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PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

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PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ

Mestre em Direito Previdenciário PUC/SP Doutoranda/ouvinte pela PUC/SP

Especialista em Direito Previdenciário pela EPD Advogada e Consultora Jurídica

Professora de Direito Previdenciário Ex-servidora do INSS

E-mail: veramcq@uol.com.br

(2)

SEGURIDADE SOCIAL

• CF, ART. 194 - A seguridade social

compreende um conjunto integrado de

ações de iniciativa dos Poderes Públicos

e da sociedade, destinadas a assegurar

os

direitos

relativos

à

saúde,

à

previdência e à assistência social.

(3)

SEGURIDADE SOCIAL

• SAÚDE  CF, art. 196/200 e Lei n. 8.080/90. • PREVIDÊNCIA SOCIAL  CF, art. 201/202

– Lei 8.213/91 – Planos de Benefícios da

Previdência Social

– Lei 8.212/91 – Plano de Custeio da Seguridade

Social

(4)

SEGURIDADE SOCIAL

• PRESTAÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL:

– BENEFÍCIOS: expressos em valores monetários.

São típicos da previdência e da assistência social. Ex: aposentadoria, benefício de prestação continuada.

– SERVIÇOS: expressos em atividades que visam à

(5)

SEGURIDADE SOCIAL

PRINCÍPIOS – Art. 194, § único, CF

I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e

serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

(6)

SEGURIDADE SOCIAL

PRINCÍPIOS – Art. 194, § único, CF

V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo

(7)

REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONCEITO: É todo aquele que garante a concessão de, no mínimo, aposentadoria e pensão por morte.

Regime Previdenciário consiste no

conjunto de normas, regras e princípios harmônicos que informam e regem a disciplina previdenciária de determinado grupo de seres humanos

(8)

REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

ESPÉCIES:

RPPS – Regime Próprio de Previdência Social

dos Servidores públicos

RPSM – Regime Próprio de Previdência Social

dos Militares

(9)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL - RGPS

• ÓRGÃO GESTOR: INSS- Instituto Nacional do Seguro Social.

• CF, Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,

(10)

• Geral: alcança todas as pessoas que exercem atividade sem vinculação a regime próprio.

• Filiação obrigatória: é automática em razão do exercício da atividade remunerada.

• Caráter Contributivo: segurado e

(11)

Equilíbrio financeiro: garantia de equivalência entre receitas auferidas e as obrigações do RGPS em cada exercício financeiro.

Equilíbrio atuarial: garantia de equivalência, em valor presente, entre o fluxo de receitas

estimadas e as obrigações projetadas,

(12)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL - RGPS

• A previdência social atenderá, nos termos da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

(13)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL - RGPS

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e

(14)

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL - RGPS

• Lei 8.213/91 - Art. 1º. A Previdência Social,

mediante contribuição, tem por fim

assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.

(15)

BENEFICIÁRIOS DO RGPS

• SEGURADO: pessoa física vinculada ao RGPS pelo exercício da atividade ou por ato volitivo.

• DEPENDENTE: aquele que depende

economicamente do segurado, na forma da lei.

(16)

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

• OBRIGATÓRIOS: todos aqueles que exercem

atividade remunerada. Classificam-se em:

1) empregado

2) empregado doméstico 3) contribuinte individual 4) trabalhador avulso

5) segurado especial

(17)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• Art. 11, I da Lei 8.213/91

• Art. 9º, I do Decreto 3.048/99

1) EMPREGADO: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e

mediante remuneração, inclusive como

(18)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• Art. 11, II da Lei 8.213/91

• Art. 9º, II do Decreto 3.048/99

2) EMPREGADO DOMÉSTICO: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos.

(19)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• Art. 11, V da Lei 8.213/91

• Art. 9º, V do Decreto 3.048/99

3) CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais

(20)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• Art. 11, VI da Lei 8.213/91

• Art. 9º, VI do Decreto 3.048/99

4) TRABALHADOR AVULSO: aquele que,

sindicalizado ou não, presta serviço de

natureza urbana ou rural, a diversas

empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de

(21)

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

• Art. 11, VII da Lei 8.213/91

• Art. 9º, VII do Decreto 3.048/99

5) SEGURADO ESPECIAL: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de

(22)

SEGURADOS FACULTATIVOS

• Art. 13 da Lei 8.213/91 - É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11 (segurado obrigatório).

(23)

SEGURADOS FACULTATIVOS

• Art. 11 do Decreto 3.048/99 - É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.

(24)

SEGURADOS FACULTATIVOS

• Art. 11, § 2º. É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.

(25)

RGPS - FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO

• FILIAÇÃO: é o vínculo que se estabelece entre o segurado e a previdência social, do qual decorrem direitos e obrigações. (art. 20, RPS)

– Para segurado obrigatório: é automática.

– Para segurado facultativo: com o recolhimento

(26)

RGPS - FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO

• INSCRIÇÃO: é o ato de se cadastrar no RGPS, mediante comprovação de dados pessoais.

– Para o empregado e trabalhador avulso:

diretamente na empresa, sindicato ou OGMO.

– Para os demais segurados: no INSS.

– Para o dependente: quando do requerimento do

(27)

QUALIDADE DE SEGURADO

• Art. 15 da Lei 8.213/91

• Art. 13 do Decreto 3.048/99

• MANTER QUALIDADE = MANTER VÍNCULO

• HIPÓTESES DE MANUTENÇÃO:

– RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES – GOZO DE BENEFÍCIO

(28)

QUALIDADE DE SEGURADO

• PRAZO DE MANUTENÇAO DA QUALIDADE:

> SEM LIMITE DE PRAZO, QUEM ESTÁ EM GOZO DE BENEFÍCIO.

> ATÉ 3 MESES APÓS O LICENCIAMENTO, O SEGURADO INCORPORADO ÀS FORÇAS ARMADAS PARA PRESTAR SERVIÇO MILITAR.

> ATÉ 6 MESES APÓS A CESSAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES, O SEGURADO FACULTATIVO.

(29)

QUALIDADE DE SEGURADO

> ATÉ 12 MESES APÓS:

- o livramento, o segurado retido ou recluso.

- a cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória.

- a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou

(30)

QUALIDADE DE SEGURADO

• AUMENTO DE PRAZO  no caso de cessação das

contribuições do segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração:

- será prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

- serão acrescidos de 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo

(31)

QUALIDADE DE SEGURADO

• EXEMPLO 1: Suziki trabalhou numa empresa de 01.01.2001 a 31.12.2009 – TC = 09 anos

• Período de graça: de 01.01.2010 a 31.12.2010 (por ter menos de 120 contribuições)

• Desemprego: ... de 01.01.2011 a 31.12.2011 (devidamente comprovado)

(32)

QUALIDADE DE SEGURADO

• Explicando:

a) Competência 01/2012 não é período de graça

b) Prazo para recolher competência 01/2012 é 15.02.2012 (dia útil???)

(33)

QUALIDADE DE SEGURADO

• EXEMPLO 2: Suziki trabalhou numa empresa de 01.01.2001 a 31.12.2015 – TC = 15 anos

• Período de graça: de 01.01.2016 a 31.12.2017 (aumento automático por ter + 120 contrib.) • Desemprego: ... de 01.01.2018 a 31.12.2018

(devidamente comprovado)

(34)

QUALIDADE DE SEGURADO

• Explicando:

a) Competência 01/2019 não é período de graça

b) Prazo para recolher competência 01/2019 é 15.02.2019 (dia útil???)

(35)

QUALIDADE DE SEGURADO

• Durante os prazos do “período de graça”, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social.

• A perda da qualidade de segurado não será

considerada para a concessão das

aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial.

(36)

CARÊNCIA

• Art. 24 da Lei 8.213/91

• Art. 26 do Decreto 3.048/99

• Conceito: número mínimo de contribuições indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

(37)

CARÊNCIA

• Para o segurado especial:

– O tempo mínimo de efetivo exercício de

atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido.

– Não é computado tempo de atividade anterior à

(38)

CARÊNCIA

• CONTAGEM DOS PERÍODOS:

A) 180 contribuições mensais  aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial.

(39)

CARÊNCIA

B) 12 contribuições mensais  auxílio doença e aposentadoria por invalidez.

- não é regra absoluta  nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, ou doenças graves constantes de lista específica (Lei 13.135/2015).

(40)

CARÊNCIA

C) 10 contribuições mensais  salário maternidade da contribuinte individual, da facultativa e da segurada especial*.

- em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

- no caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão do benefício, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade do período exigido (Lei 13.457/2017).

(41)

CARÊNCIA

C) 10 contribuições mensais  salário

maternidade da contribuinte individual, da facultativa e da segurada especial*.

- parto antecipado  o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

(42)

CARÊNCIA

- Perda da qualidade de segurado na

concessão de auxílio doença e salário maternidade  para efeito de carência, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade do período exigido (Lei 13.457/2017).

(43)

CARÊNCIA

INDEPENDE DE CARÊNCIA:

A) pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio acidente.

B) salário maternidade para a segurada empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

(44)

CARÊNCIA

INDEPENDE DE CARÊNCIA:

D) auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos.

(45)

CARÊNCIA

INDEPENDE DE CARÊNCIA

:

E) segurado especial  é garantida a concessão de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido.

(46)

CARÊNCIA

CÔMPUTO DO PERÍODO:

- Para empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: a partir da data de filiação ao RGPS.

- Para contribuinte individual e facultativo: a partir da data de efetivo pagamento da

(47)

DEPENDENTES

Art. 16 da Lei 8.213/91

• Art. 22 do Decreto 3.048/99

 SÃO TODOS AQUELES QUE A LEI DEFINIU COMO TAL.  DIVISÃO EM CLASSES.

 FAZEM JUS A PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO

(48)

DEPENDENTES

• 1ª CLASSE – o cônjuge, a companheira, o

companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

(49)

DEPENDENTES

• 2ª CLASSE – os pais

• 3ª CLASSE - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou

inválido ou que tenha deficiência

(50)

DEPENDENTES

• INSCRIÇÃO  será promovida quando do

requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos documentos.

A) Para cônjuge e filhos: certidões de casamento e de nascimento.

B) Para equiparado a filho: certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento do

(51)

DEPENDENTES

C) Para companheira ou companheiro: o documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso.

 Considera-se companheira ou companheiro a

pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da CF.

(52)

DEPENDENTES

 Para dependente inválido: para fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada mediante exame médico-pericial a cargo do INSS.

 Para o dependente menor de vinte e um anos: deverá apresentar declaração de não emancipação

(53)

DEPENDENTES

CRITÉRIOS DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS:

CRITÉRIO DA PREFERÊNCIA – HAVENDO DEPENDENTES NA

PRIMEIRA CLASSE, FICAM AUTOMATICAMENTE EXCLUÍDOS OS DEPENDENTES DAS DEMAIS CLASSES.

 OS PAIS OU IRMÃOS DEVERÃO, PARA FINS DE CONCESSÃO

DE BENEFÍCIOS, COMPROVAR A INEXISTÊNCIA DE DEPENDENTES PREFERENCIAIS, MEDIANTE DECLARAÇÃO FIRMADA PERANTE O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO

(54)

DEPENDENTES

 CRITÉRIO DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA – PARA OS

DEPENDENTES DA PRIMEIRA CLASSE A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA É PRESUMIDA E PARA OS DEMAIS DEVE SER COMPROVADA.

 CRITÉRIO DO RATEIO: HAVENDO MAIS DE UM PENSIONISTA,

O BENEFÍCIO SERÁ RATEADO EM COTAS IGUAIS.

(55)

DEPENDENTES

• QUESTÕES POLÊMICAS - Cônjuges. Ex-cônjuges.

• O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que

recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes da 1ª classe. Art. 76, § 2º, RPS.

• Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na

separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica

(56)

DEPENDENTES

• QUESTÕES POLÊMICAS - Cônjuges. Ex-cônjuges.

IN 77/2015

Art. 371. O cônjuge separado de fato ou divorciado, bem como o ex-companheiro, terá direito à pensão por morte, mesmo que este benefício tenha sido requerido e concedido à companheiro(a) ou novo cônjuge, desde que recebedor de pensão alimentícia.

§ 1º Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma, observando-se, no que couber, o rol exemplificativo do art. 135.

(57)

DEPENDENTES

• QUESTÕES POLÊMICAS - Cônjuges. Ex-cônjuges.

– Novo casamento: não provoca a perda da qualidade de

dependente, apenas é vedada a percepção conjunta de mais de uma pensão por morte (ressalvado o direito de opção pelo benefício mais favorável).

(58)

DEPENDENTES

• QUESTÕES POLÊMICAS – Companheira (o) • RELAÇÃO HOMOAFETIVA

• POR FORÇA DA DECISÃO JUDICIAL PROFERIDA NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº

2000.71.00.009347-0, O COMPANHEIRO OU A COMPANHEIRA DO MESMO SEXO DE SEGURADO INSCRITO NO RGPS INTEGRA O ROL DOS DEPENDENTES E, DESDE QUE COMPROVADA A VIDA EM COMUM, CONCORRE, PARA FINS DE PENSÃO POR MORTE E DE AUXÍLIO-RECLUSÃO, COM OS DEPENDENTES PREFERENCIAIS DE QUE TRATA O INCISO I DO ART. 16 DA LEI Nº 8.213, DE 1991, PARA ÓBITO OU RECLUSÃO OCORRIDOS A PARTIR DE 5 DE ABRIL DE

(59)

União Homoafetiva

Em 05 de maio de 2011, os ministros do STF, ao julgarem a ADI nº 4277 e a ADPF nº 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. As ações foram ajuizadas na Corte, respectivamente, pela PGR e pelo Governador do Rio de Janeiro. O relator das ações, Ministro Ayres Britto, votou no sentido de dar interpretação conforme a CRFB/88 para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. O relator argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em

virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o

(60)

DEPENDENTES

• QUESTÕES POLÊMICAS – Filho

• Art. 375, §4º da IN 77/15: A emancipação a que se refere o §

2º deste artigo não inclui a hipótese de colação de grau em ensino superior.

• Súmula 37 da TNU: A pensão por morte, devida ao filho até

os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário.

(61)

DEPENDENTES

• Situações polêmicas: neto menor sob guarda.

• A guarda confere à criança ou adolescente a condição de

dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Art. 33, § 3º da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente .

• REsp nº 1.141.788 - RS – Rel.: Min. Rogério Schietti Cruz, DJ

22.10.2014 – entende que a suspensão do benefício ao menor que está sob guarda configura um flagrante desrespeito ao princípio da vedação ao retrocesso social, que proíbe retroceder na concretização de um direito social básico já alcançado.

(62)

DEPENDENTES

• DEPENDENTE INDIGNO – CAUSOU OU CONTRIBUIU DOLOSAMENTE

PARA A MORTE DO SEGURADO

• CESSAÇÃO: APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PENAL

CONDENATÓRIA.

• APLICAÇÃO: ÓBITOS OCORRIDOS APÓS 30.12.2014 (MP 664/2014). • § 1º DO ART. 74 DA LEI N. 8.213/91.

(63)

DEPENDENTES

• COMPROVAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

• Decorre de união pública, duradoura e contínua

• Intuito de constituir família

• Prova documental e testemunhal

(64)

DEPENDENTES

• COMPROVAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

• Presumida  cônjuge, companheira (o) e filhos  não é absoluta

• Comprovação obrigatória  pais e irmãos

(65)

DEPENDENTES

• § 3º do art. 22 do Decreto 3.048/99:

• Certidão de nascimento de filho havido em

comum

• Certidão de casamento religioso

• Declaração do imposto de renda do segurado,

em que conste o interessado como seu dependente

(66)

DEPENDENTES

• Declaração especial feita perante tabelião. • Prova de mesmo domicílio  questionável. • Prova de encargos domésticos evidentes e

existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil.

• Procuração ou fiança reciprocamente

outorgada.

(67)

DEPENDENTES

• Registro em associação de qualquer natureza,

onde conste o interessado como dependente do segurado.

• Anotação constante de ficha ou livro de registro

de empregados.

• Apólice de seguro da qual conste o segurado

como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária.

• Ficha de tratamento em instituição de

assistência médica, da qual conste o segurado como responsável.

(68)

DEPENDENTES

• Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente.

• Declaração de não emancipação do

dependente menor de vinte e um anos.

• Quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

(69)

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS

• BASE NORMATIVA:

Art. 203 e 204 da CF Lei 8.742/93

Lei Orgânica da Assistência Social – loas Lei 10.741/2003 (Estatuto do idoso)

Lei 12.435/2011 Lei 12.470/2011

(70)

ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Art. 203. A assistência social será prestada a

quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

(71)

ASSISTÊNCIA SOCIAL

• V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora

de deficiência e ao idoso que

comprovem não possuir meios de

prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

(72)

ASSISTÊNCIA SOCIAL

• BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA • É gerido pelo Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome (MDS) a quem compete sua gestão, acompanhamento e avaliação e, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a sua operacionalização. Os recursos para custeio do BPC provem do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

(73)

BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

 Em novembro de 2016, com a entrada em

vigor do Decreto nº 8.805/2016, tornou-se obrigatória a inscrição de beneficiários e requerentes e de suas famílias no Cadastro Único para concessão e manutenção do

Benefício de Prestação Continuada da

Assistência Social (BPC).

 Ao longo do ano de 2017, devem ser incluídos

os beneficiários idosos e, em 2018, as pessoas com deficiência, conforme Instrução Operacional (IO) nº 24, de 08 de março de 2017

(74)

Substituiu o benefício previdenciário de Renda Mensal Vitalícia.

Art. 139. A Renda Mensal Vitalícia continuará integrando o elenco de benefícios da Previdência Social, até que seja regulamentado o inciso V do art. 203 da

Constituição Federal.

Código de Concessão:

NB 87  Amparo assistencial a pessoa com deficiência

(75)

IDOSO:

• LOAS – art. 20 Redação original: idade 70 anos

• Lei 9.720/98 a partir de 01/01/1998 reduziu

para 67 anos

• Lei 10.741 01/11/2003 – Estatuto do Idoso que

entrou em vigor em 01/01/2004 : 65 anos

• Redação atual LOAS: 65 anos

(76)

IDOSO:

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

(77)

Lei 10.741/2003 – ESTATUTO DO IDOSO

• Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e

cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.

Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.

(78)

STF – RE 580.963

> No julgamento do RE 580.963 de 17 e 18/04/2013 o parágrafo único do art. 34 do

Estatuto do Idoso foi declarado

incidentalmente inconstitucional pelo STF por violação ao principio da isonomia

> STF – Estende o paragrafo único do art. 34 aos deficientes e aos segurados que recebam beneficio previdenciário com renda

(79)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA:

Lei 13.146/2015

Redação original

§ 2º Para efeito de concessão deste

benefício, a pessoa portadora de

deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho.

(80)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA: Conceito de Incapacidade

Incapacidade para prover a própria subsistência, ou de tê-la provida pela família, é suficiente para caracterização

da incapacidade para a vida

(81)

PESSOA COM DEFICIÊNCIA:

§ 2o Para efeito de concessão do benefício de

prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

(82)

AVALIAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:  Redação atual: art.20

 § 6o A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da

deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS Alterado LEI Nº 12.470, DE 31 DE AGOSTO DE 2011 – DOU DE 1/09/2011

• PORTARIA CONJUNTA MDS/INSS Nº 2, DE 30 DE

MARÇO DE 2015 - DOU DE 09/04/2015

RETIFICADO - Dispõe sobre os critérios, procedimentos e

(83)

CRITÉRIO DE MISERABILIDADE

§ 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da

pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015 – Estatuto da Pessoa com deficiencia) (Vigência)

(84)

CRITÉRIO DE MISERABILIDADE

RE 567.985 e 580.963

Por maioria de votos, o STF pronunciou a inconstitucionalidade material incidental do § 3º, do art. 20, da Lei 8.742/93, que prevê o critério legal da renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo para caracterização da miserabilidade

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CRITÉRIO DE MISERABILIDADE

A decisão do STF não é vinculante

INSS mantém o critério de ¼ do salário mínimo

Enquanto o Congresso não instituir um novo critério para substituir o § 3º do art. 20 da Lei 8.742/93

(86)

CRITÉRIO DE MISERABILIDADE

 CRÍTICAS EM RELAÇÃO A OUTROS PROGRAMAS DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL

1) CRITÉRIO: RENDA FAMILIAR PER CAPTA SER INFERIOR A ½ SALÁRIO MÍNIMO

EXEMPLO: LEI Nº 9.533, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.

(REPASSE DA UNIÃO AO PROGRAMA MUNICIPAL DE GARANTIA DE RENDA MÍNIMA)

2) LEI No 10.689, DE 13 DE JUNHO DE 2003. (PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO A ALIMENTAÇÃO –PNAA)

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OUTRAS QUESTÕES

 § 4º O benefício de que trata este artigo não pode

ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. Alterado pela LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011 – DOU DE 07/07/2011

 § 5º A condição de acolhimento em instituições de

longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. Alterado pela LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011 – DOU DE 07/07/2011

(88)

SÚMULA 79 DA TNU

• Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, por prova testemunhal.

(89)

SÚMULA 80 DA TNU

• Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistente social ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no

(90)

CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO

Morte do beneficiário (não dá direito de pensão

por morte aos dependentes

Quando cessar a incapacidade

Renda mensal per capita ultrapassar o limite

legal

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Referências

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