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Academic year: 2021

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Sessão Medalhas: 10, 20, 25, 30 e 35 anos de Serviço de 31 de maio de 2013

Intervenção do Senhor Reitor, Prof. Doutor Manuel Assunção

Bom dia a todos. Muito obrigado pelo vosso interesse em participar nesta cerimónia. Trata-se de um momento, ano a ano renovado, único no nosso calendário de eventos. Único porque se destina a consagrar a dedicação, de tantos, ao processo de construção da UA, através do reconhecimento público, institucional, dos anos com que cada um contribuiu sendo parte da nossa comunidade. Único, também, porque

irmana, nesse reconhecimento, todos os

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independentemente da sua área funcional, sector onde trabalham ou categoria profissional.

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Esta sessão é, ainda, particularmente singular porque decorre no ano do nosso quadragésimo aniversário.

São 25 os trabalhadores distinguidos pelos seus 10 anos de casa; 25, igualmente, totalizam os galardoados com a medalha dos 20 anos; contam-se como 24 aqueles que já nos deram um quarto de século da sua vida profissional; atingem o número 43 os que passaram 30 anos connosco; e cifram-se em 17 os que dedicaram à UA, pelo menos, 7 lustros do seu labor. Esta distribuição traduz, desde logo, a juventude da UA e a idade jovem dos pioneiros que a começaram a construir; mas aponta também para um dos maiores problemas do Ensino

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Superior português na situação presente: o grande constrangimento na renovação de quadros e de gerações no interior dos estabelecimentos universitários.

Todavia, é, de facto, um indicador

impressionante de fidelidade a uma causa e a um projeto: mais de cem dos distinguidos - só nesta sessão - trabalham, ou trabalharam, na Universidade de Aveiro acima de 20 anos. Este número engloba, nesta ocasião, alguns que deviam ter sido galardoados em momento anterior mas que em virtude de se terem entretanto aposentado não foram, em tempo próprio, identificados. É possível agora agraciar cada um desses funcionários e docentes do

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modo que lhes era devido. Como gosto de sublinhar, uma vez integrante da nossa comunidade, membro da UA para sempre. Não é uma qualquer aposentação, aliás natural e naturalmente merecida, que nos separa e desfaz o que é perene: essa condição de pertença e de identificação com a Universidade de Aveiro.

É, por isso, que me dá especial prazer ver o Senhor Presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro connosco aqui, hoje. Amanhã é que é o dia dedicado aos estudantes. Mas o que está a acontecer nesta sala e o que acontecerá na cerimónia da entrega dos diplomas são duas faces da mesma moeda que não têm significado uma sem a outra.

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A nossa comunidade ficou mais pobre no ano que decorreu. Não quero deixar de lembrar o Professor Carlos Galaricha e as estudantes Elisa Valério, do Departamento de Educação, e Maria Michol de Carvalho, do Departamento de Línguas e Culturas, cuja partida, cedo de mais, muito lamentamos.

Venho repetindo que vivemos num tempo e num contexto em que, aqui e ali, parece ser difícil manter a serenidade e um sentido de futuro; em que, todavia, tendo presente o céu carregado que traz dificuldades à nossa ação e significa incerteza no que aí vem, é importante nunca esquecer o capital de experiência, de talento, de riqueza humana acumulado pela UA; e nele

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encontrar fundadas razões para uma perspetiva positiva do que podemos atingir e para um otimismo na ação que nos permitirá lá chegar. É grande a nossa capacidade instalada e são múltiplas as dinâmicas decisivas que fazem parte do nosso dia a dia.

E são, também, vastos os sinais positivos que nos rodeiam: participamos hoje num conjunto de parcerias Internacionais como nunca antes, o que, somado ao facto de havermos, no ano passado e pela primeira vez, ultrapassado a marca de 10% no número de estrangeiros - que hoje enriquecem o nosso ambiente humano,

acrescentando-lhe 76 nacionalidades -

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internacionalização; verifica-se uma significativa consolidação da relação com a sociedade com impactos multiplicadores a vários níveis; há uma visibilidade acrescida do que fazemos que tem reflexos na nossa atratividade; obtivemos um sucesso muito significativo nas candidaturas a bolsas e projetos de investigação e a

financiamento de doutoramentos, e no

preenchimento das vagas dos cursos, todos fatores subjacentes e fulcrais na nossa sustentabilidade; promovemos, em 2012, mais de quinhentos eventos no Campus, traduzindo uma dinâmica assinalável; e fechámos as contas, pelo 3°ano seguido, com resultados positivos, o que, salvaguardando as nossas

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poupanças, nos permite manter a folga de tesouraria imprescindível ao normal desenrolar da nossa atividade, sem constrangimentos para além daqueles que as restrições legais, atualmente, impõem.

Mas os bons resultados, continuados, podem trazer incompreensão das dificuldades que enfrentamos e traduzir-se em demasiado conforto em muitos de nós, originando o reforço de perceções e perspetivas individuais em detrimento de lógicas coletivas.

Convém não esquecer que o sucesso de todos, o êxito de cada um, são sempre alicerçados no valor da marca UA; e que os resultados

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alcançados a qualquer nível, têm sempre o contributo de muitos -uns mais notados e mediáticos, outros mais discretos, quantas vezes mais eficazes, mas sempre imprescindíveis. Não perceber que é esta dinâmica global e integrada, onde cada um tem o seu papel específico importante, que nos faz grandes é uma miopia perigosa. Somos grandes porque nos apoiamos nos ombros de gigantes, se me permitem relembrar aqui Aristóteles ou Isaac Newton: os que cá estiveram antes de nós e os que hoje fazem acontecer UA são todos, à sua maneira, gigantes; porque cada um é um elemento inteligente e único, na manutenção das teias relacionais dentro e fora da Universidade, na

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alimentação da atividade, no manter vivo este puzzle fantástico que é a Universidade de Aveiro.

No instante em que, porventura, deixássemos de entender o valor da nossa dimensão no seu todo, também enquanto comunidade plural e variada, nesse mesmo instante, estaríamos, quiçá, a entrar numa vereda estreita que nos poderia levar para fora do que temos sido e vamos, certamente, continuar a ser. É por esse objetivo de consolidar, e se possível aumentar, o nosso nível de atividade e o impacto da nossa ação que me baterei firmemente.

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Mas as dificuldades existem, estão aí, não vivemos numa redoma que nos poupe só a nós. Para além das conhecidas restrições advindas da dotação de Orçamento de Estado, que se sucedem ano após ano, e das reduções remuneratórias que incidem sobre cada um de nós, temos que fazer face, constantemente, a alterações profundas das regras estabelecidas e a exigências crescentes em matéria de prestação de contas e de disponibilização de informação. A imprevisibilidade do contexto em que vimos atuando, a que se soma agora o aproximar do fim de um quadro comunitário e o início de outro - cujos contornos estão ainda em definição - exigem de nós um esforço redobrado

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no olhar para fora, no antecipar tendências e no contribuir para as reconfigurações de programas e políticas de que seremos parte interessada.

Ao mesmo tempo, temos que nos focar no essencial na nossa ação, no que faz a diferença e é prioritário, simplificando tudo aquilo que é acessório. Devemos, por isso, olhar também para dentro, melhorando sempre, não perdendo de vista a razão de ser das coisas que fazemos, mantendo o que estiver bem e que é muitíssimo, mas mudando o que for preciso mudar. É, também, de cultura institucional que falo aqui.

Ter consciência do momento que atravessamos sem nos deixar abater por ele - porque, sublinho,

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não há razão para tal - é determinante para o êxito da nossa ação. É, sem dúvida, difícil encontrar o fiel da balança que equilibre entre o manter a motivação, o não exigir para além do razoável, o aumentar a obtenção de fundos próprios, o garantir lógicas de justiça e equidade; porém, nunca devemos desistir de procurar esse equilíbrio. Para o que, sair da nossa zona de conforto, pensar e agir institucionalmente em vez de nos centrarmos em nós mesmos por mais

legítimas que as nossas preocupações

individuais sejam, é condição indispensável. O comportamento desta comunidade que nós todos aqui representamos não tem, deixem-me dizê-lo, sido outro. Razão porque gosto tanto

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deste dia. É um grande orgulho, pessoal, poder juntar a 35 anos vividos na Universidade de Aveiro a honra de liderar este projeto, vibrante, que é o nosso. Muito obrigado pelo vosso empenho e pela vossa confiança.

Termino, dirigindo-me aos hoje distinguidos, com os parabéns e o enaltecimento que lhes são devidos: foi, também, graças a vós que a Universidade de Aveiro atingiu os patamares de qualidade que todos lhe atribuem.

Vamos, em conjunto, continuar a escrever esta história bonita!

Referências

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