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GRUPO DE TRABALHO 5 TRABALHO: TRANSFORMAÇÕES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES O FIM DA CRISE DO SINDICALISMO CUTISTA

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GRUPO DE TRABALHO 5

TRABALHO: TRANSFORMAÇÕES, DESAFIOS E

POSSIBILIDADES

O FIM DA CRISE DO SINDICALISMO CUTISTA

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2 O FIM DA CRISE DO SINDICALISMO CUTISTA.1

Katya Picanço. 2

Resumo

Este texto corresponde às conclusões do trabalho de doutoramento, e que tratou das transformações na ação coletiva, mais especificamente do sindicalismo cutista, frente à ideologia neoliberal e ao desemprego. Estes dois aspectos característicos da etapa de Capitalismo Tardio, quando a valorização do capital é limitada impulsionaram a formação de um exército industrial de reserva adequado às transformações que vão ocorrendo no trabalho. Junto a isto, houve também o desenvolvimento de uma ação sindical mais adaptada ao status quo que esteve voltada à defesa de reivindicações mais setoriais como é Participação dos Lucros e Resultados. A formação desta ação mais adaptado e setorial permitiu que se observasse o fim do que se chamou na literatura especializada, da crise do sindicalismo cutista. Para chegamos a esta conclusão, analisamos todos os cadernos de resolução dos congressos nacionais da CUT, desde a sua fundação até o seu nono congresso. Desta foram, buscamos entender a dinâmica da crise, dentro da materialização de uma reivindicação que justificou a ação minimalista do sindicalismo cutista. Ao observamos o fim da crise, notamos que a ação cutista não se manifesta como uma ação de caráter societal, pois as conquistas que vêm se efetivando, está ocorrendo em uma etapa regressiva dos direitos, no plano de uma regressão dos direitos e das reivindicações. São conquistas, minimalistas, setoriais, que se inscrevem na manifestação superestrutural do período regressivo do capitalismo.

Preso à minha classe e a algumas roupas Vou de branco pela rua cinzenta Melancolias, mercadorias, espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Carlos Drumonnd de Andrade. 3

A ação social é o movimento que configura e que, ao mesmo tempo, limita a constituição da sociedade. E a razão de ser do social se forma tanto com as vontades individuais, mas imediatamente coletivas e sociais. Ao serem determinadas pela visão de mundo, pelo senso comum dominante, elas podem ser influenciadas, de maneira periférica, pelas ideologias autênticas (GRAMSCI, 1984) que buscam romper com o status quo dominante.

Compreender a constituição da ação social corresponde ao entendimento das relações entre as classes e das determinações que se estabelecem entre a estrutura e a superestrutura. A produção da mercadoria e a sua fetichização marcam este processo de objetivação do indivíduo e deste dentro das relações de classe. Estas objetivações – pragmáticas, individualistas e consumistas – se realizaram no plano do acesso às mercadorias disponíveis para sua classe e, assim, para sua realização pessoal.

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Este texto é parte da tese de doutoramento da autora.

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Doutora em Sociologia pela UFPR e professora de Sociologia da Faculdade Cenecista de Campo Largo.

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No final do século XX a edificação da ideologia neoliberal, buscou exacerbar o prazer individual, confundido com realização pessoal, em detrimento da concretização humanizadora no sentido marxiano, o que correspondeu no plano das relações sociais e da ação coletiva, a uma regressão em termos de conquistas materiais e de direitos trabalhistas.

Observar as manifestações destas regressões - o desemprego, as privatizações, o desemprego massivo, a precariedade dos serviços, diminuição dos postos de trabalho – permitiu entender como seu desenvolvimento foi ocorrendo em meio à crise crescente do modo de produção. Em uma conjuntura de retrocessos, a aceitação ideológica, ou melhor, o consentimento gramsciano, passou a ser a manifestação superestrutural da própria dinâmica social, quando a conquista material, também se manifestou diminuta e fragmentada.

Essas manifestações, características desta etapa de desenvolvimento social, formaram dentro da unidade produtiva e da formação social, uma tensão entre o que é real – a regressão material - e o que é possível – as conquistas localizadas e/ou individuais.

Ao mediar esta tensão, entre o real e o possível, a ideologia se revelou perversa e destruidora de direitos, colocando os trabalhadores frente a um consumo reificado e a uma propaganda milenarista e neoliberal de que única saída material e superestrutural ocorreria no plano do mercado. Assim, a desestabilidade individual crescente, via o desemprego, aumentou o processo enunciado acima – via um pragmatismo e consumismos prementes e a uma constante ilusão fetichizadora da realização individual. Os descréditos com as saídas coletivas contrariamente às saídas individualistas, tornam-se comuns e banais via a atenção midiática. 4

Assim, ao partimos da hipótese geral de que as dificuldades que as saídas coletivas passaram a enfrentar, englobaram a ação sindical, como uma das suas manifestações e a atingiu na totalidade. A ação sindical foi assim – em todos os seus matizes5 - foi definida como em crise (ALVES, 1998)

Para entender como esta crise e como o seu desenvolvimento ocorreu no interior do sindicalismo cutista brasileiro, foi necessário revisitar a noção de crise dentro da Sociologia. E assim, observamos que genericamente, nos estudos sociológicos enciclopédicos, a crise aparece como uma interrupção de algo em movimento. Diferentemente, neste texto, a crise significou a constituição do movimento, da mudança para uma outra forma manifesta desta ação.

Esta crise ao ser entendida como uma amostra da dinâmica constituidora da ação e não como sua interrupção, como um elemento de mudança da ação coletiva e sindical e não como sua

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Os reality’s shows, os programas televisivos bizarros, as violências desmedidas – o trafico dos seres humanos gera mais lucro que o tráfico de drogas, - são expressões extremados deste cotidiano.

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Estas se apresentam como padrão modelar – aglutinador, organizar e massivo. O que pôde ser encontrado, relativamente, nas várias vertentes sindicais: do trade unionism inglês, da social-democracia européia, do sindicalismo liberal norte americano e do sindicalismo corporativo latino americano.

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4 finitude, sugeriu à análise sobre a crise do sindicalismo cutista em particular, o desenvolvimento de uma ação coletiva diferenciada.

Esta, foi por sua vez, consubstanciada na ideologização sobre a falta de saídas, quando houve dentro da etapa tardia de desenvolvimento social a intensificação do ritmo, do tempo e da quantidade do trabalho. Houve também a diminuição do emprego, dos direitos e uma repressão ideológica sobre a ação coletiva.

Formada dentro da crise do sindicalismo, esta ação deixou de ser uma realidade de dificuldades tradicionais das organizações sindicais – pouca organização na base, burocratismo, dificuldade no encaminhamento das propostas, cooptação e adaptação aos aparatos. Passou a ser uma transição dentro da crise da ação coletiva e, portanto com um aumento expressivo e diferenciado dos problemas tradicionais do sindicalismo. Mais do que isso, esta ação sindical diferenciada, foi permitindo uma adaptação ao aparato estatal que dentro desta etapa de direitos sociais regressivos, implicou em uma outra forma de ação, que finalizou a crise da Central Única dos Trabalhadores - CUT.

Esta forma de atuação diferente não correspondeu a composição de uma ação social democrata dentro da CUT. Isto porque, a crise social, que é relativa à crise do modo de produção - dificuldade de realização valorativa do capital - impediu que os ganhos sociais se ampliassem. No interior desta dinâmica, a CUT se tranforamou e passou a conformar uma mobilização que não agregou ganhos materiais significativos. Quando o fez, como apontaremos mais adiante, será sempre um ganho condicionado à negociação.

Esta afirmação corresponde a análise da mudança da CUT, de confrontacionista para institucional, o que implicou em observar que a a participação foi:

- ao longo dos anos – de 1988 até 2006 - nos espaços institucionais e fóruns tripartites;

- no governo de Luís Inácio Lula da Silva – tanto na efetiva participação de sindicalistas como Luiz Marinho – ex presidente da CUT, como na defesa do governo contra ofensivas oposicionistas;

- na aceitação do processo final da lei de reconhecimento das Centrais, que implicou em concordar em realizar o controle sobre as Centrais Sindicais, via o próprio movimento; e dentro deste aspecto, não houve um rompimento com o caráter controlador da estrutura sindical oficial. - nas negociações relativas à Participação nos Lucros e Resultados, a PLR, que passaram a ser entendidas no sindicalismo cutista como um ganho material, como indicam as greves e negociações que se realizam dentro das categorias e por locais de trabalho.

Uma ressalva analítica é importante: a crise de direção do movimento operário e sindical não corresponde a uma falta de projetos políticos ou de líderes carismáticos, mas sim a uma

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manifestação superestrutural de aceitação e consentimento da ideologia neoliberal pari passu à intensificação do trabalho e do desemprego estrutural6.

Sendo assim, o sindicalismo cutista, uma manifestação da ação coletiva, ao não romper com a estrutura do Estado, buscou o reconhecimento legal, passando a participar e defender o governo Lula e a acionar sindicalmente a defesa da PLR como um ganho material.

Ao participar do Governo Lula e defendê-lo, a CUT ampliou a confiança na ampliação de uma ação governamental capaz de avalizar uma política de participação e de garantia de universalidade. Esta convicção política permitiu que no 8º. Concut esta política se expressasse internamente como uma estratégia, que diferenciada em relação a outros governos, deu confiabilidade ao Governo Lula:

Que, não pode ser a mesma utilizada nos governos anteriores. É possível afirmar que esta vitória tem uma dimensão histórico-universal. Em todo o período republicano, nunca o Brasil foi dirigido por forças tão nitidamente identificadas com as lutas populares. O país já teve alguns governos de viés progressista, mas só agora um núcleo de esquerda, forjado na luta contra a ditadura e na resistência ao neoliberalismo, chega ao Palácio do Planalto. Além desta dimensão histórica, a vitória tem alcance mundial, com profundos reflexos, em especial, no continente latino-americano. (CUT.8º. Concut, 2003, p.11).

Ou ainda, com uma política de unidade no apoio ao Governo, a CUT indicava a possibilidade de superação da política neoliberal - como uma conquista social – via o diálogo:

Consideramos o governo Lula uma conquista dos setores que historicamente lutaram pela democratização do Estado e das relações de trabalho, e com o qual se podem estabelecer relações e negociações transparentes, tendo os interesses dos trabalhadores devidamente considerados. Desse modo, a CUT deve dialogar com o governo no debate concreto do projeto alternativo e utilizar sua capacidade de mobilização para pressionar desde a base sindical e setores amplos da sociedade civil para que tal projeto se realize, fortalecendo-se cada vez mais diante dos governos nacional, estadual e municipal, pavimentando um campo de pressão popular para se contrapor ao brutal cerco das elites neoliberais. (CUT. 8º. Concut, 2003, p.13).

Nessa mesma direção, seguem-se estas outras manifestações de apoio e confiança no governo Lula:

O nosso apoio à candidatura Lula durante o processo eleitoral e o nosso compromisso, ao lado de outros setores da sociedade, com o seu projeto político não devem ser entendidos como superação de diferenças com setores que historicamente se opõem à CUT. Por outro lado, nossa disputa com o capital e seus representantes não pode servir de pretexto para se criar, a priori, antagonismos com o novo governo. A disputa de hegemonia é um processo em permanente construção, em todos os espaços sociais. O governo tem apontado para uma governabilidade ampliada na qual, para além dos apoios alcançados no Congresso

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A aceitação da ideologia neoliberal, se dá porque a base social que ela atinge, - os trabalhadores estáveis, a classe média alta e a massa daqueles que vivem sob a tutela do Estado – via os auxílios governamentais, confiam nos processo de institucionalidade desta individualização. É a realização cabal do liberalismo individualista do século XVII, após anos de lutas coletivistas (e até socializantes) nos séculos XIX e XX.

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Nacional, se conquiste o apoio da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais e populares que fazem parte do campo democrático-popular. Consideramos que, para tanto, o governo deve anunciar claramente a transição para um projeto nacional e popular.(CUT. 8º. Concut, 2003, p.13).

Neste mesmo Concut, as afirmações demonstraram que o movimento sindical se viu constrangido diante da nova conjuntura neoliberal. Sem outras referências clássicas ou da origem da CUT - de oposição e confronto com o capital, a participação institucional foi substituindo a defesa da ação como oposição. As alternativas que passaram a ser apresentadas nos Concuts envolviam a participação e apoio ao governo e defesa da institucionalidade.

Foi assim que no 9º. Concuts a justificativa de uma política de influências, de ganhar posições dentro da estrutura, foi estabelecendo os limites para a formação de um sindicalismo adaptado:

A polarização – na qual a CUT tem um lado bastante óbvio – tende a crescer ainda mais, conforme se aprofundam as contradições na experiência deste Governo de origem popular. Ela se dá entre os que defendem que a governabilidade se estabelece pelo cumprimento das exigências do capital financeiro internacional e aqueles setores que defendem que há de se buscar uma nova governabilidade baseada na participação popular, na mobilização social e no atendimento às necessidades emergenciais do povo brasileiro, retirando renda do capital que parasita o Estado. Uma agenda dos trabalhadores para alterar o perfil das políticas públicas em nosso país – além de sua necessária democratização – deve ser baseada na busca de uma política de valorização permanente do salário mínimo; na redução da jornada de trabalho sem redução de salários;na recomposição do orçamento público destinado aos investimentos sociais, com a necessária diminuição do superávit, atendendo aos anseios emergenciais da população. (Cut. 9º. Concut, 2006, p.21)

Tais resultados implicariam na busca por uma maior participação, que já ocorria através da ocupação de espaços institucionais e da presença de ex-sindicalistas no governo Lula. Elas só seriam intensificadas, no entanto, com uma institucionalização da ação, quando, no plano superestrutural, a CUT deixou de ser uma dificuldade política e passou a ser um ajuste político para as mudanças e efetivação do controle sobre os trabalhadores.

Este ajuste foi à oficialização da lei de reconhecimento das Centrais Sindicais, Lei 11648 087. O contexto de criação desta lei envolveu acordos entre o governo e as Centrais, que levou às discussões tripartites coordenada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego - MTE, no Fórum Nacional do Trabalho - FNT. Entre 2004 e 2007 foram realizados os “contratos” e os ajustamentos necessários para dar o significado, ao ajuste legal, esperado pelo movimento

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A Lei de Reconhecimento das Centrais – 11 648/08, publicada no diário oficial no dia 31 de março de 2008. O reconhecimento das Centrais de acordo com os requisitos expressos nos artigos, passará por uma certificação estabelecida a partir dos dados do MTE e repassada para as Centrais. A lei previu que uma outra regulamentação sobre a contribuição sindical seria estabelecida somente após normatização legal e organização dos trabalhadores. Desta forma a contribuição sindical criada pela CLT de 1943 seria mantida.

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sindical e pelo governo. Esta adequação converteu a constituição da Lei na sedimentação ideologizante do processo final da crise de adaptação do sindicalismo cutista.

E assim sendo a promulgação da Lei 11 648/08 correspondeu dentro da ideologização neoliberal – negociações, renovação da estrutura e controle pelo próprio movimento - à acomodação CUT ao aparato estatal. Com esta Lei, as regras arroladas criaram um outro mecanismo de controle sobre a atuação da Central – que são os requisitos legais para aferição da representatividade, apresentado no segundo artigo da lei:

Art. 2o Para o exercício das atribuições e prerrogativas a que se refere o inciso II do caput do art. 1o desta Lei, a central sindical deverá cumprir os seguintes requisitos:

I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País; II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada uma; III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e

IV - filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.

Ainda que possam existir acordos em relação às centrais que não estarão em dia com os requisitos e que estarão por fora do aparato legal, como também prevê a Lei, a desigualdade de tratamento será de caráter político:

1o O critério de proporcionalidade, bem como a possibilidade de acordo entre as centrais, previsto no caput deste artigo não poderá prejudicar a participação de outras centrais sindicais que atenderem aos requisitos estabelecidos no art. 2o desta Lei.

§ 2o A aplicação do disposto no caput deste artigo deverá preservar a paridade de representação de trabalhadores e empregadores em qualquer organismo mediante o qual sejam levadas a cabo as consultas.

No seu quarto artigo, a indicação do papel normatizador do Ministério do Trabalho é cabal via a advertência expressa no primeiro parágrafo deste artigo: “O Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, mediante consulta às centrais sindicais, poderá baixar instruções para disciplinar os procedimentos necessários à aferição dos requisitos de representatividade, bem como para alterá-los com base na análise dos índices de sindicalização dos sindicatos filiados às centrais sindicais”

E no seguimento deste artigo, encontramos a seguinte recomendação: “Ato do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego divulgará, anualmente, relação das centrais sindicais que atendem aos requisitos de que trata o art. 2o desta Lei, indicando seus índices de representatividade.” 8

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8 Aparentando uma relação mais ágil e dinâmica, assumindo uma aura de neutralidade que perseguem as regras institucionais na democracia representativa, com esta lei, as centrais com maior poder de organização vão ser as centrais reconhecidas e que irão junto com o MTE realizar o controle sobre o movimento sindical.

Qual é a questão, portanto?

O Estado passou a ser mínimo, as cláusulas contratuais estão rebaixadas, a agenda sindical se modificou, o desemprego estrutural permaneceu, e a CUT se institucionalizou. E além deste quadro, a CUT através dos seus sindicatos, foi desenvolvendo um sindicalismo mais fragmentado e reduzido. Mesmo com sua postura de defesa da unidade com os movimentos sociais, o que prevalece é a individualização sindical, pois esta defesa ocorreu com ações superestruturais que atraem atenção, mas não dão continuidade, nem estabelecem com as situações concretas na ação dos movimentos sociais em geral, uma ligação política efetiva.

Deste modo a CUT, ao concordar com a Lei de Reconhecimento, como um poder normativo, repete em um plano estrutural, o que vêm acontecendo no cotidiano dos locais de trabalho: a defesa de conquistas possíveis, negociáveis para algumas categorias. Isto é, as centrais mais organizadas e reconhecidas negociarão com o governo e com o empresariado.

Como no processo produtivo o controle sobre o trabalho passou a ser realizado pelo próprio trabalhador, através da adoção de metas, vinculadas, por exemplo, à PLR. No movimento sindical, o controle será efetuado pelos próprios dirigentes sindicais via a aferição dos requisitos legais.

O controle sobre o sindicalismo realizado pelo Estado burguês permaneceu mesmo com todas as mudanças que ocorreram no âmbito das relações superestruturais no domínio da Constituição de 1988 9 (BOITO JR, 2002).

E desta forma assumiu a aparência de uma manifestação democrática, de participação e consentimento, coroando as decisões do FNT como se elas representassem o máximo de participação entre as classes no âmbito de um regime democrático das relações trabalhistas.

Esta participação não produziu ações aglutinadoras e massivas, pois o sindicalismo cutista atuou fragmentado, ora visando – através de proclamações - a unidade com o movimento social em geral, ora tentado apoiar as ações do governo. No processo de sua identificação política e ideológica com o Governo Lula, fez o que se espera da base sindical de apoio ao governo,

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Além disso, o neoliberalismo não vêm atuando de maneira tão repressora como foi o governo Thatcher na Inglaterra dos anos 90, ou ainda como o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, contra os Petroleiros em greve nacional. Isso, sem observar a atuação deste mesmo governo, na greve das Universidades Federais, em 2001, quando o então Ministro da Educação, Paulo Renato, cortou o pagamento dos professores, durante 90 dias.

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cumprindo o seu papel de Central, como um negociador constante, e que atuava no plano superestrutural:

Ampliar o papel negociador da CUT consiste, também, que a Central exerça de fato seu papel de coordenação, proposição e mobilização de Campanhas Salariais Unificadas, articulando os diversos setores/categorias para a construção de uma pauta comum a ser composta por quatro itens básicos: limitação de hora extra, pisos salariais nacionais, direito à informação mensal de emprego e salário por empresa e organização no local de trabalho. Além disso, é estratégico articular setores e categorias que têm salário médio próximo ao salário mínimo, entre elas, o comércio, a construção civil, as trabalhadoras domésticas e os servidores públicos municipais; visando conquistar pisos nacionais superiores ao salário mínimo. Constituir e consolidar espaços efetivos de negociação das relações de trabalho no setor público, nas três esferas de governo é outra meta importante da Central. ( CUT. 9º. Concut. 2006, pp.46-47).

Nessa mesma direção apresentada acima, os sindicatos cutista e a CUT promoveram ações e manifestações superestruturais. A defesa de negociações e acordos vai caminhar para a defesa da PLR como reivindicação, como indicaram as resoluções abaixo:

Atualizar o debate sobre Acordo/Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, para concretizá-lo como eixo de organização e mobilização das categorias. Por fim, a direção da CUT deverá elaborar uma estratégia dentro de seus princípios para orientação dos sindicatos filiados no que concerne a negociação de Participação nos Lucros e Resultados – PLR, levando em conta, entre outros, a luta pela Organização por Local de Trabalho - OLT, a transparência e divulgação de informações por parte das empresas aos sindicatos; a tomada de decisões por assembléias de trabalhadores(as) sobre objetivos e metas dos acordos, além de taxa negocial. (CUT.9º. Concut. 2006, pp.46-47.)

Paradoxalmente foram os processos combinados de flexibilização e da crise do sindicalismo que modificaram o padrão das campanhas salariais, das negociações e acordos coletivos. A dinâmica participacionista encontrou na flexibilização em geral o espaço negociador necessário para a execução desta ação. Segundo Krein (2006) esta alteração pode ser demonstrada com a diminuição quantitativa de cláusulas na pauta de reivindicações, o que foi segundo ele indicativo de uma regressão em termos dos direitos trabalhistas. Ele observou também que esta tendência, ao corresponder à lógica da flexibilização, ocorreu mesmo quando houve a manutenção numérica ou até um acréscimo das cláusulas. Um dos exemplos desta realidade, que oscila – para o rebaixamento como para um acréscimo relativo - na organização do ajuste nos acordos e negociações coletivas, foi o aparecimento lei que regulamentou a participação nos lucros e resultados10 – PLR foi um acréscimo relativo, pois ele só poderá ser acionado se as negociações, nos locais de trabalho e intra categorias, ocorrer.

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Ter acesso à participação nos lucros e resultados já havia sido previsto na constituição de 1946, assim como na constituição de 1988, que também estabeleceu este direito. No entanto, ela somente foi regulamentada com a Lei 10.101/2000, após ter sido editada na forma de medida provisória, em 1994.

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10 A necessidade conjuntural por parte de setores da indústria nacional, de ampliar formas de racionalização da produção e dos serviços correspondeu a pressão capitalista no rebaixamento das cláusulas. Como o social é contraditório, as cláusulas regressivas assumiram um caráter de conquistas sindicais, mesmo que significassem o rebaixamento e a intensificação do trabalho via a adoção desta uma racionalidade neoliberal. O surgimento da PLR possuiu este significado. Vejamos.

Se para a Confederação Nacional da Indústria, CNI, a PLR foi o programa capaz de elevar a produtividade e ser um atrativo competitivo na busca de qualificação profissional, para o sindicalismo, ela passou a ser a contrapartida possível na conjuntura adversa. Significou um “ganho” material, sem ser um aumento real de salário, no qual o sindicalismo pôde se apoiar para creditar sua atuação junto aos trabalhadores.

Mesmo assim, esse “ganho” apresentou uma correspondência, no plano produtivo: foi o aumento da produtividade através da intensificação do trabalho. No entanto, não se constituiu em ganhos maiores para os trabalhadores em geral se considerarmos que a variação – um possível aumento - das horas pagas é pequena e os índices de desemprego não se alteraram significativamente.

Utilizando os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos – Dieese, contidos no anuário de 2006, (DIEESE, 2006) observou-se que a instituição da PLR contêm alguns artifícios racionalizadores importantes e que fazem parte dos acordos negociados: são os itens condicionantes que impulsionam o envolvimento subjetivo na garantia da produção intencionada.

Estes itens são: assiduidade; lucro e rentabilidade; conformidade; redução de acidentes; redução de despesas, volume de produção, relação com os clientes; redução de refugos, desempenho pessoal; volume de vendas; produtividade; faturamento; redução do retrabalho; participação no mercado; regulação de estoques; erros administrativos; organização do ambiente de trabalho; redução das horas extras.

Existem outros aspectos, que são comportamentais e dentro desta negociação envolvem a conformidade, a redução de acidentes, a redução de despesas, o volume da produção, a relação com clientes, a redução de refugos que são viáveis apenas via o comprometimento da força de trabalho.

Desta forma, os trabalhadores estão tomando para si a responsabilidade do processo produtivo, o que por sua vez é a garantia do trabalho intensivo e que, dentro da jornada normal estipulada, é garantia de eficiência.

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Junto com a PLR, o desemprego também contribui para a intensificação no dispêndio da força de trabalho entre aqueles que estão empregados, dada à tensão contida na composição do exército industrial de reserva. Ao observarmos este movimento - na base das categorias e no ápice da estrutura sindical (as Centrais), o caracterizamos na sedimentação ideológica necessária para que a adaptação se realizasse e a crise da CUT chegasse ao seu fim

Para isto não foi necessário o combate e o desmonte efetivo do movimento sindical como foi efetuada na Inglaterra, nos anos 80. As políticas de aproximação como as reuniões do Pacto Social no Governo Collor e a instalação das Câmaras Setoriais no Governo Itamar, não foram políticas de exclusão do movimento sindical. Ainda que no governo de FHC, o tratamento dado às tentativas de greve do funcionalismo público e dos petroleiros, tenha esse caráter - de exclusão – ele não levou a uma derrota cabal e efetiva deste.

Por exemplo, com as mudanças na agenda sindical dos anos 2000 e o aumento das greves pela PLR, esta reivindicação foi se transformando em uma das principais cláusulas de acordos e de motivação para a greve. Isto é demonstrativo de que mesmo com a crise sindical, as greves continuaram ocorrendo, mas estavam mudando o seu direcionamento para as categorias e setores nas empresas mais organizadas. Foram greves que somaram, em 2005, um total de 19.475 horas paradas, sendo que destas, 1.301 horas foram em defesa do cumprimento de acordos da PLR. Em um total de 48 greves, 32 delas tinham como principal reivindicação o reajuste salarial, seguidos de um percentual de 23,7% em defesa da PLR (DIEESE, 2006)

No sindicalismo cutista, a PLR foi a justificativa que não existia no início dos anos 90, em plena vigência da crise da CUT, para uma ação sindical mais pragmática. Nesse período, o que impulsionava a ação sindical era a justificativa para a ação corporativa e a defesa do emprego e a política de ocupação via a participação, dos espaços institucionais. As mudanças vão ocorrer quando a PLR foi se impondo, como uma conquista material palpável das discussões pela PLR, dentro da comissões que foram sendo organizadas.

O movimento sindical cutista enquanto oposição ao governo Fernando Henrique Cardos, não respondeu imediatamente ao surgimento da PLR como uma conquista material. Esta concepção foi sendo desenvolvida principalmente a partir das greves de 2007 (bancários) e 2008 (petroleiros).

Assim, segundo dados do Dieese, a comissão que discute a PLR tem tido os sindicatos como principais representantes dos trabalhadores. A participação dos trabalhadores nessas negociações possuem as seguintes constituições: tem tido uma participação exclusivamente sindical - 61% das comissões formadas e quantificadas; seguidas de 25,2% para as comissões mistas (sindicato

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12 e comissão de trabalhadores eleitos para tal fim) – e, finalmente, 13.8 % correspondem à formação de comissões sem a presença sindical (DIEESE, 2006)11.

Dentro dos setores organizados na CUT, em que a PLR passou a ser assumida como uns dos itens das reivindicações temos: petroleiros (estatais), bancários (serviços) e metalúrgicos (privados). Estes apresentaram entre 2007 e 2009, as seguintes apreciações sobre a PLR:

- em primeiro lugar, temos as decisões da Federação Única dos Petroleiros da CUT – FUP-CUT que, com dados de 2008 e 2009, passaram a incorporar a PLR como uma reivindicação comum do processo de negociações junto com a empresa. Além disso, assumem a negociação com a presença da FUP e dos sindicatos. Assim temos a presença da organização sindical – legalizada, via os sindicatos que irão assumir a defesa da PLR junto à empresa e junto à base12.

- em segundo lugar, temos as decisões do comando nacional dos bancários da confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf, que afirmam que a PLR passou a ser a principal reivindicação dos bancários organizados pelos sindicatos, aparecendo como a principal reivindicação que fez parte da Convenção coletiva em 1994. 13

- em terceiro lugar, temos as decisões do Congresso dos Metalúrgicos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM/CUT que, também por sua vez, vão defender a PLR como uma manifestação de conquistas materiais, buscando incorporá-la nas negociações da data base. As negociações nesta categoria se manifestam setorial, sendo que as negociações se dão via sindicato ou comissão local. 14

Esta é a distinção que foi realizada sobre a defesa da PLR e a sua manifestação, atomizada, dentro da ação sindical cutista. Além de considerarmos que a PLR tem um objetivo explícito, a cooperação de classes, entendemos que possui também um sentido implícito: o aumento da produtividade.

Assim, ao ser a manifestação da flexibilização aceitável dentro do sindicalismo cutista em relação aos outros processos, como o banco de horas, as mudanças no princípio do negociado sobre o legislado, a PLR foi à sedimentação material de uma ação que foi dissolvendo a dinâmica organizativa, massiva e aglutinadora cutista.

Esta admissão tomou um caráter importante neste momento de finalização da crise da CUT. Isto é, representou o desenvolvimento de uma ação sindical cutista diferenciada em relação ao

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Nestes casos, muitas vezes segundo mesma fonte, o sindicato ou não está presentes ou atua somente como consultor do processo.

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Informações no site http://www.fup.org.br/downloads/confup7.pdf

13

http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=16659 14

Resoluções do, como proposições para a ação, 7º. Congresso Nacional dos Metalúrgicos CNM/CUT.JUNHO 2007, pp 74.

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que ocorria nos anos 80 e 90. Se nos 80 o confronto com a patronal e o governo era a regra, nos 90, a regra era a busca da participação institucional. Nessas duas décadas a ação era pautada pela organização massiva e aglutinadora, ainda que nos anos 90 esta característica tenha sido diminuta.

Mas já nos anos 2000 a ação que passou a ser desenvolvida - de caráter mais parcial – permitiu a indicação de que a individualização e os aspectos culturais que a percorrem, estariam presentes, na composição da ação que se distinguiu em relação ao período anterior.

O papel do neoliberalismo, enquanto programa político, ao utilizar a sua vertente ideologizante, colocou o sindicalismo cutista frente a uma situação em que a incorporação da “ideologia da única alternativa possível”, foi realizada via a aceitação dos ganhos possíveis com as negociações aceitáveis. Entender como essas práticas e mudanças na ação sindical cutista ocorreram em sentido neolibealizante foi a intenção deste trabalho. Ao fazê-lo, observamos a formação de uma ação sindica cutista distinta e minimalista.

Nessa etapa social regressiva em termos de direitos, quando o desemprego coloca os trabalhadores na defensiva na relação com o capital, o desenvolvimento da ideologia neoliberal, dentro do sindicalismo, ocorreu em meio a transição para a ação sindical participacionista.

O processo de adaptação do sindicalismo cutista chegou ao fim com a adesão da CUT a esta ideologia, ao participar de processos de institucionalização e flexibilizadores como se fossem as únicas saídas possíveis de um sujeito fragmentado na sua ação. Essa aceitação passou pela manifestação material deste desdobramento que foi a adesão do conjunto dos trabalhadores, principalmente dos setores mais organizados e que estão na base do sindicalismo cutista, à participação nos lucros e resultados.

O neoliberalismo tem caráter anti-popular e imperialista e não precisa incidir intensamente sobre o sindicalismo para se manifestar (BOITO, 2002). Esta ação contra o movimento sindical foi, na sua forma política e social, a apresentação inicial e inglesa 80 do neoliberalismo. No entanto, na medida em que, ideologicamente, suas idéias e seu programa foram se desenvolvendo no interior da classe trabalhadora – através da pressão do desemprego, da intensificação do trabalho – não houve a necessidade, no Brasil, de tratar o movimento sindical como inimigo. Além da existência de uma central sindical defensora do neoliberalismo, como a Força Sindical, paulatinamente, o sindicalismo cutista - originalmente opositor ao status quo - foi, principalmente no governo Lula, incorporando esta ideologização.

Todas as transformações na trajetória da CUT - nos anos 80 e 90 do século XX –, fizeram parte da crise mais geral do sindicalismo. Esta crise se manifestou: primeiro na CUT, tanto

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14 internamente como nas relações estruturais determinadas pela etapa capitalista; segundo, nas relações entre os sindicatos e o ápice da organização sindical.

Ela mantém-se dentro da crise geral do sindicalismo, mas supera a sua manifestação localizada, a crise de adaptação da CUT, que inserida em um processo de modificação da ação, resolveu também suas polêmica internas. Permitiu que a CUT, sem ter que se preocupar com a defesa de proposições que a circunscrevam na dicotomia política Reforma ou Revolução, se liberasse deste debate e assim, pôde justificar o desenvolvimento da ação fragmentada e seus desdobramentos normativos distintiva do que havia.

A crise da ação coletiva não é somente a crise do sindicalismo, mas dos trabalhadores, aglutinados ou não nas suas organizações sindicais e também nas organizações políticas. Toda a análise sobre as dificuldades do movimento sindical cutista e a sua superação, não a isentou do processo maior de crise da ação coletiva, do qual este sindicalismo faz parte.

O fim da crise da CUT se deu por dentro do Estado capitalista conformando as relações entre as classes - com seus aspectos superestruturais manifestos – que estavam em curso. Assim os sindicatos deveriam, por sua razão de ser, dar respostas às questões sindicais. A saída foi buscar uma prática com resultados imediatos, que envolveu a mudança na agenda sindical e, dentro desta, uma defesa de conquistas possíveis e negociáveis, como a PLR.

A sua aceitação permitiu que as polêmicas dentro do marcos reformista, ou leninista15, ou neocorporativista do tipo societal fossem superadas, pois a ação que esteve subjacente a sua defesa e ao controle sobre os requisitos da representatividade sindical foi uma ação que os anos 2000 viu surgir.

Foi uma ação sindical institucional e atomizada que apareceu como racionalizadora, mas não que significou o fim do conflito sindical e de classes.Por isto podemos afirmar que a institucionalização da CUT não finda a crise da ação sindical, mas acaba com a crise da CUT como instituição opositora e crítica à estrutura sindical e à hegemonia dominante.

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Sentido leninista significa a organização do processo revolucionário, vanguardista; o sentido reformista, envolve a organização dos trabalhadores para que via as suas organizações, participem dos espaços tripartites, aos moldes da social democracia européia. Estes dois sentidos da ação, fazem parte das polêmicas que percorrem o movimento operário, e também o sindical, desde a sua formação no século XIX.

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