“DISPÕE SOBRE REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PERUÍBE, DOS PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO, DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS”.
MILENA BARGIERI, PREFEITA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PERUÍBE, FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL, EM SESSÕES ORDINÁRIAS REALIZADAS NOS DIAS 30 DE NOVEMBRO E 07 DE DEZEMBRO DE 2011, APROVOU E EU SANCIONO E PROMULGO A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I DO REGIME JURÍDICO
Art. 1º- O regime jurídico dos servidores públicos municipais da Estância
Balneária de Peruíbe, dos Poderes Executivo, Legislativo, das autarquias e fundações públicas é o estatutário nos termos desta Lei Complementar.
Art. 2º- Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa legalmente
investida em cargo público de provimento efetivo ou em comissão.
Art. 3º- Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previsto na estrutura organizacional que deve ser cometido a um servidor.
Parágrafo único- Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são
criados por Lei, com denominação própria, número certo, atribuições, funções e responsabilidades específicas e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão, tanto no Poder Executivo, como no Poder Legislativo, nas autarquias e fundações públicas.
Art. 4º- É proibido o exercício gratuito de cargos públicos salvo nos casos
DO ACESSO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º- São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira ou estrangeira na forma da Lei; II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
V - o nível de escolaridade e capacitação exigido para o exercício do cargo; VI - aptidão física e mental.
Parágrafo único- As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em Lei Complementar.
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 6º- A investidura em cargo de provimento efetivo será feita mediante
concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos estabelecidos em edital.
Art. 7º- As pessoas com deficiência é assegurado o direito de se inscrever
em concurso público para provimento de cargo, cujas atribuições seja compatíveis com a deficiência de que são portadoras, e para as quais serão reservadas até 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Parágrafo único- Caso a aplicação do percentual de que trata o caput
resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente, desde que seja igual ou superior a 0,5%.
Art. 8º- O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser
CAPÍTULO III DO PROVIMENTO
Art. 9º- O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da
autoridade competente de cada Poder, do dirigente superior de autarquia ou de fundação pública.
Art. 10- São formas de provimento em cargo público:
I - nomeação; II - readaptação; III - reversão; IV - aproveitamento; V - reintegração; VI - recondução. SEÇÃO I DA NOMEAÇÃO
Art. 11- A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo; II - em comissão, para cargos de livre nomeação e exoneração.
Art. 12- A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia
aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos em qualquer caso, a ordem de classificação e prazo de validade.
Art. 13- A nomeação para cargo de provimento em comissão declarado de
livre nomeação e exoneração constantes do Anexo VII da Lei que “Dispõe sobre a estruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento da Administração Direta e Indireta da Estância Balneária de Peruíbe, Institui tabelas de vencimento e dá outras providências”, será feito por ato da autoridade máxima de cada Poder.
DA READAPTAÇÃO
Art. 14- Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física, sensorial ou mental, verificada por Junta Médica Oficial.
§ 1º. O servidor readaptado será obrigatoriamente submetido a nova
avaliação médica, a cada período de 6 (seis) meses, pela Junta Médica Oficial.
§ 2º. A readaptação será efetivada, sempre que possível, em cargo de
atribuição compatível com a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimento.
§ 3º. Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
§ 4º. Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar redução ou
aumento do vencimento e das vantagens de caráter pessoal, não vinculadas ao cargo que ocupava.
§ 5º. A readaptação será regulamentada por Decreto.
SEÇÃO III DA REVERSÃO
Art. 15- Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por
invalidez quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.
Art. 16- A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua
transformação.
SEÇÃO IV
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 17- Disponibilidade é o ato pelo qual o poder público transfere para a
inatividade remunerada com remuneração proporcional ao tempo de serviço, o servidor estável, cujo cargo venha a ser extinto, declarada a sua desnecessidade ou, ainda ocupado em decorrência de reintegração, sem que o desalojado pudesse ser reconduzido.
Art. 18- Aproveitamento é o retorno do funcionário colocado em
disponibilidade, em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 19- O aproveitamento do servidor em disponibilidade far-se-á no prazo
máximo de 12 (doze) meses em função de atribuições, requisitos, especificações e vencimento compatível com o anteriormente ocupado.
Parágrafo único- A Secretaria de Administração determinará o imediato
aproveitamento do servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer, observado o disposto no artigo anterior.
Art. 20- O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade
dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.
§ 1º. Se julgado apto, o servidor deverá assumir o exercício do cargo no
prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de aproveitamento.
§ 2º. Verificada a sua incapacidade ou sua não adaptação às novas funções,
o servidor deverá continuar em disponibilidade ou poderá ser aposentado, sempre observada à legislação previdenciária vigente.
Art. 21- Será tornado sem efeito o aproveitamento e extinta a disponibilidade
se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo em caso de doença comprovada por junta médica oficial.
Parágrafo único- A hipótese prevista no caput configurará abandono de
SEÇÃO V DA REINTEGRAÇÃO
Art. 22- Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente
ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as suas vantagens.
§ 1º. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de contribuição, previsto em lei.
§ 2º. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou aproveitado em outro cargo, ou ainda posto em disponibilidade.
SEÇÃO VI DA RECONDUÇÃO
Art. 23- Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e decorrerá de:
I - Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - Reintegração do servidor anterior ocupante.
Parágrafo único- Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor
será aproveitado em outro, observando-se as atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
CAPÍTULO IV DA INVESTIDURA
SEÇÃO I
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 25- Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres,
responsabilidades e dos direitos inerentes ao cargo público ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, ressalvados os atos de ofício previstos em lei, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.
§ 1º. A posse ocorrerá no prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação
do ato de provimento.
§ 2º. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º. Só haverá posse nos casos de provimento por nomeação.
§ 4º. No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração
dos bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 5º. Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de
provimento, em licença ou afastado por qualquer motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento.
§ 6º. Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não ocorrer
no prazo previsto no parágrafo 1º.
Art. 26- A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção por junta
médica oficial, nos termos das Normas Regulamentadoras vigentes, além do exame relativo à aptidão psicológica e psiquiátrica.
Parágrafo único- Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo público.
§ 1º. À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for
designado o servidor compete dar-lhe exercício.
§ 2º. É de 30 (trinta) dias o prazo, improrrogável para o servidor empossado
em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 3º. O servidor será exonerado do cargo se não entrar em exercício no
prazo previsto no § 2º - deste artigo.
Art. 28- O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único- Ao entrar em exercício o servidor apresentará, ao órgão
competente, os elementos necessários ao assentamento individual.
SEÇÃO II
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 29- Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas.
§ 1º. Os servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo que devido à
característica das atividades exijam o cumprimento de jornada de trabalho específica será esta estabelecida através de escala de trabalho definida por ato da autoridade competente.
§ 2º. O ocupante de cargo de provimento em comissão submete-se a
dedicação integral e exclusiva ao serviço, observado o disposto nesta Lei, podendo ser convocado sempre que houver interesse ou necessidade da Administração.
§ 3º. O ocupante de cargo público sujeito à jornada de 40 (quarenta) horas
semanais de trabalho, a critério da Administração e respeitado o interesse público, poderá optar por jornada de 20 (vinte) ou 30 (trinta) horas semanais de trabalho com a redução proporcional da remuneração.
SEÇÃO III
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 30- A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão
convertidos em anos, considerando o ano como 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Parágrafo único- Feita à conversão, os dias restantes não serão
computados.
Art. 31- Além das ausências ao serviço previstas no artigo 105, são
considerados como de efetivo exercício: I - férias;
II - afastamentos previstos no artigo 92; III - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
IV - benefícios previstos nos incisos I, II, III do artigo 107.
§ 1º. A contagem do tempo de serviço para fins de concessão de
gratificações e adicionais obedecerá às regras próprias.
§ 2º. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função, de órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
CAPÍTULO V
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 32- Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo público de
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 36 (trinta e seis) meses de efetivo exercício, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto obrigatório de avaliação de desempenho, observados os seguintes fatores:
I - interesse;
II - respeito às normas e regulamentos; III - responsabilidade;
IV - adaptação;
V - cooperação e solidariedade com os colegas; VI - respeito;
VII - qualidade e atenção; VIII - produtividade; IX - economia; X - flexibilidade; XI - iniciativa.
Parágrafo único- O servidor durante todo o período de estágio probatório
estará sendo avaliado nos critérios de pontualidade, assiduidade e disciplina.
Art. 33- Os servidores em estágio probatório serão submetidos a 4 (quatro)
avaliações de desempenho, sendo a primeira aos 6 (seis) meses, contados da entrada em efetivo exercício; a segunda aos 12 (doze) meses, a terceira aos 24 (vinte e quatro) meses e a quarta aos 34 (trinta e quatro) meses.
§ 1º. As avaliações de desempenho serão realizadas pela Comissão de
Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, que será composta por 3 (três) servidores obrigatoriamente efetivos e estáveis, em conjunto com a chefia do local de lotação do servidor.
§ 2º. A comissão que trata o parágrafo anterior será designada por ato da
autoridade competente de cada Poder ou Órgão.
§ 3º. Os trabalhos da comissão de avaliação poderão ser acompanhados por
um representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.
Art. 34- O servidor deverá cumprir todo o período de estágio probatório no
cargo público de provimento efetivo em que se deu a posse.
§ 1º. O servidor que for, durante o período mencionado no caput e no artigo
§ 2º. Sem prejuízo da contagem do tempo de efetivo exercício, o servidor
efetivo nomeado para cargo de provimento em comissão conforme o § 1º, terá a avaliação de desempenho suspensa nos mesmos termos.
Art. 35- O servidor em período de estágio probatório não poderá receber as
progressões previstas na lei que fixar as diretrizes do sistema de carreiras.
Art. 36- Ficará obrigado a cumprir novo período de estágio probatório o
servidor estável que, em virtude de concurso público de provas ou de provas e títulos, for nomeado para outro cargo público.
CAPÍTULO VI DA ESTABILIDADE
Art. 37- São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º. A estabilidade que trata o caput terá como condição para sua aquisição
a obrigatoriedade de avaliação especial de desempenho, nos termos do § 4º, do artigo 41, da Constituição Federal e artigo 32 desta Lei.
§ 2º. O servidor aprovado no estágio probatório será confirmado no cargo,
mediante ato a ser expedido pela ade de cada Poder ou Órgão no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, apostilado em seu assentamento individual.
Art. 38- O servidor estável somente perderá o cargo nos termos do § 1º, do
artigo 41 e dos §§ 4º, 5º, 6º e 7º do artigo 169 da Constituição Federal.
Parágrafo único- Aplicam-se aos servidores públicos municipais o disposto
nos §§ 2º e 3º do artigo 41 da Constituição Federal.
CAPÍTULO VII
DA PROGRESSÃO FUNCIONAL
Art. 39- O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo poderá receber
CAPÍTULO VIII DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 40- Os servidores investidos em cargo de provimento em comissão ou
função de direção ou chefia terão substitutos indicados e designados através de ato oficial pela autoridade competente de cada Poder, órgão ou entidade.
§ 1º. O substituto assumirá cumulativamente, sem prejuízo do cargo que
ocupa, o exercício do cargo de provimento em comissão ou função de direção ou chefia, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
§ 2º. O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo de provimento
em comissão ou função de direção ou chefia, nos casos dos afastamentos, férias ou impedimentos legais do titular paga na proporção dos dias de efetiva substituição.
§ 3º. No caso de substituição com base no § 2º, o substituto perceberá o
vencimento do cargo de provimento em comissão ou função de direção ou chefia em que se der a substituição, salvo se optar pelo vencimento de seu cargo de provimento efetivo.
§ 4º. Em caso excepcional, atendida a conveniência e o interesse público, o
titular de cargo de provimento em comissão ou função de direção ou chefia, poderá ser designado ou nomeado, cumulativamente, como substituto para outro cargo ou função da mesma natureza, até que se verifique a nomeação ou designação do titular, nesse caso, somente perceberá o vencimento correspondente a um dos cargos ou funções.
CAPÍTULO IX DA VACÂNCIA
Art. 41- A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração; II - demissão;
IV - aposentadoria;
V - posse em outro cargo inacumulável; VI - falecimento;
VII - readaptação.
§ 1º. No caso de aposentadoria, a vacância do cargo ocorrerá com a data da
publicação da concessão do benefício, após comunicação pelo órgão previdenciário.
§ 2º. Em caso de posse em outro cargo em que seja vedada a possibilidade
de acumulo, a vaga ocorrerá na data da posse, no caso de ser no mesmo órgão ou entidade e caso, não seja possível a identificação da posse na data da ocorrência, a vacância será declarada após o término do processo administrativo.
§ 3º. A vacância do cargo em caso de falecimento do servidor ocorrerá na
data da ocorrência.
§ 4º. A destituição de cargo de provimento em comissão dar-se-á mediante
apuração das mesmas situações previstas para a demissão.
Art. 42- A exoneração de cargo de provimento efetivo dar-se-á a pedido do
servidor ou de ofício.
Parágrafo único- A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas às condições de desempenho do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Art. 43- A exoneração de cargo de provimento em comissão dar-se-á:
I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor.
TITULO II
DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 44- Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em Lei, nunca inferior a um salário mínimo, reajustado ou revisto periodicamente de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo sendo vedada a sua vinculação, ressalvado o disposto no Inciso XIII do artigo 37 da Constituição Federal.
Art. 45- Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens
permanentes e temporárias estabelecidas em Lei.
§ 1º. O servidor efetivo que for nomeado para cargo em comissão poderá
optar pelo acréscimo do percentual de 30 % (trinta por cento) sobre o vencimento do seu cargo de provimento efetivo, caso este seja superior ao vencimento do cargo em comissão.
§ 2º. O servidor público efetivo investido em cargo de provimento em
comissão de órgão ou entidade diversa de sua lotação receberá o vencimento nos termos do § 1º do artigo 101 desta Lei Complementar.
§ 3º. O vencimento do cargo público de provimento efetivo é irredutível,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do artigo 37 da Constituição Federal.
§ 4º. É assegurada a isonomia de vencimento para cargos de atribuições
iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual, a progressão na carreira e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 5º. A lei que estabelecer as diretrizes das carreiras e do vencimento
deverá fixar o limite máximo e a relação entre o maior e o menor vencimento dos servidores públicos municipais, nos termos do § 5º, do artigo 39, da Constituição Federal.
Art. 46- Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de
remuneração, importância superior ao subsídio do Prefeito Municipal.
Parágrafo único- Excluem-se do teto de remuneração estabelecido no
caput as importâncias recebidas a título de gratificação natalina, adicional pela prestação de serviço extraordinário e adicional de férias previstos nos incisos VIII, XVI e XVII, do artigo 7º, da Constituição Federal.
Art. 47- A menor remuneração atribuída aos cargos públicos não será
inferior a 1/40 (um quarenta avos) do teto de remuneração fixado no artigo anterior.
Art. 48- Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração do servidor público,
salvo por imposição legal; por mandado judicial ou mediante autorização por escrito do servidor.
§ 1°. A autorização do servidor para desconto em folha de pagamento
ocorrerá nos seguintes casos:
I - para ressarcimento ao erário;
II - a favor de entidade sindical ou associação de classe quando se referir às suas mensalidades ou à débitos originários de convênios ou contratos firmados pela entidade com terceiro;
III - em caso de consignação em folha de pagamento quando existente convênio ou contrato entre a instituição financeira e a administração.
§ 2°. Em qualquer caso, excetuados os descontos previdenciários e para
plano de saúde, os demais descontos autorizados pelo servidor, somados aos previstos no caput deste artigo não poderão ultrapassar a 30% (trinta por cento) da remuneração ou provento do servidor.
Art. 49- As reposições ao erário serão previamente comunicadas ao servidor
e descontadas em parcelas mensais cujo valor não exceda 10% (dez por cento) de sua remuneração.
§ 1º. A reposição será feita em uma única parcela quando constatado
§ 2º. O servidor em débito decorrente da relação de trabalho com a
Administração, ao ser aposentado poderá autorizar a continuação do desconto de seu provento de aposentadoria das parcelas mensais conforme o caput deste artigo.
Art. 50- O servidor em débito decorrente da relação de trabalho com a
Administração, que for demitido ou exonerado terá o valor de seu débito descontado dos créditos que porventura tenha para receber da Administração.
§ 1º. Caso não existam créditos a receber ou estes não sejam suficientes
para suportar o valor devido, o servidor terá o prazo de até 90 (noventa) dias para quitar o débito.
§ 2º. O servidor cuja divida relativa a reposição for superior a cinco vezes o
valor de sua remuneração, terá o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para quitar o seu débito nos casos previstos no caput.
§ 3º. Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de
qualquer medida de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada ou revista, deverão ser repostos ao Erário no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da notificação para fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa.
CAPÍTULO II DAS FALTAS
Art. 51- O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que não comparecer ao serviço, sem motivo justificado comprovadamente e aceito pela chefia imediata;
II - ressalvadas as concessões tratadas nesta Lei, a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências justificadas, saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata, em períodos iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos.
Art. 52- A falta ao serviço poderá ser justificada mediante requerimento do
interessado, apresentado no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis após a ocorrência, acompanhado dos documentos comprobatórios ou atestados.
§ 1º. O requerimento que trata o caput deverá ser apresentado ao:
I - serviço de Medicina do Trabalho do Município, no caso de faltas justificadas por atestado médico ou odontológico;
II - superior hierárquico, nos demais casos.
§ 2º. Após, os documentos comprobatórios ou atestados serão
encaminhados ao órgão de Recursos Humanos para as providencias necessárias.
§ 3º. Caso as faltas justificadas por atestado médico ultrapassarem a 15
(quinze) dias consecutivos, estas e as subseqüentes serão convertidas em licença para tratamento de saúde.
§ 4º. Os atestados médicos e odontológicos para que tenham validade
deverão conter:
I - tempo de dispensa concedida ao trabalhador, por extenso e numericamente;
II - diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de Doença (CID);
III - assinatura do médico ou odontólogo sobre o carimbo do qual conste nome completo e registro no respectivo conselho profissional.
Art. 53- As faltas justificadas decorrentes de motivo de força maior ou caso
fortuito poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.
Parágrafo único- A comunicação das faltas será feita antecipadamente,
CAPÍTULO III DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 54- Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
vantagens:
I - diárias a título de indenização; II - gratificações e adicionais.
Parágrafo único- As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
SEÇÃO II
DAS DIÁRIAS À TÍTULO DE INDENIZAÇÃO
Art. 55- O servidor que a serviço, se afastar do Município em caráter
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional, por determinação da autoridade competente, fará jus a diárias para cobrir as despesas extraordinárias de hospedagem, alimentação e locomoção, por dia de afastamento, nas condições e valores fixados em regra própria.
§ 1°. As diárias a título de indenização não se incorporam ao vencimento
para qualquer efeito.
§ 2°. Fará jus às diárias previstas no caput apenas o servidor que não utilizar
do regime de adiantamento previsto em Lei.
§ 3°. Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência
Art. 56- O funcionário que receber as diárias e não se afastar da sede, por
qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único- Na hipótese de o funcionário retornar à sede em prazo
menor do que previsto para seu afastamento deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no mesmo prazo estabelecido no caput.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Art. 57- Além do vencimento e das vantagens previstas nesta lei serão
conferidas aos servidores as seguintes gratificações e adicionais:
I - gratificação pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento;
II - gratificação natalina;
III - adicional por tempo de serviço;
IV - adicional pelo exercício de atividade insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de difícil acesso; VIII - gratificação de caráter especial.
SUBSEÇÃO I
DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO
Art. 58- O servidor efetivo e estável que for nomeado para exercer função
gratificada fará jus a um acréscimo de 30% (trinta por cento) sobre o vencimento de seu cargo efetivo, respeitando-se os limites desta Lei.
§ 1º. Função gratificada é o conjunto de atribuições de nível de direção,
chefia e assessoramento, de caráter transitório, exercida exclusivamente por servidores efetivos e estáveis.
§ 2º. O servidor a ser indicado para exercer função gratificada deverá ter
adquirido estabilidade e formação condizente com a área de atuação.
§ 3º. O servidor designado para exercer função gratificada, ao deixar de
exercê-la, voltará a perceber somente o vencimento correspondente ao de seu cargo, sem direito à incorporação de qualquer vantagem financeira acessória.
Art. 59- O Poder Executivo definirá o quadro de funções gratificadas em
legislação específica, estabelecendo a organização administrativa para tanto.
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 60- A gratificação natalina será paga, anualmente, a todo servidor
municipal, independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º. A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze avos) por mês
de efetivo exercício e será calculada de acordo com a média das remunerações recebidas no período correspondente, inclusive nos casos de exercício de função gratificada ou cargo de provimento em comissão.
§ 2º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será tomada
como mês integral, para efeito do § 1º deste artigo.
§ 3º. A gratificação natalina poderá ser paga em até duas parcelas, sendo a
primeira a partir da segunda quinzena de junho e a segunda até o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano.
§ 4º. O pagamento da primeira parcela se fará tomando por base a remuneração do mês em que ocorrer o pagamento.
§ 5º. A segunda parcela será calculada conforme estabelecido no § 1°,
Art. 61- Caso o servidor seja desligado do serviço público municipal, a
gratificação natalina ser-lhe-á paga proporcionalmente ao número de meses de efetivo exercício no ano, de acordo com a média das remunerações recebidas no período correspondente.
SUBSEÇÃO III
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 62- Após cinco anos de efetivo exercício ininterrupto no serviço público
municipal de Peruíbe, será concedido ao servidor um adicional correspondente a 5% (cinco por cento) do vencimento de seu cargo de provimento efetivo, até o limite máximo de 7 (sete) qüinqüênios.
Parágrafo único- Este adicional será devido a partir do dia imediato àquele
em que o servidor completar o tempo de efetivo exercício exigido no caput.
Art. 63- O servidor ao completar 25 (vinte e cinco) anos de exercício
ininterrupto no serviço público municipal, fará jus a percepção de adicional no valor da sexta parte do vencimento de seu cargo de provimento efetivo.
SUBSEÇÃO IV
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Art. 64- O servidor que trabalha com habitualidade em locais insalubres,
identificados através de laudo, fazem jus a um adicional com percentuais variáveis de 10 % (dez por cento), 20 % (vinte por cento) ou 40 % (quarenta por cento) sobre o menor valor de vencimento estabelecido nas tabelas de vencimento constantes da lei que instituir o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento.
§ 1º. Os servidores que estejam expostos a contato permanente com
substâncias tóxicas, inflamáveis, explosivas, eletricidade de alta tensão, radioativas ou radioatividade ou com risco de vida, durante o período de trabalho, fazem jus ao adicional denominado de periculosidade de 30 % (trinta por cento) sobre o valor do vencimento de seu cargo de provimento efetivo.
§ 2º. O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade deverá optar por um deles, não sendo acumuláveis estas vantagens.
§ 3º. O direito de adicional de insalubridade ou de periculosidade cessa com
a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
§ 4º. O simples fornecimento de equipamentos de proteção individual não
exime o Município do pagamento do adicional de que trata o caput.
§ 5°. Não fará jus ao adicional descrito no caput o servidor que optar pelo
regime de plantão com remuneração fixa pelo evento.
Art. 65- Haverá permanente controle da atividade de servidores em
operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos, através da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
Parágrafo único- A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto
durar a gestação ou lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.
Art. 66- Na concessão dos adicionais de que trata o artigo 64, serão
observadas as situações estabelecidas em legislação específica, em especial as Normas Regulamentadoras vigentes.
Art. 67- Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou
substâncias radioativas, serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto em legislação própria.
Parágrafo único- Os servidores a que se refere este artigo serão
submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
SUBSEÇÃO V
Art. 68- O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
§ 1º. Caso o servidor seja convocado a prestar serviço em domingos ou
feriados, o serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 100% (cem por cento) em relação à hora normal de trabalho.
§ 2º. Não fará jus ao adicional descrito no § 1º deste artigo o servidor que
estiver trabalhando em regime de plantão.
Art. 69- Somente será permitida a realização de serviço extraordinário por
parte dos servidores para atender as situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 2 (duas) horas diárias.
§ 1º. A limitação aludida no caput não se aplica às funções desempenhadas
nos serviços de Saúde, quando em continuidade de turno de trabalho.
§ 2º. A realização de serviço extraordinário conforme previsto neste artigo
será sempre precedido de autorização da chefia imediata do servidor que justificará, por escrito, a necessidade.
§ 3º. O serviço extraordinário realizado no horário previsto no artigo 70 será
acrescido do percentual relativo ao serviço realizado em período noturno.
SUBSEÇÃO VI DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 70- O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22
(vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor/hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como sendo de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Parágrafo único- Não fará jus ao adicional descrito no caput o servidor que
SUBSEÇÃO VII
DO ADICIONAL DE DIFÍCIL ACESSO
Art. 71- Os servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo, enquanto
atuarem em unidades da Administração com localização de difícil acesso farão jus ao adicional neste período.
Art. 72- Para efeitos desta Lei, considerar-se-á unidades da Administração
com localização de difícil acesso, que serão definidas através de ato da autoridade competente, aquelas que apresentem:
I - acidentes geográficos que dificultem a chegada à unidade da Administração;
II - serviço de transporte coletivo precário ou inexistente;
III - distância de, no mínimo, 15 (quinze) quilômetros do marco zero do Município de Peruíbe.
Parágrafo único- Para efeito da aplicação das regras definidas no caput, a
localização do marco zero, fica definida como a Praça Monsenhor Lino dos Passos - Praça da Matriz.
Art. 73- O adicional de difícil acesso será considerado o prestado por
servidores enquanto atuarem nas referidas unidades, em período igual ou superior a 30 (trinta) dias e terá o valor do vencimento acrescido de percentual estabelecido conforme a acessibilidade não podendo ultrapassar a 20 % (vinte por cento).
Parágrafo único- Para fins de definição de percentual atribuído no caput
considerar-se-á:
I - o pagamento de tal percentual deverá vincular-se a proporcionalidade de freqüência diária ao local de difícil acesso;
II - poderão ser concedidos percentuais:
a) de 10 % (dez por cento) na incidência de uma das condições previstas nos incisos do artigo 72;
b) 15 % (quinze por cento) na incidência de duas das condições previstas nos incisos do artigo 72;
Art. 74- O servidor não terá direito ao adicional de difícil acesso a partir do
momento em que cessar sua atuação nas referidas unidades ou quando for desnecessário o seu deslocamento nas condições descritas no artigo 72.
Parágrafo único- Caso o transporte até a unidade da prestação de serviço
seja fornecido pela Administração, o servidor não fará jus ao adicional tratado no artigo 73.
Art. 75- O adicional de difícil acesso não se incorporará ao vencimento para
nenhum efeito.
SUBSEÇÃO VIII
DA GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER ESPECIAL
Art. 76- Será concedida gratificação de caráter especial ao servidor
ocupante de cargo de provimento efetivo:
I - designado pregoeiro, no percentual de 20 % (vinte por cento) do seu vencimento; ou
II - designado integrante de comissões especiais ou permanentes, previstas em lei, percentual de 20 % (vinte por cento) do seu vencimento; ou
III - titular do cargo de caixa, no percentual de 10 % (dez por cento) do seu vencimento;
§ 1º. A gratificação tratada no caput também será devida aos servidores
efetivos que estejam nomeados para ocupar cargo de provimento em comissão ou função gratificada de direção, chefia ou assessoramento.
§ 2º. Para os servidores tratados no parágrafo anterior a gratificação será
devida sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo por este ocupado.
§ 3º. A gratificação prevista no caput somente será devida durante o período
em que o servidor estiver designado e não será incorporada ao vencimento ou remuneração.
§ 4º. O servidor efetivo somente poderá ser designado para até 2 (duas)
comissões especiais ou permanentes, fazendo jus somente ao recebimento por uma delas.
CAPÍTULO IV DAS FÉRIAS
Art. 77- O servidor terá direito ao gozo de férias anuais de 30 (trinta) dias
remuneradas com abono de 1/3 (um terço) sobre a remuneração, conforme previsto no inciso XVII, do art. 7º da Constituição Federal.
§ 1º. É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º. Para o cálculo do abono de férias serão observadas todas as
vantagens que o servidor recebeu durante o período aquisitivo, calculadas proporcionalmente.
§ 3º. O pagamento do abono será efetuado até o início do respectivo período
do gozo.
§ 4º. No caso do servidor exercer função gratificada ou ocupar cargo de
provimento em comissão, a respectiva vantagem será considerada proporcionalmente no cálculo do abono de que trata este artigo.
§ 5º. O servidor poderá gozar integralmente 30 (trinta) dias de férias por ano
ou em 2 (dois) períodos iguais, de acordo com escala organizada pela chefia imediata.
§ 6º. Será permitida a conversão de 1/3 (um terço) das férias em pecúnia,
mediante requerimento do servidor apresentado 30 (trinta) dias antes do seu início, vedada qualquer outra hipótese de conversão.
§ 7º. Quando houver fracionamento do período de férias, o abono será pago
integralmente no primeiro período.
Art. 78. As férias serão reduzidas a:
II - 18 (dezoito) dias consecutivos ou em duas parcelas quando houver cometido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas injustificadas no período aquisitivo;
III - 12 (doze) dias consecutivos ou em duas parcelas quando houver cometido mais de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas injustificadas no período aquisitivo.
Parágrafo único- O servidor que obtiver mais de 32 (trinta e duas) faltas
injustificadas, no período aquisitivo, perderá o direito às férias.
Art. 79- É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade
do serviço e pelo máximo de 2 (dois) períodos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do servidor.
Art. 80- Para efeito de contagem de tempo do período aquisitivo de férias,
não será computado o tempo em que o servidor houver gozado das licenças a que se refere o artigo 84.
Art. 81- O servidor que opera direta e permanentemente com raios-X ou
substâncias radioativas gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.
Parágrafo único- O servidor referido neste artigo não fará jus à conversão
de férias em pecúnia.
Art. 82- O servidor em regime de acumulação remunerada de cargos
públicos perceberá o abono de férias devido em função de cada cargo exercido.
Art. 83- Independente da data de admissão dos servidores que atuam nas
unidades escolares municipais, a critério da administração, poderão ter suas férias antecipadas.
§ 1º. O acréscimo de 1/3 (um terço) também será adiantado.
§ 2º. As férias antecipadas serão compensadas quando o servidor completar
§ 3º. Na hipótese do desligamento do serviço público anterior a constituição
do período aquisitivo, deverão ter os valores relativos às férias antecipadas, inclusive o valor de 1/3 (um terço) adiantado, descontados da remuneração devida ao servidor pelos serviços prestados no mês de desligamento e, não sendo esta suficiente, o débito remanescente será cobrado em conformidade com a legislação vigente.
CAPÍTULO V DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 84- Conceder-se-á ao servidor efetivo licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família; II - para tratar de interesses particulares; III - para atividade política.
SUBSEÇÃO I
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOAS DA FAMÍLIA
Art. 85- Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante de cargo de
provimento efetivo por motivo de doença do cônjuge ou companheiro(a), dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, avós maternos e paternos ou de dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional.
§ 1º. A licença prevista no caput será precedida de atestado ou exame
médico, homologado pela junta médica oficial, e comprovação do parentesco.
§ 2º. A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, a ser verificado pelo Serviço Social do Município.
§ 3º. O requerimento solicitando a licença deverá ser apresentado ao
Departamento de Recursos Humanos, até o dia subseqüente à ocorrência do fato que lhe der motivo, acompanhado dos elementos indispensáveis à caracterização das condições descritas no caput e no § 1º.
§ 4º. O Departamento de Recursos Humanos poderá realizar diligências ou
solicitar informações e documentos para a comprovação da manutenção das condições que motivaram a concessão da licença.
§ 5º. Ao ocupante de cargo de provimento em comissão não se concederá a
licença de que trata este artigo.
Art. 86- Esta licença poderá ser concedida sem prejuízo da remuneração do
cargo de provimento efetivo, por até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por igual período, mediante laudo homologado pela junta médica oficial.
§ 1º. Excedendo os prazos constantes do caput, poderá ser prorrogada por
um período de 30 (trinta) dias, sem a percepção de remuneração.
§ 2º. A licença e suas prorrogações não poderão ultrapassar 90 (noventa)
dias.
Art. 87- Caso exista a necessidade de nova concessão da licença descrita
no artigo 85, em período inferior a 60 (sessenta) dias do término de licença anterior, por motivo de doença do mesmo familiar, esta será considerada como prorrogação.
Art. 88- Em qualquer situação, esta licença apenas poderá ser concedida
se não houver prejuízo para o serviço público, mediante análise da autoridade competente.
SUBSEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 89- A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor
estável licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do
servidor ou no interesse da Administração.
§ 2º. Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do
término da anterior.
Art. 90- Ao servidor ocupante de cargo de provimento em comissão não se
concederá a licença de que trata o artigo anterior.
Parágrafo único- O servidor aguardará em exercício o despacho decisório
do pedido de licença.
SUBSEÇÃO III
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 91. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o
período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, nos termos em que dispuser a legislação eleitoral.
CAPÍTULO VI DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. Conceder-se-á ao servidor efetivo afastamento para:
I - serviço militar;
II - desempenho de mandato classista; III - gozo de licença prêmio;
IV - exercício de mandato eletivo; V - servir a outro órgão ou entidade; VI - estudo ou capacitação;
SUBSEÇÃO I
DO AFASTAMENTO PARA SERVIÇO MILITAR
Art. 93- Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença,
na forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único- Concluído o serviço militar, o servidor terá até 7 (sete)
dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo.
SUBSEÇÃO II
DO AFASTAMENTO PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
Art. 94. É assegurado ao servidor o direito à licença, sem prejuízo da
remuneração do cargo de provimento efetivo, para o desempenho de mandato em confederação, federação ou sindicato representativo da categoria de servidor público Municipal, ou entidade fiscalizadora de profissão.
§ 1º. Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de
direção ou representação nas entidades referidas no caput, até o máximo de cinco servidores, sendo no mínimo três servidores destinados ao sindicato representativo da categoria de servidor público Municipal.
§ 2º. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no
caso de reeleição.
§ 3º. O servidor ocupante de cargo de provimento em comissão ou que
esteja percebendo função gratificada deverá desincompatibilizar-se do cargo ou da função quando empossar-se no mandato de que trata este artigo.
§ 4º. O servidor investido em mandato classista é inamovível de ofício pelo
SUBSEÇÃO III
DO AFASTAMENTO PARA LICENÇA PRÊMIO
Art. 95- Após cada 5 (cinco) anos de exercício em cargo de provimento
efetivo do Município de Peruíbe, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença-prêmio com a remuneração integral do cargo de provimento efetivo, excetuadas as vantagens temporárias.
Art. 96- A pedido do servidor a licença prêmio poderá ser convertida em
pecúnia, caso exista necessidade comprovada de sua permanência em atividade.
Parágrafo único- É facultado ao servidor fracionar a licença de que trata
este artigo, em até 3 (três) períodos em gozo ou em até 3 (três) parcelas pecuniárias.
Art. 97- A licença-prêmio deverá ser usufruída no prazo de 4 (quatro) anos
e nove (nove) meses, a contar do término do período aquisitivo.
Art. 98- Não se concederá licença-prêmio ao servidor que durante o período
aquisitivo:
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II - condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
Parágrafo único- Em ambas as situações, é iniciada nova contagem a
partir do imediato retorno às atividades.
Art. 99- Para fins de cômputo do período aquisitivo, exclui-se da contagem:
a) falta injustificada;
b) as ausências decorrentes de atestados médicos que ultrapassem 90 (noventa) dias consecutivos ou interpolados;
c) licença por motivo de doença em pessoa da família; d) licença para tratar de interesses particulares;
Parágrafo único- A cada falta injustificada ao serviço retardarão a
concessão da licença prevista neste Artigo na proporção de 01 (um) mês para cada falta.
SUBSEÇÃO IV
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
Art. 100- Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário e função, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
§ 1º. No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em exercício estivesse.
§ 2º. O servidor investido em mandato eletivo é inamovível de ofício pelo
tempo de duração de seu mandato.
SUBSEÇÃO V
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE
Art. 101- O servidor poderá ser cedido mediante requisição para ter
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo de provimento em comissão ou função de confiança;
§ 1º. Na hipótese do Inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será do
órgão ou entidade requisitante.
§ 2º. Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de
economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
§ 3º. A cessão far-se-á mediante ato próprio de cada Poder publicado no
Boletim Oficial do Município.
SUBSEÇÃO VI
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU CAPACITAÇÃO
Art. 102- O servidor estável poderá, no interesse da Administração,
devidamente justificado, e se por ela autorizado, afastar-se do exercício do cargo de provimento efetivo que ocupa, assegurada a respectiva remuneração, por até 90 (noventa) dias fracionáveis, para participar de curso de capacitação profissional em sua área de atuação, ministrada por entidade oficial ou privada.
Parágrafo único- Os períodos de licença de que trata o caput não são
acumuláveis.
Art. 103- Ao servidor beneficiado pelo disposto no artigo anterior não será
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
SUBSEÇÃO VII
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Art. 104- O servidor poderá, no interesse da Administração, devidamente
justificado, e se por ela autorizado, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação “stricto sensu” em sua área de atuação, em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, observada os seguintes critérios:
I – não receber benefícios similares de outros órgãos ou instituições públicas e privadas;
II – não estiver afastado por motivo de doença;
III – não estiver readaptado ou em processo de readaptação;
IV – não estiver afastado para exercer atividade não correlata ao seu cargo; V – possuir estágio probatório homologado;
VI – não estar a menos de seis anos da aposentadoria;
VII – não possuir penalidade disciplinar de suspensão em processo
administrativo;
VIII – ser habilitado, em nível superior na área de atuação profissional relacionada ao cargo.
§ 1º. Os afastamentos descrito no caput somente serão concedidos aos
servidores estáveis, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação.
§ 2º. Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos no caput
terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
§ 3º. Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu
afastamento no período previsto, deverá reembolsar a Administração o valor correspondente da despesa havida com seu afastamento.
CAPÍTULO VII DAS CONCESSÕES
Art. 105- Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 07 (sete) dias consecutivos em razão de: a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
II – por até 06 (seis) dias, não consecutivos, em cada ano civil, desde que não exceda uma vez no mês, para tratar de assuntos de interesse pessoal, devidamente autorizada pela chefia imediata.
§ 1º. Não fará jus à concessão prevista no inciso II o servidor que tenha falta
injustificada no exercício anterior.
§ 2º. A concessão prevista no inciso II será requerida antecipadamente e
não poderá ser acumulada.
§ 3º. A concessão prevista no inciso II não se aplica aos servidores em
regime de plantão.
Art. 106- Fica assegurado horário especial ao funcionário estudante,
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, quando necessária a locomoção para outros Municípios.
Parágrafo único- Para efeito do disposto neste artigo será exigida a
compensação de horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.
CAPÍTULO VIII DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I
Art. 107- Conceder-se-á ao servidor os benefícios:
I - Licença para tratamento de saúde;
II - Licença à gestante, adotante e paternidade; III - Licença por acidente em serviço;
IV - Auxílio Funeral; V - Abono familiar.
SUBSEÇÃO I
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 108- A licença remunerada para tratamento de saúde por motivo de
doença ou acidente em serviço será concedida, a pedido ou de ofício, ao servidor que ficar incapacitado para o seu trabalho por prazo superior a 15 (quinze) dias consecutivos.
Parágrafo único- A licença descrita no caput será precedida de processo
administrativo e observará regulamento próprio.
Art. 109- A licença remunerada para tratamento de saúde consiste em
renda de valor equivalente à remuneração integral do servidor, excluídas as vantagens de caráter temporário, deduzido o que receber do seguro se houver, e será concedida pelo prazo indicado no laudo médico.
Art. 110- O servidor em gozo de licença para tratamento de saúde, será
submetido a exame médico-pericial a cada 3 (três) meses.
§ 1º. Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, o exame médico
pericial poderá ser realizado a qualquer tempo, a critério médico.
§ 2º. Considerado apto em exame médico-pericial o servidor deverá
reassumir o exercício do cargo imediatamente.
§ 3º. O servidor fica obrigado a submeter-se a exame médico pericial, sob
pena da imediata suspensão do pagamento da licença.
§ 4º - No curso da licença poderá o servidor requerer exame médico, caso
Art. 111- Não será concedida a licença para tratamento de saúde para
aquele que se tornar servidor já portador de doença ou lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento desta doença ou lesão.
Art. 112- O servidor em gozo de licença para tratamento de saúde,
insuscetível de recuperação para a sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de readaptação ou aposentadoria, à qualquer tempo, mediante laudo da Junta Médica Oficial do Município.
Art. 113- Comprovando-se, mediante processo disciplinar, ter sido falso ou
inidôneo o laudo médico, o servidor será demitido a bem do serviço público, aplicando-se igual penalidade ao médico, aplicando-se este for aplicando-servidor do Município, aplicando-sem prejuízo da aplicação do artigo 155 desta Lei Complementar.
Art. 114- A licença remunerada para tratamento de saúde será cessada se
ficar comprovado que o servidor esteja exercendo qualquer atividade incompatível com o motivo de seu afastamento, hipótese em que este ficará obrigado a restituir as importâncias indevidamente recebidas a título desta licença.
Parágrafo único- A restituição tratada no caput não isenta o servidor das
medidas legais e disciplinares cabíveis.
Art. 115- É vedado o exercício de atividades remuneradas durante o
período desta licença.
Art. 116- Para conceituação de doença profissional e do acidente, serão
adotados os critérios da legislação específica.
SUBSEÇÃO II
DA LICENÇA À GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE
Art. 117- A servidora gestante terá direito à licença-maternidade de 120
§ 1º. A licença poderá ser concedida a partir do 28º - (vigésimo oitavo) dia
antes do parto e da data de ocorrência deste, salvo antecipação por prescrição médica.
§ 2º. Em caso de aborto não criminoso, a servidora terá direito a licença por
um período de até trinta dias, atestados por junta médica oficial, sem prejuízo de sua remuneração.
§ 3º. A servidora poderá aderir ao programa de prorrogação da licença
maternidade nos termos da Lei Municipal específica.
Art. 118- A servidora que adotar criança será concedida licença-adotante
nos seguintes termos:
I - no caso de adoção de criança de até 1 (um) ano de idade, o período de licença será de 90 (noventa) dias;
II - no caso de adoção de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias;
III - no caso de adoção de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único- A licença-adotante só será concedida mediante
apresentação do termo judicial de guarda e comprovação de processo de adoção em andamento.
Art. 119- Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à
licença paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
Parágrafo único- Em caso de nascimento de mais de um filho no mesmo
dia, o período da licença de que trata este artigo não será cumulativo.
Art. 120- Os períodos das licenças tratados nesta seção serão contados
SUBSEÇÃO III
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 121- Será licenciado, sem prejuízo de sua remuneração, o servidor
acidentado em serviço.
Art. 122- Acidente em serviço é o que ocorre com o servidor pelo exercício
regular das atribuições de seu cargo, provocando, mediata ou imediatamente, lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.
Parágrafo único- Equiparam-se ao acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
Art. 123- Será considerado como dia do acidente, no caso de doença
profissional ou em serviço, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em que for realizado o diagnóstico, cabendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.
Art. 124- A prova do acidente em serviço será feita no prazo máximo de 10
(dez) dias, após o ocorrido, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período quando as circunstâncias assim exigirem, com verificação obrigatória da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
Art. 125- O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento
especializado, quando não oferecido pela rede pública, poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos próprios do Município.
Parágrafo único- O tratamento recomendado por médico do trabalho do
Município constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.
SUBSEÇÃO IV DO AUXÍLIO FUNERAL
Art. 126- O auxílio funeral será concedido ao cônjuge ou ao dependente
que provar ter realizado despesas em razão do falecimento do servidor ativo.
Art. 127- O auxílio funeral será correspondente a 2 (duas) vezes o valor do
menor vencimento previsto nas tabelas de vencimento constantes da lei que instituir o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento.
SUBSEÇÃO V DO ABONO FAMILIAR
Art. 128- Será concedido abono familiar ao servidor ativo ou inativo, que
possuir:
I - filho menor de 14 (catorze) anos que não exerça atividade e nem tenha renda própria;
II - filho inválido, sem renda própria.
§ 1º. Compreende-se para efeito deste artigo, o filho de qualquer condição,
enteado e o menor que estiver sob guarda judicial, e sustento do servidor.
§ 2º. Para efeito deste artigo, considera-se renda própria ou atividade
remunerada o recebimento de importância igual ou superior ao menor valor de vencimento estabelecido nas tabelas de vencimento constantes da lei que instituir o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento.
§ 3º. Quando o pai e mãe forem servidores municipais, o abono familiar será
concedido a ambos.
Art. 129- O valor do abono familiar será igual a 10% (dez por cento) do
menor valor de vencimento estabelecido nas tabelas de vencimento constantes da lei que instituir o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento.