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INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Academic year: 2021

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EMESTRE DE

2007

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ARACTERÍSTICAS

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NTENSIDADE

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ECNOLÓGICA

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Abraham Kasinski

Sócio Emérito

Josué Christiano Gomes da Silva

Presidente do Conselho

Amarílio Proença de Macêdo Lirio Albino Parisotto

Andrea Matarazzo Luiz Alberto Garcia

Antonio Marcos Moraes Barros Marcelo Bahia Odebrecht

Benjamin Steinbruch Miguel Abuhab

Carlos Antônio Tilkian Olavo Monteiro de Carvalho Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Paulo Guilherme Aguiar Cunha

Carlos Mariani Bittencourt Paulo Setúbal Neto Carlos Pires Oliveira Dias Pedro Eberhardt

Claudio Bardella Pedro Franco Piva

Daniel Feffer Pedro Grendene Bartelle

Décio da Silva Pedro Luiz Barreiros Passos Eugênio Emílio Staub Rinaldo Campos Soares Flávio Gurgel Rocha Robert Max Mangels Francisco Amaury Olsen Roberto de Rezende Barbosa

Ivo Rosset Roger Agnelli

Ivoncy Brochmann Ioschpe Salo Davi Seibel

Jacks Rabinovich Thomas Bier Herrmann

Jorge Gerdau Johannpeter Victório Carlos De Marchi José Antonio Fernandes Martins Walter Fontana Filho

Diretor Geral

José Roberto Ermírio de Moraes

Conselho do IEDI

Paulo Diederichsen Villares

Membro Colaborador

Paulo Francini

Membro Colaborador

Hugo Miguel Etchenique

Membro Colaborador

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OMÉRCIO

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EMESTRE DE

2007

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ARACTERÍSTICAS

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NTENSIDADE

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ECNOLÓGICA1

Introdução ...1

Principais Conclusões...3

Exportação e Importação ...3

Saldo Comercial e Corrente de Comércio ...3

Preço e Quantum ...3

Destino das Exportações...4

Setores de Exportação ...5

Setores de Importação ...6

Saldo Comercial por Setor...6

Exportação e Importação por Intensidade Tecnológica da Indústria de Transformação ...6

Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior ...7

O Comércio Exterior no Primeiro Semestre de 2007 ...8

Preço e Quantum ...10

Importação e Exportação ...12

Destino das Exportações...13

Panorama Setorial...14

Exportação ...14

Importação ...18

Saldo Comercial ...21

Contribuição para o Aumento das Exportações ...23

Intensidade Tecnológica ...25

Exportação ...25

Importação ...27

Saldo Comercial ...28

Anexo – Metodologia e Classificações ...31

1

(4)

Introdução

No primeiro semestre de 2007 as exportações brasileiras atingiram US$ 73,2 bilhões e as importações US$ 52,6 bilhões, com um saldo de US$ 20,6 bilhões. As primeiras tiveram um crescimento de 19,9% em relação ao primeiro semestre de 2006, quando as exportações alcançaram US$ 61,1 bilhões. Isto corresponde a um crescimento superior ao obtido no primeiro semestre de 2006 com relação a igual período de 2005, mas inferior ao aumento alcançado na primeira metade de 2005, respectivamente 13,5% e 23,9%.

Assim como nos últimos quatro primeiros semestres, o dinamismo das vendas externas no corrente semestre veio acompanhado de um aumento significativo das importações. Repetindo o que ocorreu no primeiro semestre de 2006, as compras do exterior cresceram mais que as exportações, com variação de 26,6%.

No que diz respeito ao saldo comercial, os US$ 20,6 bilhões obtidos nos primeiros seis meses do ano significaram uma pequena elevação (aumento de 5,6%) em relação ao mesmo período de 2006 (US$ 19,5 bilhões). Nesse semestre, diferentemente da primeira metade de 2006 e em linha com os quatro primeiros semestres anteriores, o crescimento do saldo comercial se mostrou compatível com o aumento do volume de comércio. Cabe ressaltar que a elevação do saldo ocorreu mesmo com um crescimento mais acentuado das importações frente às exportações.

Seguindo a análise setorial, os dados do presente estudo mostram que houve aumento do valor exportado no primeiro semestre de 2007 com relação aos primeiros seis meses de 2006 em todos os setores, com exceção do setor maquinaria-eletro-eletrônica. Cabe ressaltar que esses aumentos foram distribuídos por vários setores, ao contrário do primeiro semestre de 2006 em que a expansão do setor de petróleo teve clara preponderância.

O crescimento das importações na primeira metade de 2007 foi geral com apenas o setor de produtos florestais ficando estagnado. É importante ressaltar que essa situação de aumento generalizado vem se repetindo nos últimos anos e que neste semestre alguns setores experimentaram avanços bastante intensificados. Destacaram-se, registrando um crescimento superior a 40%, os setores de: maquinaria-outros-de-transporte (aumento de 51,2%), cereais (49,3%), química (43,5%) e intensivo em trabalho (41,2%).

No que se refere à geração de saldos comerciais na primeira metade de 2007 o maior gerador foi o segmento cereais (onde se destaca soja e milho como itens de exportação e trigo como item de importação) com US$ 5,8 bilhões ou 28,0% do saldo comercial total, mesmo com o grande aumento das compras externas realizadas. Em seguida está o segmento agricultura

tropical (café, açúcar, frutas como destaques) respondendo por 26,1% do saldo (US$ 5,4

bilhões). Em terceiro está o setor de produtos animais com US$ 5,1 bilhões e somente em quarto lugar está o setor intensivo em capital, que na primeira metade de 2005 detinha a maior participação. Além disso, o setor matérias primas desponta também como grande gerador de saldo, respondendo por 21,0% do total.

Quanto ao saldo gerado pela indústria de transformação, este apresentou uma trajetória claramente ascendente entre os primeiros semestres de 2002 e 2005. Contudo, na primeira metade de 2006 tal trajetória foi revertida e nesse semestre houve uma nova queda (12,8%). A expansão do saldo comercial na primeira metade de 2007 foi, portanto, determinada pelo bom

(5)

Os dados não parecem deixar dúvidas de que a geração de saldos comerciais pela economia brasileira ficou mais concentrada em produtos primários.

No que diz respeito ao conteúdo tecnológico, o grande setor gerador de saldo comercial é o de baixo conteúdo (saldo de US$ 16,6 bilhões), seguido pelo segmento médio baixo (saldo de US$ 5,131 bilhões). Ambos ampliaram o saldo comercial gerado neste último semestre com relação ao primeiro semestre de 2006 – 22,4% e 6,9% respectivamente.

Uma segunda conclusão acerca da formação do saldo comercial brasileiro é, portanto, que o país ampliou sua dependência quanto aos produtos com baixa e média baixa intensidade tecnológica. Este fato preocupa devido ao reduzido valor agregado aos produtos com baixa tecnologia e também à possibilidade de oscilação dos preços internacionais.

Em outros trabalhos o IEDI já chamou atenção para a necessidade de conferir à pauta exportadora brasileira uma maior aproximação com os mercados de maior conteúdo tecnológico e agregação de valor. Os resultados do comércio exterior brasileiro mostraram no primeiro semestre de 2007 a falta dessas políticas ou ao menos sua ineficácia. Notar que a valorização cambial é também determinante do maior peso de produtos primários e de produtos de menor intensidade tecnológica na formação do saldo comercial. Países em desenvolvimento importantes procuram resguardar suas moedas de fortes valorizações precisamente como parte das condições para que logrem maior diversificação exportadora, beneficiando produtos de maior industrialização e intensidade tecnológica.

(6)

Principais Conclusões e Sugestões

Exportação e Importação

No primeiro semestre de 2007 as exportações atingiram US$ 73,2 bilhões e as importações US$ 52,6 bilhões, com um saldo de US$ 20,6 bilhões. Com relação ao dinamismo das exportações, na primeira metade de 2007 houve um crescimento de 19,9% em relação ao primeiro semestre de 2006, quando as exportações alcançaram US$ 61,1 bilhões. Isto corresponde a um crescimento superior ao obtido no primeiro semestre de 2006, mas inferior ao aumento alcançado na primeira metade de 2005, respectivamente 13,5% e 23,9%. Deve ser notado que uma paralisação de trabalhos de auditores fiscais causou redução de registros de exportações no primeiro semestre de 2006.

Assim como nos últimos quatro primeiros semestres, o dinamismo das vendas externas no corrente semestre veio acompanhado de um aumento significativo das importações. Repetindo o que ocorreu no primeiro semestre de 2006, as importações cresceram mais que as exportações, uma vez que a expansão das compras externas atingiu 26,6% neste último semestre.

Saldo Comercial e Corrente de Comércio

Como se sabe, o país tem um volume de comércio ainda baixo (cerca de 20,9% do PIB), mas que vem se elevando nos últimos anos. No primeiro semestre de 2007 atingiu mais uma vez o seu maior nível histórico para a primeira metade do ano (US$ 125,8 bilhões), superior em 22,6% ao valor correspondente de 2006 (US$ 102,6 bilhões) que já havia sido o maior valor de todos os tempos.

No que diz respeito ao saldo comercial, os US$ 20,6 bilhões obtidos nos primeiros seis meses do ano significaram uma pequena elevação (aumento de 5,6%) em relação ao mesmo período de 2006, quando o saldo comercial atingiu US$ 19,5 bilhões. Nesse semestre, diferentemente da primeira metade de 2006 e em linha com os quatro primeiros semestres anteriores, o crescimento do saldo comercial se mostrou compatível com o aumento do volume de comércio. Cabe ressaltar que a elevação do saldo ocorreu mesmo com um crescimento mais acentuado das importações frente às exportações.

Preço e Quantum

Exportações

O crescimento das exportações no primeiro semestre de 2007 foi causado de forma equivalente, tanto pelo aumento dos preços internacionais, quanto pela elevação do quantum exportado (9,2% e 10,1% respectivamente). Diga-se de passagem nos primeiros seis meses de 2006 o preço foi, com larga vantagem, o principal fator a determinar a expansão das vendas externas.

(7)

superior ao obtido nos primeiros meses de 2006 em comparação a 2005 (9.7%). Para as categorias dos básicos e manufaturados houve também um significativo crescimento dos preços, porém menor do que a categoria semimanufaturados, 9,1% e 8,1% respectivamente. Vale ressaltar que nos primeiros seis meses de 2006 o aumento da categoria dos básicos foi de 13,9%, enquanto que a elevação no segmento manufaturados foi de 11,2%. No conjunto, segundo dados da FUNCEX, os preços de exportação subiram 9,2% no primeiro semestre de 2007, enquanto no mesmo período de 2006 o aumento foi de 12,2%.

Com relação ao quantum, todas as categorias apresentaram neste semestre um desempenho superior ao da primeira metade de 2006. O grande destaque foi o grupo dos básicos com uma expansão de 20,4% (apenas 1,4% em 2006). A recuperação do quantum também pôde ser constatada na categoria semimanufaturados, uma vez que no primeiro semestre de 2006 houve um decréscimo de 2,2% e em 2007 um avanço de 5,1%. Já os bens manufaturados obtiveram um crescimento de 6,4% neste último semestre contra somente 2,1% em igual período de 2006.

Assim, a evolução do quantum de exportação no primeiro semestre de 2007 chegou a 10,1%, contra um aumento de apenas 1,3% no mesmo período do ano anterior. Nota-se, assim, uma clara recuperação com relação a 2006 e um desempenho equivalente ao do primeiro semestre de 2005. Vale lembrar a observação já feita de que uma paralisação de trabalhos de auditores fiscais causou redução de registros de exportações no primeiro semestre de 2006.

Importações

Do lado das importações, o quantum se manteve crescente na primeira metade de 2007, em linha com os primeiros meses de 2006, porém com muito mais intensidade (22,8% em 2007 contra 12,2% em 2006). Mais uma vez o quantum importado foi o principal elemento explicativo do crescimento das importações. É importante também ressaltar que nas primeiras metades de 2004 e 2005, diferentemente deste último semestre, o preço foi o principal determinante do aumento das importações. Isto pode novamente ser explicado, ao menos em alguma medida, pela recente valorização do Real.

Destino das Exportações

Do ponto de vista do destino das exportações, alguns resultados do primeiro semestre de 2007 merecem comentários:

 O maior destaque positivo foi a União Européia, com crescimento de 33,0% na comparação com os primeiros seis meses de 2007, taxa inferior apenas a da Aelc e a do Oriente Médio. Como resultado de tal expansão, este bloco econômico tornou-se o principal destino das vendas brasileiras, superando o NAFTA, e foi responsável pela maior contribuição para o aumento das exportações, com 36,2%.

 A China foi também um dos grandes destaques positivos das exportações brasileiras, em linha com o que ocorrera no primeiro semestre de 2006. Tanto em termos de crescimento das vendas externas, quanto com relação à contribuição para o aumento das exportações brasileiras os resultados foram positivos (respectivamente 34,3% e 10,2%).

(8)

 Do lado negativo, houve um crescimento muito pouco expressivo das exportações para um dos principais mercados mundiais na primeira metade de 2007 com relação a igual período de 2006: os EUA, com somente 7,1%. Conseqüentemente as vendas para o NAFTA cresceram apenas 4,2%, fazendo com que este bloco deixasse de ser o principal destino das exportações do país. Cabe também ressaltar que, no primeiro semestre de 2006 e 2005, o desempenho das vendas externas para essas duas regiões seguiu o mesmo caminho, o que deve ser visto com atenção para efeito da política comercial.

Setores de Exportação

O estudo setorial utilizou metodologia de estudo do Banco Mundial e acompanhou 13 setores:

petróleo, matérias primas, produtos florestais, agricultura tropical, produtos animais, cereais etc., intensivo em trabalho, intensivo em capital, eletroeletrônica, maquinaria-veículos rodoviários, maquinaria-outros de transporte, maquinaria-demais (bens de capital) e química.

Os dados da pesquisa mostram que houve aumento das exportações no primeiro semestre de 2007 com relação aos primeiros seis meses de 2006 em todos os setores, com exceção de

maquinaria-eletroeletrônica. Cabe ressaltar que esses aumentos foram distribuídos por vários

setores, ao contrário do primeiro semestre de 2006 em que a expansão do setor de petróleo teve clara preponderância.

Dois segmentos apresentaram resultados inferiores se comparados com os demais: intensivo

em trabalho (9,4%) e maquinaria-veículos-rodoviários (2,1%). O crescimento do segundo

segmento foi bastante inferior na primeira metade de 2007 do que havia sido em igual período de 2006 e do que a média de expansão entre 2003 e 2007. A retração das exportações da indústria automobilística – a valorização cambial e consumo doméstico têm destacada responsabilidade – foi determinante para o resultado.

Com desempenhos superiores a 20% estão os seguintes setores: cereais (29,3%), agricultura

tropical (24,9%), intensivo em capital (23,5%), petróleo (22,3%) e maquinaria-outros de transporte (22,1%). O segmento de cereais, que já foi o maior exportador da economia, pois

abarca soja e milho, obteve uma importante recuperação se considerados os resultados de semestres anteriores (expansão de apenas 1,6% no primeiro semestre de 2006 com relação a 2005). Os principais subsetores que contribuíram com essa recuperação foram o de alimentos para animais (39,7%) e óleos vegetais (40,0%), ambos comandados pela soja. Quanto aos bens intensivos em capital, note-se que, no primeiro semestre de 2006, suas exportações declinaram, o que aumenta a importância do resultado obtido nos primeiros seis meses de 2007. Já a exportação de petróleo, mesmo tendo desempenho superior a 20%, ficou muito aquém do primeiro semestre de 2006, quando obteve uma expansão de 111,8%. Isso foi fruto do aumento não tão intensificado do preço da commodity no primeiro semestre de 2007. Por fim é importante observar que o segmento maquinaria-outros de transporte atingiu um crescimento bastante superior à média entre 2003 e 2007 (7,8%).

O setor de matérias-primas passou a ser na primeira metade de 2007 o maior segmento exportador da economia brasileira, superando os produtos intensivos em capital. O desempenho das vendas de ferro ao exterior está na raiz desse resultado. Vale ressaltar que

(9)

este semestre é, pela segunda vez consecutiva, em que o setor cresce mais de 30% no acumulado de janeiro a junho.

Setores de Importação

Em relação às importações, o crescimento na primeira metade de 2007 foi geral com apenas o setor de produtos florestais ficando estagnado. É importante ressaltar que essa situação de generalizada expansão vem se repetindo nos últimos anos e que neste semestre alguns setores experimentaram avanços bastante intensificados. Com relação ao primeiro semestre de 2006, destacaram-se, com crescimento superior a 40%, os setores de:

maquinaria-outros-de-transporte (aumento de 51,2%), cereais (49,3%, destaque para importações de trigo), química

(43,5%) e intensivo em trabalho (41,2%).

Os segmentos que mais contribuíram para o crescimento de 26,6% das compras externas (US$ 11,1 bilhões) no primeiro semestre de 2007 com relação ao mesmo período de 2006 foram os seguintes: química (US$ 3,1 bilhões ou 27,9%) e maquinaria-demais (US$ 1,9 bilhões ou 17,1%).

Saldo Comercial por Setor

Quanto à geração de saldos comerciais na primeira metade de 2007, em linha com igual período de 2006, o maior gerador foi o segmento de cereais (destaques são: soja e milho do lado exportador e trigo pelas importações) com US$ 5,8 bilhões ou 28,0% do saldo comercial total, mesmo com um grande aumento de suas compras externas. Em seguida está a

agricultura tropical (café, açúcar, frutas como destaques) respondendo por 26,1% do saldo

(US$ 5,4 bilhões). Em terceiro, o setor de produtos animais com US$ 5,1 bilhões (25%) e somente em quarto lugar está o segmento intensivo em capital, que na primeira metade de 2005 detinha a maior participação. Ademais, o setor matérias-primas desponta também como grande superávit, respondendo por 21,0% do total.

Pelo lado dos setores deficitários, encontra-se novamente em primeiro lugar o setor de

maquinaria-eletro-eletrônica (responsável por -25,6% do saldo comercial), seguido pelos

segmentos de química, maquinaria-demais e petróleo. Vale ressaltar que o segmento química aumentou consideravelmente sua participação negativa no saldo comercial brasileiro entre as primeiras metades de 2006 e 2007, passando de 16,2% para 23,6%. O mesmo ocorre com o segmento maquinaria-demais (-7,1% para -12,8%)

Exportação e Importação por Intensidade Tecnológica da Indústria de Transformação

O estudo avaliou o comércio exterior brasileiro segundo a intensidade tecnológica presente na indústria de transformação do país. Foi utilizado o critério de conteúdo tecnológico dos produtos da indústria de transformação, discriminando setores de alta, alta, média-baixa e média-baixa intensidade tecnológica.

As informações do primeiro semestre de 2007 mostram que as exportações provenientes da indústria de transformação tiveram expansão de US$ 8,25 bilhões ou 17,5%, maior do que o aumento obtido na primeira metade de 2006 com relação a igual período de 2005 (aumento de 9,7%). Deve-se observar que uma paralisação de trabalhos de auditores fiscais causou redução

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de registros de exportações no primeiro semestre de 2006, o que implica em uma super-estimativa do crescimento de 2007.

A referida expansão foi centrada nos produtos considerados de baixa e média-baixa intensidade tecnológica, respectivamente 24,5% e 21,8% de crescimento. No primeiro caso, as vendas externas dos subsetores alimentos, bebidas e tabaco e madeira, papel e celulose foram as principais. Já no segundo, as exportações de produtos metálicos e borracha determinaram o resultado.

Além disso, deve-se destacar que os produtos de baixa intensidade tecnológica dentro da indústria de transformação respondem pela maior parte das exportações em todos os períodos analisados inclusive no primeiro semestre de 2007 (27,8% neste último período). Em seguida, vem os segmentos de média alta intensidade tecnológica (23,1%) e de média baixa com 18,5% de participação. O setor de alta intensidade tecnológica corresponde a um montante relativamente pequeno das vendas externas, obtendo neste semestre sua menor participação nos últimos seis períodos analisados – 6,1%. Ou seja, houve perda relativa de posição dos segmentos mais intensivos em tecnologia na evolução das exportações brasileiras.

Em se tratando das importações, houve aumento em todos os setores da indústria de transformação. No setor de média alta intensidade tecnológica o aumento atingiu 35,2%, no de baixa intensidade 34,7% e no segmento média baixa (33,1%). No caso do segmento de alta tecnologia, o crescimento foi de 14,0%.

Ademais, pode-se observar que o setor de média alta tecnologia dentro da indústria de transformação é de longe o maior responsável pelas importações (38,5% do total no primeiro semestre de 2007). Em seguida está o segmento de alto conteúdo tecnológico com uma participação de 21,6%. Os outros dois segmentos possuem valores bem mais baixos.

Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

O IEDI vem sublinhando a necessidade de conferir à pauta exportadora brasileira uma maior aproximação com os mercados de maior conteúdo tecnológico e agregação de valor. Os resultados do comércio exterior brasileiro mostraram no primeiro semestre de 2007 a falta dessas políticas ou ao menos sua ineficácia.

Notar que a valorização cambial é também determinante do maior peso de produtos primários e de produtos de menor intensidade tecnológica na formação do saldo comercial. Países em desenvolvimento importantes procuram resguardar suas moedas de fortes valorizações precisamente como parte das condições para que logrem maior diversificação exportadora, beneficiando produtos de maior industrialização e intensidade tecnológica.

(11)

O Comércio Exterior no Primeiro Semestre de 2007

Segundo os dados do MDIC, no primeiro semestre de 2007 as exportações atingiram US$ 73,2 bilhões e as importações, US$ 52,6 bilhões, saldo de US$ 20,6 bilhões. Quanto ao dinamismo exportador, o crescimento foi de 19,9% em relação ao primeiro semestre de 2006, quando as exportações alcançaram US$ 61,1 bilhões. Isto corresponde a uma expansão superior à obtida no semestre inicial de 2006 vis-à-vis igual período de 2005 (13,5%), mas inferior ao aumento logrado na primeira metade de 2005 (23,9%). Observe-se que uma paralisação de trabalhos de auditores fiscais reduziu os registros de exportações no primeiro semestre de 2006, o que implica em uma superestimativa do crescimento de 2007.

Assim como nos últimos quatro primeiros semestres, o dinamismo das vendas externas no corrente semestre veio acompanhado de um aumento significativo das importações. E, tal qual a metade inicial de 2006, as importações cresceram mais que as exportações, com a expansão das compras externas atingindo 26,6% no primeiro semestre de 2007.

Exportações, Importações e Corrente de Comércio - Variação Anual em % - Período Jan/Jun 0,6 25,3 28,9 22,0 16,8 19,9 26,6 22,6 17,1 31,8 31,3 20,2 22,4 23,9 13,5 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35

Exportação Importação Comércio

2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Como se sabe, o país tem um volume de comércio ainda baixo (20,9% do PIB), mas que vem se elevando nos últimos anos. No primeiro semestre de 2007 atingiu mais uma vez o seu maior nível histórico para a primeira metade do ano (US$ 125,8 bilhões), superior em 22,6% ao valor correspondente de 2006 (US$ 102,6 bilhões), recorde até então.

No que diz respeito ao saldo comercial os US$ 20,6 bilhões obtidos nos primeiros seis meses do ano significaram uma pequena elevação (aumento de 5,6%) em relação ao mesmo período de 2006, quando o saldo atingiu US$ 19,5 bilhões. Nesse semestre, diferentemente da primeira metade de 2006 e em linha com os quatro primeiros semestres anteriores, o maior saldo comercial se mostrou compatível com o aumento do volume de comércio. Cabe ressaltar que a elevação do saldo ocorreu mesmo com um crescimento mais acentuado das importações frente às exportações.

(12)

Exportações, Importações, Corrente de Comércio e Saldo Comercial - Valores Em US$ Bilhões

-10 10 30 50 70 90 110 130 Exportação 25,1 33,1 43,4 53,8 61,1 73,2 Importação 22,5 22,6 28,3 34,0 41,5 52,6 Saldo 2,6 10,4 15,1 19,7 19,5 20,6 Comércio 47,6 55,7 71,7 87,8 102,6 125,8 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Exportações, Importações, Corrente de Comércio e Saldo Comercial - Valores Em % do PIB - Período Jan/Jun

-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 Exportação 10,2 12,2 13,3 12,4 11,8 12,2 Importação 9,2 8,4 8,7 7,8 8,0 8,7 Saldo 1,1 3,9 4,6 4,6 3,8 3,4 Comércio 19,4 20,6 22,0 20,3 19,8 20,9 2002 2003 2004 2005 2006 2007

(13)

Levando em conta as variáveis como proporção do PIB, observa-se que houve um aumento com relação ao primeiro semestre de 2006 para todas com exceção do saldo comercial. Vale ressaltar que este é o segundo primeiro semestre consecutivo em que isto ocorre2.

Diante destes resultados três ponderações devem ser feitas. Em primeiro lugar, se considerarmos apenas a conjuntura internacional, o Brasil teria todas as condições de aumentar o seu saldo comercial de forma contínua e mais intensificada. Isto porque a média do crescimento econômico mundial, bem como os indicadores de liquidez internacional, continuam fortemente elevados, sem que haja perspectiva, ao menos no médio prazo, de reversão dessa situação. Além disso, como o crescimento brasileiro tem sido nos últimos anos inferior à média mundial, gera-se uma situação em que a demanda brasileira por produtos externos deveria, a princípio, crescer menos que a demanda externa por bens internos. Ou seja, se considerarmos apenas o crescimento econômico brasileiro em comparação ao crescimento do resto do mundo, a expansão das exportações deveria superar o das importações. Em segundo deve-se considerar a influência negativa da valorização da moeda nacional sobre o resultado comercial, como forma de explicar o maior crescimento das importações frente às exportações. Por fim, cabe salientar que o crescimento econômico neste primeiro semestre foi mais elevado do que em semestres anteriores, o que também impulsiona as compras externas.

Preço e Quantum

O crescimento das exportações no primeiro semestre de 2007 foi causado de forma praticamente equivalente, tanto pelo aumento dos preços internacionais, quanto pela elevação do quantum exportado (9,2% e 10,1% respectivamente). Cabe observar que nos primeiros seis meses de 2006 o preço foi com larga vantagem o principal fator a determinar a expansão das vendas externas.

No que diz respeito aos preços, os produtos semimanufaturados aumentaram de modo muito expressivo frente a janeiro-junho de 2006, 16,0%, acréscimo superior ao obtido nos primeiros meses de 2006 em comparação a 2005 (9,7%). Para as categorias dos básicos e manufaturados houve também significativo crescimento dos preços, porém em menor magnitude: 9,1% e 8,1% respectivamente. Vale ressaltar que nos primeiros seis meses de 2006, o aumento da categoria dos básicos fora de 13,9%, enquanto que a elevação no segmento manufaturados, de 11,2%. Segundo dados da FUNCEX, os preços de exportação subiram 9,2% no primeiro semestre de 2007, enquanto no mesmo período de 2006 o aumento foi de 12,2%.

A observação que se faz pertinente diz respeito à conjuntura internacional que se apresentou de forma extremamente favorável nos seis primeiros meses de 2007, a ponto de ensejar aumentos expressivos de preços inclusive de bens manufaturados. Em parte, a variação de preços teve origem uma compensação das perdas dos exportadores brasileiros em decorrência da valorização cambial. A contrapartida disso, especialmente em um prazo maior, é a perda de competitividade que pode levar à redução de participação de produtos brasileiros em mercados de exportação.

2 É importante notar que todas as variáveis como proporção do PIB tiveram uma redução devido ao novo método

de cálculo implementado a partir de 2006 e replicado para os anos anteriores. Com esse novo método, houve aumento do PIB para todos os anos considerados.

(14)

Com relação ao quantum, todas as categorias apresentaram neste semestre desempenho superior ao da primeira metade de 2006. O destaque foi o grupo de básicos, com expansão de 20,4% (apenas 1,4% em 2006). A recuperação do quantum também pôde ser constatada nos semi-manufaturados, uma vez que no primeiro semestre de 2006 houvera um decréscimo de 2,2%, enquanto, no mesmo período de 2007, um avanço de 5,1%. Já os bens manufaturados obtiveram crescimento de 6,4% contra somente 2,1% em igual acumulado de 2006. A evolução do quantum total exportado no primeiro semestre de 2007 chegou a 10,1%, contra um aumento de apenas 1,3% no mesmo período do ano anterior. Notar, novamente, que a paralisação de trabalhos de auditores fiscais causou redução de registros de exportações e importações no primeiro semestre de 2006, o que implica em uma super-estimativa do crescimento de 2007.

De qualquer forma, os dados indicam que, graças, sobretudo, aos produtos básicos, o quantum volta a ser, tal como em 2005, o principal fator explicativo do aumento do valor das exportações brasileiras, ao contrário do que ocorreu em 2006. Isto constitui um fato importante porque indica que o aumento das vendas externas do país não é completamente dependente dos preços internacionais, muito embora vá se tornando mais dependente de produtos de menor valor agregado.

Preço Quantum Valor

Exportação 12,2 1,3 13,5 Básicos 13,9 1,4 15,0 Semimanuf. 9,7 -2,2 6,8 Manufat. 11,2 2,1 13,4 Importação 8,7 12,2 22,0 Exportação 9,2 10,1 19,9 Básicos 9,1 20,4 31,3 Semimanuf. 16,0 5,1 22,1 Manufat. 8,1 6,4 15,0 Importação 3,3 22,8 26,6 Fonte: Funcex.

Variação de Preço, Quantum e Valor de Exportação e Importação - % - Semestre com Relação

ao Mesmo Semestre do Ano Anterior

2006 I

2007 I

Do lado das importações, o quantum se manteve crescente na primeira metade de 2007, em linha com os primeiros meses de 2006, porém com muito mais intensidade (22,8% em 2007 contra 12,2% em 2006). Mais uma vez o quantum importado foi o principal elemento explicativo do crescimento das importações. É importante também ressaltar que nas primeiras metades de 2004 e 2005, diferentemente deste último semestre, o preço foi o principal determinante do aumento das importações, o que claramente não ocorreu neste semestre com um aumento de somente 3,27%. Isto pode novamente ser explicado pela recente valorização do real, em maior escala do que um outro possível fator, qual seja, o maior crescimento da economia.

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Importação e Exportação

Os quadros abaixo mostram vários fatos a respeito das exportações e importações nos primeiros seis meses de 2007. Um primeiro, é atinente ao crescimento das exportações em valor dos setores básicos e semimanufaturados que foi considerável e superior ao obtido na primeira metade de 2006. O primeiro obteve um aumento de 31,3% nos primeiros seis meses de 2007 com relação ao mesmo período de 2006. Já o segundo atingiu um crescimento de 22,1% considerando o mesmo intervalo de tempo. Já o setor que apresentou pior desempenho no primeiro semestre de 2007 foi o de manufaturados, com crescimento de apenas 15,0%. Na comparação entre os primeiros meses de 2006 e o mesmo período de 2005, tal crescimento foi de 13,4%.

A contribuição para o crescimento das exportações teve alterações expressivas quando comparado ao primeiro semestre de 2006 (com relação a primeira metade de 2005). O segmento de manufaturados (41,6% de contribuição) perdeu sua liderança, tendo em vista que foi ultrapassado pelo segmento de básicos (43,3% de contribuição). Note-se que na primeira metade de 2006, manufaturados contribuiu com 55,9%, enquanto os produtos básicos com 30,8%. Com relação ao segmento de semimanufaturados, houve uma recuperação de sua contribuição, passando de 7,3% nos primeiros meses de 2006 para 15,0% em igual período de 2007. Constata-se, assim, uma perda de relevância da indústria nas exportações brasileiras.

Do lado das importações segundo as categorias de uso, o maior destaque pelo lado do crescimento no primeiro semestre de 2007 foi o segmento de bens e consumo duráveis, com 47,0%, seguido pelos bens de consumo não duráveis (34,7%). No que diz respeito à contribuição para o aumento das importações, a liderança manteve-se com o setor de bens intermediários, respondendo por 60,5% do aumento (44,9% em igual período de 2006). Os outros segmentos tiveram contribuições muito pouco expressivas se comparadas a este último.

2007 2006 2007 2006 Básicos 22.379 17.043 31,3 30,6 27,9 43,9 Industrializados 49.359 42.401 16,4 67,4 69,4 57,2 . Semimanufaturados 10.186 8.345 22,1 13,9 13,7 15,1 . Manufaturados 39.173 34.056 15,0 53,5 55,8 42,1 Op. Especiais 1.476 1.612 -8,4 2,0 2,6 -1,1 Total 73.214 61.056 19,9 100,0 100,0 100,0 Fonte: Funcex. Valor Participação %

Exportação Brasileira - 2007/2006 Jan/Jun - US$ Milhões FOB

Contribuição % Var % 2007 2006 2007 2006 Bens de Capital 7.362 5.737 28,3 14,0 13,8 14,7 Bens Intermediários 31.435 24.745 27,0 59,8 59,6 60,5 Bens de Consumo 5.558 4.006 38,7 10,6 9,6 14,0 - Não-duráveis 3.615 2.684 34,7 6,9 6,5 8,4 - Duráveis 1.943 1.322 47,0 3,7 3,2 5,6 Combustíveis 8.220 7.028 17,0 15,6 16,9 10,8 Total 52.575 41.516 26,6 100,0 100,0 100,0 Fonte: Funcex. Valor Participação %

Importação Brasileira - 2007/2006 Jan/Jun - US$ Milhões FOB

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Destino das Exportações

Do ponto de vista do destino das exportações, alguns resultados do primeiro semestre de 2007 merecem comentários. O maior destaque positivo das vendas externas brasileiras em termos de destino no primeiro semestre de 2007 foi, sem nenhuma dúvida, a União Européia. A expansão atingiu 33,0% frente aos primeiros seis meses de 2006, ficando atrás apenas da Aelc e do Oriente Médio. Como resultado de tal expansão, este bloco econômico tornou-se o principal destino das vendas brasileiras superando o NAFTA e foi responsável pela maior contribuição para o aumento das exportações com 36,2%.

Atente-se também, tal como citado acima, para o aumento das exportações para a Aelc e o Oriente Médio devido a sua intensidade. No primeiro caso, houve expansão de 43,8% e, no segundo, de 36,4%. No entanto, como o valor total exportado para essas regiões é consideravelmente baixo, seu impacto na contribuição para as vendas externas é muito reduzido.

A Ásia, apesar de não ser mais a principal região em termos de contribuição para o aumento das exportações brasileiras, como no primeiro semestre de 2006, obteve uma importante contribuição (18%). Além disso, o crescimento das vendas para este continente foi considerável: 24,0%. A China foi também um dos grandes destaques positivos das exportações brasileiras, em linha com o que ocorreu no primeiro semestre de 2006. Tanto em termos de crescimento das vendas externas, quanto com relação à contribuição para o aumento das exportações brasileiras os resultados foram positivos (respectivamente 34,3% e 10,2%).

Considerando os aspectos negativos, houve um crescimento muito pouco expressivo das exportações para um dos principais mercados mundiais na primeira metade de 2007 com relação a igual período de 2006: EUA com apenas 7,1%. Conseqüentemente as vendas para o NAFTA cresceram somente 4,2%, fazendo com que este bloco deixasse de ser o principal destino das exportações do país. Cabe também ressaltar que, no primeiro semestre de 2006 e 2005, o desempenho das vendas externas para essas duas regiões seguiu o mesmo caminho, o que pode caracterizar uma estagnação desses mercados para os produtos brasileiros. Esse é um ponto a ser considerado pela política comercial brasileira.

2007 2006 NAFTA 15.074 14.460 4,2 24,7 23,7 5,0 UNIÃO EUROPÉIA 17.969 13.510 33,0 24,5 22,1 36,7 ALADI 6.734 5.607 20,1 9,2 9,2 9,3 MERCOSUL 7.596 6.252 21,5 10,4 10,2 11,1 AELC 880 612 43,8 1,2 1,0 2,2 EUROPA ORIENTAL 2.145 1.833 17,0 2,9 3,0 2,6 ORIENTE MÉDIO 2.990 2.192 36,4 4,1 3,6 6,6 ÁSIA 11.460 9.243 24,0 15,7 15,1 18,2 ÁFRICA 4.071 3.211 26,8 5,6 5,3 7,1 OCEÂNIA 270 250 8,0 0,4 0,4 0,2 Argentina 6.311 5.308 18,9 8,6 8,7 8,2 China 4.915 3.659 34,3 6,7 6,0 10,3 Estados Unidos 12.116 11.308 7,1 16,5 18,5 6,6 Total 73.214 61.056 19,9 100,0 100,0 100,0

Continentes e Blocos Econômicos

Países

Exportação Brasileira - Principais Blocos - Jan/Junho 2007 - US$ Milhões

2007 2006 Var % Participação % Contribuição

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Panorama Setorial

Vistos esses resultados gerais, nosso objetivo é identificar setores e grupos de setores que mais contribuíram para o desempenho do comércio exterior brasileiro no primeiro semestre de 2007. Adotamos uma classificação do trabalho do Banco Mundial (From Natural Resources

to the Knowledge Economy Trade and Job Quality, 2002) com algumas adaptações. A

principal delas consiste na desagregação que fizemos do setor de “maquinaria” do trabalho original, que foi subdividido em quatro segmentos:

 maquinaria-veículos rodoviários (indústria automobilística e autopeças);

 maquinaria-eletroeletrônica (componentes eletrônicos, computadores, aparelhos e equipamentos de telecomunicações);

 maquinaria-outros de transporte (aviões, vagões, embarcações, outros);  maquinaria-demais (bens de capital, implementos e tratores agrícolas).

Dado esse procedimento, da divisão setorial do trabalho original em dez grupos ou setores (petróleo, matérias primas, produtos florestais, agricultura tropical, produtos animais,

cereais etc,intensivo em trabalho, intensivo em capital, maquinaria e química), resultaram 13

setores. Notar que o setor “cereais etc” da classificação original inclui trigo, além de destacados itens de exportação brasileira, como o complexo soja (soja em grãos, farelo e óleo de soja) e milho.

Os dados originais utilizados neste trabalho são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do MDIC), adaptados para a classificação SITC (Standard International Trade

Classification) da ONU, revisão 3 a três dígitos, que reúne 261 setores. Esses setores foram então classificados segundo o critério acima estabelecido.

Exportação

Os dados da pesquisa mostram que houve aumento das exportações no primeiro semestre de 2007 com relação aos primeiros seis meses de 2006 em todos os setores, com exceção do setor maquinaria-eletroeletrônica. Cabe ressaltar que esses aumentos foram distribuídos por vários setores, ao contrário do primeiro semestre de 2006 em que a expansão do setor de petróleo teve clara preponderância.

(18)

Brasil - Exportações em US$ bilhões - Períodos Jan/Jun 0 2 4 6 8 10 2002 1,0 2,2 1,6 2,1 1,7 2,6 2,3 2,9 1,4 1,8 1,5 2,3 1,6 2003 1,8 3,0 2,3 2,6 2,1 4,7 2,6 4,1 1,5 2,4 1,0 2,9 2,0 2004 2,1 3,8 2,8 3,1 3,2 7,0 3,1 5,2 1,6 3,4 1,7 3,8 2,5 2005 2,1 5,2 3,2 4,6 4,1 5,6 3,7 7,4 2,6 4,8 1,5 5,2 3,5 2006 4,3 6,8 3,4 5,1 4,2 5,7 4,2 7,0 3,0 5,6 1,7 5,8 3,8 2007 5,3 8,8 3,9 6,4 5,7 7,4 4,6 8,7 2,7 5,8 2,1 6,3 5,1 Petróleo Matérias Primas Produtos Florestais Agricultura Tropical Produtos Animais Cereais, etc Intensivo em Trabalho Intensivo em Capital Maq. - Eletro-Eletrônico Maq. - Veículos Rodoviário Maq. - Outros de Transporte Maquinaria - Demais Química

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Levando em consideração as exportações divididas por setor no primeiro semestre de 2007, os seguintes resultados devem ser apontados:

 O setor de matérias-primas (ferro tem grande destaque) passou a ser na primeira metade de 2007 o maior segmento exportador da economia brasileira, superando os produtos intensivos em capital (manufaturados de ferro e aço são os destaques desse setor). O principal subsetor a ser considerado é o de minérios metálicos e sucata (onde se aloja ferro, com aumento de 33,7%). Vale ressaltar que este semestre é o segundo consecutivo em que o setor cresce mais de 30%.

 Os segmentos produtos animais (crescimento de 35,1%, tendo como destaques carne bovina e de frango), química (34,7%) e matérias-primas (30,2%) apresentaram as maiores taxas de crescimento entre os primeiros meses de 2007 e o mesmo período de 2006. O primeiro segmento teve um importante aumento das vendas externas de carne bovina (33,4%) e de carnes não bovinas (40,5%). Já o setor de química foi positivamente influenciado pelas vendas de fertilizantes (aumento de 77,9%) e produtos químicos orgânicos (55,1%). Note-se que nos dois primeiros casos, houve uma recuperação importante com relação ao desempenho obtido em 2006 contra 2005, uma vez que estes segmentos haviam crescido somente 2,0% e 8,5% respectivamente.

(19)

destaques para café e açúcar), intensivo em capital (23,5%), petróleo (22,3%, item que inclui derivados do petróleo) e maquinaria-outros de transporte (22,1%). O segmento de cereais, que já foi o maior exportador da economia, obteve uma importante recuperação se considerados os resultados de semestres anteriores (expansão de apenas 1,6% no primeiro semestre de 2006 com relação a 2005). Os principais subsetores que contribuíram com essa recuperação foi o de alimentos para animais (39,7%) e óleos vegetais (40,0%), ambos dominados pelos produtos farelo de soja e óleo de soja. No que diz respeito aos bens intensivos em capital, deve-se notar que no primeiro semestre de 2006 a expansão desse segmento havia sido negativa, o que aumenta a importância do resultado obtido nos primeiros seis meses de 2007. Já a exportação de petróleo, mesmo tendo um desempenho superior a 20%, ficou muito aquém do primeiro semestre de 2006, quando obteve uma expansão de 111,8%. Isso foi fruto do aumento não tão intensificado do preço da commodity no primeiro semestre de 2007.

 Os setores produtos florestais (celulose, madeira) e maquinaria-demais (bens de capital) com taxas de crescimento respectivamente de 12,7% e 10,4% tiveram um desempenho, em termos de crescimento, razoável no primeiro semestre de 2007 e muito similar ao obtido no primeiro semestre de 2006, porém inferior à média entre 2003 e 2007.

 Dois segmentos apresentaram resultados medíocres se comparados com os demais: intensivo em trabalho (9,4%, com calçados, móveis e vestuário como destaques) e maquinaria-veículos-rodoviários (2,1%, automóveis, auto-peças com importantes itens). Note-se que o crescimento do segmento

maquinaria-veículos-rodoviários foi bastante inferior na primeira metade de 2007 do que

havia sido em igual período de 2006 e do que a média de expansão entre 2003 e 2007. Em ambos os casos é clara a influência da valorização cambial.

 Outro setor muito afetado pelo câmbio, o único a registrar taxa de variação negativa, foi o de maquinaria-eletroeletrônica com -8,8% (12,4% no primeiro semestre de 2006 com relação a igual período de 2005 e 69,2% de crescimento no período anterior). A queda das exportações de celulares responde pelo declínio.

(20)

Exportação - Crescimento - 2007-2006 - em % 30,2 12,7 24,9 35,1 9,4 23,5 2,1 10,4 34,7 19,9 -8,8 29,3 22,2 22,3 -10 0 10 20 30 40 P e tr óleo M a té ri as P ri m as Pr od ut o s Fl or es ta is Ag ri c u lt u ra Tr opi c a l Pr odu to s Ani m ai s C e reai s , et c In tens iv o em Tr ab al ho In tens iv o em Ca p it a l M aq. El et ro -El e trô ni c o M a q. V e íc u los Ro d o v iá ri o s M a q. O u tr os d e Tra n s p or te M a qu in ar ia -De m a is Qu ím ic a To ta l

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Exportação - Crescimento Anual Médio 2003-2007 - em % - Período Jan/Jun

32,1 18,7 25,2 27,9 23,5 15,2 24,2 13,6 26,2 7,8 23,0 26,0 23,9 38,4 0 10 20 30 40 P e tr ól eo M a té ri as P ri m as Pr odutos F lor es ta is Ag ri c u lt u ra T ropi c a l Pr odutos Ani m ai s C e reai s , etc Int ens iv o em T rabal ho Int ens iv o em C api ta l M aq. E letr o -El et rôni c o M aq. V e íc ul os R odov iá ri os M aq. Outr os de T rans por te M aqui nar ia -De ma is Qu ím ic a To ta l

(21)

Importação

Em relação às importações, o crescimento na primeira metade de 2007 pode ser considerado geral. É importante ressaltar que essa situação vem se repetindo nos últimos anos e que neste semestre alguns setores experimentaram avanços bastante substanciais. Destacaram-se com relação ao primeiro semestre de 2006, obtendo um crescimento superior a 40%, os setores de:

maquinaria-outros-de-transporte (aumento de 51,2%, com aviões como destaque), cereais

(49,3%, trigo, como grande produto de importação), química (43,5%) e intensivo em trabalho (41,2%, móveis, vestuário, calçados, artigos diversos como destaques).

No segmento intensivo em trabalho, vê-se que a valorização cambial o levou a um duplo constrangimento: do lado exportador, como vimos anteriormente, e do lado importador como acabamos de ver.

Os segmentos que mais contribuíram para o crescimento de 26,6% das compras externas (US$ 11,1 bilhões) no primeiro semestre de 2007 com relação ao mesmo período de 2006 foram os seguintes: química (US$ 3,1 bilhões ou 27,9%) e maquinaria-demais (US$ 1,9 bilhões ou 17,1%), sendo que esta última categoria pode ser considerada como bens de capital.

Os seguintes resultados relativos ao primeiro semestre de 2007 devem ser mencionados seguindo o que está indicado nos gráficos abaixo:

 Todos os setores citados como tendo as maiores taxas de crescimento entre os primeiros meses de 2007 e 2006 (maquinaria-outros-de-transporte, cereais,

química e intensivo em trabalho) tiveram taxas muito superiores à média entre

2003 e 2007.

 O segmento maquiniaria-outros-de-transporte foi especialmente influenciado pelas compras dos seguintes subsetores: navios e barcos (aumento de 165,6%) e aeronaves e espaçonaves (67,7%). Esse resultado é bastante superior tanto ao aumento registrado nos primeiros meses de 2006 (5,1%), quanto na média de 2003 a 2007 (17,4%)

 O setor de cereais etc. teve no primeiro semestre de 2007 uma expansão muito forte de suas compras externas (no primeiro semestre de 2006 tal expansão havia sido de 13,9% e negativa em períodos anteriores). Tal expansão foi principalmente determinada pelo sub-setor cereais e preparados de cereais – especialmente trigo (57,5%).

 Em 2007, o principal setor importador da economia voltou a ser o de química. Em segundo e terceiro lugares estão respectivamente os segmentos de

maquinaria-demais (ou seja, bens de capital) e maquinaria-eletroeletrônica. A

evolução do subsetor de fertilizantes (elevação de 160,2%) foi determinante para a liderança dos químicos. Note-se que no primeiro semestre de 2006 as compras externas vinculadas a este setor cresceram somente 3,2%.

 No aumento das importações dos produtos intensivos em trabalho destacam-se as compras do subsetor de calçados (crescimento de 57,0%).

(22)

 Os setores que tiveram maior crescimento de suas importações entre o primeiro semestre de 2007 e a primeira metade de 2006 são diferentes dos setores que mais aumentaram entre os primeiros seis de 2006 e 2005. Neste último semestre, como já apontado acima, destacaram-se os segmentos de

maquinaria-outros-de-transporte, cereais, química e intensivo em trabalho.

Enquanto no período anterior os setores de matérias primas, maquinaria

eletro-eletrônica, intensivo em capital e petróleo.

 Os setores maquinaria-veículos-rodoviários (expansão de 30,6%, automóveis como destaque), intensivo em capital (29,3%, fios têxteis e manufaturas de metal como itens de destaque), matérias primas (27,7%. Com metais não ferrosos se destacando), agricultura tropical (26,6%), maquinaria demais (25,9%) e produtos animais (22,8%) tiveram aumentos superiores a 20%. Isto implica num crescimento superior à média entre 2003 e 2007 para todos eles.

 O único segmento com um crescimento relativamente baixo das importações foi o de maquinaria-eletroeletrônica, de 9,6% contra 18,2% na média entre 2003 e 2007. Cabe notar que o setor de produtos florestais manteve sua trajetória de crescimento moderado das importações.

Brasil - Importações em US$ bilhões - Período Jan/Jun

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 2002 2,4 1,4 0,3 0,4 0,4 1,0 0,7 1,5 3,5 1,4 0,5 4,8 4,4 2003 2,7 1,6 0,3 0,5 0,3 1,3 0,7 1,4 3,3 1,2 0,3 4,4 4,6 2004 3,9 2,1 0,4 0,5 0,3 1,1 0,8 1,7 4,6 1,4 0,5 4,8 6,1 2005 4,8 2,5 0,4 0,7 0,4 0,9 1,1 2,3 5,4 2,1 0,6 6,1 6,7 2006 6,3 3,5 0,6 0,8 0,5 1,1 1,3 2,9 7,3 2,5 0,7 7,1 6,9 2007 7,3 4,5 0,6 1,0 0,6 1,6 1,9 3,8 8,0 3,3 1,0 9,0 10,0 Petróleo Matérias Primas Produtos Florestais Agricultura Tropical Produtos Animais Cereais, etc Intensivo em Trabalho Intensivo em Capital Maq. - Eletro-Eletrônico Maq. - Veículos Rodoviário Maq. - Outros de Transporte Maquinari a - Demais Química

(23)

Importação - Crescimento - 2007-2006 - em % - Período Jan/Jun 27,7 16,3 26,6 22,8 41,2 29,3 9,6 30,6 25,9 43,5 26,6 49,3 51,2 16,7 0 10 20 30 40 50 60 Pet ról eo M a té ri as P ri m as Pr odut os F lor es ta is Agr ic u lt ur a T ropi cal Pr odut os Ani m ai s C e reai s, et c In tensi v o em T rabal ho In tens iv o e m C api ta l M aq. E let ro -El et rôni co M aq. Veí c ul os R odovi á ri os M aq. O u tr os de Tr anspor te M aqui nar ia -De ma is Qu ím ic a To ta l

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Importação - Crescimento Anual Médio 2003-2007 - em % - Período Jan/Jun

25,3 27,3 15,3 19,1 10,4 21,2 21,2 18,2 19,2 17,4 13,6 17,8 18,5 6,2 0 10 20 30 P e tr ól eo M a té ri as P ri m as P ro dut o s Fl o res ta is Ag ri c u lt u ra T ro p ic a l P rod u tos A n im ai s Cer eai s , e tc In tens iv o em Tr aba lh o In tens iv o em Ca pi tal M a q. - E let ro -E let rôni c o M aq. V e íc ul o s Rodo v iár io s M aq. O u tr o s de Tr ans p o rt e M aqu inar ia -Dem a is Qu ím ic a To ta l

(24)

Saldo Comercial

No que se refere à geração de saldos comerciais na primeira metade de 2007, em linha com igual período de 2006, o maior gerador foi o segmento cereais (em função de soja e milho) com US$ 5,8 bilhões ou 28,0% do saldo comercial total, mesmo com um grande aumento de compras externas (trigo). Em seguida está o segmento agricultura tropical (café, açúcar, frutas como destaques) respondendo por 26,1% do saldo (US$ 5,4 bilhões). Em terceiro está o setor de produtos animais com US$ 5,1 bilhões e somente em quarto lugar vem o setor

intensivo em capital, que na primeira metade de 2005 detinha a maior participação. Além

disso, o setor matérias primas desponta também como grande gerador de saldo, respondendo por 21,0% do total.

Pelo lado dos setores deficitários encontra-se novamente em primeiro lugar o setor de

maquinaria-eletro-eletrônica (responsável por -25,6% do saldo comercial), seguido de perto

pelo segmento química, maquinaria-demais e petróleo. Vale ressaltar que o setor de química aumentou consideravelmente sua participação negativa no saldo comercial brasileiro entre as primeiras metades de 2006 e 2007, passando de -16,2% para -23,6%, o mesmo ocorrendo com o segmento maquinaria-demais (-7,1% para -12,8%)

Em suma, os resultados mostram uma retomada da capacidade geradora de saldo do setor de

cereais (em razão de soja e milho) e a manutenção da queda da posição do segmento intensivo em capital como gerador de superávit. Mesmo assim, os macro-setores tradicionais

exportadores e geradores de saldo comercial da economia brasileira mantiveram-se nessa situação. Por outro lado, os setores tradicionalmente deficitários mantêm-se dessa maneira e em alguns casos, como o de química, maquinaria-eletro-eletrônica e maquinaria-demais ampliam a participação negativa.

Os gráficos abaixo mostram os resultados comentados:

Brasil - Saldo Comercial em US$ bilhões - Período Jan/Jun

-6 -4 -2 0 2 4 6 2002 -1,3 0,8 1,3 1,7 1,3 1,6 1,5 1,4 -2,0 0,4 1,0 -2,5 -2,8 2003 -1,0 1,4 2,0 2,1 1,8 3,4 1,9 2,7 -1,9 1,2 0,7 -1,5 -2,6 2004 -1,8 1,8 2,4 2,6 2,9 5,8 2,2 3,5 -3,0 1,9 1,1 -1,0 -3,5 2005 -2,8 2,7 2,7 3,9 3,8 4,7 2,6 5,1 -2,8 2,8 0,9 -0,9 -3,2 2006 -1,9 3,3 2,9 4,3 3,8 4,6 2,9 4,1 -4,3 3,2 1,1 -1,4 -3,2 2007 -2,0 4,3 3,2 5,4 5,1 5,8 2,7 4,9 -5,3 2,5 1,1 -2,6 -4,9 Petróleo Matérias Primas Produtos Florestais Agricultura Tropical Produtos Animais Cereais, etc Intensivo em Trabalho Intensivo em Capital Maq. - Eletro-Eletrônico Maq. - Veículos Rodoviário Maq. - Outros de Transporte Maquinaria - Demais Química

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Brasil - Composição do Saldo Comercial - % - Período Jan/Jun -30 -20 -10 0 10 20 30 2006 -9,9 16,7 14,8 22,1 19,3 23,8 14,7 21,0 -22,2 16,2 5,4 -7,1 -16,2 2007 -9,8 21,0 15,7 26,1 25,0 28,0 13,1 23,7 -25,6 12,2 5,3 -12,8 -23,6 Petróleo Matérias Primas Produtos Florestais Agricultura Tropical Produtos Animais Cereais, etc Intensivo em Trabalho Intensivo em Capital Maq. - Eletro-Eletrônico Maq. - Veículos Rodoviário Maq. - Outros de Transporte Maquinaria - Demais Química

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Contribuição para o Aumento das Exportações

Para o aumento de US$ 12,1 bilhões das exportações ocorrido entre o primeiro semestre de 2006 e os seis primeiros meses de 2007, passando de US$ 61,1 bilhões para US$ 72,3 bilhões, diversos setores contribuíram. Dentre eles, caberia destacar: Matérias primas, tendo minério de ferro como grande produto, com 16,9% de contribuição; Cereais e outros com soja e milho como destaques (13,8%); Intensivo em capital, onde aço, manufaturados de ferro, couro e produtos da borracha são destaques (14,2%); Produtos animais, como carne bovina e de frango (12,2%,); Química, que inclui exportações de álcool, além de plásticos, hidrocarbonos, etc (10,8%); Agricultura tropical, contando, especialmente, com café e açúcar (10,4%) e Petróleo, setor que inclui derivados de petróleo com 8%. No total, esses setores foram responsáveis por 86,3% do aumento das exportações brasileiras.

Os demais setores tiveram contribuições marginais, dentre eles: Intensivo em trabalho, onde se destacam produtos como calçados e vestuário (contribuição ao aumento das exportações de 3,3%), Maquinaria-veículos rodoviários (1%, destacando-se veículos automotores e auto-peças), Maquinaria-demais (que concentra os bens da indústria de bens de capital, com 4,9%),

Maquinaria-outros de transporte (3,2%, onde predomina aviões) e Produtos Florestais (3,6%).

No caso de Maquinaria--eletroeletrônica, um segmento que contribuíra com 4,5% do aumento das exportações no primeiro semestre do ano passado, a contribuição no primeiro semestre de 2007 foi negativa (-2,1%), concorrendo para isso a grande queda das vendas externas de celulares. Excluindo Produtos Florestais, onde lideram celulose e madeira, todos esses setores são propriamente industriais, que no seu conjunto, contribuíram com apenas 10,1% do aumento total das exportações do país entre os primeiros semestres de 2006 e 2007.

Esse percentual é menor do que a contribuição isolada de um setor como o de Produtos

animais no qual predominam as exportações de carnes (carne bovina e de frango,

especialmente) que contribuiu com 12,8%; também fica abaixo da contribuição de setores agrícolas, como Agricultura tropical, em que despontam café e açúcar (10,4%), e Cereais e

outros, com 13,8%, devido ao desempenho de soja e milho; e é bem menor do que a

contribuição de um setor predominantemente mineral como Matérias-primas, 16,9%, dado o dinamismo da exportação de ferro. Isto é, há supremacia de produtos animais, agrícolas e minerais.

Dois outros setores manufatureiros tiveram percentual de contribuição ao aumento das exportações no primeiro semestre de 2007 também maiores do que o conjunto desses “setores de maior industrialização”: Química e o setor Intensivo em capital, o primeiro respondendo por 10,8% e o segundo por 14,2% do aumento das vendas externas do país. No primeiro caso, a exportação de álcool (classificado nesse setor) tem grande destaque. Quanto ao segundo, o setor já mostra sinais de declínio relativo na pauta de exportação brasileira e, ademais, que os produtos determinantes de seu dinamismo exportador são aço, manufaturados de ferro, couro e manufaturados de borracha. Estamos, portanto, falando de produtos considerados como commodities, no caso, commodities industriais como grandes promotores da contribuição conferida por esses setores ao aumento das exportações totais do Brasil.

Ou seja, setores industriais onde não prevalecem commodities internacionais, praticamente deixaram de contribuir para a ampliação das exportações brasileiras. Se ainda o fazem, é apenas marginalmente. Hoje se perde dinamismo exportador em setores industrializados; amanhã a perda avança tanto para os investimentos, quanto para a produção interna dos setores de maior industrialização, atingindo também a geração e manutenção de empregos mais qualificados. Essa é a lógica e a seqüência dos acontecimentos em uma economia globalizada. Daí a importância desses resultados na exportação dos setores mais industrializados, como prenúncio de perdas de potencialidades para um maior

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Contribuição ao Aumento das Exportações 2006/2007 - em % - Período Jan/Jun 8,0 16,9 3,6 10,5 12,2 3,3 14,2 1,0 4,9 10,8 3,2 13,8 -2,1 -5 0 5 10 15 20 Pet róle o M a té ri as Pr im as Pr od ut o s F lo rest a is A g ri c u lt ur a T rop ic a l Pr odu to s Ani m ai s C e re ai s , et c In te nsi v o em Tr a bal ho In te n s iv o e m Ca p it a l M a q. El et ro -E let rô ni c o M a q. V e íc ul o s Ro dovi á ri os M aq. O u tr os de T ran s p or te M aqui nar ia De m a is Qu ími c a

Fonte: MDIC. Elaboração IEDI.

Certas análises sustentam não haver sinais de que o processo econômico atual, em particular quanto à excessiva valorização do Real, esteja levando à desindustrialização no Brasil. De fato, existem apenas indicações desse processo nas informações mais atualizadas da estrutura industrial brasileira, mas não poderia ser diferente. Ao contrário dos dados de evolução industrial que acusam de imediato ou em curto prazo os sinais de expansão ou de retração da indústria, os dados de estrutura do setor – os únicos capazes de captar tal processo – têm a dimensão de médio e, sobretudo, de longo prazo.

O que se pede é a atenção daqueles que formulam a política econômica para a dinâmica exportadora brasileira. Em uma economia aberta à globalização, como a brasileira, a competitividade exportadora de um país tem a propriedade de antecipar as tendências de sua estrutura industrial. Não custa às autoridades econômicas considerar os resultados aqui apontados. Nem a aceleração do crescimento da indústria que vem ocorrendo esse ano, nem os bons números globais do comércio exterior motivados pela grande demanda mundial dos bens brasileiros exportados, especialmente os produtos primários e commodities industriais, devem mudar o foco da visão do desenvolvimento que necessariamente supera o horizonte restrito dos resultados de curto prazo.

Buscar uma taxa de câmbio mais condizente para a competitividade dos setores que exigem maior industrialização, progredir mais celeremente na direção de assegurar eqüidade entre as condições internas e as que vigoram em países concorrentes (em itens como encargos menos onerosos sobre o trabalho, devolução de tributos pagos pelo exportador, menor custo e superior qualidade da infra-estrutura) e promover políticas industriais e de inovação mais efetivas, são atitudes e ações que não deveriam sair do foco do governo.

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Intensidade Tecnológica

Fazendo-se exercício similar para certas categorias de agregações ligadas à indústria de transformação, estas mostram resultados importantes (detalhes da metodologia e significado das classificações adotadas no anexo). Foi utilizado o critério de conteúdo tecnológico dos produtos da indústria de transformação, discriminando setores de alta, alta, média-baixa e média-baixa intensidade tecnológica.

Exportação

As informações obtidas com relação ao primeiro semestre de 2007 mostram que as exportações provenientes da indústria de transformação tiveram uma expansão de US$ 8,25 bilhões ou 17,5% , percentual superior ao de 2006 (aumento de 9,7%), quando, no entanto, os efeitos de uma grave de auditores fiscais prejudicou o resultado exportador de todos os setores da economia. Tal expansão foi centrada nos produtos de baixa e média-baixa intensidade tecnológica, respectivamente 24,5% e 21,8% de crescimento. No primeiro caso, as vendas externas de alimentos, bebidas e tabaco e madeira, papel e celulose foram as principais. No segundo, produtos metálicos e borracha foram determinantes.

No que diz respeito às exportações do setor de média alta intensidade, houve um crescimento de apenas 12,2%. Vale ressaltar que este segmento foi negativamente afetado pela redução das exportações da indústria automobilística, mesmo levando em conta o desempenho razoável da indústria química e de máquinas e equipamentos mecânicos. Já o setor de alta intensidade tecnológica incorreu em um pequeno decréscimo devido principalmente ao desempenho ruim do subsetor áudio, vídeo e telecomunicações.

Ademais, deve-se destacar que os produtos de baixa intensidade tecnológica dentro da indústria de transformação respondem pela maior parte das exportações em todos os períodos analisados inclusive no primeiro semestre de 2007 (27,8% neste último período). Em seguida vêm os segmentos de média alta intensidade tecnológica (23,1%) e de média baixa com 18,5% de participação. O setor de alta intensidade tecnológica corresponde a um montante relativamente pequeno das vendas externas, obtendo neste semestre sua menor participação nos últimos seis períodos analisados: 6,1%.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica Exportações - US$ Milhões FOB - Periodo Jan/Jun

0 8.000 16.000 24.000 32.000 40.000 48.000 56.000 Baixa 7.756 10.116 13.596 15.804 16.321 20.326 Média-baixa 4.054 5.629 7.152 9.669 11.142 13.568 Média-alta 5.640 7.419 9.697 13.496 15.054 16.897 Alta 2.925 2.411 3.058 3.932 4.532 4.501 Prods. ind. transformação 20.375 25.575 33.504 42.900 47.049 55.291

2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos Exportações (Participação no Total, %) - Periodo Jan/Jun

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Demais produtos 18,8 22,6 22,8 20,2 22,9 24,5 Indústria de baixa tecnologia 30,9 30,6 31,3 29,4 26,7 27,8 Indústria de média-baixa tecnologia 16,2 17,0 16,5 18,0 18,2 18,5 Indústria de média-alta tecnologia 22,5 22,4 22,3 25,1 24,7 23,1 Indústria de alta tecnologia 11,7 7,3 7,0 7,3 7,4 6,1 Produtos da indústria de transformação 81,2 77,4 77,2 79,8 77,1 75,5

2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Importação

Em se tratando das importações, houve aumento em todos os setores da indústria de transformação. No setor de média alta intensidade tecnológica o aumento atingiu 35,2%, no de baixa intensidade, 34,7% e no segmento média baixa, 33,1%). No caso do segmento de alta intensidade, ocorreu um crescimento de 14,0%.

Pode-se observar, também, que o setor de média alta tecnologia dentro da indústria de transformação é de longe o maior responsável pelas importações (38,5% do total no primeiro semestre de 2007). Em seguida está o segmento de alto conteúdo tecnológico com uma participação de 21,6%. Os outros dois segmentos possuem valores bem mais baixos.

Isto configura uma situação quase oposta a que ocorre com as exportações. Em outras palavras, o Brasil vende produtos com baixo grau de conteúdo tecnológico para o exterior e importa bens com alto grau de conteúdo tecnológico. Note-se que essa situação não tende a melhorar, uma vez que vem se reproduzindo nos últimos seis períodos analisados.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica Importações - US$ Milhões FOB - Periodo Jan/Jun

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 Baixa 1.835 1.562 1.911 2.236 2.790 3.759 Média-baixa 3.150 3.300 3.596 4.914 6.341 8.437 Média-alta 9.385 9.286 11.118 13.484 14.957 20.219 Alta 5.142 4.789 6.485 7.692 9.951 11.348 Prods. ind. transformação 19.513 18.937 23.111 28.325 34.039 43.763 2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos Importações (Participação no Total, %) - Periodo Jan/Jun

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Demais produtos 13,1 16,2 18,4 16,8 18,0 16,8 Indústria de baixa tecnologia 8,2 6,9 6,7 6,6 6,7 7,2 Indústria de média-baixa tecnologia 14,0 14,6 12,7 14,4 15,3 16,0 Indústria de média-alta tecnologia 41,8 41,1 39,3 39,6 36,0 38,5 Indústria de alta tecnologia 22,9 21,2 22,9 22,6 24,0 21,6 Produtos da indústria de transformação 86,9 83,8 81,6 83,2 82,0 83,2 2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Saldo Comercial

O saldo comercial brasileiro gerado pela indústria de transformação apresentou uma trajetória claramente ascendente entre os primeiros semestres de 2002 e 2005, tal como indica o gráfico abaixo. Contudo, na primeira metade de 2006 tal trajetória foi revertida e nesse semestre houve uma nova queda (12,8%). A expansão do saldo comercial na primeira metade de 2007 foi, portanto, determinada pelo melhor desempenho das exportações de produtos que não fazem parte da indústria de transformação.

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Balança Comercial - US$ Milhões FOB - Periodo Jan/Jun 0 2.500 5.000 7.500 10.000 12.500 15.000 17.500 20.000 22.500 Demais produtos 1.757 3.802 4.684 5.174 6.523 9.110 Prods. ind. transformação 861 6.638 10.393 14.575 13.010 11.529 Total 2.618 10.440 15.077 19.749 19.533 20.638 2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

O grande setor gerador de saldo comercial para o Brasil é o de baixo conteúdo tecnológico (saldo de US$ 16,6 bilhões), seguido pelo segmento médio baixo (saldo de US$ 5,131 bilhões). Ambos os setores ampliaram o saldo comercial gerado neste último semestre com relação ao primeiro semestre de 2006: 22,4% e 6,9% respectivamente. Destacam-se no caso de produtos com baixo conteúdo os subsetores alimentos, bebidas e tabaco, responsável sozinho por 68,5% do saldo gerado pelo setor, e madeira, papel e celulose. Com relação aos bens com médio baixo conteúdo, o principal subsetor é, sem sombra de dúvida, o de produtos metálicos.

Os setores de alta e média alta intensidade tecnológica são os deficitários da indústria de transformação. Os dois apresentam saldo comercial negativo ou muito próxima de zero durante todo o período analisado. Chama atenção ainda o montante do déficit gerado pelo segmento de alta intensidade (US$ -6,8 bilhões), bem como o crescimento registrado entre os primeiros semestres de 2006 e 2007 (26,4%). Todos os subsetores contribuíram para o déficit, com exceção de aeronáutica. Por fim, cabe mencionar o segmento de médio alto conteúdo, uma vez que no primeiro semestre de 2006 atingiu um saldo muito próximo a zero, enquanto que na primeira metade de 2007 o segmento voltou a apresentar um expressivo déficit comercial (US$-3,3 bilhões). Como resultado, a trajetória de recuperação que o setor vinha apresentando desde antes do primeiro semestre de 2002 teve um revés nos primeiros meses de 2007. O subsetor químico (excetuando-se a indústria farmacêutica) foi o grande responsável por esse resultado, com um déficit de US$ 4,2 bilhões.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica Balança Comercial - US$ Milhões FOB - Periodo Jan/Jun

-12.000 -8.000 -4.000 0 4.000 8.000 12.000 16.000 20.000 24.000 Baixa 5.921 8.554 11.685 13.568 13.531 16.566 Média-baixa 904 2.330 3.556 4.755 4.801 5.131 Média-alta -3.746 -1.867 -1.421 12 98 -3.321 Alta -2.218 -2.379 -3.428 -3.760 -5.419 -6.847 Prods. ind. transformação 861 6.638 10.393 14.575 13.010 11.529 2002S1 2003S1 2004S1 2005S1 2006S1 2007S1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

O Brasil permanece, portanto, dependente, no que diz respeito á geração de saldos comerciais, de produtos com baixa e média baixa intensidade tecnológica. Enquanto o setor de alta tecnologia persiste como um grande importador e o maior gerador de déficits, seguido pelo segmento de média baixa intensidade tecnológica.

Referências

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