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CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO ATRAVÉS DO GERENCIAMENTO DE RISCO COM BLOQUEIOS DE SEGURANÇA.

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CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO ATRAVÉS DO

GERENCIAMENTO DE RISCO COM BLOQUEIOS DE SEGURANÇA.

Gustavo Penaquio Caliani

Discente do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil

gustavocaliani@gmail.com;

M.Sc.Celso Atienza; M.Sc. Bianca de Luccia Ruiz Francisco (orientadora); Esp. Ana Elisa Alencar Silva de Oliveira(orientadora);

Docentes do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil

atienzacelso@gmail.com; anaelisa@unilins.edu.br; biancadiluccia@yahoo.com.br

Resumo:

O presente artigo tem o objetivo principal de descrever a implantação do travamento de fontes de energias em indústria química localizado na região Centro – Oeste do pais, garantindo os requisitos mínimos de segurança a serem obedecidos e aplicados na execução de serviços de qualquer natureza, que exijam o travamento de fontes de energia ou produto dentro do ambiente de trabalho. Iremos fazer comparações entre o sistema de bloqueio anterior com o atual (proposto) que aplica-se a todo e qualquer serviço de operação, manutenção, limpeza ou outras atividades que necessitem que as fontes de energia sejam bloqueadas, das instalações existentes ou de montagem de instalações novas, sejam elas efetuadas por funcionários próprios ou por terceiros. O sistema baseia-se em cada funcionário ter cadeado pessoal. Este cadeado é o seu controle sobre o isolamento da energia. Seu cadeado pessoal pode ser usado em bloqueios simples ou em parte do isolamento de um bloqueio múltiplo com sistemas complexos. Em ambos os casos este bloqueio é a sua proteção pessoal de controle de energia para evitar lesões em funcionários nas operações, serviços, manutenção e limpeza, devido à energização ou inicialização de máquinas e equipamentos inesperados, ou outra forma de liberação de energia armazenada.

Os procedimentos criados devem ser obrigatoriamente efetuados e fiscalizados

através do sistema de gerenciamento de risco.

Palavras chaves: Segurança, energia, bloqueio, gerenciar, risco.

Abstract:

This article aims to describe the main implementation of the crash energy sources in chemical industries ensuring the minimum safety requirements to be observed and applied in the execution of services of any nature, which require the crash energy sources or product within areas of Akzo Nobel - PPC. We make comparisons between the lock prior to the current (proposed) that applies to any service operation, maintenance, cleaning, or other activities that require energy sources are blocked, existing facilities or assembly new installations, whether made by its own employees from Akzo Nobel - PPC or third parties. The system relies on having each employee personnel lock. This lock is its control over energy isolation. Your personal padlock can be used in simple locks or part of the insulation of a lock with multiple complex systems. In both cases this lock is protecting your personal power control to avoid injuries in employees in the operations, services, maintenance and cleaning due to the energization or startup of machinery and equipment unexpected, or otherwise release of stored energy.

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1.Introdução

Em 2010, a empresa como um todo teve 12 lesões graves relacionadas diretamente à liberação de energias. 5 diretamente relacionados com bloqueio inadequado ou ineficiente .

Como resultado, este trabalho, juntamente com as notas de orientação apresentadas é utilizado para definir um padrão que alguns sites e funcionários devem seguir. Sistemas anteriores não possuíam controle efetivo o operador gera etiqueta, identifica o equipamento podendo ou não bloqueá-lo da fonte de energia.

A manutenção executava o serviço podendo ou não rever o bloqueio e colocar seu cadeado nesses pontos de bloqueio Deve haver procedimento para desligar, isolar, bloquear e assegurar que as fontes de energia não entrem mais no sistema, ter procedimento para a colocação e remoção de dispositivos de bloqueio, deve identificar os envolvidos nas atividades, haver procedimento para bloquear e testar possuindo regras e acompanhamento, e deve ser entendida por todos.

Prevenir acidentes a empregados e terceiros trabalhando em/próximo à equipamentos que inadvertidamente poderiam funcionar, movimentar-se desprender energia ou liberar materiais perigosos durante o período em que deveriam permanecer inoperantes e desativados, seja para a realização de um determinado trabalho, para impedir que sejam utilizados por razões operacionais, ou seja, por condições inseguras que não podem ser imediatamente eliminadas.

Esse procedimento aplica-se a todo equipamento em qualquer momento. Vale tanto para empregados, como para terceiros.

Exemplos de tais equipamentos e componentes são: motores elétricos e à

explosão, bombas, compressores, turbinas, eixos, hélices, pistões e demais transmissores de movimento, dispositivos de emergência (se o serviço afetar o seu funcionamento), abertura de linhas, vasos ou tanques de processo, instrumentos, disjuntores e chaves de comando elétrico; em todos os casos inclui equipamentos ou áreas desativadas temporariamente e que durante esse período seu acionamento acidental possa por em risco a integridade das pessoas, proteção ao meio ambiente e ao próprio equipamento. Estende-se a terceiros, embora em caso de canteiros de obras possa estar isento, dependendo da autonomia da obra, o que deve ser avaliado caso a caso.

Sendo assim, este trabalho tem por objetivo avaliar a importância do bloqueio para a segurança do trabalhador.

2. Referencial Teórico

No Brasil, a preocupação com a Segurança do Trabalho ganhou ênfase a partir de 1970, quando o país passou a ser recordista mundial em número de acidentes, decorrentes das más condições do trabalho e da ausência de uma política preventiva eficiente. A partir daí, trabalhadores, empresários e governo passaram a reunir esforços para reverter tal quadro adverso (MICHEL, 2001).

Na Indústria possui grande destaque entre os diversos ramos da cadeia produtiva nacional. Pertence ao grupo dos setores que mais empregam no país, sendo de relevante importância para a economia(DRAGONI, 2005).

Por outro lado, é um dos principais responsáveis pela geração de prejuízos ao Brasil, devido aos Acidentes de Trabalho (AT) gerados, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Previdência e Assistência Social (DRAGONI, 2005).

Apenas em 1972, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), passou a dar início a um programa de formação de

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profissionais em medicina e segurança do trabalho. E somente em 1978 foram aprovadas as normas que regulamentariam a segurança e medicina do trabalho: as Normas Regulamentadoras (NR’s) (RAPPARINI, 2008).

2.1 Segurança em instalações e Serviços.

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.

Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador”. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores. (ZANLUCA, 2013).

A abordagem da legislação do estudo de caso tem como principio a CLT e os artigos 157, 158, 179, 180 e 181 e as normas regulamentadora que se refere à NR – 10.

A NR-10 é um regulamento que tem como objetivo garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores, tanto os que trabalham diretamente com energia elétrica quanto os que usam dela para o seu trabalho. O Item 10.2.1da NR-10 relata que em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros Riscos Adicionais, mediante técnicas de analise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho, o item 10.2.2 da sequencia dizendo que as medidas de controle adotadas devem integrar-se as demais iniciativas da empresa, no âmbito da

preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho. Portanto Entende-se como controle de riscos as medidas preventivas como bloqueio físico a colocação de:

Cadeados (e portas-cadeado) em pontos de acionamento elétrico, pneumático ou hidráulico de equipamentos, seguido da tentativa real de acionamento de todos os pontos a serem bloqueados do equipamento; Correntes com cadeados em volantes de válvulas;

Pinos ou cunhas de travamento mecânico no curso de eixos, pistões ou rodas;

Remoção dos cabos de bateria em motores à explosão;

Raquete, flange cego ou duplo bloqueio em linhas e tubulações;

Remoção de fusíveis no caso de instalações elétricas em que a posição de cadeados é impossível;

Disposição de observador em possíveis pontos de acionamento quando nenhum outro bloqueio físico é

possível e apenas a colocação do cartão Não Acione é insuficiente;

Calços em prensas e similares.

Entende-se por Cartão de Bloqueio – Não acione:

Colocação de cartões não acione em todos os pontos de acionamento possível, bem como em cada bloqueio físico, quando o impedimento ocorre, por execução de trabalhos de manutenção ou por constatação de condição insegura ao uso do equipamento, ou ainda, quando o impedimento ocorre por motivos operacionais.

O cartão “Equipamento em Manutenção – Não Acione” é de uso obrigatório para todo o pessoal da manutenção, nos serviços onde haja risco de acionamento acidental de máquinas, equipamentos e instalações.

O cartão é para uso exclusivo da empresa, sendo proibida a sua utilização por terceiros. Entretanto, quando uma empreiteira estiver a serviço da empresa, o cartão deverá ser utilizado, ficando as providências previstas neste procedimento,

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sob a responsabilidade do departamento contratante.

Quando houver mais de um funcionário executando a manutenção, cada um deles deve fixar seu próprio cartão.

O(s) cartões deve(m) ser colocado(s) em local visível e junto(s), de forma a garantir a sinalização do sistema bloqueado. O cartão é de uso pessoal e, somente quem o colocou poderá removê-lo, ou em caso extremo sob ordem expressa do mesmo.

O cartão é considerado equipamento de proteção individual.

Os cartões a serem descartados devem ser enviados à Segurança Industrial. Os cartões não devem ser jogados no lixo comum, para manutenção da imagem dos mesmos.

Já o item 10.2.8.2 as medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece Esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

Neste item a NR-10 definiu que dentre todas as medidas de proteção coletivas duas são prioritárias, nesta ordem: a desenergização elétrica e sua impossibilidade a NR-10 estabeleceu que os serviços em instalações elétricas devem ser feitos prioritariamente com as instalações desenergizadas, isto é, sempre que os serviços puderem ser realizados com as instalações desenerzadas devem ser feitos nesta condição. Evidentemente que em alguns caso os trabalhos só podem ser realizados com as instalações elétricas energizadas, por isso, a norma definiu que o serviço em instalações elétricas desenergizadas é prioritário e não obrigatório.

2.2Quem executa o Bloqueio?

Profissionais com formação elétrica ou mecânica, que são treinados em um procedimento de bloqueio e na forma correta de se utilizar todos os dispositivos de bloqueio, após os treinamentos eles passam a serem os responsáveis pela correta

execução das atividades de bloqueio e desbloqueio (manobras, colocação de cadeados e etiqueta de sinalização), no caso das chaves elétricas os bloqueadores deverão esta atendendo as exigências da NR 10, dais como utilizando vestimentas adequadas para cada tipo de manobra, sendo elas de baixa ou alta tensão, conforme os cálculos de ATPV, e ter feito o curso básico de 40 horas.

2.3 Ordens de Serviços – OS

Documento contendo todas as informações referentes à atividade a serem executadas na preventiva, corretiva, e atendimento de emergência, também informações referentes ao plano de segurança da atividade, é nela esta relacionada todos os bloqueios necessários para a atividade. Este documento deve ficar em poder do executante da atividade após estar devidamente assinado pelos bloqueadores que executaram o bloqueio.

2.4 Cadeados

A “NR 10” recomenda que toda e qualquer “fontes de energias” sejam desligadas e travas de forma a não permitirem que sejam ligados nem acidentalmente ou intencionalmente. Para isso, se utilizar dispositivos e cadeados para travá-las. Quando não foi possível trava direto no equipamento recomenda-se que a porta do painel se trancadas ou se possível utilizar o bloqueio um nível acima.

O trabalho apresenta dois tipos de cadeados, os coloridos e os cadeados de latão.

Segue a seguir:

2.4.1 Cadeados coloridos.

Os cadeados de latão são utilizados pelos solicitantes, no travamento da caixa de bloqueio durante as preventivas. Cada especialidade tem o cadeado em cor determinada.

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 Cadeado amarelo é de responsabilidade da operação.

 Cadeado azul é de responsabilidade da mecânica.

 Cadeado vermelho é de responsabilidade elétrica.

 Cadeado verde é de responsabilidade da instrumentação.

 Cadeado preto é de responsabilidade da equipe de turno.

 Cadeado rosa é de responsabilidade da equipe de alta tensão de preditiva elétrica.

2.4.2 Cadeados de latão.

Os cadeados de latão ficam sobe a responsabilidade do coordenador de bloqueio e são utilizados durante as preventivas. Para facilitar a conferencia de bloqueio e desbloqueios, eles são identificados e foi colocado em um suporte dentro das salas elétricas, o mais próximo dos painéis elétricos com a intenção facilitarem o transporte até as chaves.

Como todos eles estão identificados, os mesmos foram cadastrados no sistema de manutenção, para que todas as “OS” já saiam com a relação de todos os cadeados que serão utilizados e em qual chave ou válvula deverá ser colocados. Durante o desbloqueio da preventiva o coordenador de bloqueio olha para o quadro de cadeado e ver se que todos os cadeados estão nos locais certos então se concluir que todos os bloqueios já foram retirados e que a linha está pronta para a operação iniciar o processo de ligar os equipamentos.

2.5 Dispositivos de bloqueio

A recomendação da NR 10 e que todas as chaves ou válvulas que desligam as fontes de energias seja travas de tal forma que não possa ser ligadas nem acidentalmente ou criminalmente, para isso é utilizado cadeados como forma de trava as mesmas, mais na maioria dos casos não tem como colocar os cadeados, então utilizamos alguns dispositivos de bloqueio. Para se ganhar tempo, foi desenvolvido a utilização de correntes e de borboletas para se travar as válvulas mecânicas.

Fotos de alguns dispositivos

2.6 Caixas de bloqueio

Um instrumento utilizado para dar duplicidade na segurança da chave dos cadeados de bloqueio, impedindo que as chaves fiquem sobre a responsabilidade em apenas uma pessoa. Após a conclusão das

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atividades de bloqueios e efetuado a conferencia o coordenador de bloqueio colocar as chaves dos cadeados de latão dentro da caixa de bloqueio e os solicitantes trancam a caixa com os seus cadeados coloridos. Assim nós conseguimos com que as chaves dos cadeados de latão ficassem travadas impossibilitando o acesso do coordenador de bloqueio às mesmas, somente após o termino de todas das atividades relacionadas para essa caixa, e os solicitantes entregar as “OS” devidamente assinada e a retirada de todos os cadeados coloridos e que o coordenador de bloqueio dera acesso as chave novamente, permitindo assim o desbloqueio dos equipamentos.

2.7 Etiquetas de sinalização

Seguindo a recomendação da “NR10” os equipamentos bloqueados devem ser identificados, para isso é utilizado uma etiqueta de sinalização, e nela tem um alerta, informando que a chaves estão desligadas e que não poderão ser ligadas. Para identificar o responsável pela etiqueta, elas foram identificadas com as mesmas cores dos cadeados.

Etiqueta de sinalização

2.8 Etiqueta de Bloqueio

Impresso utilizado para fazer a identificação do bloqueio de um equipamento. A etiqueta é gerada a partir de um plano de segurança, que deve esta contida na “OS” e deve ser colocada em um porta etiqueta, com as etiqueta de sinalização cima acima para identificar a especialidade do responsável.

A mesma deve contém as seguintes informações, o nº. da OS, o responsável pela atividade, o equipamento bloqueado, a chave que será bloqueada e a manobra a ser realizada para seu desligamento.

Etiqueta de bloqueio

2.9 Solicitação de bloqueio

Campo destinado na Ordem de Serviços (OS) para assinaturas de solicitação de bloqueio e desbloqueio assinatura de confirmação de equipamento bloqueado ou desbloqueado.

Para garantir não haja nenhum colaborador ainda trabalhando no equipamento se faz necessário que a mesma pessoa que assinar a solicitação de bloqueio deverá assinar a solicitação de desbloqueio.

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3. Estudo do caso 3.1 Métodos e técnicas

Para realização do estudo foi utilizado várias técnicas, informações de campo, check list, rota de inspeção mas a principal delas foi o monitoramento das PS (Permissão de Trabalho) onde consta campos referente a bloqueios de segurança, foi detectado que esses campos estavam muito vagos e mal preenchidos fazendo necessário a intervenção e atuação na causa raiz do problema.

Foi então que surgiu a necessidade de implantar outra forma de realização de bloqueio para não expor a integridade do trabalhado executando todo treinamento detalhado do programa.

Os bloqueios de energia estavam sendo executado de certa forma fazendo com que não fossem totalmente seguro, em muitos casos as pessoas desligavam apenas os equipamentos nas botoeiras e não bloqueavam na fonte principal de alimentação(Painel elétrico) em outros casos válvulas eram bloqueadas com correntes e não com dispositivo correto, facilitando assim sua abertura, os procedimentos de bloqueios antigos não eram rastreáveis e muita gente não sabia quem estava dando manutenção nos equipamentos e muitos ainda sem identificação correta, etiquetas de bloqueios não eram adequadas para chuva, sol e nem possuíam sua furação correta para fixação nos dispositivos de bloqueios. Exemplo fig. 1

Fig.1

Válvulas de controle – Válvulas de controle sem fechamento com flange cego, conexão aberta sem bloqueio ou identificação! Sujeita a abertura da válvula de controle podendo atingir o trabalhador.

3.2 Característica da empresa

O estudo de caso foi realizado em uma unidade de indústria química, focado propriamente em travamento de fontes de energia ou produtos dentro do ambiente de trabalho para realização de atividades que expõem o trabalhador a algum desconforto onde aconteceu no período de abril a outubro de 2013, contando com a participação direta do autor e apoio total da gerencia da empresa.

A empresa opera internacionalmente, empregando 2.900 pessoas em 30 países. Sua especialidade é em produtos químicos para a produção de celulose e papel, mas também oferece produtos especializados que podem eventualmente encontrar aplicações em hospitais, escritórios e oficinas de sapataria, sua filial na região centro-oeste do estado de Mato Grosso do Sul conta com 50 funcionários nesta unidade de trabalho, atuando a mais de 100 anos neste mercado.

Mesmo com toda experiência no ramo de atuação houve um aumente do índice de incidentes e com isso a necessidade de melhorar suas atitudes em relação a segurança com o trabalhador, fazendo uma completa reformulação dos seus conceitos e diretrizes.

3.3Armadilhas no sistema – Regras violadas

Alguns exemplos de erros são:

• Etiquetas se soltam do ponto de fixação Fig. 2.

• Etiquetas de outros equipamentos eram utilizadas

• Identificações sem diferenciações • Bloqueios genéricos eram utilizados • Em muitos casos era utilizada lista de bloqueios, criando dificuldade para rastrear

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as identificações. Muitos vazamento (LOC) ocorrem como resultado de linhas abertas.

• Nenhum método para rastrear (locais ou pessoas)

• Nenhum método para identificar ou comunicar o andamento do trabalho, principalmente nas trocas de turno.

• Nenhum método que garantisse a segurança ao colocar o equipamento em operação. Fig. 3

E algumas formas de correção:

• Deve haver procedimento para desligar, isolar, bloquear e assegurar que as fontes de energias não entrem mais no sistema.

• Deve ter procedimento para a colocação e remoção de dispositivos de bloqueio.

• Deve identificar os envolvidos nas atividades

• Deve haver procedimento para bloquear e testar.

• Deve possuir regras e acompanhamento, e deve ser entendida por todos.

• Deve identificar e isolar todas as fontes de energia.

• Deve isolar a fonte de energia mais próxima.

• Deve buscar o mais alto nível de bloqueio para materiais perigosos ou alta/média tensão.

• Deve ter dois pares de olhos em cada ponto de bloqueio.

• Deve ter um controle sistemático sobre as chaves do sistema de bloqueio

• Deve haver documentação escrita do sistema bloqueado de turno para turno.

• Devem ser rastreáveis e reversíveis por qualquer mudança e ter a documentação em: Quem? O quê? Quando? Onde? Porque? Como?

Fig. 2 Etiquetas de identificação de bloqueio – Em práticas passadas etiquetas não eram prendidas adequadamente e nem própria para resistir a chuva e sol.

Fig. 3 Bomba de produto Químico - Equipamento sem bloqueio de energia (CCM). Este equipamento era limpo manualmente 1 vez por semana e não era bloqueado! Apenas parado em campo

4 Proposta de Intervenção

A fim de solucionar os problemas vistos propõe-se a utilização de bloqueio para trabalhos dentro de seu controle podendo ser simples ou múltiplo.

4.1 Bloqueio Simples

O bloqueio simples é utilizado para trabalhos complexos com maior exposição que necessitam de maior controle.

Todo mundo deve ter um cadeado pessoal (e 1(um) de reserva).

Podem ser coloridos para identificação do departamento.

São para bloqueio pessoal para controlar a fonte de energia enquanto você

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trabalha. Você deve manter bloqueada a fonte de energia do sistema, todo o tempo.

Só pode ser usado se o trabalho atender aos seguintes critérios:

 Bloqueio Único (1 bloqueio)  Envolver apenas 1 (um) executante  O trabalho deve ser finalizado no mesmo turno.

4.2 Bloqueio Múltiplo

No bloqueio múltiplo tudo fica bloqueado todo o tempo:

• PS é preenchida pelo executante do serviço;

• Operação libera o equipamento para bloqueio;

• Equipamento é bloqueado pela operação cartões de bloqueio e cadeados são colocadas nos equipamentos e chave do cadeado vai para o interior da caixa de bloqueio;

• Executante checa o bloqueio e revisa os campos preenchidos, confere a lista de bloqueio, retira os canhotos dos cartões de bloqueio (segundo para de olhos) e coloca

os canhotos dentro da caixa de bloqueio e solicita o teste do equipamento;

• Operação trava a caixa de bloqueio colocando cadeado mestre.

• Executante trava a caixa de bloqueio e a produção libera a PS autorizando a intervenção;

• Lista de bloqueio, PS e chave mestre vão para a envelope de bloqueio;

• Manutenção executa e completa o trabalho, comissiona a PS com a operação e retira os cadeados das laterais da caixa de bloqueio;

• Produção fecha a PS, retira o cadeado mestres e retira o bloqueio dos equipamentos, comparando as etiquetas e se certifica que elas se completam – documentos são enviados o HSE e/ou à supervisão;

• O equipamento está então pronto para o teste de pressão, rotação ou outros necessário e pronto para voltar à operar.

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A fig. 4 - São perguntas para sabermos qual tipo de bloqueio será executado conforme a operação. Se o resultado das três perguntas for não, então é um bloqueio simples, se em algum momento for sim, então deixa de ser simples e passa a ser Múltiplo.

Fig. 4 - Identificação do tipo do Bloqueio.

4.4 Sequências da execução de Bloqueios

Sinaliza e alerta os funcionários sobre equipamentos travados, evitando acidentes em fábricas. São diversas opções de legenda em cartões de plástico, resistentes a intempéries, óleo e graxa. Conforme Fig.1

Fig.1 - A operação executa o bloqueio. Cartão de Bloqueio.

E após vistoriar o equipamento há um destaque de canhoto para se fazer para confirmação de que foi observado aquele local. Conforme Fig. 2.

Fig. 2 - Executante revisa o bloqueio e destaca o canhoto

Em seguida os canhotos são guardados em uma caixa de bloqueio juntamente com seus cadeados. Fig. 3 e fig. 4

Fig. 3 - Chave do cadeado e canhoto são trancados na caixa de bloqueio.

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Fig. 4 - Operação fecha a caixa(as chaves do bloqueio são

trancadas dentro da caixa).

Após todos os pontos de bloqueio serem revisados pelo mantenedor o próprio devera executar o travamento da caixa de bloqueio com seu cadeado pessoal e a liberação para execução do serviço. Fig. 5 e Fig.6.

Fig.5 - A manutenção coloca em seus bloqueios pessoais no topo.

Após a caixa travada todos os documentos são guardados em segurança dentro de uma bolsa onde caso necessite de informações não seria necessário abrir a caixa. Fig. 6 e

Fig. 7.

Fig. 6 - A PS (Permisão de Serviço) é liberada à manutenção e a chave da caixa, cópia da PS, e a lista de equipamentos vão pra o envelope de bloqueio.

Fig. 7 - Bolsa e caixas vão para o armário da sala de controle e permanecem sob o controle de Operação até trabalho esteja concluído.

Desbloqueio e conferência de documentos conforme mostra Fig. 8.

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Fig. 8 - Para desbloqueio segue-se o processo inverso, onde depois da caixa aberta inicia-se o processo comparativo entre os canhotos dos equipamentos bloqueados com a lista de bloqueio para que não se esqueça de debloquear nenhum ponto.

5 Conclusão

O estudo de caso aponta como o sistema anterior era falho, o novo sistema proposto abrange e certifica que todos os pontos do bloqueio estão sendo checados. (tudo fica bloqueado o tempo todo) o executante da atividade nunca faz o bloqueio sozinho, tem sempre alguém para checar o que foi feito. O bloqueio é totalmente rastreavél por que as listas dos itens bloqueados ficam em um envelope aparte podendo identificar quais bloqueios foram executados sem ter que abrir a caixa de bloqueio para se ter acesso as chaves. Todo executante envolvido na atividade tem seu cadeado travando a caixa de bloqueio, fazendo assim com que todo o sistema só é desbloqueado quando o ultimo retirar seu cadeado.

Os custos gerados com a implementação deste trabalho sem duvida não é baixo.

Porem se formos realmente analisar os valores que o material humano representa para a empresa isso não tem preço,pois nada se paga o preço de uma vida.

Além do fator segurança se observou que o trabalho gerou um grande retorno no que diz respeito a disponibilização do equipamento para a operação, tento uma grande redução nos custos de manutenção preventiva e atendimento de emergência

onde a manutenção realizada se torna mais confiável devido mantenedor executar suas atividades sabendo que esta seguro.

6 Referências Disponível em: <http://www.panduit.com.br> Acesso em 21/09/2013 Disponível em: <http://www.qualisseg.com.br> Acesso em 21/09/2013 Disponível em: <http://content.honeywell.com> Acesso em 21/09/2013 Disponível em: <http://www.conectonline.com.br> Acesso em 21/09/2013

BRASIL. Portaria nº 3214, de 8 de junho de

1978. Aprova as Normas

Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, TítuloII, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da

União de 06/07/78.

Segurança em instalações e serviços com eletricidade – Curso – Apostila SENAI –

SP.

Norma Regulamentadora nº 10 (NR 10) – Segurança em instalações e serviços

em eletricidade.

DRAGONI, José Fausto. Segurança, Saúde

e Meio Ambiente em Obras: diretrizes voltadas à gestão eficaz de segurança patrimonial e meio ambiente em obras de pequeno, médio e grande porte. São Paulo:

Editora LTr, 2005.

MICHEL, Oswaldo. Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais. São

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RAPPARINI, Cristiane. Riscos profissionais: Acidente de Trabalho –

Legislação. Disponível em: <

http://www.riscobiologico.org/riscos/acid_le gisla.htm>. Acessado em: 21 setembro de 2013.

Referências

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