• Nenhum resultado encontrado

Mini-Curso II. Introdução às Equações Elípticas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Mini-Curso II. Introdução às Equações Elípticas"

Copied!
77
0
0

Texto

(1)

Mini-Curso II

Introdução às Equações Elípticas

Claudianor O. Alves

Universidade Federal de Campina Grande

Decania do CCMN/UFRJ – IM/UFRJ

Rio de Janeiro, 07-09 de novembro de 2007

(2)

1

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciˆencias e Tecnologia

Departamento de Matem´atica e Estat´ıstica

Uma Introdu¸c˜ao as Equa¸c˜oes El´ıpticas

por

Claudianor Oliveira Alves

I ENAMA - UFRJ

Rio de Janeiro - Novembro de 2007

(3)

Para minha querida esposa Cl´audia e meus amados filhos Caio, Iago e Isaac.

(4)

3

Pref´acio

Gostaria de agradecer a Comiss˜ao organizadora do I Enama pela oportunidade de ministrar o presente minicurso, em particular a Sandra Malta pela paciˆencia em esperar pelos manuscritos. Uma outra pessoa que n˜ao poderia deixar de agradecer, ´e a colega Luciana Roze, que digitou boa parte do material aqui apresentado, sem a ajuda da mesma n˜ao teria conseguido finalizar estas notas.

Com rela¸c˜ao ao minicurso, a nossa inten¸c˜ao ´e motivar a pesquisa na ´area deEqua¸c˜oes Diferenciais Parciais El´ıpticas, que ´e uma ´area bastante interessante pois a mesma est´a relacionada a impor- tantes problemas da Ciˆencia e Tecnologia, e a Matem´atica usada para resolver algumas classes de tais equa¸c˜oes ´e bastante sofisticada, para n˜ao dizer dif´ıcil. As referˆencias aqui mencionadas n˜ao s˜ao muitas, mais acredito serem suficientes para um iniciante conhecer alguns resultados que hoje em dia s˜ao considerados b´asicos nesta linha de pesquisa. Tentamos mostrar diversas formas de atacar alguns problemas, desde o M´etodo de Galerkin a A¸c˜ao de Grupo Topol´ogico sobre espa¸cos de Banach. Os M´etodos aqui tratados em sua maioria podem ser aplicados a alguns problemas envolvendo outros operadores, tais como, o operador p-Laplaciano ∆p, o operador biharmˆonico ∆2.

Rio de Janeiro, Novembro de 2007,

Claudianor Oliveira Alves

(5)
(6)

Sum´ ario

1 Nota¸c˜oes e Resultados Gerais 7

1.1 Espa¸cos de Sobolev e suas imers˜oes . . . . 7

1.2 O Operador Solu¸c˜ao . . . . 9

1.3 Uma Aplica¸c˜ao da Alternativa de Fredholm . . . . 10

1.4 Uma aplica¸c˜ao do Teorema do Ponto Fixo de Banach . . . . 12

1.5 Teoria da Regularidade . . . . 13

1.5.1 Regularidade das autofun¸c˜oes - Parte I . . . . 14

1.5.2 Regularidade das autofun¸c˜oes- Parte II. . . . 14

1.5.3 Regularidade para problemas subcr´ıticos. . . . 16

2 O M´etodo de Galerkin 19 2.1 Teorema do Ponto Fixo de Brouwer . . . . 19

2.2 Teorema envolvendo Sub-solu¸c˜ao e supersolu¸c˜ao. . . . 20

2.3 Existˆencia de solu¸c˜ao para o problema singular . . . . 21

2.4 Unicidade de solu¸c˜ao para o problema singular . . . . 26

3 Minimiza¸c˜ao Global 27 3.1 Considera¸c˜oes Gerais . . . . 27

3.2 Uma Aplica¸c˜ao . . . . 31

4 Teorema dos Multiplicadores de Lagrange 37 4.1 Problemas com v´ınculos . . . . 37

4.2 Uma Aplica¸c˜ao . . . . 39

5 Princ´ıpio Variacional de Ekeland 43 5.1 Variedade de Nehari . . . . 43

6 Teorema do Passo da Montanha 51 6.1 Teorema do Passo da Montanha . . . . 51

5

(7)

6.2 Uma Aplica¸c˜ao . . . . 52

7 Teorema do Ponto de Sela 59

7.1 Teorema do Ponto de Sela . . . . 59 7.2 Uma aplica¸c˜ao . . . . 59

8 Princ´ıpio de Criticalidade de Palais 69

8.1 A¸c˜ao de um grupo topol´ogico . . . . 69 8.2 O espa¸coHrad1 (RN) . . . . 71 8.3 Uma Aplica¸c˜ao . . . . 72

(8)

Cap´ıtulo 1

Nota¸c˜ oes e Resultados Gerais

Neste cap´ıtulo faremos uma revis˜ao dos principais resultados envolvendo espa¸cos de Sobolev e Teoria de Regularidade ( ver [1, 11]) envolvendo problemas el´ıpticos.

1.1 Espa¸cos de Sobolev e suas imers˜oes

H1(Ω) ={uL2(Ω);∂x∂u

i L2(Ω)};

• kukH1(Ω)= (R

|∇u|2+R

|u|2)12, (uH1(Ω));

H01(Ω) =C0(Ω)H1(Ω);

(Imers˜oes de Sobolev) Se Ω RN ´e um dom´ınio limitado com fronteira suave, as seguintes imers˜oes s˜ao cont´ınuas:

H1(Ω),Ls(Ω), s[1,2], N 3, 2= 2N N 2, e

H1(Ω),Ls(Ω), s[1,+∞), N = 1,2.

Assim, existeC >0 tal que

|u|s CkukH1(Ω), ∀uH1(Ω) onde| |s denota a norma no espa¸co Ls(Ω).

(Imers˜oes de Rellich) Se Ω RN ´e um dom´ınio limitado com fronteira suave, as seguintes imers˜oes s˜ao compactas:

H01(Ω),Ls(Ω), s[1,2), N 3, 7

(9)

e

H01(Ω),Ls(Ω), s[1,+∞), N = 1,2.

Desta forma, se {un} H1(Ω) e kunkH1(Ω) M ∀n N, existe{unj} ⊂ {un}e uH1(Ω) tal que

unj * u em H1(Ω) e

unj u em Ls(Ω).

Nas convergˆencias acima usamos o fato bem conhecido que o espa¸coH1(Ω) ´e reflexivo .

Desigualdade de Poincar´e. Se Ω ´e um dom´ınio limitado emRN, existeC >0 tal que Z

|u|2 C Z

|∇u|2, ∀uH01(Ω), ondeC ´e independente deu.

Desigualdade de Hardy-Sobolev. Seja Ω um dom´ınio limitado emRN,φuma autofun¸c˜ao positiva associada ao primeiro autovalor de (−∆, H01(Ω)), τ [0,1] e 1q = 12 1−τN . Ent˜ao

φuτ Lq(Ω) e existe C >0 tal que

¯¯

¯¯ u φτ

¯¯

¯¯

q

Ckuk ∀uH01(Ω).

Devido a desigualdade de Poincar´e, podemos considerar emH01(Ω) a norma kuk=

µZ

|∇u|2

1

2

a qual ´e conhecida como a norma usual deH01(Ω).

Ao longo destas notas, usaremos o s´ımbolo (u, v) para denotar o produto interno associado a norma k kemH01(Ω), isto ´e,

(u, v) = Z

uv ∀u, vH01(Ω).

Exerc´ıcios.

1- Mostre que a desigualdade de Poincar´e n˜ao vale emH1(Ω).

2- Mostre que emH01(Ω), as normask ke k kH1(Ω) s˜ao equivalentes.

(10)

9

1.2 O Operador Solu¸c˜ao

Considere o seguinte problema el´ıptico

( −∆u = f,

u = 0, ∂Ω (PL)

ondef L2(Ω), ΩRN ´e um dom´ınio limitado.

Recorde que uH01(Ω) ´e solu¸c˜ao fraca para (PL) se Z

∇u∇v= Z

f v ∀vH01(Ω), ou ainda,

(u, v) =ϕ(v), ∀v H01(Ω), (1.1)

onde (u, v) =R

∇u∇v eϕ(v) =R

f v.

Afirma¸c˜ao 1.1: ϕ(H01(Ω))0.

De fato,ϕ´e linear e a continuidade segue usando a desigualdade de H¨older

|ϕ(v)|=

¯¯

¯¯ Z

f v

¯¯

¯¯ Z

|f||v| ≤ |f|2|v|2 C|f|2kvk, logo

|ϕ(v)| ≤Ckvk, ∀vH01(Ω).

A igualdade em (1.1) segue imediatamente do Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz ( ver [7] ).

Portanto, a existˆencia e unicidade de solu¸c˜ao fraca para (PL) fica estabelecida.

Defini¸c˜ao 1.1 O Operador Solu¸c˜ao S :L2(Ω) H01(Ω) ´e definido por S(f) =u onde u ´e a ´unica solu¸c˜ao de (PL).

O operador solu¸c˜ao tem as seguintes propriedades:

1- S :L2(Ω)H01(Ω) ´e linear cont´ınuo.

2- O operador Solu¸c˜ao pode ser visto de L2(Ω) em L2(Ω), isto ´e, S:L2(Ω)L2(Ω)

3- Segue das imers˜oes compactas de Sobolev que S:L2(Ω)L2(Ω) ´e um operador compacto . 4- S ´e um operador positivo deL2(Ω) emL2(Ω), isto ´e,

(S(f), f)L2(Ω)0, ∀f L2(Ω).

5- Os autovalores deS :L2(Ω)L2(Ω) s˜ao positivos.

6- O operadorS:L2(Ω)L2(Ω) ´e sim´etrico, isto ´e, para quaisquerf, gL2(Ω) temos (S(f), g)L2(Ω)= (f, S(g))L2(Ω).

(11)

7- S admite uma sequˆencia (µn) de autovetores comµn 0 quando n+∞ e L2(Ω) possui uma base ortonormal total formada por autofun¸c˜oes.

8- µ´e autovalor de S µ1 ´e autovalor de (−∆, H01(Ω)).

Neste momento, destacamos duas importantes propriedades envolvendo o primeiro autovalor λ1 de (−∆, H01(Ω)), que s˜ao as seguintes:

λ1 ´e o ´unico autovalor cuja as autofun¸c˜oes tem sinal definido.

O autoespa¸coVλ1 tem dimens˜ao 1.

Exerc´ıcios.

1- Demonstre todas as propriedades do operador solu¸c˜aoS mencionadas anteriormente.

2- Encontre os autovalores e autofun¸c˜oes do problema (

−y00 =λy, (0,1) y(0) =y(1) = 0.

1.3 Uma Aplica¸c˜ao da Alternativa de Fredholm

Nesta se¸c˜ao pretendemos usar a Alternativa de Fredholm para encontrar uma condi¸c˜ao necess´aria e suficiente, para garantir a existˆencia de solu¸c˜ao para uma classe de problemas el´ıpticos.

Alternativa de Fredholm (ver [7])

SejamE um espa¸co de Banach eT :E E um operador linear e compacto. Ent˜ao, 1. N(IT) tem dimens˜ao finita;

2. R(IT) ´e fechado eR(IT) =N(IT); 3. N(IT) = 0R(IT) =E;

4. dimN(I T) =dimN(IT).

Vamos considerar o seguinte problema (

−∆u = λu+f,

u = 0, ∂Ω (P L)λ

onde ΩRN ´e um dom´ınio limitado com fronteira suave, f L2(Ω) eλR.

Pergunta: Quais as hip´oteses sobre λe f que garantem a existˆencia (ou n˜ao existˆencia) de solu¸c˜ao para o problema (P L)λ ?

(12)

11 Para responder a pergunta acima devemos observar primeiro queu´e solu¸c˜ao de (P L)λ se, e somente se,uλS(u) =g, ondeg=S(f).

De fato,u´e solu¸c˜ao de (P L)λ se, e somente se,

S(λu+f) =uuλS(u) =g, g=S(f).

Se λ = 0, o problema sempre tem solu¸c˜ao. Vamos supor λ6= 0 e assim, u ´e solu¸c˜ao de (P L)λ se, e somente se

uT u=g, com

T =λS.

Se λ6=λj ∀jN,temos

µ= 1

λ 6=µj, ∀jN, o que implica

N(µIS) ={0}.

Segue da Alternativa de Fredholm que a equa¸c˜ao

uT u=g, tem solu¸c˜ao ´unica para cadagL2(Ω).

Supondo queλ=λj para algum jN e recordando que nosso caso R(IT) =N(IT),

poisT =T (S ´e sim´etrico), temos que o problema (P L)λ tem solu¸c˜ao se, e somente se, g =S(f) ´e ortogonal (emL2(Ω)) a todas as autofun¸c˜oes associadas ao autovalor λj, isto ´e, para todaφj Vλj

(S(f), φj)L2(Ω) = 0.

Assim, Z

∇φj∇S(f) =λj Z

S(fj = 0, ∀vH01(Ω), ou seja,

(S(f), φj) = 0.

Mas, (

−∆(S(f)) = f,

S(f) = 0, ∂Ω (3.1)

(13)

o que implica, Z

∇S(f)∇ϕ= Z

f ϕ, ∀ϕH01(Ω) e portanto

(f, φj)L2(Ω)= 0,

mostrando que o problema el´ıptico tem solu¸c˜ao se, e somente se,f (Vλj) emL2(Ω).

1.4 Uma aplica¸c˜ao do Teorema do Ponto Fixo de Banach

Nesta se¸c˜ao pretendemos usar o Teorema do Ponto Fixo de Banach para encontrar solu¸c˜ao para uma classe de problemas el´ıpticos.

Teorema do ponto fixo de Banach. ( ver [12] )Se X´e um espa¸co de Banach eT :X X uma contra¸c˜ao, existex0X tal queT(x0) =x0. Al´em disso, tal ponto fixo ´e ´unico.

Pretendemos usar o teorema acima, para estudar a existˆencia de solu¸c˜ao para o seguinte problema ( −∆u = f(x, u),

u = 0, ∂Ω. (P1)

Por uma solu¸c˜ao fraca de (P1), entendemos como sendo uma fun¸c˜aouH01(Ω) que verifica Z

∇u∇v= Z

f(x, u)v, ∀vH01(Ω).

Teorema 1.1 Sef : Ω×RR´e uma fun¸c˜ao cont´ınua limitada e Lipschitziana na segunda vari´avel, isto ´e, existem M1, M2>0 verificando

|f(x, t)| ≤M1 ∀tR, ∀x e

|f(x, t)f(x, s)| ≤M2|ts| ∀s, tR, ∀x

e se kSkM2 < 1, onde kSk denota a norma do operador solu¸c˜ao

S:L2(Ω)L2(Ω), o problema (P1) tem uma solu¸c˜ao. Al´em disso, tal solu¸c˜ao ´e ´unica.

Demonstra¸c˜ao. Definindo o operador T :L2(Ω)L2(Ω) dado por T(v) =S(f(., v)) ∀vL2(Ω), observe que para todo vL2(Ω), f(., v)L2(Ω) e

|T(u)T(v)|2=|S(f(., u))S(f(., v))|2=|S(f(., u)f(., v))|2 onde| |2 denota a norma em L2(Ω).

(14)

13 Da continuidade do operador solu¸c˜ao,

|T(u)T(v)|2 ≤ kSk|f(., u)f(., v)|2 ≤ kSkM2|uv|2.

Desde que por hip´otese kSkM2 < 1, podemos concluir que T ´e uma contra¸c˜ao e pelo Teorema do Ponto Fixo de Banach, existe uL2(Ω) verificando

T(u) =u⇐⇒S(f(., u)) =u.

Segue da igualdade acima e da defini¸c˜ao de operador solu¸c˜ao S que u H01(Ω) e que u ´e a solu¸c˜ao procurada.

1.5 Teoria da Regularidade

Vamos considerar a seguinte classe de problemas el´ıpticos (

−∆u = f(x, u),

u = 0, ∂Ω (P1)

onde ΩRN ´e um dom´ınio limitado, f ´e uma fun¸c˜ao de classe C1(Ω×R,R) satisfazendo

|f(x, t)| ≤c1+c2|t|p, ∀xΩ e tR ondep(1,21) seN 3 ep(1,+∞) seN = 1,2 , onde 2= N2N−2. Teorema de Agmon, Douglas e Niremberg (ADN). ( ver [2] )

Sejam RN um dom´ınio limitado com fronteira suave, f Lr(Ω) com r > 1 e u H01(Ω) uma solu¸c˜ao fraca do problema (

−∆u = f(x),

u = 0, ∂Ω. (PL)

Ent˜ao uW2,r(Ω)e existe C >0 (independente de u) tal que kukW2,r(Ω)CkfkLr.

O teorema acima afirma que dado f Lr(Ω) existe uma ´unica solu¸c˜ao u W2,r(Ω)W01,r(Ω) do problema (PL). Al´em disso, vale tamb´em a seguinte afirma¸c˜ao

f Wk,r(Ω)uWk+2,r(Ω).

Teorema de Schauder. ( ver [16] )

Seja RN um dom´ınio limitado com fronteira suave e f C0,α(Ω). Ent˜ao existe u C2,α(Ω)

solu¸c˜ao do problema (

−∆u = f(x), u = 0, ∂Ω.

(15)

Al´em disso, existeC >0 (independente de u) tal que

kukC2,α(Ω)CkfkC0,α(Ω)

Observa¸c˜ao 1.1: No Teorema de Schauder vale a seguinte afirma¸c˜ao f Ck,α(Ω)uCk+2,α(Ω).

1.5.1 Regularidade das autofun¸c˜oes - Parte I

SejaφH01(Ω) uma autofun¸c˜ao associada a um autovalorλj, isto ´e, (

−∆φ = λjφ, φ = 0, ∂Ω.

Sabemos queφH01(Ω)L2(Ω), isto ´e, φL2(Ω), logo por (ADN) φW2,2(Ω).

Recordando que vale a imers˜ao cont´ınua

Wk,r(Ω),C1,α(Ω), para k≈ ∞ (1.2)

temos por (ADN) que

φW2,2(Ω)φW4,2(Ω)φW6,2(Ω)...φWk,2(Ω), ∀k1, consequentemente, por (1.2),

φC1,α(Ω).

Usando a teoria cl´assica de Schauder,

φC1,α(Ω)φC3,α(Ω)φC5,α(Ω)...φCk,α(Ω), ∀k1, mostrando que

φC(Ω).

1.5.2 Regularidade das autofun¸c˜oes- Parte II.

Sabemos queφH01(Ω)L2(Ω), isto ´e, φL2(Ω), logo por (ADN) φW2,2(Ω).

Observe que 12 N2 0 se, e somente se,N 4 e neste caso, W2,2(Ω),Lq(Ω), ∀q[1,+∞), o que implica

φLq(Ω), ∀q [1,+∞)

(16)

15 logo, por (ADN)

φW2,q(Ω), ∀q[1,+∞). Escolhendo q de maneira que 1> Nq, temos

W2,q(Ω),C1,α(Ω), 0< α <1 N q .

Logo, pela teoria cl´assica de Schauderφ C3,α(Ω), e repetindo o estudo feito anteriormente vamos concluir que

φCk,α(Ω), , ∀k1 e portantoφC(Ω).

Suponhamos agora que 12 N2 >0, usando as imers˜oes de Sobolev W2,2(Ω),Lq(Ω),

onde q1 = 12 N2 q = N−42N . Desta forma, φLq(Ω) e por (ADN)φW2,q(Ω).

Note que q1 N2 0 ´e equivalente a 5N 8, e nesta situa¸c˜ao W2,q(Ω),Ls(Ω), ∀s[1,+∞). Assim,

φLs(Ω) ∀s[1,+∞) e por (ADN)

φW2,s(Ω) ∀s[1,+∞). Escolhendo ssuficientemente grande, temos

W2,s(Ω),C1,α(Ω), 0< α <1 N s,

mostrando que φ C1,α(Ω,) de onde segue da teoria cl´assica de Schauder que φ C(Ω). Se

q1 N2 >0, devemos ter

W2,q(Ω),Lq∗∗(Ω), onde q1∗∗ = q1 N2, ou seja,

1 q∗∗ = 1

2 2 N 2

N = N 8

2N q∗∗= 2N N8. Desta forma,φLq∗∗(Ω) e por (ADN),φW2,q∗∗(Ω).

Neste caso q1∗∗ N2 09N 12, logo pelas imers˜oes de Sobolev W2,q∗∗(Ω),Lt(Ω), ∀t[1,+∞),

(17)

ou seja,

φLt(Ω) ∀t[1,+∞). Aplicando novamente (ADN),

φW2,t(Ω) ∀t[1,+∞). Fixando tsuficientemente grande, temos

W2,t(Ω),C1,α(Ω), 0< α <1N t ,

mostrando queφC1,α(Ω), e pela teoria cl´assica de Schauder teremosφC(Ω).

Repetindo este argumento, ´e poss´ıvel mostrar que fazendo apenas um n´umero finito de intera¸c˜oes, obtemos a regularidade de φ.

1.5.3 Regularidade para problemas subcr´ıticos.

Usando as ideias utilizadas na demostra¸c˜ao da regularidade das autofun¸c˜oes, desejamos mostrar a regularidade de uma classe mais geral de problemas el´ıpticos (ver [15]), mais precisamente do tipo

( −∆u = f(x, u),

u = 0, ∂Ω (P2)

onde

|f(x, t)| ≤C1+C2|t|p. (1.3) com 0< p < N+2N−2 seN 3 e 1< p <+∞ seN = 1,2.

O crescimento assumido em (1.3) ´e conhecido comoCrescimento Subcr´ıtico.

Se considerarmos a fun¸c˜ao f(x) =e f(x, u(x)) temos (

−∆u = fe(x),

u = 0, ∂Ω. (1.4)

Observe quefeL2

p onde 2 = N−22N ,(N 3) pois,

|fe|2

p (C1+C2|u(x)|p)2

p (C

2 p

1 +C

2 p

2 |u(x)|2)22

p.

Assim, Z

|fe|2

pdx <+∞, poisuL2(Ω). Usando (ADN), temos que uW2,2

p(Ω).

Se 2p N2 0,

W2,2

p (Ω),Ls(Ω), ∀s[1,+∞).

(18)

17 Fixando s > N p

W2,2

p (Ω),Ls(Ω), de onde segue queuLs(Ω) e feLps(Ω). Logo por (ADN)

uW2,sp(Ω), e pelas imers˜oes de Sobolev

W2,sp(Ω),C1,α(Ω), 0< α <1pN s .

Assumindo como hip´otese f(., u(.)) C0,α(Ω) vamos ter fe C0,α(Ω), logo pelas estimativas de SchauderuC2,α(Ω).

Suponhamos agora que 2p N2 >0. Segue das imers˜oes de Sobolev W2,2

p(Ω),Lt1(Ω), onde t1

1 = 2p N2. Desta forma, u Lt1(Ω). Repetindo os argumentos anteriores, vamos obter feLtp1(Ω) e por (ADN)

uW2,tp1(Ω).

Se tp

1 N2 0, tem-se

W2,tp1(Ω),Ls(Ω), ∀s[1,+∞). Portanto

uLs(Ω) ∀s[1,+∞), e assim,

uW2,ps(Ω), ∀s(p,+∞) Fixando s > N p,

W2,sp(Ω),C1,α(Ω), 0< α <1N p s ,

e portanto,u C1,α(Ω). Usando os resultados da teoria cl´assica de Schauder podemos concluir que uC2,α(Ω).

Se tp1 N2 >0,

W2,tp1(Ω),Lt2(Ω),

com t12 = tp1 N2. Prosseguindo, encontramosuLt2(Ω), feLtp2(Ω),e por (ADN) uW2,tp2(Ω).

Referências

Documentos relacionados

Determinar a variação de energia interna de um sistema num aquecimento ou arrefecimento, aplicando os conceitos de capacidade térmica mássica e de variação de entalpia mássica

Percebe-se em outra resposta que não há uma metodologia específica de ensino para educação financeira na escola onde o professor atua: “A educação financeira é trabalhada de

A solução deve fornecer suporte à plataforma Mac OSX, incluindo: imagens Mac por meio de tecnologia inovadora que elimine redundâncias na captura, armazenamento e implantação de

Em estudos (Couto &amp; Alencar, 2015; Müller &amp; Alencar, 2012) realizados, em Vitória – ES, com professoras do Ensino Fundamental, constatou-se que geralmente as docentes

Neste artigo são tratados casos em que o modelo de proteção exige alterações pontuais em relação aos personagens, garantindo-se o direito à estabilidade da gestante e

Por fim, as considerações finais da tese apontam que as cooperativas e a integração dos produtores de frangos às grandes empresas são elementos importantes para a existência

Conclusions: This study demonstrates that 77% of the videos uploaded on YouTube regarding RLS are in the useful category, whereas only 16 videos were providing misleading

[r]