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APLICAÇÃO DE FUNGOS EM ESTUDOS FORENSES NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO CADAVÉRICA

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APLICAÇÕES DE FUNGOS EM ESTUDOS FORENSES NO PROCESSO DE

DEGRADAÇÃO CADAVÉRICA

MARCELA ALVES BARBOSA1; MARIA JOSÉ LUCENA FERREIRA1; ELAIZA RODRIGUES DA

ROCHA SANTOS1; ELIZANGELA CARDOSO DOS SANTOS1; BRUNO SEVERO GOMES2

1 Discentes do Departamento de Micologia, Centro de Ciências Biológicas/ Área Taxonomia e Ecologia de Fungos-Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Recife, PE - Brasil.2 Orientador, Professor Dr. do Departamento de Micologia, Centro de Ciências Biológicas/ Área Micologia Médica-Universidade Federal de Pernambuco - UFPE,

Recife, PE - Brasil

RESUMO

As impressões do polegar e outras impressões digitais foram usadas como identificadores individuais desde tempos remotos, mas somente a partir do século XX que elas começaram a ser usadas na criminalística. Os fingerprints de DNA realiza um papel importante na identificação humana há décadas. O DNA forense é usado hoje na esfera criminal, para a investigação criminal e na esfera civil, para investigação de paternidade. A aplicação da micologia forense tem se tornado uma importante ferramenta judicial em que foi reavivada, sendo um grande desenvolvimento no campo da pericia criminal nos últimos 20 anos. Esta pesquisa teve como objetivo, analisar a partir da literatura a aplicação da micologia forense em casos de decomposição de cadáveres e excrementos. Foi feita uma revisão bibliográfica no período de 1991 a 2011 e consistiu na procura de referências teóricas publicadas em artigos científicos de revistas indexadas nacionais e internacionais. Sendo encontrados com o uso dos termos de busca, 1186 artigos, destes após os critérios de inclusão, foram selecionados 41 artigos para a utilização da pesquisa, destes apenas 13 retrata a Micologia Forense. Apesar dos fungos serem muito comuns no ambiente, o seu uso na ciência forense tem sido menos relevante que as plantas. A aplicação da micologia em decomposição de cadáver para a investigação forense pode ser uma ferramenta importante e útil se bem aplicada. Porém é necessário mais pesquisas para esclarecer a colonização de fungos em cadáveres humanos.

Palavras-chave: microrganismos fúngicos; polimorfismos; aplicação forense.

APPLICATION OF FUNGI IN FORENSIC STUDIES IN THE PROCESS OF

DEGRADATION CADAVERIC

ABSTRACT

The thumb prints and other prints were used as individual identifiers from ancient times, but only from the twentieth century that they began to be used in forensics. The DNA fingerprints performs an important role in human identification decades. The forensic DNA is used today in the criminal sphere for research in civil and criminal, for the investigation of paternity. The application of forensic mycology has become an important forensic tool that has been revived is a great development in the field of criminal forensics in the last 20 years. This study aimed to analyze the literature from the application of forensic mycology in cases of decomposed corpses and excrement. We conducted a literature review from 1991 to 2011 and consisted in the search for theoretical references of scientific articles published in national and international refereed journals. Being found with the use of search terms, 1186 articles, following these inclusion criteria, 41 articles were selected for use in research, only 13 portrays the Forensic Mycology. Although fungi are very common in the environment, their use in forensic science has been less relevant plants. Implementation of the mycology decomposing corpse for forensic investigation can be an important and useful tool if properly applied. But more research is needed to clarify the colonization of fungi on human cadavers.

Keywords:

fungal microrganisms; polymorphisms; forensics application.

INTRODUÇÃO

No decorrer das décadas de 1980 e 1990, a análise molecular tornou-se cada vez mais poderosa. O uso das impressões digitais apesar de serem usadas desde tempos remotos como identificadores individuais passaram a ser

utilizadas na criminalística a partir do século XX (SNUSTAD; SIMMONS, 2008).

Estudos da literatura demonstram que o primeiro caso de identificação criminal por DNA, aconteceu em 1985, na Inglaterra, onde uma mulher foi estuprada e assassinada, o geneticista Alec Jeffreys colheu o esperma encontrado na

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vítima e fez o exame de DNA (DOLINSKY; PEREIRA, 2007). O cientista depois de analisar um trecho curto de DNA repetitivo que se encontrava disperso por todo o genoma, em uma sequência curta, com cerca de 15 nucleotídeos, utilizou esta sequência como sonda, marcada com uma molécula radioativa e ao revelar usando um filme de raios X sob a folha de náilon, registrou os padrões dos pontos radioativos e identificou que existia variação entre uma amostra e outra, sendo possível diferenciar um indivíduo do outro (WATSON, 2005; JEFFREYS, 2005)

A utilização de fingerprints em casos forenses é baseada na premissa de que não existem duas pessoas com impressões digitais idênticas. Exceto gêmeos idênticos, não existem duas pessoas com genomas de mesmas sequências de nucleotídeos. O genoma contém cerca de 3 x

109 pares de nucleotídeos. Além disso,

duplicações e deleções de sequências de DNA e outros rearranjos cromossômicos contribuem para a divergência evolutiva dos genomas. Os fingerprints de DNA fornecem uma ferramenta pelo qual estas diferenças podem ser identificadas e registradas (SNUSTAD, SIMMONS, 2008).

Para análise de fingerprints de DNA é preciso uma quantidade pequena de amostra de sangue, bulbos capilares, sêmen, tecido ou outras células. Onde o DNA é extraído dessas células, amplificado por PCR e analisado com sondas de

DNA escolhidas pelo procedimento de

transferência de Southern (BUTLER, 2009). O pesquisador Alec Jeffreys foi o primeiro a perceber que os polimorfismos de DNA poderiam ser usados para estabelecer a identidade de um indivíduo humano. Ele cunhou a expressão impressões digitais de DNA e foi o primeiro a usar os polimorfismos de DNA em testes de paternidade, casos de imigração e assassinatos. A utilização das chamadas “sondas de Jeffreys” aconteceu por meio da investigação da fração “minissatélite” do DNA altamente repetitivo. Identificou-se que cada minissatélite é composto por unidades de repetição em tandem (MICKLOS et al., 2005).

Sabe-se que o DNA forense é usado hoje na esfera criminal, para a investigação criminal e na esfera civil, para investigação de paternidade. A aplicação da micologia forense tem se tornado uma importante ferramenta judicial em que foi reavivada, sendo um importante desenvolvimento no campo da pericia criminal nos últimos 20 anos, porém essa área precisa ser mais estudada e divulgada (SAGARA et al., 2008).

A evolução das impressões digitais e o DNA

As impressões digitais apresentam

variabilidade em cada indivíduo e são

reconhecidas desde a Antiguidade, onde o homem pré-histórico marcava os objetos de seu uso, as cavernas onde se alojava, geralmente colocando substâncias corantes nas mãos, para que as marcas ficassem no local desejado (FARAH, 2007).

Os métodos de identificação humana foram evoluindo com o passar do tempo, pois era necessário um processo que proporcionasse absoluta segurança nos resultados. Contudo, muitos estudiosos e cientistas, a exemplo de Francis Galton e Karl Pearson que criaram a biometria, ciência que estuda as medidas físicas dos seres vivos, empenharam-se em descrever a identificação das pessoas. Mas foi em 1891, que Juan Vucetich nascido no extinto império austro-húngaro e naturalizado argentino criou o sistema datiloscópico, que estuda as impressões digitais ou vestígios deixados pelas polpas dos dedos nos mais diversos materiais (OLIVEIRA et al., 2004; CELSO, 2011).

Dessa forma, dentre diversos métodos utilizados surgiu a Papiloscopia, que é a ciência que trata da identificação humana a partir das papilas dérmicas. E detém como princípios: perenidade, imutabilidade e variabilidade dos desenhos papilares (OLIVEIRA et al., 2004).

De acordo com Trindade (2007) a Papiloscopia está dividida em:

 Datiloscopia- processo de identificação por meio das impressões digitais.

 Quiroscopia- processo de identificação por meio das impressões palmares.

 Podoscopia- processo de identificação por meio das impressões plantares.

A identificação humana a partir das impressões digitais é uma forma de afirmar ou negar a identidade de um indivíduo (TRINDADE, 2007). Os fingerprints de DNA apresentam um padrão peculiar, que é formado por volta do sexto mês gestacional. A forma desse padrão genético não muda em nenhum momento da vida, permanecendo intacto mesmo após a morte (FARAH, 2007).

A variabilidade humana em termos de DNA é muito grande. O sequenciamento completo do genoma humano foi finalizado em abril de 2003, que resultou um mapa com a posição de cada uma das múltiplas variações dos genes. Cada pessoa tem cerca de 20.000 a 25.000 genes que codificam proteínas (SNUSTAD; SIMMONS, 2008; CARELLI, 2009).

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Cerca de 50% ou mais de todo o DNA dos humanos é composto de DNA repetitivo, sequências que não codificam proteínas. Embora não se saiba a função certa dos DNAs repetidos, diversos estudos sugerem a relação destas sequências no processo de replicação do DNA (LI et al., 2002), recombinação (BIET et al., 1999), expressão gênica (LIU et al., 2001), na organização estrutural e funcional do genoma em geral. Essas sequências repetidas também podem estar relacionadas em rearranjos cromossômicos, tais como inversões, duplicações, deleções e translocações recíprocas, sendo responsáveis por

proporções significativas das variações

cariotípicas observadas em vários grupos

(KIDWELL, 2002).

É a variabilidade deste restante da

sequência, as regiões hipervariáveis ou

polimórficas, de função estrutural, que se utiliza nos exames forenses de DNA (BONACCORSO, 2004). Basicamente, existem dois tipos de polimorfismos no DNA: polimorfismos de comprimento e polimorfismos de sequência

(DOLINSKY; PEREIRA, 2007). Os

polimorfismos de comprimento abrangem as

regiões repetitivas de DNA denominadas

“microssatélites” STR’s (short tandem repeats ou

“repetições curtas em tandem”) são

polimorfismos bastante similares aos VNTRs, mas distingue-se em relação ao tamanho. Estes locus estão em grande quantidade o genoma humano (KASHYAP et al, 2004), e cada um deles compreendem um grande número de diferentes alelos (KOCH; ANDRADE, 2008).

Outro polimorfismo de comprimento são os “minissatélites” VNTR’s (variable number of tandem repeats ou “número variável de repetições em tandem”), essas regiões podem ser estudadas com sondas de DNA, ou a partir da técnica de PCR (PENA, 2005). Os locos VNTR são

convenientes como marcadores para a

identificação humana, pois apresenta um número abundante de alelos diferentes, o que torna provável não existir duas pessoas não aparentadas

que compartilhem o mesmo genótipo

(THOMPSON, 1993; DUARTE et al., 2001; KASHYAP et al., 2004).

Enquanto que, os polimorfismos de sequência apresentam diferentes nucleotídeos em uma determinada localização no genoma. Essas variações podem ser manifestadas como regiões de alelos alternativos, substituições, adições ou deleções de bases (PARADELA; FIGUEIREDO, 2010).

Os polimorfismos presentes no DNA mitocondrial e no cromossomo Y são também analisados e usados em algumas situações (LIMA,

2006). A região hipervariável do DNA

mitocondrial contém o sinal que controla a síntese de RNA e DNA (BUDOWLE et al., 2003). Dessa forma, essa região hipervariável do DNA mitocondrial é de interesse para a identificação humana por causa do alto grau de polimorfismo na sequência de nucleotídeo (PANETO, 2006). Além disso, o DNA mitocondrial é transmitido aos descendentes apenas pela mãe e está presente em várias cópias por célula (ANJOS et al., 2004). Enquanto, o cromossomo Y é transmitido aos descendentes masculinos pelo pai e a análise desta região pode contribuir quanto à origem parental dos indivíduos (DOLINSKY; PEREIRA, 2007). Os estudos a partir do cromossomo Y podem ser utilizados em testes de identificação humana para análises forenses que comprovem abuso sexual, condução de pessoas desaparecidas e testes de paternidade deficientes (LIMA, 2006).

A micologia em estudos forenses

Apesar dos fungos serem comuns no ambiente considerando sua grande diversidade no

mundo (cerca de 1,5 milhões segundo

Hawksworth, 1991), o seu uso na ciência forense tem sido menos relevante que as plantas. Talvez pela falta de mais estudos nessa área e também por existirem regiões pouco estudadas como áreas de restinga, caatinga, desertos, trópicos dentre outros, ainda existem muitas espécies de fungos não identificadas (SILVA; MINTER, 1995).

Um dos primeiros trabalhos publicados sobre micologia forense foi de Hawksworth e Wiltshire (2011) e se baseiam nas informações disponíveis na literatura. As aplicações dos fungos na micologia forense incluem papéis em: fornecer evidências residuais; estimar o tempo desde a morte; determinar o tempo de deposição; investigar a causa da morte seja por intoxicações ou alucinações; localizar cadáveres enterrados (HAWKSWORTH, 2011).

A micologia forense é um estudo recente e devido a várias espécies encontradas no ambiente despontou como uma nova área de investigação a serviço da ciência forense. Os grupos de fungos que foram identificadas no processo de degradação orgânica são: nos Zygomicetos, por exemplo, já foi identificada a

espécie Rophalomyces strangulatus; nos

Basidiomicetos, exemplos, Hebeloma

vinosophllum, Laccaria amethystine e nos Ascomicetos, exemplos, Ascobolus denudatus, Coprinus neolagopus (CARTER; TIBBETT, 2003). Dessa forma, a presença dessas espécies de fungos em associação com outros elementos, pode

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fortalecer na determinação do intervalo post mortem (VIEGAS, 2006).

A sucessão de frutificação e o uso do nitrogênio promovem as bases da estimativa do intervalo post mortem e a sucessão de crescimento fúngico. A análise de aspectos ecológicos e fisiológicos desses fungos é importante na determinação do local do óbito e do tempo decorrido. Ainda que sua relação não esteja esclarecida, devido à necessidade de novas pesquisas que possam confirmar o resultado e melhor caracterizar os grupos de fungos

participantes do processo de degradação

cadavérica, Carter e Tibbett (2003) destacam dois grupos de fungos correspondentes ao estado de

frutificação ao longo da decomposição

cadavérica: fungos de frutificação precoce (Zygomicetos, Deuteromicetos e Ascomicetos) e fungos de frutificação tardia (Basidiomicetos) (FILHO, 2008).

De acordo com vários autores é necessário mais estudos para que se torne óbvia a sucessão de colonização fúngica ocorrente nos cadáveres humanos (HITOSUGI, 2006). É possível relacionar achados de isolamento fúngico em corpos esqueletizados, para que em adição com outros elementos possam contribuir na identificação e no tempo de decomposição (OLIVEIRA et al., 2004).

O diagnóstico micológico apropriado, fundamental para a aplicação da Micologia Forense, inclui diversas etapas. A etapa inicial compreende a avaliação pericial forense com o objetivo de estabelecer, segundo os critérios de uso corrente na Medicina Judiciária, (p.ex. odor fétido, presença de insetos, exposição de tecidos moles ou ósseo), o intervalo post mortem que se pretende avaliar. Esses critérios não promovem a precisão aos interesses judiciais e devem ser avaliadas em conjunto com achados periciais (KRYMCHANTOWSKI et al., 2006; FILHO, 2008).

Em cada uma das fases ou períodos post mortem podem ser isoladas distintas espécies de fungos, onde deve ser de grande importância para o processo laboratorial a disponibilidade de dados periciais que possam orientar o micologista forense no curso das etapas de isolamento dos microrganismos (SIDRIM et al., 2004). Após proceder a essa etapa, há a necessidade de analisar as partes anatômicas que mais se detecta a presença de fungos (ISHII et al., 2007). As principais partes anatômicas para coleta são: pelo do couro cabeludo, escamas de pele, unhas, mucosa oral e retal, genitália, pulmão, tecido

ósseo, líquido cefalorraquidiano, sangue

periférico, medula óssea, urina, fezes, escarro, conjuntiva e córnea (SIDRIM, 2004).

Vale ressaltar, que é importante avaliar o solo do local onde o corpo foi encontrado, além das vestimentas e até mesmo fragmentos do ataúde, nos casos em que as amostras orgânicas não são suficientes, como é o caso do período de esqueletização cadavérica (FRANÇA, 2008). Na fase de esqueletização, segundo alguns autores, o crescimento fúngico é interferido no processo de degradação capilar e das estruturas ósseas, o que os tornam potenciais marcadores do tempo de decomposição cadavérica (FILHO, 2008).

Sendo assim, a tafonomia também é importante nos estudos forenses, pois analisa os processos e transformações que ocorrem nos seres vivos desde a sua morte até o momento em que são identificados. No caso da tafonomia forense, estuda os processos por que passam os restos mortais desde a morte do indivíduo até à chegada ao investigador (CARTER; TIBBETT, 2003).

A utilização de fungos na tafonomia forense surgiu a partir de um estudo com fungos esporulentos e experimentos com solos de florestas com adição de compostos nitrogenados ou uréia. O que se observou foi que após a decomposição do “cadáver” e excrementos (fezes, urina) as mudanças ocorridas neste ambiente pelos fungos, foram similares nos solos tratados com compostos nitrogenados, mostrando o local do cadáver e dos excrementos decompostos como um novo habitat fúngico (SAGARA et al., 2008).

A tafonomia se baseia na compreensão dos processos de decomposição e os fatores que os influenciam, como a estimativa do intervalo de post mortem (PMI), bem como a causa e a forma da morte (HAGLUND, 1997; HUNTER, 1994; VASS et al., 1992; HOPKINS et al., 2000). Nas últimas duas décadas, uma série de experimentos de campo e estudos em micologia foi aumentando em casos de decomposição em cadáveres. Pesquisas relatadas na literatura têm demonstrado que certos grupos de fungos quimioecológicos podem atuar em lápides acima do solo como em ecossistemas florestais (FUKIHARU et al., 2000).

Os grupos de fungos em estudos forenses podem ser conhecidos como, fungos post-putrefaction os que formaram corpos frutíferos após a decomposição cadavérica e excrementos em condições naturais e fungos ammonia os que formam corpos frutíferos nos solo após o tratamento com uréia (SAGARA, 1995). Além disso, as estruturas de frutificação de alguns desses fungos, foram registradas várias vezes em associação com a decomposição de cadáveres de mamíferos em diversas regiões do mundo (CARTER; TIBBETT, 2003).

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Sabe-se que o corpo humano pode ser dividido em tecidos moles e duros. Quando um cadáver é deixado em um local e não for enterrado antes ou durante o período de decomposição, os tecidos moles (músculos, órgãos internos, veias e sangue) podem ser

decompostos por invertebrados, fungos e

bactérias, enquanto o tecido duro permanece. Um grupo de fungos adaptados a este substrato duro são os fungos queratinofílicos (SAGARA et al., 2008).

Um estudo feito na Universidade Federal do Ceará identificou achados micológicos em um cadáver do sexo feminino, no qual realizou perícia forense no período de cinco meses pós-inumação, este período é caracterizado como coliquativo. Após serem colhidas amostras para análise, foi observado crescimento de leveduras nas amostras colhidas no sulco gengival, onde se identificou a espécie Candida guilliermondii, que é um componente da microbiota humana (FILHO; BRILHANTE, 2007).

Outro caso relatado na literatura trata-se de um homem de 71 anos, encontrado morto em um poço abaixo do solo em seu jardim. O rosto do cadáver estava repleto de colônias brancas de fungos que foram identificadas como Penicillium sp. e Aspergillus terrous. Estes fungos podem colonizar de 3-7 dias após fixação sobre as partes expostas. Diante da aparência da superfície do corpo, o estado de decomposição de diversos órgãos subsidiou informações policiais de que o homem tinha sido morto há cerca de 10 dias, isso sugere que os fungos podem proporcionar um meio útil de estimar o intervalo mínimo de morte (HITOSUGI et al., 2006).

Dessa forma, a micologia forense objetiva identificar os microrganismos fúngicos presentes no processo de degradação cadavérica. Essa aplicação tem sido relevante no auxílio à determinação do tempo entre o momento do óbito e a realização do exame pericial com as espécies de fungos descobertas no local. Assim, essa pesquisa tem como objetivo analisar a partir da literatura a aplicação da micologia forense em

casos de decomposição de cadáveres e

excrementos.

MATERIAL E MÉTODOS

Inicialmente foi realizado um

levantamento bibliográfico, abrangendo o período de 1991 a 2011, pois esse período é considerado o marco sobre as aplicações da micologia forense, uma vez que corresponde ao aumento do interesse da comunidade científica sobre as aplicações da micologia forense.

Foram consultadas as bases de dados de acesso livre SciELO, PubMed e BIREME a partir das expressões de busca: Micologia forense; Impressões digitais de VNTR e Sondas de Jeffreys e os termos relacionados em inglês: Forensic mycology; Fingerprints the VNTR; Probes the Jeffreys.

Além do estudo em artigos também se utilizou como fonte de dados livros de Genética, Biologia Molecular e Micologia, além de monografias, teses e dissertações para melhor contemplação do assunto.

Após a eliminação das duplicidades com

o auxílio do programa EndNote, foram

selecionados os artigos que contivessem as expressões de busca citadas anteriormente, em seus títulos ou resumos, sendo feita a pesquisa nos idiomas inglês e português.

Foram excluídos os artigos que

priorizava a Entomologia forense e Microbiologia forense (vírus, bactérias e protozoários), na abordagem da Micologia Forense.

RESULTADOS

O uso dos termos de busca: Micologia forense; Impressões digitais de VNTR e Sondas de Jeffreys resultaram em 1186 artigos, dos quais foram utilizados 41 artigos para esta pesquisa, desses foram selecionados 28 artigos englobando todo o assunto da pesquisa, estudos forenses de forma geral (destinados aos casos criminais), finperprints de VNTR e sondas de Jeffreys. E apenas, 13 artigos retratando a Micologia Forense.

Foi estabelecido como critério de inclusão que, além de conter pelo menos uma expressão de busca no título ou resumo, o artigo deveria consistir sobre o emprego de fungos em casos forenses.

Na Tabela 1 estão representados os resultados das buscas com cada expressão selecionada em cada base de dados.

Tabela 1 – Total de artigos encontrados nas bases

de dados com as expressões de busca.

F.M. – Forensic mycology; VNTR – Fingerprints the VNTR; P.J. – Probes the Jeffreys.

Bases de dados Expressões de busca Total (%) F. M. VNTR P. J. SciELO 0 7 0 7 0,59 PubMed BIREME 626 5 55 410 46 37 727 452 61,29 38,11 Total 631 472 83 1186 100

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Observou-se que a base de dado PubMed apresentou um maior número de artigos encontrados para a expressão de busca Forensic Mycology. Para a expressão de busca Fingerprints the VNTR a base de dado BIREME contabilizou um número maior de artigos encontrados. Na base de dado SciELO não houve artigos encontrados para a expressão Probes the Jeffreys.

A partir do título e de uma rápida análise dos resumos foram excluídos os artigos que não corresponderam aos critérios de inclusão.

Na Tabela 2 são mostrados os números de artigos selecionados para cada expressão de busca.

Tabela 2 – Análise das expressões de busca após

o critério de inclusão.

Bases de dados

Expressões de busca Tota

l (%) F. M. VNTR P. J. SciELO PubMed BIREME 0 10 3 2 7 14 0 3 2 2 20 19 4,87 48,78 46,34 Total 13 23 5 41 100

F.M. – Forensic mycology; VNTR – Fingerprints the VNTR; P.J. – Probes the Jeffreys.

Após a aplicação dos critérios de inclusão, foi realizada uma leitura mais detalhada dos artigos. Na base de dado SciELO utilizou-se dois artigos, representando 4,87%. Na PubMed foram utilizados 20 artigos, representando o maior número 48,78%, devido a maior abrangência dos assuntos. E na BIREME 19 artigos, representando 46,34%.

DISCUSSÃO

Apesar de serem encontrados 626 artigos na base de dado PubMed para a expressão chave da pesquisa, Micologia Forense, ao fazer uma rápida leitura dos resumos foi observado que os assuntos dos artigos não relacionavam fungos, mas outros microrganismos como vírus e bactérias, desse total, apenas nove artigos contemplavam o assunto. Na base de dado BIREME dos cinco artigos encontrados para a

expressão Micologia Forense, apenas três

contemplavam o assunto.

Foi observada a precariedade dos estudos de fungos em casos forenses ao fazer uma rápida leitura dos resumos encontrados, a maior parte dos artigos retratavam de forma superficial o assunto. Entretanto, em relação aos assuntos relacionados ao DNA e/ou Biologia Molecular existem vários artigos são retratados, são muitas

publicações abordando Fingerprints de VNTR e Sondas de Jeffreys.

Foram utilizados 28 artigos abrangendo todo o assunto da pesquisa e apenas 13 artigos sobre Micologia Forense. Todas as buscas foram delimitadas utilizando artigos publicados nos últimos 20 anos tanto para a Micologia Forense quanto para os outros assuntos da pesquisa.

É muito importante o estudo do DNA em casos forenses, tanto para identificação, podendo relacionar os restos mortais de uma pessoa aos seus respectivos familiares, utilizando DNA nuclear, cromossomo Y ou DNA mitocondrial, quanto em casos criminais que podem ser utilizados para a resolução de crimes que não se têm suspeitos, possibilitando dessa forma a identificação de pessoas a partir dos vestígios encontrados no local do crime (MUNIZ, SILVA).

Vale ressaltar trabalhos importantes da Micologia forense, como de Carter e Tibbett (2003) que relatam a importância do estudo do DNA em casos forenses, sendo a aplicação da micologia mais uma interface com arqueologia forense e tafonomia forense e pode proporcionar um meio de detectar sepulturas, além do potencial de estimar o intervalo post burial.

Além dos trabalhos de Hawksworth e Wiltshire (2011) que descrevem o uso de fungos em investigações criminais em mortes causadas por intoxicações ou alucinações. Filho (2008) retrata achados micológicos em cadáveres, demonstrando que existem diferenças entre os isolados fúngicos ao longo da degradação cadavérica. Sagara et al. (2008) mostram que excrementos humanos como fezes e urina produzem fungos amoniacais, pois a sucessão fúngica desenvolvida nesse solo é semelhante com as que se desenvolvem em solos tratados com uréia. A ocorrência de dois tipos de fungos ammonia, Hebeloma danicum e Laccaria bicolor, confirmam a ação humana ou presença de cadáveres no local.

Outros trabalhos também são de grande importância para a Micologia Forense, porém é necessária a realização de mais pesquisas para o aprofundamento do assunto e apropriação deste

conhecimento como forma de melhor

compreender o metabolismo e os hábitos de cada espécie fúngica isolada, típico do estudo da Micologia e de servir aos interesses forenses e criminais.

CONCLUSÃO

A aplicação da micologia em

decomposição de cadáveres para a investigação forense ainda é escassa segundo os dados da

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literatura. Por não apresentar pistas óbvias, os fungos são considerados difíceis de serem identificados, sendo necessária experiência por

parte do pesquisador em reconhecer o

crescimento fúngico em restos humanos ou outros artefatos que possam ser úteis para a investigação do caso.

Além disso, existem poucos trabalhos publicados sobre a Micologia Forense, detectados a partir da análise do levantamento bibliográfico, mostrando a importância de divulgar este conhecimento como uma ferramenta útil se bem aplicada, para auxiliar nos estudos forenses.

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Recebido em / Received:2012-02-24 Aceito em / Accepted:2012-07-08

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Tabela 1 – Total de artigos encontrados nas bases  de dados com as expressões de busca
Tabela 2 – Análise das expressões de busca após  o critério de inclusão.

Referências

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