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COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E SANEAMENTO - CASAN

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Academic year: 2021

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COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E SANEAMENTO - CASAN,

sociedade de economia mista estadual, inscrita no C.N.P.J. sob o nº 82.508.433/0001-17, constituída em 02 de julho de 1971, em conformidade com a Lei Estadual nº 4.547, de 31 de dezembro de 1970, com sede administrativa e foro em Florianópolis, Estado de Santa Catarina, na Rua Emílio Blum, nº 83, vem, respeitosamente, a presença do Egrégio Tribunal de Contas Estadual, informar e, ao final, requerer o que segue:

Inicialmente, cumpre-nos pontuar que a Instrução Normativa N. TC-0020/2015 que estabelece critérios para organização e apresentação da prestação de contas anual, normas relativas à remessa de dados, informações e demonstrativos por meio eletrônico, dispôs em seu artigo 16 sobre a necessidade de apresentação anual de Relatório de Controle Interno, nos moldes do anexo VII de referida Instrução Normativa.

A redação do anexo VII da Instrução Normativa N. TC-0020/2015 foi dada pela Portaria N. TC-0362/2016, publicada no DOTC-e de 12/07/2016, de forma que, em tese, este seria o primeiro exercício que a Companhia deveria remeter este Relatório a Egrégia Corte de Contas Catarinense.

Ocorre que, em nosso entendimento, inexiste obrigação legal de remeter-se ao r. Tribunal de Contas Estadual o Relatório de Controle Interno exigido pelo artigo 16, da Instrução Normativa N. TC-0020/2015.

Esse entendimento se sustenta na interpretação sistêmica do Decreto Estadual nº 2.056, de 20 de janeiro de 2009 que regulamenta o Sistema de Controle Interno no âmbito do Poder Executivo Estadual e do Decreto Estadual nº 1.670, de 08 de agosto de 2013 que dispõe sobre a estrutura e o responsável pelo controle interno nos órgãos da administração direta, nas entidades autárquicas e fundacionais e nas empresas dependentes do Poder Executivo Estadual.

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2 Logo, uma vez que a CASAN é uma sociedade de economia mista não dependente do Tesouro Estadual, não se encontra abrangida pelos Decretos Estaduais supracitados.

Aliás, tal realidade foi reconhecida pela Egrégia Corte de Contas Estadual no julgamento do processo de Consulta nº 15/00663171, no qual foi proferida Decisão em 09/09/2016 com a seguinte redação:

“1. Processo n.: CON-15/00663171 2. Assunto: Consulta - Controle Interno 3. Interessado(a): Valter José Gallina

4. Unidade Gestora: Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN 5. Unidade Técnica: COG

6. Decisão n.: 0610/2016

O TRIBUNAL PLENO, diante das razões apresentadas pelo Relator e com fulcro nos arts. 59 da Constituição Estadual e 1° da Lei Complementar n. 202/2000, decide:

6.1. Conhecer da presente Consulta por preencher os requisitos e formalidades preconizados nos arts. 103 e 104 do Regimento Interno deste Tribunal de Contas.

6.2. Reformar, com fundamento no art. 156 do Regimento Interno, a redação do Prejulgado 2094, para inserir novos parágrafos com a seguinte redação: 6.2.1. Compete ao órgão responsável pelo controle interno da empresa pública emitir o parecer sobre a legalidade dos atos de admissão de seu pessoal; 6.2.2. No âmbito da sociedade de economia mista não dependente, caberá ao regimento interno identificar a unidade responsável pelo controle interno para os fins constitucionais e legais, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos integrantes do sistema de controle interno e externo, na forma da lei e dos regulamentos próprios, atentando-se para os desdobramentos do processo PMO-14/00343310, que trata do acompanhamento de recomendação destinada a promover a normatização do controle interno nas empresas estatais não dependentes.

6.3. Dar ciência desta Decisão, do Relatório e Voto do Relator, bem como do Parecer COG n. 010/2016, à Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN.

7. Ata n.: 54/2016

8. Data da Sessão: 10/08/2016 - Ordinária 9. Especificação do quorum:

9.1 Conselheiros presentes: Luiz Roberto Herbst (Presidente), Adircélio de Moraes Ferreira Júnior (Relator), Cesar Filomeno Fontes, Herneus De Nadal, Julio Garcia e Luiz Eduardo Cherem

10. Representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas: Aderson Flores

11. Auditores presentes: Gerson dos Santos Sicca e Cleber Muniz Gavi LUIZ ROBERTO HERBST

Presidente

ADIRCÉLIO DE MORAES FERREIRA JÚNIOR Relator

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3 Procurador-Geral do Ministério Público junto ao TCE/SC.”

Ou seja, conforme o item 6.2.2 da Decisão nº 0610/2016, proferida nos autos da CON-15/00663171, que alterou o item 2 do Prejulgado nº 2094 do TCE/SC, no âmbito da CASAN, caberia ao regimento interno identificar a unidade responsável pelo controle interno para os fins constitucionais e legais, na forma ali disposta, enquanto se aguarda os desdobramentos do processo PMO-14/00343310, que trata do acompanhamento de recomendação destinada a promover a normatização do controle interno nas empresas estatais não dependentes.

Outrossim, importante se mencionar que em 30/06/2016 foi publicada a Lei Federal nº 13.303, a qual dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, trazendo referida Lei várias disposições acerca da estruturação da unidade de controle interno que impediram a adoção da providência descrita no item 6.2.2 da Decisão nº 0610/2016, proferida nos autos da CON-15/00663171.

Isto porque, após a edição da Lei Federal nº 13.303/2016, o Governo do Estado de Santa Catarina publicou o Decreto Estadual nº 1025, de 18 de janeiro de 2017, do Poder Executivo Estadual, instituindo 07 (sete) Grupos de Trabalho temáticos, visando padronizar as diretrizes, procedimentos, documentos e relatórios aplicáveis as empresas públicas e sociedades de economia mista, dentro do prazo previsto no art. 91, da Lei das Estatais.

Entre os trabalhos a serem desenvolvidos pelos grupos temáticos, importa destacar a competência prevista para o grupo de Riscos, Controle e Auditoria, previsto no art. 5º, III, Decreto Estadual nº 1025/2017 com as seguintes atribuições:

“a) modelo de Controle Interno; b) modelo de Gestão de Riscos;

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4 c) proposta de Regimento Interno do Comitê de Auditoria Estatutário;

d) modelo de Código de Conduta e Integridade, previsto no § 1º do art. 9º da Lei federal nº 13.303, de 2016, e no § 1º do art. 16 do Decreto nº 1.007, de 2016; e e) descritivo das atribuições do Comitê Estatutário, previsto no art. 10 da Lei federal nº 13.303, de 2016;” (Gizamos)

O modelo de Controle Interno, também perpassa por matéria afeta a responsabilidade do grupo de trabalho que irá tratar das alterações do Estatuto Social das empresas, previsto no art. 5º, I, Decreto Estadual nº 1025/2017 que, dentre suas atribuições terá que: “c) indicar as atribuições da área responsável pela verificação de cumprimento de obrigações e de gestão de riscos;”

Os 07 (sete) grupos de trabalho temáticos, nos termos do art. 11, §1º, do Decreto Estadual nº 1025/2017 terão o prazo impreterível para a entrega do respectivo relatório final até o dia 31/12/2017 ao Secretário de Estado da Fazenda e da Casa Civil, o qual será submetido à análise da PGE/SC, para posterior aprovação do Chefe do Poder Executivo.

Assim, a efetiva aplicação dos comandos da Lei Federal nº 13.303/2016 depende da criação das estruturas, relatórios e documentos a serem propostos e padronizados pelos grupos de trabalho, os quais serão devidamente aprovados pelo Governador do Estado, de forma que, neste momento, a CASAN não tem como deliberar, via alteração de seu Regimento Interno, qual seria a área/setor identificado como unidade responsável pelo controle interno.

Frisa-se, por oportuno, que os 07 (sete) grupos de trabalho previstos no art. 5º, incisos I a VII, do Decreto Estadual nº 1025/2017 já foram implantados, sendo mantidas reuniões pelos mesmos, dentro da periodicidade estabelecida por seus membros.

Com efeito, com base na robusta justificativa legal acima discorrida, a CASAN, neste momento, enquanto não finalizado o escopo dos grupos de trabalho instituídos pelo Decreto Estadual nº 1025/2017 não tem como identificar a

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5 unidade que, em seu entendimento, é a responsável pelo controle interno da Companhia.

Colocando-nos à disposição para demais informações que se fizerem necessárias, aproveitamos o ensejo para renovar nossos sinceros votos de consideração e apreço.

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