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Departamento Estatísticas Económicas – Serviço de Estatísticas das Empresas
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_
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ... 3
I.
CARACTERIZAÇÃO GERAL ... 4
1.
Código / versão / data ... 4
2.
Código sigine ... 4
3.
Designação ... 4
4.
Actividade estatística ... 4
5.
Objectivos ... 4
6.
Descrição ... 5
7.
Entidade responsável ... 5
8.
Relacionamento com o eurostat / outras entidades ... 6
9.
Financiamento ... 6
10. Enquadramento legal ... 6
11. Obrigatoriedade resposta ... 6
12. Tipo operação estatística ... 6
13. Tipo de fonte(s) de informação... 7
14. Periodicidade de realização da operação ... 7
15. Âmbito geográfico ... 7
16. Utilizadores da informação ... 7
17. Data de início / Fim ... 7
18. Produtos ... 7
II.
CARACTERIZAÇÃO METODOLÓGICA ... 9
19. População ... 9
20. Base de amostragem ... 10
21. Unidade amostral ... 10
22. Unidade(s) de observação ... 10
23. Desenho da amostra ... 10
24. Desenho do questionário ... 10
25. Recolha de dados ... 10
26. Tratamento de dados ... 10
27. Tratamento de não respostas... 11
28. Estimação e obtenção de resultados ... 11
29. Séries temporais ... 17
30. Confidencialidade dos dados ... 18
31. Avaliação da qualidade estatística ... 18
32. Recomendações nacionais e internacionais ... 18
III.
CONCEITOS ... 19
IV.
CLASSIFICAÇÕES ... 27
V.
VARIÁVEIS ... 29
33. Variáveis de observação ... 29
34. Variáveis derivadas ... 29
35. Informação a disponibilizar / variáveis de difusão ... 29
VI.
SUPORTES DE RECOLHA ... 107
36. Questionários... 107
37. Ficheiros ... 107
VII.
ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS ... 108
INTRODUÇÃO
O Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE) teve início no período 1994-95 e resulta de um
processo de integração de informação sobre empresas, primeiramente proveniente do Inquérito Anual
às Empresas (IEH) e posteriormente de vária informação de carácter administrativo proveniente de
protocolo com vários organismos do Ministério das Finanças e da Administração Pública. O papel da
informação administrativa ganhou particular destaque com a incorporação da Informação Empresarial
Simplificada (IES), criada pelo Decreto-Lei nº 8/2007, de 17 de Janeiro de 2007, que inclui um
conjunto vasto de informação de carácter anual, relevante para efeitos estatísticos, fiscais e de
prestação de contas. Esta informação é complementada, por um lado, com dados para as empresas
individuais (empresários em nome individual e trabalhadores independentes), recebidos por via dos
protocolos estabelecidos entre o INE e vários organismos do Ministério das Finanças e da
Administração Pública, nomeadamente a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) e a Direcção-Geral de
Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), e por outro, com informação
proveniente do Ficheiro de Unidades Estatísticas do INE. Desta forma, o SCIE garante uma vasta
cobertura em termos de unidades estatísticas e variáveis.
Os resultados do SCIE são produzidos e divulgados anualmente, para um período de dois anos
consecutivos, desde o período de 2004 – 2005 baseados na utilização de informação exaustiva, em
detrimento de dados extrapolados, anteriormente recolhidos através do Inquérito Anual às Empresas
(por amostragem).
Contudo, importa distinguir entre o período 2004 – 2005 em que os dados administrativos de base
utilizados foram os recebidos ao abrigo dos protocolos estabelecidos entre o INE e o Ministério das
Finanças e da Administração Pública, a partir do período de 2006 a informação de base do SCIE
passou a ser a Informação Empresarial Simplificada (IES). A utilização da IES permitiu eliminar o
Inquérito Anual às Empresas, uma das maiores operações estatísticas realizadas pelo INE, e que era
a base para a produção das estatísticas das empresas.
Este estudo estatístico compreende as contas económicas das empresas e respectivos rácios
económico-financeiros, bem como as medidas estatísticas de localização associadas (média e desvio
padrão), e é segmentada por sectores de actividade económica, por dimensão de pessoal ao serviço e
por regiões NUTS III.
As razões para a presentação desta nova versão estão em primeiro lugar relacionadas com a adoção
da CAE Rev. 3. Esta classificação trouxe diferenças relevantes na organização e agrupamento das
diferentes atividades, pelo que a análise sectorial apresentada a partir de 2008 não é comparável com
a divulgada em anos anteriores (quebra de série), não só pelas alterações na classificação como
também pela harmonização e atualização das atividades económicas entre vários organismos da
Administração Pública (Instituto Nacional de Estatística; Ministério da Justiça; Ministério das Finanças
e da Administração Pública) e o Banco de Portugal.
I. CARACTERIZAÇÃO GERAL
1. Código / versão / data
Código de operação: 129
Código de versão: 2.0
2. Código sigine
EP0013
3. Designação
Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE)
4. Actividade estatística
D - Economia e Finanças
52 - Empresas
521 - Estatísticas Estruturais das Empresas
593 - Sistema de Contas Integradas das Empresas
5. Objectivos
O objectivo principal do Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE) consiste na
caracterização anual do comportamento económico-financeiro das empresas, através de um conjunto
de variáveis com relevância significativa para o sector empresarial e de rácios económico-financeiros,
de utilização corrente na análise financeira empresarial, permitindo assim analisar e aferir a evolução
da atividade económica empresarial.
Com base em indicadores demográficos sobre empresas, caracteriza ainda a dinâmica
empresarial, com especial destaque para os nascimentos e mortes de empresas e a variação do
número de pessoas ao serviço. Anualmente, é produzida informação para as seguintes temáticas:
•
Dinâmica empresarial: informação desagregada por sector de actividade e escalões de
pessoal remunerado sobre movimentos demográficos de empresas (tais como nascimentos e
mortes), variação líquida de pessoal ao serviço e distribuição do número de empresas por ano
de nascimento;
•
Contas económicas das empresas: informação desagregada por sector de actividade e
escalões de pessoal ao serviço para um conjunto de contas económicas (conta de produção,
de exploração, do rendimento e do financiamento), incluindo os principais indicadores
económicos associados;
•
Emprego e produtividade do trabalho nas empresas: informação desagregada por sector
de actividade e escalões de pessoal ao serviço sobre variáveis do emprego e produtividade:
pessoal ao serviço, pessoal remunerado, custos com o pessoal e indicadores associados;
•
Investimento das empresas: informação desagregada por sector de actividade e escalões de
pessoal ao serviço sobre a formação bruta de capital fixo e o investimento em activos
corpóreos e incorpóreos;
•
Indicadores de concentração horizontal: informação desagregada por sector de actividade
sobre os indicadores discretos de concentração, calculados com base no Volume de Negócios
e no Valor Acrescentado bruto;
•
Distribuição regional das empresas: informação desagregada por sector de actividade e
região, ao nível da NUTS II, para as principais variáveis económicas;
•
Situação patrimonial das sociedades: informação desagregada por sector de actividade,
apresentando a situação financeira (contas do balanço e respectivos rácios
económico-financeiros), para as sociedades. Até 2007, a informação publicada neste contexto referia-se
exclusivamente às sociedades de responsabilidade limitada.
6. Descrição
O Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE), com base em conceitos microeconómicos
da contabilidade da empresa, produz um conjunto de informação sobre empresas, nomeadamente
contas económicas das empresas e respectivos rácios económico-financeiros, a que se associam
medidas estatísticas de localização tais como a média, mediana e desvio padrão.
Este estudo estatístico é produzido, anualmente sobre empresas localizadas no Continente e
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a partir da apropriação de dados administrativos
(IES), informação protocolada, e do Ficheiro de Unidades Estatísticas (FUE). Após análise e
tratamento estatístico, esta informação é segmentada por sectores de actividade económica,
escalões de pessoal ao serviço, forma jurídica e regiões.
Relativamente aos sectores de actividade económica importa referir que até 2007 foi utilizada a
Classificação Portuguesa das Actividades Económicas, revisão 2.1 (CAE Rev. 2.1) e a que a partir
de 2008, passou a utilizar-se a Classificação Portuguesa das Actividades Económicas, revisão 3
(CAE Rev.3). Com esta nova classificação foram introduzidas alterações estruturais significativas,
mais adequadas à actual organização económico-social do nosso país. A metodologia de
produção estatística seguida pelo INE, no âmbito do SCIE, para a produção dos dados não foi
alterada, tendo sido genericamente mantidos os procedimentos utilizados em anos anteriores. De
notar ainda que, no contexto desta nova nomenclatura, as unidades empresariais relativas às
sociedades gestoras de participações sociais são excluídas da esfera das empresas não
financeiras, passando a estar consideradas no universo das entidades financeiras.
7. Entidade responsável
Instituto Nacional de Estatística (INE)
Unidade Orgânica:
Técnicos responsáveis:
Nome: Ana Chumbau, António Afonso e Inês Geraldes
E-mail:
ana.chumbau@ine.pt
;
antonio.afonso@ine.pt
;
ines.geraldes@ine.pt
Tel.: (+351 218 426 100)
Fax: (+351 218 426 362)
8. Relacionamento com o eurostat / outras entidades
Eurostat – Structural Business Statistics (SBS);
Nome: Walter Sura
Email:
walter.sura@ec.europa.eu
9. Financiamento
A operação estatística é financiada na sua totalidade pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
10. Enquadramento legal
- Decreto-Lei nº 381/2007, de 14 de Novembro, relativo à Classificação Portuguesa das Actividades
Económicas (CAE Rev.3)
- Regulamento nº 2223/96 do Conselho de 25 de Junho relativo ao Sistema Europeu de Contas
Nacionais e Regionais – SEC 95
- Regulamento (CE, Euratom) Nº 58/97 do Conselho, de 20 de Dezembro de 1996, revogado pelo
Regulamento (CE) Nº 295/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março de 2008, no
que diz respeito às séries de dados a produzir para as estatísticas estruturais das empresas
- Regulamento (CE) Nº 2700/98, de 17 de Dezembro, relativo à Definição das características das
estatísticas estruturais das empresas
- Regulamento (CE) Nº 2701/98, de 17 de Dezembro, relativo às Séries de dados a produzir para as
estatísticas estruturais das empresas
- Regulamento (CE) Nº 2702/98, de 17 de Dezembro, relativo ao Formato técnico para as estatísticas
estruturais das empresas
- Regulamento (CE) Nº 1618/99, de 23 de Julho, relativo aos Critérios de avaliação da qualidade das
estatísticas estruturais das empresas
- Regulamento (CE) Nº 1614/02, de 06 de Setembro, relativo às Alterações ao regulamento nº
2700/98, 2701/98 e 2702/98
- Regulamento (CE) Nº 1667/03, de 01 de Setembro, relativo às Derrogações a conceder
relativamente às estatísticas estruturais das empresas
11. Obrigatoriedade resposta
Sistema Estatístico Nacional (SEN) – Sim
Eurostat – Sim
12. Tipo operação estatística
13. Tipo de fonte(s) de informação
•
Procedimento administrativo:
Protocolos estabelecidos entre o INE e vários organismos do Ministério das Finanças
e da Administração Pública nomeadamente para a Declaração Anual e Modelo 3
(Anexo B)
IES – Informação Empresarial Simplificada (a partir de 2006)
•
Outra:
FUE – Ficheiro de Unidades Estatísticas
14. Periodicidade de realização da operação
Anual
15. Âmbito geográfico
País
16. Utilizadores da informação
Internos (ao SEN):
• INE:
Departamento de Estatísticas Económicas (DEE)
Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais (DES)
Departamento de Contas Nacionais (DCN)
Departamento de Metodologia e Sistemas de Informação (DMSI)
Banco de Portugal
Outras Unidades Orgânicas a pedido
Nacionais:
• Administração Pública: Central, Regional e Local
• Sociedades não financeiras (Empresas)
• Sociedades Financeiras
• Instituições ou Associações sem fins lucrativos
• Pessoas singulares (utilizadores individuais)
• Embaixadas
Comunitárias e Internacionais:
• Instituições da União Europeia (UE): EUROSTAT
• Organizações internacionais: ONU e OCDE
17. Data de início / Fim
Data de início: 1994-95
18. Produtos
Produtos a disponibilizar:
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Sujeito a tarifação:
Formato papel
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Sujeito a tarifação:
Formato papel
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Sujeito a tarifação:
Formato papel
Brochura:
Portugal em números
Anual
NUTSII
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Brochura:
Actividade económica
Anual
NUTSIII
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Destaque:
Empresas em Portugal
Anual
País
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Quadros e Indicadores
Anual
NUTSII /
Município
Não sujeito a tarifação:
Portal do INE
Quadros a pedido
Anual
Município
Sujeito a tarifação
Listagem de sociedades
(micro dados)
Anual
NUTSIII
Sujeito a tarifação
Ficheiro de micro dados
Anual
NUTSIII
Utilização interna
Orgânicas INE
Unidades
Ficheiro de micro dados
(anonimizados)
Anual
NUTSIII
Não sujeito a tarifação
Investigadores
Utilizadores
Tipo de produto
Periodicidade de
disponibilização
Nível
geográfico
Tipo de disponibilização
Publicação:
Empresas em Portugal
Anuário Estatístico de
Portugal
NUTSII
Associações
Empresariais,
Empresas e
Pessoas
singulares
Anuários Estatísticos
Regionais
Município
Anual
NUTSII
Anual
Anual
II. CARACTERIZAÇÃO METODOLÓGICA
19. População
A população do SCIE no ano n é constituída por todas as empresas que exercem pelo menos uma
actividade de produção de bens e/ou serviços durante o período de referência no total do País.
Excluem-se do âmbito, as empresas cuja actividade principal consiste na produção de bens da
agricultura, as actividades financeiras, de seguros e as entidades que não são orientadas para o
mercado, nomeadamente as unidades da Administração pública e defesa (excepto os Serviços
municipalizados), Segurança social obrigatória e as actividades associativas diversas.
A partir do período de 2007-2008, com a alteração da tabela de actividade económica para CAE
Rev.3, o âmbito de actividade económica considerado no SCIE compreende as empresas
classificadas nas secções A (excepto as divisões 01 e 02), B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M, N, P, Q,
R e S da CAE Rev.3.
Para além das restrições de actividade económica, o SCIE aplica também restrições de forma
jurídica considerando fora do seu âmbito as formas jurídicas 01 (excepto Serviços
Municipalizados), 02, 06 (excepto Serviços Municipalizados), 08, 10, 16, 60, 61, 62, 74, 75, 96 e
98, de acordo com a Classificação de forma jurídica, 2007 (FUE), Versão V01089.
No âmbito do SCIE, entendem-se por empresas todas as Sociedades, Empresários em nome
individual e Trabalhadores independentes, que estão nas condições acima enumeradas. Neste
contexto e no âmbito do SCIE, o conjunto dos Empresários em nome individual e Trabalhadores
independentes passam a designar-se por Empresas individuais.
Genericamente, a população de empresas activas de um determinado ano n é construída a partir
do cruzamento e análise das seguintes fontes de informação:
1. Apropriação de dados administrativos;
2. Ficheiro de Unidades Estatísticas (FUE) da responsabilidade do INE, que abrange a totalidade
das Sociedades e dos Empresários em nome individual no País.
Relativamente à apropriação de dados administrativos consideram-se empresas economicamente
activas, no período de referência, todas as unidades que apresentam Total de custos e proveitos
com valor diferente de zero para as Sociedades e Volume de negócios diferente de zero para as
Empresas individuais.
Após a apropriação dos dados administrativos e respectivo cruzamento com a imagem do FUE
verifica-se que existe um conjunto de empresas que apesar de não constarem nos dados
administrativos encontram-se activas no Ficheiro de Unidades Estatísticas, contribuindo para o
total da economia, passando por isso a fazer parte da população do SCIE.
20. Base de amostragem
Não aplicável.
21. Unidade amostral
Não aplicável.
22. Unidade(s) de observação
Empresa
23. Desenho da amostra
Não aplicável.
24. Desenho do questionário
Não aplicável.
25. Recolha de dados
A informação de base é recolhida por via administrativa, nomeadamente através da Informação
Empresarial Simplificada (IES), criada pelo Decreto-Lei nº 8/2007, de 17 de Janeiro de 2007.
A recolha de dados, atualmente em vigor, para este estudo estatístico é realizada através das
fontes de informação referidas no item 13 e tem por base informação contabilística e de pessoal
ao serviço, como se discrimina de seguida:
a. IES – Informação Empresarial Simplificada:
i. Anexos A, B, C, D e I - EIRL – Sociedades
ii. Anexo I – Empresas individuais com contabilidade organizada
b. Protocolos estabelecidos entre o INE e vários organismos do Ministério das Finanças:
i. Modelo 3 (Anexo B) – Empresas individuais sem contabilidade organizada
c. FUE – Ficheiro de Unidades Estatísticas
As principais variáveis apropriadas são nomeadamente variáveis contabilísticas provenientes do
Balanço e da Demonstração dos Resultados, bem como o pessoal ao serviço, remunerado e não
remunerado, a tempo completo e parcial e horas trabalhadas pelo pessoal ao serviço.
26. Tratamento de dados
Os dados de base para este estudo estatístico são recebidos através da apropriação de dados
administrativos e são à priori submetidos a um vasto conjunto de regras de validação que no caso
de não serem respeitadas impossibilitam a entrega da IES / DA. Desta forma, está garantida a
coerência da informação recebida em cada quadro e simultaneamente entre os vários quadros de
acordo com o Plano Oficial de Contabilidade em vigor.
Para além das validações automáticas, mencionadas anteriormente, os dados recebidos são
submetidos a diversas análises de carácter qualitativo com especial incidência para as empresas
de grande dimensão que possam influenciar a qualidade dos resultados finais.
Todos os dados são submetidos a comparações do ano n com o ano n-1 dando especial atenção
às possíveis mortes e nascimentos de empresas, assim como a, mudanças de actividade, de
região, escalões de pessoal ao serviço, volume de negócios e forma jurídica. Sempre que se
justifique as empresas são contactadas para prestar esclarecimentos adicionais, que podem ou
não dar origem a correcções pontuais, de forma a garantir a qualidade estatística da informação
estatística a disponibilizar.
O tratamento dos dados, nas suas várias etapas, é basicamente efectuado através do software
“Statistical Analisys System (SAS) e de ficheiros em formato Excel e Access.
27. Tratamento de não respostas
Não aplicável.
28. Estimação e obtenção de resultados
Os resultados do SCIE são obtidos através de um vasto conjunto de variáveis construídas a partir
da apropriação dos dados administrativos, ao abrigo dos protocolos estabelecidos entre o INE e o
Ministério das Finanças e da Administração Pública e, conjuntamente a partir do ano de 2006, da
Informação Empresarial Simplificada (IES).
Numa 1ª fase, é construído um ficheiro de base a partir das fontes de informação indicadas no
item 25, ao qual são aplicadas as restrições descritas no item 19. Este ficheiro de base conta
principalmente com as variáveis de caracterização CAE, NUTS, FJR, NPS e VVN. Em
determinadas fontes de informação a variável NPS é desconhecida pelo que o seu valor será
estimado mais tarde.
Numa 2ª fase, é definido o conjunto de variáveis económicas, a juntar às variáveis de
caracterização, para cada empresa em função do Anexo A da Declaração Anual, para o período
2004-2005 e do Anexo A da IES para o período pós 2006.
Com a entrada em vigor da Informação Empresarial Simplificada em 2006, o SCIE passou a
contar com um maior número de variáveis, contudo os métodos utilizados, para estimativa das
variáveis em falta, baseiam-se nos mesmos princípios desde o ano de 2004.
Para as empresas que declaram as suas contas anuais à Administração Fiscal através do Anexo
A, a sua resposta depois de devidamente validada, é directamente utilizada na sua totalidade pelo
SCIE.
Nos casos de declaração de contas através de outros modelos fiscais, a resposta da empresa é
sempre um subconjunto da informação contida no Anexo A e também aqui directamente utilizada
pelo SCIE. As restantes variáveis do Anexo A, inexistentes nos outros modelos fiscais, são
consideradas variáveis em falta no SCIE e os seus valores obtidos através de estimativas de
acordo, simultaneamente como a sua natureza jurídica e o respectivo modelo fiscal.
1. Sociedades
Respostas ao Anexo D, I (EIRL) da Declaração Anual (2004-2005) e da IES (após 2006)
As empresas que respondem ao Anexo D ou I (EIRL) apresentam as suas contas de uma forma
mais agregada que o anexo A pelo que são utilizadas as respostas das empresas para as
variáveis coincidentes com o Anexo A e realizadas estimativas para todas as variáveis que
existem no Anexo A e não fazem parte do Anexo D ou I (EIRL).
O método utilizado para a realização destas estimativas consiste em obter o desdobramento das
variáveis contabilísticas agregadas do Anexo D ou I (EIRL), a partir das variáveis definidas para o
SCIE observadas no Anexo A.
Suponhamos que o significado da variável
X
e
do anexo D ou I (EIRL) corresponde à soma das
variáveis
Y
1
e
Y
2
observadas no Anexo A. Se obtivermos o resultado das somas das variáveis
Y
1
s
e
Y
2
s
para as empresas onde aquelas variáveis são observadas (Anexo A), consideramos
que o valor para a determinada variável em falta denominada de
Y
1
e
é dado por:
Y
1
e
= X
e
* (
∑ = n 1 iY
1
s
/
∑ = n 1 i( Y
1
s
+ Y
2
s
)
onde
:
e = variável na empresa
s = variável no estrato
i = 1, …, n representa as empresas com variáveis do SCIE observadas e que pertencem ao
mesmo estrato do Anexo D ou I (EIRL) para a qual se pretende estimar as variáveis.
Os estratos são definidos em função dos escalões de CAE e VVN. É possível que para algumas
empresas do Anexo D ou I (EIRL), não existam empresas com valores observados exactamente
para o mesmo estrato do Anexo A. Por este facto, aplica-se um processo interactivo, a partir do
cruzamento de todos os escalões de CAE e de VVN, de forma a garantir exaustividade na
estimação das variáveis.
Respostas ao Modelo 22 (Anexo B)
As empresas que estão obrigadas a declarar as suas contas anuais através do Modelo 22 (Anexo
B) são sujeitos passivos tributados pelo regime simplificado de determinação do lucro tributável,
pelo que declaram muito pouca informação comparativamente com o Anexo A. No âmbito do SCIE
é utilizado o valor da variável Volume de Negócios (VVN) observado na resposta da empresa ao
Modelo 22 (Anexo B) para efectuar as estimativas necessárias ao cálculo das variáveis em falta
comparativamente com o Anexo A.
O método consiste na determinação do peso de determinada variável observada no Anexo A, no
peso do VVN do Anexo A, no estrato em que a empresa se insere no SCIE, ao nível da
estratificação mais detalhado. Este peso é aplicado ao valor de VVN observado na resposta da
empresa ao Modelo 22 (Anexo B), permitindo assim uma estimativa para a variável em falta.
Para um dado estrato, definido em função do estrato do SCIE ao nível mais detalhado,
considera-se que
X
s
representa o total do VVN do anexo A daquele estrato. Representando determinada
variável do anexo A por
Y
s
, então o peso é obtido por
∑= n 1
i
(
Y
s
/
X
s
).O valor de VVN observado
no Modelo 22 (Anexo B) é representado por
X
e
e qualquer variável em falta do Modelo 22 (Anexo
B) é representada por
Y
e
para cada empresa sendo estimada por:
Y
e
= X
e
*
∑ = n 1 i( Y
s
/ X
s
)
onde
:
e = variável na empresa
s = variável no estrato
i = 1, …, n representa as empresas com variáveis do SCIE observadas e que pertencem ao
mesmo estrato do Modelo 22 (Anexo B) para a qual se pretende estimar as variáveis.
Quanto mais detalhado for o nível de estratificação utilizado para a estimativa dos valores
individuais da empresa, mais próximo da realidade estarão os valores estimados. No entanto, em
algumas situações as respostas a recuperar resultam de empresas que estão isoladas no
respectivo estrato. Nestas situações procede-se a um alargamento progressivo dos estratos, a
partir do cruzamento entre todos os escalões de CAE e de VVN, na medida suficiente para obter
valores para as variáveis em falta no SCIE.
Empresas recuperadas a partir do FUE
Após apropriação dos dados administrativos constata-se, através do cruzamento entre as
empresas que declaram as suas contas anuais à Administração Fiscal e as empresas activas no
FUE, que existe algum desfasamento.
Considerando que as empresas activas no FUE contribuem para o total da economia nacional,
apesar de não terem declarado as suas contas anuais à Administração Fiscal, o SCIE integra-as
na sua população, de acordo com as restrições descritas anteriormente no item 19.
Contudo, para estas empresas as únicas variáveis disponíveis no FUE são o valor do Volume de
Negócios (VVN) e do Número de Pessoas ao Serviço (NPS) pelo que todas as outras variáveis
são consideradas em falta e por isso objecto de estimativa de acordo com os seguintes
procedimentos:
a. A empresa é obrigada a declarar as suas contas anuais à Administração Fiscal e, não o
fez em tempo útil, relativamente ao calendário de execução do SCIE, então é recuperada
através do Ficheiro de Unidades Estatísticas e as suas variáveis estimadas em função do
seu valor de Volume de Negócios.
b. A empresa não é obrigada a declarar as suas contas anuais à Administração Fiscal, como
por exemplo, o caso dos Serviços Municipalizados, e faz parte do âmbito do SCIE, então
os seus dados são recuperados através do registo dos respectivos relatórios e contas.
Para os casos das empresas indicadas no ponto a. se os valores para as variáveis em falta
obtidos, através da aplicação de estimativas, com base no Volume de Negócios causa um grande
impacto nos resultados finais do SCIE e existe resposta da empresa para o ano n-1, então
considera-se que essa estimativa não é razoável e utilizam-se os dados resposta de n-1.
2. Empresas Individuais
Respostas ao Anexo I
As empresas individuais com contabilidade organizada são obrigadas a declarar as suas contas à
administração fiscal através do Anexo I, contudo como se trata de informação de carácter
individual o INE tem acesso a estes dados através dos protocolos estabelecidos entre o INE e o
Ministério das Finanças e da Administração Pública em dois formatos distintos:
1. Demonstração dos Resultados e Balanço anonimizados
2. Volume de Negócios não anonimizado
Entenda-se por dados anonimizados aqueles que são identificados com um número sequencial
que não permite fazer qualquer tipo de cruzamento com nenhuma outra fonte de informação. De
acordo com o modelo fiscal em causa, o INE recebe para cada empresa individual uma
Demonstração dos Resultados e um Balanço bastante simplificados comparativamente com o
Anexo A, que é sempre o ponto de partida do SCIE.
Para além dos dados económicos, referidos acima, recebe-se ainda alguma informação de
caracterização, permitindo classificar estas empresas ao nível da actividade económica, região em
que se inserem e forma jurídica que possibilita a distinção entre Empresários em Nome Individual
e Trabalhadores Independentes.
Para obter resultados para estas empresas o SCIE utiliza o valor de Volume de Negócios
observado que recebe identificado com Número de identificação fiscal e de acordo com as
variáveis em falta, definidas para o SCIE, a partir do Anexo A utiliza dois tipos de dados:
1. Dados anonimizados do Anexo I, como estrutura de apoio às estimativas para o cálculo das
variáveis económicas da Demonstração dos Resultados e do Balanço em falta para as
empresas identificadas com Número de identificação fiscal.
O método consiste na determinação do valor médio, para cada estrato, das variáveis da
Demonstração dos Resultados e do Balanço observadas nos dados anonimizados do Anexo I.
Para um dado estrato, definido em função do estrato do SCIE, ao nível mais detalhado,
considera-se que
Z
s
representa o valor médio da variável observada no Anexo I
(anonimizado). Representando qualquer variável da Demonstração dos Resultados ou do
Balanço do Anexo I, para cada empresa, a mesma é estimada por:
Z
e
= média (
∑ = n 1 iZ
s
)
onde
:
e = variável na empresa
s = variável no estrato
i = 1, …, n representa as empresas com variáveis do SCIE observadas e que
pertencem ao mesmo estrato do Anexo I para a qual se pretende estimar as variáveis.
Em algumas situações as respostas utilizadas para a construção da estrutura de apoio às
estimativas resultam de empresas que estão isoladas no respectivo estrato. Nestas situações
procede-se a um alargamento progressivo dos estratos, a partir do cruzamento dos escalões
de CAE, NUTSII e VVN, na medida suficiente para obter variáveis do SCIE observadas.
2. Respostas ao Anexo A para obter o desdobramento das variáveis contabilísticas agregadas
do Anexo I, que foram estimadas com base na média do estrato dos dados anonimizados, de
acordo com a descrição no ponto anterior, a partir das variáveis da Demonstração dos
Resultados e Balanço observadas.
Suponhamos que o significado da variável
X
e
do Anexo I corresponde à soma das variáveis
Y
1
e
Y
2
observadas no Anexo A. Se obtivermos o resultado das somas das variáveis
Y
1
s
e
Y
2
s
para as empresas onde aquelas variáveis são observadas (Anexo A), consideramos que
o valor para a determinada variável em falta denominada de
Y
1
e
é dado por:
Y
1
e
= X
e
* (
∑ = n 1 iY
1
s
/
∑ = n 1 i( Y
1
s
+ Y
2
s
)
onde
:
e = variável na empresa
s = variável no estrato
i = 1, …, n representa as empresas com variáveis do SCIE observadas e que
pertencem ao mesmo estrato do Anexo I para a qual se pretende estimar as variáveis.
Os estratos são definidos em função dos escalões de CAE, VVN e Custos com pessoal. É
possível que para algumas empresas do Anexo I, não existam empresas com valores
observados exactamente para o mesmo estrato do Anexo A. Por este facto, aplica-se um
processo interactivo, a partir do cruzamento dos escalões de CAE, VVN e Custos com o
pessoal, de forma a garantir exaustividade na estimação das variáveis.
Respostas ao Modelo 3 (Anexo B)
O Modelo 3 (Anexo B) é de resposta obrigatória para as empresas individuais sem contabilidade
organizada. Por se tratar de informação de carácter individual, à semelhança das empresas
individuais com contabilidade organizada, o INE recebe estes dados em dois formatos:
1. Variáveis de rendimentos e encargos anonimizados
2. Volume de Negócios não anonimizado
Para obter resultados para estas empresas o SCIE utiliza o valor de Volume de Negócios
observado que recebe identificado com Número de identificação fiscal e de acordo com as
variáveis em falta, definidas para o SCIE, a partir do Anexo A utiliza dois tipos de dados:
1. Dados anonimizados do Anexo I, como estrutura de apoio às estimativas para o cálculo das
variáveis económicas da Demonstração dos Resultados. Uma vez que as empresas em causa
não são obrigadas a ter contabilidade organizada, no âmbito do SCIE, assumiu-se que não faz
sentido realizar estimativas para as variáveis de Balanço.
O método consiste na determinação do peso de determinada variável observada no Anexo I,
no peso do VVN do Anexo I, no estrato em que a empresa se insere no SCIE, ao nível da
estratificação mais detalhado. Este peso é aplicado ao valor de VVN observado na resposta
da empresa ao Modelo 3 (Anexo B), permitindo assim uma estimativa para cada variável em
falta.
Para um dado estrato, definido em função do estrato do SCIE ao nível mais detalhado,
considera-se que
X
s
representa o total do VVN do anexo I daquele estrato. Representando
determinada variável do anexo I por
Y
s
, então o peso é obtido por
∑= n 1
i