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ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

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Academic year: 2021

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EFICIÊNCIA DA INTERVENÇÃO LEGAL NA DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS

Marcelo Motta Veiga Lilian Bechara Elabras Veiga Dalton Marcondes Silva

ICTR 2004 – CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Costão do Santinho – Florianópolis – Santa Catarina

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Eficiência da Intervenção Legal na Destinação Final de

Embalagens Vazias de Agrotóxicos

Marcelo Motta Veiga (2) Lilian Bechara Elabras Veiga (3) Dalton Marcondes Silva (4)

O objetivo deste trabalho é analisar a baixa percentagem de recolhimento de embalagens de agrotóxicos em relação ao elevado consumo de agrotóxicos em vários estados brasileiros, apesar dos novos instrumentos legais em vigor e da existência de infra-estrutura local. Foi realizado um levantamento da legislação concernente à reciclagem de embalagens de agrotóxicos. Foram levantados dados que refletem a evolução histórica do recolhimento de embalagens de agrotóxicos, nos vários estados do Brasil. Foi realizado um estudo exploratório no município de Paty do Alferes, visando identificar o que ocorreu após a inauguração da unidade de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Foram pesquisadas as várias formas de reciclagem de embalagens de agrotóxicos visando à verificação de sua viabilidade técnica e financeira. Apesar da legislação federal apresentar multas e penalidades, a relação entre as quantidades, em peso, de embalagens recolhidas e consumidas, em diversos estados, ainda é muito baixa, sendo o estado da Bahia o que apresentou maior percentagem de embalagens recolhidas. No período de 2002 a 2004, diversos estados que não recolhiam embalagens de agrotóxicos passaram a fazê-lo. Entre esses se destacam o estado do Paraná e o de Minas Gerais, pelo expressivo consumo de agrotóxicos. Entretanto, no estado do Rio de Janeiro, apesar do elevado consumo de agrotóxicos e da existência de uma unidade de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos no município de Paty do Alferes, este estado não vem recolhendo embalagens de agrotóxicos.

Palavras-chave: Embalagens de Agrotóxicos, Agrotóxicos, Legislação Ambiental.

(2) Pesquisador e Professor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ). Engenheiro

Mecânico pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). Administrador pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Economista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). M.Sc. em Engenharia de Produção pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ph.D. em Engenharia de Produção pela George Washington University.

(3) Doutoranda em Gestão Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) - Universidade

Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). M.Sc.em Engenharia de Produção pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestrado em Administração pela Johns Hopkins University.

(4) Pesquisador e Professor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ).Engenheiro Químico pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). M.Sc. em Engenharia Nuclear e Planejamento Energético pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). D.Sc. em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ).

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Eficiência da Intervenção Legal na Destinação Final de Embalagens Vazias de Agrotóxicos

Introdução

O destino inadequado das embalagens usadas de agrotóxicos tem causado a contaminação do solo e dos corpos hídricos de diversas regiões agrícolas. Este fato se torna mais grave na medida em que vários agrotóxicos são de difícil biodegradação, tem elevado tempo de meia vida biológica, são bioacumulados nos organismos que fazem parte da cadeia trófica e contaminam a água usada para abastecimento. Além disso, os sistemas convencionais de tratamento de água não são eficientes na remoção de agrotóxicos. Desse modo, o destino inadequado dessas embalagens resulta em elevado risco ambiental às populações expostas. Nos últimos anos, em alguns estados brasileiros, os novos instrumentos legais e a melhoria da infra-estrutura resultaram em um aumento considerável na percentagem de recolhimento de embalagens, sobre o consumido. Entretanto, esse aumento foi discreto em alguns estados e em outros, entre os quais se destaca o estado do Rio de Janeiro, não houve até o momento o recolhimento de embalagens.

Histórico da Legislação Brasileira

Devido a crescente preocupação com os impactos ambientais causados pela pesquisa, produção, pelo transporte e armazenamento, pela manipulação e descarte de embalagens de agrotóxicos de forma inadequada, foram estabelecidas diversas legislações, visando controlar todas as etapas envolvidas, no ciclo de vida dos agrotóxicos, desde o processo de produção até o descarte dos resíduos e das embalagens. Entre as legislações associadas aos agrotóxicos destacam-se: a norma da ABNT, NT 10.004/87, a Lei no 7.802/89, a Lei no 9.974/00 e o Decreto no 4.074/02.

A NT 10.004/87 define resíduos sólidos como “resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem: urbana, agrícola, radioativa e outros (perigosos e/ou tóxicos). Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível”.

A Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989 dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a

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providências. A Lei no 9.974, de 6 de junho de 2000, altera a Lei no 7.802/89 e dispõe sobre a mesma matéria. O Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002, regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989.

O artigo 14 da Lei 7.802/89, em sua alínea “e” com sua redação modificada pela Lei no 9.974/00, estabelece as responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem a legislação pertinente. Ao produtor que produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens em conformidade com a legislação pertinente, cabe o disposto no artigo 14.

O artigo 15 da Lei no 7.802/89 estabelece, com redação determinada pela Lei no 9.974/00, que aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além de multa.

Tendo em conta que, a destinação inadequada das embalagens vazias pode causar dano ao meio ambiente, o empregador, profissional responsável ou prestador de serviço, que não devolver as embalagens vazias estará sujeito a pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além da multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR. Outros descumprimentos da Lei n 7.802/89 poderão acarretar, ainda, as sanções previstas no artigo 17.

Recolhimento de Embalagens no Brasil

Apesar da legislação vigente cominar multas e penalidades, a relação entre as quantidades, em peso, de embalagens consumidas e recolhidas ainda é muito baixa na maioria do país, sendo o estado da Bahia o que apresentou maior percentagem de embalagens recolhidas (86,1%) no período de abril de 2003 a abril de 2004, de acordo com os dados obtidos no Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) apresentados no Gráfico 1. (Inpev, 2004).

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Obtido de Inpev. No Gráfico 2, apresenta-se a evolução do recolhimento anual de embalagens de agratóxicos em toneladas. Observa-se, nesse gráfico, que a partir de 2000 houve um aumento considerável na quantidade de embalagens recolhidas.

No Gráfico 3, apresenta-se um comparativo do recolhimento das embalagens em nos anos de 2002, 2003 e 2004 até o mês de abril. Neste gráfico, verifica-se que apesar de uma certa variação ao longo do ano, associada às mudanças no mercado agrícola e as variações climáticas, entre 2002 e 2004 ocorreu um acréscimo considerável no recolhimento de embalagens. (Inpev, 2004)

0 , 0 1 0 , 0 2 0 , 0 3 0 , 0 4 0 , 0 5 0 , 0 6 0 , 0 7 0 , 0 8 0 , 0 9 0 , 0 Per c ent a gem E st a do G r á f i c o 1 - R e c ol h i m en t o s ob r e C o ns um i d o ( A br i l / 2 0 0 3 a A br i l / 2 0 0 4 ) 8 6 , 1 8 0 , 6 6 9 , 1 5 0 , 9 50 , 6 4 6 , 9 4 5, 9 3 4 , 5 3 1 , 7 2 9 , 7 2 2 , 8 20 , 4 1 8 , 0 BA PR M T M A M S G O M G SP R S AL SC ES O u t r Se q ü ê nci a 1 G r á f i c o 2 - E v o l u ç ã o d o R e c o l h i m e n t o d e E m b a l a g e n s p o r A n o 0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 5 0 0 0 6 0 0 0 7 0 0 0 8 0 0 0 9 0 0 0 1 9 9 6 1 9 9 8 2 0 0 0 2 0 0 2 A n o To ne la d a s /A n o

Obtido através de adaptação dos dados de Inpev.

G r á f i c o 3 - C o m p a r a t i v o R e c o l h i m e n t o 2 0 0 2 x 2 0 0 3 x 2 0 0 4 0 5 0 0 1 0 0 0 1 5 0 0 2 0 0 0 Ja n Ma r Ma i Jul Se t No v To ne la da s /m ê s 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4

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A Tabela 1 mostra as quantidades (em toneladas) de embalagens de agrotóxicos consumidas e recolhidas por estado no ano de 2002. Os volumes consumidos corrigidos foram calculados, considerado que 15% das embalagens ficam em depósitos, não chegando ao campo no ano em que são compradas. Através da Tabela 1 observa-se que a percentagem de recolhimento, em 2002, variava de 50% para o estado do Mato Grosso a 0%, em mais da metade dos estados brasileiros (Inpev, 2004).

Tabela 1 - % Recolhido x Volumes Consumidos por Estado, em 2002 Estado Volume Consumido/An o Vol. Consumido Corrigido Volume Retirado/Ano % Recolhido / Consumido MT 4.317,0 3.669,5 1833,6 50.0 PE 227,0 193,0 56,4 29,2 MS 1.418,0 1.205,3 308,9 25,6 BA 812,0 690,2 136,0 19,7 SP 6.419,0 5.456,2 697,0 12,8 GO 2.427,0 2.063,0 190,0 9,2 MA 189,0 160,7 14,6 9,1 MG 2.330,0 3.769,8 209,9 7,7 PR 4.435,0 3.769,8 209,9 5,6 RS 2.855,0 2.426,8 129,6 5,3 SC 949,0 806,7 30,2 3,7 ES 297,0 252,5 8,7 3,4 RJ 289,0 245,7 0,0 0,0 AL 212,0 180,2 0,0 0,0 TO 148,0 125,8 0,0 0,0 RO 91,0 77,4 0,0 0,0 PA 67,0 57,0 0,0 0,0 RR 62,0 52,7 0,0 0,0 CE 53,0 45,1 0,0 0,0 PB 52,0 44,2 0,0 0,0 RN 48,0 40,8 0,0 0,0 PI 47,0 40,0 0,0 0,0 SE 32,0 27,2 0,0 0,0 AM 0,7 0,6 0,0 0,0 AP 0,1 0,1 0,0 0,0 AC 0,1 0,1 0,0 0,0 Total 27.776,9 23.610,4 3.767,6 Obtido de Inpev.

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O Gráfico 4 mostra as quantidades (em toneladas) de embalagens consumidas e recolhidas nos principais estados no ano de em 2002. Através do gráfico 4 observa-se a grande diferença entre o número de embalagens consumidas e o número de embalagens recolhidas nos estados.

G r á f i c o 4 - C o m p a r a t i v o C o n s u m o x R e c o l h i m e n t o E m b a l . V a z i a s ( e m 2 0 0 2 ) 5 4 5 6 3 7 7 0 3 6 6 9 2 4 2 7 2 0 6 3 1 9 8 1 8 0 7 6 9 0 1 5 4 3 6 9 7 2 1 0 1 8 3 4 1 3 0 1 9 0 1 5 3 3 0 1 3 6 8 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 5 0 0 0 6 0 0 0 S P P R M T R S G O M G S C B A O u t r o s E s t a d o To nel a das Obtido de Inpev.

Na Tabela 2 apresenta-se as quantidades de embalagens recolhidas, em toneladas, nos anos de 2002, 2003 e 2004, até o mês de abril. Através desta Tabela, observa-se que seis estados que não recolhiam embalagens em 2002, passaram a recolher em 2003 e que o estado do Ceará passou a recolher em 2004. Apesar da obrigatoriedade legal, diversos estados continuam a não recolher as embalagens de agrotóxicos. Entre esses, destaca-se o estado do Rio de Janeiro, pela magnitude do consumo de agrotóxicos. (Embrapa, 1998 e 1998a; ALERJ, 2000; e Ramalho, et al., 2000).

O município de Paty do Alferes, devido à importância das atividades agrícolas e especialmente à cultura do Tomate, é um grande consumidor de organofosforados e carbamatos. A inexistência de infra-estrutura adequada de saneamento acrescida da baixa escolaridade de 90% dos trabalhadores rurais, favorece a ocorrência de intoxicação de trabalhadores rurais e a contaminação dos corpos hídricos, inclusive das fontes de abastecimento de água. Em dezembro de 2002 foi construída uma unidade de recolhimento de embalagens plásticas lavadas. Entretanto, apesar de inaugurada há dois anos e meio, esta unidade de recolhimento até hoje não entrou em operação. (Coutinho, et al., 1998; Fiocruz, 2003 ; e TCE, 2002).

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Tabela 2 – Comparativo da retirada de embalagens em 2002 x 2003 x 2004 (até abril de cada ano)

Estado 2002 2003 2004 Alagoas 0 8.190 50.780 Bahia 15.501 92.007 286.698 Ceará 0 0 39.930 Espírito Santo 8.720 5.113 28.194 Goiás 13.540 206.635 426.275 Maranhão 0 25.400 31.270 Mato Grosso 409.920 589.860 1.126.410 M. Grosso do Sul 144.700 150.810 243.870 Minas Gerais 0 35.840 529.020 Paraná 0 333.372 1.221.889 Pernambuco 0 19.120 23.430

Rio Grande do Sul 24.700 41.660 423.599 Santa Catarina 0 29.926 84.471 São Paulo 130.510 185.430 804.779

Total 747.591 1.723.363 5.320.635 Obtido através de adaptação dos dados de Inpev.

Discussão e Conclusão

Atualmente, diversas formas de reciclagem, das embalagens de agrotóxicos, se mostram viáveis técnica e economicamente. Entre essas se destacam: conduítes para fios elétricos, galões e bombonas para combustíveis, vergalhões de aço usados em construções e tambores de papelão aproveitados para incineração de produtos químicos. Uma nova forma de reciclagem é o economizador de concreto, módulos feitos em plástico reciclado para serem utilizados na confecção de forros, proporcionando economia de concreto, de armadura, de aço e de escoramento.

Tendo em conta que a reciclagem das embalagens parece viável, que motivos estariam impedindo que ela se dê em maior extensão? Para responder essa pergunta precisamos analisar o ciclo completo da reciclagem. Deste modo, é preciso responder a algumas questões: Quais seriam os incentivos que levariam o agricultor a devolver as embalagens ao comerciante que as vendeu? Quais seriam os incentivos para o comerciante de agrotóxicos levar as embalagens à unidade de recolhimento? Que interesse teria o poder público no funcionamento da unidade de recolhimento? Quais os reais impactos econômicos da legislação de recolhimento de embalagens de agrotóxicos?

Tentando responder a essas questões alegando apenas consciência ambiental seria muita ingenuidade. As latas de alumínio têm uma elevada taxa de reciclagem, não só por viabilidade técnica e ambiental, mas principalmente porque tem viabilidade econômica. Assim, não havendo uma viabilidade econômica resta apenas a pressão

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da fiscalização e as campanhas de educação ambiental para induzir o recolhimento e a reciclagem das embalagens de agrotóxicos.

Ações pró-ativas de práticas ambientalmente corretas parecem muito mais eficientes quando acompanhadas de vantagens econômicas. Entretanto, os agentes econômicos precisam ser atraídos e mesmo, muitas vezes, incentivados para terem uma atuação mais abrangente. É importante relacionar o ciclo de vida ambiental com o ciclo econômico. Provavelmente, nos estados brasileiros com elevado índice de reciclagem de embalagens de agrotóxicos, houve uma maior fiscalização e/ou uma parceria entre os agentes econômicos e o poder público, viabilizando a reciclagem.

Referências

Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). “Agrotóxicos no Estado do Rio de Janeiro. Venenos Fora do Controle II”. Comissão Técnica do Meio Ambiente. Relatório Técnico. 2000.

Coutinho, José A. G. et al. “Uso de Agrotóxicos no Município de Pati do Alferes: Um Estudo de Caso”. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Caderno de Geociências, n. 10, pp. 23-31, 1994.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Perfil Agro-socioeconômico e Estratos de Produtividade da Cultura do Tomate na Microbacia do Córrego da Cachoeira, Paty do Alferes, RJ. Circular Técnica, n.1. 1998.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). “Recuperação de Áreas Degradadas do Estado do Rio de Janeiro”. Documento n.76. 1998a.

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Análise da Contaminação por Agrotóxicos em Sistemas Hídricos Superficiais e Subterrâneos Utilizados para Consumo Humano Direto na Região da Cultura do Tomate no Município de Paty do Alferes”. RJ. 2003. Projeto em andamento.

Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. (INPEV).

www.inpev.org.br. 2004.

Presidência da República, Lei no 7.802, de 11 de junho de 1989. Presidência da República, Lei no 9.974, de 6 de junho de 2000.

Presidência da República, Decreto Lei no 4.074, de 4 de janeiro de 2002.

Ramalho, Jair F. G. P. et al. “Contaminação da Microbacia do Caetés com Metais Pesados pelo Uso de Agroquímicos”. Pesquisa Agropecuária Brasileira. V.35, n.7, pp. 1289-1303, 2000.

Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Estudo Socioeconômico 1997-2001. Paty do Alferes. 2002.

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Effectiveness of Regulatory Intervention on the Final Destiny

of Empty Pesticide Wrappers

Abstract:

This study analyzes the relation between the low percentage of empty pesticide wrappers collected and the high percentage of pesticide consumed in many Brazilian states, despite the existing regulation regarding this subject and the existence of local infrastructure. A survey regarding the regulation concerning pesticide wrappers recycling was conducted. Data regarding the historical evolution of empty pesticide wrappers collection in many Brazilian states was searched. A study was conducted in Paty de Alferes municipality, trying to find what happened after the construction of the empty pesticide wrappers collection unit. Recyclable ways of pesticide wrappers were searched looking for their financial and technical viability. Despite the fines and penalties found in the federal regulation, the relation between the quantity and the weight of pesticide wrappers collected and consumed in many Brazilian states is still very low. The state of Bahia was the one that presented the highest percentage of collected wrappers. Between the years 2002 and 2004, many states that did not collect empty pesticide wrappers started to collect. We can mention the states of Paraná and Minas Gerais, for the highest pesticide consumption. However, in the state of Rio de Janeiro, despite the high pesticide consumption and the existence of an pesticide wrappers collection unit in Paty de Alferes municipality, this state does not collect empty pesticide wrappers.

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