• Nenhum resultado encontrado

ESTUDOS NEOICNOLÓGICOS II - A UTILIZAÇÃO (PREFERENCIAL) DE EMAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTUDOS NEOICNOLÓGICOS II - A UTILIZAÇÃO (PREFERENCIAL) DE EMAS"

Copied!
26
0
0

Texto

(1)

ESTUDOS NEOICNOLÓGICOS II - A UTILIZAÇÃO

(PREFERENCIAL) DE EMAS

A utilização de animais vivos apresenta várias vantagens relativamente a experiências que apenas utilizam modelos do autopode (pé e/ou mão). Apesar das experiências que utilizam modelos artificiais do pé (Allen 1997; Manning 2004) serem mais fáceis de conduzir e serem mais fáceis de documentar (temos controlo total de todos os parâmetros), falta um factor muito significativo – a interacção dinâmica entre o animal e o substrato (realçada já por Baird em 1957). Utilizando animais vivos, todos os factores que afectam e de onde resultam diferenças no estilo e postura de locomoção, no comportamento individual e no modo de progressão, estão reflectidos nas pegadas e pistas.

A primeira comparação de pegadas de ratites com as de teropodes foi feita por Sollas (1879), que comparou moldes de patas de emas e de casuares com o que pensava serem pegadas de aves gigantescas dos conglomerados Triássicos do sul do País de Gales.Com base nas grandes semelhanças, sugeriu que as pegadas poderiam ter sido deixadas por antepassados das ratites (nessa altura os dinossáurios eram conhecidos apenas por material muito escasso). Sollas verificou também que as pegadas das emas variavam conforme o modo de progressão.

Para interpretar a icnofauna de origem anfíbia do Pérmico de Coconino Sandstone, no Arizona, muitos trabalhos de comparação com pistas de salamandras e de répteis foram realizados ao longo do tempo. McKee (1947) realizou várias experiências com diferentes tipos de répteis (essencialmente lagartos), subindo e descendo, para simular as antigas dunas. Peabody (1959) realizou uma pesquisa exaustiva em pegadas de salamandras vivas para comparação com pegadas de salamandras do Terceário da Califórnia. A pista fóssil Pteraichnus, descrita por Stokes como tendo sido produzida por um pterossaurio, foi reinterpretada por Padian e Olsen (1984) como tendo origem crocodiliana, depois de terem feito experiências com um caimão progredindo sobre argilas moles.

Padian e Olsen (1989) demonstraram que a postura e estilo de locomoção dos teropodes e dos pequenos ornitopodes eram semelhantes às das emas actuais, através da comparação das suas pistas. Farlow (1989) fez

(2)

observações semelhantes de pegadas e pistas de uma avestruz; salientou que a avestruz poderá não ser o melhor análogo entre as grandes aves não voadoras para comparação com os teropodes, tendo em conta que o pé é didáctilo. Para ajudar a interpretar pegadas de teropodes estranhamente colapsadas dos depósitos do Triássico final de Jameson Land, Groelândia, Gatesy et al. (1999) utilizaram um peru (Meleagris gallopavo) e um faisão da Nova Guiné (Numida meleagris), correndo e caminhando em lodos de diferentes consistências, que acabaram por produzir pegadas com vários graus de colapso. Estes investigadores concluíram que o movimento do pé dos teropodes durante a progressão lenta apresentaria grandes semelhanças com o movimento do pé das aves modernas. Estudos recentes de Farlow et al. (2000) e de Smith e Farlow (2003) das variações interespecíficas em pegadas e na morfologia do pé de ratites e de outras aves cursoriais demonstraram também a importância da incorporação de análises de animais modernos nos estudos paleoicnológicos. Mais recentemente Milán e Bromley (2002a, 2002b) e Milán (2003) demonstraram vários aspectos da formação de pegadas relacionados com variabilidade do substrato através de experiências de laboratório e de campo utilizando emas.

Moldes de pegadas de grandes aves terrestres, vivas e extintas. No sentido dos ponteiros do relógio, a partir do canto superior esquerdo: . pegada de pé direito de uma ema jovem

. pegada de pé direito de uma ema adulta. . pegada de pé esquerdo de um casuar . pegada de pé direito de uma avestruz adulta

. pegada do pé direito (?) de um mihirung (da Tasmânia) . pegada de um pé direito (?) de uma moa (da Nova Zelândia). . pegada de pé esquerdo de um nandu

. pegada de pé direito de um bustardo (retirado de Farlow e Chapman 1997).

(3)

Pé de casuar.

Apesar das semelhanças globais entre pegadas de grandes ratites modernas, elas apresentam diferenças significativas umas das outras quando examinadas em detalhe, tal como foi confirmado por Farlow e tal. (1997) e por Farlow e Chapman (1997), através de observações de exemplares em cativeiro e de pegadas produzidas por emas, casuares, nandus, avestruzes e até pelas prováveis pegadas deixadas pelas extintas moas. Estes investigadores verificaram que existem diferenças suficientes entre estas pegadas de forma que, se tivessem sido encontradas em pegadas fósseis, eram seriam suficientes para distinguir diferentes icnotaxa.

(4)

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Emu_tracks_on_salt_lake.JPG Porque utilizar emas?

As aves, juntamente com os crocodilos, são os únicos Archosauria vivos. Embora aves e crocodilos sejam os parentes vivos um dos outro mais próximos, existem grandes diferenças (morfológicas, funcionais,…) que os separam. Os dinossáurios estão relacionados muito mais de perto com as aves do que os crocodilos; e entre eles os teropodes estão muito mais próximo das aves do que os outros grupos de dinossáurios.

Cladograma simplificado de Archosauria, com aves e crocodilianos como os únicos arcossaurios vivos. As aves paleognatas e neognatas constituem o grupo coroa de Aves.

(5)

As ratites são as maiores aves terrestres vivas e estão muito bem adaptadas a uma vida totalmente passada em terra firme. As asas dos kiwis, emas e casuares estão reduzidas e quase que parecem vestígios, enquanto que nandus e avestruzes têm grandes asas, utilizadas muitas vezes para comportamentos de atracção sexual. As aves conhecidas por tinamus, que constituem o grupo irmão das ratites dentro das aves paleognatas, apresentam asas totalmente funcionais e são voadores eficientes (Davies 2002). A presença de características de voo derivadas nas ratites, como o carpometacarpus fundido, a presença de uma alula nos nandus, a parte distal da cauda fundida num pigóstilo, juntamente com o facto das ratites terem evoluído nos inícios do Paleocénico, enquanto que as aves ancestrais remontam ao Jurássico final (pelo menos), mostram que perda da capacidade de voar é secundária (Davies 2002).

Esta perda da capacidade de voar surgiu várias vezes e independentemente entre as aves. Praticamente ao mesmo tempo que as aves desenvolveram a capacidade de voo, alguns grupos voltaram a perdê-la e tornaram-se totalmente terrestres. Os dromaeossaurios, que vários investigadores consideram como o grupo irmão das aves (Holtz 1994, 1998; Sereno 1997; Paul 2002) eram incapazes de voar, apesar de terem braços alongados com penas (Ji e tal. 2001) (embora alguns investigadores considerem Dromaeosauridae e outros grupos derivados de teropodes como sendo secundariamente não voadores Paul 2002).

Pé de ema.

As ratites, juntamente com as aves tinamus, constituem o grupo das aves paleognatas, cuja principal característica é o palato paleognato. Estas aves formam o taxon irmão para todas as outras aves vivas, unidas por um palato neognata, no clade das Neognathae. As Palaeognathae e as Neognathae são os únicos dois grupos de aves que sobreviveram para além do limite Cretácico / Terceário e constituem portanto o actual grupo coroa de teropodes. Isto faz com a que as ratites sejam os parentes mais próximos dos teropodes Mesozóicos, com uma anatomia dos membros comparável e com um estilo de vida cursorial muito semelhante. De facto, as ratites modernas apresentam a vantagem de serem capazes de realizar progressões bípedes de passada larga, correndo – podem mesmo ser consideradas como

(6)

excelentes corredoras, apesar das grandes dimensões em termos de bípedes avianos; apomorficamente, possuem grandes músculos extensores, que lhes conferem vantagens mecânicas muito eficientes.

As ratites, juntamente com os tinamus, formam o clade Paleognathae. Neognathae inclui um grupo formado por Galliformes e Anseriformes e o grupo ao qual todas as outras aves actuais pertencem, Neoaves.

O pé da ema

Como todas as aves, as emas caminham de forma digitígrada, com os alongados tarsometatarsus bem elevados acima do solo. Ao contrário da maioria das aves, as ratites, a que pertence a ema, reduziram o pé para apenas 3 dígitos: II, III e IV. O dígito I, que em muitas aves está dirigido posteriormente e permite que o pé agarre objectos, como um ramo de uma árvore, foi perdido nas grandes ratites terrestres como a ema e o casuar – o seu pé, portanto, é apenas tridáctilo. A ema retêm o dígito I no seu estádio embrionário, mas perde-o depois da eclosão (Davies 2002). Na avestruz, a maior ratite moderna, o dígito II também foi perdido como uma adaptação a corrida de grande velocidade. O dígito II do pé do casuar termina por uma longa e especializada garra. O pé da ema é portanto muito pouco especializado e derivado, tal como seria o pé da maioria dos teropodes não avianos Mesozóicos.

(7)

Pé de avestruz.

Mas para além das dimensões (proporcionalmente reduzidas), o pé das emas também difere do típico pé teropodiano pela não presença do dígito I. De qualquer modo será o melhor análogo para estudos neoicnológicos.

O tarsometatarsus da ema é formado pelos metatarsos II, III e IV fundidos juntamente com os tarsos. A articulação do calcanhar assemelha-se à do joelho por só estar adaptada a actuar como uma alavanca e a permitir portanto apenas movimentos num plano parassagital. As articulações semelhantes a alavancas são uma característica plesiomórfica para Dinosauria (Christiansen 1997).

Pé direito de ema.

Os dedos II, III e IV da ema são homólogos com os dígitos II, III e IV dos apêndices pentadáctilos e a fórmula falangeal foi retida a partir dos antepassados reptilianos como 3 – 4 – 5 para os dígitos II, III e IV. Nas aves

(8)

que ainda possuem o dígito I, a fórmula falangeal é 2 – 3 – 4 – 5 para os dígitos I – IV (Lucas e Stettenheim 1972).

No pé da ema o dígito III é o mais longo, e os dígitos II e IV têm comprimento quase igual, sendo o dígito IV um pouco mais longo, apesar do dígito II ser formado por apenas 3 falanges, enquanto que o dígito IV tem 5 falanges (incluindo as falanges unguais). Estas falanges terminais apresentam sempre garras aguçadas e robustas.

Esqueleto do pé de ema (retirado de Milàn 2003).

http://s3.amazonaws.com/publicationslist.org/data/jesper.milan/ref-22/Milan%202003%20-%20Experimental%20Ichnology%20MsC%20thesis.pdf

O integumento da parte inferior do pé da ema é formado por almofadas digitais carnudas cobrindo as articulações entre falanges. Cada almofada falangeal está separada da seguinte por uma pequena lacuna, o espaço interalmofadeal, situado aproximadamente no meio das duas falanges. A articulação entre as falanges basais e o tarsometatarsus estão cobertas por uma almofada arredondada, a almofada metatarsal, que no caso das emas está nitidamente separada das outras almofadas digitais pot um espaço interalmofadeal profundo e alargado.

(9)

Esqueleto do pé de ema sobreposto a uma pegada de ema (retirado de Milàn 2003).

Como as almofadas digitais cobrem as articulações falangeais, o número de almofadas digitais corresponde ao número de falanges do pé. O dígito II é formado por três falanges e portanto tem duas almofadas digitais cobrindo as articulações. Tendo em conta que o dígito é curto, o espaço interalmofadeal está fracamente desenvolvido. A falange terminal possui uma garra. O dígito III, que tem 4 falanges, apresenta três grandes almofadas digitais, nitidamente separadas por espaços interalmofadas. Como as falanges do dígito IV são curtas, que incluem 5 falanges, tem apenas o que parece ser uma longa almofada digital, fracamente dividida em duas por uma parte pouco profunda na zona média. Enquanto que as almofadas digitais dos dígitos II e IV reflectem claramente o número de falanges do dígito , as almofadas do digito IV não reflectem o número de falanges do dígito. Se o número de almofadas digitais devesse corresponder ao número de falanges, a fórmula digital falangeal da ema deveria ser 2 – 3 – 4, para os dígitos II, III e IV; mas na realidade é 2 – 3 – 2. A maioria das pegadas fósseis exibem a esperada fórmula digital de 2 – 3 – 4, mas existem excepções. O icnotaxon teropode Carmelopodus untermannorum, descrito por Lockley e tal. (1998), é caracterizado por ter uma fórmula de almofadas digitais de 2 – 3- 3 , em vez da fórmula normal 2 – 3 – 4 dos teropodes. Padian e Olsen (1989) utilizaram o pé de ema para compararem o número de almofadas digitais numa pegada com o esqueleto do pé e concluíram que o número de almofadas digitais no dígito IV da ema não se correlaciona com o número de falanges.

As superfícies da sola das almofadas digitais estão cobertas por pequenos tubérculos, situados perto uns dos outros, com 1 mm de dimensão. Pegadas bem preservadas de dinossáurios têm mostrado que os seus pés também estavam cobertos por tubérculos semelhantes (Currie et al. 1991; Gatesy 2001).

(10)

A - Lado ventral do pé de ema; as almofadas digitais e os espaços entre almofadas estão cobertos com pequenos tubérculos.

B – A almofada digital basal do dígito III mostrando os tubérculos muito agrupados, com cerca de 1 mm.

C – O lado dorsal do pé coberto por placas córneas transversais sobrepostas. (retirado de Milàn 2003).

O lado dorsal dos dígitos está coberto por placas córneas transversais e que sobrepõem, com largura quase igual à largura dos dígitos. Estas placas continuam-se para cima no lado dorsal do tarsometatarsus. O lado ventral do tarsometatarsus, que nas aves apenas contacta com o solo durante o tempo em que as aves estão agachadas, está coberto com escamas pequenas pontiagudas, que aumentam de dimensão anteriormente.

Várias características têm sido apontadas como permitindo distinguir as pegadas de teropodes não avianos das dos teropodes avianos Mesozóicos (Lockley e Rainforth 2002). Entra elas, está o ângulo de divergência II – IV que excederia os 110º nas aves e nunca ultrapassaria os 100º nos dinossáurios teropodes não avianos (Currie 1981; Thulborn 1990). Entre as ratites não voadoras actuais, o valor deste ângulo apresenta variação, desde cerca de 46º nos casuares, a 57º nos nandus até cerca de 80º nas emas (Farlow e tal. 2000),valores que coincidem com os valores do ângulo de divergência para as pegadas de teropodes não avianos.

Pistas

Para registar o movimento dos membros posteriores de uma ema durante uma passada, tirámos uma série rápida de fotografias das pernas, quando a ave progredia a uma velocidade normal em solo relativamente firme.

(11)

O ciclo de progressão da ema:

A – o pé avança para a frente e para baixo, durante a fase T

B – C - o centro de gravidade passa

directamente sobre o pé esquerdo, na fase de suporte do peso / carga (fase W)

D – o pé esquerdo entra na fase do erguimento (fase K); as extremidades dos dígitos são as últimas a perderem o contacto com o substrato E – F – o pé esquerdo avança no ar e para a frente, para voltar a entrar na próxima fase T.

Para descrever o movimento dos autopodes é utilizada a terminologia proposta por Thulborn e Wade (1989) e por Avanzini (1998), que é aplicável à progressão de qualquer tetrapode. O ciclo da progressão é dividido em 3 fases distintas. A primeira é a aproximação ao solo (T), quando o autopode se estende para a frente e assenta no solo, enquanto os dígitos divergem. Segue-se a fase de suporte do peso (W), em que os metatarsos (e metacarpos) se movem para a frente e o centro de gravidade do produtor passa sobre o autopode que ficou impresso no substrato. Sucede-se a fase do erguimento (K), quando as partes proximais do pé (e mão) são levantadas e o peso é transferido para as partes distais dos dígitos, à medida que o corpo se move para a frente. Subsequentemente, o membro é erguido, preparando uma nova fase T.. Quando o pé é elevado, os dígitos convergem e inclinam-se para trás até uma posição quase vertical, enquanto o pé se move para a frente.

(12)

Pistas produzidas por emas:

A – pista de uma ema progredindo a velocidade moderada B e C – pistas de emas caminhando

(escala: 50 cm) (pistas desenhadas a partir de fotografias).

METODOLOGIA

Para registarmos séries contínuas de pegadas, as emas foram encorajadas a caminharem ao longo dos seus percursos preferidos, tal como foi indicado pelos tratadores. Estas pistas, depois de fotografadas e filmadas, foram analisadas tendo em conta que a velocidade de deslocação pode ser inferida, quer através de uma cronometragem rigorosa, quer através da medição do percurso efectuado (foram colocadas réguas graduadas no solo, numa extensão superior a 30 m contínuos; estas réguas articuladas foram construidas por nós, estando bem visíveis as marcações de metros e de meios metros), bem como pela medição da altura da anca e do comprimento das pegadas dos pés.

Verificámos que a velocidade normal de progressão das emas ronda os 5 – 7 km/h, mas também sabemos, embora este comportamento não tenha sido observado, que as emas são capazes de alcançar velocidades de deslocação da ordem dos 45 km / h e que até serão capazes de manter esta velocidade durante vários quilómetros, se necessário (Davies 2002). A velocidade máxima estimada foi da ordem dos 26 km/h.

(13)

Inicialmente, foi um problema persuadir as emas a caminharem nos locais onde mais facilmente poderiam ser fotografadas, filmadas e cronometradas, ou seja, nos locais de maior visibilidade e onde foram colocadas as réguas. As emas são aves que não se adaptam facilmente a mudanças nos locais onde vivem habitualmente. São também aves muito desconfiadas, mesmo em condições de semi-cativeiro prolongado. Mas encorajando-as através do contacto com os tratadores e colocando alimento na zona final do percurso, acabaram por colaborar. Num trabalho a conduzir no futuro, a deslocação das ratites far-se-á através de uma longa manga, estreita, no percurso da qual estará colocada uma régua articulada com 50 m, tal como já acordado com a direcção do Monte Selvagem.

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Depois de termos filmado várias emas (e um nandu que se «misturou» num grupo em observação) realizando percursos distintos a diferentes velocidades, os valores de passada, passo, e até ângulo de passo foram medidos, tal como os valores de altura de anca e de comprimento de pegada para cada uma das aves. Com estes valores, construi-se a tabela seguinte, empregando-se sempre valores médios. Existe a possibilidade de algumas das pistas se afastarem um pouco da realidade, por os animais estarem assustados e quase serem «obrigados» a andar e ou a correr.

(14)

Comparam-se em seguida os valores estimados da velocidade, obtidos in situ por cronometragem e por medição da distância percorrida, com os valores obtidos através da utilização da fórmula de Alexander.

TABELA

1 ratites adultas / monte selvagem

h (cm) L (cm) P (cm) P/h Distância (m) Tempo (s) vel. medida (Km/h) vel. estimada (Km/h) - Alexander ema A 80 17 102 1,3 21 20 3,8 4,6 ema A 80 17 320 4,0 37 5 26,6 30,9 ema B 78 17 130 1,7 32 21 5,5 6,9 ema C 82 19 220 2,7 36 9,5 13,6 14,5 ema C 82 19 270 3,3 14 3 16,8 20,4 ema D 80 20 105 1,3 27 26 3,7 3,9 ema D 80 20 110 1,4 21 23 3,3 4,3 nandu 70 16 140 2,0 14 6 8,4 8,3

Tabela 1 - Resultados da observação experimental de pistas de ratites adultas e cálculo da velocidade de deslocação e velocidade estimada (Alexander 1976).

Duas notas adicionais:

As emas imprimem com menor profundidade o dígito II do pé – em alguns casos, quando o solo é muito resistente, as próprias pegadas surgem como didáctilas. De facto, as emas suportam menos peso do corpo sobre o dígito mais interior, o II, uma característica partilhada com outras ratites. O casuar tem uma garra alongada e direita na extremidade do dígito II e na avestruz este dígito está totalmente ausente, como uma pré-adaptação a progressão a elevada velocidade.

A ema, como todas as ratites actuais, progride com uma postura totalmente digitígrada, com o tarsometatarsus, muito alongado, mantido num ângulo inclinado com o substrato. Só quando descansa, agachando-se e sentando-se, é que se posiciona com o calcanhar anatómico em contacto com o substrato, deixando o longo metatarsus totalmente impresso em pegadas extremamente longas. Esta impressão do metatarsus é mais profunda proximalmente, no calcanhar anatómico, e a sua profundidade vai diminuindo distalmente, na direcção da almofada metatarsal.

Ema numa posição plantígrada, descansando – o calcanhar anatómico está em contacto com o solo.

(15)

Cópia de uma pegada de ema com a impressão completa do metatarsus (escala: 10 cm) (retirado de Milàn 2003).

Conclusões

As ratites representam a linhagem mais primitiva de aves actuais; embora tenham perdido secundariamente a capacidade de voo, estão actualmente muito bem adaptadas a um estilo de vida totalmente cursorial. Entre as ratites, as emas serão os melhores candidatos para se compararem com os dinossáurios teropodes não avianos, já que os pés são tridáctilos e não didáctilos, como os das avestruzes (embora no pé dos predadores Mesozóicos tenha persistido o dígito I, o hallux). A não cooperação destas aves, tal como acontece com os casuares, em experiências relacionadas com a análise da sua progressão, pode constituir um obstáculo difícil de ultrapassar.

(16)

Distinguir pegadas de teropodes não avianos das de teropodes avianos Mesozóicos é uma tarefa difícil, já que a grande maioria das características propostas para indicar uma origem aviana têm-se mostrado não conclusivas, pois pegadas de teropodes não avianos têm muitas vezes dimensões reduzidas (1), algumas das aves do final do Mesozóico atingiam dimensões semelhantes às de uma avestruz adulta (2), as características avianas das pegadas são encontradas em várias combinações (3) e pegadas extremamente semelhantes às de aves são encontradas em sedimentos muito mais antigos do que o registo esquelético das mais antigas aves conhecidas (numa diferença que chega a alcançar os 60 milhões de anos) (4). Tudo isto acaba por validar ainda mais significativamente a utilização de aves, especialmente de ratites, para simularmos os teropodes Mesozóicos. Também os estilos de vida de aves e dinossáurios teropodes não avianos teriam várias características em comum. Por exemplo: as emas são aves gregárias, com crias precociais, exibindo cuidados parentais (Breithaupt e tal. 2007). Também a sua taxa de crescimento é exponencial – o peso aumenta 65 vezes desde as crias com 740 g até aos adultos que pesam 55 kg. O conteúdo de minerais dos ossos altera-se, durante o crescimento, de 50% para 70%, tornando-os muito mais resistentes e com muito maior capacidade de suporte de peso (Main e Biewener 2007). Por outro lado, um estilo de progressão bípede, deixando pegadas tridáctilas digitígradas em pistas de elevado ângulo de passo, são características adicionais partilhadas.

O método de conduzirmos experiências de campo com as emas tornou-se muito útil, com a vantagem de termos animais vivos produzindo pegadas e pistas em todos os aspectos dinâmicos da sua progressão (embora sejam aves criadas em cativeiro, as condições de enriquecimento ambiental que o Monte Selvagem propicia são concerteza muito adequadas).

Os resultados obtidos confirmam que a fórmula de Alexander tem aplicação prática muito fiável. Esta conclusão é ainda mais rigorosa quando as aves se deslocavam a baixa velocidade, tal como aconteceu quando analisámos humanos deslocando-se na praia. Para as duas emas observadas e medidas em progressão rápida, a correr (P/h superior a 2,9), o erro é maior. A experimentação do cálculo de velocidades com estas ratites apresentou uma vantagem significativa em relação aos humanos correndo em condições com controle apertado, já que nestas estimativas de velocidades empregámos os valores reais da altura da anca (e do comprimento das respectivas pegadas).

(17)

Comparação entre Velocidade Medida

com a Estimada para emas e nandu

(km/h)

0

5

10

15

20

25

30

35

0

10

20

30

40

Velocidade Medida

V

e

lo

c

id

a

d

e

s

e

g

u

n

d

o

A

le

x

a

n

d

e

r

O desvio resultante pode ser considerado não significativo porque a métrica que mede o desvio entre o valor medido e o valor estimado é de 4,3 .

(

)

= 2 1

_

_

1

N i i i

Vel

estimada

medida

Vel

N

De forma idêntica, existe uma interrelação empírica entre velocidade, comprimento da perna (altura da anca) e comprimento da passada baseada em números de Froude e que é muitas vezes empregue nas análises de pistas fossilizadas. Quando colocamos num gráfico os valores obtidos para a passada relativa (P/h) versus número de Froude (2,3 (P/h)0,3) e os comparamos com a interrelação empírica (P/h = 2,3 (v² / g h) ² e com as velocidades estimadas aplicando a fórmula de Alexander verificamos que existe uma grande sobreposição, que permite confirmar o elevado grau de fiabilidade da fórmula de Alexander.

(18)

Simulação

Medida Medida P/h=2,3(v2/9,8h)0,3 Alexander

P/h (v2)/(9,8h) P/h eq (v2)/(9,8h) 1,3 0,141 1,277 0,206 4,0 6,985 4,121 9,379 1,7 0,304 1,609 0,475 2,7 1,787 2,738 2,019 3,3 2,710 3,102 4,000 1,3 0,138 1,268 0,155 1,4 0,106 1,174 0,181 2,0 0,794 2,146 0,780

(19)
(20)

A aplicação da equação de Alexander à estimativa da velocidade de progressão de dinossáurios bípedes apresenta rigor quando os resultados dos estudos neocinológicos são tidos em conta, especialmente os que analisam as grandes ratites modernas. Estes estudos também mostram que, para além de algumas «fraquezas» inerentes ao método (entre elas, a estimativa da altura da anca para cada subgrupo destes dinossáurios), duas outras podem surgir:

. a estimativa de velocidade de bípedes deslocando-se correndo ou a velocidade elevada (especialmente quando P / h 2,9) (o erro quadrático para as duas emas deslocando-se a grande velocidade é de 6,3, contra 4,3 para a amostra total)

. a estimativa da velocidade de deslocação relativamente baixa quando o comportamento dos animais mostra «incertezas», que se reflectem na paragem no ar de um dos membros, especialmente durante a fase T, não progredindo portanto de forma «contínua»; estas paragens na progressão têm como resultado uma velocidade real de deslocção muito inferior ao que seria de esperar se utlizássemos apenas uma fórmula matemática (ema D quando percorreu 21 metros); na realidade não será nunca possível gerar uma equação que reproduza movimentos de progressão destas aves bípedes, ou dos seus antepassados não avianos, quando as paragens são aliatórios, imprevisíveis e de duração muito diversificada. É óbvivo que nenhum modelo matemático da natureza poderá alguma ves zer perfeito. Em ambos os casos podem resultar erros relativamente grosseiros.

Também verificámos que as emas passam muito rapidamente da progressão lenta para a corrida, sem necesidade aparente de uma forte aceleração reflectida num comprimento da passada sucesivamente maior. Ou seja, não parece terem necessidade de uma zona ou tempo de transição entre marcha lenta e corrida. Relativamente ao registo icnológico de dinossáurios, esta observação também ser considerada relevante, já que nos poucos casos em que este registo mostra animais deslocando-se a velocidades elevadas, não se observa o início da progressão, com ou sem aceleração, mas sim o registo durante a progressão rápida (com uma excepção, que ocorre na jazida de Ardley).

(21)

TRABALHO FUTURO

Compreender as complexidades dos comportamentos de animais extintos é uma tarefa que envolve sempre algum grau de especulação. As pegadas e pistas de dinossáurios colocam muitos enigmas e é difícil desvendarmos esses mistérios, quando não conhecemos o seu autor, a sua anatomia, a sua fisiologia, e porque a interacção do autor com o substrato também é desconhecida. Como as grandes aves terrestres modernas podem ser consideradas análogos dos teropodes Mesozóicos, podemos criar modelos para observar as interacções dinâmicas e as subsequentes assinaturas subsuperficiais a três dimensões dos pés tridáctilos sobre substratos maleáveis. Estes estudos neoicnológicos podem permitir compreender melhor como é que as pegadas se originaram e quais as combinações particulares dos diversos componentes (propriedades sedimentológicas dos substratos, salinidade, humidade, oxigenação, temperatura, intensidade e tipos de corrente, turbidez da água, ...). Outro tipo de investigação pode utilizar observações pormenorizadas da formação de pegadas, da sua sobrevivência, da sua área de distribuição e e das propriedades dos sedimentos lacustres para avaliar a informação paleobiológica que pode ser fornecida por essas pegadas e pistas fósseis.

(22)

Pegada do pé direito de ema.

Complementares a estes estudos, estão as observações de campo da formação de pegadas e de pistas que podem fornecer comparações directas das acções e actividades dos produtores de pegadas com os vestígios que deixaram. Assim, outro campo da neoicnologia muito negligenciado pode permitir o estudo das complexidades associadas com estilos e posturas de locomoção, incluindo obviamente a velocidade de deslocação. Poderemos também interpretar os movimentos e a cinemática do pé e membros dos produtores de pegadas através da observação das modernas aves terrestres.

A observação minuciosa de pistas produzidas pelas emas e nandus permitiu verificar que estas grandes bípedes produzem, por vezes, pistas em que o ângulo de passo é superior a 180º, explicadas pelo cruzamento sucessivo de ambos os membros, à frente um do outro, durante o ciclo da passada. Esta observação permite interpretar as pistas de bípedes Mesozóicos com ângulo

(23)

de passo anormalmente elevado; perante a análise da progressão de emas e nandus, o que devemos fazer é tentar explicar anatomicamente a evidência icnológica, especialmente ao nível da cintura pélvica. Por outras palavras, verificar para os dinossáurios bípedes (teropodes e ornitopodes) quais as características dos ossos e da configuração destes na cintura pélvica e na sua articulação com os membros que permitem um cruzamento dos membros posteriores, rodando, na fase de ataque ao solo.

Ema deslocando-se com cruzamento dos pés e produzindo uma pista com ângulo de passo superior a 180º.

Noutras ocasiões, verificámos a ocorrência de uma grande quantidade de pistas, com orientações e sentidos de progressão muito variados, «ao acaso», numa área muito restrita, quando as aves se movimentam perfeitamente em grupo, revelando um comportamento gregário. Esta é uma observação que permitirá interpretar de forma mas rigorosa o registo icnológico que reflecte situações semelhantes.

Grupo de emas e de avestruzes, formando um bando gregário e progredindo numa área limitada, mas deixando pistas com direcções e sentidos muito diversificados.

Notas suplementares, implicando a necessidade da continuação deste tipo de investigação:

(24)

1. A amostra analisada é diminuta. Será necessário dispôr de uma amostragem quantitativamente superior.

2. A amostragem para ratites correndo a velocidade elevada é ainda mais reduzida. Por outro lado, a «rapidez» de deslocação destas aves pode muito facilmente conduzir a erros de cronometragem e, especialmente, a erros na mediação do percurso realizado.

3. É interessante verificar que para que a passada relativa (P/h) seja superior a 2,9, as ratites devem deslocar-se a velocidades superiores a 15 km/h – ou seja, seguindo a previsão de Thulborn e Wade (1984), a deslocação das emas em corrida só deve ser considerada para velocidades superiores a 15 km/h (ema C da experiência) Continuando a seguir estes investigadores, o limite entre caminhar e «trotar» ocorrerá quando as bípedes ultrapassam os 8 km/h (nandu da experiência).

4. A estimativa da altura da anca para dinossáurios bípedes é um dos problemas associados com a aplicação da fórmula de Alexander. No último estudo publicado, Henderson (2003) concluiu que para a grande maioria dos bípedes o produto do comprimento da pegada pelo factor 4 seria o mais rigoroso, com excepção dos pequenos teropodes, em que este factor deveria ser de 4,5. Assumindo que as ratites investigadas são teropodes modernos, esta última conclusão parece ser confirmada para a maioria das emas e nandus - a relação entre altura da anca e comprimento do pé digitígrado está compreendida entre 4,4, e 4,7, com excepção da ema D, em que o factor é 4,0. Mais uma vez, reforçamos a sugestão de ampliarmos estas amostras, incluindo uma análise do crescimento alométrico das emas, para investigar a relação entre os comprimentos do pé e da altura da anca ao longo da ontogenia destas aves.

Estes são alguns problemas em aberto e que deixamos para trabalho futuro. De facto, a observação, interpretação e análise dos comportamentos (especialmente os associados à deslocação) das grandes ratites apresentam um enorme potencial para penetrarmos nos segredos da vida dos dinossáurios Mesozóicos, especialmente na dos seus antepassados directos, os predadores teropodes.

Agradecemos à Direcção e aos tratadores do Monte Selvagem a colaboração prestada e esperamos que esta continue num futuro próximo.

(25)

REFERÊNCIAS

Allen, L. 1997. Subfossil mammalian tracks (Flandrian) in the Seven Estuary, SW Britain: mechanics of formation, preservationm and distribution. Philosophical Trasactions of the Royal Society of London, Series B, 345, pp 481-518.

Avanzini, M. 1998. Anatomy of a footprint: bioturbation as the key to understanding dinosaur walk dynamics. Ichnos 6 (3), pp 129-139.

Baird, D. 1957. Triassic reptile faunas from Milford, New Jersey. Bulletin of Comparative Zoology, 117, pp 449-520.

Breithaupt, B.; Matthews, N.; Green, T. 2007. Growing in the middle Jurassic: ichnological evidence for family groups of theropods in Wyoming; comparison of footprints and growth rates of emus and dinosaurs. 55 th Symposium of Vertebrate Paleontology and Comparative Anatomy. University of Glasgow Press, pp 9.

Christiansen, P. 1997. Hindlimbs and feet. In Currie, P. e Padian, K. (Eds), Encyclopedia of Dinosaurs. Academic Press, pp 320-328.

Currie, P. 1989. Dinosaur footprints of Western Canada. In Gillette, D. e Lockley, M. (Eds) Dinosaur tracks and traces. Cambridh«ge University Press. Pp293-300.

Davies, S. 2002. Bird families of the world: Ratites and Tinamous. Oxford University Press.

Farlow, J.1989. Ostrich footprints and trackways:implications for dinosaur ichnology. In Gillette, D. e Lockley, M. (Eds), Dinosaur tracks and traces. Cambridge Univeesity Press, pp 243-248.

Farlow, J. e Chapman, R. 1997. The scientific study of dinosaur footprints. In Farlow, J. e Brett-Surman, M. (Eds), The complete dinosaur. Indiana University Press, pp 518-553.

Farlow, J., Gatesy, M, Holtz, T, Hutchinson, J, Robinson, M. 2000. Theropod locomotion. American Zoologist. 40, pp 640 -663.

Gatesy, S.; Middleton, K.; Jenkins, F.; Shubin, N.1999 Three-dimensionel preservation of foot movements in Triassic theropod dinosaurs. Nature 399, pp 141-144.

Henderson, D. 2003. Footprints, trackways and hip heights of bipedal dinosaurs – testing hip height predictions with computer models. Ichnos 10, 99, pp 99-114.

Holtz, T. 1994 The phylogenetic position of the Tyrannosauridae:implications for theropod systematics. Journal of Paleontology 68, pp 1100-1117.

Holtz, T. 1998. A new phylogeny of the carnivorous dinosaurs. Gaia 15, pp 5-61.

Ji , Q.; Norell, M.; Gao, K.; Ji, S.; Ren, D. 2001. The distribution of integumentary structures in a feathered dinosaur. Nature 398, pp 1084-1088.

(26)

Lockley, M.;, J.; Hunt, A.; Paquett, M.; Bilbey, S.; Hamblin, A. 1998. Dinosaur tracks from the Carmel Formation. Ichnos 5, pp 255-267.

Lockley, M. e Rainforth, E. 2002. The track record of Mesozoic birds and pterosaurs: an ichnological and paleocological perspective. In Chiappe, L. e Witmer, . (Eds) Mesozoic birds above the heads of dinosaurs. University of California Press, pp 405-420.

Lucas, A. e e Stettenheim, P. 1972. Avian anatomy, Integument. Part I. Agricultura Handbook.U.S. Dept. Agriculture. Washington D.C.

Main, P e Biewer, A. 2007. Skeletal strain patterns and growth in the emu hindlimb during ontogeny. Journal Experimental Biology 210, pp 2676 – 2690. McKee, E. 1947. Experiments on the development of tracks in fine cross-bedded sand. Journal of sedimentary petrology. 17 (1), pp 23-28.

Milán, J. e Bromley, R. 2002a. The influence of substrate consistency on foootprint morphology: field experiments with a emu. The Paleontological Association Newsletter 51, pp 30.

Padian, K. e Olsen, P. 1989. Ratite footprints and the stance and gait of Mesozoic theropods. In Gillette, D. e Lockley, M. (Eds). Dinosaur tracks and traces. Cambridge University Press. New York.

Paul, G. 2002. Dinosaurs of the air, the evolution and loss of flight ind dinosaurs and birds. The John Hopckins University Press.

Peabody, F. 1959. Trackways of living and fossil salamanders. Publications in Zoollogy. University of California Press, 63 (1), pp 1-72.

Sereno, P. 1997. The origin and evolution of dinosaurs. Annual Review of earth and planetary Science. 25, pp 435-489.

Smith, J. e Farlow, J. 2003. Osteometric approaches to trackmaker assignment for the Newark Supergroup ichnogenera Grallator, Anchisauripus and Eubrontes. Pp 273-292. In Letourneau, M. e Olsen, P. (Eds). The great rift valleys of Pangea in eastern North America. Volume 2. Columbia University Press, New York.

Sollas, W. 1879. On some three-toed footprints from the Triassic conglomerate of southern Wales. Quarterly Journal of the Geological Society of London, 35, pp 511-517.

Stokes, W. 1957. Pterodactyl tracks from the Morrison Formation. Journal of Paleontology 31, pp 952-954.

Thulborn, R e Wade, M. 1984. Dinosaur trackways in the Winton Formation of Queensland. Memories Queensland Museum 21, pp 413-517.

Thulborn, R. e Wade, M. 1989. A footprint as history of movement. In Gillette, D e Lockley, M. (Eds), Dinosaur tracks and traces. Cambridge University Press, pp 51-56.

Referências

Documentos relacionados

Com o presente projeto de investimento denominado "Nexxpro Speed (Qualificação) - Reforço do Posicionamento Competitivo Internacional", a empresa pretende

Para tanto, é necessário que a Atenção Básica tenha alta resolutividade, com capacidade clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, leve duras e duras (diagnósticas

Neste capítulo serão, não só apresentados os resultados da consolidação com drenos verticais pré-fabricados, com base na modelação numérica, como também os resultados

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Um tratamento de câncer infantil em que os cui- dadores são acompanhados pelo serviço de psicologia, pode tornar o tratamento um processo menos ambiva- lente de se vivenciar,

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Em que pese ausência de perícia médica judicial, cabe frisar que o julgador não está adstrito apenas à prova técnica para formar a sua convicção, podendo

A regulação da assistência, voltada para a disponibilização da alternativa assistencial mais adequada à necessidade do cidadão, de forma equânime, ordenada, oportuna e