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Silenciamento das mulheres no universo jurídico/ Silence of women in the legal universe

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Academic year: 2020

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Silenciamento das mulheres no universo jurídico

Silence of women in the legal universe

DOI:10.34117/bjdv5n12-291

Recebimento dos originais: 07/11/2019 Aceitação para publicação: 19/12/2019

Helio Fernando de Oliveira Junior

Mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná - Instituição: Faculdade Jaguariaiva

Rua Santa Catarina, 06 - Jaguriaiva– PR, Brasil E-mail: helio@fajar.edu.br

Flávia Ferreira da Luz

Bacharel em Direito pela Faculdade Jaguariaiba - Instituição: Faculdade Jaguariaiva Rua Santa Catarina, 06 - Jaguriaiva– PR, Brasil

E-mail: luzferreira.flavia@gmail.com

RESUMO

A mulher tem sua voz silenciada em todo o universo jurídico, mesmo com o passar dos anos e dos inúmeros movimentos feministas, assim este trabalho busca, demostrar que apesar de toda a independência conquistada, ainda é visto um número absurdo de desigualdade e opressão. Para expor como ocorre esse tipo de desigualdade a seguinte pesquisa demonstra de forma qualitativa e quantitativa, como as mulheres que exercem suas atividades laborais em função da Justiça, sofrem o respectivo silêncio. Os dados apresentados corroboram com a existência de um maior silenciamento das mulheres no ambiente jurídico.

Palavras-chave: Empoderamento; feminismo; advogadas.

ABSTRACT

The woman has her voice silenced throughout the juridical universe, even with the passage of years and countless feminist movements, so this work seeks to show that despite all the independence gained, an absurd number of inequality and oppression is still seen. To show how this type of inequality occurs, the following research demonstrates qualitatively and quantitatively, as women who work in the function of Justice, suffer silence. The data presented corroborate the existence of greater silencing of women in the legal environment.

Keywords: Female empowerment; feminism. lawyers.

1 INTRODUÇÃO

A violência contra a mulher é um fato cada vez mais presente em nosso cotidiano, segundo relatório do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEVUSP, 2018), em 2017 em média 12 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil, um dado alarmante que representa um aumento de 6,5% dos casos em relação a 2016. Com um total de 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 casos de feminicídio, ou seja, uma taxa de 4,3 mortes por 100 mil pessoas do sexo feminino, fazendo o Brasil

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ocupar o 7° lugar dentre os países mais violentos do mundo, dentre 87 nações, em relatório da organização Mundial de Saúde (OMS).

Santos et al. (2019) considera que tal ato está imerso de sentimentos de posse, de intolerância, desrespeito, preconceitos, machismo por quem pratica; e de medo, dor, angústia, muitas vezes, de silêncio da vítima que sofre a agressão. É perceptível, pois, que existe uma desigualdade motivada preponderantemente, pela condição do sexo, pois a mulher quem é o objeto da violência. E esta concepção da mulher como “propriedade” do homem é construída desde a infância através dos papéis de gênero, das relações de hierarquia do homem frente à mulher, que possibilitam que a mesma se perpetue por várias gerações.

O objetivo geral deste trabalho é analisar como o gênero influi no universo das mulheres que atuam no Direito. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica de livros e artigos diversos sobre a temática e ainda pesquisa de campo através de uma netnografia, caracterizando assim uma investigação qualitativa, exploratória e descritiva (GIL, 2009).

Vale ressaltar que o substantivo Mulher utilizado neste artigo se refere tanto a mulher cis, como a mulher trans, não havendo discriminação quanto ao gênero ou aos aspectos puramente biológicos.

Inegavelmente as diferenças sociais a respeito da identidade de gênero, ainda persistem no nosso cotidiano, as mulheres têm suas ideias e convicções interrompidas e silenciadas pelo simples fato de serem mulheres. Neste contexto, o tema busca esclarecer os meios em que esse silencio acontece, tendo como alvo central o descaso e o afrontamento aos direitos humanos que ocorre no dia-a-dia de mulheres cuja a profissão está ligada ao universo jurídico brasileiro.

Não apenas os homens as interrompem, mas também a abertura de uma mulher interromper a outra é maior, enquanto que um homem quase nunca é contrariado, motivo que o torna principal contentor da palavra, sendo o seu argumento isento de brechas e muitas vezes, apesar de não ser a melhor opção é a que será acatada durante uma votação ou debate.

De acordo com estudos foi comprovado que durante debates orais, daqueles que operam em função do Direito, em maioria, as interrupções no momento das sustentações são feitas por homens contra as mulheres, como é visto em artigos como o Justice, Interrupted: The Effect of Gender, Ideology and Seniority at Supreme Court Oral Arguments ("Justiça, interrompida: efeitos de gênero, ideologia e senioridade nas sustentações orais na Suprema Corte dos Estados Unidos”), onde dispõe que as interações judiciais durante as sustentações orais são fortemente influenciadas pelo gênero, com mulheres [da Suprema Corte] sendo interrompidas de maneira desproporcional pelos colegas homens, bem como por advogados.

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Ademais, em plano Jurídico brasileiro a Ministra Carmen Lúcia, além de citar o referido artigo durante uma sessão no Supremo Tribunal Federal, enfatizou com a seguinte frase “Em geral, eu e a ministra Rosa, não nos deixam falar, então nós não somos interrompidas”.

O seguinte comentário da Ministra mostra o quanto o nosso ordenamento é corrompido com esse tipo de desigualdade entre gêneros, logo, se essa disparidade ocorre durante uma sessão entre Ministros, cujo cargo é de elevada relevância dentro do universo Jurídico, o número em geral vem a ser extremamente maior.

Ante o exposto, apresenta-se argumentos que permitam refletir essa desigualdade em nosso mundo jurídico, buscando conscientizar e por fim discorrer sobre como tal situação de discriminação afeta o próprio sistema, bem como, interfere na aplicação de direitos humanos.

2 NÃO SE NASCE MULHER, TORNA-SE MULHER

Não se nasce mulher, torna-se mulher. A polêmica afirmação de Simone de Beauvoir inicia esse artigo e apresentam-se breves esclarecimentos sobre o ser mulher. A frase de Beauvoir apesar de causar incômodo aos mais conservadores, retrata a mais pura realidade. Nela é possível identificarmos a mulher em sua integra e não somente pelo aspecto biológico ou cultural que a pré-determina.

Num breve esclarecimento do sentido biológico da palavra mulher, trata-se de um indivíduo dotado de feminidade, ou seja, possui demasiada diferença do indivíduo homem em questão anatômica, fisiológica ou genética, caracterizando o “dimorfismo sexual”. Conforme é salientado.

A espécie humana apresenta indivíduos com sexos separados, ou seja, possui machos e fêmeas. Biologicamente falando, homens e mulheres possuem diferenças bem marcantes, tanto anatomicamente quanto fisiológica e geneticamente, o que caracteriza o “dimorfismo sexual”. (SANTOS, s/d).

Deste contexto biológico, se exterioriza que ao se nascer do gênero masculino ou feminino, deve-se seguir determinados padrões sociais relacionados ao seu gênero, ou seja, já é preestabelecido todo um viés cultural a ser seguido. Assim explica.

Ao nascer, todo indivíduo imediatamente é enquadrado medicamente dentro do gênero masculino ou feminino. O conjunto de órgãos que possuem permitem que a medicina e os familiares do bebê o diferenciem e o designem como menino ou

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menina. A partir daí esse bebê será educado para se tornar um homem ou uma mulher dependendo da definição biológica que lhe foi designada ao nascer. Entrará em ação todo um conjunto de práticas sociais que irão definir a forma como a criança deverá lidar com sua identidade que desde que nasceu está atrelada a designação biológica que lhe é dada. (GOEBEL, 2014).

No entanto, embora estando determinados os aspectos biológicos, é impossível não mencionar as indiferenças que muitos têm sobre si. Em analise a essas autonegações, pode-se verificar que algumas pessoas possuem incompatibilidade quanto ao seu corpo biológico, tendo em conta a sua evolução social, tais indivíduos se identificam de forma adversa daquilo que seu corpo anatomicamente representa, nesse sentido, observamos o desfeche das identidades de gênero. Assim, elucida.

Enquanto sexo é um conceito principalmente biológico, gênero é um conceito essencialmente social, sendo sua construção e representação apresentada das mais diferentes formas, pelas diferentes culturas. Gênero vai além dos sexos: Sua definição não se restringe apenas aos cromossomos, a conformação genital ou a presença ou não de determinadas gônadas, mas principalmente através da autopercepção e da forma como a pessoa se expressa socialmente. (SOUZA; COSTA, 2016).

Até recentemente, transtornos de identidade de gênero eram considerados para a OMS como algo patológico e somente em 2018 deixou de configurar como parte do código internacional de doenças, no entanto a condição permaneceu no rol de comportamentos sexuais classificado na CID – 11, como incongruência de gênero. Salienta a matéria Oms Deixa de Classificar Transexualidade Como Doença Mental (2018), publicada na revista Justificando, que segundo a nova classificação (CID-11), as identidades trans deixam de ser consideradas “transtorno de gênero” e passam a ser diagnosticadas como incongruência de gênero, uma condição relativa à saúde sexual. Assim, com a referida mudança torna-se possível a busca de ajuda médica para quem possuir determinada identidade. Informa.

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Até agora, as pessoas que não se identificavam com o sexo que lhes foi atribuído ao nascer eram consideradas doentes mentais pelos principais manuais de diagnóstico, devido à classificação da OMS. As entidades LGTBI passaram anos reivindicando que a transexualidade, que é um transtorno de identidade de gênero, saísse do compartimento das doenças mentais e entrasse no de comportamentos sexuais. Com esta mudança, a OMS mantém a transexualidade dentro da classificação para que uma pessoa possa obter ajuda médica se assim desejar, já que em muitos países o sistema sanitário público ou privado não reembolsa o tratamento se o diagnóstico não estiver na lista. (OMS RETIRA A TRANSEXUALIDADE DA LISTA DE DOENÇAS MENTAIS, 2018).

Visto uma sucinta abordagem sobre a diferenciação da questão biológica da de gênero, passamos a refletir sobre o aspecto que abrange o ser. Portanto, tendo como base os seguintes esclarecimentos, surgem denominações quanto ao gênero do indivíduo, que vem a ser o homem/mulher “cis” e “trans”. Deparando-se com tais nomenclaturas pode-se identificar quem está sob determinada circunstância.

Em um breve questionamento ao termo “Cis”, este se refere ao indivíduo que se identifica com o seu corpo biológico, enquanto que o “Trans”, apesar de ter seu sexo biologicamente definido, se identifica psicologicamente diferente, motivo que leva a pessoa trans a agir e ter comportamentos sociais adversos do seu gênero biológico. Assim, assevera.

Quando o gênero ao qual nos identificamos é o mesmo atribuído após o nosso nascimento através da observação dos nossos sexos biológicos somos cisgêneros (o termo “cis” significa algo como mesmo lado‖) ou quando a representação de gênero que nos identifica não é a atribuída após nosso nascimento, somos chamados de transgêneros (trans significa atravessar ou ir ao lado oposto). Em resumo, os transgêneros são pessoas que biologicamente pertencem a um sexo definido, mas psicologicamente pertencem e identificam-se a outro se comportando segundo este. O transgênero acredita peremptoriamente pertencer a um gênero não coadunado aos diversos sexos conhecidos (sexo genético, sexo genital, sexo gonadal). (SOUZA; COSTA, 2016).

De tal modo é possível colocarmos no mesmo contexto de igualdade a mulher cis e a mulher trans. Conforme aponta os autores Souza e Costa (2016): as terminações “cis” e “trans” são úteis em

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publicações voltadas para questões de gênero, pois serve como uma estratégia para romper com a noção de que indivíduos trans são “diferentes”, colocando em pé de igualdade ambas as “categorias”. Denota-se então, que o aspecto biológico apesar de sua importância, não deve ser o único a ser considerado como definição o gênero que se auto identifica, logo, é mulher para este artigo, aquela que na sua essência é mulher. O que se reflete com a célebre citação.

Não se nasce mulher, torna-se mulher nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade. (BEAUVOIR, 1967, p. 09)

3 MULHERES NO MUNDO JURÍDICO

As mulheres vêm tendo cada vez mais destaque no ramo jurídico, seja no setor privado ou nos demais cargos dentro do serviço público. Não há que se falar da falta de mulheres neste ramo, contudo, ainda não condiz de maneira proporcional quando equiparada ao número de homens. O Direito muitas vezes foi visto como uma profissão para homens o que vem a gerar uma grosseira concorrência desleal, como exemplo os casos vistos na advocacia privada em que muitas vezes clientes preferem ter seus direitos defendidos por homens, pois, não possuem expectativas positivas do trabalho de uma mulher por profundo preconceito. Quanto ao que se refere os setores públicos nos cargos de carreira jurídica é visto um número muito maior de atribuições para homens do que para as mulheres. Apesar de muitos dos cargos ser necessário a aprovação em concurso público, ainda é pequeno o número de mulheres dentro dos aludidos quadros, número que vem aumentando cada vez mais devido ao grande número de mulheres que vem se interessando pelos respectivos cargos.

Conforme dados publicados em 2017, é apontado que as mulheres já representavam 48,2% dos advogados inscritos na Ordem e apesar desta elevada porcentagem é visto a criação de uma “cota” de 30% para que mulheres advogadas possam integrar chapas dos conselhos da OAB, consoante mencionado no artigo Mulher, Negra e Advogada (2018).

Podemos observar primeiramente essa disparidade de desigualdade dentro do Supremo Tribunal Federal Brasileiro, onde a maioria de seus ministros são homens, conforme é notado na história do STF, temos apenas três mulheres (Ellen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber). Necessário ressaltar que, até o presente momento, o órgão máximo do Poder Judiciário Brasileiro não contou com a presença de uma ministra negra. (VENTURINI; RAMENZONI, 2016, pg. 1).

Acerca da desigualdade de gênero dentro do STF, podemos observar o incidente que ocorreu recentemente com a Excelentíssima Ministra Rosa Weber, que foi interrompida pelo Ministro Luiz

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Fux durante sua sustentação, motivo que fez a Ministra Carmem Lúcia se pronunciar a respeito: "Não nos deixam falar, então nós não somos interrompidas", dada a situação a Ministra também se referiu a respeito do artigo elaborado por Tonja Jacobi e Dylan Schweers, da Escola de Direito Northwestern Pritzker School of Law, de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos que aborda o efeito do gênero feminino dentro da Suprema Corte americana.

Apesar do incidente ter ocorrido dentro do Supremo Tribunal Federal Brasileiro o artigo citado pela ministra, aborda a questão das interrupções dentro de outro espaço territorial, concluindo que não só no Brasil as mulheres encontram dificuldades dentro das carreiras jurídicas, mas é possível observar um reflexo universal dessa desigualdade, logo não se trata somente de uma questão cultural de um determinado povo, mas sim um problema social universal de desrespeito gerado contra a mulher.

Cabe ressaltar, como visto no primeiro tópico o termo “mulher” utilizado neste artigo abrange não somente o sentido biológico da palavra, mas sim, uma denominação geral e ampla para todo indivíduo humano que adote e considere essa identidade do gênero.

A intenção deste trabalho é fazer menção da Mulher sem a distinção do gênero, porém é necessária uma breve argumentação cujo foco concentra nas mulheres trans que exercem suas atividades dentro das carreiras jurídicas.

As mulheres trans, só tiveram o direito de incluir o seu nome social junto a Ordem dos Advogados do Brasil no ano de 2016, através da resolução 5/2016, conforme esclarece.

A autorização foi dada em 2016, por meio da Resolução 5/2016 do Conselho Federal. Desde o ano seguinte, quando o texto entrou em vigor, 11 estados e o Distrito Federal emitiram carteiras da OAB para trans. (MORAES, 2018, p. 1)

Como salientado, somente em 2016 as mulheres trans conseguiram ter seus nomes sociais em suas habilitações para atuarem como advogadas. Trata-se sim de uma grande conquista, contudo, por quê algo como ter seu nome, aquilo que apresenta e fortalece a essência de muitas mulheres, teve de se tornar algo tão burocrático que veio a ser visto apenas na atualidade.

As questões de gêneros ocorrem desde que o mundo é o mundo, mas por haver o “padrão a ser seguido” mulheres tiveram que esconder suas condições pessoais para não se sentirem inferiores, não sofrerem o preconceito e a disseminação de ódio que em muitos casos geram a morte precoce dessas mulheres, como ressaltam estudos.

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A taxa de homicídios de pessoas transexuais em 2017 foi a maior registrada nos últimos dez anos. No ano passado, de acordo com os dados do Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foram 179 assassinatos de transexuais e travestis, um aumento de 15% nos homicídios desta população em relação a 2016. (REDAÇÃO, 2018, p.. 1)

Longe de exaurir a questão dos preconceitos e violências sofridos pelas mulheres trans, volto para uma análise mais ampla do subjetivo mulher no nosso direito brasileiro, uma breve abordagem da base de qualquer bacharel em Direito.

É inegável não mencionar o quanto é deslumbrante para um acadêmico de direito, principalmente no início dos estudos quando tem o privilégio de um vislumbre infinito de obras literárias. Tais obras são essenciais para o aprofundamento do conhecimento, professores e mestres sempre indicam as mais diversas correntes doutrinarias que sustentem as base e conceitos para uma boa formação.

Contudo, é apresentado o Direito pela perspectiva de homens, desde o início estuda-se valores e aspectos apresentados por esse gênero. É inegável dizer que as mulheres não foram deixadas de lado nesse contexto, são pouquíssimas as mulheres que possuem obras autorais, seja no Brasil ou no Mundo.

É possível observar essa disparidade analisando os principais doutrinadores de Direito Constitucional, citados pelos ministros do STF, em seus julgados nas ações de controle concentrado de constitucionalidade. Os critérios utilizados para demonstrar esses dados foram disponibilizados pelo STF, entre os anos de 1988 a 2012. Os julgados analisados foram ADIns, ADCs e ADPFs procedentes integral ou parcialmente. Conforme estudo.

O critério estipulado para a delimitação cronológica teve por base as datas dos dados disponibilizados pelo próprio STF entre 1988 e 2012. Foram consultados os seguintes julgamentos para a compilação dos dados apresentados: i) 984 ADIns procedentes e procedentes em parte, entre 1988 e 2012; ii) zero ADOs procedentes e procedentes em parte, entre 2008 e 2012; iii) 10 ADCs procedentes e procedentes em parte, entre 1993 e 2012; iv) 9 ADPFs procedentes e procedentes em parte, entre 1993 e 2012. Total: 1003 casos relacionados ao controle concentrado de constitucionalidade analisados. (ESTUDO REVELA DOUTRINADORES DE DIREITO CONSTITUCIONAL MAIS CITADOS PELO STF, 2013)

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De acordo com essa pesquisa, podemos observar que foram citadas pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal apenas 5 doutrinadoras mulheres de 74 doutrinadores brasileiros. São elas, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Fernanda Dias Menezes de Almeida, Anna Cândida da Cunha Ferraz, Ana Paula de Barcellos e Suzana de Toledo Barros.

4 ESCUTANDO AS MULHERES

Para melhor compreensão e conhecimento do silenciamento, foi realizada uma pesquisa quali quantitaviva, na qual é analisada o discurso de mulheres que atuam na área do Direito, com a finalidade de analisar como possivelmente surge o silenciamento de mulheres que atuam nesse universo.

A coleta de dados foi realizada utilizando questionários que indagavam diretamente sobre o tema. Para a criação da enquete foi utilizado como ferramenta a plataforma Google Drive Formulários e foram alcançadas vinte e duas mulheres, as quais responderam à enquete. Ao longo deste texto é apresentado o resultado da pesquisa de campo com acadêmicas e bacharéis em Direito.

Para a análise dos dados qualitativos os dados coletados foram organizados por categorias de modo a prepará-los para a interpretação. Não foram utilizados métodos estatísticos nessa pesquisa, mesmo assim, considera-se uma alta confiabilidade nos dados apresentados, pois em análise prévia observou-se que os valores aritméticos não apreobservou-sentaram discordâncias com os valores após análiobservou-se estatística.

Com os dados colhidos foi possível observar de forma quantitativa a frequência que ocorrem as desigualdades de gênero no dia-a-dia de mulheres cuja a profissão ou estudos estejam ligados ao universo jurídico.

Vale ressaltar que o substantivo mulher, utilizado neste artigo também se estende a enquete, não havendo nenhum tipo de discriminação de gênero. Os dados a seguir colhidos na enquete são anônimos, resguardando o direito de imagem.

4.1 O UNIVERSO DE PESQUISADAS

A enquete se inicia com uma breve identificação da mulher, nessa primeira questão é perguntado a identidade de gênero de quem está para iniciar o questionário, a segunda pergunta também é voltada para a identificação, nessa opção pede-se a data de nascimento, aqui as respostas foram as mais variadas.

Na primeira questão obteve-se um resultado de 100% de mulheres cis, como apresentados no gráfico 1.

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GRÁFICO 1 – GÊNEROS PESQUISADOS

FONTE: Os autores.

Apesar de citar a Mulher Trans com destaque neste artigo, a enquete não conseguiu alcança-las, no entanto, por não ser possível obter dados dessas mulheres na enquete, não desconfigura o fato de que elas também sofrem interrupções.

Adiante, na segunda questão, a idade das mulheres que responderam ao questionário varia entre mulheres nascidas nos anos de 1964 até o ano de 2000.

4.2 MULHERES SENDO INTERROMPIDAS EM DEFESA ORAL

A próxima questão bate de frente com o tema deste trabalho, é perguntado se em algum dado momento da vida seja acadêmica ou profissional, tenha sofrido alguma interrupção durante uma defesa oral, nessa questão existe uma observação, e quem respondeu a alternativa “sim”, prosseguiu para mais duas questões e quem selecionou a alternativa “não”, teria de pular as referidas questões. O porcentual da questão de número 3 foi de 65% sim e 35% não, como observado no gráfico 2.

GRÁFICO 2 – INTERRUPÇÕES

FONTE: Os autores.

As questões a seguir consistem em analisar quem faz as interrupções e com que frequência. Na opção das interrupções realizadas por homens, foi colhido os respectivos dados: 33% para as opções poucas vezes, muitas vezes e com extrema frequência. Vale ressaltar que a opção de “nunca sofri interrupções por homens” não foi selecionada, caracterizando que as interrupções por mais que

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ocorram poucas vezes, não deixam de existir, logo, é visto com base nesses dados que as mulheres já foram interrompidas por homens, observar o gráfico 3.

GRÁFICO 3 – INTERRUPÇÕES POR HOMENS

FONTE: Os autores.

Prosseguindo, as interrupções realizadas por mulheres, é visto uma porcentagem de 60% para poucas vezes, 33% para muitas e 6,7% para com extrema frequência, como observado nas interrupções por homens, as interrupções realizadas pelas mulheres também ocorrem de forma equiparada. Aqui a opção “Nunca sofri interrupções por mulheres” também não foi cogitada por quem respondeu ao questionário, como vemos no gráfico 4.

GRÁFICO 4 – INTERRUPÇÕES POR MULHERES

FONTE: Os autores.

Observando as questões de número 4 e 5, vemos que as interrupções não ocorrem somente por homens, mas são realizadas por outras mulheres também.

4.3 RECONHECENDO A DESIGUALDADE

Na pergunta número 6 é perguntado sobre a frequência é visto temas relacionados a desigualdade contra as mulheres ao acessarem sites ou redes sociais (como Facebook ou Twitter).

Nessa alternativa, 42,9% de mulheres se deparam muitas vezes com o tema, 38,1% com muita frequência e 19% poucas vezes e 0% para nunca me deparei com o tema mencionado, como observado no gráfico 5.

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GRÁFICO 5 – SOBRE REDES SOCIAIS

FONTE: Os autores.

Como observado o silenciamento da mulher é um tema que possui bastante repercussão na nossa sociedade, e por ser um tema recorrente no nosso cotidiano, trata-se de um direito que é violado todos os dias, seja nas questões simples ligadas ao direito, como em decisões importantes direcionadas a coletividade.

Para acrescentar essa observação é perguntado se o mundo jurídico tem se preocupado efetivamente com a descriminação suportada pelas mulheres.

As respostas foram de 68,2% para poucas vezes, 18,2% para não tenho conhecimento e 13.6% para muitas vezes. Veja os dados no gráfico 6.

GRÁFICO 6 – PREOCUPAÇÃO PELA DESIGUALDADE

FONTE: Os autores.

Como analisado nos tópicos anteriores o tema vem sendo discutido recentemente pelas respectivas entidades como a OAB, que tem se manifestado sobre os temas após ser acionada em escalas federais, chegando a extremos, que passa a ser impossível se desviar do assunto.

4.4 ALGUMAS PALAVRAS OUVIDAS

Para concluir a enquete é deixado um espaço para escutarmos como as mulheres se sentem a respeito do tema e como enfrentam os desafios das carreiras jurídicas.

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Abaixo, os relatos dessas mulheres demonstram quais os desafios, bem como suas perspectivas sobre ser mulher nas áreas que atuam.

Expondo os pontos de vista a respeito das desigualdades observa-se que essas mulheres se deparam com questões de discriminação em larga escala, sendo a desigualdade citada inúmeras vezes.

A mulher ainda hoje é vítima de discriminação em várias áreas profissionais. Nas carreiras jurídicas não se mostra diferente. Acredito que os problemas não sejam determinados profissões, mas sim a cultura que ainda vivemos nos dias de hoje de desrespeito à mulher, assim como a outras minorias.

A mulher é ser melhorado, ela é o alicerce de uma vida inteira em todos os seus âmbitos ,estrutura firme, porém flexível mas isso não quer dizer que ela deve aceitar e se submeter a algumas situações, para não destruir essa base as vezes, para que haja uma mudança significativa é melhor destruir tudo e fazer um novo começo, então mulher não tenha medo ,você é mais forte que pode imaginar não seja coagida por uma sociedade repleta de preconceitos natos, somos todos seres humanos e devemos ser tratados como tal ,ser reconhecidos pela nossa capacidade ,esforço e dedicação não como mulher, trans, travesti etc.

A mulher dentro do meio jurídico não é tão valorizada. Percebe-se isso ao verificar o número de mulheres em patamares de cargos mais relevantes nos 3 poderes, principalmente no judiciário e executivo. Podemos enfatizar também, sobre a mulher negra no mundo jurídico, qual são baixíssimos a porcentagem delas integradas ao mundo jurídico.

Dados históricos também são mencionados, como lapsos temporais acerca da luta das mulheres durante as décadas passadas e o peso de uma sociedade erguida pela perspectiva masculina.

Herança de uma sociedade milenar patriarcal... o principal desafio na minha opinião é ainda o descaso com que se discute o tema, atribuindo a um alinhamento à esquerda e não um grave problema social.

O curso de Direito ser historicamente algo a ser almejado por homens. Tanto é que quando entramos, nos deparamos com perguntas como, "mas não era curso de homem?" E, quando entramos é realmente assustadora a quantidade de homens que

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tem para cada mulher no curso.

É analisado nos comentários, como o sexo masculino acaba tendo preponderância nas questões profissionais, tomando dianteiras e em determinados casos se tornando referência de conhecimento e profissionalismos nas demais áreas de atuação nas carreiras jurídicas. Essa impressão, de que, se é feito por homem é correto, muitas vezes tiram a credibilidade do trabalho realizado pela mulher.

Homens sempre acham que mulheres sabem menos, que tem menos conhecimento.

Muitos cargos são referentes aos homens; poucas vezes vemos uma mulher em cargo público, pelo fato de nossa sociedade ainda ser machista ou pelo fato de terem o mesmo cargo e o salário do homem ser superior ao da mulher.

Acredito que o principal desafio de uma mulher no meio jurídico seja conquistar a confiança dos clientes e colegas. Em geral, há um pressuposto de competência para os homens, enquanto que para a mulher isso deve ser conquistado, demonstrado, para que passe a ser vista como uma profissional competente.

Também é salientado que a falta de credibilidade atribuída a mulher operadora do direito, não tão distante das demais carreiras, também possui esse reflexo em seus salários e demais verbas decorrentes de suas atividades.

Desigualdade salarial.

Dentro dos dados colhidos na enquete é visto ainda, que, apesar dos intermináveis desafios impostos as mulheres, muitas encontram-se em destaques nas carreiras jurídicas, como exemplo a magistratura.

Creio que os mesmos desafios Das demais carreiras. O machismo, inclusive o próprio machismo, quando nos infringimos mais tarefas domésticas que os homens, sobrecarregando física e emocionalmente e consequentemente interferindo profissionalmente mais do que aos homens. No entanto no que diz especialmente a carreira jurídica tenho observado uma tendência à aprovação de mulheres jovens a magistratura.

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Com os depoimentos acima vemos como a desigualdade em nosso meio ainda é recorrente. As mulheres apesar de todos os obstáculos criados pelos critérios culturais machistas impostos ao seu gênero, não se deixam abater e continuam sua luta diária contra a desigualdade e ainda que tenham conquistado espaço nas mais variadas profissões as mulheres enfrentam a sociedade em busca de igualdade há muitas décadas.

O preconceito intrínseco na sociedade interfere muitas vezes em situações nas quais os meios e procedimentos poderiam ser mais simples, bem como, tornam medidas desrespeitosas como normais, como exemplo a própria interrupção.

Atos como interromper ou tomar a palavra de uma mulher se tornam tão normais, que a pessoas que o fazem acabam não tendo sequer noção de que sua conduta afrontou de alguma forma um direito.

E como observado pelas perspectivas dessas mulheres, tais desigualdades ainda persistem com força em nosso mundo violando direitos humanos, bem como a nossa constituição.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi tratado neste artigo, as vertentes nas quais, o silencio atribuído as mulheres operadoras das demais carreiras jurídicas, e por todos esses aspectos, não há que se falar sobre o silenciamento da mulher ser um mero contexto banal da sociedade e que deve ser tratado com insignificância. As consequências do silenciamento imposto pelos homens ou até mesmo por outras mulheres tem significativas consequências negativas no exercício do Direito. Esse silenciamento é corroborado pelos dados apresentados no recente livro Interações de gênero um currículo oculto? De Cerezetti (2019).

A desigualdade interfere não somente na identidade das mulheres, mas também em suas prerrogativas como profissionais. Denota-se que as mulheres são silenciadas até mesmo no mais alto escalão jurídico, tanto na democracia brasileira como em outros territórios.

O silencio tem estado de forma tão inconsciente no interior do indivíduo que por muitas vezes, apesar de idealizar igualdade, acaba exteriorizando interrupções, e se quer dá conta de sua conduta. Assim, podemos analisar que a cultura de desigualdade de gênero está de certa forma enraizada no núcleo da sociedade.

Essa cultura de desigualdade, não está coligada somente aos homens, como pode-se notar nos demais capítulos, as mulheres em muitos casos se sentem mais confortáveis interrompendo outra mulher do que a um homem, em analise ao alegado temos como parâmetro os dados contidos na enquete, que revelam que essas mulheres sofreram interrupções de ambos os sexos ao menos uma única vez, tendo em conta que opções como “nunca sofri interrupções” ao menos foi cogitada.

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Vale ressaltar que no âmbito jurídico uma sustentação oral ou um pedido feito de forma escrita, deve ser devidamente analisado para que sejam efetivados princípios como os do contraditório e da ampla defesa, todos asseverados por Convenções Internacionais de Direitos Humanos, bem como pela própria Constituição do Brasil, logo, qualquer forma de interrupção se torna uma ofensa grave a tais princípios, gerando flexibilizações na aplicação do Direito em si.

A interrupção é prejudicial a todos os meios comunicativos do direito seja em órgãos julgadores, na defensoria pública ou privada, órgãos competentes para atuar em investigações preliminares ou de acusação, bem como nos demais organismos auxiliares da Justiça. Observa-se que, a interrupção por si só, deveria ser inibida nesses meios, porém a contrariedade é exercida em alta escala, ferindo não somente a princípios, mas o exercício do Direito como um todo.

Visto que, qualquer forma de interrupção é prejudicial ao universo jurídico, tendo em conta as consequências que geram, pode-se se assegurar que interrupções direcionadas a uma determinada classe, além de afrontar o ordenamento como um todo, desrespeita a integridade pessoal da pessoa a ser interrompida.

A interrupção interposta a mulher não pode ser considerada como algo banal, tendo em vista a violação ao ordenamento como um todo e por atingir a condição de ser mulher. A interrupção contra a mulher nada mais é do que um confronto direto a décadas de incessantes lutas dos movimentos feministas os quais persistem até a atualidade. O ato de silenciar um indivíduo tendo em conta o seu gênero é desrespeitar a sociedade em todos os seus aspectos, é ir contra a inclusão de uma classe que é tão capacitada como qualquer outra, nada mais é do que uma retroatividade da evolução. E de acordo com as análises desenvolvidas neste artigo, esse silenciamento é recorrente em todos os âmbitos jurisdicionais.

Em todas as esferas do Direito a mulher é silenciada, desde a atuação em audiências até a elaboração de obras literárias. Tais atos, ocorrem frequentemente nos dias de hoje, e para muitos o assunto é tratado como se fosse algo insignificante e que movimentos tão importantes como o feminismo tratam-se de mero vitimismo qualificado. Por fim, diante de todo o exposto, não é possível fechar os olhos diante do silenciamento no universo jurídico, considerando que está escancarado diante de exteriorizações de condutas desabonadoras voltadas para a mulher.

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