• Nenhum resultado encontrado

O EDENTULISMO NA SAÚDE PÚBLICA E A REABILITAÇÃO COM PRÓTESE DENTÁRIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O EDENTULISMO NA SAÚDE PÚBLICA E A REABILITAÇÃO COM PRÓTESE DENTÁRIA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

¹ Discentes do Curso de Odontologia - Faculdades IDEAU ² Docentes do Curso de Odontologia - Faculdades IDEAU

AGLIARDI, Laura Loss¹ HAFNER, Franciele¹ RAHMEIER, Letícia Gauer¹ SANTI, Camila¹ SILVA, Marina da¹ SKOVRONSKI, Gracieli Angélica¹ BORGHETTI, Vanessa Isabela² MELLO, Márcia Regina de² RODRIGUES, Eduardo dos Santos² SANTOS, Tiago Lange dos² ZAIONS, Ana Paula D. R. E.² e-mail: lele-grahmeier@hotmail.com

RESUMO: O edentulismo é um forte indicador de saúde em adultos e idosos, ele é caracterizado pela ausência

dos elementos dentários, essa ausência pode ser parcial ou total. A falta de dentes que muitas pessoas apresentam deve-se geralmente a progressão de cárie dentária e das doenças periodontais. Como solução para o edentulismo, normalmente são confeccionadas próteses dentárias totais ou parciais de acordo com a necessidade do paciente. Com o intuito de conhecer a saúde oral da população em relação à ausência de dentes e o uso ou não de prótese dentária no município de Getúlio Vargas, RS, foi realizada uma pesquisa na cidade, onde foram abordadas questões sobre o uso de prótese dentária; higienização dos dentes e/ou próteses; tempo de uso das próteses; perda dos elementos dentários; motivo da perda; frequência de manutenção das próteses e satisfação em relação ao serviço público de saúde. Para essa pesquisa foram entrevistados 325 indivíduos, dos quais 286 aceitaram participar. De acordo com os resultados obtidos, uma maioria da população perdeu ou teve de extrair algum dente antes dos 30 anos de idade, cerca de 84%, somando os que perderam/extraíram antes dos 20 anos e os entre 20 e 30 anos de idade. Destes, 59% perderam os dentes por doença de cárie e tiveram de fazer uso de prótese antes dos 30 anos de idade, cerca de 67%, somando os que fizeram uso antes dos 20 anos e os entre 20 e 30 anos. Esses resultados refletem a uma atenção em saúde bucal precária, com uma população com baixo conhecimento sobre a importância de se cuidar da saúde oral.

Palavras-Chave: Edentulismo; Prótese Dentária; Saúde Pública.

ABSTRACT: Edentulism is a strong indicator of health by adults and elderly, it is characterized by the absence

of elements teeth, and this absence may be partial or total. The lack of teeth that many people generally present up to the progression of dental caries and periodontal diseases. As a solution to edentulism, normally are confectioned total or partial dental prosthesis in accordance with the necessity of the patient. In order to meet the oral health of the population in relationship the absence of teeth and the use or not of dental prosthesis in the Getúlio Vargas city - RS, a survey was conducted in the city, where questions were raised about the use of dental prostheses; cleaning of teeth and/or dentures; use time prostheses; loss of teeth; reason the loss; frequency of maintenance of prostheses and satisfaction in relationship with the public health service. For this research were interviewed 325 individuals, of whose 286 agreed to participate. According to the results, a majority of the population had lost or extracting a tooth before 30 years of age, about 84%, adding to the lost/extracted before 20 years old and between 20 and 30 years old. Of these, 59% have lost teeth due to caries disease and had to make use of prosthesis before 30 years of age, about 67%, adding those who did use before age 20 and between 20 and 30 years. These results reflect and attention to poor oral health, with a population with low knowledge about the importance of taking care of oral health.

(2)

1 INTRODUÇÃO

Para a realização deste trabalho foram feitas entrevistas na cidade de Getúlio Vargas, RS. Com uma população de 16.154 habitantes pelo CENSO de 2010, foi utilizada uma amostra aleatória de 325 indivíduos, através de um cálculo estatístico, dentre os quais 286 aceitaram participar. A pesquisa buscou saber se os entrevistados fazem uso de prótese dentária ou se possuem dentes naturais; como fazem a higiene dos mesmos; se já perderam/extraíram algum dente; o motivo da perda; no caso de uso de prótese, com que idade começou a usá-la; qual a frequência que costuma ir ao dentista para fazer revisão da prótese e a satisfação quanto ao uso do serviço odontológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por meio de uma Odontologia baseada em evidências, sabe-se da necessidade de realizar estudos epidemiológicos em populações adultas e idosas. Estes estudos servem para projetar políticas públicas em saúde. O edentulismo é um forte indicador de saúde para essas populações (MEDEIROS, 2012; CRESPO, 2012).

O envelhecimento sem o adequado cuidado com a saúde oral pode levar a intensas mudanças no aparelho estomatognático, reduzindo sua capacidade física e funcional. A perda dos dentes limita funções diretamente ligadas à manutenção da qualidade de vida. Seus impactos podem ser expressos pela diminuição das capacidades de mastigação e fonação, bem como por prejuízos de ordem nutricional, estética e psicológica, com reduções da autoestima e da integração social (AGOSTINHO, CAMPOS, SILVEIRA, 2015).

É interessante destacar que a perda total de dentes é vista socialmente como um processo natural do envelhecimento, e não como a consequência de doenças como a cárie e doença periodontal, associadas à ausência de programas e políticas preventivas elaboradas para populações adulta e idosa. Populações com rendas semelhantes apresentam prevalência diferenciadas de perdas dentárias, sendo essas maiores quando em regiões mais pobres e menores em regiões mais ricas (MEDEIROS, 2012).

Atualmente há sequelas de doenças que requerem tratamentos cada vez mais complexos para a recuperação e a reabilitação da saúde bucal, devido ao grande número de perdas dentárias. Dentre os fatores que podem influenciar a percepção de saúde bucal, estão características socioeconômicas, como escolaridade e renda, além de condições clínicas, como perda dentária, uso e necessidade de próteses (AGOSTINHO, CAMPOS, SILVEIRA, 2015; SILVA, et al, 2011).

(3)

A reabilitação protética não contribuiu para a melhora da autopercepção de saúde bucal. Esses dados devem orientar o planejamento dos serviços de saúde bucal para a promoção de saúde e o autocuidado (AGOSTINHO, CAMPOS, SILVEIRA, 2015).

2 DESENVOLVIMENTO

O edentulismo é o nome utilizado na ausência dos elementos dentais, sendo essa ausência parcial ou total. A causa do edentulismo pode ser congênita ou adquirida. A ausência dos elementos dentais é uma deficiência que atinge uma grande parcela da população, e possui nitidamente relação direta com a qualidade de vida das pessoas, principalmente pelo fator nutricional dos indivíduos (VEDOVATTO, 2007).

A perda dos elementos dentais influencia na qualidade de vida das pessoas, não apenas nos aspectos físicos e funcionais, mas também causa problemas sociais e psicológicos. Deste modo o tratamento do paciente é indispensável e reflete em melhoria imediata na qualidade de vida das pessoas, desta forma prevenindo outras enfermidades. O tratamento para o edentulismo envolve próteses totais removíveis, que solucionam o problema imediato do paciente, próteses parciais removíveis, próteses fixas e implantes (CALDAS JÚNIOR et al., 2005; VEDOVATTO, 2007).

Os pacientes que sofrem do edentulismo devem procurar um profissional capaz de executar um planejamento reabilitador. O custo tem diminuído consideravelmente, facilitando o investimento, pois a saúde promove o bem estar e consequentemente a felicidade do indivíduo (VEDOVATTO, 2007).

Indiscutivelmente, a reabilitação protética do indivíduo devolve parte da sua capacidade funcional e, em muitos casos, a estética. Devido ao alto percentual de edentulismo no Brasil, foram criados pelo Ministério da Saúde, no ano de 2004, os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), que têm a finalidade de atender as necessidades de alta complexidade, como as próteses e outras especialidades não oferecidas na rede de atenção básica dos serviços de saúde publica (CALDAS JÚNIOR et al., 2005, p.237).

A falta de dentes que muitas das pessoas apresentam deve-se, essencialmente, à progressão de cárie dentária e das doenças periodontais, ao longo da vida; a progressão da primeira leva à destruição dos dentes e a segunda, à destruição dos tecidos de suporte dos dentes, que são a gengiva, o osso alveolar e o ligamento periodontal. Estas doenças têm um fator causal, que é a placa bacteriana. As práticas adequadas de higiene oral, como a escovagem dos dentes e a limpeza interdentária, removem a placa bacteriana. Estas práticas diárias, que se recomendam a todas as pessoas, desde o nascimento dos primeiros dentes, são as que mais contribuem para a manutenção dos dentes durante toda a vida, e consequentemente, para a manutenção de uma boa saúde oral (CRESPO, 2012).

(4)

As perdas dentárias e o uso de próteses inadequadas implicam uma série de mudanças morfológicas e neuromusculares causando prejuízos no equilíbrio do sistema estomatognático o que dificulta a realização de funções importantes. O edentulismo leva a consequências físicas e fisiológicas importantes, tais como: redução do tônus da musculatura, produzindo deformação da face; dificuldades com a fala; remodelação da articulação temporomandibular (ATM), deglutição e mastigação, o que por sua vez, compromete o início do processo digestivo (PUCCA JÚNIOR, 2002; CUNHA, FELICIO, BATAGLION, 1999).

O edentulismo acarreta sérios problemas, afeta a mastigação e a digestão de alimentos, dificultando o consumo de alimentos duros, tais como frutas, vegetais, carnes e outros alimentos difíceis de mastigar, acabando por sobrecarregar o estômago e o intestino. A nutrição adequada é um dos fatores importantes para uma boa saúde geral. Muitos estudos têm demonstrado uma associação entre edentulismo e pobre qualidade da dieta, mostrando que pacientes edêntulos tem um alto risco de desenvolver doenças sistêmicas, especialmente as crônicas, como câncer no intestino, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Na mucosa oral, os problemas mais frequentes encontrados são estomatites, hiperplasias teciduais e úlceras traumáticas com o uso de próteses inadequadas (MATTAR, 2012; CHÁVEZ et al., 2008; VELOSO, 2012).

O principal fator etiológico das disfunções da ATM é a má oclusão, sendo que os portadores de próteses totais constituem o maior grupo de risco desta patologia. A má oclusão em próteses totais gera resposta imediata afetando a qualidade de vida pelas dores orofaciais, dificuldades de alimentação, fonação e deglutição e juntamente com o estresse afeta a sua estrutura social (MATTAR, 2012).

Basicamente existem dois tipos de prótese dentária, prótese dentária removível e prótese dentária fixa. No tipo removível o paciente tira e põe a dentadura sempre que desejar já a prótese fixa é encaixada em implantes ou em dentes naturais (DUPUIS, 2008).

2.1 Próteses Removíveis

As próteses removíveis dividem-se em parciais e totais. A prótese parcial removível (PPR) é normalmente em acrílico, mas também pode ter a base em silicone, nylon ou com uma parte metálica chamada esqueleto. Os dentes artificiais costumam ser de acrílico. Como o nome parcial indica, destina-se a substituir um ou mais dentes, mas não todos os dentes (DI FIORI, 2010).

A prótese total removível, muitas vezes apelidada de dentadura, placa dentária ou chapa, é normalmente em acrílico e destina-se à substituição de todos os dentes. É suportada apenas pelos tecidos moles e estrutura óssea subjacente. Esta prótese acrílica superior de 13

(5)

dentes mantém-se na boca pela ação conjunta de pequenas retenções da anatomia do que resta do osso alveolar, da língua, dos músculos faciais, e no caso da prótese superior, do efeito de vácuo entre a superfície interna da prótese e o palato. Neste caso busca também retenção no único dente que resta na boca (DI FIORI, 2010).

2.2 Próteses Fixas

Ambos os tipos de próteses podem ser parciais ou totais, a prótese dentária fixa parcial compreende coroas e pontes e pode utilizar dentes naturais para se prender. A fixa total pode restaurar os dentes todos da boca se forem usados implantes dentários para a sua fixação (DUPUIS, 2008).

A ponte dentária é sempre fixa, e é um tipo de prótese destinado a substituir um ou mais dentes, apoiando-se em dentes vizinhos ao espaço desdentado. Os elementos que ficam suspensos são denominados pônticos. Os avanços da medicina dentária permitem hoje uma nova opção, a coroa ou ponte dentária apoiadas em implantes dentários. Nestes casos não é necessário recorrer aos dentes que sobram para a retenção e apoio da ponte. Do mesmo modo, para a colocação de um único dente, já não é preciso fazer uma ponte apoiada nos dentes adjacentes ficando estes dentes artificiais preso ao implante que lhe serve de suporte (PEGORARO, 2012).

Os implantes dentários são utilizados em casos de perda de um ou mais dentes quando se pretende colocar uma prótese fixa. Funcionam como as raízes dos dentes naturais. Usam-se ainda no caso de doentes desdentados em que a estrutura óssea e a mucosa bucal não permitam a utilização de uma prótese total com conforto e estabilidade. Funcionam como retentores da prótese. É no caso de pessoa sem dentes, que os implantes mais contribuem para uma melhoria radical na qualidade de vida (TELLES, 2014).

2.3 Diagnóstico e Prognóstico

Para o início da confecção de uma prótese total, é necessário partir de um exame radiográfico onde será possível a visualização da arcada total do paciente, tendo medidas e proporções para sequência na produção. As radiografias oclusais representam uma das formas mais objetivas de se mapear as áreas que servirão de alicerce para as próteses totais. Mediante este estudo se comprova a ausência ou existência de raízes fraturadas, de corpos estranhos, estruturas ósseas, espículas, crista óssea - espessura sobre o alveolar inferior - dentes inclusos, cistos e todo tipo de má formação que pode comprometer o prognóstico. Uma vez diagnosticada qualquer alteração da normalidade, pode-se complementá-la com radiografias periapicais específicas dos locais indicados, para melhor visualização da área. Outra forma complementar do exame clínico é as radiografias panorâmicas que possibilitam uma visão

(6)

total do complexo maxilo-mandibular dando suporte à interpretação das estruturas ósseas. O exame do modelo de estudo integraliza esta visão, por permitir analisar a topografia da área que se pretende atuar de forma mais objetiva mostrando com clareza os aspectos observados clinicamente (GENNARI FILHO, 2004).

Para poder-se fazer uma prótese dentária, o paciente tem primeiro que tratar dos dentes que restam. Não se coloca uma prótese dentária em uma boca com cáries. Depois deste procedimento concluído, o dentista faz uma impressão, ou molde da boca, para a arcada superior e a inferior. Os moldes seguem para um laboratório de prótese dentária onde um Técnico de Prótese Dentária verte o gesso para dentro deles, de modo a obter um modelo que replica a boca do paciente. É com os modelos obtidos que começa o trabalho da prótese dental (CORRÊA, 2005).

A seleção da moldeira é um fator fundamental no sucesso da moldagem; no qual em casos de edêntulos, a moldeira metálica, tem proporcionado uma moldagem aceitável, porém quando não bem ajustadas, as plásticas podem ser modificadas para ter bom ajustamento (BOLOURI & McCARTHY, 2001).

Em situações especiais, como no caso de edêntulos, que podem apresentar anatomia anormal ou tecido hiperplasiado por diversas causas, recomenda-se o desenho de uma moldeira individual de resina acrílica, onde a moldagem deve ser desinfetada e vazadas após ser removida da boca do paciente, sendo importante preservar a anatomia capturada na moldagem de alginato e livre de bolhas (IVANHOE, 2002).

A base de uma dentadura de resina acrílica termo-processada, é produzida diretamente sobre os modelos obtidos da moldagem de alginato, feitos em moldeiras de estoque. É fundamental uma moldagem que registre todas as referências anatômicas fundamentais, as figuras I e II mostram as estruturas anatômicas que devem ser incluídas durante a moldagem para posterior confecção da prótese dentária. Deve capturar sulcos hamular na maxila, além da fóvea palatina, todos os freios e áreas vestibulares. Já na mandíbula a moldagem deve capturar toda a papila retromolar incluindo todos os freios e as áreas vestibulares, sendo inaceitáveis espaços vazios significantes ou mostra da moldeira (DUNCANN e TAYLOR, 2004).

Uma das fases que merece maior atenção durante a confecção de uma prótese total é a dimensão vertical oclusal (DVO), que será o que vai influenciar na qualidade final da prótese total, visto ser justamente tal medida que ditará o restabelecimento satisfatório do sistema estomatognático e consequente das funções de fonação, mastigação e deglutição,

(7)

inclusive pela questão de conferir ao paciente uma aparência estética agradável (FERREIRA, 1995).

A DVO consiste no espaço que corresponde à dimensão vertical de repouso (DVR) obtida com o contato dos dentes naturais superiores e inferiores no estado de oclusão. Para obtenção utiliza-se o método denominado compasso de ponta – utilização de uma fita adesiva na linha mediana da face, para demarcar dois pontos – um no maxilar e outro na mandíbula, estando o paciente em repouso, com os lábios se tocando sem compressão. Através da transferência para um papel minuta diminuindo-se três milímetros num compasso que é o espaço livre e transferindo os planos para a boca, obtém-se a DVO (DOMITTI, 1990).

2.4 Tipos de Patologias

Na prática odontológica, é comum observarmos lesões bucais decorrentes do uso de próteses iatrogênicas ou até mesmo de uma inadequada orientação do paciente pelo cirurgião-dentista quanto ao uso e higienização dessas próteses (CARLI et al., 2013).

Entre algumas das doenças que podem acometer o usuário de próteses, podemos citar a úlcera traumática, que é uma das lesões mais frequentes da mucosa bucal. Geralmente está associada a um fator irritante local, como traumas oclusais, próteses mal adaptadas, aparelhos ortodônticos, queimaduras elétricas, térmicas ou químicas (CARLI et al., 2013).

A irritação mecânica crônica ocasionada por uma prótese dentária removível pode produzir uma lesão branca com uma superfície queratótica rugosa, denominada queratose friccional. As queratoses desse tipo são prontamente reversíveis após a eliminação do trauma. A hiperplasia fibrosa inflamatória é a melhor denominação dada a lesões proliferativas benignas surgidas na cavidade bucal a partir de um traumatismo crônico de baixa intensidade. Há uma relação entre o aumento da frequência de hiperplasia fibrosa inflamatória com o aumento do período de uso das próteses, sugerindo que as próteses totais ou parciais

Figura I: Zona de suporte maxila para prótese total. Fonte:http://pt.slideshare.net/DentalScienceOfficial.

Figura II: Zona de suporte mandíbula para prótese total. Fonte:http://pt.slideshare.net/DentalScienceOfficial.

(8)

removíveis mal adaptadas e/ou antigas normalmente causam trauma constante e inflamação aos tecidos bucais (NEVILLE et al., 2004).

O granuloma piogênico é uma lesão de origem não neoplásica que se apresenta como uma massa assintomática plana ou lobulada, usualmente pediculada. Em 75% dos casos a gengiva é o local acometido, sendo os lábios, língua e mucosa jugal as outras localizações mais comuns. A história de trauma por próteses dentárias antes do desenvolvimento da lesão não é incomum, especialmente quando a lesão for extragengival. (NEVILLE et al., 2004).

É importante a orientação profissional sobre higienização das próteses, da boca e avaliações periódicas sobre a integridade das próteses e da mucosa bucal (CARLI et al. 2013).

2.5 Análises de dados

Após avaliar as informações e resultados obtidos na pesquisa feita na cidade de Getúlio Vargas, RS, a figura III informa a porcentagem de como é feita a higienização dos dentes e/ou próteses utilizando escovação, fio dental, flúor e os indivíduos que não a realizam. Dentre os indivíduos entrevistados 64% fazem a higiene com escovação, 24% utilizam fio dental, 8% utilizam flúor e 4% não realizam a higiene de seus dentes ou próteses.

A figura IV indica a idade com que os indivíduos começaram a perder ou extrair seus dentes, 54% começaram a perder/extrair os dentes antes dos 20 anos de idade, 30% entre 20 e 30 anos, 10% entre 30 e 40 anos e 6% entre 40 e 50 anos.

64% 24%

8% 4%

Higienização dos dentes e/ou próteses.

Escovação Fio dental Flúor

Não realiza a higiene

Figura III: Higienização dos dentes e/ou próteses. Fonte: Própria.

Figura IV: Idade do início da perda/extração dos dentes. Fonte: Própria

54% 30%

10% 6% 0%

Com que idade começou a perder os dentes?

Antes dos 20 anos Entre 20-30 anos Entre 30-40 anos Entre 40-50 anos Mais de 50 anos

(9)

A figura V indica o motivo que levou a perda dos dentes; 5% foram por algum acidente, 10% por doença gengival, 26% por não irem ao dentista e 59% por cárie, visto que a cárie é um dos motivos essenciais da perda dentária.

A figura VI mostra a idade com que os indivíduos, usuários de prótese dentária, iniciaram o seu uso, 34% iniciaram o uso antes dos 20 anos de idade, 33% entre 20 e 30 anos, 21% entre 30 e 40 anos, 9% entre 40 e 50 anos e 3% com mais de 50 anos de idade.

A figura VII indica o tempo que os usuários de prótese dentária fazem a revisão das suas próteses, 38% fazem a revisão uma vez ao ano, 39% a cada 2 a 5 anos, 11% de 5 a 10 anos e 12% a mais de 10 anos.

5%

59% 10%

26%

Qual o motivo da perda dos dentes?

Acidente Cárie

Doença gengival Não ir ao dentista

Figura V: Motivo da perda. Fonte: Própria. 34% 33% 21% 9% 3%

Que idade tinha quando teve de fazer uso de prótese?

Antes dos 20 anos Entre 20-30 anos Entre 30-40 anos Entre 40-50 anos Mais de 50 anos

Figura VI: Idade do início do uso da prótese. Fonte: Própria.

(10)

A Tabela I indica a porcentagem referente ao grau de satisfação quanto ao uso do atendimento odontológico via SUS, bem como a porcentagem de pessoas que não procuram o serviço. Destas, 44,40% disseram não utilizar o serviço, 38% acharam satisfatório, 9,79% não achara satisfatório e 7,69% acharam o serviço médio.

Tabela I: Grau de satisfação de atendimento do serviço odontológico pelo SUS.

Quando fez uso do serviço odontológico pelo SUS, ficou satisfeito? Total %

Sim 109 38,11

Não 28 9,79

Médio 22 7,69

Não procura atendimento via SUS 127 44,40

Fonte: Própria. 3 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados do questionário, comprovou-se que a maioria dos indivíduos usuários de próteses totais ou parciais, perderam seus dentes antes dos 30 anos de idade, bem como tiveram de fazer uso de prótese dentária com essa faixa etária. Sendo a progressão da cárie dentária um dos motivos essenciais da perda do elemento dentário, 59% dos indivíduos entrevistados, que perderam/extraíram algum dente, foi por motivo de cárie.

Esses resultados refletem a uma atenção em saúde bucal precária, que vem desde o passado, com uma falta de conhecimento da população a respeito da importância de se cuidar da saúde bucal, onde a extração de um ou mais dentes se torna a providência mais viável do que a recuperação dos mesmos.

Organizar políticas públicas de saúde oral, com campanhas sobre a necessidade de se cuidar da saúde da boca, é uma medida para diminuir o número de casos de pessoas edêntulas com indicação para uso de prótese dentária.

Figura VII: Tempo de revisão da prótese. Fonte: Própria.

38%

39% 11%

12%

De quanto em quanto tempo vai ao dentista fazer revisão de

sua prótese?

1 vez ao ano 2 a 5 anos 5 a 10 anos Mais de 10 anos

(11)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGOSTINHO, Ana, Claudia M. G.; CAMPOS, Maria Lúcia; SILVEIRA, João Luiz G. C..

Edentulismo, uso de prótese e autopercepção de saúde bucal entre idosos. Rev. Odontol.

UNESP. 2015.

BOLOURI & McCARTHY. The use of pré-border-molded custom trays in complete

denture fabrication. J. Prosthet. Dent, 2001.

CALDAS JUNIOR, Arnaldo F.; et al. O impacto do edentulismo na qualidade de vida de

idosos. Rev. de Cien. Méd., Campinas, São Paulo: 2005.

CARLI, João Paulo De.; et al. Lesões bucais relacionadas ao uso de próteses dentárias

removíveis. SALUSVITA, Bauru, v. 32, n. 1, p. 103-115, 2013.

CHÁVEZ ANDRADE, G. M.; ALMEIDA-JUNIOR, A. A.; NAVARRO, C. M.; SPOSTO, M. R.. Revista de Odontologia UNESP, vol. 37 nº especial 2, 2008.

CORRÊA, Gerson A.. Prótese total passo a passo. Santos 1ª. São Paulo: 2005.

CRESPO, Ricardo. O impacto da falta de dentes (edentulismo) na qualidade de vida na

população e como resolver. Programa Harvard Medical School Portugal. 2012.

CUNHA, C. C.; FELICIO, C. M.; BATAGLION, C.. Condições miofuncionais orais em

usuários de próteses totais. Pro-Fono Revista de Atualização Científica, vol 11. 1999.

DI FIORI, Sergio R.; DI FIORI, Marco A.; DI FIORI, Ana Paula. Atlas de prótese parcial

removível. Santos, 1ª. São Paulo: 2010.

DOMITTI, Saide Sarckis. Sistematização do ensino integrado da prótese total. São Paulo: Santos, 1990. 227p

DUNCAN, J. P.; TAYLOR, T. D.. Simplified Complete Dentrures. Dent. Clin. N. Am, 2004.

DUPUIS, Veroniques. Edentulismo: uso de próteses totais e removíveis. Artmed, 1ª. 2008. FERREIRA, R.A.. O valor da saúde bucal nas empresas. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. 1995. Vol.51, N.6, p.96-107.

GENNARI FILHO, Humberto. O exame clínico em prótese total. Rev. Odont. de Araçatuba. V 25 nº 2. 2004.

IVANHOE, J. R.; et al. Tratando o paciente de prótese total moderno: uma revisão da

literatura. J. Prostht Dent, 2002.

MATTAR, Dulcinéia. Odontogeriatria na equipe interdisciplinar de atenção ao idoso: o

impacto da reabilitação oral na qualidade de vida dos pacientes desdentados. Jornal

(12)

MEDEIROS, Júlia J.; et al. Edentulismo, uso e necessidade de prótese e fatores associados

em município do nordeste brasileiro. Pesq. Bras. Odontoped. Clin. Integr., João Pessoa,

2012.

NEVILLE, B. W.; et al. Patologia oral e maxilofacial. 2 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

PEGORARO, Luiz Fernando. Prótese fixa: bases para um planejamento em reabilitação oral. Artes Médicas, 2ª. Rio de Janeiro: 2012.

PUCCA JUNIOR, G. A.. Saúde bucal do idoso: aspectos sociais e preventivos. Atheneu. São Paulo: 2002.

SILVA, Débora D.; et al. Autopercepção da saúde bucal em idosos e fatores associados

em Campinas, SP. Rev. Saúde Pública, 2011.

TELLES, Daniel; et al. Prótese fixa sobre implante. Quintessense, 1ª. São Paulo: 2014. VEDOVATTO, Eduardo. O impacto do edentulismo na qualidade de vida. 2007. VELOSO, Katia M. M. Alterações dentárias. Viva Tranquilo. 2012.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

obtidas em cada base, também são registradas, elas são utilizadas para dar volume ao sistema subterrâneo.. Trabalhos sobre levantamentos topográficos em cavernas [1,2] discutem

A Diretora sugeriu que o Subcomitê de Planejamento e Programação (SPP) realizasse sua 38ª Sessão de 24 a 26 de março de 2004 e propôs que o Subcomitê considerasse os

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

QUANDO TIVER BANHEIRA LIGADA À CAIXA SIFONADA É CONVENIENTE ADOTAR A SAÍDA DA CAIXA SIFONADA COM DIÂMTRO DE 75 mm, PARA EVITAR O TRANSBORDAMENTO DA ESPUMA FORMADA DENTRO DA