próxima
Uso agrícola de composto orgânico: controle ambiental e informatização Fábio Cesar da Silva
FÁBIO CESAR DA SILVA
Embrapa Informática Agropecuária
Unicamp - CESET
Parceria: IAC, ESALQ/USP, EEP e UNITAU
USO AGRÍCOLA DE COMPOSTO ORGÂNICO:
controle ambiental e informatização
IMPACTOS ECONÔMICOS
IMPACTOS ECONÔMICOS
-
-
cidade de SP:
cidade de SP
9
Perde-se 1,9 bilhão/ano por não reciclar o seu lixo
(Calderoni, S. – NPE da USP);
LIXO NO BRASIL
LIXO NO BRASIL
ICTR 2004
76%
13%
10%
1%
Lixões
Aterros
Controlados
Aterros
Sanitários
Reciclagem
Compostagem
Incineração
fonte:IBGE
A DINÂMICA DAS SOCIEDADES MODERNAS
Reciclagem de materiais e reaproveitamento de energia
Sistema
Produtivo
Energia
Produtos
Resíduos
Calor
Matéria
Controle de
Poluição
Materiais
Reciclagem e
Reaproveitamento
Recuperação
de Energia
POLÍTICAS PÚBLICAS EM RESÍDUOS
9 estabelecimento de mecanismos de controle social
sobre as políticas públicas de resíduos e a
necessidade de articulação destes mecanismos como
requisito para a utilização de recursos públicos na gestão
de resíduos;
9 ênfase na utilização compostagem de resíduos
orgânicos como ferramenta de gerenciamento de
resíduos no âmbito municipal, a partir das
potencialidades desta técnica face predominância da
parcela orgânica na composição dos resíduos brasileiros
e as características agrícolas do pais.
9 a necessidade de um controle rigoroso do composto
para eliminar riscos à saúde da população, contaminação
de alimentos elementos perniciosos.
PROBLEMAS EM USINAS
PROBLEMAS EM USINAS
-
-
CAUSAS:
CAUSAS:
9
9
instalações mal planejadas
instalações mal planejadas
(sem compromisso com
(sem compromisso com
processo);
processo);
9
9
ausência de capacitação institucional e/ou gerencial
ausência de capacitação institucional e/ou gerencial
e/ou operacional para conduzi
e/ou operacional para conduzi
-
-
lá (deficiência em
lá (deficiência em
treinamento e a falta de referência metodológica);
treinamento e a falta de referência metodológica);
9
9
ausência de integração orçamentária
ausência de integração orçamentária
, institucional e
, institucional e
operacional das usinas com o serviço de limpeza pública;
operacional das usinas com o serviço de limpeza pública;
9
problemas políticos
problemas políticos
(mudança de governo e disputas
(mudança de governo e disputas
partidárias) e a falta de amarração com metas técnicas;
partidárias) e a falta de amarração com metas técnicas;
9
9
localização inadequada das usinas
localização inadequada das usinas
no longo prazo,
no longo prazo,
acarretando problemas ambientais, afetando a população
acarretando problemas ambientais, afetando a população
que por sua vez rejeita seu funcionamento;
que por sua vez rejeita seu funcionamento;
9
9
obtenção de produtos com as características de baixa
obtenção de
produtos com as características de baixa
qualidade
DEFINIÇÃO DE PADRÕES DE QUALIDADE
DEFINIÇÃO DE PADRÕES DE QUALIDADE
9
9
Sistema de tratamento produz uma qualidade de
Sistema de tratamento produz uma qualidade de
composto que pode ser vendida durante todo o ano e
composto que pode ser vendida durante todo o ano e
existem áreas agrícolas para recebê
existem áreas agrícolas para recebê
-
-
las ?
las ?
9
9
Solução é compatível com dinâmica do município ?
Solução é compatível com dinâmica do município ?
9
9
Os agricultores estão satisfeitos com o produto
Os agricultores estão satisfeitos com o produto
comercializado e com isso, promovem seu uso para outros,
comercializado e com isso, promovem seu uso para outros,
repetidamente, expandindo o mercado ?
repetidamente, expandindo o mercado ?
9
9
No uso agrícola o composto é tomado os cuidados de
No uso agrícola o composto é tomado os cuidados de
proteção ambiental ?
proteção ambiental ?
9
9
Se a resposta para estas quatro perguntas é SIM, pode ser
Se a resposta para estas quatro perguntas é SIM, pode ser
dito que o sistema funciona independe do gestor.
dito que o sistema funciona independe do gestor.
9
9
FUTURO:
FUTURO:
implantar um sistema de garantia de qualidade
implantar um sistema de garantia de qualidade
.
.
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Composto
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Composto
9
Lei n.º 6.894 de 16.12.1980 do Ministério da Agricultura:
Lei n.º 6.894 de 16.12.1980 do Ministério da Agricultura:
a produção, comercio e a fiscalização dos fertilizantes orgânicos
não era regulamentada. A Lei diz: “esterco de curral, lixo
fermentado, ...e outros resíduos quando vendidos com a sua
denominação exata, estavam livres de registro”.
9
9
Portarias: n.º 84 de 29.03.2002, n.º 31 de 08.06.1986 e
Portarias: n.º 84 de 29.03.2002, n.º 31 de 08.06.1986 e
n.º 01 de 04.03.1983
n.º 01 de 04.03.1983: regulamentou como fertilizantes
orgânicos.
O “composto
composto” tem características mínimas:
--
Matéria orgânica total
Matéria orgânica total
...
...
mínimo de 40%
mínimo de 40%
--
Nitrogênio total...
Nitrogênio total...
mínimo de 1%
mínimo de 1%
--
Umidade...
Umidade...
máximo de 40%
máximo de 40%
--
Relação C/N...
Relação C/N...
máximo de 18/1
máximo de 18/1
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Composto
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Composto
9
O SECRETÁRIO DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO, DO
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,
publicada no Diário Oficial de 12 de maio de 2004, tendo em vista as
disposições contidas no Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que
regulamentou a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980.
9
Na nova Instrução Normativa em fase final de revisão em discussão com a
Sociedade, redefini-se novos parâmetros para controle de qualidade do
composto de lixo para fins agrícola.
9
III - Classe “C”: fertilizante orgânico que em sua produção utiliza
matéria-prima oriunda de lixo domiciliar, resultando em produto de
utilização segura na agricultura;
9
Art. 17. Os fertilizantes orgânicos das classes C e D, de acordo com o
art 2º do ANEXO da Instrução Normativa, somente poderão ser
comercializados para consumidores finais e mediante recomendação
técnica firmada por engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal,
respeitada a área de competência.
PILHA DE COMPOSTO DE LIXO URBANO
MATERIAIS DE ADIÇÃO
agro-químicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas) adubos e corretivos de uso agrícola materiais orgânicos vegetais e animais resíduos urbanos (lodo de esgoto e composto de lixo) resíduos agro-industriais (vinhaça, etc) resíduos industriais (petroquímica, texteis, papel, couro, etc) precipitação química e irrigação elementos geo-geneticos
Características evolutivas e Propriedades físicas (condição estrutural)
SOLO
Propriedades. químicas (poder tampão, Características antropogenicas dinâmica de adsorção e troca, etc)Propriedades do complexo coloidal associado a materia organica MATERIAL DE Propriedades biológicas
ORIGEM
POLUIÇÃO DAS AGUAS DE SUPERFÍCIE E SUBTERRÂNEAS DESESTABILIZACAO DE ENCOSTAS E
DEGRADACAO DO SOLO (EROSAO) CONSEQUENCIAS NA AGRICULTURA
E ASPECTOS SOCIO-ECONOMICOS
9Correção da
acidez do solo
9 Fonte de:
P
P,
K e N
K
(1%)
COMPOSTO DE LIXO NA AGRICULTURA:
COMPOSTO DE LIXO NA AGRICULTURA:
nutrientes para as plantas
9 Umidade:
máx. 50%
9 C: mín. de
20%
COMPOSTO COMO FONTE DE P
COMPOSTO COMO FONTE DE P
Fonte: Berton (1997)
Fonte: Berton (1997)
ICTR 2004
0 5 10 15 V.L UR BAM S.MATHEUS S .AND R E Usinas
F aixa d e variação d e cád m io n o co m p o sto
C d - Minim o C d - Médio C d - Maxim o 0 5 0 0 1 0 0 0 1 5 0 0 2 0 0 0 P b , m g / k g V . L U R B A M S . M A T H E U S S . A N D R E Usinas F a i x a d e v a r i a ç ã o d o c h u m b o n o c o m p o s t o P b - m í n i m o P b - m é d i o P b - m á x i m o
9Amostragem
especial
9 “abertura”
de amostras
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO AGRÍCOLA
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO AGRÍCOLA
DO COMPOSTO DE LIXO
DO COMPOSTO DE LIXO
9
9
Fornecedor de Nutrientes: P, K e N;
Fornecedor de Nutrientes: P, K e N;
9
9
Redu
Redu
ç
ç
ão da varia
ão da varia
ç
ç
ão t
ão t
é
é
rmica:
rmica:
9
9
Melhoria das propriedades do solo :
Melhoria das propriedades do solo :
→
→
Químicas:
Químicas:
→
→
Capacidade de Troca Catiônica;
Capacidade de Troca Catiônica;
→
→
Corrigir a acidez do solo
Corrigir a acidez do solo
→
Físicas:
Físicas:
estrutura, aeraç
estrutura, aera
ç
ão,drenagem e consistência
ão,drenagem e consistência
→
→
Biológicas:
Biológicas:
maior atividade microbiológica.
maior atividade microbiológica.
9
9
Maior retenç
Maior reten
ção de
ão de Á
Água no solo
gua no solo
(
Produção R elativa de matéria seca de hortaliças e de
feijão com a utilização de composto de lixo em
diferentes estágios de maturação.
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
90 dias 75 dias 60 dias 30 dias 15 dias
T e mp o d e co mp o sta g e m, e m d ia s
Aos 90 dias: pH em água acima de 7,0 e a relação C/N abaixo de 15;
Aos 50 dias: pH em água acima de 6,5 e relação C/N de 18.
CRIT
PARAMETROS CRÍTICOS ESTIMADOS PELO
MODELO PARA METAIS NOS COMPARTIMENTOS
NO TEMPO EM CANA-DE-AÇÚCAR
Ni 3 anos 55 dias >600 dias 21,3%
Pb 200 dias 75 dias < 365 dias 12,5%
Cu
400 dias 181 dias < 365 dias
31,0%
Cd
600 dias 138 dias >600 dias
26%
TEMPO limite para:
M
1
→
0 M
2
máx. M
3
máx
.
Passagem máxima em
M
2
: (% M aplic.)
9
METAIS PESADOS
9
PATÓGENOS HUMANOS
9
NITRATO
9
POLUENTES
9
COMUNIDADE DE ORGANISMOS
9
ACUMULO DE INERTES
IMPACTO AMBIENTAL DO USO
IMPACTO AMBIENTAL DO USO
AGRÍCOLA DO COMPOSTO DE LIXO
(Bastos & Nefussi, 1986) - Filosofia da E.P.A.
9
Rota de exposição :
Rota de exposição
ingestão de vegetais
contaminados ou consumo indireto de animais expostos
Cd
70
μg/dia 10
anos
Zn
20 mg/dia
5 dias
Metal Ingestão Máx. Meia-vida no organismo
TOXICIDADE HUMANA:
TOXICIDADE HUMANA:
metais
CRITÉRIOS E SISTEMÁTICA:
metais no CLU
metais no CLU
Limites m
Limites m
á
á
ximos, em mg/kg
ximos, em mg/kg
:
:
(1) (2)
(1) (2)
Cádmio (Cd)
5
5
Chumbo (Pb)
500
150
Cobre (Cu)
500
200
Cromo (Cr)
300
200
Níquel (Ni)
100
70
Mercúrio (Hg)
2
1
Zinco (Zn)
1500
500
(1) Embrapa (2002) verificou os limites m
(1) Embrapa (2002) verificou os limites m
á
á
ximos
ximos
possiveis
possiveis
, mas
, mas
sem considerar a margem de seguran
sem considerar a margem de seguran
ç
ç
a; CLU não indicado
a; CLU não indicado
para h
para h
ortaliças e mandioca;
ortaliças e mandioca;
(2) proposta para controle a ser adotado pelo MAPA considerando
(2) proposta para controle a ser adotado pelo MAPA considerando
fator de segurança.
fator de segurança.
CRITÉRIOS E SISTEMÁTICA:
P
P
roposta para controle a ser adotado pelo MAPA considerando
roposta para controle a ser adotado pelo MAPA considerando
fator de segurança em saneamento ambiental.
fator de segurança em saneamento ambiental.
Parâmetro
Limite máximo
Dioxina
50 ng ITEQ/Kg MS
Total de
coliformes
1000 NMP/gST
Coliformes
fecais (E. coli)
100 NMP/gST
Ovos viáveis
de helmintos
GARANTIAS E TOLERÃNCIAS:
(1)
(1)
WORKING DOCUMENT, BIOLOGICAL TREATMENT OF BIOWASTE, 2
ndDRAFT - União Europeia.
Séries de
amostragens feitas
em um período de 12
meses
Número Max. de
amostras permitidas
que não apresentam
conformidade para
qualquer parâmetro
Divergência
permitida do limite
estatutário das
amostras em não
conformidade para
qualquer parâmetro
2
1
20%
4
1
20%
12
3
20%
Esses limites se aplicam ao composto logo após a fase de compostagem e antes que ele
seja misturado com quaisquer outros materiais
FREQUÊNCIA DE ANÁLISE
• A CADA 6 MESESÆ PRODUÇÃO DE 500 A ATÉ 1.000
t/ANO.
• A CADA 3 MESES OU SEMPRE QUE PRODUZIR 1000 T
Æ
> 1000 A 10.000 t/ANO.
• MENSALMENTE
Æ PRODUÇÃO > 10.000 t/ANO.
• OS RESULTADOS ANALÍTICOS DEVEM SER
GUARDADOS PELO PRODUTOR POR 5 ANOS E FICAM Á
DISPOSIÇÃO DAS AUTORIDADES COMPETENTES.
SIRCLUA
S
istema
I
nteligente para
R
ecomendação de
uso do
C
omposto do
L
ixo
U
rbano na
“É um programa de computador que busca representar
reações e
conhecimentos
conhecimentos
de maneira similar a um
especialista humano
”.
SISTEMA ESPECIALISTA
9 Dar suporte ao uso correto do Composto de Lixo Urbano
9 Utilizar conhecimentos de Especialistas :
9 Critérios para definição da adequabilidade do CLU para
agricultura
9 Critérios para sua aplicação correta ao solo e organizar os
dados para o monitoramento ambiental futuro.
9 Transferir conhecimentos sobre manejo de CLU aos
agricultores
Seletiva Não seletiva Consumo Subsistema Populacional Expansão Geração de Resíduo Doméstico “Lixões” Subsistema
Disposição sanitáriosAterros
IncIneradores Reutilização Subsistema Tratamento Compostagem
Sistema
Agrícola
Sistema de Gestão Municipal de Resíduos Sólidos
Reciclagem Subsistema Coleta Suporte ao Ambiente Geração de Alimento Avaliação Qualidade Composto SIRCLUA
ICTR 2004
CONTEXTO - PROCESSOS
Planejamento Execução Validação Referência TécnicaProcesso de
Aquisição de
Conhecimento
Início FimProcesso de
Engenharia do
Conhecimento
Tradução da Referência Técnica em Regras Gera BC Validação das Regras do BC InícioProcesso de
Diagnóstico da
Qualidade de CLU
Cadastro da Composição do Lote de CLU Diagnóstico da Qualidade do Lote de CLU Início Fim Qualidade do Lote de CLUProcesso de Geração da
Recomendação de Uso de
CLU
Cadastro da Propriedade Rural Geração da Recomendação de uso do CLU Início Identificação do Lote de CLU Disponível para Uso Recomen-dação de usoNovos
conhecimentos
Usuário Remoto Usina KSIRCLUA Central
BC p/ Uso do CLU Recomen-dação de usoNovas Aplicações:
9 Políticas Públicas
9 Monitoramento Ambiental
9 Segurança Alimentar
SIRCLUA
Usina 1
...
SIRCLUA
Usina 2
SIRCLUA
Usina N
BC
BR
BC
BR
BC
BR
Usuário Remoto Usina M...
ARQUITETURA DO SIRCLUA - Plataforma Web
MAPA ou CETESB
Plano de disposição
do CLU
Geração de regras Base de Conhecimento Especialista Pesquisas Conhecimento Tratamento de requisições Regras Regras Fatos Conclusões Usuário na Usina Base de Recomendações Recomendação Recomendação Fatos + caracterísicas Composto Recomendação Produtor Rural Máquina de Inferência Geração do composto