• Nenhum resultado encontrado

MODELO MATEMÁTICO PARA O PLANEJAMENTO DE MANOBRAS DE LOTES DE VAGÕES EM UM TERMINAL FERROVIÁRIO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MODELO MATEMÁTICO PARA O PLANEJAMENTO DE MANOBRAS DE LOTES DE VAGÕES EM UM TERMINAL FERROVIÁRIO"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

MODELO MATEMÁTICO PARA O PLANEJAMENTO DE MANOBRAS DE LOTES DE VAGÕES EM UM TERMINAL FERROVIÁRIO

Lucas de Barros Pimenta Rodrigo de Alvarenga Rosa

Letícia Anechini Zanotti Bruno Santos Arrivabeni

Patrícia Costa Louzada José Reynaldo Gama Vieira

Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil RESUMO

O transporte ferroviário vem crescendo no Brasil nos últimos anos e, assim, é necessário aumentar a capacidade das ferrovias. Uma forma de aumentar a capacidade das ferrovias é tornar os terminais ferroviários mais eficientes reduzindo o tempo de estadia dos vagões nestes terminais. Então, este artigo propõe um modelo matemático baseado no Resource Constrained Project Scheduling Problem para realizar o planejamento das manobras no terminal em função dos lotes ferroviários que serão recebidos por dia visando minimizar o tempo de atraso na execução das tarefas. Após revisão da bibliografia, não foi encontrado nenhum modelo matemático como o proposto para este tema. O modelo matemático foi testado com dados reais do maior terminal de grãos e siderúrgicos do Espírito Santo. Os resultados mostraram o impacto dos recursos disponíveis no tempo total de estadia e a eficiência do modelo para ser usado na prática.

ABSTRACT

Rail transport is growing in Brazil in recent years and thus it is necessary to increase the capacity of the railways. One way to increase the railways capacity is making rail terminals more efficient, i.e., decreasing the total stay of wagons in these terminals. So, this paper proposes a mathematical model based on the Resource Constrained Project Scheduling Problem to carry out the planning of the maneuvers in the terminal depending on the rail lots that will be received per day to minimize the delay of stay of wagons. After literature review, no mathematical model was found as proposed for this theme. The mathematical model was tested with real data from the largest grain and steel terminal of the Espírito Santo state. The results show the impact of the resources available in the total time of stay and the efficiency model for use in practice.

1. INTRODUÇÃO

A carga transportada pelas ferrovias brasileiras aumentou 133% entre os anos de 1997 e 2012, passando de 137,2 bilhões de TKU para 320,0 bilhões de TKU (CNT, 2013). Compondo esse sistema, destaca-se a importância dos pátios ferroviários, uma vez que esses impactam sobremaneira os custos e os resultados operacionais da ferrovia. Os pátios ferroviários representam mais de 50% dos custos de uma nova ferrovia. Um terminal ferroviário é um pátio ferroviário especializado em carregamento e descarregamento de cargas e estima-se que 70% de toda a frota de vagões de uma ferrovia fiquem, em um dado momento, dentro de um terminal ferroviário realizando alguma atividade e que passam mais da metade de sua vida útil dentro de pátios ferroviários (ROSA, 2016).

Cada trem, em função da sua formação e de sua carga transportada, deve passar por um conjunto específico de atividades para concluir seu carregamento e/ou descarregamento visando estar liberado para iniciar outra viagem. O tempo para concluir estas atividades é crítico para o desempenho operacional da ferrovia. Essas atividades são denominadas manobras ferroviárias, que demandam diversos recursos. Dentre as manobras ferroviárias, citam-se: movimentação entre linhas, descarregamento/carregamento, inspeções, testes, etc. Elas demandam diversos recursos para serem executadas, a saber: linhas de pátio, operadores de trem, operadores de manobra, locomotivas, terminais de descarga e carregamento. Esses

(2)

recursos são usualmente escassos, devido ao alto valor de aquisição, manutenção e/ou instalação. Com a finalidade de adequar o processamento dos trens a realidade prática, convencionou-se a divisão desses trens em lotes de 40 vagões. Dessa maneira, os trens que chegam ao terminal são separados na quantidade de 40 vagões, para viabilizar a realização das manobras e a formulação do modelo.

Como diversos trens operam simultaneamente em um terminal, suas manobras podem concorrer por um mesmo recurso. Assim, o planejador das manobras deve tomar a decisão de entregar um recurso para um trem operar e paralisar a operação de outro trem que ficará aguardando esse mesmo recurso. Essas decisões visam à redução do tempo de estadia de todos os trens. Planejar estas atividades e a alocação dos recursos do terminal visando reduzir o tempo de estadia do material rodante no terminal ferroviário é uma tarefa complexa. Apesar disso, atualmente, na grande maioria das ferrovias, este processo é feito de maneira manual e empírica.

Assim sendo, este artigo propõe um modelo matemático para planejamento das manobras ferroviárias e respectivas alocações de recursos com o objetivo de reduzir o tempo total de estadia do material rodante no terminal ferroviário. Na pesquisa bibliográfica realizada, foram encontrados alguns artigos que tratam de pátios ferroviários. Boysen, Jaehn e Pesch (2011) formularam um problema de sequenciamento básico de transbordo de contêineres em trens, utilizando pórticos e considerando áreas de estocagem e tendo como função objetivo a minimização do número de contêineres em que o transbordo não poderia se realizar para os trens planejados. Kellner, Boysen e Fliedner (2012) apresentaram uma solução para a localização ideal de estacionamento de vagões carregados com contêiner, denominando o problema como Train Location Problem (TLP), que tem por objetivo reduzir a movimentação vertical e horizontal das pontes rolantes e, consequentemente, agilizar o processamento dos trens posicionados para transbordo. Rosa (2009) apresentou um modelo de simulação aplicado à avaliação de capacidade dos recursos de um terminal ferroviário. Weigmans et al. (2007) exploraram, por meio de simulação, a comparação de um novo tipo de pátios de manobra integrados a redes de abastecimento (Hub-and-spoke) utilizando eficientes técnicas de transbordo de contêineres de um vagão para outro com o tradicional sistema de classificação de vagões por gravidade, em comparação o tradicional sistema de classificação de vagões por gravidade.

Poucos, no entanto, abordaram o tema de forma mais específica. He et al. (2003) citaram a importância da criação e implantação de modelos matemáticos para auxiliar os Controladores de Pátios e Terminais (CPT) nas decisões que tem que tomar em pátios ferroviários, não considerando as interfaces de carregamento e descarga de vagões. He et al. (2003) descrevem que o principal papel do CPT é centrado em como fazer as possíveis conexões entre os trens que chegam e partem. Após extensa pesquisa bibliográfica, não foi encontrado nenhum artigo que utilizasse um modelo matemático para o planejamento das manobras em um terminal ferroviário.

Para testar o modelo matemático proposto, o mesmo foi aplicado a um caso real de um terminal ferroviário localizado no estado do Espírito Santo em um grande complexo portuário tendo como objetivo receber por transporte ferroviário vagões do tipo Hopper, carregados de granéis agrícolas (principalmente soja e farelo de soja) da Região Centro-Oeste e do Oeste do estado de Minas Gerais com vistas a formar carga em seus armazéns para carregar navios que

(3)

levarão estes granéis agrícolas para o exterior e vagões do tipo plataforma carregados com produtos siderúrgicos de duas grandes usinas siderúrgicas do interior do estado do país. Os resultados mostraram que o modelo foi capaz de analisar os recursos críticos e reduzir o tempo total de atraso para realizar as manobras.

O artigo é organizado como segue: na Seção 2 tem-se uma revisão teórica sobre manobras em terminais ferroviários, bem como a pesquisa bibliográfica de um modelo que se adequasse as características desse contexto. Já na Seção 3, é apresentada a metodologia em que o artigo foi desenvolvido. Na Seção 4 apresenta-se o modelo matemático proposto. Na Seção 5 são apresentados os resultados obtidos. Finalmente, na Seção 6, tem-se a apresentação das conclusões.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Um pátio ferroviário pode ser explicado como um local especial de manobras e movimentação de cargas, ligado a uma ferrovia onde trens são processados, realizando as seguintes atividades: coletas, manobras, descargas, momentânea alocação, carregamentos e/ou reorganização (BOYSEN, 2013). São formados por diversas linhas, normalmente agrupados em feixes, que formam subpátios. Esses, por sua vez, assim são separados visando agilizar as manobras ferroviárias (ROSA, 2016).

As operações ferroviárias típicas normalmente encontradas em pátios ferroviários podem ser congregadas, de uma maneira geral, nas seguintes atividades: recebimento e inspeção de entrada, classificação ou separação, espera por anexação, manobra de triagem e anexação e inspeção de saída e partida (PETERSEN, 1977).

Um pátio ferroviário é composto por linhas ferroviárias, materiais rodantes para executar as manobras, áreas de carregamento e descarga de produtos, pessoal treinado para as manobras ferroviárias e outros recursos. Terminais ferroviários são pátios ferroviários especializados em carregamento e descarga de materiais, principalmente alocados em locais de grande movimentação de cargas, como complexos portuários ou regiões de transbordo intermodais (ROSA, 2016).

Existem algumas aplicações de modelos matemáticos aplicados a terminais ferroviários, que, no entanto, não consideram o planejamento das atividades mediante os recursos disponíveis em um terminal ferroviário. Blasum et al. (1999) citam a aplicação de um modelo de otimização para reduzir a necessidade de manobras para formação de trens na manhã seguinte, após o posicionamento em um galpão de transbordo, dado a chegada dos trens em um dia e o planejamento de partida de trens no dia seguinte. Dahlhaus et al. (2000) abordam a necessidade de linhas para classificação de vagões, em um pátio com classificação por gravidade, com base na chegada de trens, formação de novas composições e, sobretudo, quantidade de clientes.

He et al. (2003) desenvolveram em sua pesquisa um modelo matemático aplicado inicialmente a um pátio simplificado, com um humpyard (estrutura de classificação de vagões por gravidade, por meio de uma crista, onde os vagões são separados e manobrados), uma locomotiva de manobra e uma máquina de chave, para a partir disso, aumentarem a quantidade de recursos. Ainda assim, não abordaram a realização de manobra de triagem sem

(4)

classificação de vagões, bem como, a interface com processos de carregamento e descarga de vagões que não utilizam carga de contêiner.

No que tange o modelo matemático utilizado, na literatura científica é proposto o Resource

Constrained Project Scheduling Problem (RCPSP), que tem por objetivo a minimização do

tempo entre o início e o fim de uma sequência de atividades, chamado makespan. O RCPSP é um problema de otimização combinatória que considera recursos limitados e atividades com quantidade de recursos e durações estabelecidas, ligadas por relações de precedências. Ele realiza o sequenciamento desses processos atividades e alocação de recursos limitados, ou seja, ele, designando um recurso para uma determinada atividade de forma que os recursos alocados não excedam a disponibilidade.

O RCPSP pode realizar a alocação de recursos renováveis ou não renováveis. Os recursos renováveis são limitados em quantidade, mas podem ser utilizados mais de uma vez, enquanto os nãos renováveis têm sua quantidade limitada para o projeto como um todo e podem ser utilizados uma única vez. No sequenciamento de atividades o RCPSP permite que as atividades sejam realizadas sem interrupção ou possam ser interrompidas.

O Resource Constrained Project Scheduling Problem (RCPSP) com variantes é encontrado na literatura científica para aplicações práticas em diversas áreas, como distribuição de energia (OKUBO et al., 2015), aeronaves em aeroportos (KELLENBRINK e HELBER, 2015). Okubo et al. (2015) propuseram uma nova variante chamado RCPSP / πRC, que lidava com restrições realistas de distribuição de energia apresentando um modelo de programação inteira (IP) e um modelo de programação por restrições (CP) do RCPSP / πRC, além do algoritmo de cálculo chamado mask calculation algorithm para restringir modos para a RCPSP / πRC usando tempo e consumo de recursos. Kellenbrink e Helber (2015) analisaram o problema dos projetos de agendamento usando o RCPSP em turnos de aeronaves em aeroportos, supondo que a estrutura era fornecida com antecedência, como uma estrutura flexível e introduziram os conceitos de atividades opcionais e atividades dependentes e também apresentaram um Algoritmo Genético (GA) para resolver este tipo de problema. Depois desta revisão, não se encontrou nenhum artigo que especificamente tratasse do planejamento das manobras ferroviárias em terminais ferroviários considerando a utilização de todos os recursos do terminal.

3. METODOLOGIA

O terminal ferroviário em estudo, como muitos terminais ferroviários localizados em complexos portuários, recebe os vagões do tipo Hopper, carregados de granéis agrícolas (soja, milho, feijão e farelo de soja) da Região Centro-Oeste e da região do triângulo mineiro, zona oeste do estado de Minas Gerais, com objetivo de formar carga para carregar navios que levarão estes granéis agrícolas para o exterior. Este terminal também é responsável pelo recebimento e movimentação de vagões do tipo plataforma, carregados com produtos siderúrgicos, a fim de atender duas grandes usinas siderúrgicas do interior do país, que também buscam o terminal portuário para exportar seus produtos.

Esses produtos só têm a opção de chegar ao terminal por meio ferroviário. No retorno destes vagões duas opções podem ocorrer: os vagões retornam vazios para carregar novamente ou os vagões são manobrados para a área de carregamento de fertilizante (no caso do vagão tipo

(5)

Hopper) ou para terminal de carregamento de produtos siderúrgicos (vagões plataforma), para só então os trens serem novamente formados e liberados para viagem.

O fertilizante, a ser carregado nos vagões, vem pelo modal marítimo do exterior e é descarregado do navio e armazenado nos armazéns para posterior carregamento dos vagões. Já os vagões plataforma, quando carregados com produtos de retorno, possuem sua carga siderúrgica vinda de um ramal ferroviário ligando o terminal ferroviário em estudo a uma usina siderúrgica situada ao lado desse complexo portuário. Da mesma forma que outros terminais ferroviários, os dois produtos de retorno (fertilizantes e produtos siderúrgicos) podem sair do terminal por transporte ferroviário e/ou por transporte rodoviário dependendo da opção do cliente. Neste artigo, será tratado somente o transporte ferroviário.

As tarefas pelas quais os vagões devem passar para poderem ser liberados para viajar serão explicadas a partir da Figura 1 onde é apresentada a disposição física dos principais recursos do terminal e da descrição abaixo. Este desenho do terminal é conhecido como Mapa de Pátio. Esse terminal ferroviário pode ser caracterizado por um pátio combinado, que, segundo Rosa (2016), é um tipo de pátio que não possui as áreas de recepção, classificação de vagões e formação bem definidas, podendo usar todas as linhas para as funções citadas.

Similar a diversos terminais ferroviários, esse terminal possui linhas de acesso dos lotes aos diversos recursos em que serão processados. Para esse processamento é necessário que sejam realizadas as manobras ferroviárias de posicionamento, tração e retirada. São recursos desse terminal: duas moegas de descarregamento de vagões Hopper com granéis agrícolas, três balanças estáticas para pesagem de vagões, uma área de carregamento de fertilizante e outra para carregamento de vagões plataforma com produtos siderúrgicos e duas linhas de limpeza de vagão que podem ser usadas pelos vagões de granéis agrícolas após descarregarem na moega e antes de serem posicionados para carregamento de fertilizantes. Além dos recursos citados estão disponíveis duas locomotivas de manobra (operadas por maquinistas de pátio), três manobreiros e uma equipe de inspeção mecânica. Todos dedicados exclusivamente ao terminal.

À medida que os trens vão chegando ao terminal, eles são manobrados e separados em lotes de quarenta vagões de uma mesma carga e de um mesmo cliente. Nessa manobra, são necessários uma locomotiva e um oficial. Essa quantidade de vagões em um lote foi definida baseada nas capacidades de tração das locomotivas de manobra, somado às restrições dos tamanhos das linhas de carregamento, limpeza e descarga. Essa restrição também auxilia na programação de recebimento e partida dos trens, uma vez que o trem tipo da ferrovia que abastece esse terminal é de oitenta vagões. Após isto são verificados os documentos dos vagões pelos manobreiros. A partir da confirmação que a documentação está correta, o lote de vagões é direcionado para o processo de pesagem assim que uma balança, uma locomotiva e um manobreiro estiverem disponíveis. Depois de pesado, os recursos balança, locomotiva e manobreiro são liberados para serem usados por outras operações e o lote é manobrado para a próxima etapa que é a descarga.

Este lote então aguarda que uma das moegas (no caso dos vagões do tipo Hopper) ou que o Terminal Siderúrgico (vagões do tipo plataforma) esteja disponível. Tendo um desses pontos de descarga disponíveis (Moega 1 ou 2 ou o Terminal Siderúrgico), somado a uma locomotiva e um manobreiro, o lote é, então, manobrado até o ponto de descarga. Nesses

(6)

pontos de descarga ocorre o processo de descarregamento do lote. Uma vez que tenha sido realizada a descarga de todos os vagões do lote, ele é direcionado para o processo de inspeção. Os recursos moega, locomotiva e manobreiro são liberados. Uma equipe de inspeção mecânica avalia se os vagões estão liberados para viajar ou se terão que passar por alguma manutenção.

Figura 1: Mapa de pátio simplificado do Terminal Ferroviário em estudo

De forma análoga a diversos terminais ferroviários, nem todos os lotes que descarregaram terão programa de carregamento no terminal. A maior parte deles, inclusive, retorna ao ponto de carregamento vazio. No entanto, para aqueles que passarão pelo processo de carregamento, existe um processo específico que somente os vagões que carregarão fertilizantes devem ser submetidos. Eles devem passar pelo processo de limpeza por ar comprimido. Para ocorrer essa operação é necessário realizar a manobra de posicionamento desses lotes na limpeza. Para realizar essa manobra é preciso reservar uma locomotiva, um manobreiro e uma linha de limpeza. Os vagões do tipo plataforma, pelo fato de não carregarem produtos granéis, não precisam passar por esse processo de limpeza.

Depois da limpeza concluída, esses lotes, bem como os lotes de vagão plataforma que tem programa de carregamento devem ser direcionados aos pontos de carregamento. Para isso são necessários uma locomotiva, um manobreiro e os respectivos pontos de carregamento de fertilizantes e de produtos siderúrgico livres. Após carregar, esses lotes devem ainda passar pela pesagem para viabilizar as informações necessárias para o processo de documentação. Novamente, para pesagem, são necessárias uma locomotiva, um manobreiro e uma balança disponíveis. Qualquer uma das balanças pode ser utilizada. Após pesado, libera-se a balança e os recursos locomotiva e manobreiro.

A partir desse momento, os lotes devem esperar pela preparação da documentação de viagem, que é realizada pelo manobreiro e então serem liberados para a estação a fim de que ela possa

(7)

colocar uma locomotiva de viagem e iniciar a viagem. A estadia termina quando os vagões são liberados para a estação. O tempo de preparação da documentação é maior para vagões carregados do que vazios, uma vez que para os primeiros, são necessários nota fiscal e despacho dos materiais carregados, enquanto dos lotes vazios não.

Para cada uma dessas manobras existe um tempo conhecido por dados históricos do terminal. Por exemplo, para o processo de carregamento e descarregamento do hopper, i.e., carregamento de grãos, limpeza e carregamento de fertilizante, têm as seguintes atividades: Manobra lotes, 1 hora; Conferir documentos, 2 horas; Pesar – 3 horas; Descarregar, 3 horas; Inspecionar, 2 horas; Manobra para limpeza, 2 horas; Carregamento, 12 horas; Pesar, 3 horas e documentação, 2 horas. Estes tempos são definidos para todos os processos do terminal. Para entendimento do artigo, convencionaram-se os valores de tempo particionados em 30 minutos. Assim, quando uma atividade tiver necessidade de durar 3 (três) unidades de tempo, ela demandará 1h30min dos recursos necessários. Isso se deve ao fato de que num contexto de manobra ferroviária de carga as atividades não têm necessidade de planejamento e execução em uma escala de maior detalhe. O terminal estudado possui 3 manobreiros, 2 locomotivas, 3 balanças, 2 moegas, 1 área de descarga de siderúrgicos, uma linha de limpeza, 1 carregador de fertilizante e uma área de inspeção. A Tabela 1 apresentada os recursos necessários e suas respectivas quantidades para cada tarefa que o lote precisa executar no terminal.

Uma vez descritas às operações necessárias para o carregamento e descarregamento dos lotes de vagões dos tipos Hopper e Plataforma, foram coletados dados do terminal ferroviário estudado entre os seis primeiros meses do ano de 2016 e escolheu-se sete dias de forma aleatória da movimentação do terminal de grãos e de produtos siderúrgicos que são os 7 primeiros cenários da Tabela 2. O Cenário 2, por exemplo, a demanda de manobra a ser realizada pelo modelo foi de 4 lotes. Um lote seria apenas processado na descarga de grãos e após isso viajaria vazio, outro seria na descarga de grãos e carregamento de fertilizantes, para então viajar, um terceiro seria apenas na descarga de plataformas, sem demanda para carregamento e um quarto descarregaria e carregaria os vagões plataforma, para então ser processado para viajar.

Tabela 1: Recursos demandados por cada tarefa

Os Cenários 8, 9 e 10 são equivalentes aos Cenários 4, 5 e 6, respectivamente, porém com mais 1 recurso manobreiro. Os Cenários 11, 12 e 13 são equivalentes aos Cenário 4, 5 e 6, respectivamente, porém com mais 1 recurso locomotiva. Assim, foram propostos 13 cenários, Tabela 2, para testar o modelo.

Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat. Hopper Plat.

Manobra Lotes 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Conferir documentos 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pesar 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Descarregamento 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Inspecionar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 Manobra Limpeza 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 Carregamento 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 Pesar 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Documentação 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Carreg. Fertil. Port. Desc. Sider. Mecânico Insp. Tarefas Manobreiro Locomotiva Balança Moega Grão Port. Carg. Sider.Linha limpeza

(8)

Tabela 2: Cenários de teste do modelo

4. MODELO MATEMÁTICO PROPOSTO

O modelo matemático proposto tomou como base o Resource Constrained Project Scheduling

Problem (RCPSP) e foi inspirado em um processo industrial, onde a indústria recebe matéria

prima, transforma e produz um produto final. Similar a um processo industrial, o pátio ferroviário recebe vagões carregados e os transforma em vagões vazios e o mesmo no sentido do vazio para o carregado. Assim, cada lote de vagão pode ser visto como uma atividade que deve passar por um conjunto de tarefas em uma ordem específica (descarregamento, manobras, carregamento, inspeções, testes, etc.) que demanda cada uma, um conjunto de recursos (locomotivas, manobreiros, áreas de limpeza e terminais de descarga e carregamento). Muitos desses recursos são demandados por diversas tarefas ao mesmo tempo, havendo um conflito para disponibilizá-los, o que pode vir a gerar atrasos para realização de alguma manobra e, consequentemente, para o lote de vagão. No caso estudado pelo modelo, além dessa concorrência, há o fato das atividades terem que seguir uma sequencia de processamento definida. Dessa maneira, há uma matriz de precedência das atividades.

O modelo proposto é uma adaptação do RCPSP encontrado na literatura e visa planejar a sequência de atividades de um terminal ferroviário. Considerando recursos limitados, tem como características a introdução de um horário solicitado de início para cada atividade, tendo como efeito a alteração na função objetivo (FO).

A introdução do horário solicitado de início para cada atividade pelo usuário garante que a atividade não comece antes do horário determinado e a alteração da FO minimiza a somatória dos atrasos de todas as atividades no lugar do makespan. Optou-se pela alteração da FO uma vez que minimizar a somatória dos atrasos é mais interessante para o problema estudado, pois significa diminuir os custos operacionais. Ela garante que as atividades fora do caminho crítico (uma sequência de atividades que não podem atrasar sem impactar o horário de conclusão da última atividade), se houverem, sempre tenham início o mais cedo possível, gerando a menor somatória dos atrasos.

Os conjuntos do modelo matemático são: - conjunto de atividades que varia de 1 a J; - conjunto de períodos de tempo que varia de 1 a T; - conjunto de tipos de recursos que varia de 1 a K. Os parâmetros do modelo são: - tempo de processamento da atividade ∈ ;

-Descarga de grãos Descarga de grãos e carreg. de fertilizante Descarga de plataforma Descarga e carreg. de plataforma Mano-breiro Loco-motiva Balança Moega Grão Pórtico Carreg. Sider. Linha Limpeza Carreg. Fertili-zante Pórtico Descar. Sider. Mecânico Inspeção Horizonte planejam. (h) 1 1 1 3 2 3 2 1 2 1 1 1 36 2 1 1 1 1 3 2 3 2 1 2 1 1 1 36 3 4 3 2 3 2 1 2 1 1 1 36 4 4 1 2 1 3 2 3 2 1 2 1 1 1 48 5 8 2 1 1 3 2 3 2 1 2 1 1 1 48 6 9 1 2 3 2 3 2 1 2 1 1 1 48 7 10 2 2 2 3 2 3 2 1 2 1 1 1 60 8 4 1 2 1 4 2 3 2 1 2 1 1 1 60 9 8 2 1 1 4 2 3 2 1 2 1 1 1 60 10 9 1 2 4 2 3 2 1 2 1 1 1 60 11 4 1 2 1 3 3 3 2 1 2 1 1 1 60 12 8 2 1 1 3 3 3 2 1 2 1 1 1 60 13 9 1 2 3 3 3 2 1 2 1 1 1 60 Nº Lotes C e n á ri o Recursos

(9)

número de tipos de recursos; - disponibilidade do recurso ∈ ; - quantidade do recurso ∈ que a atividade ∈ necessita; - momento de chegada do lote de vagões ∈

; - horizonte de planejamento; - predecessoras da atividade ∈ , assumindo o valor de 1 se a atividade ℎ ∈ é predecessora de ∈ , e 0 caso contrário. A variável de decisão do modelo é que assume o valor 1 se a atividade ∈ termina no instante t e 0, caso contrário. Função objetivo: − − (1) Restrições: = 1 ∈ (2) #$%&$' ( = 0 ∈ (3) #*%&* | ,$* ≤ − #$%&$ | ,$* ∈ , ℎ ∈ (4) / %&$' / ≤ ∈ (5) ∈ 00,11 ∈ , ∈ (6)

A função objetivo, Equação (1), que deve ser minimizada, representa a soma da diferença entre a chegada do lote de vagões até o seu atendimento. As Restrições (2) asseguram que cada atividade é realizada apenas uma vez e as Restrições (3) asseguram que a atividade não terá início antes do horário solicitado. As relações de precedência estão definidas nas Restrições (4) e as restrições relativas aos recursos disponíveis são dadas pelas Restrições (5). As Restrições (6) definem a variável binária de decisão.

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Utilizou-se o CPLEX 12.6 para executar o modelo matemático proposto em um computador com processador Intel i7 com 16GB de memória RAM. Um resumo dos resultados para cada cenário é apresentado na Tabela 3.

Pode-se observar na Tabela 3 que o CPLEX alcançou o resultado ótimo para 12 dos 13 cenários testados. Somente o Cenário 7 que é o maior cenário testado com 16 lotes não alcançou o resultado ótimo, apresentando GAP de 0,19%, após 5 horas e 39 minutos de execução. Vale ressaltar que este é um dia atípico do terminal, tendo sido o recorde de movimentação. Para avaliar os cenários, como visto anteriormente, serão comparados os

(10)

Cenários 4, 8 e 11, sendo o Cenário 4 o cenário base e o Cenário 8 e 11 são idênticos ao Cenário 4, aumentado, respectivamente, 1 manobreiro e 1 locomotiva. Pelo gráfico (a) da Figura 2, pode-se perceber que o Cenário 4 gerou um atraso médio de 9,1 horas. O aumento de locomotiva, Cenário 11, traz uma diminuição maior do atraso médio dos lotes, 8,5 horas. O Cenário 8, aumento de 1 manobreiro, trouxe uma diminuição em relação ao Cenário 4, 9,0 horas. Esta redução foi pequena e foi menor que a redução do Cenário 11. Apesar de que o aumento de locomotivas gera mais custo para o terminal do que o de manobreiro.

Uma outra avaliação foi entre os Cenários 5, 9 e 12, sendo o Cenário 5 o cenário base e o Cenário 9 e 12 idênticos ao Cenário 5, aumentado, respectivamente, 1 manobreiro e 1 locomotiva. Pelo gráfico (b) da Figura 2, pode-se perceber que o Cenário 5 gerou um atraso médio de 12,5 horas. O aumento de locomotiva, Cenário 12, traz uma diminuição maior do atraso médio dos lotes, 11,6 horas. O Cenário 9, aumento de 1 manobreiro, trouxe uma diminuição em relação ao Cenário 5, 12,3 horas. Esta redução foi pequena e foi menor que a redução do Cenário 12.

Tabela 3: Resultados Encontrados pelo CPLEX

Uma outra avaliação foi entre os Cenários 6, 10 e 13, sendo o Cenário 6 o cenário base e o Cenário 10 e 13 idênticos ao Cenário 6, aumentado, respectivamente, 1 manobreiro e 1 locomotiva. Pelo gráfico (c) da Figura 2, pode-se perceber que o Cenário 6 gerou um atraso médio de 12,2 horas. O aumento de locomotiva, Cenário 13, traz uma diminuição maior do atraso médio dos lotes, 11,2 horas. O Cenário 10, trouxe uma diminuição em relação ao Cenário 6, 11,7 horas. Esta redução foi pequena e menor que a redução do Cenário 13.

De forma análoga a diversos terminais ferroviários, observando os resultados obtidos no gráfico, conclui-se que os recursos Manobreiro e Locomotiva realmente estavam servindo como gargalo da movimentação dos lotes no terminal ferroviário em estudo. No entanto, apesar de ser demandado em uma menor quantidade de manobras que o recurso Manobreiro, o recurso Locomotiva tem, nos cenários iniciais, a quantidade disponível de apenas dois, sendo mais escasso que o recurso Manobreiro, que possui quantidade disponível de 3.

Desta forma, pode-se perceber a relevância de um modelo como o proposto neste artigo que auxilie o planejamento operacional das manobras de um terminal ferroviário, bem como, o planejamento estratégico de recursos a serem alocados no terminal.

Cenário Tempo de Execução (s) FO (período de 30 min) UB (h) LB (h) GAP (%) Tempo médio de atraso por manobra (h) 1 1,0 169,0 - - 0,0 4,7 2 1,0 475,0 - - 0,0 6,6 3 1,0 381,0 - - 0,0 5,3 4 18,0 1314,0 - - 0,0 9,1 5 499,0 2698,0 - - 0,0 12,5 6 7077,0 2634,0 - - 0,0 12,2 7 20365,0 - 4720,0 4710,9 0,19 16,4 8 16,0 1297,0 - - 0,0 9,0 9 23,0 2655,0 - - 0,0 12,3 10 4.162,0 2528,0 - - 0,0 11,7 11 12,0 1228,0 - - 0,0 8,5 12 34,0 2515,0 - - 0,0 11,6 13 487,0 2413,0 - - 0,0 11,2

(11)

Figura 2: Resultados do CPLEX, Cenários: a) 4, 8 e 11; b) 5, 9 e 12; c) 6, 10 e 13

6. CONCLUSÃO

Este artigo propôs um modelo matemático baseado no RCPSP para o planejamento de manobras de trens em um terminal ferroviário, considerando recursos limitados e com o objetivo de minimizar a estadia dos vagões no terminal. Por meio da revisão de literatura não foi encontrado, até o presente momento, um modelo matemático para o planejamento das manobras em um terminal ferroviário.

Os cenários analisados mostraram que o CPLEX consegue resolver cenários que representam um dia padrão de operação do terminal, no entanto, em cenários atípicos, o CPLEX não conseguiu chegar a uma solução ótima, porém chegou a uma solução bem próxima da ótima, com gap de apenas 0,19%, apesar de ter levado aproximadamente 5 horas para executar. O modelo matemático proposto mostrou-se adequado para a minimização da somatória dos atrasos de todas as manobras sequenciadas e ser uma ferramenta útil para melhorar a gestão de recursos em um terminal ferroviário e aumentar sua eficiência. O modelo se apresentou eficaz para sequenciar manobras que necessitam de recursos limitados, determinar espaços vazios no planejamento das atividades, determinar quais recursos são mais solicitados e onde está o gargalo na operação. Foi possível visualizar os recursos que mais impactam no tempo de estadia total, o que pode servir de ferramenta de auxílio a investimentos e planejamento de mão-de-obra. Por outro lado, o modelo também pode ser utilizado para alocar atividades que não haviam sido planejadas nos espaços vazios e ainda determinar quais são os melhores horários para realização de manutenção dos recursos ou intervalos para trocas de turno. Propõe-se como possível continuação da pesquisa a elaboração de uma meta-heurística para solução do estudo proposto visando reduzir o tempo de processamento, permitindo inclusive a reprogramação dinâmica do terminal, quando uma manobra não prevista inicialmente tiver de ser executada, mudando as premissas do planejamento em curso.

( a ) ( b ) ( c ) 9.1 9 8.5 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 8.8 8.9 9 9.1 9.2

Cenário 4 Cenário 8 Cenário 11

T em p o m éd io d e at ra so ( h ) 12.5 12.3 11.6 11 11.2 11.4 11.6 11.8 12 12.2 12.4 12.6

Cenário 5 Cenário 9 Cenário 12

T em p o m éd io d e at ra so ( h ) 12.2 11.7 11.2 10.6 10.8 11 11.2 11.4 11.6 11.8 12 12.2 12.4

Cenário 6 Cenário 10 Cenário 13

T em p o m éd io d e at ra so ( h )

(12)

Agradecimentos

Os autores agradecem à FAPES (458/2013, 0271/2016, 524/2016) e ao CNPq (477357/2013-0) pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abdolshah, M. A Review of Resource-Constrained Project Scheduling Problems (RCPSP) Approaches and Solutions. International Transaction Journal of Engineering, Management, Applied Sciences & Technologies, v. 5, n. 4, p. 253-286, 2014.

Blasum, U., Bussieck, M. R., Hochstättler, W., Moll, C., Scheel, H. H., & Winter, T. (1999). Scheduling trams in the morning. Mathematical Methods of Operations Research.

Bohlin, M., Gestrelius, S., & Khoshniyat, F. (2013). Simulation of planning strategies for track allocation at marshalling yards. In WIT Transactions on Modelling and Simulation. doi:10.2495/CMEM130381 Boysen, N., Emde, S., & Fliedner, M. (2016). The basic train makeup problem in shunting yards. OR Spectrum,

38, 207–233.

Boysen, N., Fliedner, M., Jaehn, F., & Pesch, E. (2012). Shunting yard operations: Theoretical aspects and applications. European Journal of Operational Research, 220, 1–14.

Boysen, N., Jaehn, F., & Pesch, E. (2011). Scheduling Freight Trains in Rail-Rail Transshipment Yards. Transportation Science, 45(2), 199–211.

CNT. O Sistema Ferroviário Brasileiro. Brasília: Confederação Nacional do Transporte. Disponível em: <www.cnt.gov.br>. Acesso em: 03 abr. 2016.

Dahlhaus, E., Horak, P., Miller, M., & Ryan, J. F. (2000). The train marshalling problem. Discrete Applied Mathematics, 103, 41–54.

Dunstall, S., & Commonwealth, T. (2004). Integration of stockyard and rail network : a scheduling case study, (January).

Freling, R., Lentink, R. M., Kroon, L. G., & Huisman, D. (2002). Shunting of Passenger Train Units in a Railway Station ERIM Report Series Research in Management. Erasmus.

He, S., Song, R., & Chaudhry, S. S. (2000). Fuzzy dispatching model and genetic algorithms for railyards operations. European Journal of Operational Research. doi:10.1016/S0377-2217(99)00383-5

He, S., Song, R., & Chaudhry, S. S. (2003). An integrated dispatching model for rail yards operations. Computers and Operations Research.

Kellner, M., Boysen, N., & Fliedner, M. (2012). How to park freight trains on rail-rail transshipment yards: The train location problem. OR Spectrum.

Liu, S. Q., & Kozan, E. (2009). Scheduling trains as a blocking parallel-machine job shop scheduling problem. Computers and Operations Research.

Liu, S. Q., & Kozan, E. (2011). Scheduling Trains with Priorities: A No-Wait Blocking Parallel-Machine Job-Shop Scheduling Model. Transportation Science, 45(2), 175–198. doi:10.1287/trsc.1100.0332

Ma, L., & Guo, J. (2014). Robust stage plan for a railway marshalling station. In Conference Proceedings - 2014 International Conference on System Science and Engineering, ICSSE 2014.

Marinov, M., Giovanni, L. Di, Bellisai, G., Clevermann, J., & Mastellou, A. (2014). Analysis of rail yard and terminal performances www.transport-literature.org. Journal of Transport Literature, 8(2), 178–200. Okubo, H.; Miyamoto, T.; Yoshida, S. Mori, K.; Kitamura, S.; Izui, Y.; Project scheduling under partially

renewable resources and resource consumption during setup operations. Computers & Industrial Engineering, p. 91-99, 24, Fev. 2015.

Riezebos, J., & van Wezel, W. (2009). k-Shortest routing of trains on shunting yards. OR Spectrum.

Rosa, R. A. (2009). Modelo de simulação aplicado à avaliação de capacidade dos recursos de um terminal ferroviário. XLI Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional (SBPO). Porto Seguro.

Rosa, R. A. Operação Ferroviária. Rio de Janeiro: Ed. LTC, v.01, 2016.

Weigmans, B. W., Stekelenburg, D. T., Versteegt, C., Bontekoning, Y. M. (2007). Modeling rail-rail exchange operations: An analysis of conventional and new-generation terminals. Transportation Journal 46 (4):5-20 Winter, T., & Zimmermann, U. T. (2000). Real-time dispatch of trams in storage yards. Annals of Operations

Research, 96, 287–315.

Lucas de Barros Pimenta, Rodrigo de Alvarenga Rosa (rodrigo.a.rosa@ufes.br), Letícia Anechini Zanotti, Bruno Santos Arrivabeni, Patrícia Costa Louzada e José Reynaldo Gama Vieira;

Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal do Espírito Santo - Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras – Vitória, ES, Brasil

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

O score de Framingham que estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver em dez anos DAC primária, clinicamente manifesta, utiliza variáveis clínicas e laboratoriais

Os extratos secos de soja utilizados como matéria-prima nas farmácias de ma- nipulação são padronizados para conter no mínimo 40% de isoflavonas totais, não sendo padronizada

Ainda segundo Gil (2002), como a revisão bibliográfica esclarece os pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e às contribuições oferecidas por

Os resultados deste estudo mostram que entre os grupos pesquisados de diferentes faixas etárias não há diferenças nos envoltórios lineares normalizados das três porções do

Note on the occurrence of the crebeater seal, Lobodon carcinophagus (Hombron &amp; Jacquinot, 1842) (Mammalia: Pinnipedia), in Rio de Janeiro State, Brazil.. On May 12, 2003,

Por outro lado, é necessário ressaltar que o comportamento dos custos (quer sejam Custos Fixos ou Custos Variáveis) pode apresentar alterações quando considerados os diversos

Analysis of relief and toponymy of the landscape based on the interpretation of the military topographic survey: Altimetry, Hypsometry, Hydrography, Slopes, Solar orientation,