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FRUTICULTURA E A AGRICULTURA FAMILIAR

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Academic year: 2021

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Resumo revisado por: Euclides Reuter de Oliveira. Fruticultura na Agricultura Familiar – Série III. Código: 334802281864218092009

1 Discente em Zootecnia pela UFGD-FCA/Dourados-MS – amanda-tocchetto@hotmail.com,

edpo_flavio@hotmail.com, euclidesamancio@hotmail.com

2 Docente da UFGD-FCA/Dourados-MS – euclidesoliveira@ufgd.edu.br 3

Bolsista de Extensão pela UFGD - mbentomr@hotmail.com, lcrossini@hotmail.com

4 Discente do programa de pós graduação em Zootecnia pela UFGD-FCA/Dourados-MS –

danielagraciano@hotmail.com, daniellydefaria@hotmail.com

FRUTICULTURA E A AGRICULTURA FAMILIAR

FIGUEIREDO,Thaís Assad Galharte ; FORNASIERI, José Luiz; OLIVEIRA,Euclides

Reuter; GRACIANO, Daniela Espanguer; MONÇÃO,Flávio Pinto; GABRIEL,Andréa

Maria de Araújo; ZOCCA, Saulo Romeiro; GOMES, Edevânia Teixeira

Palavras-chave: comunidade quilombola, extensão, frutas

Introdução

“A fruticultura tem uma perspectiva de mercado muito mais favorável do que os grãos, por exemplo, tanto no país como no mercado de exportação. Em virtude da diversidade climática e das novas tecnologias existentes no Brasil, é possível produzir praticamente o ano inteiro, o que não ocorre nas principais regiões fruticultoras do mundo. A fruticultura demanda mão-de-obra intensiva e qualificada, fixando o homem no campo, e na maioria dos casos permite boas condições de vida para uma família que tenha pequena propriedade” (FAYET, 2011).

“O Estado de Mato Grosso do Sul é abastecido por frutas e hortaliças provindos de outros Estados, principalmente São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Ao se avaliar os dados da CEASA Campo Grande, confirma-se que a participação de frutas e hortaliças produzidas na região é realmente baixa, numa média anual de 14% do total” (LAZZAROTTO et al., 2005).

A fruticultura pode ser definida como uma atividade que utiliza mão de obra intensiva e compatível com uma reduzida escala mínima de produção para que a atividade seja rentável, sendo esta uma alternativa para pequenos produtores. “O

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mercado brasileiro de frutas tem crescido de forma acentuada, apresentando uma grande demanda no consumo de frutas frescas e processadas, tornando-se cada vez mais exigente em qualidade, pressionando a busca por novas tecnologias de produção, colheita, pós-colheita, armazenamento, transporte e comercialização” (PASQUAL et al., 1995).

Neste contexto, objetivou-se por meio deste trabalho orientar os pequenos produtores no uso de técnicas apropriadas visando à auto-suficiência na produção de alimentos para a geração de receita e renda; estimular o desenvolvimento da fruticultura utilizando espécies frutíferas que apresentam potencial econômico para a comunidade e região.

Metodologia

As ações foram desenvolvidas em comunidades da Grande Dourados-MS no período de abril de 2010 a março 2011 onde foram beneficiadas em torno de 60 famílias. A população local, especialmente o grupo envolvido, apresenta baixo nível de escolaridade e vive com rendimentos que estão abaixo de dois salários mínimos.

Antes de iniciar as ações foram feitas reuniões nas comunidades para entender o contexto social e discutir as necessidades existentes, dentre estas, a solicitação de pomar com frutíferas. Desta forma, foi montada unidade demonstrativa com frutíferas específicas da região aliado ao assessoramento técnico.

O preparo da área iniciou com a limpeza do local e posteriormente foi coletada uma amostra do solo para análise e posterior correção e adubação caso necessário. Fez-se uma aração e uma gradagem, adubação e plantio das mudas.

As espécies de frutíferas foram obtidas de viveiristas da região via projeto. Para a garantia do abastecimento hídrico do pomar o projeto foi contemplado por uma tubulação completa de irrigação e uma roda d’água.

A adubação das plantas foi feita com adubo orgânico confeccionado pelas comunidades e na UFGD. Os envolvidos coletaram esterco de bovinos, aves e restos de culturas para o desenvolvimento de compostagem. Na UFGD os acadêmicos bolsistas e voluntários fizeram a compostagem utilizando esterco de coelho e plalhadas. Os agricultores foram orientados semanalmente, que de acordo com a necessidade foram realizados cursos e palestras sobre manejo de pomar.

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Após preparo da área foram feitas covas de 40x40x40 e/ou 60x60x60 e o transplantio das mudas. Os envolvidos foram orientados mensalmente em relação aos tratos culturais de manutenção.

Essas atividades tiveram o acompanhamento da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER), e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária- Agropecuária Oeste (EMBRAPA-CPAO) e de discentes do curso de Agronomia e Zootecnia da UFGD e apoio financeiro do Ministério da Educação (MEC) e da Pró- reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Resultados e Discussão

Após a realização da primeira palestra, houve interesse dos participantes em cultivar frutíferas típicas do cerrado e na implantação da UD (unidade demonstrativa). Assim foi decidido, em reunião entre eles, o local de instalação da UD.

Uma das famílias cedeu uma área de 10.000m² e foi formado um grupo que consistiu de 60 famílias como responsáveis para a implantação e manutenção. Com a presença do grupo de pequenos produtores, fizeram-se todas as etapas para realizar o plantio. Utilizou-se 20 espécies e cerca de 40 variedades de frutíferas, totalizando em torno de 500 plantas, as quais se encontram ainda em desenvolvimento. As espécies selecionadas foram mangueiras, citros, abacateiro, goiabeira (branca e vermelha), nespereira, pessegueiro, aceroleira, figueira, caramboleira, gravioleira, coqueiro, jabuticabeira, tamarindo, palmito (pupunha e açaí), uvaia, bananeira (nanica e prata), cajueiro, pitangueira, jaqueira que foram espécies caracterizadas de interesse e com potencial econômico. As frutíferas para este período relacionado ainda não apresentaram produções, no entanto foi percebido o interesse e o envolvimentos dos participantes ao trabalho em grupo.

Durante a fase inicial de desenvolvimento das plantas, os participantes foram orientados a prática do consórcio com culturas agrícolas nos espaços entre as linhas do pomar visando diversificar a produção na propriedade, tal como: milho, feijão, berinjela, jiló, batata doce, amendoim e brócolis. Além dessas culturas, houve

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inclusão de algumas espécies de adubação verde como feijão de porco, guandu, crotalárias, etc.

Contataram-se poucas mortes de plantas na comunidade, fator esse favorecido com a época de plantio que ocorreu precipitação suficiente para estabilização das mudas. As mudas que não resistiram por conta de alguma praga ou outro fator foram substituídas por novas mudas.

FERREIRA et al (2003) avaliando a importância do cultivo de frutas como alternativa para o aumento de renda da agricultura familiar, concluiu que houve uma contribuição para a melhor utilização dos recursos, para obtenção de maior renda, bem como para a geração de emprego.

Após encerramento das atividades, os produtores envolvidos no projeto foram reunidos periodicamente e as atividades avaliadas mediante painel para que os dados, quantitativos e qualitativos, sejam colhidos de forma participativa.

Como dificuldade, a falta de maior interação associativa ainda deixa a desejar, necessitando de ações de cunho social entre os envolvidos. Pois a união é essencial no processo construtivo e no momento de cumprir com o mercado no fornecimento de um produto de qualidade e quantidade.

Conclusão

A oportunidade de executar, na prática, a introdução de novas espécies frutíferas, recomendadas após trabalhos de pesquisa e, seu cultivo, junto à comunidade é de grande importância para o corpo técnico das instituições envolvidas quanto para as pessoas da comunidade.

Referências bibliográficas

FAYET, L.A. Virando o jogo com a fruticultura. Disponível no site http://www.paranaonline.com.br. 10 julho 2011.

FERREIRA, V. R.; SOUZA, P. M.; PONCIANO, N. J.; et al. A Fruticultura como alternativa para a produção familiar no âmbito do PRONAF nos municípios de Campos dos Goytacazes e São Francisco do Itabapoana-RJ. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 25, n. 3, p. 436-439, dez. 2003.

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LAZZAROTTO, C.; FORNASIERI, J. L.; COMUNELLO, E. et al. Zoneamento para a Fruticultura em Mato Grosso do Sul. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste, 2003.

PASQUAL, M.; RAMOS, J. D.; ANTUNES, L. E. C.; et al. Fruticultura comercial: introdução, situação e perspectivas. Lavras- MG: UFLAFAEPE, 1997. v.2. 141p.

Referências

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