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FOTONOVELA

A primeira revista de fotonovela, a "fotoromanzo", data de 8 de maio de 1947. Surgiu na Itália com o nome "Il mio sogno" ("Meu Sonho"), elaborada por Stefano Reda, jornalista apaixonado por literatura, e Giorgio Camis de Fonseca, diretor da Editora Novissima di Roma. Sobre a revista haviam as palavras "settimanale di romanzi d'amore a fotogrammi" e era composta por duas fotonovelas: "Nel fondo del cuore" ("No Fundo do Coração"), de Stefano Reda, e "Menzogne d'amore" ("Mentiras de Amor"), de Luciana Peverelli, protagonizadas por Glauco Selva e Resi Farrel.

As primeiras propostas não foram de histórias inéditas, mas fotos sequenciais de filmes conhecidos na época, tais como "Sissi", com Romy Schneider, "Violência na Estrada", com Luisa Ferida, e "Eliana e os Homens", com Ingrid Bergman.

Muitos ídolos do cinema protagonizaram fotonovelas, dentre eles Vittorio Gassman, Sofia Loren, Laura Antonelli, Silvana Pampanini, Gina Lolobrigida, Silvana Mangano, Raf Valone, Ornella Muti (Francesca Rivelli) Terence Hill (Mario Girotti), Massimo Serato, Jacques Sernas, Giuliano Gemma, Klaus Kinsky, Claudia Cardinale, Virna Lisi, Adriana Serra, Rick Battaglia.

No Brasil, a primeira revista de fotonovela publicada foi "Encanto – A romântica revista do amor", a princípio chamada de "foto-desenho". A número 01 data de 04/11/1949 e apresentava em capítulos, as estórias "Almas Torturadas", do romance de Albert Morris, e "Os Dois Amores de Ana", do romance de Ana Luce.

A primeira fotonovela com atores representando só foi publicada no exemplar nº 22, de 03/04/1950, com o título "Invencível Amor", baseada no romance de W. Poliseno.

Embora a revista "Grande Hotel" circulasse desde 1947 com estórias em foto-desenho, só em seu exemplar nº 210, de 31/07/1951, saiu a primeira fotonovela intitulada "O Primeiro Amor Não Morre. Os primeiros foto-desenho da revista número 01 intitulam-se Almas Acorrentadas do romance de M. Dukey e J.W. Symes e Lágrimas de Ouro do romance de Elisa Trapani.

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O primeiro número de "Capricho" circulou em 17/07/1952. Era uma revista de formato pequeno, publicada quinzenalmente. Mas, logo por decisão de seu criador, Victor Civita, dono da Editora Abril, ela aumentou de tamanho e passou a circular mensalmente.

As fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 30 anos, entre as décadas de 50 e 80, representando a ideia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional.

Nos anos 1970, mais de 20 títulos de revistas de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por várias editoras: Vecchi, Abril, Bloch, Rio Gráfica, Ersol e Prelúdio, sendo que, na época, ao contrário das demais editoras que importavam as fotonovelas da Itália, a Bloch produzia as suas aqui.

A revista "Sétimo Céu" usava como atores e atrizes cantores e cantoras famosos, principalmente do movimento Jovem Guarda e MPB, tais como: Roberto Carlos, Wanderlei Cardoso, Jerry Adriani, Paulo Sérgio, Valdirene, Ronnie Von, Antônio Marcos, Vanusa, Wanderléia, Martinha além de Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Maysa, Ângela Maria e claro, atores e atrizes de telenovela.

A Editora Abril também publicou fotonovelas na década de 60, com atores brasileiros em histórias ambientadas por aqui. Podemos citar dentre eles Fúlvio Stefanini, Adriano Reis, Jardel Filho, Carlos Eduardo Dolabela, Paulo Goulart, Moacir Deriquem, Fregolente, Sandra Brea,

Terezinha Mendes, Irma Alvarez.

Em pesquisa dos anos 70, as revistas de fotonovela só eram superadas, em venda, pelas de quadrinhos infantis. Alcançavam números fabulosos de vendas, uma média de quase 2 milhões de exemplares mensais: época de ouro para a leitura neste país pois, ao contrário do que muitos intelectuais afirmam ou afirmavam, as revistas de fotonovelas não eram e nunca foram literatura de segunda classe.

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As revistas de fotonovelas também traziam sempre muitas informações, como moda, literatura (contos e romances em capítulos), teatro, cinema, humor, televisão, publicidade, música, culinária, esportes, educação, comportamento, saúde e outros assuntos.

Na época, os meios de comunicação eram escassos e os que existiam só atingiam uma pequena parcela da população, ao contrário das revistas de fotonovelas que eram vendidas em bancas de grandes e pequenas cidades, sendo assim mais fácil de chegar até as mãos de pessoas ávidas de conhecimentos gerais e na maioria das vezes sendo emprestada para várias pessoas que não tinham poder aquisitivo para adquiri-las.

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