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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”

O uso de terapias motoras com portadores da doença

de Parkinson: Seus benefícios

Carla de Araujo da Silva

Orientadora

Profª/Mestre Fátima Alves

Rio de Janeiro 2015

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”

O uso de terapias motoras com portadores da doença

de Parkinson: Seus benefícios

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade.

Por: Carla de Araujo da Silva

Rio de Janeiro 2015

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Agradecimentos

Aos professores que com tanta proeza, determinação, paciência e competência me guiaram na vida acadêmica, sempre se mostrando incansáveis nessa jornada. Agradeço aos meus amigos pela compreensão concedida nos momentos mais difíceis.

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Dedicatória

Dedico este trabalho à minha família, em especial aos meus pais, por terem me educado e serem meus dois maiores exemplos de caráter, perseverança e humildade, e ao meu irmão, meu maior amigo.

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RESUMO

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa atuando no sistema nervoso central (SNC) de forma lenta e progressiva. Normalmente acometem homens e depois dos 50 anos. A doença ainda não tem uma causa definida, entretanto acredita-se que essa enfermidade é o somatório de vários fatores atuantes em um mesmo sujeito como, por exemplo, o envelhecimento. A doença de Parkinson caracteriza-se por tremores involuntários, lentidão anormal dos movimentos (bradicinesia), rigidez nas articulações e musculatura, mudanças posturais, etc. Normalmente há a perda da propriocepção, comprometendo assim as habilidades motoras, é em cima desses fatos que uma intervenção motora faz-se necessária. Este trabalho tem como objetivo verificar os benefícios provenientes de intervenções motoras em portadores da doença de Parkinson. Através de uma revisão de literatura webgráfica, propõe o leitor a conhecer um pouco sobre estes dois temas bastante pertinentes a atualidade: A doença de Parkinson, que é uma doença crônica degenerativa, mais comum idosos e representa um grande problema de saúde pública; e as Intervenções motoras que promovem estímulos necessários ao paciente, para que este consiga executar suas atividade de vida diária e resgate sua autoestima e reconquiste sua autonomia.

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METODOLOGIA

Revisão de Literatura webgráfica de artigos que utilizaram apenas idosos portadores da doença de Parkinson como objeto de pesquisa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 08

CAPÍTULO I – DOENÇA DE PARKINSON ... 10

CAPÍTULO II – TRATAMENTOS DA DOENÇA DE PARKINSON ... 16

CAPÍTULO III – INTERVENÇÕES MOTORAS ... 21

CONCLUSÃO ... 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 28

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INTRODUÇÃO

A doença de Parkinson (DP) foi registrada pela primeira vez em 1817 pelo médico James Parkinson com o codinome de Paralisia Agitante. Ela é caracterizada por uma degeneração do sistema nervoso central (SNC), progressiva e por motivos desconhecidos. É uma alteração no sistema nervoso central que compromete principalmente o sistema motor, sendo uma das condições neurológicas mais frequentes.

A doença atinge ambos os sexos, sendo mais predominante em homens, normalmente ela aparece após os 50 anos. A DP tem característica evolutiva lenta e, às vezes, é progressiva tornando o paciente cada vez mais incapaz fisicamente.

A DP é progressiva, diminuindo a autonomia nas atividades da vida diária do indivíduo portador. Levando o paciente a incapacidade física e se tornando cada vez mais dependente da ajuda de terceiros. Nas fases mais avançadas, existe uma combinação dos sintomas dessa enfermidade como o tremor, a rigidez, bradicinesia, perda da postura corporal, perda da propriocepção, dentre outros.

Portadores da doença de Parkinson apresentam mau funcionamento motor que será estimulado através de intervenções motoras, desmembrando o movimento do global ao fino dando, assim, funcionalidade ao gesto motor, isto é, partindo dos movimentos reflexos e sem coordenação até os coordenados com finalidade e gestos controlados.

Intervenções motoras, como exercícios físicos, psicomotricidade, fisioterapias, são sem dúvida de suma importância na vida de um portador de DP, podendo melhorar a qualidade de vida desse sujeito e sua autoestima a fim de enfrentar todos e quaisquer obstáculos que serão impostos pela doença.

A psicomotricidade é um método eficaz para cumprir a demanda imposta pela doença, levando em consideração o grau da doença e o estado físico do paciente.

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“A psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos, das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e representativo do ‘’ser em ação’’ e da coexistência com outrem.”

Desta forma, este trabalho, pretende colher o máximo possível de intervenções motoras aplicadas aos portadores da doença de Parkinson, bem como trazer seus benefícios.

Esse estudo será dividido em três capítulos, sendo o primeiro abordando a DP e seus aspectos. O segundo irá mostrar os tratamentos existentes para os portadores dessa doença e o terceiro mostrará como e quais intervenções motoras são aplicadas em pacientes com essa enfermidade, bem como o seus benefícios e malefícios.

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CAPÍTULO I

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson foi denominada pela primeira vez em 1817 por James Parkinson através de ricos detalhes sobre a enfermidade. James descrever a doença como:

“Movimentação trêmula involuntária, com redução da força muscular, mesmo em partes que não se encontrem em ação ou quando apoiadas; apresenta uma tendência a dobrar o tronco para frente e para passar de um passo de caminhada para um passo de corrida, sem que exista lesão dos sentidos ou do intelecto” (HARRISON, 1995).

1.1 Definição de Doença de Parkinson

Ela é caracterizada por uma degeneração do sistema nervoso central (SNC), progressiva e por motivos desconhecidos. É uma alteração no sistema nervoso central que compromete principalmente o sistema motor, sendo uma das condições neurológicas mais frequentes (COOPER, 2002). A Doença de Parkinson (DP) acomete pouco mais que 3% da população acima dos 65 anos e, com o aumento da expectativa de vida, a incidência da DP também irá aumentar. De acordo com o IBGE (2014) o brasileiro tem a expectativa de viver

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por cerca de 80 anos, desta forma, a tendência é que também aumente o número de caso de portadores dessa enfermidade.

A DP é um estado de degeneração crônica. A evolução dos sintomas e quadro é lenta, mas pode varar em cada caso. A DP apresenta os seguintes sinais e sintomas neurológicos: Tremores em repouso, acnesia ou bradicinesia (lentidão e pobreza dos movimentos voluntários) e instabilidade postural, bem como distúrbio da marcha, disfunção sexual, câimbras, dores, dentre outros (TEIVE, 2005).

A síndrome parkinsonismo é dividida em duas categorias, primária e secundária. A primária é caracterizada por todos ou alguns dos sinais e sintomas da DP, entretanto por causas desconhecidas. Diz-se que é secundária naqueles casos aonde a causa é identificada. A forma primária é a que mais prevalece com 75% dos casos (ROWLAND, 2001).

1.2 Possíveis Causas

A doença de Parkinson não tem uma causa definida. Possivelmente, vários fatores como o envelhecimento, os fatores genéticos e ambientais. Dentre estes fatores, estudos destacam: produção de radicais livres, predisposição genética, envelhecimento cerebral e neurotoxinas ambientais (TEIVE, 2005).

1.3 Prevalência

A doença atinge ambos os sexos, sendo mais predominante em homens, normalmente aparece após os 50 anos. De acordo com a Associação Brasileira de Parkinson (2002), “O mal de Parkinson afeta mais homens do que

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1.4 Sinais e Sintomas

Os sintomas iniciais de Parkinson são quase imperceptíveis, dificultando a identificação do início do processo pelo próprio paciente. Geralmente os familiares ou até mesmo amigos são os primeiros a notarem e relatarem as mudanças corporais sofridas pelo paciente.

Portadores da doença de Parkinson apresentam não só as manifestações motoras involuntárias ou descoordenadas (Tremores em repouso, acnesia ou bradicinesia, e instabilidade postural distúrbio da marcha, disfunção sexual, câimbras, dores, dentre outros), como também comprometimentos não motores, mais manifestados nas fases mais avançadas dessa doença. A hipotensão ortostática, alterações gastrointestinais, alterações respiratórias, distúrbios sexuais, dor e distúrbios do sono (ANDRADE et al., 1999).

Nem todos os portadores apresentam exatamente os mesmos sintomas ao mesmo tempo, muito menos evolução de forma igual. A doença afeta cada indivíduo de uma forma diferente.

Não existe cura para a DP, entretanto, intervenções podem melhorar os sintomas e diminuir a velocidade de destruição da doença, bem como proporcionar uma qualidade de vida melhor aos portadores.

Os sintomas iniciais da DP, muita das vezes, tem início silencioso, quase que imperceptível o que dificulta a identificação pelo paciente do início dos mesmos (SHARPE e CERMAK, 2000).

O uso de escalas faz-se necessário para avaliar não só a evolução da doença, bem como, a qualidade de vida dos portadores da mesma. (LANA et al., 2005). A DP é classificada, segundo a escala de Hoehn e Yahr (modificada), em cinco estágios. São eles: estágio 1, comprometimento em

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apenas um dos lados do corpo; estágio 2, comprometimento bilateral; estágio 3, certa dificuldade ao se equilibrar e marchar; estágio 4, grande dificuldade ao se equilibrar e marchar; estágio 5, incapacidade de locomoção. Os estágios 1 e 2 são classificados como leves, o estágio 3 moderado e os estágios 4 e 5 como quadro avançado da doença.

1.4.1 Principais sintomas

Rigidez: caracterizada com o aumento da resistência muscular

apresentada quando há o deslocamento passivo de um membro. É o aumento da tensão dos músculos dos membros, fazendo com o que haja o aumento rigidez das articulações, diminuindo a angulação como se fosse uma artrite (ROWLAND, 2001).

Tremor dos membros: apesar de não ser o sintoma capaz de

incapacitar o paciente, é o que mais chama a atenção. Mais comum nas mãos, geralmente acontece com o membro em repouso. O início da doença é comum que acorra apenas em um dos lados, após ambos os lados serão afetados. Quanto mais o pacientes estiver estressado, mais intensos serão os tremores. Já quando está dormindo ou bem relaxado, o tremor desaparece (ROWLAND, 2001).

Bradicinesia: quando os movimentos dos membros tornam-se mais

lentos que o normal. Aumento da complexidade ao iniciar um movimento, tornando-o sem destreza. Esse é o sintoma que mais diminui a autonomia do indivíduo nas atividades da vida diária (ROWLAND, 2001).

Instabilidade postural: a postura geral dos portadores da DP tende-se

a modificar prejudicando-o, eles apresentam maior dificuldade em manter a postura ereta, apresentam comprometimento ao tentar endireitar o tronco e

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harmonizar os movimentos. Como os reflexos posturais estão deteriorados, as quedas são quase que inevitáveis (ROWLAND, 2001).

Esses sintomas motores citados acima são os mais comuns, entretanto há vários outros sintomas que não são aparecem nos movimentos, são os sintomas não motores como, por exemplo, a ansiedade, o pensamentos mais lentos, depressão, irritabilidade, dificuldade de lembrar-se das coisas, dores, fadiga precoce, formigamento, sudorese, agitação, dentre outros).

1.5 Complicações

Como a maior parte dos parkinsonianos são idosos, é comum que apareçam diversas complicações secundarias.

É comum que haja a perda de peso como efeito colateral a doença, uma vez que o metabolismo fica mais acelerado (há o aumento do gasto energético diário) devido ao excessivo de movimento involuntário patológico (tremor). Há a redução do apetite devido aos enjoos, a diminuição do olfato e da sensibilidade das papilas, aumento da rigidez facial e dificuldade em mastigar de deglutir os alimentos. (O’SULLIVAN e SCHIMITZ, 1998).

A sarcopenia é uma atrofia muscular mais acentuada nos idosos, seja por falta de uso ou por ser mal estimulada. Os parkinsonianos passam a maior parte do tempo em repouso, sentados e sem se movimentar. Também por causa desses fatores é comum que haja a perda de massa óssea (osteoporose), contraturas e deformidades. Nos casos mais avançados de inatividade e repouso excessivo são contraída úlceras de decúbito (escaras).

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1.6 Diagnóstico

Não existe um exame específico para diagnosticar o mal de Parkinson, entretanto testes sanguíneos, tomografia axial e eletroencefalogramas são utilizados para eliminar as outras doenças. Uma vez diagnosticada a doença, pode-se fazer uma estimativa do grau de evolução da doença, estágio que o paciente se encontra, usando como referencia as escalas existentes. Essas escalas propiciam uma análise mais fidedigna da evolução da doença, proporcionando um planejamento, do tratamento dessa enfermidade, mais eficaz (ANDRADE, 2003).

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CAPÍTULO II

TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON

Não existe cura para a DP, entretanto, intervenções podem melhorar os sintomas e diminuir a velocidade de destruição da doença, bem como proporcionar uma qualidade de vida melhor aos portadores. Com o avanço da tecnologia, as técnicas aplicadas na medicina se tornaram cada vez mais eficazes, permitindo que médicos e pacientes consigam controlar melhor a enfermidade, a fim de retardar o avanço.

Quanto mais cedo as intervenções forem aplicadas, mais chances de obter resultados positivos, com tratamento precoce e estruturado, os efeitos maléficos da doença podem ser diminuídos, bem como as alterações secundárias. Estudos mostram que os tratamentos tem menos eficácia em pacientes com idade mais avançada e em estágio moderado e/ou crítico da doença (ANDRADE, 2003).

As principais intervenções que se podem fazer para tentar amenizar o avanço da doença são: o uso de fármaco, as cirurgias, fisioterapias, terapias ocupacionais e fonoaudiologia, para o que apresentam problema com a fala.

2.1 Através de fármacos

Mesmo não havendo a cura do Parkinson, o uso de medicamentos pode minimizar os sintomas dessa enfermidade. O uso de fármaco deverá ser feito de acordo com a condição de cada parkinsoniano (HEILAMN, 2001).

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Os fármacos são divididos por mecanismos de ação, isto é, pela forma de atuação.

2.1.1 Percursora da Dopamina

A levodopa é o agente farmacológico mais eficaz no combate aos sintomas do Parkinson. Entretanto seus efeitos colaterais são os mais devastadores (flutuações motoras, distúrbios neuropsiquiátricos e movimentos involuntários anormais do corpo) bem como, o declínio brusco, com o passar do tempo, da eficácia do tratamento (POEWE, 1995).

2.1.2 Agonista Dopaminérgico

Os agonistas de dopamina são os primeiros a serem usados no tratamento da doença de Parkinson, retardando o uso da levodopa.

Esse tipo de medicamento tem ação parecida à dopamina. Não há a necessidade de transformação enzimática para que haja ação. Entretanto são apenas elementos que simulam a ação da dopamina, tendo um efeito “antiparkinsoniano” sem muita eficiência (POEWE, 1995).

2.1.3 Anticolinérgico

Inibidores da acetilcolina, os anticolinérgicos, foram os percussores no tratamento da DP. Eles mantem a concentrada de dopamina e a acetilcolina equilibrada (HEILAMN, 2001).

Essa droga é usada quando o tremor é o principal sintoma da DP e quando a doença está no seu estágio inicial, retardando o uso da levodopa. É mais indicado a pacientes jovens (HEILAMN, 2001).

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2.1.4 Dopamina Endógena

Usada em pacientes com menos de 65 e na fase inicial da DP, esta era uma droga usada no tratamento de virose. Ainda não se sabe todo o seu poder de ação, sendo ainda considerada como um agente de leve ação anticolinérgica e dopaminérgica. Esse fármaco é normalmente usado em casos de flutuações motoras. Os efeitos colaterais são: baixa produção de saliva, desorientação mental, alucinações, funcionamento irregular intestinal e má circulação sanguínea (BENNET e PLUM, 1999).

2.1.5 Inibidor da MAO-B

A MAO-B (enzima monoamino-oxidase-B) tem a função de transformar dopamina em ácido homovanílico (produto da reação). Sendo assim, é uma das enzimas responsáveis pela remoção da dopamina.

Agentes inibidores da MAO-B retardam a remoção da dopamina, permitindo que a mesma permaneça por mais tempo atuando (vida útil) e, consequentemente, aumentando a concentração de dopamina. Administrado concomitante com levodopa pode ser mais eficaz, aumentando a ausência dos movimentos involuntários da doença (STOKES 2000).

2.1.6 Inibidor da COMT

A enzima catecol-O-metil-transferase (COMT) é extremamente importante no metabolismo da dopamina. Ela também tem a função de remover a dopamina, assim como a MAO-B. Ela é sempre administrada associada com derivados de dopa, diminuindo a dose diária de levodopa e aumentando a resposta sintomática no tratamento. Caso haja a necessidade de interromper o tratamento com a COMT a dose diária de levodopa deverá ser aumentada (HARALSON, 2001).

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É um dos agentes que mais apresenta efeitos colaterais. Usuários da COMT apresentam complicações hepáticas, alucinações, diminuição brusca da pressão arterial, aumento de discinesias e diarreia, desta forma, deve haver a diminuição da dose de levodopa para tentar minimizar esses efeitos (HARALSON, 2001).

Principais medicamentos para a Doença de Parkinson

DROGA (PRINCÍPIO ATIVO) NOME COMERCIAL® MECANISMO DE AÇÃO

LEVODOPA OU L-DOPA SINEMET/CRONOMET/´PROLOPA PRECURSORA DA

DOPAMINA

BROMOCRIPTINA PARLODEL/BAGREN AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

LISURIDE DOPERGIN AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

PRAMIPEXOL MIRAPEX AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

PRAMIPEXOL SIFROL AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

PERGOLIDA CELANCE AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

ROPINIROL REQUIP AGONISTA

DOPAMINÉRGICO

BIPERIDENO AKINETON ANTICOLINÉRGICO

TRIHEXIFENIDIL ARTANE ANTICOLINÉRGICO

AMANTADINA MANTIDAN DOPAMINA ENDÓGENA

SELEGILINA/L-DEPRENIL NIAR -DEPRILAN -JUMEXIL -

ELEPRIL INIBIDOR DA MAO-B (*)

TOLCAPONE TASMAR INIBIDOR DA COMT(**)

ENTACAPONE COMTAN INIBIDOR DA COMT(**)

(*) MAO-B = monoamino-oxidase B (**) COMT-catecol-O-metil-transferase

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2.2 Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico é dividido em duas categorias: técnica lesional (Talamotomia e Polidotomia) e estimulação cerebral profunda (ECP)

Existem dois tipos de tratamentos na técnica lesional. Talamotomia é indicada para pacientes que apresentam o tremor como principal sintoma da DP, ela alivia a rigidez muscular e diminui o uso de fármaco. Já a Polidotomia tem melhor resposta com pacientes que apresentam bradicinesia e acinesia como principais sintomas, também diminui os tremores e a rigidez (MARSDEN, 1999).

Na Estimulação Cerebral Profunda (ECP) o eletrodo é implantado afim enfraquecer as discinesias permitindo assim o aumento da dose de levodopa, melhorando os sintomas da DP.

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CAPÍTULO III

INTERVENÇÕES MOTORAS

Embora as intervenções farmacológicas sejam à base do tratamento paliativo para os portadores da Doença de Parkinson, as intervenções motoras se fazem necessárias para prolongar ou melhorar a qualidade de vida desses pacientes permitindo um grau maior de autonomia. O paciente de estar cercado por uma equipe multidisciplinar.

O paciente pode diminuir a depressão e angustias por causa da doença através dos exercícios. O exercício produz endorfina, hormônio liberado durante ou após o exercício e que tem efeitos que melhoram a memória, o humor, alivia as dores, melhora a concentração, diminui o quadro de depressão, ansiedade e bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos.

A endorfina é um neurotransmissor, ela é produzida na hipófise e liberada na corrente sanguínea.

3.1 Fisioterapia

A fisioterapia deve ser aplicada aos portadores de DP como tratamento adjunto, ou seja, como um complemento ao tratamento farmacológico ou cirúrgico. Ela deve ter a finalidade de manter ativa a musculatura corporal do paciente a fim de mantê-la útil, baseada em exercícios motores, treinos de

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marcha, exercícios funcionais, isto é, exercícios que tenham funcionalidade no dia a dia desse paciente, proporcionando o máximo de autonomia possível (ASHBURN, 2007).

O principal objetivo da fisioterapia é manter e até mesmo melhorar a facilidade a eficácia das atividades de vida diária (AVD) e, também, prevenir outras complicações. Alguns estudos destacam como maior vitória da fisioterapia a diminuição do número de quedas.

Diversos estudos obtiveram respostas positivas através de suas mediações, como por exemplo, Haas et al (2008) que em seu estudo utilizou a técnica da Bola Suíça em dez homens portadores da DP entre 50 e 55 anos de idade. Nesse estudo os pacientes realizaram exercícios alongamento, equilíbrio e controle da postura em cima da Bola Suiça. Ao final de doze sessões, observou-se o aumento da flexibilidade nos grupos musculares de abdutores, flexores e rotadores externos de ombro, extensores de coluna vertebral e quadris.

Com a evolução da doença, os exercícios devem ser direcionados aos principais sintomas apresentados.

3.2 Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional (TO) objetiva ajudar as pessoas que apresentam dificuldades em tarefas básicas do dia a dia, como se alimentar, realizar a higiene pessoa, deslocamento e atividades manuais. O terapeuta ocupacional é um facilitador e não o “faz tudo”, devendo, através de estratégias, treinar a pessoa para realizar as tarefas, se esquecer das habilidades preservadas (ALMEIDA, 2003).

De acordo com a Mariela Besse, Presidente do departamento de gerontologia da SBGG-SP, o terapeuta ocupacional é um profissional da área

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da saúde e da reabilitação, desta forma, conta com técnicas e recursos terapêuticos em prol da melhora do paciente. A TO em portadores de DP deve ser aplicada a fim de aumentar a autonomia diária do paciente, trabalhando as habilidades motoras como a força e a coordenação, as habilidades cognitivas, a percepção visual, dentre outras.

A SBGG cita, ainda, as formas de intervenções que o profissional poderá realizar:

“Utilizar-se de técnicas adaptativas para a redução dos efeitos do tremor como indicação de talheres adaptados, apoios antiderrapantes, adaptações para a escrita, higiene pessoal, uso de copos adaptados, uma vez que com o tremor essas atividades, antes rotineiras, podem se tornar de grande dificuldade para sua realização;

Auxiliar no desenvolvimento da destreza manual e coordenação manual, por meio da realização de atividades de interesse do paciente;

Avaliar o ambiente domiciliar e orientar a realização de adequação ambiental, proporcionando mais acessibilidade e segurança no domicilio, com o objetivo de prevenir acidentes como quedas e deixar o ambiente mais funcional, para que a realização das atividades possa ocorrer de forma segura e satisfatória. Para isso é importante eliminar barreiras arquitetônicas como escadas, desníveis, pisos escorregadios e com brilho;

Instalação de equipamentos de segurança: Instalar barras de segurança no box do chuveiro e corrimões nos corredores; Alteração do mobiliário: a altura de cadeiras, sofás, poltronas, cama, assento sanitário, precisam estar adequadas às necessidades do individuo para que facilitar sua transferência. Ajudar o paciente a reorganizar sua rotina;

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Utilização de técnicas de conservação de energia para prevenir a fadiga;

Incentivar o indivíduo a manter a realização de atividades diárias.”

Almeida (2009) conclui em um dos seus estudos que:

“As ações empregadas contribuem para amenizar a insegurança

e o medo presentes nos idosos portadores de enfermidades crônicas degenerativas como a DP, minimizar sintomas e aumentar a independência e a autonomia. Os terapeutas ainda possuem em comum o respeito pelas pessoas que têm diante de si, considerando e valorizando características pessoais, história de vida e potencialidades das mesmas para superar dificuldades e buscar realizações; o propósito de prover seus clientes com atividades adequadas para o resgate e preservação da auto-estima e, o empenho na busca de meios, formas de tratamento e instrumentos diversos no sentido de aperfeiçoarem sua atuação profissional.”

Reforçando, mais uma vez, a importante das intervenções motoras em paciente do DP.

3.3 Psicomotricidade

A Associação Brasileira de Psicomotricidade a define como:

“A ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições

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cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.

Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.”

A psicomotricidade leva em consideração não só os aspectos físicos, mas também, os aspectos cognitivos e afetivos, o que é de suma importância para os pacientes com DP, uma vez que esses pacientes apresentam também comprometimento nos aspectos cognitivo e afetivo.

Abordando atividades que estimulem a coordenação motora (global e fina), equilíbrio (estático, recuperado e dinâmico), lateralidade, ritmo, respiração, postura e tônus muscular. As sessões de psicomotricidade apresentam característica flexível, adaptando-se de acordo com a necessidade do indivíduo, respeitando os objetivos e estratégias traçadas no inicio. O psicomotricista faz o uso de diversos materiais a fim de torna à sessão ainda mais prazerosa para o cliente.

Pacientes com DP sentem-se excluídos da sociedade, tem quadro de depressão ou princípio da mesma. Christofoletti (2012) em seu estudo observou uma melhora quase significativa no quadro de depressão e inclusão social no pacientes submetidos a uma intervenção cognitivo-motora. Estes pacientes realizaram exercícios com características de dupla tarefa, ou seja, foram exigidos de duas formas ao mesmo tempo, fazendo com que o cérebro seja mais estimulado. Desta forma, o corpo é trabalhado junto com a emoção e ação, sempre dando um significado ao movimento.

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CONCLUSÃO

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e progressiva afetando o sistema nervoso central de forma lenta. Tendo como sintomas mais frequentes os tremores em repouso, acnesia ou bradicinesia, instabilidade postural, distúrbio da marcha, como também comprometimentos não motores, mais manifestados nas fases mais avançadas dessa doença. A DP tem característica evolutiva lenta e, às vezes, é progressiva tornando o paciente cada vez mais incapaz fisicamente.

Pacientes com DP sentem-se excluídos da sociedade, tem quadro de depressão ou princípio da mesma. A doença atinge ambos os sexos, sendo mais predominante em homens, normalmente ela aparece após os 50 anos.

Não existe cura para a DP, entretanto, intervenções podem melhorar os sintomas e diminuir a velocidade de destruição da doença, bem como proporcionar uma qualidade de vida melhor aos portadores. Com o avanço da tecnologia, as técnicas aplicadas na medicina se tornaram cada vez mais eficazes, permitindo que médicos e pacientes consigam controlar melhor a enfermidade, a fim de retardar o avanço.

As intervenções motoras se mostram benéficas e de extrema importância. Os pacientes que foram submetidos a elas, melhoraram não só a sua condição motora, como também, os aspectos psicológicos, gerando assim, uma melhor qualidade de vida.

O paciente pode diminuir a depressão e angustias por causa da doença através dos exercícios. O exercício liberar endorfina, hormônio liberado durante ou após o exercício e que tem efeitos que melhoram a memória, o humor, alivia

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as dores, melhora a concentração e bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos.

A utilização de estímulos cognitivo-motores parece ser mais benefícios para esse grupo, uma vez que além de estimularem o corpo, articulações e músculos, estes também estimulam o lado cognitivo e afetivo do indivíduo, proporcionando um maior bem estar para o mesmo.

Desta forma, conclui-se que os exercícios cognitivo-motores devem ser aplicados aos pacientes com doença de Parkinson.

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(31)

ÍNDICE FOLHA DE ROSTO...02 AGRADECIMENTO...03 DEDICATÓRIA...04 RESUMO...05 METODOLOGIA...06 SUMÁRIO...07 INTRODUÇÃO...08

CAPÍTULO I – DOENÇA DE PARKINSON...10

1.1 Definição de doença de Parkinson...10

1.2 Possíveis causas...11

1.3 Prevalência...11

1.4 Sinais e sintomas...12

1.4.1 Principais sintomas...13

Rigidez ...13

Tremor dos membros...13

Bradicinesia...13

Instabilidade postural...13

1.5 Complicações...14

1.6 Diagnóstico...15

CAPÍTULO II – TRATAMENTOS DA DOENÇA DE PARKINSON...16

2.1 Através de fármacos...16 2.1.1 Percursora da dopamina...17 2.1.2 Agonista dopaminérgico...17 2.1.3 Anticolinérgico...17 2.1.4 Dopamina endógena...18 2.1.5 Inibidor da MAO-B...18 2.1.6 Inibidor da COMT...18

(32)

Principais medicamentos para a Doença de Parkinson...19

2.2 Tratamento Cirúrgico...20

CAPÍTULO III – INTERVENÇÕES MOTORAS...21

3.1 Fisioterapias...21 3.2 Terapia Ocupacional...22 3.3 Psicomotricidade...24 CONCLUSÃO...26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...28 ÍNDICE...31

Referências

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