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Informação econômica-financeira. Relatório financeiro consolidado 74 Relatório por áreas de negócio 93 Gerenciamento financeiro 122

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Informação econômica-financeira

Relatório financeiro consolidado 74

Relatório por áreas de negócio 93

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Resumo do exercício de 2004

O Grupo Santander desenvolveu sua atividade numa conjuntura de expansão da economia mundial, que abrange a maior parte dos países, com maior dinamis-mo nos EUA na Ásia.

Nos países latino-americanos, as principais economias apresentaram um grande dinamismo. Em conjunto, seu PIB cresceu 5,8%, apoiado cada vez na demanda interna, ultrapassando todas as previsões iniciais e o crescimento da economia norte-americana (+4,4%). Esta pujança fez subir as expectativas de inflação e impulsionou as taxas de juro no México, Brasil e Chile. Isto se deve, em parte, às altas da taxa oficial da Reserva Federal dos EUA (do mínimo de 1% em junho para 2,25% em dezembro). Entretanto, as taxas de câmbio estiveram estáveis e permitiram aos países recompor as reservas e melhorar seus quocientes de liquidez e solvência.

A Espanha manteve um diferencial de crescimento apreciável face à zona do euro (2,7% contra 1,7%) devido ao impulso do consumo, construção e revitali-zação do investimento em equipamentos. Tanto a Espanha como a zona do euro tiveram um menor crescimento na segunda metade do ano devido à alta do preço do petróleo e à forte valorização do euro. Além disso, a inflação média na Espanha (3% ao final do ano) ultrapassou a da zona do euro, que ficou um pouco acima do objetivo de 2%.

Considerada como uma alta transitória, o BCE man-teve a taxa oficial nos 2%, apesar da tendência de uma acentuada valorização face ao dólar, iniciada em 2002, ter-se mantido.

O Reino Unido registrou um crescimento superior a 3% e uma inflação controlada (+1,3%, abaixo de seu obje-tivo, fixado em 2%). Em 2004, subiu suas taxas de juro oficiais para 4,75%, ao mesmo tempo em que a taxa de câmbio da libra face ao euro manteve-se estável. A desvalorização do dólar e das moedas latino-ameri-canas em relação ao euro teve um impacto negativo no exercício, embora moderado.

Assim, a desvalorização das moedas a taxas de câmbio médias (as que afetam os resultados) teve um impacto negativo de 4 pontos porcentuais entre 2003 e 2004, enquanto as desvalorizações das taxas de câmbio finais (que afetam os saldos) têm um impacto de 1,5 ponto porcentual nos últimos doze meses.

Neste enquadramento, o Grupo Santander conseguiu adaptar o desenvolvimento da atividade bancária em seus mercados ao planejamento, anúncio e execução da aquisição do Abbey, o sexto banco britânico em ativos e segundo em hipotecas residenciais. Anunciada a oferta amigável em 26 de julho, com a concordância dos Conselhos de

Administração de ambas as instituições, e após obter as autorizações dos acionistas dos dois bancos, da comissão Européia no âmbito da concorrência e dos reguladores inglês e espanhol, assim como a ratificação por parte das autoridades judiciais britânicas, em meados de novembro de 2004 começaram a ser cotadas 1,485 bilhão de novas ações do Banco Santander emitidas com esta aquisição.

Informação

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Com esta operação, o Grupo melhora sua posição estratégica com uma forte presença no mercado de varejo inglês, um dos maiores e mais rentáveis da Europa, ao mesmo tempo em que aumenta seu nível de diversificação, seu valor de mercado e seu poten-cial para obter maiores economias de escala. No Reino Unido, a nova equipe de gerenciamento tomou as pri-meiras medidas e desenhou planos a curto e médio prazo para devolver o Abbey à posição a que tem direito devido à sua dimensão e potencial.

A integração contábil do Abbey ao Grupo Santander foi realizada em 31 de dezembro de 2004, com impacto no balancete, mas não nos resultados. Assim, neste capítulo são apresentados os dados do balance-te e as informações sobre créditos e recursos, incluin-do o Abbey, no fechamento de 2004. Porém, para que se obtenha uma comparação homogênea com 2003, a análise da evolução da atividade será realiza-da sem a inclusão.

O Grupo Santander apresenta um lucro líquido opera-cional de 3,135 bilhões de euros, 20,1% superior ao registrado em 2003, e que representa um novo recor-de na história do Grupo.

Em termos de cash-basis (ou seja, antes da amortiza-ção normal do fundo de comércio), o lucro líquido operacional foi de 3,6 bilhões.

O crescimento do lucro foi obtido sem o recurso a mais-valias extraordinárias, porque os 831 milhões de euros obtidos por esta via durante o ano foram desti-nados, no último trimestre, a reestruturações

anteci-padas ou extraordinárias: 527 milhões (líquidos de impostos) para o financiamento de aposentadorias antecipadas na Espanha, 154 milhões para a amorti-zação antecipada de fundos de comércio da

Venezuela e Colômbia, principalmente, e 155 milhões para uma provisão de gastos pela aquisição do Abbey. A conta de resultados do Grupo apresenta um aumento de 8,5% na margem de intermediação e de 10,5% nas comissões. Outros aspectos que influen-ciam positivamente o crescimento dos resultados são o controle dos gastos, o aumento dos resultados por equiparação, as menores necessidades de dotações específicas para insolvências e a menor amortização de fundo de comércio ordinário. Por outro lado, foram realizadas maiores dotações para o conjunto de provisões genéricas e estatísticas (+42%) e aumenta-ram-se os minoritários (venda no primeiro trimestre de 2003 de 24,9% do Santander Serfin).

A atividade demonstrou também uma aceleração em seus ritmos de crescimento em relação ao ano anterior. O investimento de crédito aumentou 18% em 2004 para a totalidade do Grupo (eliminando o efeito das titularizações), com crescimentos aproximados ou superiores a 19% nas redes comerciais na Espanha, Santander Consumer e principais países

latino-americanos.

Na campo da captação de passivo, os recursos geren-ciados de clientes cresceram 13% face a 2003, com aumentos tanto em depósitos a ordem e a prazo como em fundos de investimento e planos de aposentadoria.

2004 2003

Câmbio final Câmbio médio Câmbio final Câmbio médio

Dólar americano 1,3621 1,2410 1,2630 1,1293 Libra esterlina 0,7050 0,6780 0,7048 0,6917 Peso argentino 4,0488 3,6564 3,7259 3,3305 Peso boliviano 10,9526 9,8476 9,8527 8,6501 Real brasileiro 3,6177 3,6325 3,6646 3,4593 Peso colombiano 3.204,3066 3.259,4524 3.510,7429 3.249,9953 Peso chileno 759,7110 756,6815 748,3910 778,6707

Novo peso mexicano 15,2279 14,0120 14,1772 12,1770

Guaraní paraguaio 8.329,8626 7.403,0204 7.546,6003 7.286,5472

Novo sol peruano 4,4745 4,2387 4,3810 3,9281

Peso uruguaio 35,9663 35,6202 36,8796 31,7010

Bolívar venezuelano 2.611,9630 2.336,1757 2.018,2857 1.814,0590

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No que concerne às áreas de negócio, todas mantive-ram elevados índices de atividade, o que resultou no avanço da margem de exploração em todas elas. Em conjunto, as áreas operacionais oferecem um aumen-to interanual de 13,3%, graças às atividades com maior componente de varejo.

A Banca Comercial Europa ultrapassou os 2 bilhões de euros de lucro líquido operacional, após subir 20,4% no ano com o apoio de maiores rendas (+9,4%) e custos quase sem variação. Todas as suas unidades oferecem crescimentos de dois dígitos na margem de exploração.

Os países latino-americanos, apoiados em um forte impulso da atividade de clientes, oferecem crescimen-tos em euros em todas margens. Em dólares, a moeda de gerenciamento da área, as rendas aumentaram 16,7%, a margem de exploração, 16,5% e o lucro líquido operacional, 7,1%.

As áreas gerenciadas globalmente - Gerenciamento de Ativos e Banca Privada -, em conjunto com a Banca

de Grandes Clientes Global, continuaram aumentando sua contribuição ao Grupo tanto diretamente (aumen-taram seu lucro operacional conjunto em 25,1% face a 2003) como por meio da crescente geração de ren-das e comissões para as redes comerciais.

Paralelamente, o Grupo continuou melhorando seus principais quocientes de gerenciamento durante o exercício. Concretamente:

• A eficiência melhorou 1,9 pontos porcentuais em relação a 2003, ficando nos 47,4%.

• A rentabilidade sobre fundos próprios aumentou 1,5 ponto porcentual, chegando aos 16,0% (18,3% em termos de cash-basis).

• A taxa de morosidade, antes da incorporação do Abbey, chegou a 1,27% face aos 1,55% de dezem-bro de 2003. A cobertura melhorou igualmente no ano em 43 pontos porcentuais, totalizando 208%.

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2004 2003 Variação 2002 Milh. euros %ATM Milh. euros %ATM Absoluta (%) Milh. euros

Rendas financeiras 18.103,8 5,04 17.203,7 5,07 900,1 5,23 22.711,3 Dividendos 647,4 0,18 441,5 0,13 206,0 46,65 473,2 Gastos financeiros (10.115,6) (2,82) (9.686,9) (2,86) (428,7) 4,43 (13.825,9) Margem de intermediação 8.635,7 2,41 7.958,3 2,35 677,4 8,51 9.358,7 Comissões líquidas 4.609,3 1,28 4.170,6 1,23 438,7 10,52 4.289,3 Margem básica 13.245,0 3,69 12.128,9 3,58 1.116,1 9,20 13.647,9

Resultados por operações financeiras 952,7 0,27 998,8 0,29 (46,1) (4,62) 356,3

Margem ordinária 14.197,7 3,95 13.127,7 3,87 1.070,0 8,15 14.004,2

Gastos gerais de administração (6.735,2) (1,88) (6.477,7) (1,91) (257,5) 3,98 (7.322,1) a) De pessoal (4.135,3) (1,15) (4.049,4) (1,19) (85,9) 2,12 (4.521,7) b) Outros gastos administrativos (2.599,9) (0,72) (2.428,3) (0,72) (171,6) 7,06 (2.800,3) Amortização do imobilizado (735,0) (0,20) (762,8) (0,23) 27,8 (3,65) (889,8) Outros resultados de exploração (182,3) (0,05) (166,5) (0,05) (15,8) 9,48 (226,5) Gastos de exploração (7.652,5) (2,13) (7.407,0) (2,18) (245,5) 3,31 (8.438,4)

Margem de exploração 6.545,2 1,82 5.720,7 1,69 824,5 14,41 5.565,8

Resultados líquidos equiparados 540,4 0,15 407,3 0,12 133,1 32,69 279,9

Promemoria: Dividendos cobrados 365,5 0,10 309,5 0,09 56,0 18,09 353,1

Resultados por operações do grupo 466,2 0,13 955,6 0,28 (489,3) (51,21) 1.008,9 Amortização e provisões para insolvências (1.647,7) (0,46) (1.495,7) (0,44) (152,0) 10,16 (1.648,2) Saneamento de imobilizações financeiras (0,3) (0,00) 0,7 0,00 (0,9) — (0,3) Amortização acelerada do fundo de comércio (153,8) (0,04) (1.719,2) (0,51) 1.565,4 (91,06) (702,9)

Outros resultados (850,3) (0,24) 754,6 0,22 (1.604,9) — (338,8)

Lucro antes de impostos (cash-basis*) 4.899,8 1,36 4.624,0 1,36 275,8 5,97 4.164,5 Imposto sobre pessoas colectivas (766,8) (0,21) (869,4) (0,26) 102,7 (11,81) (723,1) Lucro líquido consolidado (cash-basis*) 4.133,0 1,15 3.754,5 1,11 378,5 10,08 3.441,4 Resultado atribuído a minoritários 325,9 0,09 306,7 0,09 19,2 6,27 137,8 Dividendos de preferenciais 206,4 0,06 314,5 0,09 (108,1) (34,38) 400,7 Lucro líquido operacional (cash-basis*) 3.600,7 1,00 3.133,3 0,92 467,4 14,92 2.902,9 Amortização normal do fundo de comércio (465,2) (0,13) (522,5) (0,15) 57,3 (10,97) (655,7) Lucro líquido operacional 3.135,6 0,87 2.610,8 0,77 524,7 20,10 2.247,2 Promemoria:

Ativos Totais Médios 359.012,3 339.001,6 20.010,7 5,90 345.496,3

Recursos Próprios Médios 19.627,5 18.035,0 1.592,4 8,83 18.098,0

(*).- Antes de amortização normal do fundo de comércio.

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2003 2004

4º trimestre 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre

Rendas financeiras 4.197,4 4.185,8 4.507,7 4.593,5 4.816,8 Dividendos 87,7 64,4 329,1 124,8 129,1 Gastos financeiros (2.245,3) (2.266,1) (2.511,1) (2.588,5) (2.749,9) Margem de intermediação 2.039,8 1.984,2 2.325,8 2.129,8 2.196,0 Comissões líquidas 1.069,4 1.106,6 1.174,1 1.135,9 1.192,7 Margem básica 3.109,2 3.090,8 3.499,8 3.265,8 3.388,7

Resultados por operações financeiras 158,6 270,5 164,9 264,8 252,6

Margem ordinária 3.267,8 3.361,3 3.664,7 3.530,5 3.641,2

Gastos gerais de administração (1.650,3) (1.640,5) (1.667,9) (1.686,4) (1.740,5)

a) De pessoal (1.027,6) (1.003,0) (1.022,1) (1.031,2) (1.079,0)

b) Outros gastos administrativos (622,7) (637,4) (645,8) (655,1) (661,5)

Amortização do imobilizado (195,2) (177,7) (182,1) (184,0) (191,2)

Outros resultados de exploração (47,5) (36,3) (53,5) (46,4) (46,1)

Gastos de exploração (1.893,0) (1.854,4) (1.903,6) (1.916,8) (1.977,7)

Margem de exploração 1.374,8 1.506,9 1.761,1 1.613,7 1.663,5

Resultados líquidos equiparados 146,6 228,6 5,9 211,8 94,0

Promemoria: Dividendos cobrados 69,5 17,7 207,4 58,5 82,0

Resultados por operações do grupo 251,2 (1,5) (26,4) (17,3) 511,4

Amortização e provisões para insolvências (392,3) (323,5) (430,1) (530,8) (363,2)

Saneamento de imobilizações financeiras (0,0) (0,1) (0,1) (0,2) 0,2

Amortização acelerada do fundo de comércio (1.020,1) (2,4) 0,0 0,0 (151,3)

Outros resultados 681,1 (155,0) (26,8) (18,5) (650,1)

Lucro antes de impostos (cash-basis*) ordinário 1.041,2 1.252,9 1.283,6 1.258,7 1.104,6 Imposto sobre pessoas colectivas (170,9) (239,8) (230,2) (231,8) (64,8) Lucro líquido consolidado (cash-basis*) ordinário 870,3 1.013,1 1.053,3 1.026,9 1.039,8

Resultado atribuído a minoritários 77,5 97,5 72,3 82,6 73,6

Dividendos de preferenciais 67,9 57,9 54,8 41,5 52,1

Lucro líquido atribuído ao Grupo

(cash-basis*) ordinário 724,9 857,7 926,3 902,7 914,1

Amortização normal do fundo de comércio (44,0) (115,2) (117,3) (116,7) (115,9) Lucro líquido ordinário operacional ao Grupo 680,9 742,4 809,0 786,0 798,2 Líquido de mais-valias e restruturações extraordinárias — — 359,0 472,2 (831,3) Lucro líquido operacional

(inclusive extraordinários) 680,9 742,4 1.168,0 1.258,2 (33,1)

Promemoria:

Ativos Totais Médios 349.329,8 352.477,6 352.957,1 360.076,9 368.259,5 Recursos Próprios Médios 17.537,4 19.091,8 19.410,0 18.098,7 21.317,6

(*).- Antes de amortização normal do fundo de comércio.

Por trimestres

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Resultados do Grupo Santander

Numa análise detalhada dos resultados de 2004, a margem de intermediação chega a 8,635 bilhões de euros, o que representa uma alta de 8,5% face a 2003. Este crescimento compara-se muito favoravelmente à evolução apresentada pela margem em todos os anos anteriores e se deve ao efeito positivo dos fortes aumentos em volumes registrados de forma geral nas diversas unidades do Grupo e à aplicação de políticas dirigidas à defesa da margem, superiores ao efeito negativo decorrente das

quedas das taxas de juro em certos países. Os dividen-dos cobradividen-dos também apresentaram aumento. O resultado líquido de todos os efeitos citados no parágrafo anterior foi um aumento da rentabilidade da margem de intermediação sobre os ativos totais médios do Grupo de 2,35% de 2003 para 2,41 de 2004.

Por sua vez, as taxas de câmbio voltaram a afetar negati-vamente, embora em menor grau do que em exercícios anteriores, as rendas do Grupo, devido à desvalorização de certas moedas latino-americanas e do dólar face ao euro. Deduzido seu efeito, a margem de intermediação do Grupo aumentaria 12,6%.

Outro aspecto positivo na evolução da margem foi que todas áreas de negócio operacionais cresceram substancialmente em relação a 2003. As de maior peso, Banca Comercial Europa e Banca Comercial América, cresceram 6,9% e 13,6%, respectivamente. 2.005 7.988 1.997 7.517 2.067 1.920 8.885 +6,3%* 2002 2003 2004 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 Janeiro-Dezembro 2004 Janeiro-Dezembro 2003

Peso Taxa Peso Taxa

Bancos centrais e Dívidas do Estado 8,21 3,53 11,06 4,07

Instituições de crédito 10,40 2,91 11,40 3,57

Créditos sobre clientes: 51,98 5,70 49,36 6,18

Euros 40,79 4,51 37,92 4,99 Moeda estrangeira 11,19 10,07 11,44 10,11 Carteira de valores 17,50 5,57 14,85 5,22 Outros ativos 11,91 — 13,33 — Outros produtos — 0,69 — 0,52 Total 100,00 5,22 100,00 5,21 Instituições de crédito 18,09 3,34 18,21 3,19 Débitos: 47,04 2,22 48,26 2,64 Euros 32,45 1,61 33,34 1,80 Moeda estrangeira 14,59 3,58 14,92 4,50

Empréstimos e passivos subordinados: 16,58 4,10 14,38 4,14

Euros 11,40 3,71 8,65 3,91 Moeda estrangeira 5,18 4,96 5,73 4,49 Património líquido 6,36 — 5,88 — Outros recursos 11,93 1,74 13,27 1,60 Outros custos — 0,28 — 0,20 Total 100,00 2,82 100,00 2,86

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +10,6%

Rendas dos investimentos e custo dos recursos

(%)

Margem de intermediação (sem dividendos)

(8)

O total das comissões líquidas aumentou 10,5% em relação a 2003, com uma evolução positiva trimestral, sendo o quarto trimestre o que mais contribuiu para o exercício, pela Banca Comercial Santander Central Hispano e países latino-americanos.

Em uma análise por produtos, as comissões por servi-ços têm uma variação, gerando crescimento principal-mente nas provenientes de fundos de investimento e aposentadorias (+22,4%), seguros (+46,8%) e cartões (+15,4%). As correspondentes a valores diminuem, devido às relacionadas com as garantias e colocação. Consequentemente, a evolução das rendas por comis-sões se apóia basicamente no crescimento dos volu-mes de negócio (em especial, fundos de investimento, seguros e cartões) e no aumento do peso destes pro-dutos sobre a totalidade das rendas.

Por áreas de negócio, a Banca Comercial América registra o maior crescimento (+16,0% em euros; +26,4% sem efeito da taxa de câmbio), seguida da Banca Comercial Europa (+11,0%) e Gerenciamento de Ativos e Banca Privada (+7,2%).

O aumento da margem de intermediação e das comissões coloca o crescimento da margem básica nos 9,2% (+13,1 % sem o efeito das taxas de câm-bio), alcançando um valor para o conjunto do exercí-cio de 13,245 bilhões de euros.

Os resultados líquidos por operações financeiras chegam a 952,7 milhões de euros, uma queda de 4,6% face a 2003. A nota de maior realce no ano foi o aumento de 63% nas rendas obtidas da distribuição de produtos a clientes de tesouraria, conseqüência do esforço realizado para aumentar o peso destas rendas sobre o total dos ROF.

Neste sentido, são de destacar os crescimentos do Banesto (+30%) e da Banca Comercial Santander Central Hispano, que triplicaram seus ROF em resulta-do da demanda de derivativos sobre taxas de juro, taxas de câmbio e consolidação de mais-valias de fundos de investimento. Esta evolução mostra o sucesso obtido em produtos inovadores e os resulta-dos positivos para o Grupo decorrentes da colabora-ção entre as “fábricas” das áreas globais e o poten-cial de venda das redes de distribuição.

No total, a margem ordinária atinge os 14,197 bil-hões de euros, 8,1% acima do obtido em 2003.

1.136 4.609 1.174 4.171 1.193 1.107 4.289 +10,5%* 2002 2003 2004 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 Variação 2004 2003 Absoluta (%) 2002 Comissões 2.512,6 2.288,6 224,1 9,79 2.449,1

Cartões de crédito e débito 559,6 484,8 74,8 15,43 477,2

Seguros 515,0 350,7 164,3 46,84 257,1

Administração de contas 446,3 422,6 23,7 5,61 458,4

Letras comerciais 300,9 406,7 (105,9) (26,03) 503,9

Passivos contingentes 218,5 201,9 16,6 8,22 192,7

Outras operações 472,3 421,8 50,5 11,98 559,9

Fundos de investimento e aposentadorias 1.587,1 1.297,0 290,1 22,37 1.282,5

Valores e custódia 509,6 585,0 (75,4) (12,90) 557,7

Comissões líquidas 4.609,3 4.170,6 438,7 10,52 4.289,3

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +14,1

Comissões líquidas

Milhões de euros

Comissões líquidas

(9)

O total de custos (incluindo amortizações e outros resultados de exploração) aumentou 3,3%, basica-mente pelos gastos gerais relacionados ao relança-mento comercial de certos países e ao desenvolvimen-to de projedesenvolvimen-tos corporativos. Estes aumendesenvolvimen-tos foram refletidos em grande parte na categoria de gastos gerais. Além disso, há um pequeno efeito perímetro pelas aquisições realizadas ao longo do exercício pelo Santander Consumer. Eliminando o efeito de projetos e perímetro, ou seja, sobre bases homogêneas, os gastos aumentaram 2,3%.

Por áreas, o crescimento ocorreu basicamente nos paí-ses latino-americanos, mais ligados aos projetos ante-riormente citados, e no Santander Consumer, por ser esta a unidade em plena expansão orgânica e ter, além disso, um certo efeito perímetro. As demais unidades da Europa e da Banca de Grandes Clientes Global apresentaram um comportamento praticamente sem variação ou uma diminuição face ao exercício anterior.

O Grupo mantém uma política ativa para a otimiza-ção contínua de custos, ao mesmo tempo em que as áreas de organização e tecnologia continuam aprimorando processos e trabalhos para melhorar a eficiência e a produtividade das diversas áreas de negócio.

Sintetizando o citado acima, um crescimento das rendas que é duas vezes superior ao dos gastos se traduz na melhoria de 1,9 ponto porcentual no quo-ciente de eficiência (que fica nos 47,4%), o que ocorre pelo sexto ano consecutivo. Em 1998, o quo-ciente era de 62,1%.

Por sua vez, a margem de exploração, que chega a 6.545,2 milhões de euros, aumentou 14,4% (+18,8% eliminando o efeito das taxas de câmbio), a maior taxa de aumento interanual obtida no ano, e que se compara de forma muito favorável ao crescimento proporcionado em 2003, de 2,8%. Variação 2004 2003 Absoluta (%) 2002 Gastos de pessoal 4.135,3 4.049,4 85,9 2,12 4.521,7 Gastos gerais: 2.599,9 2.428,3 171,6 7,06 2.800,3 Tecnologia e sistemas 460,6 454,7 5,9 1,29 520,9 Comunicações 240,5 230,3 10,2 4,42 316,2 Publicidade 289,4 211,4 78,0 36,87 266,0 Imóveis e instalações 442,4 437,4 5,0 1,14 483,5

Formulários e material de escritório 80,3 74,0 6,3 8,53 93,3

Taxas 120,0 146,8 (26,8) (18,25) 199,8

Outros 966,6 873,6 93,0 10,65 920,6

Gastos de pessoal e gerais 6.735,2 6.477,7 257,5 3,98 7.322,1

47,44 49,34 52,28 2002 2003 2004 -190 p.b. 1.614 6.545 1.761 5.721 1.664 1.507 5.566 +14,4%* 2002 2003 2004 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +18,8%

Gastos de pessoal e gerais

Milhões de euros

Quociente de eficiência

%

Margem de exploração

(10)

À semelhança das margens anteriores, todas as áreas de negócio registraram uma aportação positiva para o crescimento da margem de exploração. Destacam-se a Banca Comercial Europa, na qual todas unidades cres-ceram a taxas de dois dígitos, e a Banca Comercial América que, sem o efeito das taxas de câmbio, aumentou 15,8%.

Este crescimento envolve um novo aumento nos quo-cientes de produtividade do Grupo. Assim, a margem de exploração por funcionário aumenta 15% no ano e, em uma série mais longa, implica a duplicação da existente no início da fusão Santander-BCH.

Os resultados por equiparação (líquidos de dividen-dos) chegam a 540,4 milhões de euros, 32,7% supe-riores aos obtidos em 2003. Este aumento é devido principalmente às maiores contribuições do The Royal Bank of Scotland, Cepsa, Attijari Wafabank, Urbis e das sociedades de seguros.

As dotações líquidas para insolvências ficaram no 1,647 bilhão de euros, 10,2% acima do ano anterior, devido ao maior valor destinado ao fundo estatístico. Pelo contrário, para dotações específicas (líquidas de incobráveis recuperados) foram destinados 693,6 milhões de euros, valor 11,2% inferior ao contabili-zado em 2003, o que, somado ao aumento de crédi-to, mostra a excelente qualidade do risco de crédito do Grupo.

A amortização acelerada de fundo de comércio foi de 153,8 milhões de euros, correspondentes à Venezuela (92,6 milhões), Colômbia (57,5 milhões) e Banesto (3,6 milhões), face aos 1,719 bilhão de 2003, destinados praticamente na sua totalidade para amor-tizar o fundo de comércio do Banespa.

Esta diferença deve-se ao fato de, em 2003, ter havi-do maiores resultahavi-dos por mais-valias que, paralela-mente, foram aplicados em sua totalidade para amor-tização acelerada de fundo de comércio, enquanto que em 2004 os resultados foram destinados a mais áreas de negócio.

A categoria “outros resultados” é negativa em 2004 em 850,3 milhões de euros, incluindo diferentes dota-ções e reestruturadota-ções cujo objetivo é continuar aumentando a pujança do balancete. Além disso, nesta categoria está incluído o encargo bruto por pré-aposentadorias, de 810 milhões de euros.

Ao final de 2003, a categoria “outros resultados” registrava um montante positivo de 754,6 milhões de euros em conseqüência das mais-valias obtidas com a redução da participação da Vodafone, da venda de imóveis e da reclassificação do risco-país da Argentina na categoria de dotações para insolvências e risco-país. Lembramos que, em 2003, houve a liberação em “outros resultados” de um fundo de 218 milhões de euros, que foi reclassificado na rubrica de dotações líquidas para insolvências, com o intuito de aumentar, em aplicação da legislação vigente do Banco de Espanha, a cobertura do risco-país sujeita a provisão da Argentina de 50% para 75%. Nestes termos, esta reclassificação teve incidência no lucro.

Os resultados por operações do Grupo contabili-zam 466,2 milhões de euros em 2004, face a 955,6 milhões de euros em 2003. Em ambos os casos, os valores correspondem praticamente em sua totalidade às mais-valias extraordinárias obtidas. Em 2004, pelo The Royal Bank of Scotland, e em 2003 também pelo The Royal Bank of Scotland e pela venda de 24,9% do Serfin.

A contabilização em categorias diferentes em 2003 e 2004 das mais-valias e reestruturações antecipadas e extraordinárias realizadas dá origem a fortes movimen-tos interanuais que se compensam mutuamente, difi-cultando, porém, uma interpretação separada. O conjunto das reestruturações líquidas passa de -1,504 milhão de euros em 2003 para -2, 185bilhões em 2004. O aumento se deve, em sua maior parte, às maiores dotações para a provisão estatística (272 mil-hões mais em 2004 do que em 2003), à diferença (283 milhões) entre o encargo bruto por pré-aposen-tadorias - que é o que é contabilizado em "outros

Variação

2004 2003 Absoluta (%) 2002

Para insolvências 1.929,2 1.720,2 209,0 12,15 2.061,9

Para risco-país 127,0 133,0 (6,0) (4,51) (20,0)

Ativos em suspenso recuperados (408,6) (357,5) (51,1) 14,29 (393,7)

Dotação para insolvências (líquido) 1.647,7 1.495,7 152,0 10,16 1.648,2 Dotações para insolvências e risco-país

(11)

resultados" -, e ao valor líquido de impostos, que é compensado com mais-valias.

Após deduzir estas reestruturações, a dotação para impostos, os interesses minoritários e as preferen-ciais (o custo das últimas diminui 34,4% no ano), o lucro líquido atribuído ao Grupo cash-basis chega a 3,6 bilhões de euros, com um aumento de 14,9%.

Para a amortização ordinária de fundo de comércio foram destinados 465,2 milhões de euros, 11% a menos do que em 2003, devido às menores necessida-des existentes após as amortizações aceleradas realiza-das em anos anteriores.

A seguir dela, o lucro líquido atribuído ao Grupo atinge 3,135 bilhões de euros. Este lucro ultrapassa em 20,1% o obtido em 2003, excede o objetivo ini-cial estabelecido para o ano e volta a ser um recorde histórico do Grupo.

O resultado líquido contábil do último trimestre foi de -33,1 milhões de euros, porque as reestruturações antecipadas (já comentadas) foram realizadas na tota-lidade no mesmo, enquanto as mais-valias extraordi-nárias equivalentes foram obtidas nos primeiros nove meses do exercício. Eliminando este efeito, o lucro líquido atribuído ordinário do trimestre foi de 798,2 milhões de euros, um pouco superior ao obtido no terceiro trimestre e 17,2% acima do contabilizado no quarto trimestre de 2003.

O lucro líquido atribuído por ação está em 0,6307 euros no ano, 15,2% acima do obtido em 2003. Em termos cash-basis, o lucro líquido atribuído por ação é de 0,7243 euros.

Por sua vez, a rentabilidade dos fundos próprios (ROE) chega a 16,0% em 2004, face a 14,5% de 2003. Em termos cash-basis, o ROE é de 18,3%, cla-ramente superior ao dos exercícios anteriores. 903 3.601 926 3.133 914 858 2.903 +14,9%* 2002 2003 2004 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 786 3.136 809 2.611 798 742 2.247 +20,1%* 2002 2003 2004 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +19,5% (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +25,6%

15,98 14,48 2003 12,42 18,35 17,37 16,04

ROE (cash-basis) ROE

+98 p.b.

+150 p.b.

2002 2004

Lucro líquido consolidado (cash-basis*)

Milhões de euros

Lucro líquido operacional ordinário

Milhões de euros

ROE

(12)

Variação sem Abbey

2004 2004 sem Abbey 2003 Absoluta (%) 2002 Ativo

Caixa e bancos centrais 8.786,5 8.106,3 8.907,4 (801,1) (8,99) 6.241,6 Dívidas do Estado 16.123,3 15.615,5 31.107,9 (15.492,4) (49,80) 24.988,5 Instituições de crédito 49.569,9 36.788,6 37.617,8 (829,3) (2,20) 40.256,4 Créditos sobre clientes (líquido) 335.207,7 198.510,7 172.504,0 26.006,7 15,08 162.973,0 Carteira de valores 103.745,7 76.249,7 59.675,4 16.574,3 27,77 45.852,0

Renda fixo 82.838,6 48.557,0 44.277,1 4.279,9 9,67 32.086,2

Renda variável 20.907,1 27.692,7 15.398,3 12.294,4 79,84 13.765,9

Acções e outros títulos 13.164,0 11.497,2 10.064,1 1.433,0 14,24 7.866,8 Participações 2.697,1 2.661,7 4.266,4 (1.604,7) (37,61) 4.769,7 Participações empresas do Grupo 5.045,9 13.533,8 1.067,8 12.466,1 1.129,4

Activos corpóreos e incorpóreos 8.675,9 5.212,5 5.058,3 154,2 3,05 5.583,6

Ações próprias 104,2 104,2 10,2 94,0 925,90 14,7

Fundo de comércio 16.964,2 6.700,3 7.385,2 (684,9) (9,27) 9.954,7

Outras contas do ativo 31.513,6 27.270,7 24.902,5 2.368,1 9,51 23.908,4 Res. exerc. anteriores em sociedades consolidadas 4.706,8 4.692,4 4.621,8 70,6 1,53 4.435,2

Total ativo 575.397,9 379.250,8 351.790,5 27.460,3 7,81 324.208,1

Passivo

Banco de Espanha e instituições de crédito 84.813,8 59.040,6 75.580,3 (16.539,7) (21,88) 50.820,7 Débitos a clientes 293.845,7 173.842,2 159.335,6 14.506,6 9,10 167.815,8

Depósitos 251.276,3 142.396,8 132.747,6 9.649,2 7,27 130.463,2

Cessão temporal de ativos 42.569,4 31.445,4 26.588,0 4.857,4 18,27 37.352,6

Valores negociáveis 84.007,2 53.432,7 44.441,2 8.991,5 20,23 31.289,1

Passivos subordinados 20.194,1 12.875,7 11.221,1 1.654,6 14,75 12.450,2 Provisões para riscos e encargos 15.345,0 13.219,1 12.727,7 491,4 3,86 13.980,0

Interesses minoritários 8.539,2 5.972,9 5.439,5 533,4 9,81 6.036,7

Lucro consolidado líquido 3.667,9 3.667,9 3.232,0 435,9 13,49 2.785,6

Capital 3.127,1 3.127,1 2.384,2 742,9 31,16 2.384,2

Reservas 32.443,2 32.443,2 19.445,0 12.998,1 66,85 18.788,4

Outras contas do passivo 29.414,7 21.629,6 17.983,9 3.645,6 20,27 17.857,4

Total passivo 575.397,9 379.250,8 351.790,5 27.460,3 7,81 324.208,1

Recursos gerenciados fora do balancete 139.994,7 125.454,0 108.903,0 16.551,0 15,20 93.337,9 Fundos de investimento 94.125,2 92.778,9 80.502,0 12.276,9 15,25 68.139,5 Plano de aposentadorias 34.872,9 21.678,5 19.494,8 2.183,7 11,20 17.513,5 Patrimónios administrados 10.996,5 10.996,5 8.906,1 2.090,4 23,47 7.684,9 Total fundos gerenciados 715.392,5 504.704,8 460.693,5 44.011,3 9,55 417.546,0 Riscos de não-reembolso 33.937,4 32.968,9 30.514,2 2.454,7 8,04 27.166,9

Avales 30.915,4 29.946,9 27.273,9 2.673,0 9,80 23.862,8

Créditos documentários 3.022,0 3.022,0 3.240,3 (218,4) (6,74) 3.304,1

Balancete

Milhões de euros

Distribuição geográfica dezembro 2004

Créditos %

Europa continental 49% Reino Unido 40% Países latino-americanos investment grade 7% Países latino-americanos não investment grade 3%

Demais 1%

Recursos de clientes gerenciados %

Europa continental 49% Reino Unido 32% Países latino-americanos investment grade 10% Países latino-americanos não investment grade 5%

(13)

Balancete consolidado do Grupo Santander

No final de 2004, os ativos do Grupo Santander totali-zavam 575, 398 bilhões de euros. Para dar uma idéia da dimensão global do Grupo, a soma de ativos ao conjunto de recursos gerenciados fora do balancete atinge um volume de 715,393 bilhões de euros. A ativi-dade com clientes, refletida nos créditos e recursos gerenciados de clientes, chega a 342,177 e 538,042 bilhões de euros, respectivamente.

Estes montantes incluem os valores do Abbey uma vez que, como dito antes, foram consolidados em 31 de dezembro de 2004.

A compra do Abbey envolveu uma mudança na distri-buição geográfica dos saldos gerenciados, oferecen-do, tal como se observa no gráfico da página anterior, uma estrutura muito mais diversificada do negócio e perfil de risco mais baixo.

O peso dos créditos contabilizados na Europa

Continental constituem 49% do total do Grupo, sendo 40% localizados no Reino Unido e 10% nos países lati-no-americanos (só 3% em países não investment grade). No que concerne aos recursos de clientes gerenciados, 49% estão localizados na Europa Continental, 32% no Reino Unido e 15% nos países latino-americanos. Para disponibilizar uma visão da evolução do Grupo com bases homogêneas, os quadros relacionados ao balancete incluem dados sem o Abbey e todos os comentários relativos a valores de balancete são feitos sobres os últimos.

O investimento de crédito bruto do Grupo (excluindo o Abbey) totaliza 204,467 bilhões de euros, o que representa um aumento de 15,1 % sobre dezembro de 2003 (+16,2% excluindo o efeito da taxa de câmbio). Este aumento do saldo em balancete não reflete em sua totalidade o crescimento real porque, já no exercí-cio, prosseguiu-se com a atividade de titularização. Na verdade, em 2004 foram titularizados quase 11 bilhõ-es de euros em créditos hipotecários, empréstimos ao consumo e, pela primeira vez em nosso Grupo, crédi-tos ao setor público. Sem seu efeito, o investimento de crédito do Grupo aumenta 17,7%, porcentagem

Variação sem Abbey

2004 2004 sem Abbey 2003 Absoluta (%) 2002 Crédito às Administrações Públicas 4.206,6 4.206,6 5.487,4 (1.280,8) (23,34) 4.897,1 Crédito a outros setores residentes 123.760,9 123.760,9 103.515,6 20.245,3 19,56 88.876,1 Crédito com garantia real 60.267,8 60.267,8 47.999,6 12.268,2 25,56 37.273,8

Outros créditos 63.493,1 63.493,1 55.516,0 7.977,1 14,37 51.602,4

Crédito ao setor não-residente 214.209,5 76.499,1 68.617,7 7.881,4 11,49 74.137,9 Crédito com garantia real 132.722,9 18.289,0 18.796,1 (507,1) (2,70) 19.774,4

Outros créditos 81.486,6 58.210,2 49.821,6 8.388,5 16,84 54.363,6

Créditos sobre clientes (bruto) 342.177,0 204.466,6 177.620,7 26.845,9 15,11 167.911,2 Fundo de provisão para insolvências 6.969,3 5.955,9 5.116,7 839,2 16,40 4.938,2 Créditos sobre clientes (líquido) 335.207,7 198.510,7 172.504,0 26.006,7 15,08 162.973,0 Promemoria: Ativos duvidosos 4.046,5 3.115,8 3.276,7 (160,9) (4,91) 3.699,7

Administrações Públicas 2,4 2,4 0,9 1,5 167,00 3,6

Outros setores residentes 866,6 866,6 930,7 (64,1) (6,89) 1.000,3

Não-residentes 3.177,5 2.246,9 2.345,1 (98,3) (4,19) 2.695,9 200,8 192,2 177,6 204,5 183,8 167,9 +15,1%*

2002 2003 Mar Jun Set Dez 2004

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +16,2%

Créditos sobre clientes

Milhões de euros

Créditos sobre clientes (bruto) sem Abbey

(14)

que atinge os 18,6%, excluindo o efeito da taxa de câmbio.

Em seu detalhe, e atendendo a sua composição por categorias, o crédito ao setor público apresentou uma redução de 23,3%, devido à titularização realizada no último mês de dezembro por 1,85 bilhão de euros, uma vez que, deduzido seu efeito, obteria-se um aumento de 9,8%.

No que concerne a “outros setores residentes”, o avan-ço do crédito nos últimos doze meses foi de 20, 245

bilhões de euros (+19,6%), com uma evolução muito positiva do crédito com garantia real, que aumentou 25,6%. Sem o efeito das titularizações, os crescimentos seriam de 20,5% e 26,7%, respectivamente.

As taxas de crescimento ao longo do ano acabaram por refletir os elevados níveis de produção atingidos na Espanha. Neste sentido, devemos realçar que os aumentos interanuais se mantiveram, em todos tri-mestres do exercício de 2004, acima de 19% na Rede Santander Central Hispano, e foram superiores a 31 % no Banesto Varejo (em ambos os casos sem

2004 2003

Saldo Ativos Saldo Ativos

(valor Ativos ponderados (valor Ativos ponderados nominal) equival. por risco nominal) equival. por risco Passivos contingentes:

Redescontos, endossos e aceitações 29,0 28,5 28,5 26,7 26,7 26,7

Ativos afectos a diversas obrigações — — — 81,2 81,2 81,2

Fianças, avales e cauções 29.946,9 19.069,8 16.495,5 27.273,9 16.653,4 14.818,1 Outros passivos contingentes 3.073,9 843,5 643,8 3.372,4 1.143,3 870,5 Subtotal parcial passivos contingentes 33.049,8 19.941,8 17.167,8 30.754,2 17.904,6 15.796,4 Compromissos:

Cessões temporais com opção de recompra 40,3 20,2 20,2 512,7 256,4 68,7 Disponíveis por terceiros:

Por instituições de crédito 1.700,2 329,5 66,0 943,5 262,2 59,1

Pelo setor Administrações Públicas 2.288,8 489,0 68,0 2.569,6 1.076,1 185,7 Por outros setores 56.274,7 8.864,0 7.475,0 45.099,2 10.931,5 9.568,8

Outros compromissos 6.975,5 131,7 131,1 5.385,6 16,1 8,3

Subtotal compromissos 67.279,6 9.834,3 7.760,2 54.510,7 12.542,3 9.890,7 Total contas de ordem (sem Abbey) 100.329,4 29.776,1 24.928,0 85.264,8 30.446,8 25.687,0

Abbey 5.186,0 2.415,5 639,0

Total contas de ordem 105.515,4 32.191,6 25.567,0

Variação sem Abbey

2004 2004 sem Abbey 2003 Absoluta (%) 2002 Riscos de morosidade e duvidosos 3.948,4 3.017,8 3.222,5 (204,7) (6,35) 3.676,5

Índice de morosidade (%) 1,05 1,27 1,55 (0,28) 1,89

Fundos constituídos 7.289,3 6.276,0 5.323,1 952,8 17,90 5.144,9

Cobertura (%) 184,61 207,96 165,19 42,77 139,94

Riscos de morosidade e duvidosos ordinários** 2.674,5 2.427,9 2.712,2 (284,3) (10,48) 3.315,4

Índice de morosidade (%)** 0,71 1,03 1,31 (0,28) 1,70

Cobertura (%) ** 272,55 258,49 196,26 62,23 155,18

Detalhe contas de ordem

Milhões de euros

Gerenciamento do risco de crédito*

Milhões de euros

(*).- Não inclui risco-país

(**).- Excluindo garantias hipotecárias

(15)

titularizações). A evolução dos créditos hipotecários foi muito favorável, mas os créditos, em especial os concedidos a microempresas e PyMEs, também regis-traram um bom comportamento.

Nas restantes unidades na Europa, Portugal cresceu 4% (excluindo o efeito das titularizações), em linha com o menor crescimento do investimento de crédito no país, e o Santander Consumer aumentou seus sal-dos em 30%, com fortes ritmos de expansão da pro-dução de crédito em todos os países. Espanha e Portugal: +25%; Itália: +36%; Alemanha: +19%. A isso se junta a entrada em consolidação das novas aquisições (PTF, Elcon e Abfin).

Por sua vez, os países latino-americanos refletem um crescimento dos créditos de 20% em euros, porcentagem que chega a 25% em moeda local, com notáveis aumentos em todos os grandes países: Brasil (+37%), México, excluindo a livrança

Fobaproa (+27%) e Chile (+19%). A Colômbia e a Venezuela oferecem também fortes crescimentos e o Porto Rico cresceu 8%.

Em conjunto com os créditos, o Grupo tem outros riscos sem investimento assumidos (avales e créditos docu-mentários), assim como diferentes compromissos e con-tingências contraídos no curso normal de suas operaçõ-es. Deles, apresenta-se o valor nominal, o montante de risco equivalente e o valor ponderado pelo risco, sendo este último calculado segundo a legislação que regula os requisitos do capital do quociente BIS.

No que concerne ao controle do risco, o Grupo Santander fechou o exercício de 2004 com uma taxa de morosidade de 1,05% e uma cobertura de 185%, após a integração do Abbey nas demonstrações finan-ceiras do Grupo.

Excluindo o Abbey, à semelhança do que fizemos em outras seções deste Relatório Anual, para efeitos de uma análise homogênea de sua evolução no ano, a taxa de morosidade do Grupo consolidada totalizou, no final do ano, 1,27%, o que representa uma redu-ção de 28 pontos base em compararedu-ção aos 1,55% de dezembro de 2003.

A cobertura global com provisões cresceu 43 pontos no ano, ficando nos 208%. As dotações específicas para insolvências no Grupo, líquidas de incobráveis recuperados, diminuíram até 693,6 milhões de euros, 11,2% a menos em relação ao ano anterior.

A morosidade do Grupo na Espanha ficou em níveis históricos, fechando o ano com uma taxa de 0,65%, 22 pontos base abaixo da registrada em dezembro de

2004 2003 2002

Saldo no início do exercício 3.222,5 3.676,5 3.895,5 + Entradas líquidas * 1.750,9 720,5 1.356,4 - Incobráveis (1.025,0) (1.174,5) (1.575,4) Saldo no final do exercício 3.948,4 3.222,5 3.676,5

(*).- Em 2004, 930,6 milhões correspondem ao Abbey

1,27 1,55

1,05 1,89

2002 2003 2004 2004

Sem Abbey Com Abbey

-28 p.b. 208 165 185 140 2002 2003 2004 2004

Sem Abbey Com Abbey

+43 p.p. Evolução de devedores em morosidade

Milhões de euros

Índice de morosidade

%

Cobertura de morosidade

(16)

2003. A cobertura com provisões dos saldos duvido-sos já atinge 239%, o que representa um crescimento no exercício de 105 pontos porcentuais.

Em Portugal, onde a conjuntura econômica conti-nua débil, a taxa de morosidade estava nos 3,1 % no final de 2004, um valor superior aos 2,3% regis-trado em dezembro de 2003. Este aumento inclui a elevada atividade de titularização desenvolvida no exercício (considerando os saldos titularizados, o quociente fica nos 2,3%). A cobertura com provisõ-es situou-se nos 111%, 14% abaixo do valor no final de 2003.

O Santander Consumer, incluindo o grupo Hispamer na Espanha, grupo CC-Bank na Alemanha e

Finconsumo na Itália, aumentou ligeiramente a sua taxa de morosidade até 2,2%, devido ao aumento dos saldos duvidosos na Alemanha. A cobertura com provisões aumentou a 153%, melhorando durante o exercício de 2004 em 4 pontos porcentuais.

Nos países latino-americanos, a taxa de morosidade em 31 de dezembro de 2004 ficou nos 2,6%, com uma diminuição no exercício de 1,3 pontos porcen-tuais, graças principalmente às reduções na Argentina, Chile e México. A cobertura com provisões atingiu 162%, com aumento de 37 de pontos porcentuais durante 2004.

O risco-país sujeito a provisões do Grupo com tercei-ros, de acordo com os critérios do Banco de Espanha, chegava, em dezembro de 2004, a 1,254 bilhão de dólares, tendo uma provisão de 33%.

O aumento da exposição no ano é devido, principal-mente, à reclassificação, seguindo um critério de máxima prudência, de operações de comércio exter-no a prazo superior a um aexter-no exter-no Brasil.

Adicionalmente, houve um aumento na Venezuela e Colômbia devido à maior demanda face à reativação econômica.

No capítulo específico de Gerenciameto do Risco deste Relatório Anual são analisadas as informações mais vastas sobre a evolução do risco de crédito, siste-mas de controle e acompanhamentos ou modelos internos de riscos para o cálculo de provisões. Nos últimos doze meses, os ativos adjudicados líqui-dos do Grupo recuaram 3,8%, totalizando 228,2 mil-hões de euros. A cobertura é de 56,23%.

No que concerne ao passivo, o conjunto de recursos de clientes em balancete (sem o Abbey) chega a 240,151 bilhões de euros, o que representa um cresci-mento de 11,7%. Os depósitos (sem cessões temporais de ativos), por sua vez, cresceram 7,3%, os valores negociáveis 20,2% e os passivos subordinados, 14,8%.

2004 2003 2002

Saldo no início do exercício 553,3 679,5 998,9

Adjudicações 303,9 257,0 176,0

Vendas (valor contabilístico) (326,4) (344,6) (316,4)

Outros movimentos (9,5) (38,7) (178,9)

Saldo no fechamento do exercício (bruto) 521,3 553,3 679,5

Provisão constituída 293,1 316,2 395,4

Cobertura (%) * 56,23 57,15 58,19

Saldo no fecho do trimestre (líquido) (sem Abbey) 228,2 237,1 284,1

Abbey 24,2

Saldo no fecho do exercício (líquido) 252,4

(*).- Provisão constituída / montante bruto de propriedades transitórias

Propriedades transitórias

Milhões de euros

Gerenciamento do risco-país

2004 2003 Variação 2002

Milh. euro Milh. USD Milh. USD Absoluta (%) Milh. USD

Risco bruto 921,3 1.254,9 627,9 627,0 99,85 429,4

Reestruturações 301,0 410,0 513,0 (103,0) (20,07) 353,9

(17)

Fora do balancete, os recursos gerenciados chegam a 125,454 bilhões de euros, com um aumento de 15,2% e comportamento positivo das três categorias incluídas no presente, que crescem tanto na Espanha como em quase todos países onde o Grupo desenvolve sua ativi-dade. Concretamente, os fundos de investimento aumentaram 15,3% no ano, os planos de aposentado-ria 11,2% e os patrimônios administrados, 23,5%. Em síntese, o conjunto de recursos de clientes gerenciados (dentro e fora do balancete) contabili-zava 365,605 bilhões de euros no final de 2004, o que representa um aumento de 12,9% face a 2003, porcentagem que é de 14,5% se excluirmos o impacto das taxas de câmbio.

Na Espanha, o conjunto de recursos gerenciados de clientes (sem cessões temporais de ativos) aumentou 18,7%, com os recursos em balancete crescendo 22,0% e os de fora do balancete, 14,4%.

Os fundos de investimento na Espanha aumentaram 14,6% face a 2003, mantendo-se a posição de

lide-rança do nosso Grupo, com uma quota em patrimô-nio superior a 27%.

Variação sem Abbey

2004 2004 sem Abbey 2003 Absoluta (%) 2002 Credores Administrações Públicas 13.966,2 13.966,2 9.225,9 4.740,2 51,38 12.126,1 Credores outros setores residentes 82.170,0 82.170,0 77.918,9 4.251,1 5,46 78.432,1

Correntes 25.700,2 25.700,2 25.089,2 611,0 2,44 21.743,6

Poupança 18.602,3 18.602,3 17.823,4 778,8 4,37 16.057,7

Prazo 19.474,4 19.474,4 18.640,1 834,3 4,48 21.326,5

Cessão temporal de ativos 17.766,9 17.766,9 16.348,5 1.418,4 8,68 19.194,7

Outras contas 626,3 626,3 17,7 608,5 — 109,7

Credores sector não-residente 197.709,5 77.706,0 72.190,7 5.515,3 7,64 77.257,6

Depósitos 180.609,5 71.730,0 65.885,5 5.844,6 8,87 68.929,3

Cessão temporal de ativos 17.100,0 5.976,0 6.305,2 (329,3) (5,22) 8.328,2 Total de débitos a clientes 293.845,7 173.842,2 159.335,6 14.506,6 9,10 167.815,8

Valores negociáveis 84.007,2 53.432,7 44.441,2 8.991,5 20,23 31.289,1

Passivos subordinados 20.194,1 12.875,7 11.221,1 1.654,6 14,75 12.450,2 Recursos de clientes em balancete 398.047,0 240.150,6 214.997,9 25.152,7 11,70 211.555,1 Recursos gerenciados fora do balancete 139.994,7 125.454,0 108.903,0 16.551,0 15,20 93.337,9 Fundos de investimento 94.125,2 92.778,9 80.502,0 12.276,9 15,25 68.139,5 Espanha 69.588,5 69.588,5 60.725,4 8.863,1 14,60 52.729,7 Demais países 24.536,7 23.190,4 19.776,6 3.413,8 17,26 15.409,8 Plano de aposentadorias 34.872,9 21.678,5 19.494,8 2.183,7 11,20 17.513,5 Espanha 7.375,4 7.375,4 6.652,7 722,7 10,86 5.839,5 Deles, individuais 6.329,8 6.329,8 5.767,7 562,1 9,75 5.073,4 Demais países 27.497,5 14.303,1 12.842,1 1.461,0 11,38 11.674,0 Patrimónios administrados 10.996,5 10.996,5 8.906,1 2.090,4 23,47 7.684,9 Espanha 2.916,5 2.916,5 2.450,5 466,0 19,02 2.199,1 Demais países 8.080,0 8.080,0 6.455,6 1.624,4 25,16 5.485,8

Recursos de clientes gerenciados 538.041,7 365.604,5 323.900,8 41.703,7 12,88 304.893,0 Recursos de clientes gerenciados

Milhões de euros 353,0 348,4 323,9 365,6 345,8 304,9 +12,9%*

2002 2003 Mar Jun Set Dez 2004

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +14,5%

Recursos de clientes (sem Abbey)

(18)

Em seu detalhamento por modalidades, é analisado o modo como o crescimento se baseou no sucesso das campanhas de fundos garantidos inovadores e no aumento dos fundos de investimento mobiliário, tanto em renda fixa como de renda variável.

Os planos de aposentadoria na Espanha apresentaram um aumento de 10,9%. Por modalidades, os planos de aposentadoria individuais aumentaram 9,8% e se mantêm, com base na última informação publicada por INVERCO, na primeira posição do mercado. Os planos de emprego, por sua vez, cresceram 21,1%. Nos países latino-americanos, o conjunto de recursos gerenciados, dentro e fora do balancete, aumentou 13% em euros (+18% retirando o efeito da taxa de câmbio). Em moeda local, houve evolução positiva para o conjunto dos recursos em todos países.

Em depósitos (sem cessões temporais), todos os países cresceram com taxas de dois dígitos, destacando-se a Venezuela (+71 %), Colômbia (+29%) e Brasil (+25%), todos em moeda local.

Em fundos de investimento, todos os países cresceram de forma significativa em moeda local, com destaque para Argentina (+43%), Porto Rico (+33%), Chile (+31 %) e México (+30%). O Brasil, por sua vez, cresceu 10%, e o aumento do conjunto da região é de 20%. No que concerne aos planos de aposentadoria, quase dois terços do saldo total do Grupo correspondem a administradoras nos países latino-americanos, propor-cionando um crescimento interanual de 15% sem taxas de câmbio. Por países, todos eles crescem acen-tuadamente, com destaque para Colômbia (+25%), Uruguai (+23%), Chile (+17%) e México (+15%). Adicionalmente e no âmbito de sua estratégia global de financiamento, o Grupo está aprofundando a diversificação de suas bases de financiamento por meio de produtos alternativos.

Durante o ano, o Banco Santander Central Hispano realizou duas emissões de cédulas hipotecárias por um montante total de 2 bilhões de euros. Assim, avançou-se na diversificação da baavançou-se de investidores internacio-nais do Grupo ao mesmo tempo em que passamos a

Variação

2004 2003 Absoluta (%) 2002

Espanha 69.588,5 60.725,4 8.863,1 14,60 52.729,7

FIAMM 16.144,9 17.024,2 (879,3) (5,16) 17.036,8

FIM Renda Fixo 17.130,4 14.502,4 2.628,0 18,12 15.223,7

FIM Renda Variável 8.847,8 7.180,0 1.667,8 23,23 5.833,4

FIM Mistos 976,4 1.326,0 (349,6) (26,36) 1.606,7

Garantidos e outros 24.004,9 18.836,2 5.168,7 27,44 11.464,7

Imobiliários 2.484,1 1.856,7 627,5 33,79 1.564,4

Restantes países (sem Abbey) 23.190,4 19.776,6 3.413,8 17,26 15.409,8

Total (sem Abbey) 92.778,9 80.502,0 12.276,9 15,25 68.139,5

Abbey 1.346,3 Total 94.125,2 Variação 2004 2003 Absoluta (%) 2002 Espanha 7.375,4 6.652,7 722,7 10,86 5.839,5 Individuais 6.329,8 5.767,7 562,1 9,75 5.073,4 Associados 218,0 201,4 16,6 8,25 181,7 Emprego 827,6 683,6 144,0 21,07 584,4

Demais países (sem Abbey) 14.303,1 12.842,1 1.461,0 11,38 11.674,0

Total (sem Abbey) 21.678,5 19.494,8 2.183,7 11,20 17.513,5

Abbey 13.194,4 Total 34.872,9 Fundos de investimento Milhões de euros Plano de aposentadorias Milhões de euros

(19)

2004 2003 Diferença 2002 Banesto 338,8 366,3 (27,5) 400,6 Participações industriais 852,7 912,6 (59,9) 380,4 Bancos na Europa 2.519,6 2.847,3 (327,8) 3.077,3 Países latino-americanos 2.758,1 3.071,3 (313,2) 6.015,8 Outros 231,2 187,7 43,5 80,6

Total (sem Abbey) 6.700,3 7.385,2 (684,9) 9.954,7

Abbey 10.263,9

Total 16.964,2

ser referência no mercado europeu desse tipo de ativi-dades com base no volume e liquidez da emissão. Os fundos de comércio pendentes de amortização (excluindo o Abbey) chegam a 6,7 bilhões de euros. Em relação a dezembro de 2003, o recuo líquido é de 685 milhões de euros (-9,3%). As reduções são devi-das à amortização ordinária de fundos de comércio, eliminação do fundo de comércio correspondente à participação alienada do The Royal Bank of Scotland e a amortização acelerada de 154 milhões de euros des-tinada fundamentalmente a Venezuela e Colômbia. Por sua vez, a aquisição do Abbey gerou um fundo de comércio, já calculado com as NIIFs, de 10,264 bilhões de euros, sendo que o fundo de comércio total do Grupo Santander, no fechamento de 2004, era de 16,954 bilhões de euros.

Do total de fundos de comércio ainda por amortizar, um total de 2,758 bilhões correspondem aos países latino-americanos e 14,151 à Europa, tendo em conta a incorporação do Abbey.

Os montantes dos fundos foram estabelecidos após a realização dos processos de verificação de qualidade dos ativos das entidades adquiridas, aplicando os cri-térios rígidos do Grupo.

Além disso, foi aplicado o critério comunicado oportu-namente pelo Banco de Espanha, por meio do qual as ações recebidas no último exercício nas operações de Portugal, Royal Bank of Scotland e compra a acionis-tas minoritários do Banco Río de la Plata foram regis-tradas por seu valor de mercado, pagando a diferença entre o referido valor e a taxa de emissão das ações do Santander Central Hispano em uma conta do pas-sivo, que faz parte dos recursos próprios, denominada "reservas voluntárias antecipadas", por um valor de 3,738 bilhões de euros, que, após as amortizações do fundo de comércio e vendas realizadas, chegou a 2,127 bilhões de euros em 31 de dezembro de 2004.

Em relação aos recursos próprios, e no âmbito da aquisição do Abbey, o Banco Santander procedeu no mês de novembro a um aumento de capital de 1.485 893.636 ações a um câmbio de 8,44 euros. Essa ope-ração resultou no aumento dos fundos próprios no valor de 12,541 bilhões de euros (743 milhões em capital e 11,798 bilhões em reservas).

Após integrar o Abbey nas demonstrações financeiras do Grupo, os recursos próprios computáveis do Grupo, aplicando critérios do Banco Internacional de Pagamentos de Basiléia (BIS), chegaram a 44,360 bil-hões de euros, ultrapassando em 17,084 bilbil-hões o mínimo exigido. O quociente BIS é de 13,0% e o Tier I, de 7,2%.

A venda de 2,57% do The Royal Bank of Scotland, realizada no mês de janeiro, teve um impacto positi¬vo de 0,20 pontos porcentuais no Tier I, e de 0,23 pontos porcentuais no quociente BIS.

2003 7,2 8,3 8,0 13,0 12,4 12,6

Tier I Quociente BIS

2002 2004

Fundo de comércio de consolidação

Milhões de euros

Rácios de solvência

(20)

Variação

2004 2003 Absoluta (%) 2002

Capital subscrito 3.127,1 2.384,2 742,9 31,16 2.384,2

Prémios de emissão 20.370,1 8.720,7 11.649,4 133,58 8.979,7

Reservas (inclui reservas líquidas

em sociedades consolidadas) 7.366,3 6.102,5 1.263,8 20,71 5.373,5

Recursos próprios em balancete 30.863,5 17.207,4 13.656,1 79,36 16.737,4

Lucro atribuído 3.135,6 2.610,8 524,7 20,10 2.247,2

Acções próprias em carteira (104,2) (10,2) (94,0) 925,90 (14,7)

Dividendo em conta distribuído (791,6) (739,1) (52,5) 7,10 (727,8)

Património líquido no final do período 33.103,4 19.069,0 14.034,4 73,60 18.242,1 Dividendo ativo em conta distribuído (519,1) (369,6) (149,6) 40,47 (358,2) Dividendo em conta não-distribuído (526,6) (335,7) (190,9) 56,85 (289,6) Patrimônio líquido após

a aplicação do resultado 32.057,6 18.363,7 13.693,9 74,57 17.594,2

Ações preferenciais 7.393,4 4.484,9 2.908,6 64,85 5.436,8

Interesses minoritários 1.678,0 1.575,8 102,2 6,49 1.138,4

Património líquido e interesses de minoritários 41.129,1 24.424,4 16.704,7 68,39 24.169,4

Recursos próprios básicos 24.418,6 16.951,2 7.467,4 44,05 14.834,2

Recursos próprios complementares 19.941,3 8.570,2 11.371,1 132,68 8.583,2 Recursos próprios computáveis quociente BIS 44.359,9 25.521,4 18.838,5 73,81 23.417,4 Ativos ponderados por risco (norma BIS) 340.946,4 205.253,4 135.693,0 66,11 185.290,0

Quociente BIS total 13,01 12,43 0,58 12,64

Tier I 7,16 8,26 (1,10) 8,01

Excedente de fundos sobre quociente BIS 17.084,2 9.101,1 7.983,1 87,72 8.594,2 Recursos próprios e quocientes de solvência

(21)

Relatório por áreas de negócio

No exercício de 2004, o Grupo Santander manteve os critérios gerais de apresentação aplicados em 2003. Paralelamente, e para facilitar a comparação com trimestres anteriores, foram mantidas as áreas de negócio prévias, não incluindo o Abbey em nen-huma delas.

A elaboração dos resultados e balancetes de cada uma das áreas de negócio é realizada a partir da agregação das unidades operacionais básicas que existem no seio do Grupo. A informação de partida corresponde tanto aos dados contábeis das unida-des jurídicas que são integrados em cada área como a disponível dos sistemas de informação de geren-ciamento. Em todos os casos, as demonstrações financeiras estão adaptadas à legislação espanhola, recolhendo, assim, os ajustamentos de homogenei-zação e/ou consolidação aplicáveis.

A atribuição de capital é realizada para que todos os negócios disponham de um capital equivalente ao mínimo regulamentar necessário por ativos de risco, com duas exceções: a Banca Corporativa Europa e a Banca Comercial América, nas quais a experiência his-tórica demonstrou que o risco econômico nos negó-cios anteriormente assinalados apresenta desvios posi-tivos no primeiro e negaposi-tivos no segundo, que acon-selham a ponderar em baixa (50%) o capital atribuído na Banca Corporativa Europa e em alta (50%) nos países latino-americanos.

Os custos institucionais do Grupo são distribuídos entre os negócios operacionais. Os demais custos imputados por serviços de apoio e controle continuaram sendo distribuídos de acordo com os critérios habituais. Em relação aos valores de 2003, foi feito um ajuste, com impacto incorpóreo, em conseqüência da mudança de dependência de alguns equipamentos, o que afetou o Santander Consumer. A definição e o conteúdo das áreas de negócio são as seguintes: • Banca Comercial Europa: contém as atividades

bancárias desenvolvidas pelas diversas redes e uni-dades comerciais especializadas na Europa, funda-mentalmente com clientes particulares, pequenas e médias empresas, assim como instituições públicas e privadas. É constituído por quatro unidades: Banca Comercial Santander Central Hispano, Banesto, Portugal e Santander Consumer.

• Banesto (dados incluídos na Banca Comercial Europa): abrange o aporte do Banesto para o Grupo após a aplicação dos critérios descritos nesta página, pelos quais os dados não são coincidentes com os publicados pelo Banesto.

• Banca Comercial América: abrange as atividades bancárias que o Grupo desenvolve por meio de seus bancos, filiais e subsidiárias financeiras nos países latino-americanos. Consequentemente, não se incluem, salvo no caso de haver acordos de par-tilha, as correspondentes à banca de investimento nem ao gerenciamento de ativos canalizados por intermédio de unidades de negócio especializadas. Segundo os princípios já assinalados, todos os requisi-tos aplicáveis pela legislação espanhola são incluídos em cada país. A amortização do fundo de comércio, por seu caráter estranho ao gerenciamento do negó-cio, e as reestruturações por risco-país são contabili-zadas em Gerenciamento Financeiro e Participações. • Gerenciamento de Ativos e Banca Privada: inclui,

por parte do gerenciamento de ativos, os fundos de investimento e aposentadorias e o negócio da ban-cassurance. No que concerne à banca privada, é reali-zada com clientes por via de unidades especialireali-zadas na Espanha e no exterior. Em ambos os casos, foram mantidos os acordos de partilha existentes com as redes do Grupo em todo o mundo como remunera-ção da distribuiremunera-ção e atendimento a seus clientes. • Banca para Grandes Clientes Global: são

abrangi-das as atividades da Banca Corporativa do

Santander Central Hispano, na Espanha, do restante da Europa e Nova Iorque, das tesourarias de Madri e Nova Iorque, assim como dos negócios de banca de investimento em todo o mundo.

• Gerenciamento Financeiro e Participações: incor-pora os negócios de gerenciamento centralizado relativos a participações industriais e financeiras (de caráter estratégico ou temporário), o gerenciamento financeiro da posição estrutural de câmbio, a cartei-ra ALCO e o gerenciamento da liquidez e recursos próprios globais por meio de emissões e titularizaçõ-es. Como holding do Grupo, administra a totalidade do capital e reservas, as atribuições de capital e a liquidez com os demais negócios. Como reestrutura-ções inclui o risco-país e a aceleração da amortiza-ção de fundos de comércio. Conforme citado, não abrange os gastos dos serviços centrais do Grupo. Também são incluídos, sempre de forma temporária, os negócios em processo de liquidação ou encerramento, para não distorcer os demais negócios.

Excepcionalmente, o lançamento de algum negócio de caráter estratégico poderá ser abrangido nesta categoria. Além destas áreas, é mantido o critério de apresentar os resultados totais de Portugal, América e seus principais países mediante uma visão horizontal dos negócios, incluindo a Banca Comercial, Gerenciamento de Ativos e Banca Privada e Banca de Grandes Clientes Global.

(22)

Margem de exploração Lucro líquido consolidado (cash-basis) Eficiência (%) Var. s/ 2003 Var. s/ 2003

2004 Absoluta (%) 2004 Absoluta (%) 2004 2003

Banca Comercial Europa 3.918,7 589,2 17,70 2.120,3 358,7 20,36 42,46 45,75 Santander Central Hispano 1.859,6 202,1 12,19 1.041,4 114,9 12,40 43,02 45,44

Banesto 815,9 123,3 17,81 470,1 90,2 23,74 45,59 48,46

Santander Consumer 806,8 220,2 37,54 359,0 111,2 44,89 35,50 39,89

Portugal 436,4 56,3 14,81 249,9 36,7 17,22 44,35 48,42

Banca Comercial América 1.741,2 87,7 5,30 1.038,6 (25,8) (2,43) 55,26 54,86 Gerenciamiento de Ativos e Banca Privada 479,1 62,4 14,99 351,1 31,5 9,87 42,33 43,99 Banca para Grandes Clientes Global 412,7 29,5 7,69 331,1 105,6 46,80 46,03 47,54 Gerenciamento Financeiro e Participações (6,5) 55,7 (89,48) (240,5) (2,6) 1,08 — —

Total 6.545,2 824,5 14,41 3.600,7 467,4 14,92 47,44 49,34

ROE (cash-basis) (%) Crédito mal parado (%) Cobertura (%)

2004 2003 2004 2003 2004 2003

Banca Comercial Europa 19,50 19,51 1,06 1,09 235,33 209,82

Santander Central Hispano 20,78 22,40 0,55 0,73 399,41 262,87

Banesto 16,79 15,57 0,55 0,66 391,76 339,32

Santander Consumer 22,02 21,19 2,22 2,12 153,48 149,70

Portugal 17,42 16,88 3,14 2,30 111,35 125,44

Banca Comercial América 26,87 29,03 2,58 3,90 163,53 125,06

Gerenciamento de Ativos e Banca Privada 63,67 59,38 0,71 0,19 217,09 758,38 Banca para Grandes Clientes Global 20,87 13,32 0,39 0,70 430,15 308,38

Total (sem Abbey) 18,35 17,37 1,27 1,55 207,96 165,19

Funcionários Escritórios

2004 2003 2004 2003

Banca Comercial Europa 40.703 41.643 5.180 5.090

Santander Central Hispano 19.371 20.747 2.571 2.548

Banesto 9.801 9.954 1.683 1.689

Santander Consumer 5.234 3.991 256 183

Portugal 6.297 6.900 670 670

Banca Comercial América 52.107 52.229 3.874 3.894

Gerenciamento de Ativos e Banca Privada 6.735 6.606 171 189

Banca para Grandes Clientes Global 2.223 2.288 18 26

Gerenciamento Financeiro e Participações 359 271 — —

Total (sem Abbey) 102.127 103.038 9.243 9.199

Abbey 24.361 730

Total 126.488 9.973

Relatório por áreas de negócio

Milhões de euros

Lucro líquido atribuído de 2004 por áreas de negócio operacionais (excluindo o Abbey)

Banca Comercial Europa 55% Banca Comercial América 27% Banca para Grandes Clientes Global 9% Gerenciamento de Ativos e Banca Privada 9%

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Variação 2004 2003 Absoluta (%) Resultados Margem de intermediação 4.952,0 4.633,1 318,9 6,88 Comissões líquidas 2.347,0 2.115,4 231,6 10,95 Margem básica 7.298,9 6.748,4 550,5 8,16

Resultados por operações financeiras 276,7 175,7 101,0 57,50

Margem ordinária 7.575,6 6.924,1 651,5 9,41

Gastos gerais de administração (3.216,9) (3.168,0) (48,9) 1,54

a) Exploração (2.754,5) (2.732,3) (22,2) 0,81

De pessoal (1.996,1) (1.992,1) (4,0) 0,20 Outros gastos administrativas (758,3) (740,1) (18,2) 2,46

b) Indiretas (462,4) (435,7) (26,6) 6,12

Amortização do imobilizado (366,1) (365,7) (0,5) 0,12

Outros resultados de exploração (74,0) (61,0) (13,0) 21,34

Margem de exploração 3.918,7 3.329,5 589,2 17,70

Res. líquidos equiparados 113,1 87,9 25,2 28,67

Provisões líquidas para insolvências (1.040,0) (895,0) (145,0) 16,20

Outros resultados 67,5 57,3 10,2 17,72

Lucro antes de impostos 3.059,2 2.579,7 479,5 18,59

Lucro líquido consolidado 2.225,4 1.862,7 362,8 19,48

Lucro líquido atribuído ao Grupo 2.120,3 1.761,6 358,7 20,36

Balancete

Créditos sobre clientes (líquido) 144.273,9 125.137,2 19.136,7 15,29

Dívidas do Estado 4.315,7 4.009,4 306,3 7,64

Instituições de crédito 29.858,2 31.512,5 (1.654,3) (5,25)

Carteira de valores 13.664,0 9.636,3 4.027,7 41,80

Imobilizações 3.037,1 2.979,6 57,5 1,93

Outras contas do ativo 7.979,3 7.466,7 512,5 6,86

Total ativo / passivo 203.128,2 180.741,7 22.386,4 12,39

Débitos a clientes 98.011,7 93.282,1 4.729,6 5,07

Valores negociáveis 20.398,1 13.035,9 7.362,2 56,48

Passivos subordinados 1.662,0 1.211,5 450,5 37,19

Instituições de crédito 42.624,1 39.501,3 3.122,8 7,91

Outras contas do passivo 28.387,8 23.874,2 4.513,6 18,91

Capital atribuído 12.044,6 9.836,9 2.207,7 22,44

Recursos fora do balancete 68.863,6 61.716,8 7.146,7 11,58

Fundos de investimento 58.788,6 53.066,9 5.721,6 10,78

Plano de aposentadorias 7.540,4 6.842,4 697,9 10,20

Patrimónios administrados 2.534,6 1.807,5 727,2 40,23

Recursos gerenciados de clientes 188.935,3 169.246,3 19.689,0 11,63

Total de recursos gerenciados 271.991,7 242.458,6 29.533,2 12,18

Quocientes (%) e Meios operacionais

ROE 19,50 19,51 (0,01)

Eficiência 42,46 45,75 (3,29)

Recorrência 72,96 66,77 6,19

Taxa de morosidade 1,06 1,09 (0,03)

Cobertura 235,33 209,82 25,51

Número de funcionários (diretos + imputados) 40.703 41.643 (940) (2,26)

Número de sucursais 5.180 5.090 90 1,77

Banca Comercial Europa

(24)

Banca Comercial Europa

A Banca Comercial Europa apresentou uma excelente evolução dos resultados no exercício de 2004, como reflete o aumento de 20,4% no lucro líquido atribuído. Este crescimento é sustentado no avanço de 17,7% na margem de exploração, aumento que resume a obten-ção de rendas sensivelmente superiores às de 2003, com custos quase invariáveis.

Esta evolução resulta também do aumento da ativida-de, principalmente nos créditos que, excluindo as titu-larizações, crescem 19%, e dos melhoramentos de eficiência (3,3 pontos porcentuais) e produtividade (o negócio por funcionário aumenta 18% e o lucro por funcionário, 23%).

Para facilitar a comparação interanual, em todos os dados incluídos na Banca Comercial Europa não consta o Abbey, conforme referido nas definições da página 93.

Em uma análise mais detalhada dos resultados, a mar-gem de intermediação totalizou 4,952 bilhões de euros, 6,9% acima do contabilizado em 2003, devido ao efeito líquido entre o aumento em volumes e o estreitamento de margens provocado pela redução das taxas de juro em certos países entre ambos os exercícios.

A tendência está sendo favorável. Assim, três das qua-tro unidades incluídas apresentam no último trimestre o maior valor do exercício. Além disso, excluindo o efeito estacionário dos dividendos, a margem de inter-mediação da Rede Comercial Santander Central Hispano e Santander Consumer aumentou pelo tercei-ro trimestre consecutivo, enquanto que a do Banesto cresceu pelo sétimo trimestre consecutivo.

As comissões líquidas, 2.347,0 milhões de euros, aumentaram 10,9% face ao ano anterior. Todas as sub-áreas aumentaram o valor, destacando-se a Banca Comercial Santander Central Hispano (+13,0%), Santander Consumer (+12,6%) e Portugal (+12,1 %). Os maiores resultados por operações financeiras refle-tem a maior distribuição de produtos a clientes. Nesta linha, realça-se o importante aumento da Banca Comercial Santander Central Hispano, que cresceu 189% no ano, atingindo 146,7 milhões de euros. Este aumento é baseado na demanda que este tipo de pro-dutos (como consolidação de mais-valias de fundos e coberturas de taxas de juro e câmbio) têm entre os clientes. A distribuição de produtos de tesouraria a clientes conta com um elevado potencial de

crescimen-to que se está desenvolvendo por meio de projecrescimen-tos como o Santander Global Connect. Também o Banesto aumentou acentuadamente os resultados por distribui-ção de produtos de tesouraria a clientes.

Estes aumentos de rendas permitem que a margem ordinária cresça 9,4%, o que, somado a custos que continuam quase sem variação e com um bom com-portamento em todas as unidades, traduz-se na referi-da melhoria de 3,3 pontos porcentuais na eficiência (de 45,8% de 2003 aos atuais 42,5%).

A Banca Comercial Europa é um claro exemplo da filosofia do negócio do Grupo: aumentar as rendas com um controle rígido dos custos. O resultado é muito bom nesta unidade de negócio, na qual cada uma de suas unidades cresceu mais de 12% em ter-mos de margem de exploração. No conjunto da área, a margem de exploração chega a 3,918 bilhões de euros, com um aumento de 17,7% sobre o valor obti-do em 2003.

As dotações líquidas para insolvências aumentaram 16,2% devido a maiores dotações por provisões esta-tísticas e genéricas, face ao maior volume de investi-mento, uma vez que a específica diminuiu devido à excelente qualidade dos riscos.

O lucro líquido atribuído do Grupo ascendeu a 2,120 bilhões de euros, 20,4% a mais do que em 2003. O ROE não variou, mantendo-se nos 19,5%.

A evolução por trimestres do conjunto da área foi muito favorável. Assim, no último, ultrapassou pela pri-meira vez o um bilhão de euros de margem de explora-ção, oferecendo também as maiores margens de inter-mediação, básica e ordinária, do exercício.

No que concerne à atividade, destaca-se o crescimen-to, no ano, de 15% nos créditos (+19% sem titulariza-ções) e de 12% em recursos de clientes gerenciados. No total do investimento, tanto o Banesto de Varejo como a Rede Santander Central Hispano oferecem aumentos interanuais de 31% e 19%, respectiva-mente (ambos sem o efeito de titularizações). As hipotecas e o saldo com empresas aumentam mais de 23% em ambos os casos. O Santander Consumer aumentou 30% e Portugal diminuiu devido às titula-rizações (+4%, excluindo seu efeito). É realizado um esforço de captação tanto em fundos de investimen-to e planos de aposentadoria (+11% e +10%, respe-tivamente), como nos depósitos que já oferecem uma taxa de crescimento de 5%.

(25)

Variação 2004 2003 Absoluta (%) Resultados Margem de intermediação 2.005,5 2.064,8 (59,4) (2,88) Comissões líquidas 1.487,2 1.316,0 171,1 13,00 Margem básica 3.492,6 3.380,9 111,7 3,30

Resultados por operações financeiras 146,7 50,8 95,9 188,80

Margem ordinária 3.639,3 3.431,7 207,6 6,05

Gastos gerais de administração (1.565,5) (1.559,2) (6,3) 0,40

a) Exploração (1.164,9) (1.186,3) 21,3 (1,80)

De pessoal (975,2) (987,0) 11,8 (1,19)

Outros gastos administrativos (189,7) (199,3) 9,6 (4,80)

b) Indiretas (400,6) (373,0) (27,6) 7,41

Amortização do imobilizado (174,3) (178,1) 3,8 (2,14)

Outros resultados de exploração (39,9) (36,9) (3,1) 8,30

Margem de exploração 1.859,6 1.657,5 202,1 12,19

Res. líquidos equiparados — — — —

Provisões líquidas para insolvências (425,7) (371,7) (54,0) 14,52

Outros resultados 14,1 3,6 10,5 288,89

Lucro antes de impostos 1.448,0 1.289,4 158,6 12,30

Lucro líquido consolidado 1.041,4 927,7 113,6 12,25

Lucro líquido atribuído ao Grupo 1.041,4 926,5 114,9 12,40

Balancete

Créditos sobre clientes (líquido) 66.837,3 60.012,4 6.824,9 11,37

Dívidas do Estado — — — —

Instituições de crédito 91,7 21,5 70,2 326,52

Carteira de valores 1,0 1,1 (0,1) (13,02)

Imobilizações 1.599,4 1.612,2 (12,8) (0,79)

Outras contas do ativo 784,8 866,8 (82,0) (9,46)

Total ativo / passivo 69.314,1 62.513,9 6.800,2 10,88

Débitos a clientes 42.652,9 42.426,9 226,0 0,53

Valores negociáveis 2.248,6 387,5 1.861,1 480,34

Passivos subordinados — — — —

Instituições de crédito 14,5 332,6 (318,1) (95,63)

Outras contas do passivo 18.844,3 14.724,4 4.119,9 27,98

Capital atribuído 5.553,8 4.642,5 911,3 19,63

Recursos fora do balancete 47.384,8 42.654,8 4.730,0 11,09

Fundos de investimento 42.141,5 37.888,7 4.252,8 11,22

Plano de aposentadorias 5.243,3 4.766,2 477,1 10,01

Patrimónios administrados — — — —

Recursos gerenciados de clientes 92.286,3 85.469,2 6.817,0 7,98

Total de recursos gerenciados 116.698,9 105.168,8 11.530,1 10,96

Quocientes (%) e Meios operacionais

ROE 20,78 22,40 (1,62)

Eficiência 43,02 45,44 (2,42)

Recorrência 94,99 84,40 10,59

Taxa de morosidade 0,55 0,73 (0,18)

Cobertura 399,41 262,87 136,54

Número de funcionários (diretos + imputados) 19.371 20.747 (1.376) (6,63)

Número de sucursais 2.571 2.548 23 0,90

Banca Comercial Santander Central Hispano

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