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Diferenças de gênero na percepção de riscos relacionados ao calçado feminino de

salto alto e bico fino

Gender differences in risk perception related to high heels footwear

Júlio Carlos de Souza van der Linden Doutor em Engenharia

Centro Universitário Feevale juliovanderlinden@terra.com.br Lia Buarque de Macedo Guimarães

PhD Industrial Engineering

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção UFRGS lia@producao.ufrgs.br

Percepção de risco, calçado feminino, diferenças de gênero

Este artigo apresenta um estudo realizado para compreender diferenças de gênero na percepção de riscos

relacionados ao calçado feminino de salto alto e bico fino. Foi realizado, sob enfoque quantitativo, com estudantes universitários (n=492). Os resultados indicaram que as mulheres apresentam maior sensibilidade aos riscos no uso, mas o calçado é importante para a sua aparência.

Risk perception, female footwear, gender differences

This paper presents an empirical research that aims to understand gender differences in risk perception related to high heels footwear. It was carried out under quantitative approach and involved undergraduate students (n=492). Results indicate that women are more risk sensitive but consider that footwear is important to their personal appearance.

1. Introdução

Nas atividades cotidianas, fora das restrições impostas por normas e leis, observa-se a tendência das pessoas se tornarem indulgentes com relação a situações de risco que lhes proporcionam conforto e prazer (SJÖBERG, 2003). Nesse contexto, o uso de calçados femininos de saltos altos e bicos finos consagrou-se ao longo das últimas décadas como um elemento associado a rituais de sedução em busca de ganhos sociais ou profissionais (DANESI, 1999, SMITH e HELMS, 1999, PHELAN, 2002).

Esse tipo de calçado vem sendo criticado a mais de um século pelos efeitos que pode causar à saúde de suas usuárias, provocando lesões, deformações e doenças (MONTEIRO, 1999; FREY, 2000, PHELAN, 2002) além de estar associado a riscos ocupacionais (NAGATA, 1991; AGHAZADEH e LU, 1994; LEE et al.,2001; GEFEN et al., 2002; KARAHAN e BAYRAKTAR, 2003). Contudo, por se tratar de um elemento componente da boa aparência da mulher, mesmo no trabalho, o seu uso passa a

ser cobrado, ou desejado, mesmo que de forma não ostensiva.

Com o intuito de contribuir para a compreensão dos fatores envolvido no uso desse tipo de calçado, este artigo apresenta uma análise das diferenças na percepção entre homens e mulheres.

2. Referencial teórico

2.1 Uso do calçado feminino de salto alto e bico fino

A vinculação do salto alto com rituais de sedução, vem sendo construída ao longo do tempo e está fortemente estabelecida nas sociedades contemporâneas (DANESI, 1999). A evolução dos saltos altos como elementos característicos do calçado feminino se deu fortemente ligada a elementos e práticas

fetichistas. A sua associação com a sensualidade está fortemente relacionada com as alterações que o seu uso produz no corpo da mulher. De acordo com o aumento da altura do salto, o movimento dos quadris é alterado, as nádegas o busto tornam-se mais evidentes, além de gerar

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um efeito de alongamento das pernas. Para as mulheres, os efeitos das transformações no corpo produzidas pelos saltos altos resultam em emoções contraditórias de perceber-se indefesa e onipotente. A excitação provocada pelo seu uso é física e psicológica (STEELE, 1995). Os principais fatores de risco no uso de calçados femininos estão relacionados com tendências de moda, o que torna o problema diverso do que ocorre com o calçado masculino. A evolução do calçado moderno levou à existência de diversos tipos, alguns utilizados por mulheres. Entre esses, destacam-se modelos que apresentam potencial de risco devido a características físicas, particularmente relacionadas à altura de salto, área da base do salto e tipo de bico. Inúmeros estudos têm alertado para os efeitos do uso de saltos altos (AGHAZADEH e LU, 1994; LEE et al, 2001; GEFEN et al., 2002; KARAHAN e BAYARATAR, 2003). Nagata (1991) abordou o risco do uso de calçados de saltos altos ao subir e descer escadas.

2.2 Percepção de risco

As experiências passadas exercem forte influência sobre a percepção do risco, particularmente na realização de atividades cotidianas, definindo o conceito pessoal de risco (SANDERS e McCORMICK, 1993;

JASANOFF 1998; NOYES, 2001; MORAES, 2002). Wickens et al (1997) definem percepção de risco como “o processo de determinação da probabilidade e da severidade do prejuízo para si mesmo e pode ser fortemente determinada pela disponibilidade de risco na memória”. A percepção de risco é determinada pela capacidade que as pessoas têm de imaginar situações de perigo. Com base nas suas

experiências, as pessoas constroem expectativas e avaliam antecipadamente os custos de

acidentes e incidentes, que de um modo geral são subestimados quando se trata de situações familiares (NOYES, 2001).

Particularmente quando a questão do risco está associada a estilo de vida, a mudança do comportamento depende da percepção do risco pessoal (SJÖBERG, 2003). Nesse caso, a percepção de risco está associada não apenas a

fatores culturais, como a tendências pessoais em busca de conforto e prazer.

A percepção de risco pode ser avaliada por meio de pesquisas quantitativas do tipo survey, com o uso de escalas de julgamento para avaliação da percepção de risco, partindo de 0 (sem risco) a um valor máximo, que pode ser definido como “um risco extremamente grande” (SJÖBERG, 2000).

Com base na Teoria de Detecção de Sinais (WICKENS, 1992) e no conceito de zonas de risco proposto por Rasmussen (1997),

Abdelhamid et al (2003) propuseram um método para avaliar a percepção de riscos de trabalhadores da construção civil que considera que o reconhecimento do perigo é depende do contexto e é sujeito ao julgamento individual, ou seja, uma pessoa pode reconhecer o perigo onde outra percebe uma condição segura. Considera que a tendência de uma pessoa reconhecer situações de perigo depende de sua orientação ao risco, além de que a sensibilidade das pessoas em relação a condições inseguras é diferente. Com essas premissas, esse método mede a sensibilidade e a orientação do indivíduo em relação ao risco a partir da avaliação de suas respostas a um conjunto de afirmativas que descrevem situações reais de trabalho. As respostas foram dadas em um formulário com três alternativas: “a condição é segura”, “a condição insegura” e “eu não sei”.

3. Procedimento metodológico

De acordo com o recomendado por Sjöberg (2000), este estudo foi realizado sob o enfoque quantitativo. Para tanto, foi desenvolvido um instrumento de coleta de dados, sob a forma de questionário. O questionário foi aplicado a grupos iniciantes e veteranos de estudantes de nove diferentes cursos de graduação, em duas instituições de ensino superior. Foi adotado o critério de amostragem por conveniência, devido a restrições da aplicação do questionário a grupos de estudantes em sala de aula. A amostra foi constituída por 492 estudantes, sendo 237 mulheres e 255 homens.

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3.1 Estrutura do Questionário

O questionário contemplou questões referentes à definição de conforto e uso do calçado feminino que não estão sendo tratadas neste artigo. Aqui são apresentadas as análises referentes a três questões que avaliaram a percepção sobre elementos do calçado feminino, a percepção sobre descritores do calçado feminino e a percepção de risco no uso do calçado feminino de salto alto e bico fino.

A questão referente aos elementos do calçado feminino teve o objetivo de investigar os seus efeitos na percepção de conforto. Os elementos apresentados foram os seguintes: “bico fino”, “bico quadrado” e bico redondo”; “sem salto, “salto baixo”, “salto médio” e “salto alto”; “salto fino” e “salto largo”; “salto baixo e fino”, “salto baixo e largo”, “salto alto e fino” e “salto alto e largo”. Foi utilizada uma escala visual analógica, com as âncoras “diminui o conforto”, “indiferente” e “aumenta o conforto” (com valores variando de 0 a 15).

A questão que avaliou os descritores para o calçado feminino de salto alto e bico fino foi baseada em um estudo anterior. Os descritores foram selecionados obedecendo a critérios de freqüência e repetição, gerando a seguinte lista: “é confortável”, “é bonito”, “é elegante”, “é prejudicial”, ‘é ruim para caminhar”, “é instável”, “é sensual”, “é feminino”, “provoca dor”, “é atraente”, “é apertado”, “é incômodo”, “é perigoso”, “é prático” e “é charmoso”. A avaliação da intensidade de relação entre os descritores e o calçado feminino de salto alto e bico fino foi realizada com uso de escala visual analógica, com as seguintes âncoras: “pouco”, “indiferente” e “muito”. Essa escala também apresenta valores entre 0 e 15.

A questão que avaliou a percepção de risco no uso do calçado feminino de salto alto e bico fino adotou um formato adaptado do método

proposto por Abdelhamid et al. (2003). Para tanto, foram listadas expressões que

caracterizam diferentes tipos de riscos no uso de calçados femininos, conforme a literatura.

Assim, esta questão solicitou a avaliação das seguintes expressões:

• Caminhar com sapatos de saltos altos (acima de 4 cm)

• Caminhar com sapatos de saltos muito finos

• Caminhar em pisos úmidos utilizando sapatos de saltos altos

• Caminhar com pressa utilizando sapatos de saltos altos

• Usar sapato com bico fino freqüentemente

• Usar sapato com saltos altos freqüentemente

• Descer escadas utilizando sapatos de saltos altos

• Subir escadas utilizando sapatos de saltos altos

• Descer escadas utilizando sapatos de saltos muito finos

• Subir escadas utilizando sapatos de saltos muito finos

• Carregar objetos utilizando sapatos de saltos altos

• Levantar pesos utilizando sapatos de saltos altos

Considerando o referencial teórico quanto a acidentes, as expressões “Usar sapato com bico fino freqüentemente”, “Subir escadas utilizando sapatos de saltos altos” e “Subir escadas

utilizando sapatos de saltos muito finos” foram consideradas seguras. As demais foram

consideradas referentes a condições inseguras. 4. Resultados e discussão

Para cada questão foi avaliada a consistência interna, por meio do cálculo do Alfa de

Crombach, que apresentou valores superiores ao mínimo aceito (> 0,55). Como os resultados não apresentaram distribuição normal, foram

utilizados testes não-paramétricos (testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney,). Foi ainda utilizada a Análise de Aglomerados, para verificar a estrutura subjacente às respostas para os descritores.

4.1 Análise da percepção quanto aos elementos do calçado feminino

As respostas relativas aos grupos de mulheres e homens foram analisadas por meio do Teste de

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Mann-Whitney. Encontrou-se que para quatro variáveis não existem diferenças entre gêneros. Tanto as mulheres como os homens consideram que “bico fino” (p= 0,897) e “salto alto e fino” (p= 0,420) diminuem o conforto, e que “bico redondo” (p= 0,080) e “sem salto” (p= 0,912) aumentam o conforto. A Tabela 1 apresenta os elementos para os quais foi encontrada

diferença significativa entre as percepções de homens e mulheres. Mulheres Homens N Média DP N Média DP bico quadrado 236 10,45* 3,55 252 8,86* 3,89 salto baixo 236 11,38* 3,61 247 9,09* 4,02 salto médio 235 9,28* 3,67 247 5,88* 3,37 salto alto 236 3,90* 3,75 247 2,69* 2,91 salto fino 236 2,84* 3,35 242 3,36* 3,39 salto largo 236 10,69* 3,79 242 6,77* 4,32

salto baixo e fino 234 6,66* 4,43 242 5,20* 3,59 salto baixo e largo 235 11,07* 3,83 243 8,69* 4,35 salto alto e largo 236 8,15* 3,97 241 5,02* 3,39

Tabela 1 Elementos do calçado feminino que apresentam diferenças significativas na percepção de mulheres e de homens(médias e desvios-padrão)(em negrito:maior efeito no conforto) (* indica diferença significativa)

Apenas no caso de um elemento, o “salto fino” (p= 0,203), os homens atribuíram maior efeito no conforto que o percebido pelas mulheres. Por outro lado, observou-se que as mulheres

consideram que os demais elementos têm maior efeito no conforto que o percebido pelos

homens: “bico quadrado” (p= 0,000), “salto baixo” (p= 0,000), “salto médio” (p= 0,000), “salto alto” (p= 0,000), “salto largo” (p= 0,000), “salto baixo e fino” (p= 0,001), “salto baixo e largo” (p= 0,000), “salto alto e largo” (p= 0,000).

Cabe ressaltar que embora existam diferenças na percepção de mulheres e de homens, quanto aos efeitos do “salto alto” e do “salto fino”, esses encontram-se na faixa inferior da escala de avaliação de conforto. Ou seja, tanto as

mulheres como os homens percebem esses elementos como pouco confortáveis.

4.2 Análise da percepção dos descritores do calçado feminino

Com base nos resultados do Teste de Mann-Whitney, foi encontrado que os descritores que o calçado feminino “é bonito” (p= 0,000), ”é elegante” (p= 0,000), “é sensual” (p=0,015), “é atraente” (p= 0,043), e “é charmoso” (p= 0,000) apresentam médias superiores para as mulheres. O descritor “é perigoso” (p= 0,005) apresentou média superior para os homens. Para os demais descritores não foram encontradas diferenças significativas entre mulheres e homens. A Análise de Aglomerados foi procedida por meio da Técnica Hierárquica, utilizando o método de Ward. O resultado, considerando o referencial teórico e os objetivos deste estudo, levou a três agrupamentos, que reuniram os descritores nos seguintes construtos: Boa Aparência (“é sensual”, “é atraente”, “é charmoso”, “é feminino”, “é bonito” e “é elegante”), Riscos (“é apertado”, “é incômodo”, “provoca dor”, “é perigoso”, “é ruim para caminhar”, “é instável” e “é prejudicial”) e Conforto (“é confortável” e “é prático”). Com o intuito de investigar diferenças nas percepções com relação aos três construtos entre gêneros, cujas médias e desvios-padrão são apresentados na Tabele 1, foi procedido do Teste de Mann-Whitney. Os resultados indicaram a existência de diferenças

significativas para o construto Boa Aparência (p= 0,000), o que não ocorreu para os construtos Riscos (p= 0,325) e Conforto (p= 0,520).

Construto Mulheres Homens

n média dp n média dp

Boa Aparência 234 12,17* 2,88 244 11,26* 3,04

Riscos 234 9,97 3,68 245 10,37 3,35

Conforto 234 3,22 3,23 245 3,30 3,04

Tabela 2 Médias e desvios-padrão para os construtos Boa Aparência, Riscos e Conforto, por gênero (* indica diferença significativa)

4.3 Análise da percepção de risco no uso de calçado feminino de salto alto e bico fino Para essa questão, as respostas foram

classificadas em quatro categorias: acerto, erro, falso alarme e rejeição correta (conforme Abdelhamid et al.,2003). Com base nessas categorias de resposta, foram gerados dois indicadores: Sensibilidade ao Risco e Estratégia

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Diante do Risco. A sensibilidade ao risco (Srisco) foi estabelecida por meio da razão entre o somatório de acertos e rejeições corretas e o total de situações apresentadas (seguras e inseguras). O valor de Srisco varia entre 0 e 1, sendo 0 quando todas as situações inseguras são reconhecidas como seguras e as situações seguras são reconhecidas como inseguras, e 1 quando todas as situações inseguras e seguras são reconhecidas corretamente. A Estratégia Diante do Risco (Erisco) foi calculada por meio da razão entre o somatório de acertos e falsos alarmes e o total de situações seguras. Para o conjunto de situações seguras e inseguras utilizadas neste instrumento, o valor de Erisco varia entre 0 e 1,33, sendo 1 quando todas as situações inseguras e seguras são reconhecidas corretamente. Valores acima de 1 indicam a tendência a ter uma estratégia conservadora, ao reconhecer como inseguras as situações seguras. Valores abaixo de 1, por seu lado, indicam a tendência a uma estratégia diante do risco, ao reconhecer como seguras as situações inseguras. A Tabela 1 apresenta as médias e

desvios-padrão para as mulheres e para os homens. Os resultados do Teste de Mann-Whitney

demonstram que a sensibilidade dos homens em relação ao risco do uso do calçado feminino de salto alto e bico fino é inferior à das mulheres (p= 0,000). Para a Estratégia Diante do Risco não há diferença significativa (p= 0,578).

Mulheres Homens N Média DP N Média DP Sensibilidade ao risco (Srisco) 237 0,64* 0,13 247 0,46* 0,29 Estratégia diante do risco (Erisco) 237 0,93 0,35 247 0,95 0,34 Tabela 3 Sensibilidade ao risco e Estratégia diante do risco, por gênero (* indica diferença significativa)

4.3 Análise geral

A comparação entre as percepções de mulheres e de homens é apresentada de forma resumida na Tabela 2. Observa-se que embora não tenha ocorrido diferença significativa quanto à

percepção do risco quando este foi avaliado por meio dos construtos gerados a partir dos

descritores (construto Riscos), a Sensibilidade ao Risco foi significativamente maior para o grupo de mulheres. De forma similar, para o conforto avaliado por meio do construto

Conforto, tanto as mulheres como os homens o consideram baixo, mas para a avaliação do conforto dos elementos do calçado feminino os resultados demonstram que os homens tendem a considerá-los como menos confortáveis do que acham as mulheres. Quanto à aparência

(construto Boa Aparência), embora a diferença prática seja pequena, os resultados indicaram que os homens não atribuem um peso tão alto quanto o atribuído pelas mulheres.

mulheres homens Efeito dos elementos do calçado

feminino para o conforto no uso

Salto alto 3,90 2,69

Salto fino 2,84 3,36

Construtos a partir dos descritores do calçado feminino

Boa Aparência 12,17 11,26

Percepção do risco no uso

Sensibilidade ao risco 0,64 0,46

Tabela 4 Diferenças significativas entre mulheres e homens(os valores em negrito são significativamente superiores)

5. Conclusões

Os resultados deste estudo demonstraram que os existe diferença na percepção de homens e de mulheres quanto ao uso do calçado feminino de salto alto e bico fino. Por um lado os homens o consideram o uso de salto alto menos

confortável que as mulheres o percebem. Essa diferença talvez não seja relevante na prática, devido ao fato de que os dois grupos percebem esse tipo de calçado como pouco confortável. Por outro lado, as mulheres atribuem maior importância que os homens ao efeito do calçado sobre a sua aparência, analisado por meio do construto Boa Aparência.

Considerando que as mulheres demonstraram maior sensibilidade aos riscos, pode-se inferir que o prazer no uso supera ou inibe a percepção dos riscos, tal como sugerido por Sjöberg (2003).

6. Referências bibliográficas

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