1
XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais
Teste de Alcance Funcional: Avaliação do Equilíbrio
Talita de Souza Mota Discente do curso de fisioterapia Universidade UNAERP - Campus Guarujá
talita_souza_mota@hotmail.com
Beatriz Clemente da Silva Discente do curso de fisioterapia Universidade UNAERP – Campus Guarujá
beatrizclemente02@hotmail.com
Izabelle Silva Santos Discente do curso de fisioterapia Universidade UNAERP – Campus Guarujá
iza_0511@hotmail.com
Mayane de Souza Silva Discente do curso de fisioterapia Universidade UNAERP – Campus Guarujá
mayanny_souza@hotmail.com
Thais Ferreira Silva Discente do curso de fisioterapia Universidade UNAERP – Campus Guarujá
taysfs19@hotmail.com
Luiz Carlos Rodrigues Guanabara Professor do Curso de Fisioterapia
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP Campus Guarujá
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee
Resumo:
O equilíbrio é uma função corporal de suma importância. A sua deficiência ou alteração eleva os riscos de queda, principalmente nos indivíduos idosos. O processo de envelhecimento provoca uma degradação do sistema musculoesquelético e de outros sistemas reduzindo a funcionalidade e conseqüentemente uma qualidade de vida comprometida. A avaliação do equilíbrio se faz necessária tanto como forma preventiva quanto no aspecto terapêutico.
Muitas escalas podem ser utilizadas, dentre elas a Escala de Berg para equilíbrio, o teste de alcance funcional (TAF), o teste de Tinetti, dentre outros. O objetivo geral deste estudo foi de verificar e demonstrar o uso do Teste de Alcance Funcional na avaliação do equilíbrio. O estudo foi de revisão bibliográfica, elaborado por meio da análise de artigos que continham informações sobre o TAF. Os resultados
2 mostraram que o teste é limitado quando a abordagem global do equilíbrio estático e dinâmico. Conclui-se que o teste de Teste de Alcance Funcional é extremamente focal, sendo utilizado para evidenciar o desequilíbrio anterior do tronco auxiliando na analise do risco de quedas.
Palavra-chave: Equilíbrio, Envelhecimento, Qualidade de vida.
Summary:
Balance is a bodily function of paramount importance. Its deficiency or alteration increases the risk of falls, especially in the elderly. The aging process causes a degradation of the musculoskeletal system and other systems reducing functionality and consequently a compromised quality of life. The assessment of balance requires both preventive and therapeutic aspects. Many scales can be used, among them, the Berg Scale for balance, the Functional Reach Test (TAF), the Tinetti test, among others. The overall objective of this study was to verify and demonstrate the use of the Functional Reach Test in the assessment of balance. The study was a bibliographical review, elaborated through the analysis of articles that contained information about TAF. The results showed that the test is limited when the overall approach of static and dynamic equilibrium. It is concluded that the Functional Reach Test is extremely focal, being used to evidence the anterior trunk imbalance, aiding in the analysis of the risk of falls.
Key words: Balance, Aging, Quality of life
Seção 1- Curso de Fisioterapia - Saúde Apresentação: Pôster
1. Introdução
Para a avaliação do equilíbrio varias escalas podem ser aplicadas, porém não existe especificadamente nenhuma escala que isoladamente possa analisar possíveis alterações de uma forma plena.
Na área da reabilitação física, a avaliação do equilíbrio se faz necessário em varias condições clinicas, dentre elas na geriatria, onde o envelhecimento fisiológico do corpo produz alterações que influenciam diretamente o equilíbrio corporal aumentando o risco de quedas, e conseqüentemente a morbidade e mortalidade de indivíduos idosos.
A avaliação periódica do equilíbrio deveria ser uma forma preventiva para o diagnostico e também para o tratamento e acompanhamento da evolução da síndrome do desequilíbrio.
3 O teste de alcance funcional (TAF) é uma das formas de avaliação que podem ser aplicadas com esta finalidade.
2. Objetivos
Verificar e demonstrar o uso do Teste de Alcance Funcional na avaliação do equilíbrio.
3. Justificativa
O presente estudo tem como justificativa mostrar, e evidenciar a escala TAF na avaliação de equilíbrio.
4. Revisão Bibliográfica
Desde a década de 40 observa-se na população acima dos 60 anos um aumento nas taxas do crescimento populacional. O Brasil é um dos países em que o envelhecimento avança de forma rápida (INOUYE et al, 2008).
O último senso demográfico de 2010 mostrou que a população brasileira estava em torno de 190.755.199 milhões de pessoas, desde total estima-se que 10,8% são de pessoas idosas, ou seja, 20.590.559 milhões de idosos, sendo 11.434.487 de mulheres e 9.156.112 de homens (Küchemann 2012).
Todos os seres humanos passam pelo processo de envelhecimento e pelas alterações biológicas e psicológicas que o acompanha, alterações essas que ocorrem de forma progressiva e irreversível (BRITO, LITVOC, 2004).
Uma característica marcante no processo do envelhecimento é o comprometimento neuromuscular que deixa evidente as alterações como a incoordenação motora, lentidão, fadiga muscular e paresias. A diminuição da capacidade funcional é um dos sinais mais importantes no processo do envelhecimento. A perda de força, flexibilidade, agilidade, coordenação motora e equilíbrio são áreas afetadas por alterações neurológicas e musculares (PANSA et al, 2003).
O equilíbrio é a capacidade de se manter o corpo estável sobre uma base de apoio, contra a lei da gravidade. O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico, o primeiro é o controle da oscilação postural na posição imóvel e os segundo o movimento do corpo de uma maneira controlada (BARELA, 2000).
Um dos principais fatores que limitam, a vida do idoso é a alteração do equilíbrio, pois esta favorece o risco de quedas (BITTAR et al, 2002).
A manutenção do equilíbrio só é possível quando os sistemas sensoriais atuam de forma em que as informações pertinentes ao posicionamento do corpo no espaço cheguem a sistema nervoso central, que por sua vez irá organizar e controla a postura corporal. A demora no processamento das informações sensórias em conjunto a diminuição da condução nervosa, normal no processo do
4 envelhecimento, são fatores que contribuem para o retardo das respostas posturais automáticas (CHANDLER, 2002).
O acumulo de alterações que o idoso pode apresentar no decorrer do processo de envelhecimento, limita a capacidade de compensação do mesmo, provocando o aumento da sua instabilidade e, assim elevando também a propensão a ele sofrer uma queda (GONCALVEZ et al, 2009). A queda em idosos é comum e está diretamente relacionada com a perda da mobilidade e mortalidade nessas pessoas. Um fator preocupante relacionado a quedas em idosos é o risco de fraturas, o quadril e o fêmur são ossos que na maioria dos acidentes são acometidos (SIQUEIRA et al, 2007).
Para uma melhor avaliação dos indivíduos com propensão a queda, foram elaborados diversos testes para a avaliação do controle postural dos idosos, entre eles o Teste de Alcance Funcional (ATF) (GONCALVEZ et al, 2009).
O teste de alcance funcional foi criado por Duncan com o objetivo de identificar as alterações dinâmicas do controle postural e uma ferramenta importante para avaliar se o idoso apresenta grandes riscos de quedas, e um teste de fácil aplicação e de baixo custo. (BULHÕES et al, 2008).
5. Materiais e Métodos
O presente estudo foi do tipo revisão bibliográfica e foi elaborado por meio da análise de artigos que continham informações sobre o TAF.
O material utilizado foi uma escala TAF.
5.1 Procedimento
Inicialmente a escala foi analisada, evidenciando que com este teste é possível determinar o quanto o idoso é capaz de se deslocar dentro do limite de estabilidade anterior.
O teste é iniciado com a fixação da fita métrica à parede, paralela ao chão, e posicionada na altura do acrômio do voluntário. O indivíduo, descalço, é posicionado com os pés confortáveis e paralelos entre si, perpendicularmente em relação à parede e próximo ao início da fita métrica. Com punhos em posição neutra, cotovelos estendidos e ombro com flexão de 90º, o voluntário é instruído a realizar a inclinação para frente sem tocar na fita e, em seguida, deve-se verificar o deslocamento sobre ela.
O resultado é obtido após três tentativas, é calculada a média entre a diferença da posição inicial e final registrada na fita. Deslocamento inferior a 15 cm indicam fragilidade do paciente e risco de quedas (GOMES, 2003).
A vantagem do teste é que permite avaliar o equilíbrio anterior do tronco, porém sua desvantagem está correlacionada com a grande limitação da avaliação de outros fatores e variáveis estáticas e dinâmicas vinculadas ao desequilíbrio corporal.
6. Conclusão
5 Conclui-se por meio deste estudo que o teste de Teste de Alcance Funcional é extremamente focal, sendo utilizado para evidenciar o desequilíbrio anterior do tronco, e com isso o risco de quedas.
7. Referências
BARELA, José Angelo. Estratégias de controle em movimentos complexos: ciclo percepção-ação no controle postural. Rev Paul EducFís, v. 1, n. Suppl3, p. 79-88, 2000.
BITTAR, Roseli Saraiva Moreira; Pedalini, Maria Elisabete Bovino; Bottino, Marco Aurélio; Formigoni, Lázaro Gilberto. Síndrome do desequilíbrio do idoso. Pró-fono, v. 14, n. 1, p. 119-128, 2002.
BRITO, Francisco Carlos de; LITVOC, Júlio. Conceitos básicos. Brito FC, Litvoc J.
Envelhecimento: prevenção e promoção de saúde. São Paulo: Atheneu, p. 1-16, 2004.
BULHÔES, José Renato; Carvalho, Gustavo Azevedo; Irineu, Thaís Pinheiro; Masini, Marcos. Eficiência dos métodos fisioterapêuticos de reabilitação no pós-operatório de hérnia de disco lombar. RevBrasMed, v. 65, n. 7, p. 206-13, 2008.
CHANDLER, Julie M. Equilíbrio e quedas no idoso: questões sobre a avaliação e o tratamento. Guccione AA. Fisioterapia Geriátrica, v. 2, p. 265-77, 2002.
GERAIS, Minas. Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. 2010. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Goiás.
GOMES, Gisele de Cassia. Tradução, adaptação transcultural e exame das
propriedades de medida da Escala Performance-
OrientedMobilityAssessment(POMA) para uma amostragem de idosos brasileiros institucionalizados. 2003.
GONÇALVES DFF; Ricci NA; Coimbra AMV Equilíbrio funcional de idosos da comunidade: comparação em relação ao histórico de quedas. RevBrasFisioter, v.
13, n. 4, p. 316-23, 2009.
INOUYE, Keika; SILVA PEDRAZZANI, Elisete; IOST PAVARINI, Sofia Cristina.
Octogenários e cuidadores: perfil sócio-demográfico e correlação da variável qualidade de vida. Texto & Contexto Enfermagem, v. 17, n. 2, 2008.
KÜCHEMANN, Berlindes Astrid. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania:
velhos dilemas e novos desafios. Sociedade e Estado, v. 27, n. 1, p. 165-180, 2012.
PANSA, Flávia Cristina da Silva; Gardil, T; Chiarello, B; & Driusso, P. l. Treino de equilíbrio em mulheres idosas. Revista Fisioterapia. UNICID, v. 2, p. 89-99, 2003.
6 SIQUEIRA, Fernando V; Siqueira, Fernando V, Facchini, Luiz Augusto, Piccini, Roberto X, Tomasi, Elaine, Thumé, Elaine, Silveira, Denise S, Vieira, Vera, & Hallal, Pedro C. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Revista de Saúde Pública, v. 41, n. 5, p. 749-756, 2007.
