do movimento ambientalista no Brasil.

Implantação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em vários estados brasileiros. Lançamento da Campanha pela Despoluição do Tietê, que originou o Núcleo União Pró-Tietê e a Rede das Águas. Lançamento do Plano de Ação para a Mata Atlântica, de Ibsen de Gusmão Câmara, com propostas para atender às principais necessidades de conservação do bioma.

1989

Lançamento da primeira Plataforma Ambiental aos candidatos à Presidência.

1992

1993

1994

1997

Doação do primeiro viveiro de mudas nativas para a Escola Agrícola de Iguape (SP).

1996

Criação do Polo Ecoturísti-co do Lagamar.

Lançamento da campanha “Respira São Paulo”, contra a poluição do ar na cidade.

O presidente Itamar Franco edita o Decreto nº 750, que estabelece normas para a proteção e uso sustentável da Mata Atlântica.

SOS Mata Atlântica lança o cartão de crédito SOS Mata Atlântica Bradesco Visa, principal mecanismo de filiação à ONG.

Primeira regulamentação de restinga no Estado de São Paulo.

Lançamento do Programa de Voluntariado da SOS Mata Atlântica para capacitação, militância e mobilização.

1995

Lançamento da Campanha “Traga seus amigos para a SOS Mata Atlântica”. Fundação promove

Seminário Imprensa e Meio Ambiente.

Lançamento dos dados do Atlas da Mata Atlântica na ECO-92.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente aprova o conceito Domínio Mata Atlântica, estendendo a proteção à vegetação em regeneração.

Criação da Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Imagens: ac erv o SO S Ma ta A tlântica

(15)

1998

1999

2000

1991

Lançamento do Prêmio de Reportagem sobre a Mata Atlântica.

Criação do Programa Clickarvore. Elaboração da

primeira Plataforma Ambiental aos Municípios, Prefeitos e Vereadores. Realização do inventário dos recursos florestais da Mata Atlântica com participação da Fundação.

2002

Criação do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Mata Atlântica. Criação da União pela Fauna da Mata Atlântica, em parceria com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres.

Lançamento da campanha “Mata Atlântica: Vote para Proteger”, envol-vendo eleitores com a proposta de inclusão da temática ambiental na escolha dos candidatos.

Criação da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica em parceria com a Conservação Internacional (CI-Brasil).

Premiação do Polo

Ecoturístico do Lagamar pela Revista americana “Condê Nast Traveler” como melhor projeto de planejamento de destino ecoturístico.

Ocupação do Congresso Nacional por 250 crianças

com desenhos e mensagens em favor da Mata Atlântica, após campanha que percor-reu 13 capitais.

Implantação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em vários estados brasileiros.

Lançamento da Cam-panha pela Despoluição do Tietê, que originou o Núcleo União Pró-Tietê e a Rede das Águas.

Lançamento do Plano de Ação para a Mata Atlânti-ca, de Ibsen de Gusmão

Câmara, com propostas para atender às principais necessidades de conser-vação do bioma.

2001

Lançamento do programa

Plantando Cidadania, de capacitação para volunta-riado empresarial e escolar.

Lançamento da campanha

“Faça as Leis com suas Próprias Mãos – Assine pela Mata Atlântica”, pela

aprovação do Projeto de Lei da Mata Atlântica, em parceria com a Rede de ONGs da Mata Atlântica.

2003

2004

2005

2008

Realização da primeira edição do evento “Viva a Mata”, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

2007

Lançamento do Fundo Costa Atlântica para apoio às

atividades das áreas protegidas marinhas.

Criação da Frente Parlamentar Ambientalista. Implantação do

Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin.

Criação do Programa “Mata Atlântica vai à Escola”.

Criação do Programa Florestas do Futuro. Implementação do Observatório Parlamentar da Mata Atlântica. Lançamento do título de capitalização Pé Quente Bradesco-SOS Mata Atlântica.

Inauguração dos Viveiros Comunitários SOS Mata Atlântica em Piracicaba (SP) e Campinas (SP). Lançamento da Aliança para Conservação Marinha em parceria com

a CI-Brasil.

2006

Sanção da Lei da Mata Atlântica, após 14 anos de tramitação.

Criação do Programa Costa Atlântica. Aprovação da Lei da Mata

Atlântica. Lançamento do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica.

Prêmio Muriqui é concedi-do à SOS Mata Atlântica pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

28 29

Relatório Anual 2016

(16)

2009

2010

2011

Lançamento da Campanha “Meu Ar, Minha Água,

Minha Árvore, Meu Ambiente, Mata Atlântica”.

Exposição interativa “Sua

Mata, Sua Casa”, para celebrar os 25 anos da Fundação.

Publicação do “Plantando

Cidadania”, guia do educador ambiental. Realização de diversas manifestações no Brasil contra as alterações no Código Florestal.

Lançamento da rede social

“Conexão Mata Atlântica”.

Lançamento da Campanha

“Vá de Galinha”.

Criação de uma “Praia do

Tietê”, a fim de chamar atenção da sociedade para a importância do rio e de sua despoluição.

2012

Lançamento das campanhas “Mangue Faz

a Diferença” e “Veteranas de Guerra”.

Fundação é vencedora do Prêmio Greenbest, na categoria ONG.

Lançamento da publicação “25 Anos de Mobilização”.

Lançamento do Projeto itinerante

“A Mata Atlântica é Aqui”

(caminhão adaptado para educação ambiental que percorre as cidades).

Campanha “Xixi no Banho” é lançada e conquista milhares de simpatizantes no Brasil e no mundo.

Lançamento do Programa “Mata Atlântica & Pesca: Diagnóstico e Ordenamento Participativo da Pesca Amadora” no Complexo do Lagamar.

2013

Fundação passa a atuar com três frentes: Florestas, Mar

e Cidades. Lançamento do jogo 3D SOS Mata Atlântica

para Facebook e smart-phones.

Criação do Fundo

Juatin-ga-Cairuçu.

Workshop para contribuir na elaboração de um anteproje-to da Lei do Mar.

2014

2015

2016

SOS Mata Atlântica celebra 30 anos e renova missão institucional: “Inspirar a sociedade na defesa da Mata Atlântica”.

Lançamento da campanha “Saneamento Já”. Com-promisso pelo desmatamento ilegal zero ganha apoio dos 17 Estados da Mata Atlântica.

Lançamento da publicação “25 Anos de Mobilização:

O retrato da qualidade da água e a evolução dos indicadores de impacto do Projeto Tietê”

Fundação fecha parceria com o Fluminense e ganha logo nas camisas do time.

Fundação lança sua campanha de 30 anos: A Mata é a Nossa Casa.

SOS Mata Atlântica celebra 15 anos de

Restau-ração Florestal. Lançamento do edital de apoio a UCs municipais.

Lançamento do hotsite interativo “Aqui Tem

Mata?”

Lançamento da campanha e websérie “Espécies da Mata Atlântica”, com histórias reais de engajamento.

“Viva a Mata” é realizado no Rio de Janeiro pela primeira vez. Encontro inédito reúne secretários de estados da Mata Atlântica e gera a carta “Uma Nova História para a Mata Atlântica”.

Fundação realiza expedição pelo Rio Doce após tragédia com a barragem de dejetos em Mariana (MG).

Fundação promove diversas ações para enfrentamento da crise hídrica, como o seminário “Rio Tietê como alternativa de água para São Paulo”.

Lançamento da Carta aos Candidatos e da campanha #SOSParquesdoBrasil.

Lançamento da cartilha “Uma Lei para o Mar: Uso e Conservação para Benefício de Todos”. MobilizaçãoSem florestas, não há água.

Imagens: ac

erv

o SO

S Ma

ta A

(17)

Políticas

Públicas

(18)

COMPROMISSO PELA

MATA CHEGA A TODOS OS

ESTADOS DO BIOMA

MATA, ÁGUA, CLIMA

E MAR

A

lém do aniversário de 30 anos da Fundação, 2016 trouxe outros motivos para comemorar.

Em maio, durante o Viva a Mata 2016, um encontro reu-niu representantes dos Estados da Mata Atlântica para reafirmar o compromisso para um esforço conjunto de preservação e restauração do bioma.

O II Encontro dos Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica, que teve a presença do Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, apresentou ações, desafios e resultados obtidos desde a primei-ra reunião, no ano anterior, também realizada no Rio, quando foi elaborada a carta “Nova História para a Mata Atlântica”.

C

om os dados do projeto Atlas dos Remanesctes Florestais da Mata Atlântica, a Fundação en-viou ao Governo do Paraná pedido de moratória contra o desmatamento no Estado. No ofício, a ONG solicitou a interrupção da concessão de licenças e au-torizações para a supressão de vegetação do bioma no Estado até 31 de dezembro de 2018.

A Campanha Saneamento Já, que mobiliza a popula-ção pelo direito ao saneamento básico universal, ao es-goto tratado para todos, e à água limpa em rios e praias brasileiros, foi um dos focos da atuação da Fundação na área de políticas relativas ao cuidado com a água. Também foi realizada a entrega de laudo independente sobre a qualidade da água do Rio Doce no Congresso Nacional, no início do ano, e de relatório sobre o históri-co de mobilização em torno do Rio Tietê ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em novembro (saiba mais na seção “Cidades e Água”).

Com a incorporação de representantes de Goiás e Mato Grosso do Sul, o documento tem ago-ra a assinatuago-ra dos 17 secretários de Estados da Mata Atlântica, em um acordo coletivo que prevê a ampliação da cobertura vegetal nativa e busca do desmatamento ilegal zero na Mata Atlântica até 2018.

Para a proteção desta floresta, é também es-sencial a atuação dos municípios, em espe-cial por meio dos Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMAs), previstos na Lei da Mata Atlântica. Ao fim de 2016, o programa que fo-menta PMMAs já havia mobilizado 231 muni-cípios para a produção do documento. Destes, 88 já se encontram em algum estágio da cons-trução de seu PMMA (em elaboração, concluí-do ou em implementação).

“Privilegiado por suas condições naturais, o Brasil tem no Acordo de Paris uma grande oportunidade para se lançar com determinação e competência

em um novo ciclo de desenvolvimento para a agricultura, a indústria extrativa, a manufatura e o setor de serviços, sempre orientado pela ciência,

tecnologia e inovação” (Pedro Passos, presidente da

SOS Mata Atlântica).

A ONG atuou ainda com parceiros pelas políticas para o Clima, exigindo a homologação urgente do Acordo de Paris, que foi ratificado pelo governo brasileiro em setembro. Entre as principais medidas brasileiras para

atingir a meta de reduzir em 43% suas emissões de ga-ses de efeito estufa até 2030 está a restauração e reflo-restamento de 12 milhões de hectares, o que equivale à metade da área do estado de São Paulo.

“A SOS Mata Atlântica tem um histórico de trabalho com Estados em diversas frentes que resultou em instrumentos fundamentais, como a Lei da Mata Atlântica e os Planos Municipais.

Agora, com estes Estados estamos construindo uma nova história, em meio a um momento político bastante difícil, daí a importância de

propostas unificadoras como esta” (Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas

da Fundação SOS Mata Atlântica).

F

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tlântica

(19)

Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, realizou apresentações na 22ª Confe-rência das Partes de Mudanças Climáticas (COP-22), em Marrakesh, no Marrocos. A conferência, embora não tenha registrado novos avanços significativos, es-sencialmente cumpriu seu papel de reafirmar a adesão dos países ao Acordo de Paris e determinar a agenda de trabalho para os próximos anos. Mantovani abordou a expertise da Fundação na área de restauração florestal, tema essencial ao alcance da meta climática.

O

Filme “A Lei da Água: Novo Código Florestal” foi disponibilizado para acesso livre na inter-net. O longa tem direção de André D’Elia, com produção executiva de Fernando Meirelles, e retrata a polêmica sobre as mudanças na legislação que prevê a importância das florestas para a conservação dos re-cursos hídricos no Brasil, nas propriedades rurais e ci-dades brasileiras.

A produção é da Cinedelia e a co-produção da O2 Filmes.

Além disso, a SOS Mata Atlântica lançou documentá-rio “Cumpra-se”, que aborda os 4 anos do novo Código Florestal. Com direção de André D’Elia, o curta-metra-gem mostra porque Caxias do Sul se tornou referência no país na implementação do Cadastro Ambiental Ru-ral (CAR). O Cadastro Ambiental RuRu-ral (CAR) é uma obrigação para todos os proprietários e posseiros de imóveis rurais.

Configurando um avanço neste tema, a Fundação e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) assinaram no fim de novembro um acordo de cooperação técnica que per-mitirá a definição de ações e de políticas públicas vol-tadas à recuperação, conservação e ao planejamento ambiental e econômico do desenvolvimento na Mata Atlântica. A medida é inédita e está baseada no uso de dados do Sistema Federal de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) e do monitoramento sobre o estado da vege-tação nativa realizado pela SOS Mata Atlântica desde 1990, em parceria com o Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais (INPE).

Sem fins lucrativos, e produzido com finan-ciamento coletivo e parcerias entre o Instituto Socioambiental (ISA), WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e Bem-Te-Vi Diversida-de, o documentário foi exibido em 14 salas de cinema de todo o Brasil, além da produção de 1.500 cartilhas que foram distribuídas em de-bates com especialistas durante as exibições do filme. Os produtores de “A Lei da Água” desti-naram a verba arrecadada em prol de exibições em escolas públicas e ONGs – foram mais de 400 exibições gratuitas, com uma estimativa de público de 20.000 espectadores.

Frente Parlamentar Ambientalista

A SOS Mata Atlântica é coordenadora da Sociedade Civil nas Frentes Parlamentares Ambientalistas, que mobili-zam deputados e senadores, no Congresso Nacional e nos Estados, para temas relacionados à agenda socioam-biental – como água, clima, conservação marinha e populações tradicionais, configurando espaços de formação dos políticos e da sociedade. Em 2016, a Frente Nacional contabilizou com a adesão de 263 deputados e 16 senadores. E 16 dos 17 Estados da Mata Atlântica contam com Frentes Estaduais. No ano, foram realizados no Congresso 14 eventos seguidos de debate sobre temas socioambientais. A Fundação também monitora projetos e leis importantes para o meio ambiente no Congresso. Em 2016, foram acompanhados 36 projetos em temas como clima, mar, resíduos, licenciamento ambiental, Unidades de Conservação, entre outros.

Com mais de 20 organizações ambientais e científicas, a SOS Mata Atlântica atuou na campanha “Proteja as espécies ameaçadas”, pelo retorno da proteção às es-pécies de água doce e salgada. A mobilização rendeu bons frutos: a Justiça Federal determinou a volta da Portaria nº 445 de 2014 do Ministério do Meio Am-biente – também conhecida como a Lista de Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção – que estava sus-pensa temporariamente, por solicitação de entidades do setor pesqueiro.

CÓDIGO FLORESTAL

O

ano de 2016 trouxe preocupação com o futuro do Licenciamento Ambiental. Mesmo com a recente tragédia ambiental ocorrida em Ma-riana (MG), com um rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco, acarretando a per-da de viper-das e prejuízos econômicos e ambientais sem precedentes, o Congresso Nacional prosseguiu com a tramitação do polêmico substitutivo do deputado fede-ral Mauro Pereira (PMDB/RS) ao PL 3729/04. O texto, duramente criticado por especialistas, ambientalistas e ONGs, isenta e simplifica o processo de licenciamento ambiental, significando, na prática, o fim do processo.

A Fundação atuou em defesa do Licenciamento Am-biental, emitindo alertas e notas, além de participar de mobilizações contra este retrocesso. Mais de 250

EM DEFESA DO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

organizações da sociedade civil manifestaram repúdio ao projeto, apontando que, se aprovado, ele será uma “fábrica de Marianas”.

Em dezembro, a Fundação SOS Mata Atlântica pu-blicou nota alertando que a proposta contraria o interesse público, ao permitir a dispensa e a sim-plificação do licenciamento, sem critérios ou dire-trizes gerais da União, o que fere princípios consti-tucionais e cria insegurança jurídica, sem resolver o problema fundamental. Precisamos permanecer atentos e mobilizados contra esse desmonte da legislação que protege o meio ambiente e a vida.

Relatório Anual 2016

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30 ANOS, MAIS DE 36

MILHÕES DE MUDAS

BENEFÍCIOS DA

RESTAURAÇÃO FLORESTAL

NA PRÁTICA

O

s projetos de restauração florestal da Fundação SOS Mata Atlântica já se destacam entre os que mais contribuíram para a reabilitação do bioma no País. Com a proposta de promover a integração en-tre produção rural e conservação do meio ambiente, a ONG foi responsável pelo plantio de mais de 36 mi-lhões de mudas de árvores nativas, equivalente a uma área de 21.228 hectares, aproximadamente o tamanho da cidade de Recife (PE). Bradesco Seguros e Bradesco Cartões são as principais empresas parceiras dos pro-jetos de restauração da Fundação, com o patrocínio de mais de 30 milhões do total de mudas plantadas. Atu-almente, a ONG é uma das poucas organizações brasi-leiras com capacidade de concretizar projetos de larga escala nessa área.

Com tantas aves à vista, o Centro realizou em novem-bro, a 1ª edição de Birdwatching no local. Um total de 30 pessoas, dentre entusiastas da observação de aves, pesquisadores e a equipe da Fundação e da Save Brasil, se reuniram em Itu e avistaram mais de 60 espécies de aves em apenas 3 horas.

O Centro também promove eventos, sedia projetos de educação ambiental voltados a escolas e grupos e re-cebe visitantes. Em 2016, o local atendeu a 4.583 pes-soas em programas de visitação e educação. Em toda a sua história, o CEF recebeu cerca de 44 mil visitantes e apoiou 26 projetos de pesquisa.

A restauração florestal é executada também no interior do Centro de Experimentos Florestais, e graças à parceria com pesquisadores, em 2016 foram constatados e divulgados resultados deste trabalho, como o reaparecimento de mais de 120 espécies de aves – um aumento de 140% no número de espécies, incluin-do aves ameaçadas como a curica (Amazona amazonica) e a cabeça-seca (Mycteria americana) – e até de uma onça parda na região. Além disso, a oferta de água aumentou na área de 386 hectares onde ocorre o reflorestamento, evidenciando que a proteção e recuperação da floresta traz benefícios para as espécies e para os serviços ambientais.

Nascido em 2000, a partir da ideia inicial de que internautas poderiam doar mudas através de um simples clique, o projeto Clickarvore já beneficiou 508 municípios em 9 Estados, com mais de 29,5 milhões de mudas, somando mais de 17 mil hectares restaurados. Em 2016, foram doadas mais de 410 mil mudas.

Já o programa Florestas do Futuro (lançado em 2004) atua com restauração de áreas degradadas. Em sua história, o programa já contemplou 46 municípios em 5 Estados, recuperando uma área de 2.600 hectares com o plantio de mais de 5,5 milhões de mudas. Em 2016, foram plantadas mais 814.619 mudas em 10 diferentes projetos.

“Nosso histórico mostra que há sinergia entre ambientalistas e produtores rurais, conservação e produção. Quando são ultrapassadas as barreiras da divergência, surge um modelo moderno, que ressalta a importância dos benefícios para todos, para o meio ambiente e a qualidade de vida” (Rafael Fernandes,

Gerente de Restauração Florestal).

Relatório Anual 2016

A

coordenação dos programas de Restauração Florestal é feita no Cen-tro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin (CEF), em Itu (SP), referência em trabalhos de restauração e conservação dos recursos florestais, atuando nas linhas de restauração florestal e conservação de recursos naturais, pesquisa e experimentação, capacitação e formação, e educação ambiental e mobilização. Com um viveiro próprio, o CEF produz até 750 mil mudas de 110 espécies nativas da Mata Atlântica por ano.

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Foto: Marcelo Trad/SOS Mata Atlântica

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3.

429 MUNICÍPIOS COM

A MATA MONITORADA

A

Fundação também contabiliza 3.429 municípios com seus remanescentes de Mata Atlântica monitorados no projeto Atlas da Mata Atlântica, que conta com parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan.

O estado de Minas Gerais teve o maior índice de desmatamento, com decréscimo de 7.702 ha (alta de 37% na perda da floresta), revertendo um cenário positivo, pois vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento. O segundo lugar ficou com a Bahia, com 3.997 ha desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 ha.

Os dados de 2016 sobre a situação da Mata Atlântica no Brasil, referentes ao período de 2014 a 2015, foram publi-cados em maio, no âmbito das ações do Dia da Mata Atlântica.

Sete dos 17 estados da Mata Atlântica tiveram desflorestamento menor do que 100 hectares –sendo considerados em nível de desmatamento zero. No geral, porém, o estudo apontou desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km2, um aumento de 1% com relação período anterior.

Foram registrados 2.607 downloads dos arquivos vetoriais (shapefiles) do mapeamento do projeto em 2016, para fins de pesquisa científica, controle e fiscalização.

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica – que apresenta o resultado do mapea-mento e monitoramapea-mento da floresta e seus ecossis-temas associados – teve sua primeira edição lança-da em 1990. Durante sua história, o Atlas passou por diversas evoluções tecnológicas e de metodo-logia, e suas atualizações foram sendo divulgadas cada vez com menor intervalo, consolidando-o como a principal ferramenta de conhecimento da Mata pela sociedade.

As informações sobre a situação da Mata Atlântica em sua cidade podem ser consultadas de forma interativa no hotsite Aqui Tem Mata, atualizado a cada edição do Atlas. Lá o internauta descobre de forma rápida e com info-gráficos a situação da Mata Atlântica e de formações vegetais associadas – como mangues e restinga – na região onde mora.

Acesse: www.aquitemmata.org.br

A partir dos dados do Atlas também foram divulgados mapeamentos e estudos especiais da Mata Atlântica:

Comparativo 1986-2014 (31/03/16);

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 2014-2015 (25/05/16);

Atlas do Estado de São Paulo com precisão de 1 hectare (05/06/16);

Atlas da cidade de Curitiba com precisão de 1 hectare (12/08/16);

Estudo comparativo mostrando que a qualidade da água no Rio Tietê é maior onde há maior

cobertura vegetal (30/09/2016);

Atlas dos Municípios da Mata Atlântica 2016, com situação dos 3.429 municípios da floresta,

incluindo rankings de desmatamento (02/12/16);

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Referências

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