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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

“Nos termos do art.º 56.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, as atas são publicitadas na íntegra, mediante edital afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação, tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia externa das decisões”.

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CÂMARA MUNICIPAL

Ata n.º 16 da Reunião Ordinária de 11-09-2017

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município --- DATA - 11-09-2017 --- A reunião iniciou-se com a presença de: --- PRESIDENTE - João Albino Raínho Ataíde das Neves

VEREADORES - Carlos Ângelo Ferreira Monteiro - João Armando Pereira Gonçalves

- Ana Maria Sequeira da Silva Carvalho Oliveira - António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares - Anabela Marques Tabaçó

- Maria Teresa da Cruz Diniz Monteiro - Ana Catarina Jorge de Oliveira

ABERTURA DA REUNIÃO – Quinze horas e doze minutos, deu-se início à reunião, sendo a mesma secretariada pela Chefe de Divisão de Administração Geral e Recursos Humanos, Ana Sofia Ruivo Canas, coadjuvada pela Assistente Técnica, Filomena de Fátima Baeta Simões Aníbal Correia. --- FALTAS – O Vereador Luís Miguel Pereira de Almeida. --- ATA DA REUNIÃO ANTERIOR – A ata da reunião ordinária do dia 04 de setembro de 2017, depois de lida, foi posta à discussão e aprovada por maioria com uma abstenção do Presidente, por não ter estado presente na mesma. --- O Presidente deu início à reunião com o período para intervenção aberta ao público, em cumprimento dos n.ºs 1 e 2 do artigo 49.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. ---

1 - INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

1.1 - LUÍS ANTÓNIO RODRIGUES CARLOS – ASSUNTOS RELACIONADOS COM A CIDADE EM GERAL

O munícipe referiu que tinha em sua posse um documento, que apresentou há cerca de seis anos atrás, que continha o seu contributo para melhorar esta cidade, mas que o mesmo tinha sido ignorado. --- Começou por dizer que a rua Principal na Serra da Boa Viagem possuía saneamento, mas uma grande percentagem das ruas paralelas, não. Para além disso, gostaria de denunciar a escassez ou inexistência de transportes públicos para aquela zona, principalmente nos períodos de interrupção de aulas, como por exemplo no Natal, Páscoa ou Verão, o que afeta a população sénior. --- Realçou, também, que a funcionalidade do sistema de rega existente na cidade deixa muito a desejar, nomeadamente, aquele que se encontra entre a Ponte do

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Galante e a Rotunda do Pescador, em Buarcos, em que grande parte dos expressores regam a estrada e não a relva, bem como, o sistema de rega que se encontra junto às Muralhas de Buarcos e que está a danificar a mesma. --- Alertou para as diversas dificuldades que as pessoas com mobilidade reduzida tem, nomeadamente nas passadeiras junto às Muralhas de Buarcos, aos WC´s, como o da Praça do Forte, no parque das Abadias, os aparelhos desportivos e por as escadarias não possuírem um corrimão. --- Salientou, ainda, que foram elaborados projetos para a zona de Buarcos e Cabedelo, sem previamente falarem com as pessoas, por forma a perceber quais as suas opiniões, necessidades ou contributos. --- Referiu que o Presidente tinha considerado aquele como o “ano zero” do Turismo e que, com essa afirmação, desconsidera aquilo que tem sido o trabalho feito ao longo dos anos pelos figueirenses, principalmente em relação à hotelaria. --- Salientou a falta de apoio aos atletas figueirenses, nomeadamente em relação ao “porkito” que vai representar a Figueira da Foz no campeonato do mundo de Bodyboard, em Sintra, comparativamente aos vários eventos desportivos, que os apoiam, logística e financeiramente. --- Assim, solicitou que o Presidente assumisse como “compromisso”, que é o slogan para as próximas eleições, principalmente quanto à questão do saneamento básico para a Serra da Boa Viagem. --- O Presidente acolheu as sugestões trazidas pelo munícipe e respondeu que, em relação à falta de saneamento básico nalgumas ruas da Serra da Boa Viagem, por esta ser uma obra de avultada despesa e enorme investimento, que se repercutirá num aumento do valor do tarifário, optou-se por manter os valores, mantendo a equidade e equilíbrio orçamental previsto na Lei. --- Adiantou que, em relação à rede de transportes públicos, o município assegura a manutenção e o apoio dos mesmos apenas para o período de aulas e, por agora, não é sustentável a existência de outras opções. --- Relativamente ao sistema de rega, realçou que este é consecutivamente vandalizado e reparado, mas anotou com agrado as sugestões que foram dadas relativamente à mobilidade. --- Quanto aos PEDU´s de Buarcos e Cabedelo, frisou que não existiu uma negociação aberta e obedeceu-se a uma matriz, porque fazem parte de uma negociação que foi contratualizada com a justificação de diminuição do CO2, aumento das zonas pedonais e diminuição de tráfego e foi com base nesses parâmetros, que foram

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enquadrados os projetos, que estão sujeitos a uma apreciação. --- Esclareceu que, tal como já disse anteriormente, o “ano zero” refere-se à promoção turística, e não a um “ano zero” do turismo, o que está em causa é uma nova projeção e promoção do turismo, nunca no sentido de desvalorizar o que foi feito, mas no sentido de valorizar tudo o que é tradição. --- Em relação à utilização do nome “porkito”, referiu que a intenção deste ser colocado para promoção da cidade, lhe foi previamente transmitida e que para lhe ser atribuído algum apoio que o mesmo deverá ser solicitado. ---

1.2 - MANUEL SANTOS CARDOSO – ESTADO DO PISO DAS RUAS DA LOCALIDADE DO CAMARÇÃO

O munícipe passou à leitura de um documento e referiu que, em 22 de junho de 2017, esteve presente numa reunião de Câmara Municipal para manifestar o seu descontentamento pelo estado em que se encontra a rua dos Moinhos e a rua Henrique Azenha Matias, no Camarção, freguesia do Bom Sucesso. --- Salientou que, na altura, ficaram de verificar a situação, estando em causa cerca de 1.200 metros de tapete, e até agora nada foi feito, considerando que esta é uma condenação que está a ser feita àquela povoação. --- O Presidente realçou, e já o referiu várias vezes, que a Câmara Municipal tem uma grande tarefa e desafio pela frente, pois são cerca de 1.200 quilómetros de pavimentações, e esse cumprimento traduzido para todas as estradas municipais, torna-se um avultado investimento, que não tem apoio ou financiamento, ao contrário do PEDU´s que são cofinanciados. --- Sublinhou que o critério seguido é de intervir primeiramente nos troços principais (E.N.109 e E.N.111), troços secundários, e nos acessos a todas as freguesias a estes eixos dorsais mas, paralelamente, continua-se com a política de “acudir” às situações mais urgentes e degradadas. --- Salientou, contudo, que estas intervenções se vão protelar no tempo, totalizando-se um investimento que ascende a oito milhões de euros, e como a Câmara Municipal não dispõe desta quantia, têm-se conseguido libertar verbas, prevendo-se que prossigam com este sistema por mais quatro ou cinco anos. --- Concluiu, dizendo que em relação ao Camarção, freguesia do Bom Sucesso, será reapreciada em função dos critérios expostos e não lhe pode garantir que o mesmo seja realizado no imediato. --- O munícipe garantiu que a zona do Camarção é a que possui as zonas mais degradadas e discriminadas da freguesia do Bom Sucesso e questionou qual a razão

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desta zona ficar sempre para último. --- O Presidente referiu que as pavimentações são previamente articuladas com os Presidentes de Junta e que as opções são tomadas em conjunto. --- O Vereador João Armando solicitou que se esclarecesse sobre esta questão de quem escolhe as pavimentações que têm de ser feitas, se é a Junta de Freguesia ou a Câmara Municipal, para transmitir ao munícipe onde ele se deve dirigir. --- O Presidente referiu que as Juntas de Freguesias é que indicam quais as zonas a intervir, e depois, consoante a disponibilidade financeira da Câmara Municipal, vão sendo realizadas. ---

1.3 - MARIA DE FÁTIMA COVELO DA SILVA – LIMPEZA DE JARDIM CAMARÁRIO A munícipe referiu que mora há cerca de 20 anos na Quinta do Paço e o jardim, que fica em frente ao seu prédio, na rua Professor João Oliveira Coelho, nunca é limpo. Questionados, os Serviços de Limpeza afirmaram que aquele espaço não é da responsabilidade da Câmara Municipal. --- Assim, sugeriu que o referido jardim pudesse ser cimentado, inclusive, por o terreno ser íngreme, e evitaria situações de perigosidade iminentes. --- Realçou que, antes, costumava ser ela a limpá-lo mas cada vez se torna mais difícil fazê-lo, devido à idade. --- O Presidente sublinhou que aquele espaço os preocupa, e por isso, já anteriormente procederam à limpeza, evocando as mencionadas razões de perigosidade. --- Explicou que aqueles lotes pertencem a empresas privadas, que se encontram em situação de insolvência iminente ou em autogestão, mas pode-se sempre levantar um processo burocrático de intimação para que lhes sejam imputados os custos. Contudo, como está prevista uma intervenção profunda para aquela zona, vai solicitar junto dos Sapadores Florestais e dos Bombeiros Municipais para se proceder à limpeza imediata daquela zona, já que esta é a altura adequada para o fazer, entre outubro e março. --- O Vereador Carlos Monteiro acrescentou que houve uma altura em que os próprios moradores se encarregavam de tratar daquele jardim e nem queriam que os Serviços Camarários o fizessem. Mas tendo em conta a presente situação e pretendendo que se assumam responsabilidades, salientou que o Município solicitou aos técnicos para se clarificar melhor aquela situação e indagar junto do condomínio sobre qual a posição que pretende tomar e registam-na, devidamente, para se proceder em conformidade. ---

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1.4 - ANTÓNIO JOSÉ MAIA LOPES – RESOLUÇÕES DE VÁRIAS ANOMALIAS COM O PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE OBRAS N.º 15/2017 – DIVISÃO DE URBANISMO

O munícipe expôs a sua situação, relacionada com o processo n.º 15/2017, da Divisão de Urbanismo e solicita brevidade na sua resolução. --- O Presidente realçou que os problemas de carácter privado ou relacionados com outros proprietários têm que ser previamente resolvidos, e não sendo uma situação clara, não se pode licenciar a obra, mas para esclarecer melhor quais os respetivos impedimentos, passou a palavra à Vereadora Ana Carvalho Oliveira. - Entretanto, o munícipe referiu que gostaria de chamar o Sr. Monteiro para que lhe fosse também explicada a situação. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira esclareceu que o que está em causa é que foi feita uma ampliação a uma moradia e que a mesma não foi legalizada e, fruto de uma reclamação efetuada por um vizinho, verificou-se que a ampliação foi efetuada para uma serventia de inquilinos e, sendo esta uma situação que está a decorrer em Tribunal, enquanto assim estiver, a Câmara Municipal não pode licenciar a obra. --- O Sr. Monteiro referiu que não queria estar a ferir suscetibilidades, mas a questão é que não se podia considerar privado o Beco da Palmeira, se se tinha atribuído esse nome na Toponímia e considerado público, desde o dia 11 de setembro de 1999, e lamentou o facto do processo ainda se encontrar na Fiscalização. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira realçou que a irregularidade foi iniciada pelo munícipe, aquando da ampliação da sua habitação sem licença e, independentemente de qualquer ponto de vista, foi por isso que lhe foi instaurado um processo e é por isso que a Câmara Municipal o está a tratar como tal. Neste momento, continuam a aguardar a decisão do Tribunal. --- O Presidente esclareceu que, tendo em conta que o processo está a decorrer em Tribunal, o que se poderá adiantar é fazer o reconhecimento da titularidade do prédio, quer seja através de um registo ou uma evidência que o permita licenciar, caso contrário, deve aguardar-se que o Tribunal se pronuncie. ---

1.5 - FRANCELINA DE FÁTIMA MENDES ANTUNES – LIMPEZA DE TERRENO E JARDIM CAMARÁRIO QUE É CONSIDERADO TERRENO EM RISCO DE INCÊNDIO

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limpeza, risco de incêndio e as ratazanas que habitam num terreno situado entre os prédios da rua Prof. João Oliveira Coelho e rua António Medina Júnior, na Quinta do Paço, Tavarede. Falou, inclusive, com o responsável pela Divisão do Ambiente, Valter Rainho, que lhe garantiu que ia providenciar a limpeza do terreno e até agora nada tinha sido feito. Indagou uma funcionária da limpeza sobre essa questão que lhe respondeu que as ordens que tinha era de não limpar o terreno porque não pertencia à Câmara Municipal, mas julga que isso não é verdade, porque aqueles prédios são de habitação social, e a prova disso é que já anteriormente foram limpos. --- Solicitou, assim, que o voltem a fazer, porque a entristece e enoja estar rodeada de lixo e ratazanas, e que merece melhor qualidade de vida, porque também paga os devidos impostos. --- Alertou, também, para o risco de queda de uma palmeira que se está a deteriorar e que poderá atingir alguém. --- O Presidente referiu que é sensível ao que a munícipe ali expôs e esclareceu que a limpeza daquela zona já foi adjudicada. Espera que os Serviços Camarários resolvam essa e outras situações idênticas de forma definitiva, que também se encontram pendentes. --- O Vereador Carlos Monteiro esclareceu que foram dadas instruções aos técnicos dos Serviços para entrarem em contacto com os responsáveis dos condomínios em causa e registarem qual as opções, por forma a se conseguir resolver definitivamente essa situação. --- Relativamente ao terreno em causa, realçou que a informação que tem é que não havia qualquer risco de incêndio, no entanto, vai averiguar melhor essa questão da bicharada e agradeceu a intervenção da munícipe. ---

1.6 - HELENA ANTÓNIA ESTEVES MARQUES – DIVERSOS ASSUNTOS NO ÂMBITO DA ASSOCIAÇÃO PROSERRA

A munícipe cumprimentou o Presidente e os Vereadores e disse que vinha em representação da Associação PROSERRA, que tem como objetivo o progresso da Serra da Boa Viagem. --- Referiu que a associação manifestou a sua posição na discussão do Plano Diretor Municipal e a resposta que obtiveram suscitou algumas dúvidas. Referiu que o objetivo seria de obter mais capacidade de construção, porque a maioria das famílias possuem terrenos que não têm área suficiente para se realizar a operação de destaque. Pretendem com isto travar o desenraizamento da comunidade,

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evitar o despovoamento da Serra da Boa Viagem e com isso impedir que seja destruída a cultura e a identidade própria daquela zona. --- A participação não foi acolhida e a justificação teve por base três critérios: 1.º - Não existe na Serra da Boa Viagem uma sede de concelho ou de freguesia; 2.º - As áreas edificadas não têm densidade de ocupação de sete edifícios por hectare; --- 3.º - As zonas edificadas de baixa densidade, têm entre quatro a cinco edifícios por hectare, não concentram um conjunto de significativo de funções urbanas. Era essa questão que gostava de ver esclarecida, o que são funções urbanas? Trata-se de uma comunidade que tem pessoas, logo tem funções urbanas. Tem uma escola que entretanto foi encerrada, tem cafés, tem uma associação, tem duas coletividades, etc. --- A segunda questão refere-se ao saneamento na Serra da Boa Viagem, já ali abordado por outro munícipe. Ficou perplexa com as respostas do Presidente ao dizer que não estava previsto o saneamento para a Serra da Boa Viagem. Gostaria de saber se foram realizados estudos nesse sentido e a explicação para valores tão exorbitantes. Referiu que ainda há pessoas com fossas séticas e que existem esgotos a correr na Serra da Boa Viagem. Disse que tem fotografias que o demonstram, e que não sabe se fiscalizam ou não, o certo é que se trata de uma situação muito má para todos, não só para quem lá vive, nomeadamente no que diz respeito à saúde pública e no que diz respeito à continuação dos veios de água. Assim, gostaria de ser informada se já foi realizado algum estudo das diferentes possibilidades de concluir o saneamento iniciado há cerca de 6 anos na Serra da Boa Viagem que abrange 20% da área povoada. Por um lado são poucos para que possam participar na discussão do PDM e por outo lado são de mais para que haja saneamento. --- Finaliza referindo que gostaria que fossem respondidas estas duas questões, para poder comunicar aos habitantes da sua aldeia. --- O Presidente respondeu que em relação ao saneamento, depende da localização e do número de focos em causa, garantir o saneamento a todas as habitações da serra e da encosta da serra, teria um preço incalculável. --- Disse que colocaria a questão à concessionária para ver qual a estimativa de custos, e verificar se existe um conjunto de habitações nucleada que permita uma intervenção sustentável. --- Em relação à capacidade de urbanização, disse que era necessário proteger a

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Serra da Boa Viagem para não se tornar num polo híper-urbanizado. De seguida passou a palavra à Vereadora Ana Carvalho Oliveira. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira interveio referindo que no Plano Diretor Municipal, a Serra da Boa Viagem, está considerada como um aglomerado rural, com capacidade de construção. A única inibição na Serra da Boa Viagem será a existência de loteamentos, porque foi considerado tecnicamente que a Serra da Boa Viagem não tem caraterísticas de cidade, com zonas urbanas de grande densidade. Considerou-se que tem caraterísticas rurais, há pessoas nas aldeias, o que não tem são caraterísticas de um espaço muito urbano, urbanizado. --- Disse que tal como o Presidente já tinha explicado, não existem razões para a ampliação da Serra da Boa Viagem em termos urbanos e que se densifique muito a aldeia da Serra, precisamente por ser o espaço aprazível que é. --- Esclareceu que o objetivo do PDM era a reconstrução das habitações existentes, e a colmatação dos espaços dos terrenos que estão livres ainda, no caso da aldeia da Serra. --- A escola está fechada, não é sede de freguesia, e portanto não cumpriu os critérios, mesmo com a existência de duas coletividades, cafés, igreja, porque quase todas as aldeias, têm estas características, e portanto como o próprio nome indica, Aldeia da Serra é uma aldeia. Salientou que uma fossa sética é um tipo de saneamento e é uma opção, sendo tão viável como manilhar. --- O Presidente interveio referindo que era necessário fazer mais fiscalização sobre as fossas séticas e uma maior presença. Disse que, dados os níveis e desníveis da serra, a rocha, a estrutura, etc., tornava-se muito difícil criar ali uma linha de saneamento. --- Disse que no topo da serra, existem situações, em que o desnível é tão grande, a única solução seria bombear, e que há intervenções de saneamento que ficam mais caras que a própria casa e aí é que entra o plano de sustentabilidade. A lei não obriga até a um raio de 20 metros, desde que haja ligação ao saneamento. --- Disse que tinha de ser analisado caso a caso e que poderia tomar nota e falar com a concessionária, para ver as implicações que tem no local. --- A munícipe exemplificou, dizendo que existem casas com uma quota superior à sua, que são seus vizinhos, mas não fazem parte da rua e não têm saneamento. --- No seu caso teve a sorte de estar na rua principal. O vizinho de trás que está mais elevado, não está ligado ao saneamento, e não seria um investimento tão grande quanto isso. ---

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O Presidente respondeu que se poderia rever essa situação, porque existem soluções mais fáceis. --- A munícipe continuou referindo que a situação talvez passasse pela existência de mais linhas. --- O Presidente questionou se a munícipe já tinha exposto a situação às Águas da Figueira, tendo a munícipe respondido que ainda não. --- O Presidente concluiu referindo que deveriam expor a situação às Aguas da Figueira e que a Câmara Municipal também iria contactar a empresa. ---

1.7 – NUNO JOSÉ SALTÃO AZENHA – RECLAMAÇÃO SOBRE A LIMPEZA DE TERRENO NO LIMITE DA SUA PROPRIEDADE EFETUADA A 11 DE AGOSTO DE 2016

O munícipe expôs que já apresentou uma reclamação a 11 de agosto de 2016, sobre umas árvores de grande porte localizadas junto ao seu terreno, as quais podem cair para o lado da sua propriedade, destruindo o muro e a respetiva rede. Disse que julga que o terreno, com 100 m2 tem três proprietários e que antes deles o

terreno pertencia a António Gomes Margato, que faleceu. --- Há um ano que fez a reclamação e nem uma resposta, sempre que quer colocar uma questão, tem que se dirigir sempre à Câmara Municipal, e as respostas são muito vagas. --- O Presidente respondeu que já foram feitas várias notificações, mas não foi possível proceder à notificação pessoal de Vítor Margato, que alegadamente é o proprietário. Questionou qual era o perigo eminente. --- O munícipe respondeu que as árvores podem cair e destruir as redes em cima do muro. --- O Presidente respondeu que desconhecia a existência de algum regime de proteção, porque se trata de zonas rurais, caso exista algum regulamento a proteger essa situação, será aplicável. --- Esclareceu que a Câmara Municipal só pode intimar as pessoas se houver uma base legal, um regime jurídico que o permita fazer. Estiveram a estudar a situação. A limpeza do terreno é obrigatória, mas a limpeza foi feita e a questão de arrancar as árvores ou não, é uma questão de vizinhos. Não existe nenhum instrumento legal que obrigue ao abate das árvores. Só se houver razões de relevante segurança. --- O Vereador Carlos Monteiro passou a ler a Informação do Fiscal Municipal “Cumprindo com o despacho informo que não foi possível proceder à notificação

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pessoal a Vítor Margato, uma vez não foi possível contactar o mesmo, no entanto, verificou-se que o terreno já se encontra limpo, conforme fotos anexas. À Consideração Superior”. --- Comentou que as árvores estavam nas fotos, mas não existe nenhuma legislação que obrigue o proprietário a cortar as árvores. Se a queda ocorrer, o proprietário é responsável. --- O munícipe respondeu que o processo civil, iria arrastar-se em tribunal. --- O Presidente repetiu que a Câmara Municipal precisava de uma base legal, para poder atuar. Informou que caso o munícipe saiba quem são os proprietários do terreno, a Câmara Municipal, poderá mediar a questão. ---

1.8 - ANTÓNIO JOSÉ FONTES GONÇALVES – PLANO URBANÍSTICO E OUTROS ASSUNTOS

O munícipe expôs que gostaria de felicitar a Câmara Municipal pelos arruamentos, especialmente a rotunda do E.Leclerc e Serra da Boa Viagem. No entanto, vinha apelar quanto aos passeios nos arredores da cidade, que ora estão para cima, ora estão para baixo, sem lugares para parar o carro, porque os muros ficam à beira da estrada. --- Quanto ao lixo nas bermas das estradas, já enviou várias cartas para a Câmara Municipal, tendo verificado que tem melhorado. --- Concluiu referindo que vinha pedir à Câmara Municipal para melhorar os passeios e as bermas das estradas. --- O Presidente agradeceu ao munícipe pelos apontamentos positivos e disse que iriam dar a devida atenção aos apelos do munícipe e da chamada de atenção para a necessidade de planificar. Relembrou que a primeira planificação a sério foi do Marquês de Pombal, sendo ainda atual. --- Explicou que existem problemas com a limpeza no Bairro Novo, devido aos carros mal estacionados. À noite há uma sobreocupação de todo o espaço e por mais que se limpe, há sempre lixo. O problema agrava-se ao fim de semana. A Câmara reforçou as equipas de limpeza e comprou um carro para efetuar a limpeza das estradas e dos passeios. --- Na parte antiga da cidade está prevista uma intervenção no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, nomeadamente na Rua Afonso de Albuquerque e Rua Vasco da Gama. Será uma fase complicada, nos próximos dois anos, de profunda intervenção. --- O munícipe deu dois exemplos concretos. A estrada do Ervedal para Quiaios, tem

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um risco branco e um muro, se o carro parar é multado. Em Quiaios, Rua da Esperança, tem um passeio com 20 cm e um lancil 20 cm para cima e depois para baixo. Um condutor que vá mais para a direita bate no lancil. --- O Presidente respondeu que tem de aprofundar uma política de descentralização para as Juntas de Freguesia, e as intervenções têm que ser nas zonas habitáveis, criando também circuitos pedonais, o que tem sido a preocupação e que terá de ter continuidade. É uma readaptação daquilo que foi construído ao longo de centenas de anos. --- O munícipe respondeu que os muros são novos e que estão próximos do eixo da via. Disse que iria continuar a enviar cartas para a Câmara Municipal, porque têm sido atendidas e agradeceu a atenção. --- O Vereador João Armando interveio referindo que a questão parecia “simplória” mas para se poder dar mais qualidade de vida às pessoas, era necessário existirem passeios, nem que tenham apenas 20 cm de largura. Assim, queria fazer eco das palavras do munícipe António Gonçalves, porque realmente tem de existir planificação, mas não é com o PDM que se planificam passeios e outras questões de pormenor, é necessário outro tipo de planos. --- O Presidente respondeu que apenas quiseram dar algumas notas do PEDUS, o qual já vai de encontro ao apelo. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira interveio referindo que relativamente ao PDM, é exatamente o contrário. O problema de conseguir infraestruturas, nomeadamente passeios, na zona rural, era a continuação da expansão urbanística que se verificou nos últimos anos. As pessoas continuaram a colocar as suas casas ao longo das estradas e em zonas muitas vezes isoladas, sendo muito complicado garantir esta qualidade de vida, passeios e espaço público. Quando se expandem para as zonas rurais, os centros antigos dessas mesmas aldeias começam a ficar abandonados e o arranjo dos passeios é feito quando as pessoas já não estão lá. Com o presente PDM resolve-se esta situação, porque dá melhores condições de olhar para o espaço público das aldeias e para as zonas antigas das aldeias, que precisam de ser beneficiadas. --- O Vereador João Armando respondeu que estavam de acordo com a contenção que está no PDM, mas a qualificação dos espaços centrais, das aldeias é uma coisa que pode ser feita. No concelho ao lado podem dar duas ou três ideias com originalidade. Na Figueira da Foz, as estradas e as grandes vias continuam a passar pelo meio das aldeias, o que não dá qualidade de vida às pessoas. ---

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1.9 – URIEL SILVA DE OLIVEIRA – PROCESSOS URBANÍSTICOS N.º 52/82 E 300/2004

O munícipe cumprimentou o Presidente e os Vereadores e expôs que vinha solicitar novamente a emissão das certidões, dos processos n.ºs 52/82 e 300/2004. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira questionou por que motivo não compareceu à entrevista no dia 6 de setembro de 2017. --- O Presidente solicitou que acompanhassem o munícipe para uma entrevista com a Técnica Superior, Lucília Cunha. ---

1.10 – JOSÉ DE FIGUEIREDO MATIAS – EXPROPRIAÇÃO DE TERRENO

O munícipe cumprimentou os presentes e expôs que vinha por causa de uma obra realizada em 2001, pela Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara, que efetuou a expropriação do terreno dos seus pais. Na altura a mãe era viúva e tinha 80 anos, e nem ela nem os outros herdeiros foram consultados. Em 30 de novembro de 2001 enviou uma carta para a Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara a manifestar descontentamento da forma como o processo decorreu. Como não obteve resposta, enviou uma carta ao Presidente da Câmara, porque os senhores da Junta de Freguesia descordaram da situação que apresentou inclusivamente com fotografias, que anexou. A 06 de maio de 2002 enviou outra carta para o Presidente, mas, sem resposta. Após vários telefonemas para o Gabinete de Atendimento ao Munícipe, conseguiu falar com o Eng.º Francisco, que depois lhe informou que nada podia fazer porque foi uma obra da Junta de Freguesia. --- Posteriormente, veio à Câmara Municipal para uma reunião, na qual estiveram presentes o seu advogado, o Dr. Pascoal, o Dr. Victor Pereira, e o Presidente da Junta de Freguesia, e técnicos da Câmara Municipal, onde lhe informaram que esteve presente um responsável da Câmara Municipal para fazer o alinhamento. ---- No final do ano de 2016, uma trabalhadora da Câmara Municipal, disse-lhe para aguardar por janeiro de 2017, em que iria ser aprovado o novo orçamento e depois, em fevereiro, iriam ser feitas as escrituras e o respetivo pagamento, mas até ao momento, nada foi feito. O valor proposto foi de quatrocentos mil escudos. --- O Presidente solicitou ao Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Victor Pereira, que tem acompanhado o processo, se estava em condições de resolver o problema. --- O Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Victor Pereira, explicou que a 1.ª vez que teve conhecimento daquele processo foi na sequência

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de uma carta que o munícipe escreveu, onde colocava dois problemas: o facto da brita da estrada, saltar para o seu terreno, e um sinal colocado pela Câmara Municipal que estava mal colocado, porque estava colocado no seu terreno. Pediu informações ao Departamento de Obras, que na altura lhe informou que, de facto, havia alguma libertação de brita, para a valeta e que o sinal tinha de ser colocado no terreno, porque não podia ficar sob a zona de circulação viária. Analisou o processo e verificou que o munícipe em 2001 reclamou relativamente à forma como a Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara procedeu ao alargamento da estrada. Perante a insistência do munícipe, agendou uma reunião com o mesmo, o qual veio acompanhado do seu advogado em junho ou julho deste ano, nessa reunião esteve presente o Presidente da Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara. Aquilo que lhes contou foi que todos os proprietários confinados com o caminho que iria ser alargado concordaram, incluindo a mãe do munícipe, cabeça de casal do terreno. Nessa reunião, o advogado deu a entender que aquilo que estava em causa não era a ocupação do terreno mas a forma como o processo decorreu. A forma pouco cordata como alguém da Junta de Freguesia se terá relacionado com o munícipe e nesses termos chegar a um acordo para sanar a relação conflituosa entre uma pessoa que fazia parte da Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara na altura e que ainda é membro. O munícipe José Matias, ficou à espera que o advogado dissesse como sanar o conflito. Numa reunião efetuada este mês, voltou-se a falar nesta questão, esperava-voltou-se a prevoltou-sença de um membro da Junta que à data participou nestas negociações, mas entendeu o Presidente da Junta de Freguesia que quem representava a Junta de Freguesia era ele e que não tinha de vir mais ninguém. O Dr. Pascoal achou que tirava algum conteúdo à reunião, porque era importante estar o atual Secretário da Junta. Nessa reunião ficou com dúvidas em relação àquilo que o munícipe pretendia. Se pretendia uma carta a reconhecer a forma pouco cordata como o processo decorreu. E só nessa última reunião é que o Dr. Pascoal falou que alguém na Câmara Municipal, por volta do ano 2001/2002, se terá comprometido a pagar 400,000 escudos pelo terreno ocupado. O próprio Presidente da Junta disse que não era o valor de um terreno quanto mais de uma área com 200 m2. Na reunião feita em julho não se falou em valores. Pediu ao Dr. Pascoal que dissesse quem se comprometeu, mas ele já se não recordava e de qualquer forma aquela promessa não vinculava a Câmara Municipal, e por outro lado de acordo com avaliação de terrenos feita para aquela zona, 400 contos, 2.000,00 €, era um valor anacrónico com o real valor da

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propriedade. --- O Presidente disse que estavam muito longe de chegar a um acordo em relação àquela questão, porque não aceitam o valor de 2.000 euros. Por outro lado estava demonstrada a boa-fé da Câmara Municipal na execução da obra, segundo as declarações dos Presidentes de Junta. Era importante chegar a um acordo. --- O munícipe interveio referindo que não era uma questão de terrenos nem de dinheiro. Quando herdou aquele terreno, não fazia intenção de o vender aos pedaços. O que o revoltou foi aquilo que a Junta de Freguesia fez, ao terreno da expropriação, porque ele teve a amabilidade de o oferecer a quem ele quis. Em princípio o terreno devia ficar na propriedade do dono mas ele despachou-o e depois chamou pessoas conhecidas dele para insultar os proprietários do terreno, neste caso a sua mãe. --- Disse que não se vê na obrigação de dar um terreno que o seu pai comprou, para benefício do povo, porque todos beneficiam dele. A estrada tem um alargamento de seis metros, enquanto a outra rua não chega a cinco metros, e mais tarde foram construídas estradas que não cabe um carro a par do outro. Portanto, achava que se tratava de um ato de má-fé. --- O Presidente solicitou ao Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Victor Pereira, para agendar uma reunião para resolver o assunto, com o munícipe José Matias. --- CENTRO DE INVESTIGAÇÃO MAREFOZ - APRESENTAÇÃO DO RESULTADO DO ESTUDO DO SALGADO DA FIGUEIRA DA FOZ

O Presidente informou que de seguida iriam assistir a uma apresentação do Dr. Nuno Mendonça e da Dr.ª Ana Carla Garcia, do Centro de Investigação Marefoz. ---- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira fez uma breve introdução referindo que se tratava de uma apresentação no âmbito de um protocolo com o Centro de Investigação Marefoz, para estudar o potencial do salgado da Figueira da Foz, sendo o primeiro do género e que teve por objetivo estudar a capacidade do salgado, em termos físicos, e a capacidade que tem para a aquacultura e para a salicultura. Explicou que o estudo servirá como ferramenta de trabalho, para quem quiser investir na zona do salgado. A Vereadora passou a palavra à Dr.ª Ana Carla Garcia para apresentar o estudo. --- A Dr.ª Carla Garcia cumprimentou o Presidente e o restante executivo, o Presidente da Assembleia Municipal e restantes membros. --- Agradeceu o convite da parte da Vereadora Ana Carvalho Oliveira, para

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apresentarem os resultados do estudo, sobre a avaliação integrada, ecológica e sociocultural do salgado da Figueira da Foz, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável. --- Apresentou os outros membros da equipa que elaborou o estudo: Dr.ª Cátia Marques, Dr.ª Joice Mota e Dr.ª Zara Teixeira. --- Explicou que o trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira parte o levantamento do salgado na Figueira da Foz, e a outra a sua capacidade de carga física, tendo como ponto de vista o desenvolvimento sustentável do salgado. Consideraram a parte do salgado de Vila Verde, a ilha da Morraceira, e a zona dos Armazéns de Lavos. Em toda essa zona fizeram um levantamento das secções salinas das aquiculturas, dos armazéns de sal. Sempre que foi possível falaram com os proprietários, para obterem informações suplementares, e toda esta informação estará numa base de dados, posteriormente disponibilizada. --- Numa segunda parte com base no levantamento que foi realizado, fizeram o cálculo da capacidade da carga física, ou seja o número de unidades salícolas que o salgado consegue acomodar e sempre com vista a um desenvolvimento sustentável, e ainda a densidade média/máxima, de douradas e robalos, as espécies mais produzidas no salgado na Figueira da Foz, também que a nível de produção de pescado, o salgado consegue acomodar. --- Relativamente ao levantamento do salgado, verificaram que a área produtiva ronda os 615 hectares, sendo que 40% desta área foi considerada ativa, 27% correspondendo a salinas e 73% a aquiculturas e 60% está inativa, onde 86% corresponde a salinas, e 14% a aquiculturas. O objetivo do estudo também é ver na parte inativa o que é que pode ainda vir a ser convertido e potencializar toda esta área. Explicou que as secções de salinas tem uma secção de água própria. Uma salina pode ter mais do que uma secção de salina. Contabilizaram 161 secções, 33% delas estão ativas, 50% em pousio, e 17% inundadas. Em relação às inundadas, seria muito dispendioso reconvertê-las em salinas, pelo que uma solução menos onerosa seria a aquicultura. --- Na aquicultura contabilizaram 30 estabelecimentos, dos quais 63% estão ativos e 37 inativos, sendo que os inativos estão praticamente prontos para serem ocupados, ou seja não necessitam de grande investimento. Verificaram que as aquiculturas estão próximas dos cursos de água principais, ou seja do braço norte, do braço sul, e do rio Pranto, ou que reduz o impacto sobre a salicultura. ---

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Os armazéns de sal são muito importantes, são socioculturalmente muito importantes, para o salgado da Figueira da Foz, porque são únicos no país, e seria importante elaborar uma estratégia para manutenção porque tem um grande potencial a nível turístico. --- O cálculo de capacidade de carga física, ou seja o que consideram que ainda pode crescer nesta área. Como referiu em relação à salicultura, tem 31 secções salícolas, onde 33 estão ativas, 80 em pousio e 28 inundadas. O processo de reconversão das salinas inundadas ficaria extremamente dispendioso, logo consideraram que teriam maior potencial na aquicultura. No futuro o potencial deste espaço, ficariam 163 secções de salinas ativas, o que corresponde a um aumento de 30% da área produtiva de sal, que atualmente é de 11%, passaria para 41%. --- Quanto à capacidade da carga física aquícola. Consideraram a situação atual onde existem 19 aquiculturas ativas, e integraram como potenciais espaços, para a exploração aquícola, as 11 aquiculturas que estão inativas, as 28 salinas inundadas, e as 80 salinas que estão em pousio. Foi feito um estudo para a parte da salina, e um estudo para a parte da aquicultura. Para a utilização destas salinas foram tomados em consideração vários fatores, com pesos diferentes, e foram criados cenários. O primeiro cenário parte da situação atual, existem 19 aquiculturas. O trabalho feito foi de priorizar os terrenos para serem transformados preferencialmente para a aquicultura, 3 das aquiculturas que estão inativas atualmente são altamente recomendadas, 8 das inativas também são muito recomendadas e das que estão inundadas, 7 que são recomendadas. --- Passaria de 19 estabelecimentos para 37 estabelecimentos, o que corresponderia a um aumento de 10% da área total do salgado. --- Noutro cenário, partiram do princípio que aquelas que estão ativas, continuam ativas e as que estão inativas, estariam daqui a uns tempos todas em atividade, com um cenário inicial de 30 aquiculturas, podendo chegar a 59 estabelecimentos, numa área total do salgado de 43%, aumentando bastante a produtividade desta área. --- A produção de dourada e de robalo, são cerca de 427 toneladas por ano, o que a preços médios, corresponde a 2.987.530,00 €. --- Aplicaram para os dois cenários: no primeiro cenário chegaram ao fim com 37 estabelecimentos, uma área produtiva do salgado de 44%, uma produção de 642 toneladas por ano, praticamente uma duplicação da produção. ---

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Segundo cenário: com 59% da área produtiva, no salgado, uma produção de 875 toneladas por ano, correspondendo a 6 milhões de euros. --- Com base nesta informação retiraram algumas conclusões mais gerais e a maior delas todas, a mais importante é que realmente o equilíbrio entre as atividades salícola e aquícola, o estuário do Mondego é crucial para o desenvolvimento turístico e socioeconómico da região. Para garantir o equilíbrio entre estas duas atividades é necessário garantir o desenvolvimento da atividade aquícola. O desenvolvimento da atividade turística, socioeconómica da região, a qualidade ambiental do estuário do mondego. O desenvolvimento da atividade aquícola, depende da qualidade da água do estuário, esta é afetada por descargas urbanas e agrícolas, e ainda que nos próximos tempos se verifique uma redução, a aquicultura deve-se precaver escolhendo os locais mais adequados para a sua implementação. --- O potencial turístico e socioeconómico da região será tão mais valioso quanto maior for o capital para o local, a vegetação, a fauna e a paisagem. Quanto mais preservado estiverem os armazéns do sal, a arte tradicional de explorar o sal marinho, e a pesca desportiva. A qualidade ecológica da agua é afetada pelas descargas das aquiculturas, pelo que limitar o número de explorações e selecionar o local para a sua implementação, beneficiará a qualidade da água do estuário, assim como a implementação de aquicultura multitrófica. --- A água das salinas é um local privilegiado para as aves. --- Calcularam a capacidade de carga física, mas, no futuro deve-se explorar mais sob outras perspetivas, com a perspetiva económica, a carga ecológica e a carga social. --- Como já fora explicado pela Vereadora Ana Carvalho Oliveira, o trabalho surgiu no âmbito de um protocolo entre a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal, e a Incubadora de Empresas, que resultou na vinda da Marefoz para a Figueira da Foz. --- O Presidente agradeceu a apresentação na Câmara Municipal, por se tratar de um trabalho de relevante interesse público e municipal, e que, no futuro, será um instrumento de trabalho de potencialização, da afirmação, e de promoção da ilha da Morraceira e de toda a zona do salgado, que irão analisar em parceria, promovendo as necessárias conferências, e convocar os parceiros para um conhecimento mais alargado. --- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira agradeceu ao Marefoz porque entenderam

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exatamente aquilo que era pretendido, porque muitos investidores que procuram a Figueira da Foz e o salgado, não sabem onde investir e o que fazer, e a Câmara Municipal não dispunha dessa informação. A informação estava muito desatualizada, e pouco detalhada. O relatório ficará disponível no site da Câmara Municipal e será enviado por email aos Vereadores. --- O Vereador João Armando agradeceu e cumprimentou a equipa pelo trabalho apresentado, pelo conhecimento sólido e a informação concreta. --- Questionou o Presidente e o executivo, sobre o que vai acontecer a seguir, o que vai ser possível fazer com aquela informação, tendo em conta que os proprietários dos diferentes terrenos não conseguem fazer seja o que for, sozinhos, porque exige uma coordenação de esforço. --- O Presidente respondeu que para já pretendem partilhar a informação com os vários operadores, fazer uma conferência para apresentação daquele plano, e encetar várias ações a desenvolver junto dos proprietários, ter um Gabinete também de apoio para incentivos, nomeadamente junto da PROMAR. Arranjar, igualmente, promotores da área de exploração, sendo que, aquele estudo, no fundo transmite mais certeza e confiança, porque já tiverem visitas de potenciais investidores, que colocaram questões que não estavam devidamente ponderadas. ---- A Vereadora Ana Carvalho Oliveira informou que a Câmara Municipal estava a trabalhar com a incubadora de empresas, onde existem várias empresas incubadas na área do cluster do mar e do sal. A Câmara Municipal disponibilizou as suas marinhas para os projetos e start ups nestas áreas e era necessário para que as empresas percebessem onde e como investir. --- Por outro lado, a informação sistematizada, será integrada no Plano de Gestão Hidrográfico do Mondego, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente - APA. --- Disse que pretendia-se salvaguardar a questão da carga física, e que no futuro aquele plano esteja de alguma forma formalizado em termos dos planos existentes. O Presidente disse que ainda era uma fase preliminar, mas a intenção era de continuar. --- O Presidente deu início ao período de antes da ordem do dia, em cumprimento do artigo 52.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. ---

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE

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O Presidente deu nota de que esteve ausente na última reunião de Câmara Municipal, devido a um acidente que ocorreu num evento, depois de assistir à Eleição das Sete Maravilhas de Portugal, com uma queda desamparada e está ainda a recuperar. Por isso, apesar de ser a última reunião que o Vereador Miguel de Almeida esteve e a contar com a sua presença, lamentavelmente, não pode estar presente. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- 2 - ALTERAÇÃO DA DATA DA PRIMEIRA REUNIÃO DE CÂMARA MUNICIPAL DE OUTUBRO

O Presidente anunciou que a primeira reunião de Câmara Municipal de outubro, prevista para o dia 02, por motivos de agenda, será alterada para o dia 10 de outubro de 2017, pelas 15h00, sendo a mesma pública. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar a alteração da data da primeira reunião do mês de outubro, do dia 02 para 10 de outubro pelas 15h00, sendo a mesma pública. --- Deliberação aprovada em minuta. --- 3 - FIGUEIRA BEACH SPORTS CITY

O Presidente congratulou o novo projeto de dinamização da praia da Figueira da Foz, intitulado “Figueira Beach Sports City”, que serviu como impulsionador dos desportos de praia, através da colaboração dos diversos agentes e entidades, e deu nota que recebeu os resultados deste projeto pelo responsável, e considerou os números bastante satisfatórios. Foi um total de 6.000 utilizadores, 35 ações realizadas, 9 instituições do Concelho envolvidas, 250 crianças abrangidas e, nesta fase de lançamento, atraiu-se também várias equipas de futebol Sénior e outras Federações no domínio dos desportos de praia. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- INTERVENÇÃO DOS VEREADORES

INTERVENÇÃO DO VEREADOR CARLOS MONTEIRO

4 - ENCERRAMENTO DA TAÇA DE PORTUGAL DE SURFING 2017/2018

O Vereador Carlos Monteiro deu nota que decorreu, entre 6 a 10 de setembro, na Praia da Cova-Gala freguesia de São Pedro, a Taça de Portugal de Surfing 2017/2018, pelo nono ano consecutivo, que normalmente ocorre de dois em dois anos em local escolhido pela Federação Portuguesa de Surf, tendo-se realizada a entrega de prémios, num total de 17 lugares e um recorde de equipas e de atletas, que se traduziu num empenho extraordinário de todos. Ficou a Associação BodyBoard Foz do Mondego em 6.º lugar e a Associação de Surf da Figueira da Foz

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em 10.º lugar. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- INTERVENÇÃO DO VEREADOR JOÃO ARMANDO

5 - ALTERAÇÕES E LIMITES À INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

O Vereador João Armando referiu que, nesta reunião, estiveram presentes dez munícipes e julga que se deveria impor algum limite, pois torna-se um pouco violento, em termos de eficácia da mesma e não faz muito sentido. --- Questionou se não era possível reunir antecipadamente com estas pessoas, já que os assuntos diziam respeito a processos “boomerang”, casos especiais e particulares, e sugeriu que se tentasse esvaziar algum do tempo ali passado, ouvindo-as noutro fórum, e sobretudo, fazer-se um esforço para deixar as pessoas mais confortáveis, porque algumas vão para ali, excessivamente nervosas, expor as situações que as preocupam, não para fazer “folclore”, e inclusive, algumas deslocam-se da periferia para falarem só cinco minutos, e realçou que este poderia ser um exercício de cidadania interessante ou de qualificação das pessoas. --- O Presidente salvaguardou que hoje foi um caso prático de grande afluência participativa, mas acha saudável que as pessoas colaborem, contribuam e alertem, permitindo e promovendo a participação dos munícipes, e não vê mal algum no seu bom uso, contudo, poderão analisar e regulamentar a questão dos abusos ou debruçarem-se sobre a questão do limite de inscrições. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- INTERVENÇÃO DA VEREADORA ANA CARVALHO OLIVEIRA

6 - 14.ª CONFERÊNCIA EUROPEIA DE GEOPARQUES, NOS AÇORES

A Vereadora Ana Carvalho Oliveira referiu que decorreu, entre 6 a 9 de setembro, a 14.ª Conferência Europeia de Geoparques, nos Açores, subordinada ao tema "Geoparques como estratégia de turismo sustentável para o desenvolvimento". --- Salientou que esta conferência da rede europeia de geoparques, constituiu um programa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em que participaram cerca de 70 países e estavam representados cerca de 120 Geoparques, dos cinco continentes, onde a maior parte dos participantes eram geólogos ou responsáveis pelos Geoparques. --- Enfatizou que quase todos conheciam a existência do Cabo Mondego, por ter sido foi um dos primeiros sítios do mundo em que foi registada a primeira pegada de dinossauros, e por isso julga que a Câmara Municipal está em condições de

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apresentar a candidatura e a ser reconhecida pela UNESCO. Essa intenção foi apresentada, a de transformar o Conselho da Figueira da Foz num Geoparque Jurássico mas, antes disso, deverá estar implementado e ser reconhecido pela população. Alertou que a própria Unesco virá à cidade, sem pré-aviso, para perceber se a população olha para o Geoparque como uma mais valia e se sabe se existe, ou seja, a sociedade figueirense tem de estar envolvida neste projeto. -- Considerou interessante conversar com os avaliadores, que os irão avaliar depois da apresentação da candidatura, e concluiu que o saldo foi positivo, existindo uma grande probabilidade de se fazer um grande Geoparque reconhecido pela UNESCO. --- Esclareceu que a Câmara Municipal apresentará, primeiramente, a sua candidatura ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que depois decidirão se Portugal apresenta a candidatura à Unesco. Contudo, irá decorrer, pelo menos, um ano de maturação e envolvência de todos, principalmente as empresas da área do Turismo e a sociedade em geral. --- O Presidente salientou que a Exposição dos Dinossauros teve como principal objetivo densificar e ajudar a construir o conceito de Geoparque, que entretanto evoluiu para Parque de 2.ª Geração, que não se limita apenas ao domínio da Geologia ou ao conhecimento da terra, mas possui uma ambição mais alargada, de afirmação turística, cultural e de valorização do património natural. Foi nessa perspetiva que se tornou necessário desenvolver uma componente de envolvência da comunidade, e assim, criou-se uma exposição para aproximar a população ao conceito de geoparque, que ficou agora liberto com a cessação de funções e da atividade de exploração extrativa do Cabo Mondego. Foi criada uma equipa base, que se encontra a codificar o imenso material existente e a aguardar orientações, de acordo com as exigências de validação e de homologação de um geoparque. Posteriormente, pensa-se acrescentar todo o património neolítico, mesolítico, período de romanização, da Morraceira, um conjunto de elementos que servirão para apoiar e fortalecer a candidatura. --- Realçou, ainda, que vão decorrer alguns meses de trabalho, mas calcula que no próximo ano se consiga apresentar a referida candidatura, ficando a aguardar-se a visita da Delegada da UNESCO, para ver in loco o referido património. --- Alegou que também foram encetadas relações amistosas e frutíferas com a CIMPOR, ainda com relativa incerteza sobre a titularidade da Orla Costeira, pois o processo prossegue em Tribunal e, apesar da CIMPOR ter perdido a ação, recorreu,

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e só depois ficará definido se a Orla Costeira é ou não propriedade privada, contudo, independentemente da decisão, há uma predisposição da CIMPOR para ceder o espaço a favor das atividades culturais, turísticas e de investigação que ali se pretendam fazer. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- INTERVENÇÃO DO VEREADOR ANTÓNIO TAVARES

7 - COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA MORTE DO MAESTRO DAVID DE SOUZA

O Vereador António Tavares referiu que gostaria de dar nota das comemorações do centenário da morte do Maestro David de Souza, que irão começar no início do mês de outubro, mais propriamente no dia 3, com um concerto de abertura e prolongar-se-á por todo o ano de 2018, com palestras, reedição de um trabalho discográfico, que se encontra neste momento esgotado, com a edição de uma obra de caráter literário, entre outras. --- Ressalvou, porque há um cruzamento entre a vida e a obra do Maestro David de Souza e do Compositor e Pianista António Fragoso, já que também se vão iniciar as comemorações do centenário da sua morte, pois morreram com uma semana de diferença, algumas das comemorações relativas a António Fragoso incluirão peças do Maestro David de Souza, uma situação que vai iniciar no dia 21 de outubro, e que contará com a presença do Ministro da Cultura, e faz parte da agenda, a presença do Presidente da República. Salientou que, nesse concerto, que será dado pela Orquestra Atlântico, também constarão peças do Maestro David de Souza, o que constituirá para todos uma honra assinalável. --- Realçou, ainda, que ao longo do ano haverá concertos relativos a António Fragoso que incluirão peças de David de Souza. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- 8 - PEÇA DE ESCULTURA DE GUSTAVO BASTOS DA SOCIEDADE FIGUEIRA PRAIA, S.A.

O Vereador António Tavares referiu que, depois de variadíssimas tentativas conseguiu-se que a Sociedade Figueira Praia, através dos seus acionistas concedesse à Câmara Municipal, por Contrato de Comodato, relativo a uma peça de escultura de Gustavo Bastos, que anteriormente se encontrava na Fachada do Casino. Essa peça encontrava-se encaixotada e guardada no Casino da Figueira da Foz e, aquando da morte do escultor Gustavo Bastos, foi dado nota de que teria todo o gosto em que essa peça pudesse figurar na fachada do Museu/Biblioteca, uma vez que mantinha uma relação ao nível de amizade e de estética com o arquiteto Isaías Cardoso, e assim, juntava-se uma peça escultórica de Gustavo

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Bastos com o edifício de Isaías Cardoso. Realçou que o próprio Isaías Cardoso se prontificou a falar com a Administração do Casino que, na altura, inviabilizou qualquer cedência da peça. Mas, uma vez que a atual Administração mudou, o atual Administrador, Dr. Fernando Matos, mostrou-se disponível para ceder a referida peça, que será recolocada logo que possível, enriquecendo assim o património. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. --- INTERVENÇÃO DA VEREADORA ANA CATARINA OLIVEIRA

9 - CONCURSO PÚBLICO DO COMPLEXO DA PISCINA MAR

A Vereadora Ana Catarina Oliveira questionou sobre qual tinha sido o resultado do concurso público relativo ao Complexo da Piscina Mar. --- O Presidente respondeu que não se obteve nenhuma proposta, mas que tencionavam passar para uma segunda fase, de ajuste direto ou de venda particular, porque algumas empresas disponibilizaram interesse, tais como a “Pousadas de Portugal” ou o “Grupo Pestana”, contudo seguramente que essa será uma situação para depois das eleições. --- Alegou que a gestão do balcão é limitativa, sobretudo quanto à exploração dos quartos, mas é necessário manter a traça. --- A Vereadora Ana Catarina Oliveira alegou que as questões colocadas pelas empresas, possivelmente, foram as mesmas colocadas pelos Vereadores da Coligação Somos Figueira, na altura da discussão deste assunto, e foram essas as razões que os levaram a votar contra o projeto, porque acharam que ele era, de alguma forma, limitativo e impeditivo de trazer um retorno eficaz e eficiente para um investidor privado e, infelizmente, para a Figueira da Foz e para o projeto, constata-se que tinham razão sobre os factos que apresentaram, o que os entristece, mas aguarda alguma mudança. --- O Presidente salientou que, por vezes, não é fácil ultrapassar certas barreiras de ordem arquitetónica, mas vão ver se conseguem compatibilizar os interesses. -- A Vereadora Anabela Tabaçó relembrou o estudo de viabilidade, que foi apresentado e que era absolutamente limitativo e irreal e aconselhou para que fosse apresentado um novo estudo, com números credíveis aos olhos de qualquer investidor, nomeadamente quanto à questão da estalagem que deveria ser revista, por não ser rentável. --- O Presidente realçou que não enjeita a opinião da Vereadora Anabela Tabaçó, mas alega que algumas limitações têm de ser demonstradas. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento. ---

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O Presidente deu início ao período da ordem do dia, em cumprimento do artigo 53.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. ---

ORDEM DO DIA 1 - GABINETE DE APOIO À PRESIDÊNCIA 1.1 - GABINETE DE APOIO À PRESIDÊNCIA

1.1.1 - PROTOCOLO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ E A ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA FIGUEIRA DA FOZ – CONCESSÃO DE APOIO FINANCEIRO

Pelo Gabinete de Apoio à Presidência foi presente para apreciação e aprovação a minuta de protocolo a celebrar entre o Município da Figueira da Foz e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número um à presente ata. --- O presente protocolo tem por objeto a concessão de apoio pelo Município à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz que reveste a forma de atribuição de um subsidio no valor de 64.912,19 €, correspondente à diferença entre o valor da empreitada designada “Ampliação e Remodelação da Secção Destacada de Paião da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz” e o valor da comparticipação de Estado. --- O Presidente, em 05 de julho de 2017, remeteu o processo a reunião de Câmara Municipal para decisão. --- A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, ao abrigo do disposto na alínea o) do n.º 1 do artigo 33.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, aprove a concessão de apoio financeiro à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, no montante de 64.912,19 € (sessenta e quatro mil novecentos e doze euros e dezanove cêntimos), destinado à realização de obras de ampliação e remodelação do edifício situado no Paião, onde está instalada a Secção destacada de Paião da referida Associação, nos termos da minuta do protocolo, documento que constitui o anexo número um à presente ata. -- Deliberação aprovada em minuta. --- 1.1.2 - MERCADO MUNICIPAL DE BUARCOS – MARTA ELIANA FERREIRA MENDONÇA

- CADUCIDADE DE OCUPAÇÃO DA BANCA DE PESCADO FRESCO B3

Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado da informação registada no SGD sob o n.º 18716, de 07 de setembro de 2017, dando nota de que Marta Eliana Ferreira Mendonça, concessionária no Mercado Municipal de Buarcos, de 01 de

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dezembro de 2016 a 31 de agosto de 2017, período correspondente a nove meses, não comparece no referido mercado, encontrando-se em incumprimento de acordo com a alínea h) do n.º 1 do artigo 21.º do Regulamento Geral dos Mercados Municipais, relativo à assiduidade. --- Os serviços informam que as taxas de concessão não são liquidadas desde maio de 2017, não cumprindo o determinado na alínea g) do n.º 1 do artigo 21.º do referido regulamento. --- Face ao exposto os serviços, propõem que seja declarada a caducidade da ocupação da banca de pescado fresco B3 no Mercado Municipal de Buarcos. --- Na sequência da informação dos serviços o Presidente, a 07 de setembro de 2017, remeteu o processo a reunião da Câmara Municipal. --- A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, nos termos do artigo 21.º do Regulamento Geral dos Mercados Municipais da Figueira da Foz, declarar a caducidade da ocupação da banca de pescado fresco B3 do Mercado Municipal de Buarcos, pelo facto da concessionária, Marta Eliana Ferreira Mendonça, não comparecer na mesma desde 01 de dezembro de 2016 e as respetivas taxas de concessão não serem liquidadas desde maio de 2017. --- Deliberação aprovada em minuta. ---

2 - DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL E FINANÇAS 2.1 - DIVISÃO DE FINANÇAS E PATRIMÓNIO

2.1.1 - SUBUNIDADE ORGÂNICA DE CONTABILIDADE

2.1.1.1 - 4.ª REVISÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DE 2017 Pela Divisão de Finanças e Património foi presente a informação n.º 065/2017, datada de 07 de setembro de 2017, para apreciação e aprovação da 4.ª Revisão às Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2017, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número dois à presente ata. --- A Câmara Municipal deliberou, por maioria, com cinco votos a favor do Presidente e dos Vereadores Carlos Monteiro, Ana Carvalho Oliveira, António Tavares e Teresa Monteiro, e três abstenções dos Vereadores da Coligação Somos Figueira, João Armando, Anabela Tabaçó, Ana Catarina Oliveira, aprovar a 4.ª Revisão às Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2017, documento que constitui o anexo número dois à presente ata e submeter a mesma à aprovação da Assembleia Municipal, nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 33.º do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. --- Deliberação aprovada em minuta. ---

(27)

CÂMARA MUNICIPAL

Ata n.º 16 da Reunião Ordinária de 11-09-2017

2.1.1.2 - RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DO MUNICÍPIO RELATIVO AO 1.º SEMESTRE DE 2017 – PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO DO AUDITOR EXTERNO – PARA CONHECIMENTO

Pela Divisão de Finanças e Património foi presente o Relatório sobre a Situação Económica e Financeira do Município relativa ao 1.º semestre de 2017, acompanhado da Informação do Auditor Externo Marques de Almeida, J. Nunes, V. Simões & Associados, SROC, S.A. prevista na alínea d) do n.º 2 do artigo 77.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, remetida através do ofício datado de 29 de agosto de 2017, que aqui se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo número três à presente ata. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento da Informação sobre a Situação Económica e Financeira do Município relativa ao 1.º semestre de 2017, apresentada pelo Auditor Externo Marques de Almeida, J. Nunes, V. Simões & Associados, SROC, S.A., documento que constitui o anexo número três à presente ata e submeteu a mesma à Assembleia Municipal nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 77.º da Lei n.º 73/2013, de 03 de setembro. ---

2.1.1.3 - RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO RELATIVO AO 1.º SEMESTRE DE 2017 – PARA CONHECIMENTO

Pela Divisão de Finanças e Património foi presente a informação n.º 12115, datada de 07 de setembro de 2017, acompanhada do Relatório de Monitorização do Plano de Saneamento Financeiro referente ao 1.º semestre de 2017, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo número quatro à presente ata. --- Assim, é proposto que a Câmara Municipal aprecie o referido relatório e submeta o mesmo à Assembleia Municipal, nos termos da alínea c) do n.º 4 do artigo 40.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro. --- O Presidente, por despacho exarado em 07 de setembro de 2017, remeteu o processo à reunião de Câmara Municipal para conhecimento, e submissão à apreciação da Assembleia Municipal. --- A Câmara Municipal tomou conhecimento do Relatório de Monitorização do Plano de Saneamento Financeiro referente ao 1.º semestre de 2017, documento que constitui o anexo número quatro à presente ata e submeteu o mesmo à Assembleia Municipal nos termos da alínea c) do n.º 4 do artigo 40.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro. ---

Referências

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