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Especificação de sistema de informação de microáreas de risco utilizando a abordagem orientada a objetos

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Academic year: 2017

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Especificação de sist em a de inform ação de m icroáreas de risco ut ilizando a abordagem orient ada a obj et os

I nform at ion syst em specificat ion for risk m icroárea using obj ect orient ed approach

Especificación de un sist em a de inform ación de m icroáreas de Riesgo ut ilizando el enfoque de la orient ación a los obj et os

Alt air Von Stein JúniorI, Andreia MalucelliI I, Laudelino Cordeiro BastosI I I

I Enferm eiro. Preceptor em Saúde da Fam ília e da Com unidade da Pontifícia Universidade Católica do Paraná ( PUCPR). Curitiba, PR. E-m ail:

alt airstein@pop.com .br.

I I Bacharel em I nform ática. Doutora em Engenharia Eletrot écnica e de Com put adores. Professora Adjunt o da PUCPR. Curitiba, PR. E- mail:

m alu@ppgia.pucpr.br.

I I I Engenheiro de Com put ação. Dout or em Engenharia Elét rica. Professor Adj unt o da PUCPR. Curitiba, PR. E-m ail: laudelino.bastos@pucpr.br.

RESUMO

O program a de saúde da fam ília é um a est ratégia que norteia a assist ência à saúde por m eio de ações assistenciais, educacionais, de prom oção e prevenção aos agravos à saúde. Com o m étodo de trabalho as equipes realizam o reconhecim ento da com unidade buscando identificar áreas de m aior risco à saúde para planej arem ações. Para isso são obtidos dados de diversos sist em as de inform ação, entretanto, esses sistem as nem sem pre perm item a aquisição de dados atualizados ou referentes às condições de áreas específicas. Assim , o obj etivo dest e est udo é apresent ar a especificação de um sist em a de inform ação referente às condições am bientais e de infra- estrutura contidas na m icroárea cont ribuindo para o arm azenam ent o e recuperação de inform ações de m aneira atualizada e específica. Trat a- se de um a pesquisa de desenvolvim ent o realizada em Curit iba de Janeiro a Junho/ 2007, onde foi realizado br ainst or m para definir os requisitos do sistem a e a linguagem de m odelagem unificada ( UML) para a sua especificação. Com o resultados foram obtidos os diagram as de casos de uso, diagram as de sequência e diagram a de classes. A im plantação de um sistem a com as características propostas neste estudo pode agilizar o processo de planej am ento local e auxiliar na análise da relação entre am biente e saúde, com dados atualizados.

Descrit ores: I nform ática em Saúde Pública; I nform ática em Enferm agem ; Saúde da fam ília.

ABSTRACT

The fam ily healt h program is a st rat egy t o support t he healt h assist ance t hrough educat ional, prom ot ional and prevent ional act ions t o healt h care. As working m et hod, t he fam ily healt h program t eam s recognize the com m unity t rying t o ident ify areas of greatest risk (m icro areas) for planning actions. So, for being possible to plan the actions, t he team s have t o use dat a from several inform ation syst em s. However, t hese inform ation syst em s do not have always updated data or m ay not provide data about the area condit ions. Thus, t he object ive of t his st udy is to present t he inform at ion system specificat ion concerning t he environm ent al and infrast ruct ure condit ions of t he area in order to cont ribut e for having an updat ed and specific inform at ion st orage and retrieval. I t is a developm ent research conducted in Curitiba- PR/ Brazil, from January to June of 2007, using brainstorm to define the system requirem ents and the obj ect- oriented paradigm for its specification, applying t he Unified Modeling Language ( UML) . As a result, t he use case, sequence and class diagram s were obt ained. I ndeed, t he syst em deploym ent with the feat ures proposed in t his st udy m ay help and expedit e t he process of local planning and m ay even help in t he analysis of t he relat ionship between environm ent and health, with updated data.

Descript ors: Public Health I nform atics; Nursing I nform atics; Fam ily health.

RESUMEN

El program a de salud de la fam ilia es una estrategia que dirige la asistencia a la salud por m edios da acciones asist enciales, educat ivas, de la prom oción y prevención a los agravos a la salud. Com o m ét odo del t rabaj o los equipos realizan el reconocim ento de la com unidad intentando identificar áreas de m ayores riesgos a la salud para planear acciónes que han de ser desarrolladas. Para est o se ut ilizan dat os de diferent es sistem as de inform ación pero est os sistem as ni siem pre poseen datos actualizados o disponibles relacionados a las condiones de aquella región. Así, el obj etivo de este estudio es de especificar un sistem a de inform ación relacionado a las condiciones am bientales y la infraestructura cont enidas en la m icroárea contribuiendo para el alm acenam ent o y recuperación de las inform aciones de form a actualizada y específica. Hem os hecho una pesquisa m etodológica desarrollada en Curitiba de Enero a Junio/ 2007. Para definir los requisit os esenciales del sist em a y para la análise del sist em a fue ut ilizada el paradigm a de la orientación a los obj etos donde aplica la UML.Com o resultado han sido elaborados los diagram as de los casos de uso, secuencia y de las clases. La im plant ación de un sistem a con las caract eríst icas propuest as en est e est udio, puede ayudar y agilizar el proceso de planificación local y podrá t odavía ayudar en la análise de la relación entre el am biente y la salud con los dat os act ualizados.

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I N TRODUÇÃO

I dealizado a partir de um processo histórico, o Sistem a Único de Saúde ( SUS) perm itiu m udar o rum o do atendim ento à saúde da população brasileira de form a significativa.

Com princípios com o a universalidade, integralidade e equidade, a propost a do SUS foi m elhorar a cobertura, qualidade e a resolutividade da assistência prestada nos serviços de saúde públicos de form a igualitária e com o um direito a todos os brasileiros( 1).

Com o estratégia para reafirm ar os princípios do SUS e reorient ar a prát ica assist encial, foi im plant ado em 1994, o Program a de Saúde da Fam ília ( PSF) , out ro m arco na hist ória da saúde do Brasil( 2- 4).

O PSF é um paradigm a que norteia a assistência à saúde por m eio de ações assistenciais, educacionais e de prom oção e prevenção aos agravos à saúde. Orienta que as equipes de saúde procurem m ant er um est reit o vínculo com a com unidade para conhecer seus problem as e suas capacidades para resolvê- los.

Com o base para a elaboração de suas ações, as equipes de saúde da fam ília ( ESF) realizam o processo de territorialização. Esse processo ocorre pela aquisição e análise de dados referent es às condições de um a com unidade. Para a aquisição dos dados existem diferent es m etodologias, as quais variam em cada região e a análise desses dados é realizada de form a subj etiva pelos integrantes da equipe de saúde. Essa análise pode sofrer influências conform e a experiência e percepção que cada integrante da equipe possui da relação entre saúde, doença e as condições que cercam o indivíduo.

Esse processo de territorialização perm ite o delineam ento e reconhecim ento da área de atuação de cada equipe, inicia e fortalece o vínculo entre a equipe de saúde e a com unidade e ainda perm ite identificar m icroáreas de risco à saúde.

As m icroáreas são delim itações de um t errit ório com form at o assim ét rico e condições econôm icas e dem ográficas hom ogêneas( 5). A classificação do risco na m icroárea envolve condições econôm icas, am bientais, geográficas, dem ográficas, infra- estrutura entre outras, que expõem os m oradores a m aiores probabilidades em desenvolver agravos à saúde.

O reconhecim ento dessas m icroáreas de risco é um passo im port ant e para iniciar o processo de adscrição das áreas a serem trabalhadas pelas ESF, assim com o, para planej ar ações adequadas aos reais problem as da com unidade. Para t ant o, são ut ilizadas fontes de dados prim árias e secundárias. Essa últim a é oriunda de diversas bases de dados de sistem as de inform ação das secretarias m unicipais ou de outros órgãos governam entais e não governam entais, com o cart órios, ONGs ou em presas de pesquisas( 6).

Para com plem entar o reconhecim ento das condições das m icroáreas são utilizadas fontes de dados prim árias. Essas fontes se caracterizam por m eio de coleta de dados diretam ente na com unidade com visit as am bient ais, inquérit os e oficinas de t rabalho, cont ando com a part icipação dos m oradores e pessoas influentes na com unidade com o presidentes de associações, com erciantes da região, ent re out ros que conhecem os problem as da região.

Atualm ente, os dados obtidos por m eio de fontes secundárias são subutilizados. I sso ocorre porque alguns sistem as de inform ação contêm bases com dados que não são atualizadas com periodicidade, tornando sua utilização lim itada por não refletirem a realidade local na m aior part e do t em po. Essa lim itação se agrava em locais com populações m enores, ou em periferias das grandes cidades, em função das crescentes ocupações irregulares( 7).

Sistem a de inform ação ( SI ) pode ser entendido com o a inter- relação de diversos com ponentes que integram um a estrutura e são guiados por um a norm at ização, result ando em um a organização dos dados e inform ações que irão produzir respostas às necessidades do usuário( 8). Esses sist em as de inform ação podem ser executados de form a m anual ou por processo com put adorizado.

Apesar dos SI se referirem ao conj unt o organizado de processos, na prática, em m uitos países esses sistem as são fragm entados, sendo const ruídos lentam ente e m odelados para fins adm inist rativos, econôm icos e legais, tornando- os com plexos( 8).

Na área da saúde, os sistem as de inform ações possuem duas grandes linhas de aplicação. Um a das linhas está relacionada à questão assistencial, onde os sistem as de inform ação dão suport e às questões relacionadas à situação clínica dos pacientes e históricos de assistência prestada em outros serviços. A out ra linha de aplicação t em com o finalidade trat ar de inform ações adm inistrativas, dando suport e às quest ões de planej am ento, auditoria, j urídica, entre out ras( 8).

No Brasil, os sist em as de inform ação em saúde ( SI S) são utilizados nos níveis m unicipais, est aduais e federais, onde cada nível se responsabiliza pela elaboração, im plem entação e m anutenção dos sistem as que estão sobre sua responsabilidade. Os SI S com eçaram a ser im plantados no Brasil no final da década de 70 com a elaboração do Sistem a de I nform ação de Mort alidade ( SI M) .

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Os dados enviados são agregados e quando retornam aos níveis geradores, não representam a realidade local, refletindo um a m édia m unicipal, o que torna esses sistem as de pouca ut ilidade a nível local( 7). Assim , o prim eiro passo para que um SI S atenda as necessidades dos usuários, é realizar o levantam ento de requisitos e a especificação ( m odelagem ou análise) do sistem a de acordo com a realidade e necessidades dos usuários. O principal propósito da atividade de análise de sistem as é transform ar as necessidades do usuário em um a especificação form al.

Existem diferentes tipos de m odelos que podem ser desenvolvidos, seguindo diferent es abordagens. Neste trabalho a abordagem adotada é a Análise Orientada a Obj etos.

A orient ação a obj et os é um paradigm a de análise, proj eto e program ação de sistem as de inform ação, baseado na com posição e na interação entre diversas unidades do sistem a, cham adas de obj etos. A análise e proj et o orient ados a obj et os têm com o m et a ident ificar o m elhor conj unt o de obj et os para descrever um sist em a. O funcionam ent o dest e sistem a se dá através do relacionam ento e troca de m ensagens entre estes obj etos.

A adoção das m etodologias de desenvolvim ento orientadas a obj etos com o um padrão de m ercado levou a um a m udança radical na estruturação e organização de sistem as de inform ação. Para que os desenvolvedores pudessem visualizar os produtos de seu t rabalho em diagram as padronizados, adot ou- se a Linguagem de Modelagem Unificada ( UML- Unified Modeling Language)( 9).

A prim eira versão da UML surgiu em 1996 com a fusão das m etodologias de m odelagem Obj ect Modeling Technique ( OMT) de I var Jacobson, Obj ect -Orient ed Soft ware Engineering ( OOSE) de Jam es Rum baugh e o m ét odo Booch de Grady Booch. Em

1997, o Grupo de Gerenciam ento de Obj etos ( OMG - Obj ect Managem ent Group) , que é um a organização int ernacional para cert ificar padrões para aplicações baseadas na orient ação a obj et os, reconheceu a UML com o um a linguagem padrão de m odelagem . Após a cert ificação, a UML se t ornou um padrão para a m odelagem de sistem as, sendo em pregada para a visualização, especificação, construção e docum entação de sistem as( 10).

A UML é um a das linguagens m ais expressivas para m odelagem de sistem as, facilitando a com unicação entre as pessoas envolvidas no processo de desenvolvim ento de sistem as. A UML é representada por um a série de diagram as, os quais são representações sim plificadas do m undo real e representam um a coleção das m elhores práticas de engenharia com sucesso com provado na m odelagem de sist em as.

Devido a UML ser um padrão para a m odelagem de sistem as, neste trabalho foram desenvolvidos os diagram as da UML para a visualização, especificação, construção e docum entação do sistem a. A seguir são descritos os diagram as ut ilizados neste trabalho, seus principais obj etivos e seus com ponentes.

x Diagram a de Casos de Uso

Os diagram as de casos de uso ( Figura 1) são considerados fundam entais na m odelagem de sistem as, pois identificam as interações necessárias descobertas durante o levantam ento de requisitos do sistem a. Nesse diagram a, os usuários, equipam entos, banco de dados, ou m esm o out ros sist em as que possam interagir com o sistem a a ser desenvolvido, são representados por atores (st ickm an) ; os casos de uso ( ações) são representados por elipses; e as interações entre os atores e os casos de uso são representadas por um a linha contínua( 11).

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x Diagram a de Sequência

Os diagram as de seqüência são elaborados para acrescentarem inform ações aos casos de uso. Esse tipo de diagram a apresenta a dinâm ica das operações e interações entre os atores e obj etos envolvidos com o sistem a( 12). O diagram a de seqüência ( Figura 2) é com posto por atores, obj etos e m ensagens, sendo os

obj etos representados por retângulos sobre um a linha t racej ada denom inada linha da vida, por representar a vida do obj eto na interação do sistem a. A m ensagem é representada por um a linha com um a seta na ponta indicando a direção da m ensagem ent re dois obj et os.

Figura 2 : Not ação do diagram a de sequência na not ação UML.

x Diagram a de Classes

O diagram a de classes ( Figura 3) representa as interações estáticas e as classes envolvidas no sist em a, perm it indo t am bém ident ificar as

hierarquias das classes, representadas por heranças e agregações. A herança é a capacidade de um a classe herdar atributos de um a classe do nível superior.

Figura 3 : Not ação do diagram a de classes na not ação UML. A classe é representada em form a retangular

com seu nom e, os respectivos atributos, que são as características ou propriedades de um a classe, e as operações associadas a cada classe. As operações em

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quais se dest acam a agregação, generalização e associação ( n- ária, binária ou t ernária) .

A associação denot a um relacionam ent o sem ântico entre as classes sendo representada por um a linha sólida entre as m esm as( 13). Podem ainda receber um nom e, papel ou m ultiplicidades para explicar a natureza do relacionam ent o. A agregação é um tipo de associação especial, que representa que um obj eto considerado com o “ todo” é com posto de outros obj et os considerados com o “ as partes” . Na UML este tipo de associação é representado por um losango aberto, o qual diferencia o todo das partes( 10). Outro tipo de associação é a generalização ( herança) , a qual em UML é representada por um a seta não preenchida indicando que um a subclasse é um t ipo m ais específico de um a classe.

Nesse cont ext o, est e t rabalho t eve com o obj etivo apresentar a especificação de um sistem a de inform ação de m icroáreas de riscos ( SI AR) referent e às condições am bientais e de infra- estrutura contidas na m icroárea. O desenvolvim ento do SI AR pode cont ribuir para o arm azenam ent o e a recuperação de inform ações sobre o am biente físico das m icroáreas, de m aneira atualizada e específica para cada m icroárea, através de inform ações fornecidas pelos agentes com unitários de saúde, facilitando assim a etapa de coleta de dados para classificar as m icroáreas em relação ao risco.

M ÉTODOS

Trata- se de um a pesquisa de desenvolvim ento realizada na cidade de Curitiba- PR, no decorrer do ano de 2007 e operacionalizada em quatro etapas.

A prim eira etapa, realizada para definir os requisitos funcionais e não funcionais necessários para a construção do SI AR foi realizada em um a sessão de brainst orm ( reunião com usuários e desenvolvedores do sistem a proposto para realizar o levantam ento dos requisitos) com especialistas da área da saúde pública, na qual foram identificados os lim ites do SI AR e encontradas alternativas para os problem as identificados.

Na segunda etapa foram definidos os atributos ( dados a serem arm azenados) , sendo necessário para isso realizar um a revisão de literatura sobre as condições am bientais e de infra- estrutura que podem ser considerados com o riscos ou pot encialidades na com unidade. A part ir da revisão de literat ura foi elaborada um a lista com os atributos considerados com o riscos e potencialidades de um a com unidade em relação a sua saúde, form ando a base para a construção de um questionário com questões fechadas, no m odelo de escala de validação. Com o m odelo estruturado de escala de validação foi utilizada a escala de Likert, a qual é com posta por um a lista de questões a serem respondidas por afirm ações que são representadas com o:

indispensável, recom endável ou irrelevante( 14) conform e o j ulgam ento de cada especialista em relação ao at ributo e sua im portância para o processo saúde- doença na com unidade.

Os atributos considerados riscos foram entendidos com o aqueles que quando present es aum entam a probabilidade dos indivíduos em sofrer agravos à saúde, dent re eles: a falta de saneam ento e energia elétrica, presença de fontes cont am inadoras do solo ou ar, ent re out ros. Com base em Santos e Noronha ( 2001)( 15) e Tom asi ( 2003)( 16), os atributos potencializadores para a saúde da com unidade foram considerados com o aqueles que constituem um m eio disponível para m elhorar a saúde da com unidade, com o escolas, creches, acessibilidade ent re outros.

A terceira etapa envolveu a aplicação de um questionário estruturado com questões fechadas para oito especialistas, dentre eles cinco enferm eiros e três m édicos, a fim de identificar atributos relevantes para avaliar o risco contido no am biente físico de um a m icroárea. A seleção dos especialistas teve os seguintes critérios de inclusão: profissionais com form ação de nível superior na área da saúde em enferm agem , m edicina ou odontologia; com atuação na área da saúde coletiva por no m ínim o dois anos; vinculados à área acadêm ica e com titulação m ínim a de m est re.

A am ost ra dest a etapa se lim itou a oito part icipantes por ocorrer a partir deste núm ero, a sat uração dos dados, ou sej a, as inform ações com partilhadas se tornaram repetitivas. O preenchim ento do quest ionário pelos especialistas ocorreu conform e a disponibilidade dos m esm os, sendo realizado de fevereiro a abril de 2007 na cidade de Curitiba/ PR.

Devido à etapa de aplicação de um instrum ento para coleta de dados envolver a participação de seres hum anos, foi necessário à aprovação pelo com it ê de ética da PUCPR sob o registro n° 1442, respeitando a resolução 196/ 96.

Para finalizar a proposta do estudo a quarta etapa se constituiu na especificação do sistem a. Para isso foi utilizado o paradigm a da orientação a obj etos, aplicando- se a UML. Nessa etapa foram elaborados os diagram as de casos de uso, de seqüência e de classes. Para isso foi utilizada a ferram enta para m odelagem orientada a obj etos JUDE( 17) e alguns dos diagram as desenvolvidos são apresent ados e discutidos a seguir.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

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instituições de ensino, segurança, saneam ento e esgoto, coleta de lixo, aglom erado de casas sem regularização construídas sem padrão de urbanização e fornecim ento de água e energia elétrica( 18).

Foram relacionados, com o fat ores de risco am biental, a geografia e dem ografia local, a presença de vetores e as condições hidrográficas com o presença de rios, cavas e valetas contam inadas( 19).

O conj unt o de atributos apresentado no Quadro 1 foi considerado pelos especialist as com o essenciais para caracterizar com o risco ou não risco um a m icroárea em relação ao seu am biente físico. Estes atributos envolvem as condições de infra- estrutura, hidrografia, solo, área de lazer, características da com unidade e vetores.

Quadro 1 : Conj unto de atributos para classificar um a m icroárea em relação ao am biente físico

Equipam entos sociais I nfra- est rut ura

1 Escola pública 21 Distribuição de energia elétrica

2 Creche pública 22 I lum inação pública

3 Proj etos públicos disponib. para crianças 23 Abastecim ento de água 4 I grej a ( qualquer religião) 24 Rede de esgoto

5 Policiam ent o 25 Colet a de lixo

6 Unidade de saúde 26 Malha viária

Com ércio 27 Barreiras de acesso da com unidade

7 Farm ácia 28 Transport es

8 Mercado Com unidade

Áreas de lazer 29 Distribuição das m oradias

9 Parques ou praças 30 Tipos de m oradias

10 Cancha para esport e 31 Área da const rução das casas

Hidrografia 32 Microárea considerada violent a

11 Rios 33 Existência de I ndústrias poluentes

12 Cavas 34 Plantações

13 Córregos 35 Vazios Urbanos

14 Açudes Vet ores

Solo 36 Gatos

15 Terreno inclinado 37 Cachorros

16 Terreno baixo 38 Pom bos

17 Terreno úm ido const ant em ent e 39 Rat os

18 Terreno seco 40 Cavalos

19 Terreno plano 41 Vacas

20 Terreno área de at erro

Este conj unto de atributos pode colaborar para diversos fins, entre eles, na construção de um form ulário para a orientação da coleta de dados no m om ento de realizar a análise de um território. Cabe lem brar que estes atributos são referentes apenas às condições do am bient e físico da m icroárea.

Alguns destes atributos podem ser alterados por políticas públicas, out ros, com a cont ribuição da com unidade. Assim , um sist em a de inform ação que m onitore as condições dest es at ributos, pode colaborar para o planej am ento de ações no nível local, assim com o, pode servir para os gestores m unicipais realizarem planej am entos e distribuição de ações para a m elhoria da qualidade de vida da população.

A part ir do levant am ent o dos requisit os do sistem a e com os atributos validados, foi possível elaborar os diagram as ut ilizando a UML.

O diagram a de casos de uso representa os cenários de aplicação do SI AR, envolvendo os atores e suas interações. O diagram a de seqüência m ostra com o os obj etos com unicam - se através de fluxo de m ensagens e o diagram a de classes representa a persistência dos obj etos e o com portam ento dos m esm os no sist em a.

Diagram a de Casos de Uso

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Figura 4 : Diagram a de casos de uso - SI AR O ator ACS representa o agente com unitário de

saúde, o qual participa registrando os dados colet ados durant e sua visit a na m icroárea. Esse registro pode ser efetuado em períodos pré-estabelecidos conform e a necessidade que a equipe tem em utilizar os dados. Após executar o caso de uso “ Manter Microárea” os casos de uso “ Manter infra- estrutura” e “ Manter condição am bient al” são tam bém executados, atualizando a base de dados do sistem a. O enferm eiro é um ator que participa na m anutenção dos regist ros e conferência e confirm ação dos dados referent es à m icroárea, por ser o profissional responsável pelo ACS. Essas atividades perm item ao enferm eiro questionar sobre os dados inseridos e auxilia no acom panham ento das m udanças ocorridas na com unidade.

O ator equipe de saúde representa a equipe m ultiprofissional que at ua em um a unidade de saúde. Essa equipe pode ser form ada por enferm eiros, m édicos, auxiliares de enferm agem , agentes com unitários e outros profissionais envolvidos com o processo de análise das condições da com unidade, com o gestores e técnicos do m unicípio. O papel da equipe de saúde é consult ar o SI AR com o form a de obter um a com plem entação dos dados necessários para a análise das m icroáreas em relação às características am bientais e de infra- estrutura.

A grande preocupação no desenvolvim ent o de sistem as na área da saúde é a operacionalidade do

sistem a e seu beneficio para o usuário final. I sto ocorre porque m uitos sistem as são subutilizados devido a sua com plexidade, operacionalidade e interface de difícil com preensão, além de não produzirem resultados finais satisfatórios, o que m uitas vezes, acaba gerando dados não confiáveis( 16,19- 20).

A participação efetiva dos usuários do sistem a durante a sua especificação e post eriorm ente na sua validação é fundam ental para o seu sucesso, pois desta form a há um a m aior garantia de que o sistem a ficará de acordo com o esperado e at enderá as suas necessidades.

Diagram a de Sequencia

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Figura 5 : Diagram a de sequencia do SI AR Foi elaborado um diagram a de sequencia para

cada caso de uso identificado no diagram a de casos de uso, sendo exem plificado aqui por apenas um diagram a de sequencia.

Neste diagram a o ator ACS inicia o processo registrando os dados referentes às condições das m icroáreas no SI AR. Em seguida o enferm eiro visualiza os dados regist rados para conferência. Se os dados estiverem corret os, ele confirm a os dados.

O final da seqüência de utilização do sistem a é representado por um X no final da linha da vida do enferm eiro. Finalm ent e, o SI AR ret orna um resultado referente à classificação de risco da m icroárea e os dados e inform ações serão arm azenados form ando um a base de dados para posterior recuperação e utilização.

Atualm ente, apesar do grande núm ero de dados colet ados e arm azenados, perm anece a falt a de capacitação e infra- estrutura das equipes e de program as com putacionais tanto locais com o centrais que m anipulem os dados e produzam inform ações úteis aos gestores e usuários do sistem a( 16- 17).

Ainda, as inform ações m uit as vezes se encont ram distantes dos usuários dos sist em as por estes não entenderem a finalidade e im portância dos sistem as de inform ações. Este fato ainda se agrava devido os sistem as retornarem inform ações que não condizem com a realidade local, inutilizando assim os sist em as.

Diagram a de Classes Conceit ual

Cada área de atuação de um a equipe do PSF recebe subdivisões denom inadas de m icroáreas, a

qual é o cam po de atuação dos agentes com unitários de saúde ( ACS) . Para ser realizada a divisão da m icroárea pela qual o ACS fica responsável é considerado a hom ogeneidade sócio- econôm ica e a distribuição geográfica da população que ali reside.

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Figura 6 : Diagram a de classes conceit ual do SI AR No diagram a de classes, a m icroárea

corresponde a um a localidade que com põe a área de abrangência de um a unidade de saúde e é avaliada por um a equipe com posta por profissionais de saúde. Os profissionais de saúde possuem atributos em com um , isso é representado através da generalização ( herança) da classe profissional de saúde. A associação “ é responsável” entre as classes “ enferm eiro” e “ auxiliar de enferm agem ” e entre

“ enferm eiro” e “ agent e com unitário” indica que um enferm eiro é responsável por um ou m ais auxiliares de enferm agem e agent es com unitários que colet am dados das m icroáreas. A classe m icroárea é com posta por classes que representam as condições am bient ais e de infra- estrutura da região.

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SI AR. Com isso, se pode ant ecipar deficiências nas classes em relação à falta de algum a variável ( atributo) que pode ser necessária ao usuário, im pedindo que o program ador sofra o desgaste para desenvolver o sistem a.

CON SI DERAÇÕES FI N AI S

A fase de análise de um sistem a de inform ação, t am bém conhecida com o m odelagem ou especificação de sistem a, envolve o desenvolvim ento de m odelos visuais, cham ados de diagram as. Os m odelos visuais são um a representação abstrat a de algum a coisa e cont êm som ente os detalhes pertinentes para que sej a possível o seu entendim ent o.

Os m odelos visuais são escritos em linguagem visual, a qual é com posta por sím bolos gráficos que têm algum significado e regras sobre quais sím bolos podem ser usados e onde. O valor dos m odelos visuais está na sua habilidade em sucintam ent e com unicar um a grande quantidade de inform ação com plexa e têm 3 benefícios principais: ( i) aj udam a entender um problem a; ( ii) aj udam na com unicação com out ras pessoas que falam a m esm a linguagem visual; e (iii) podem ser utilizados para produzir novos obj etos e m odelos.

A especificação de um sist em a ut ilizando um a linguagem padronizada é necessária para facilitar a com unicação entre os analistas de sistem as ( responsáveis pelas fases de levantam ento dos requisit os e análise do sistem a) e o tim e de desenvolvim ento ( responsáveis pela im plem entação) .

Para m ont ar m odelos com plexos, o desenvolvedor precisa abstrair diferentes visões do sist em a, m ont ar m odelos com notações exat as, verificar se os m odelos satisfazem aos requisitos do sistem a e acrescentar detalhes gradualm ente, a fim de t ransform ar os m odelos em um a im plem ent ação.

Neste trabalho foi utilizada a UML com o linguagem visual para a construção de m odelos visuais para a especificação de um sist em a de inform ação para m icroáreas de risco.

A especificação de um sistem a é prim ordial para a im plem entação de um sistem a que at enda as necessidades do usuário, além de oferecer um a docum entação útil para a im plem entação do sistem a e sua post erior m anutenção. As falhas de proj et o que aparecem durante a im plem entação são m ais dispendiosas de corrigir do que aquelas encontradas ant eriorm ent e.

A caract erização de um a área de risco é um im port ant e inst rum ent o t ant o gerencial com o assistencial. Essa caracterização realizada com o auxílio de um sistem a com put acional poderá m elhorar a sistem atização da entrada e análise de dados, otim izando as ações a serem desenvolvidas pelas equipes de saúde.

Ao consult ar o SI AR a equipe poderá obt er dados das reais condições de cada com unidade, o que faz com que ao planej ar ações estas sej am voltadas aos problem as locais. Com ist o, o planej am ent o de intervenções pode se tornar m ais assertivo e resolut ivo, produzindo um m ovim ento orient ado à qualidade de vida da com unidade.

Um sistem a com estas características, além de apoiar a decisão na classificação das m icroáreas em relação ao risco, tam bém perm ite m anter a m onit orização const ant e sobre as condições da região, por perm itir o arm azenam ento de um conj unto de caract erísticas local.

Com a base de dados do SI AR disponível será possível realizar inúm eras out ras pesquisas, inclusive utilizar técnicas da inteligência artificial para m inim izar e auxiliar ainda m ais o ACS e os órgãos governam ent ais nas suas atividades e decisões.

At ualm ent e, o SI AR está sendo im plem entado na linguagem de program ação Java e será disponibilizado via Web. Além disso, algoritm os de m ineração de dados (dat a m ining) estão sendo testados para realizar a classificação de m icroáreas em relação aos riscos, com o obj etivo de indicar as áreas onde as com unidades estão m ais expost as ao risco à saúde considerando os fatores am bientais e de infra- est rut ura.

Profissionais da saúde que possuam algum conhecim ento de análise e proj eto de sistem as e UML são capazes de produzir alguns m odelos visuais para expressar as suas necessidades, além de facilit ar a sua com unicação com equipes de desenvolvim ent o. I sso poderá refletir em um sistem a de inform ação que at enda as suas necessidades.

REFERÊN CI AS

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Artigo recebido em 10.09.08.

Imagem

Figura 1 : Not ação do diagram a de casos de uso na not ação UML.
Figura 2 : Not ação do diagram a de sequência na not ação UML.
Diagram a de Casos de Uso
Figura 4 : Diagram a de casos de uso -  SI AR  O ator ACS representa o agente com unitário de
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