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COMPARAÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E CONHECIMENTO CIENTÍFICO DE PLANTAS MEDICINAIS COM BASE EM PESQUISA REALIZADA NA CIDADE DE UBERLÂNDIA- MG

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COMPARAÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E

CONHECIMENTO CIENTÍFICO DE PLANTAS MEDICINAIS COM BASE EM PESQUISA REALIZADA NA CIDADE DE UBERLÂNDIA- MG

TRAMAZOLI, Ana Paula do Carmo (UNITRI, ap2409@gmail.com) LOBATO, Camila Batista Mizael (UNITRI, camilamizael24@gmail.com) MORAES, Anamaria Junqueira de (UNITRI, junqueirademoraes@bol.com.br)

Resumo

As plantas medicinais são utilizadas para cura desde tempos longínquos. Geralmente são utilizadas em sua forma in natura por meio dos conhecimentos tradicionais que são transmitidos de geração para geração. Muitas pessoas utilizam ervas medicinais sem orientação de profissionais capacitados, como tratamento primário. Essa utilização de forma incorreta pode acarretar reações adversas, pois refletem a falta de conhecimento científico. Sendo assim, este trabalho visa comparar o conhecimento tradicional referente às plantas medicinais, relacionando o que é descrito na literatura científica com a compreensão popular. Para isso foi realizada uma pesquisa com 30 pessoas com idade entre 50 e 80 anos que visou eleger 10 plantas medicinais mais conhecidas e utilizadas que foram: Alecrim, Alfavaca, Babosa, Balsamo, Boldo, Carqueja, Erva Cidreira, Funcho, Hortelã e o Mentrasto, também foi feito um levantamento bibliográfico sobre estas plantas em estudo com exceção do Boldo e da Erva Cidreira, pois apesar de serem as mais conhecidas as mesmas possuem diferentes espécies o que dificulta uma análise específica. A comparação entre o conhecimento científico e o conhecimento popular por parte dos participantes permitiu afirmar que essa população possui um bom conhecimento sobre as plantas medicinais estudadas, o que gera uma efetiva funcionalidade quando utilizadas. Uberlândia possui uma boa estrutura física para desenvolver projetos como o da Farmácia Viva, e assim garantir melhor acessibilidade ao tratamento com plantas medicinais aos seus moradores.

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INTRODUÇÃO

O uso das plantas medicinais para a cura iniciou-se em tempos longínquos. Elas têm sido utilizadas em sua forma in natura por meio dos conhecimentos tradicionais transmitidos de geração para geração. Tais ervas podem também ser utilizadas em pesquisas para desenvolvimento de novas moléculas ativas adquiridas por fontes de espécies vegetais (PIRIZ et al., 2013). A transmissão dos conhecimentos sobre as plantas medicinais faz parte da história da humanidade, observando-se ainda na atualidade, estando presente tanto nos grandes centros urbanos quanto as pequenas cidades, dades (MACIEL; PINTO; VEIGA ,2002).

A etnobotânica, ciência voltada para o estudo das relações entre as populações e as plantas, explica que a utilização das ervas medicinais está relacionada a hábitos culturais que são difundidos tradicionalmente. O primeiro botânico a utilizar esse termo foi o Dr. Harshberger em 1895 (MONTEIRO; BRANDELLI, 2017). Os conhecimentos populares têm servido como princípios para descobertas de novos medicamentos uma vez que se pode separar plantas com maiores potencialidades de atividade terapêutica que já foram testadas anteriormente pela comunidade (MING, 2006).

A utilização das plantas medicinais tem evoluído ao longo dos tempos, desde a forma mais simples de uso até as formas mais complexas. O emprego da planta medicinal fresca, mesmo empiricamente, tem sido o recurso mais usado pela população. Lorenzi e Matos (2008) dizem que o governo deve promover recursos que garantam que a sociedade faça o uso de forma correta e consciente.

Segundo a RDC n° 26 de 13 de maio de 2014 a “planta medicinal é uma espécie vegetal, que pode ser cultivada ou não, porém possui a mesmo propósito terapêutico. O que a diferencia da planta medicinal fresca, é que planta fresca é utilizada logo após a colheita/coleta sem passar por qualquer processo de secagem”. Conforme a RDC os chás considerados medicinais são aqueles preparados a partir de drogas vegetais (planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processo de colheita/coleta, estabilização, quando aplicável,

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e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada) com fins medicinais na forma de infusão, decocção e maceração em água (BRASIL, 2014).

As plantas medicinais sofrem uma ordem de classificação, de acordo sua importância na vida da comunidade. Em primeiro lugar são classificadas as ervas administradas para fins terapêuticos. Em segundo lugar estão as plantas utilizadas como matérias-primas para manipulação de produtos. Já as plantas que são empregadas nas indústrias para extração de princípios ativos, como precursoras em semi-síntese, ou como fontes para obtenção de novos fármacos, estão ordenadas em último lugar (FOGLIO et at., 2006). Segundo Fintelmann e Weiss (2010), para garantir eficiência no tratamento de doenças e distúrbios da saúde através das plantas, as mesmas devem ser a utilizadas na sua forma íntegra.

Atualmente existem programas de prevenção e cura de algumas doenças a partir da utilização das ervas medicinais, como princípio para terapia. De acordo com Torres, estes programas são considerados uma boa alternativa devido ao baixo custo e a sua eficiência quando administrada de forma correta durante o tratamento (TORRES et al. 2005 apud CAMPOS, 2010).

Segundo Badke e colaboradores (2012), a razão pela qual a utilização de chás tem se demonstrado crescente como recurso terapêutico no Brasil, é justificado devido aos altos custos dos medicamentos industrializados bem como ao difícil acesso da população à assistência médica. Essa grande tendência de utilização de produtos naturais pode ser vista como favorável à saúde humana desde que o consumidor tenha compreensão da real finalidade, dos benefícios e malefícios de cada planta medicinal.

Devido à grande procura por terapias tradicionais, atualmente têm sido desenvolvidos projetos que visam produzir hortas contemplando plantas e hortaliças com princípios terapêuticos medicinais. Como exemplo tem-se o projeto conhecido como Farmácia Viva desenvolvido pelo Prof. Abreu Matos em 1984 na Universidade Federal do Ceará. Esse projeto teve como objetivo oferecer assistência farmacêutica fitoterápica com bases científicas, a entidades públicas e privadas, além de estudar de forma especifica as plantas medicinais e distribuir medicamentos produzidos a partir dessas (SILVA;

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ISHIKAWA; SILVA ,2011)

A medicina tradicional no Brasil teve sua legitimação e sua institucionalização dentro da atenção à saúde no início de1980, após a criação do Sistema Único de Saúde. A partir desta década foram criados alguns documentos que enfatizavam utilização de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica à saúde. Entre elas está a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPCI), que foi criado em 03 de maio de 2006 com o objetivo de programar aumentar o uso dos recursos terapêuticos dos usuários do Sistema Básico de Saúde, além de garantir a qualidade, eficácia, eficiência e segurança na utilização desses recursos, tendo sempre um domínio e participação social (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Em 09 de dezembro de 2008 foi aprovado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos que visa garantir a melhoria do acesso seguro e o uso racional das plantas medicinais e dos fitoterápicos no Brasil, estimulando também, o uso sustentável da biodiversidade brasileira e a expansão da cadeia produtiva e industrial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

Em 2009 o Ministério da Saúde divulgou uma lista contendo 71 espécies vegetais utilizadas tradicionalmente e confirmadas cientificamente . Esta lista recebeu o nome de Renisus (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS) e começou a ser desenvolvida por pesquisadores de universidades e da Farmacopeia Brasileira, representantes do serviço público e técnicos da ANVISA e o DAF (Departamento de Assistência Farmacêutica), sendo divulgada pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde (P. SAÚDE, 2014). De acordo com a publicação realizada no Portal do Brasil em 2012, o SUS disponibilizou para 14 estados do Brasil (Acre, Amazonas, Bahia, Espirito Santos, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal) medicamentos produzidos à base de plantas medicinais, os chamados fitoterápicos, que para o Ministério da Saúde desempenhavam uma efetiva atividade contra dores, inflamações, disfunções, entre outras patologias. Estes medicamentos deveriam ser indicados para doenças não graves e utilizados por curto prazo (PORTAL DO BRASIL, 2012).

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reescrevendo a história da assistência farmacêutica na atenção básica de saúde em alguns municípios brasileiros. Os medicamentos fitoterápicos estariam sendo grandes aliados nas terapias, com eficácia comprovada e baixo custo de produção e consumo. A fitoterapia deve se resumir ao tratamento caracterizado pela utilização das plantas medicinais, em suas diferentes preparações sem a utilização de substâncias ativas isoladas, como preconizado pelo Ministério da Saúde. Este método terapêutico deveria sempre ter orientação de profissional reconhecido (JUNIOR; SANTI, 2011). Ainda conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as plantas medicinais usadas na medicina popular podem causar reações adversas como intoxicações, enjoos, irritações, edemas ou até mesmo a morte. É sabido que uma mesma erva ao passar por processos industriais é transformada em um medicamento fitoterápico (ANVISA, 2010).

Fintelmann e Weiss (2010) orientaram que as prescrições das plantas medicinais e também dos medicamentos fitoterápicos deveriam ser feitas de forma racional, como se dá em relação ao uso dos medicamentos convencionais, ressaltando as contraindicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas. Os prescritores devem sempre dar preferência às monoterapias por possibilitar melhor compreensão acerca da ação terapêutica da planta medicinal, o que não acontece quando há associações. Já para as prescrições de associações deve existir um embasamento teórico científico que garanta sua eficácia.

Muitas pessoas utilizam plantas medicinais sem orientação de profissionais capacitados, como tratamento primário. Essa utilização de forma incorreta pode acarretar reações inesperadas e desagradáveis, pois refletem a falta do conhecimento científico e crença de que tudo que está na forma in natura não causa danos à saúde. É de suma importância todos terem acesso a informações sobre os benefícios e malefícios que tais plantas podem acarretar a saúde (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).

Sendo assim, o objetivo desde trabalho foi apurar parcialmente o conhecimento popular acerca do uso das plantas medicinais e a comparação das plantas descritas com a literatura científica.

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O presente estudo foi realizado por meio de uma pesquisa qualitativa e descritiva na cidade de Uberlândia. Inicialmente foi realizado um levantamento de dados referente ao conhecimento da população acerca das plantas medicinais observando a aplicação terapêutica, parte da planta utilizada, forma de preparo e consumo. Foi realizada uma entrevista com 30 pessoas com faixa etária entre 50 e 80 anos. O roteiro de entrevista semiestruturado era composto por 07 questões divididas entre questões objetivas e discursivas. O modelo está disponível no apêndice 1.

A partir da entrevista foram obtidos os nomes das oito plantas mais conhecidas e utilizadas pelos pesquisados. Informações, sobre cada uma dessas ervas, foram levantadas através de estudos em literatura técnica, artigos publicados no período de 2002 a 2017, livros e revistas eletrônicas, todos esses na língua portuguesa. Para melhor entendimento dos termos técnicos utilizados foi desenvolvido um glossário (Anexo 1) que teve como fonte o Formulário Fitoterápico Farmacopeia Brasileira edição 1ª de 2011 e o livro Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas.

O critério utilizado para inclusão das pessoas na pesquisa foi ser residente da cidade de Uberlândia, possuir conhecimento prévio sobre plantas medicinais, ter faixa etária entre 50 e 80 anos de idade, ser usuário da medicina tradicional, aceitar participar da pesquisa. Este conjunto de amostra foi levantada intencionalmente visando encontrar os melhores informantes sobre o contexto estudado.

RESULTADOS

Participaram da pesquisa trinta pessoas que citaram 27 diferentes tipos de plantas conforme mostra a Tabela 1. Os participantes demostraram que tinham algum conhecimento sobre essas plantas medicinais, principalmente sobre as indicações terapêuticas. O conhecimento demonstrado foi adquirido, em sua maioria, por meio de tradições familiares.

A tabela a seguir mostra todas as plantas citadas na pesquisa e também o número de vezes em que foram relatadas.

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Tabela 1 Plantas medicinais citadas pelos entrevistados e o número de citações

PLANTAS N° PLANTAS N° PLANTAS N°

Açafrão 1 Alfavaca 4 Alecrim 6

Arruda 1 Babosa 5 Balsamo 4

Boldo 16 Cana-de-macaco 2 Carqueja 7

Cavalinha 1 Erva cidreira 18 Erva santa Maria 2

Fava de sucupira 1 Fedegoso 1 Funcho 4

Hortelã 9 Infalível 1 Losna 2

Macela 1 Manjericão 1 Mentrasto 4

Noni 1 Óleo de Copaíba 1 Poejo 1

Quebra-pedra 2 Romã 1 Tanchagem 1

A partir dessa variedade de plantas foram selecionadas as dez mais citadas para o estudo. A Tabela 2 relaciona as plantas e o percentual de entrevistados que as citaram.

Tabela 2: Percentual apresentado das plantas selecionadas

PLANTAS % PLANTAS %

Alecrim 20,0 Carqueja 23,3

Alfavaca 16,7 Erva Cidreira 60,0

Babosa 16,7 Funcho 13,3

Balsamo 13,3 Hortelã 30,0

Boldo 53,3 Mentrasto 13,3

Como parte da pesquisa, foram coletadas também informações sobre o nome popular, as indicações, as partes das plantas utilizadas, a forma de preparo e frequência de administração ao dia, conforme mostra o Quadro 1.

Quadro 1. Informações coletadas na pesquisa sobre as dez plantas mais conhecidas.

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PLANTAS INDICAÇÃO PARTE UTILIZADA PREPARO USO

Alecrim Respiraç ão,

ansiedade, problemas cardíacos Folhas Infusão, Decocção, chá. 1 a 2 vezes ao dia Alfavaca Resfriado, expector ante

Semente, folhas Decocção, chá. 2 vezes ao dia Babosa Queimadura, cabelo, colesterol. Folha completa ou extrair polpa Infusão, passar a própria polpa. 3 a 4 vezes ao dia

Balsamo Dor no estomago Folhas Maceração. 2 vezes ao dia

Boldo Má digestão, males

do fígado.

Folhas Maceração 1 até 3 vezes ao

dia

Carqueja Colesterol Folhas Decocção,

maceraç ão, infusão. 1 a 3 vezes ao dia Erva Cidreira Calmante, pressão arterial

Folhas, raízes Decocção, infusão, chá.

1 vez ao dia

Funcho Gases Semente, folhas Decocção,

chá. 1 até 4 vezes ao dia Hortelã Vermífugo, má digestão. Folhas Infusão, decocção, maceraç ão, chá. 1 a 2 vezes ao dia

Mentrasto Cólica Folhas Decocção,

chá.

1 a 2 vezes ao dia

Os participantes da pesquisa declararam que se beneficiaram dos conhecimentos adquiridos ao longo dos anos para a utilização das plantas medicinais. Entre os participantes foi identificado que 83,3% alegaram indicar as plantas para realização de tratamentos a seus familiares e amigos. Já 16,7% relataram não indicar por receio de aparecimento de reações adversas. Foi declarado por parte dos participantes que um pequeno número de médicos que atuavam na rede pública, isto é, que atendiam pelo SUS - Sistema Único de Saúde estavam prescrevendo plantas medicinais para

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tratamentos primários. Mencionaram inclusive que inicialmente isso acontecia apenas com médicos pediatras, mas que depois o cenário foi sofrendo mudanças.

Alguns pesquisados não souberam diferenciar especificamente as formas de preparo de algumas plantas. A confusão foi percebida em relação às diversas formas de preparo dos chás, em que não souberam informar com clareza se realizavam decocção ou infusão.

DISCUSSÃO

Sobre as dez plantas medicinais mais lembradas pelos pesquisados foi realizada uma pesquisa bibliográfica englobando suas principais características. À exceção do Boldo e da Erva Cidreira que por possuírem diferentes espécies, não se pode compreender quais as que foram realmente citadas pelos participantes.

A pesquisa abrangeu informações sobre as indicações terapêuticas, as partes utilizadas, as formas de preparo, a frequência de consumo ao dia, além também de algumas advertências importantes. Estas informações foram apresentadas no Quadro 2.

Com o objetivo de relacionar o conhecimento que os pesquisados apresentaram e os conhecimentos encontrados em bases científicas, foi elaborado um quadro comparativo (Quadro 3). Neste quadro foram emparelhadas as informações como, indicações, partes da planta a serem utilizadas, modos de preparo e frequência de consumo ao dia, tanto a partir do conhecimento tradicional quanto do científico.

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Quadro 2. Descrições científicas das 8 plantas mais citadas na pesquisa.

Plantas Nome Popular Nome Cientifico Indicação Parte utilizada Preparo Uso Advertências Referência

Alecrim Alecrim-da- horta, rosmarinho, alecrim-de- jardim, alecrinzeiro e alecrineiro.

Rosmarinus officinalis L. Problemas estomacais, estimulantes, abortivo, inflamações de fígado e rins, doenças de pele, contusões, resfriados, cefalalgias, angustia, depressão, dismenorreia, queda de cabelo, exaustão física e intelectual, carminativo, cicatrizante. Folhas, sumidades floridas ou toda a planta. Infusão, decocção, tintura, extrato fluido. Ingerido de 50 a 200 mL ao dia e a tintura de 5 a 25 mL ao dia. Seu uso é contraindicado para pessoas com gastroenterites, com histórico de convulsões, gestantes e seu uso em excesso pode causar nefrite e distúrbios

gastrointestinais.

GRANDI, 2014. ANVISA,2011.

Alfavaca Chá-da- índia, Cravo-da- terr a, favaca-cravo, alfavaca-de- vaqueiro, príncipe.

Ocimum gratissimum L. Resfriados, gripes, frieiras, antisséptico, afonias, emoliente, febrífugo, expectorante, béquico e sudorífero. Folhas ou flores e sumidades floridas. Infuso, decocto, emplastro, maceração, xarope e sumo. 2 a 3 xicaras ao dia. Não é recomendado durante a gestação. GRANDI,2014. ANVISA, 2011.

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Babosa Babosa ,aloe Aloe vera ( L.) Burm.f. Queimaduras de Folhas, gel incolor

mucilaginoso de folhas frescas.

É extraída o É contraindicado GRANDI, 2014.

primeiro e sumo ou gel das para pacientes com

segundo grau, folhas frescas e hipersensibilidade a ANVISA, 2011.

como cicatrizante passa-se essa planta e, em

e para doenças diretamente no caso de alergia FREITAS;

da pele e do local desejado, conhecida às RODRIGUES;

couro cabeludo, xarope, gel para plantas da família GASPI, 2014.

hiperglicemia, uso oral. Xanthrrorhoeacea,

dislipidemia, uso oral durante a

conjuntivite, gravidez, não é

psoríase. aconselhável um

uso crônico.

Balsamo Bálsamo Cotyledon orbiculata L. É indicado para Folhas e talos. Sumo ou GRANDI, 2014.

úlceras, dor de decocto.

estômago, gastrite, nas gangrenas, dores de ouvido.

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Carqueja Carqueja, Baccharis trimera Diurética, tônico, Parte aérea da Infusão, 2 a 3 xicaras ao Não utilizar a ANVISA, 2011. Carqueja- (Less.) DC. febrífuga, em planta ou toda a decocção, dia, tintura de 5 gestantes e

amarga, regimes de planta. tintura ou extrato a 25 mL ao dia e lactantes, seu uso GRANDI, 2014.

carqueja- emagrecimento, fluido. extrato fluido de pode causar

amargosa, para o fígado, 1 a 1,5 mL ao hipotensão, sendo

carqueja-do- eupéptica, dia. necessário evitar o

mato. cálculos renais e uso simultâneo

doenças do couro com medicamentos

cabeludo. hipertensivos e

diabetes. Funcho Erva-dose-falsa, Foeniculum vulgare Disturbios Folhas e Infusão,

decocção, xarope, cataplasma, tintura e extrato fluido.

Deve ser utilizado GRANDI, 2014.

anis-doce. dispépticos, frutos. com cuidado em

cólicas pacientes alérgicos FINTELMANN,

gastrointestinais à planta, evitado WEISS, 2010.

leves, sensação por gestantes

de peso no devidos seus

abdome, efeitos emenagogo

flatulência, e pacientes

secreção das vias refluxofagite.

respiratórias. Hortelã Hortelã-pimenta,

sândalo, hortelã- inglesa.

Mentha x piperita L. Antiespasmódico, antiflatulento, vermífugo, carminativo, estomacal, distúrbios do sono de origem psicogênica. Folhas ou sumidades floridas. Infusão ou decocção. 2 a 3 xicaras ao dia. Seu uso é contraindicado para pessoas com cálculos biliares ou obstrução dos ductos biliares, danos hepáticos severos ou durante a lactação. ANVISA, 2011. GRANDI, 2014. FINTELMA NN, WEISS, 2010. Mentrasto Erva-de-São João, mentruste, catinga-de- bode.

Ageratum conizoydes L Tônico, diurético, carminativo, antiespas m ódic o, estomáquica, emenagoga, ocitóxica ,analgésica, antiinflamatori a, antipiretica.

Todo o vegetal. Infusão e decocção.

2 a 3 copos por dia.

Doses elevadas ou por longos períodos provocam hipertensão arterial ele também e contraindicado para diabéticos. GRANDI, 2014. CASTRO et al. 2004.

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Quadro 3. Comparação entre o conhecimento popular e o conhecimento científico

Plantas Indicação

Tradicional

Indicação Cientifica Parte utilizada

Tradicional Parte Utilizada Científica Preparo Tradicional Preparo Científico Uso Tradicional Uso Científico Alecrim Respiraç ão,

ansiedade, problemas cardíacos.

Estomacais, estimulantes, abortivo, inflamações de fígado e rins, doenças de pele, contusões, resfriados, cefalalgias, angustia, depressão, dismenorreia, queda de cabelo, exaustão física e intelectual, carminativo e cicatrizante. Folhas. Folhas, sumidades floridas ou toda a planta. Infusão, Decocção, chá. Infusão, decocção, tintura, extrato fluido. 1 a 2 vezes ao dia. Ingerido de 50 a 200 mL ao dia e a tintura de 5 a 25 mL ao dia. Alfavaca Resfriado, expector ante.

Resfriados, gripes, frieiras, antisséptico, afonias, emoliente, febrífugo, expectorante, béquico e sudorífero. Semente, folhas. Folhas ou flores e sumidades floridas. Decocção, chá. Infuso, decocto, emplastro, maceraç ão, xarope e sumo. 2 vezes ao dia. 2 a 3 xicaras ao dia. Babosa Queimadur a, cabelo, colesterol. Queimaduras de primeiro e segundo grau, como

cicatrizante e para doenças da pele e do couro cabeludo, hiperglicemia, dislipidemia, conjuntivite, psoríare. Folha completa ou extrair polpa. Gel incolor mucilaginoso de folhas frescas, folhas. Infusão, passar a própria polpa. É extraída o sumo ou gel das folhas frescas e passa-se diretamente no local desejado, xarope, gel para uso oral.

3 a 4 vezes ao dia.

Balsamo Dor no estômago.

É indicado para úlceras, dor de estômago, gastrite, nas gangrenas, dores de ouvido.

Folhas. Folhas e talos. Maceração. Sumo ou decocto.

2 vezes ao dia.

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Carqueja Colesterol. Diurética, tônico, febrífuga, em regimes de emagrecimento, para o fígado, eupéptica, cálculos renais e doenças do couro cabeludo.

Folhas Parte aérea da

planta ou toda a planta. Decocção, maceração, infusão. Infusão, decocção, tintura ou extrato fluido. 1 a 3 vezes ao dia. 2 a 3 xicaras ao dia, tintura de 5 a 25 mL ao dia e extrato fluido de 1 a 1,5 mL ao dia. Funcho Gases. Distúrbios dispépticos,

cólicas gastrointestinais leves, sensação de peso no abdome, flatulência,

secreção das vias respiratórias.

Semente, folhas.

Folhas ou frutos. Decocção, chá. Infusão, decocção, xarope, cataplasma, tintura e extrato fluido. 1 até 4 vezes ao dia. Hortelã Vermífugo, má digestão. Antiespasmódico, antiflatulento, vermífugo, carminativo, estomacal, distúrbio do sono de origem psicogênica. Folhas. Folhas ou sumidades floridas. Infusão, decocção, maceração, chá. Infusão ou decocção. 1 a 2 vezes ao dia 2 a 3 xícaras ao dia.

Mentrasto Cólica. Tônico, diurético, carminativo, antiespasmódico,

estomáquica, emenagoga, ocitóxica, analgésica, antiinflamatória, antipirética.

Folhas. Todo o vegetal. Decocção, chá. Infusão e decocção.

1 a 2 vezes ao dia.

2 a 3 copos por dia.

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Segundo Arnous et al. (2005) a procura por fitoterápicos e plantas medicinais para tratamento vem aumentando devido ao fácil acesso e também por possuírem baixos custos. Todavia, são necessários estudos que comprovem a eficácia do tratamento em questão, sem que o mesmo cause dano algum ao paciente (REZENDE; COCCO, 2002).

Em pesquisa realizada com os moradores da cidade de Uberlândia foi identificado que os mesmos possuem conhecimento limitado referente aos benefícios e aplicações terapêuticas das plantas medicinais, embora os mesmos saibam outros parâmetros estudados de forma completa. Ao ser analisado o conhecimento da população em comparação com a teoria, percebeu-se a existência de alguns aspectos diferentes do que se apresenta na literatura científica. Muitos demonstraram utilizar as plantas medicinais citadas apenas para certos tratamentos, não conhecendo as outras aplicações que tais plantas poderiam ter. Como exemplo tem-se a Babosa, que foi relatada por alguns pesquisados possuir benefícios para cabelo e queimadura, sendo que além de tais indicações terapêuticas, pode também ser utilizada como tratamento para dislipidemias e hiperglicemias, conforme mencionado no quadro 2.

A utilização da planta fresca para preparo das formulações para consumo é uma forma tradicional de utilização. Os participantes da pesquisa apontaram que utilizam, na maioria das vezes, apenas as folhas, as sementes ou as raízes para a produção dos chás. Segundo Grandi (2014) e Anvisa (2011) para o preparo de alguns chás, as plantas podem ser utilizadas na sua totalidade ou até mesmo utilizar outras partes que usualmente são descartadas. Como exemplo destacou-se a Carqueja, para a qual a população utiliza somente as folhas, enquanto a literatura afirma que a utilização da planta de forma integral dispõe de maiores benefícios.

Segundo Costa (2017) as plantas medicinais não são estáveis nem possuem uma distribuição homogênea de seus compostos químicos nas diferentes partes como raízes, rizomas, talos, caules, sementes, folhas e/ou flores, podendo variar muito o teor do princípio ativo.

Durante a pesquisa foi identificado que são utilizadas diversas formas de preparo para os chás. Os métodos de preparo são passados de geração em

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geração se tornam tradição. Ao analisar a literatura científica, foi possível identificar que a maioria dos preparos é semelhante, ou seja, os processos infusão e decocção são os métodos mais utilizados. O processo de maceração foi um método destacado pelos pesquisados para o preparo dos chás de hortelã e carqueja não havendo, porém, registro científico quanto à utilização deste processo para apresto dessas plantas. Sendo assim, foi possível perceber que a ciência desconhece esta possibilidade de preparo para tais plantas.

Em contrapartida, ao se analisar as possibilidades de preparo para os chás de funcho, alfavaca, bálsamo e mentrasto, percebeu-se que os métodos de tintura, extrato fluído, emplastro, xarope, sumo e cataplasma podem ser utilizados e são desconhecidos pela população.

A frequência de consumo ao dia ainda é algo que requer muitos estudos. No confronto entre as informações científicas e os relatos dos participantes, foi identificado que a literatura não dispõe dessas informações para todas as plantas.

Peixoto Neto e Caetano (2005) relatam que dados históricos são de grande importância para os profissionais sérios e compromissados com o correto uso e manipulação das plantas medicinais na terapêutica do Brasil, uma vez que estes buscam sempre aperfeiçoar o uso das várias plantas medicinais existentes no Brasil.

CONCLUSÃO

A comparação entre o conhecimento científico e o conhecimento popular por parte dos participantes desta pesquisa permitiu afirmar que a população de forma geral possui um bom conhecimento sobre as plantas medicinais estudadas, o que gera uma efetiva funcionalidade quando utilizadas. As diferentes informações apontadas não demonstraram ser contraditórias, apenas incompletas.

Das oito plantas estudas neste artigo cinco já estão incluídas na lista do Renisus, o que significa que estão disponíveis para serem indicados pelo Sistema Único de Saúde. Neste caso o farmacêutico poderá contribuir para o uso racional desta terapia por meio de uma assistência adequada para o

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paciente e junto aos outros profissionais da saúde, contribuindo assim para a promoção em saúde para os cidadãos.

A cidade de Uberlândia tem capacidade para reproduzir projetos semelhantes ao original “Farmácia Viva”, uma vez que está cada vez mais se desenvolvendo sustentavelmente e recebendo várias pessoas em busca de qualidade de vida. Seria uma iniciativa bastante interessante para a cidade. O desenvolvimento de uma Farmácia Viva em Uberlândia facilitaria o acesso da população aos tratamentos prescritos e permitiria aos farmacêuticos uma nova área de atuação, aprimorando assim, o acesso e entendimento da população quanto às plantas medicinais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARNOUS, A. H. et al. Plantas medicinais cultivadas, conhecimento popular e interesse por cultivo comunitário. Revista Espaço para saúde, v.6, n.2, p.1-6, Jun. 2005.

BADKE, M.R. et al. Saberes e práticas populares de cuidado em saúde com uso de plantas medicinais. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v.21, n.2, p.363-370,abr-jun 2012.

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(21)

APÊNDICE 1

Questionário: Plantas Medicinais

Idade: Sexo: M F

1- Como você conheceu o uso das plantas medicinais?

2- Você utiliza as plantas medicinais para fazer tratamentos? ( ) sim ( ) não

3- Se utiliza as plantas como remédio qual o motivo?

( ) são mais baratas ( ) possui mais fácil acesso ( ) não utiliza.

4- Responda a tabela:

Quais plantas medicinais têm em casa?

Para qual finalidade você utiliza cada planta?

Qual a parte da planta usada?

5-- Como você faz o preparo e o uso da planta medicinal?

Preparo Uso

6- Você indica a utilização de plantas medicinais para as pessoas de seu convívio?

7- Já recebeu orientações médicas que possuíam plantas medicinais para realização do tratamento?

(22)

ANEXO 1

Glossário

Cataplasma: Preparação feita com farinha e água, geralmente quente e

adicionada ou não a planta triturada, às vezes é utilizada o cozimento da planta ao invés da água.

Chá por Decocção: É uma preparação na qual se coloca a planta na agua fria e

submete esta mistura à fervura, este método é utilizado nas partes duras da planta como: cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas.

Chá por Infusão: É uma preparação em que se adiciona água fervente sobre a

droga vegetal já separada, e em seguida, se tampa o recipiente por um tempo variável, este método é indicado para todas as partes da planta que contenha componentes voláteis e que sejam menos rígidas como folhas, flores, frutos e inflorescências.

Emplastro: Ervas frescas e limpas amassadas e aplicadas diretamente sobre a

pele.

Extrato Fluido: É a preparação líquida obtida de drogas vegetais por extração

com líquido apropriado ou por dissolução do extrato seco.

Maceração com água: Coloca-se a planta amassada ou picada em contato com

a água, a temperatura ambiente, por um tempo determinado podendo mudar conforme a droga vegetal utilizada, a maceração e utilizada para plantas que se modificam com o aquecimento.

Sumo: É obtido através da trituração da planta medicinal fresca num pilão ou em

aparelhos adequados. Se a planta possuir pequena porção liquida acrescenta-se uma pequena quantidade de água e tritura novamente, recolhe-se o liquido liberado.

Tintura: São soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas. Este método é resultante da

extração de drogas vegetais ou da diluição do seu extrato.

Xarope: É uma preparação aquosa com elevada proporção de açúcar em sua

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