• Nenhum resultado encontrado

POLIFARMÁCIA E OS FATORES ASSOCIADOS AO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "POLIFARMÁCIA E OS FATORES ASSOCIADOS AO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

POLIFARMÁCIA E OS FATORES ASSOCIADOS AO USO RACIONAL

DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Área temática: Indicadores Sociais de saúde

MENDES, Thais Silva ¹

POLO, Maria Victória Marques ² DAMIANCE, Patrícia Ribeiro Mattar ³

1-2: Discentes do curso de graduação em medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA). 3: Docente do curso de graduação em medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA).

RESUMO: Na área da saúde do idoso, pesquisas apontam que idosos inseridos em

residenciais de cuidados de longa permanência de natureza filantrópica ingerem maior quantidade de medicamentos quando comparados aos moradores em comunidades e em residenciais não filantrópicos. Este estudo teve por objetivo analisar a polifarmácia e os fatores associados ao uso racional de medicamentos em idosos moradores de residenciais filantrópicos na perspectiva do cuidado nas condições crônicas de saúde. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida junto 68 prontuários, prescrições médicas e/ou aos registros de administração de medicamentos de idosos em situação de filantropia, em um município do Vale do Paranapanema. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento com variáveis epidemiológicas e clínicas. A análise dos dados se deu por meio de frequência absoluta e relativa. Em relação às características sociodemográficas e de saúde, verificou-se que maioria dos prontuários e/ou registros de administração de medicamentos eram de mulheres; na quarta idade; brancas; solteiras e viúvas, com, no mínimo, uma doença crônica não transmissível. A polifarmácia fazia parte da vida de setenta e cinco por cento dos idosos. Os idosos não tinham acesso às suas prescrições e desconheciam à terapia medicamentosa, pois a equipe de saúde detinha o manejo da terapia e das informações. Conclui-se que analisar a polifarmácia e o uso racional de medicamentos junto a idosos em residenciais filantrópicos pode potencializar o diagnóstico situacional, a elaboração de estratégias de enfrentamento das problemáticas relacionadas ao consumo de medicamentos e o cuidado nas condições crônicas e institucionais de saúde.

DESCRITORES: Idosos institucionalizados; Instituições de longa Permanência;

Polifarmácia; Indicadores básicos de saúde.

(2)

long-term care homes of a philanthropic nature ingest a greater amount of medication when compared to residents in communities and non-philanthropic homes. This study aimed to analyze the polypharmacy and the factors associated with the rational use of medicines in elderly residents of philanthropic residences from the perspective of care in chronic health conditions. This is a research carried out with 68 medical records, medical prescriptions and / or records of medication administration for elderly people in philanthropic situations, in a municipality in the Paranapanema Valley. Data collection was performed using an instrument with epidemiological and clinical variables. Data analysis was done through absolute and relative frequency. Regarding sociodemographic and health characteristics, it was found that most medical records and / or medication administration records were women; in the fourth age; white; unmarried women and widows, with at least one chronic non-communicable disease. Polypharmacy was part of the lives of seventy-five percent of the elderly. The elderly did not have access to their prescriptions and were unaware of drug therapy, as the health team was in charge of handling the therapy. It is concluded that analyzing the polypharmacy and the rational use of medicines with the elderly in philanthropic residences can potentiate the situational diagnosis, the elaboration of strategies to face the problems related to the consumption of medicines and the care in chronic and institutional health condition.

KEYWORDS: institutionalized elderly; Long-term institutions; Polypharmacy; Health Status

Indicators.

INTRODUÇÃO

Na área da saúde do idoso, a polifarmácia é uma realidade apesar de inconsistências teórico-conceituais quanto à sua definição. Ela pode ser definida como o “uso de cinco ou mais medicamentos”, bem como o “uso de pelo menos um medicamento potencialmente inapropriado” ou ainda “mais medicamentos usados do que clinicamente indicados”. Na maioria dos estudos, o primeiro conceito é o mais utilizado e é o assumido pelo Ministério da Saúde, na caderneta de saúde da pessoa idosa e em outras publicações (BRASIL, 2017; FREITAS, 2016, p. 1629).

(3)

Além da polifarmácia outro fator que contribui para a maior incidência de desfechos desfavoráveis em idosos é o uso de medicamentos inapropriados, que são definidos como aqueles que não possuem evidências específicas de sua eficácia ou seus efeitos adversos superam seus benefícios clínicos. A partir de recomendações baseadas em evidências formularam-se listas de medicamentos considerados inapropriados para idosos e as mais utilizadas são os critérios de Beers, da Sociedade Americana de Geriatra (AGS) e o critério STOPP/START (FREITAS, 2016).

Os critérios de Beers formam um grupo de normas de confronto explícitas que identificam e classificam os medicamentos potencialmente inapropriados para idosos, bem como aqueles que apresentam riscos associados. Em 2012, a Sociedade Americana de Geriatria (SAG) revisou esse critério e classificou os medicamentos inapropriados em três categorias: potencialmente inapropriados para idosos; potencialmente inapropriados de acordo com as doenças e síndromes dos idosos e os que devem ser usados com cautela em idosos. Na penúltima versão dos critérios, atualizada em 2015, a SAG acrescentou uma lista de alternativas aos medicamentos considerados de alto risco para idosos (FREITAS, 2016). Já o critério STOPP/START se refere às prescrições consideradas potencialmente inapropriadas e englobam os medicamentos potencialmente inapropriados (STOPP) e as potenciais omissões prescritórias (START). Este último termo pode ser entendido como medicamentos que se omitidos podem gerar danos, porém muitas vezes não são prescritos para idosos, pois tem grande probabilidade de causarem efeitos adversos (FREITAS, 2016).

A promoção do uso racional de medicamentos pela população idosa é essencial para prevenção de eventos adversos e para a garantia uma farmacoterapia eficiente e segura. Em relação à segurança medicamentosa, a compreensão do que significa evento adverso e de como notificá-lo é uma ação relevante para o registro de dados e produção de informações em farmacovigilância principalmente em idosos institucionalizados, que são mais vulneráveis a eventos adversos causados por desvios na qualidade dos medicamentos, erros de dosagem e de medicação, intoxicações e interações medicamentosas (LOPES et al. 2016).

(4)

quantidade de medicamentos maior o risco, incluindo efeitos graves como óbito (GAUTÉRIO, 2012; LOPES, 2016).

Aprofundando-se a discussão, as alterações anatômicas e fisiológicas intrínsecas ao envelhecimento modificam os processos farmacocinéticos e farmacodinâmicos dos medicamentos, impactando de modo pouco significativo na absorção e muito significante na distribuição, no metabolismo e na excreção de fármacos, bem como no efeito desses fármacos nos órgãos e tecidos alvos. Mudanças como o aumento do tecido adiposo corporal, entre 20 e 40%; a diminuição da massa hídrica e da albumina sérica, que pode ocorrer principalmente em idosos mais frágeis, afeta a distribuição dos fármacos aumentando à meia-vida das drogas lipossolúveis, diminuindo a das hidrossolúveis e aumentando a fração livre de fármacos ligados a albumina. A redução do fluxo sanguíneo hepático e da atividade do citocromo P-450 diminui o metabolismo dos fármacos fluxo-dependente e oxidativos. A excreção renal é afetada devido à diminuição da massa renal total, do fluxo plasmático renal e da taxa de filtração glomerular (FREITAS, 2016).

Considerando-se a farmacodinâmica e seus processos, no envelhecimento propicia modificações em receptores e sítios de ação e nos mecanismos homeostáticos aumentando, por exemplo, o risco de hipotensão ortostática pelo uso de antihipertensivos entre outros problemas de saúde relacionados a terapias com fármacos, tais como: interação medicamentosa e efeitos adversos (FREITAS, 2016; GAUTÉRIO, 2012).

Finalizando-se a exposição e valorizando-se as problemáticas da polifarmácia, em idosos que não residem em domicílio próprio, pesquisas apontam que idosos inseridos em Residências de Cuidados de Longa Permanência de idosos (RCLP) de natureza filantrópica ingerem maior quantidade de medicamentos quando comparados a idosos residentes em comunidades e em Instituições não filantrópicas (SMANIOTO, 2013). Os idosos residentes em RCLP possuem risco elevado de sofrerem as consequências da polifarmácia, pois apresentam mais doenças limitantes, pré-disposição à fragilidade e baixa funcionalidade. Quanto maior o tempo de institucionalização maior o risco de problemas relacionados à polifarmácia (GAUTÉRIO, 2012).

(5)

uso racional entre os envolvidos na produção da saúde e do cuidado. As Instituições filantrópicas não possuem plano de descarte para os medicamentos vencidos, perdidos ou substituídos. Estes são desprezados, muitas vezes, junto ao lixo orgânico e a rede de coleta pública de esgoto. As diretrizes terapêuticas e operacionais em relação ao uso racional de medicamentos e ao manejo de reações adversas também não são observadas, assim como as diretrizes para descarte consciente e seguro de medicamentos, sob a ótica da conservação, reaproveitamento e descarte (PANES et al., 2017).

Diante dessas constatações, buscam-se respostas as seguintes questões: como se configura a polifarmácia em idosos inseridos em RCLP de natureza filantrópica em um município do Vale do Paranapanema? Como as equipes de saúde das RCLP gerenciam os problemas relacionados ao consumo e ao uso racional de medicamentos? Quais são os referenciais teóricos e procedimentais que norteiam o uso racional ou correto de medicamentos em RCLP de natureza filantrópica?

Este estudo buscou analisar a polifarmácia e os fatores associados ao uso racional de medicamentos em idosos inseridos em RCLP de natureza filantrópica na perspectiva do cuidado nas condições crônicas de saúde.

METODOLOGIA

Pesquisa de natureza descritiva e exploratória com delineamento quantitativo foi desenvolvida junto aos prontuários, aos registros de institucionalização, as prescrições médicas ou aos registros de administração de medicamentos de idosos inseridos em uma RCLP de natureza filantrópica, em um município do Vale do Paranapanema.

(6)

de um dos residenciais, após diálogos com a equipe diretiva do residencial de cuidados, nos momentos de concepção, de aprovação e de execução do projeto de pesquisa.

Em relação aos critérios de inclusão e exclusão, foram excluídos os prontuários, os registros ou as prescrições médicas de idosos que não foram capazes de expressar seus dados de identificação e suas condições de saúde a equipe de assistência social e de saúde das RCLP (por exemplo, casos de abandono ou procura espontânea sem a possibilidade de oferecer informações pessoais por déficits cognitivos e/ou doenças mentais) e os que faleceram durante a coleta de dados.

A coleta de dados foi realizada pelos pesquisadores por meio de um instrumento de coleta de dados com perguntas abertas e fechadas sobre o perfil sociodemográfico, as condições de saúde, o consumo e o uso racional de medicamentos por idosos, entre agosto e outubro de 2018, no período da tarde, em dias da semana alternados, junto aos arquivos dos setores administrativos e da saúde do residencial.

Para a identificação do consumo e uso racional de medicamentos considerou-se a Lei n. 13.732, de 08 de dezembro de 2018 que versa sobre o prazo de validade das prescrições, laudos e atestados médicos para a retirada de medicamentos da rede credenciada da Farmácia Popular e das farmácias do SUS e cartilhas para a promoção do uso racional de medicamentos (BRASIL, 2015, 2018; CARVALHO; BARROS; FALQUETO, 2013).

Durante a coleta de dados, as pesquisadoras observaram a dinâmica administrativa, de cuidado e de administração de medicamentos, na RCLP. Essa observação não incluiu nenhum tipo de intervenção ou de participação nos processos internos e de acondicionamento, de transporte, de preparo, de administração e de descarte dos medicamentos.

Os dados foram tabulados em planilhas do Microsoft Office ExcelR 2010 e analisados por meio de estatística descritiva, com cálculos de frequência absoluta e relativa.

(7)

RESULTADOS

A tabela um expressa a distribuição das variáveis sociodemográficas dos idosos institucionalizados. Os resultados da distribuição são oriundos da análise de 68 prontuários, dos registros de institucionalização, das prescrições médicas ou dos registros de administração de medicamentos. Observou-se que 58,82% dos prontuários pertenciam aos idosos do sexo feminino; solteiros – 35,29%; brancos – 77,95% e com mais de oitenta anos – 45,60%. As informações sobre os anos de estudo, pessoa com deficiência, tipo de benefício social e renda mensal não foram localizadas, nos documentos de admissão/institucionalização e nos prontuários dos idosos. A informação de que todos os idosos recebiam algum tipo de benefício social foi adquirida junto à assistente social da RCLP, assim como a informação quanto ao uso exclusivo do SUS.

Tabela 1 - Distribuição das variáveis sociodemográficas dos idosos moradores do residencial

de longa permanência. Assis, SP, Brasil, 2019. (n = 68).

(8)

80 anos ou

mais 31 45,60

Pessoa com Deficiência

Sim 00 0,0

Não 00 0,0

*S.I.

100 100,0

Benefício assistência social

Não 00 0,0

Sim

100 100,0

Uso exclusivo do SUS Não 11 16,18

Sim 57 83,82

* Sem Informação = S.I.

A distribuição das variáveis referentes às condições de saúde, polifármacia e consumo de medicamentos dos idosos institucionalizados foram ilustradas na tabela dois. Nota-se que 47 idosos – 69,11% - possuem algum tipo de doença, no caso, Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Apenas estas duas doenças foram computadas e documentadas, nos registros de institucionalização e de saúde da ILPI. Em relação ao consumo, foi diário para 98,52% dos idosos. A polifarmácia estava presente na vida de 75% dos idosos. A via de administração predominante foi a oral. O horário predominante de oferta de medicamentos foi o matutino. A maioria dos idosos ingeriu os medicamentos com água.

Tabela 2 - Distribuição das variáveis das condições de saúde (Doenças/Quais?), polifarmácia,

consumo diário de medicamentos, via de administração predominante, ingestão do medicamento com água e horário predominante. Assis, SP, Brasil, 2019. (n=68). N % Doenças/Quais? Sim 47 69,11 *S.I. 21 30,89 **HAS 31 45,50 ***DM 16 23,55 Polifarmácia Não 17 25 Sim 51 75 Consumo diário de medicamentos Não 01 1,47 Sim 67 98,52 Via de administração de

medicamentos predominante Intramuscular 0,0 0,0

Subcutânea 0,0 0,0 *S.I. 0,0 0,0 Enteral 0,0 0,0 Oral 67 98,52 Retal 0,0 0,0 Não se aplica 01 1,47

(9)

água

Não se aplica 01 1,47

Horário predominante Matutino 67 98,52

Vespertino 0,0 0,0

Noturno 0,0 0,0

Não se aplica 01 1,47

* Sem Informação = S.I.; **Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); ***Diabetes Mellitus.

Quanto ao uso racional ou correto de medicamentos na RCLP, nota-se que 100% das prescrições foram realizadas por médicos; estavam atualizadas; a letra era legível; continha os dados de identificação do médico, o número do seu registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e sua assinatura por extenso; a data da prescrição; o nome completo do idoso; o nome comercial ou o princípio ativo do medicamento; a dose; a via e o horário de administração.

Os médicos que prescreveram medicamentos, durante a coleta de dados, pertenciam a diversos tipos de serviços de saúde. Não foi possível determinar o serviço de saúde do prescritor, pois a equipe diretiva da RCLP promove o uso de serviços públicos ou com ele conveniado; serviço particular (via desembolso direto); plano de saúde e convênios e serviços filantrópicos não conveniados com o SUS. Não foi possível determinar também o local ou a forma de aquisição dos medicamentos. Não se verificou a observância aos procedimentos de notificação de eventos adversos e ao descarte dos medicamentos vencidos e/ou substituídos em locais indicados pela ANVISA, bem como a conservação das insulinas a temperatura entre dois e oito graus Celsius e a manutenção dos comprimentos e cápsulas dentro das embalagens originais.

Tabela 3 - Distribuição das variáveis relacionadas ao uso racional/correto de medicamentos

na RCLP. Assis, SP, Brasil, 2019. (n=68). N % Prescritor Médico 67 98,52 Outro 0,0 0,0 Não se aplica 01 1,47

Serviço de saúde do prescritor

Serviço público ou

com ele conveniado 0,0 0,0

(10)

qualquer espécie) Serviço filantrópico (não conveniado com

o SUS)

0,0 0,0

Não se aplica 01 1,47

*S.I.

67 98,52

Prescrição atualizada Não 0,0 0,0

Sim 67 98,52 Não se aplica 01 1,47 Aquisição de medicamentos Programa Farmácia Popular 0,0 0,0 Farmácias básicas do município 0,0 0,0 Farmácias básicas do estado 0,0 0,0 Farmácias da rede privada 0,0 0,0 Programa Farmácia Popular + farmácias básicas do município e do estado 0,0 0,0 Doação + amostras grátis 0,0 0,0 Não se aplica 01 1,47 *S.I. 67 98,52

Notificação de eventos adversos Não 67 98,52

Sim 0,0 0,0

Não se aplica

01 1,47

Descarte dos medicamentos vencidos e/ou substituídos em local

apropriado

Não 67 98,52

Sim 0,0 0,0

Não se aplica 01 1,47

* Sem Informação = S.I.

DISCUSSÃO

(11)

tanto a distribuição do produto ao consumidor quanto o reaproveitamento dos resíduos sólidos dentro do seu próprio ciclo ou em outro, bem como o descarte ambientalmente correto. Em outras palavras, a logística reversa se configura com uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social que se caracteriza por um conjunto coordenado de ações, procedimentos e meios viabilizadores da coleta e da restituição sustentável dos resíduos sólidos junto aos setores da sociedade (BRASIL, 2010).

É possível notar que a gestão brasileira de medicamentos é bem distinta de outros países como Suécia, Canadá, México, Alemanha e França. Nestes países, existem marcos político-legal e campanhas educativas acerca do URM como forma de sensibilização da população sobre as consequências dos resíduos de medicamentos para o meio ambiente e a saúde do ser humano. Além disso, países como Estados Unidos da América, possuem políticas públicas que incentivam e normatizam a avaliação do impacto ambiental do medicamento e a desprescrição. Ademais, além de o Brasil não realizar nenhuma das ações anteriores, no ano de 2017, foi classificado como o oitavo país, dentre as vinte principais economias de fármacos, e o primeiro da América Latina, com maior faturamento em medicamentos (OLIVEIRA et al, 2019).

Outra questão relevante que precisa ser enfatizada refere-se ao cuidado a pessoa idosa que vive em RCLP. Pesquisadores afirmam que a privação da liberdade de cuidar de si mesmo associada à baixa condição socioeconômica e de escolaridade; a perda precoce do núcleo familiar; a fragilidade dos vínculos afetivos - que determinam muitas das situações de abandono e solidão na velhice - refletem de forma significativa na capacidade de cuidado, de autocuidado, de manejo das terapias e terapêuticas, assim como das reações adversas decorrentes do consumo de medicamentos. A institucionalização potencializa o número de problemas relacionados ao consumo de medicamentos; restringe o acesso aos serviços de saúde; a adesão a farmacoterapia e ao uso racional de medicamentos (MARIN et al., 2012; OLIVEIRA; NOVAES, 2013).

(12)

vida (puericultura, hebicultura e senicultura), podendo exigir um longo período de cuidado e supervisão. Enquanto a condição crônica também abrange a resposta subjetiva do indivíduo e/ou sua rede de apoio frente à doença crônica (MENDES, 2018; DESCRITORES EM CIÊNCIAS DA SAÚDE, 2020).

O cuidado nas condições crônicas de saúde fundamenta-se Chronic Care Model (CCM), que foi criado nos Estados Unidos da América, no final da década de 1990 e tem como objetivo principal melhorar o sistema de atenção à saúde pública. Esse modelo é composto por seis elementos e subdividido em dois grandes campos: o sistema de atenção à saúde e a comunidade (MENDES, 2015, 2018).

Para o autor supracitado, em anos distintos, no campo do sistema de atenção à saúde, as alterações devem ser feitas seguindo o desenho do sistema de prestação de serviços, no suporte às decisões, nas informações clínicas e no autocuidado apoiado. Nesse sistema, entende-se por autocuidado a ação de autogerenciar sua saúde e a atenção prestada à mesma. Já no campo da comunidade, as melhorias estão centradas na articulação dos recursos da comunidade com os serviços de saúde. Além desses critérios encontrados nas subdivisões, para obter resultados clínicos positivos e funcionais, precisam que as pessoas, usuárias do sistema de saúde, estejam ativas e informadas enquanto os profissionais inseridos no sistema devem ser suficientemente proativos e preparados para oferecer um cuidado qualificado. Assim, o modelo CCM faz com que os usuários sejam bem atendidos, vivam mais saudavelmente a um custo reduzido.

Ainda no contexto dos modelos de cuidado tem-se o Modelo da Pirâmide de Risco MPR, conhecido também como modelo da Kaiser Permanente (KP), desenvolvido no Reino Unido, em meados de 2005. Esse modelo pressupõe que as necessidades das pessoas com condições crônicas são definidas por quatro critérios: duração da condição crônica; urgência de intervenção; escopo dos serviços requeridos e capacidade de autocuidado da pessoa. De acordo com esses critérios, é possível estratificar a pessoa em três grupos, sendo que o primeiro grupo denominado “autocuidado apoiado” seria formado por pessoas com condição leve, porém com forte capacidade de autocuidado e/ou com uma firme rede social de apoio (MENDES, 2015, 2018).

(13)

constituído por indivíduos com condições severas e instáveis, apresentando pequena capacidade de autocuidado. Este está presente na teoria do espectro da atenção à saúde que afirma que quanto maior é o autocuidado apoiado, menor os riscos de maior complexidade e de cuidado profissional. Entre os extremos, 100% de autocuidado e 100% de cuidado profissional, têm que haver um equilíbrio, o qual a literatura traz com mix. Este muda em função da complexidade dos riscos, de modo que as condições crônicas simples terão uma proporção de autocuidado maior do que ao cuidado profissional, diferente das pessoas com condições complexas. Portanto, a pirâmide formada pelas classificações do MPR configura-se da seguinte forma: a base é denominada nível um, onde há predomínio do autocuidado e de até 80% das pessoas em condições simples de saúde; o meio é ocupado pelo nível dois, caracterizando-se por um mix entre o autocuidado apoiado e o cuidado profissional, atingindo-se de 20 a 30% das pessoas com condições complexas. Por último, no topo da pirâmide, encontra-se o nível três, alicerçado no cuidado profissional a pessoas com condições altamente complexas (1 a 5%) (MENDES, 2015, 2018).

O Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) surgiu no Brasil, em meados de 2003, impulsionado por uma publicação da Organização Mundial da Saúde, para atender às peculiaridades do SUS e do acesso universal à saúde. A base desse modelo é o americano CCM expandido e somado a dois outros sistemas: o modelo da pirâmide de risco (MPR) e o da determinação social da saúde. O MACC abrange conceitos como: “[…] a integração do sistema à saúde; a estratificação da população de risco; ações de promoção e prevenção à saúde; a ênfase no autocuidado apoiado; o alinhamento da atenção com as necessidades de saúde da população; o fortalecimento da atenção primária à saúde e a completa integração entre a atenção primária e a atenção especializada” (MENDES, 2011, 2012, p. 159).

(14)

residencial recebem atendimento médico e de enfermagem corroborando os dados da literatura sobre a prevalência de atendimento médico e de enfermagem em detrimento a outros tipos de atendimento por profissionais de saúde, em residenciais filantrópicos de 11 municípios das cinco regiões do país (WANDERLEY et al., 2020).

Nota-se que todos os idosos que ingeriam medicamentos possuíam as prescrições médicas atualizadas, considerando-se os prazos de validade das receitas médicas, no Brasil. Na avaliação das receitas, não foram considerados os indicadores de prescrição medicamentosa e a Anatomical Therapeutic Chemical Classification da Organização Mundial da Saúde (WHO, 1993, 2000).

A aplicação dos indicadores forneceriam informações adicionais sobre um dos objetos deste estudo – o número de medicamentos por prescrição, bem como poderiam ampliar a análise da relação entre os fármacos prescritos e as principais doenças que acometem os idosos e permitir a produção de inferências sobre as potencialidades e as fragilidades da aquisição de medicamentos junto ao Programa Farmácia Popular e farmácias básicas do município e estado, caso as prescrições tivessem sido classificadas pelo nome genérico do medicamento e comparadas com a relação municipal e estadual de medicamentos essenciais (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO, 2020).

Os profissionais de saúde da instituição e os responsáveis técnicos do setor administrativo desconhecem o conceito de evento adverso e o sistema de notificação. Compreende-se por evento adverso qualquer ocorrência de saúde desfavorável que possa ocorrer durante o tratamento farmacológico, porém sem relação causal direta com o tratamento. Já a farmacovigilância é a ciência responsável pela a identificação, à avaliação, a compreensão e a prevenção de eventos adversos ou quaisquer outros problemas relacionados a esses eventos. A notificação de eventos adversos é uma forma de monitorar a segurança farmacológica de medicamentos. É uma medida regulatória complementar à legislação sanitária, com propósito de cumprimento da legislação. As notificações são realizadas exclusivamente por meio de um formulário eletrônico “Notificação de Eventos Adversos em Ensaios Clínicos com Medicamentos ou Produtos Biológicos – Notivisa EC” (ANVISA, 2016, 2019a, 2019b).

(15)

indicam práticas inadequadas, como, por exemplo, o descarte no lixo orgânico e na rede esgoto (PANES, 2017). Variáveis relacionadas ao estoque e ao preparo de medicamentos não foram abordadas, neste estudo. Essas variáveis permitem compreender a quantidade e qualidade das sobras de medicamentos, a capacidade do local de descarte e o risco de automedicação assistida. Estudos indicam que a guarda de medicamentos para uso futuro, sobras de tratamentos anteriores e automedicação são os principais motivos de estoque de medicamentos em domicílio (CONSTANTINO, 2020).

Focalizando-se a polifarmácia, esta esteve presente na vida de 75% dos idosos. Um percentual próximo ao dado encontra-se em uma tese de doutorado, que aborda a farmacoterapia prescrita a idosos residentes em RCLP de quatro municípios do estado de São Paulo na perspectiva da polifarmácia, do uso de medicamentos inadequados a idosos e a ocorrência de reações adversa. Nota-se alta prevalência do uso de medicamentos inapropriados relacionada à presença de polifarmácia, de doença cerebrovascular, de dependência física e de distúrbios psiquiátricos; e pequeno percentual de reações adversas, com a ressalva do viés da subnotificação (LIMA, 2013).

Na mesma linha de pesquisa, estudos que versam sobre os fatores associados à presença de polifarmácia apontam que esta acomete mulheres, na quarta idade, viúvas, hipertensas e relaciona-se a dependência funcional e ao tempo de institucionalização maior que 24 meses (LUCCHETTI et al., 2010; GAUTÉRIO et al., 2012; PANES, 2017). Já Fochat et al. (2012) identificaram o perfil de utilização de fármacos potencialmente inapropriados e as possíveis interações medicamentosas entre 122 idosos frágeis inseridos em RCLP de natureza privada, em um município do estado de Minas Gerais. A pesquisa desvelou o mesmo perfil sociodemográfico, 219 possíveis interações medicamentosas e 58 medicamentos potencialmente inadequados à pessoa idosa.

(16)

estudos, respectivamente, demonstram que os idosos institucionalizados consumem de quatro a cinco medicamentos para distúrbios psiquiátricos e cardiovasculares e que a adesão ao tratamento farmacológico não é eficaz, pois os idosos têm dificuldade de acesso ao medicamento e alguns se recusam a tomá-los e que o uso de vários medicamentos é elevado em idosos institucionalizados, o que aumenta a incidência de interação medicamentosa, de efeitos e eventos adversos e de fragilização do idoso (OLIVEIRA; NOVAES, 2013; PANDOLFI; PIAZZOLLA; LOUZADA, 2010).

Restringindo-se o olhar à administração de medicamentos, salienta-se que a ausência de uma padronização para a aquisição de medicamentos pode impactar no acesso da equipe de saúde a formulações medicamentosas adequadas à prescrição médica, sendo necessário diluir comprimidos e medicações orais liofilizadas com água não purificada ou filtrada e com características físico-químicas muitas vezes desconhecidas. É sabido que nem toda a residência possui purificadores e filtros de água e que a água utilizada para consumo humano via abastecimento público passa por uma etapa de armazenamento temporário, em caixas d’águas domiciliares, que nem sempre recebem a limpeza e a desinfecção profissional periódica, podendo conter sedimentos, microrganismos, metais pesados entre outros elementos prejudiciais à saúde humana (PHILIPPI JÙNIOR; MARTINS, 2018).

Outra questão diz respeito à estabilidade do fármaco após diluição e a compatibilidade entre o pH e os minerais presentes na água utilizada como solvente e a formulação farmacêutica. Não existem estudos científicos brasileiros sobre a compatibilidade e a estabilidade do fármaco, após a diluição, que relacionem a composição físico-química da água potável disponível em cada região do país e do fármaco a ser diluído (SOUZA; COSTA, 2006).

Considerando-se as limitações metodológicas deste estudo, que não permitem a generalização dos resultados e nem o aprofundamento das discussões, as respostas às questões de pesquisa possuem potencial para alicerçar novos estudos em populações maiores e em RCLP de outras naturezas jurídico-organizacionais, na perspectiva comparativa e intervencionista.

(17)

a presença de enfermeiro e de equipe de enfermagem no quadro fixo de colaboradores. A enfermagem possui saberes e habilidades na área do preparo e administração de medicamentos, que podem ser ampliadas em prol do URM no residencial e nos RCLP do município.

CONCLUSÃO

Salvaguarda todas as considerações sobre a gestão de medicamentos e seus resíduos no Brasil, assim como o cuidado das condições crônicas de saúde aos idosos em RCLP, conclui-se que maioria dos idosos ingere medicamentos, de várias classes, diariamente, por via oral, no período da manhã, acompanhado por água. A polifarmácia esteve presente na vida de 75% deles. Em todos os casos notou-se o desconhecimento dos idosos da prescrição médica e da finalidade terapêutica. Os eventos adversos não são notificados pelas equipes das residências, uma vez que não são identificados por elas.

Não foi possível compreender, por falta de sistematização e de controle documentados, como os responsáveis técnicos dos setores administrativos e da saúde adquirem os medicamentos, nem os custos envolvidos com a compra, nem tão pouco com o desperdício - medicamentos vencidos e substituídos. Não foi possível também determinar se idosos das residências recebem o medicamento apropriado às suas necessidades clínicas, na dose e no período de tempo adequado as suas condições de saúde.

Nem todos os idosos possuem um diagnóstico médico e, como são assistidos por multiprofissionais, em serviços de saúde diversos, os registros no prontuário das RCLP apresentam falhas de comunicação das informações inerentes aos cuidados de saúde prestados em outros estabelecimentos de saúde.

Espera-se que a presença das pesquisadoras no (e em) RCLP sensibilize os profissionais envolvidos no cuidado a promoverem o URM por meio da observância a legislação, da proatividade, da parceria público-privada.

(18)

condições crônicas de saúde, assim como as formas de enfrentamento das problemáticas relacionadas à gestão de medicamentos, à polifarmácia, ao uso racional e à logística reversa.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Como notificar? Brasília, 2019a. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/como-notificar. Acesso em: 15 jun. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). O que é

farmacovigilância. Brasília, 2019b. Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/saiba-mais. Acesso em: 15 jun. 2020. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Manual Para

Notificações de Eventos Adversos e Monitoramento de Segurança em Ensaios Clínicos.

Brasília, 2016.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005. Regulamento técnico para o

funcionamento de instituições de longa permanência para idosos. Brasília (DF), 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha para a promoção do uso racional de

medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 28 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da pessoa idosa. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 61p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 13 dez. 2012. Seção 1, p. 59. Disponível em:

(19)

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Estratégicas. Brasília, 2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pacsaude/diretrizes.php. Acesso em: 15 dez. 2019. BRASIL. Lei n. 13.732, de 08 de dezembro de 2018. Altera a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas,

Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, para definir que a receita tem validade em todo o território nacional, independentemente da unidade federada em que tenha sido emitida. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 09 nov. 2018.

BEZERRA, F.C.; ALMEIDA M.I.; NÓBREGA-THERRIEN, S.M. Estudos sobre envelhecimento no Brasil: revisão bibliográfica. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v.15, n.1, p. 155-167, out. 2012.

CARVALHO; J.P.; BARROS; M.G.; FALQUETO, E. Uso correto de medicamentos: cartilha. 2. ed. Rio de Janeiro: Instituto de Tecnologia em Fármacos, 2013.

CONSTANTINO, V.M. et al. Estoque e descarte de medicamentos no domicílio: uma revisão sistemática. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 585-594, fev. 2020. DESCRITORES EM CIÊNCIAS DA SAÚDE: DeCS. *. ed. rev. e ampl. São Paulo: BIREME / OPAS / OMS, 2017. Disponível em: http://decs.bvsalud.org . Acesso em: 05 jul. 2020. FOCHAT, R. C. et al. Perfil de utilização de medicamentos por idosos frágeis

institucionalizados na Zona da Mata Mineira, Brasil. Rev. ciênc. farm. básica apl, Araraquara, v. 33, n.3, p. 447-454, maio. 2012.

FREITAS, E.V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia, 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 2.541p.

FRIED, L.P. et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J. Gerontol A Biol Sci

Med Sci., v. 56, n. 3, p. 146-56, 2001.

(20)

Permanência de Idosos. 2013. 119 f. Tese (Doutorado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Araçatuba, 2013. Disponível em: http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/20-05-2015/000824764.pdf. Acesso em: 05 jul. 2020.

LOPES, L.M. et al. Utilização de medicamentos potencialmente inapropriados por idosos em domicílio. Ciênc. Saúde Colet, Rio de Janeiro, v. 21, n. 11, p. 3429-3438, nov. 2016. LUCCHETTI, G. et al. Fatores associados à polifarmácia em idosos institucionalizados. Rev.

bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 51-58, abr. 2010.

MARIN, M.J.S. et al. Compreendendo a história de vida de idosos institucionalizados. Rev.

bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 147-154, out. 2012.

MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011.

MENDES, E.V. A construção social da atenção primária à saúde. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde, 2015.

MENDES, E.V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde. Rev Bras

Promoç Saúde, Fortaleza, v.31, n. 2, p. 1-3, abr./jun. 2018.

OLIVEIRA, M.P.F.; NOAVES, M.R.C.G. Perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, Brasil. Ciênc. Saúde Colet, v.18, n.4, p. 1069-1078, 2013.

OLIVEIRA, N.R. et al. Revisão dos dispositivos legais e normativos internacionais e nacionais sobre gestão de medicamentos e de seus resíduos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 8, p. 2939-2950, ago. 2019.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições

crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília: OMS, 2003.

PANDOLFI, M.B; PIAZZOLLA L.P.; LOUZADA, L.L. Prevalência de polifarmácia em idosos residentes em instituição de longa permanência de Brasília, Distrito Federal. Brasília

(21)

PANES, V.C.B. et al. Análise do uso e descarte de medicamentos em instituições de longa permanência de idosos. In: GERP, 2017. Resumos dos 10º Congresso paulista de Geriatria

e Gerontologia, 2017. São Paulo: Centro de Convenções Frei Caneca, 2017.

PHILIPPI JÚNIOR, A.; MARTINS, G. Águas de abastecimento. In: PHILIPPI JÚNIOR, A Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. 2. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 5.

SECRETARIA MUNICIPAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Comissão

Farmacoterapêutica. Disponível em:

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/assist_farmaceutica/index.php?p=5 460. Acesso em: 01 dez. 2020.

SILVA R.R.L., SILVA R.C.L.; VIANA D.L. Dicionário Ilustrado de Saúde. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2010. 901 p.

SMANIOTO, F. N.; HADDAD, M. C. L. Avaliação da farmacoterapia prescrita a idosos institucionalizados. Rev Bras Enferm, Brasília v.66, n.4, p. 523-7, jul-ago. 2013. SOUZA, S.P.S.; COSTA, N.M. Medicações e diluições em neonatologia e pediatria. In: KALINOWSKI, C.E. Programa de Atualização em Enfermagem: saúde da criança e do adolescente. Porto Alegre: Artmed/Panamericana, 2006. p. 111-154.

WANDERLEY, V.B. et al. Instituições de longa permanência para idosos: a realidade no Brasil. J. Health NPEPS, v. 5, n. 1, p. 321-337, jan-jun. 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Cómo investigar el uso de

medicamentos en los servicios de salud. Indicadores seleccionados del uso de

medicamentos. Ginebra: WHO, 1993.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Collaborating Centre for Drug

Statistics Methodologhy Guideline for ATC classification and DDD assignment.

Referências

Documentos relacionados

escola onde estudei acreditava que o melhor que ela podia fazer por nós, alunas, era montar várias coreografias ao longo do semestre, que seriam o que levaríamos do curso,

Assim, além de suas cinco dimensões não poderem ser mensuradas simultaneamente, já que fazem mais ou menos sentido dependendo do momento da mensuração, seu nível de

The framework enables the design space exploration for applications to be executed in the MPSoC, varying for example the number and type of processors, the memory size, the

A distribuição espacial de genótipos a partir da análise do coeficiente de coancestria entre pares de árvores dentro de diferentes classes de distância (Figura 2) mostrou

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

– dos navios utilizados exclusivamente em zonas portuárias ou em vias navegáveis interiores. Os Estados-Membros que não têm portos marítimos nem navios de passageiros que arvorem

Constituinte Aminoácido Pediátrico Água Destilada Glicose Sulfato de Magnésio Cloreto de Sódio Cloreto de potássio Gluconato de Cálcio Lipídeos Oligoelemetos Pediátrico

2012 a partir da reflexão sobre a construção histórica das políticas públicas e programas com ênfase na promoção à saúde escolar, despontando no Programa Saúde na