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STENOSTYGNOIDES CALIGINOS US, SP. N., PRIMEIRO REGISTRO DE STYGNIDAE CAVERNICOLA (OPILIONES: LANIATORES)

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Academic year: 2021

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CDI: 595.20981 15

STENOSTYGNOIDES CALIGINOS US, SP. N., PRIMEIRO REGISTRO DE STYGNIDAE CAVERNICOLA (OPILIONES: LANIATORES)

r

Ricardo pinto-da-~ochal

RESUMO

-

Stenostygnoides caliginosus, sp. n., e descrita de cavernas do Estado do Park Norte do Brasil. Este e o primeiro registro de opili6es cavernicolas da familia Stygnidae.

' -

PALAVRAS-CHAVE: Opiliones, Stygnidae, cavernas, Brasil.

. -

ABSTRACT- Stenostygnoides caliginosus, sp. n., is described from caves of Para state, northern Brazil. This is the first record of cavernicolous opilionids of the family Stygnidae.

KEY WORDS: Opiliones, Stygnidae, caves, Brazil.

0 s opilides Laniatores siio o g r u p mais freqiientemente encontrado nas cavernas brasileiras. 0 s Palpatores, pel0 contrtkio, siio pouco encontrados nesse ambiente, sendo provavelmente acidentais (Trajano 1987).

0 s Laniatores cavernicolas neotropicais siio representados por Phalange didae (Mexico, Guatemala, Venezuela, Equador, Brasil), Gonyleptidae (Vene-

Museu de Hist6ria Natural "Cap50 da Imbuia", Rua Benedito Conceiq50, 407, Curitiba, Parank Brasil, 82500.

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nunca havia' sido . citada para o arnbiente cavemicola, constituindo-se

Sten0;tygnoides caliginosus, sp. n. (Phareinae), o primeiro registro da farnilia para o meio hip6geo.

0 material estudado encontra-se depositado no Museu de Zoologia da Universidade de S5o Paulo (MZSP), Museu de Historia Natural "Cap50 da Im6uiaY', Curitiba, Parana (MHNCI), e na Coleqlo Helia Soares, UNESP

-

Botucatu, S5o Paulo (HS).

As medidas foram realizadas em ocular micrometrica acoplada a micros- copio estereoscopico e e s a o expressas em milimetros.

Stenostygnoides caliginosus sp. n.

(Figuras 1-5)

Etimologia

0 epiteto especifico e urn adjetivo latino que significa sombrio ou tenebroso, em referbncia ao ambiente cavemicola;, onde toda a serie-tip0 foi coligida.

Diagnose

1

Stenostygnoides caliginosus sp. n. distingue-se de S. cosmetitarsus Roewer 191 3, por niio apresentar os dois primeiros articulos do tarso I intumescidos. Difere de S. gracilis (Roewer 1943), pel0 corpo bem mais granuloso e pel0 sulco I1 quase tocando o sulco I.

DescriccZo do holotipo macho

Comprimento do escudo dorsal 3,00, comprimento do cefalotorax 1,20, largura do cefalotorax 2,24, largura miixima do escudo dorsal 2,12.

Face dorsal (Figura 1) - Escudo dorsal de formato retangular, com os hgulos anteriores e posteriores retos. Borda anterior com uma fileira de pequenos grinulos, corn uma projeqlo rnediana pequena entre as queliceras e outra rnaior na porqiio externa do segment0 proximal (I) da quelicera. Cefalo- tbrax inerme, convexo, mais alto que a iuea 111, corn muitos granulos piliferos irregularmente dispostos. Olhos muito afastados entre si, situados junto ao sulco I. Areas I-IV corn grkulos piliferos esparsos. Sulco I1 proximo ao sulco I. Area I11 armada com urn par de espinhos retos dirigidos para tras. Area V corn duas fileiras de grdnulos piliferos. Margem lateral com uma fileira longitudinal de grinulos piliferos em toda sua extenslo. Tergitos livres 1-111 inermes, I e I1 corn urna fileira de grinulos piliferos, I11 corn duas fileiras de grinulos piliferos. Placa anal granulosa.

Face ventral - Coxa I com 3 fileiras transversais de granulos piliferos,

sendo a central maior. Coxa I1 e I11 corn 3 fileiras de grinulos. Coxa IV

irregularmente granulosa. Placa anal ventral corn poucos grhulos. Esternitos

livres com uma fileira de grinulos piliferos.

(3)

Stenostygnoides caliginosus. s p . ~ r . Stygnidae cavemicola

Figura 1 - Stenostygnoides caliginosus, sp.n., holotipo macho, vista dorsal.

(4)

Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi, ser. Zool.. 6(2), 1990

Quelicera (Figura 2)

-

Segmento I (proximal) corn 3 granulos na porqlo mais dilatada. Segmento I1 (distal) muito robusto, corn pUos em toda a superficie, quelas denteadas.

Palpos (Figura 3)

-

Coxa corn dois grhulos dorsais laterais. Trocanter liso.

Fkmur rnais longo que o escudo dorsal, sem espinho apical interno. Patela lisa.

Tibia corn 5 espinhos externos e 5 internos. Tarsos corn 6 externos e 5 internos.

Unha tarsal longa, curva e lisa.

Pernas

-

Pernas I-IV granulosas. Coxa I e I1 corn dois tuberculos basais.

Fkmures I-IV retos. Fkmur I1 corn dois tuberculos apicais. Fkrnur IV mais dilatado no apice, corn 3 tuberculos dorsais, sendo os laterais rnaiores. Proporqlo astragalo/calcineo de 5/2, 111, 2/1, 211. Tarsos corn 7(3), 17/18(3), 6, 7 segmentos. Unhas lisas, com pseudoniqueo. As medidas dos apkndices est5o expressas na Tabela 1.

Tabela 1 - Medidas dos apkndices do holotipo macho de Stenostygnoides caliginosus, sp. n.

Tr Fe Pa Ti Mt Ta Total

Perna I 0,44 3,20 1,04 2,40 4,04 2,08 13,20 I1 0,56 5,42 1,04 5,48 5,75 5,58 23,83 I11 0,64 3,75 1,08 2,56 4,36 2,28 14,67 IV 0,68 5,42 1,04 3,32 6,OO 3,OO 19,46

palp0 0,44 3,40 2,44 1,32

-

1,OO 8,60

Penis (Figuras 4, 5) - Tronco cilindrico e delgado, com porqiio apical g l e bosa e rugosa. Placa ventral de forma hexagonal, corn 3 espinhos na rnargern late- ral superior e 4 na margem lateral inferior. Glande rugosa com o ramo dorsal (contendo o ducto ejaculatorio) corn pequenos espinhos no apice, ramo ventral menor, de forma triangular.

Coloraqiio - Escudo dorsal pardo-escuro com pequenas manchas negras esparsas. Margern lateral e espinhos da Area I11 enegrecidos. Quelicera e palpo amarelos e reticulados.

Cornprimento do escudo dorsal 2,88, comprimento do cefalotorax 1,16, largura mixirna do escudo dorsal 1,92, largura mixima do cefalotorax 2,12.

Semelhante ao macho. Cefalotorax menos granuloso. Segmento I1 da

quelicera rnenos desenvolvido que o do macho. Fkmur IV reto, provido de dois

tuberculos no apice, porqlo distal de mesmo d i h e t r o da basal. Tarso com 7(3),

15/17(3), 6,7 segmentos. Colorido semelhante ao macho, porem urn pouco mais

claro. As medidas dos apkndices do alotipo fkmea estiio expressas na Tabela 2.

(5)

Figuras 2-5 - Stenostygnoides caliginosus, sp.n., holotipo macho. 2. Segmento I1 da quelicera; 3.

Palpo; 4. Vista dorsal do p6nis; 5 . Vista lateral do p6nis.

(6)

Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi, skr. Zool., 6(2), 1990

Tabela 2 - Medidas dos apkndices do alotipo fkmea de Stenostygnaides caliginosus, sp. n.

Tr Fe Pa Ti Mt Ta Total

Perna I 0,40 3,OO 0,88 2,24 4,04 2,04 12,60

I1 0,48 6,25 1,16 2,42 5,50 7,83 23,64 \

I11 0,52 3,75 1,OO 2,52 4,36 2,44 14,59 IV 0,48 5,58 1,16 3,32 6,17 3,40 20,ll

Palpo 0,36 3,33 2,75 1,12

-

1,04 8,60

Registrado somente para as cavernas Limoeiro (03'32'20"S, 52"47'07"W, alt. 250 m) e ~edradaCachoeira(O3"18'43"~, 52'20'28"~, alt. 158 m), arnbas situadas em rocha arenitica, Par& norte do Brasil.

Material estudado

Um macho, holotipo (MZSP-10562), 17-X- 1988, E. Trajano leg., Ca- verna do Limoeiro, municipio de Medicilkdia, Par& Brasil; uma fkmea, alotipo, (MZSP-10563), idem; um macho e uma fkmea, paratipos (MHNCI-6464), idem; duas fkmeas, paratipos (MHNCI-6465), 21-X-1988, E. Trajano leg., Caverna Pedra da Cachoeira, municipio de Altamira, Para, Brasil; duas fkmeas paratipos (HS-891), idem.

AGRADECIMENTOS

A Dra. Helia E. M. Soares (UNESP

-

Botucatu) pel0 incentivo, orientaqgo e sugest6es; Adriano B. Kury (UFRJ e MNRJ) pelas criticas ao manuscrito; Dra. Eleonora Trajano (IBUSP) pel0 material cedido; Dr. Ciaudio Barros de Carvalho (Depto. de Zoologia, UFPR) pe10,apoio e a Fernando Costa Straube (MHNCI) pelos desenhos.

REFEIU~NCIAS BIBLIOGFL~FICAS

ROEWER, C.F. 191 3. Die Familie der Gonyleptiden der Opilioiics-L3^n.iatores. Arch. ~ a r u r ~ e s c l r , Brernen, 27(2): 179-284.

ROEWER, C.F. 1943, Uber Gonyleptiden. Weitere Weberknechte (Arach. Opil.) XI.

Senckenbergiana, Frankfurt, 26(1-3): 12-68.

TRAJANO, E. 1987. Fauna cavemicola brasileira: composi~lo e caracterizaqio prelirninar. Revta bras. Zool., S i o Paulo, 3(8):533-561.

Referências

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