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Análise da prática da Ginástica Laboral: estudo de caso em indústria de plástico injetado no município de Pato Branco - PR

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Academic year: 2021

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Análise da prática da Ginástica Laboral: estudo de caso em indústria de plástico injetado no município de Pato Branco - PR

Érick Rúbens Oliveira Cobalchini (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e.rubens@live.com Maria Isabel Triches (Faculdade de Pato Branco) bel.triches@hotmail.com Jaqueline dos Reis Tigre (Faculdade de Pato Branco) jaquetigre@hotmail.com

Resumo:

Comumente ouvimos sobre os benefícios da prevenção e promoção da saúde aos colaboradores. No entanto, ao longo do tempo, os índices de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e estresse só tem aumentado. Esta pesquisa foi administrada a fim de avaliar os benefícios sentidos pelos indivíduos, bem como, as vantagens para a relação entre empresa e trabalhador, diante da aplicação da ginástica laboral. Para tal, foi elaborado um questionário e aplicado aos colaboradores da linha de produção de uma empresa que atua no ramo de plástico injetado. Além disso, contribuiu para ampliar o conhecimento de uma parte integrante e essencial da saúde e bem estar do colaborador, cuja pretensão foi de enriquecer ainda mais o conhecimento no que diz respeito à ginástica laboral.

Palavras chave: Ginástica laboral, Prevenção, Saúde do colaborador, Lesões por esforço repetitivo.

Analysis of the practice of the Gymnastics Labor: case study in plastic industry injected in the municipality of Pato Branco - PR

Abstract

We often hear about the benefits of prevention and health promotion to employees. However, over time, rates of occupational illnesses, work-related accidents and stress have only increased. This research was administered in order to evaluate the benefits felt by the individuals, as well as the advantages for the relationship between company and worker, before the application of the gymnastics. For this, a questionnaire was developed and applied to the employees of the production line of a company that operates in the field of injected plastic. In addition, it contributed to increase knowledge of an integral and essential part of the health and well-being of the employee, whose intention was to further enrich knowledge regarding work-related gymnastics.

Key-words: Workplace health, Prevention, Employee health, Repetitive Strain Injuries.

1 Introdução

Na busca de entregar melhores ambientes de trabalho – e, portanto, colher os benefícios por este gerados, a prática da ginástica laboral teve, nos últimos anos, larga expansão dentro dos

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cenários organizacionais, entretanto são poucas as empresas que se preocupam em avaliar as particularidades desta frente à sua realidade, ou ainda, a qualidade das atividades neste sentido. Diante disso, este trabalho busca apontar a situação da empresa no que tange ao exercício da ginástica laboral, com o intuito de apresentar se os resultados trazidos pela adoção contribuem na promoção de saúde do seu capital humano, atingindo, assim, os benefícios almejados pelo gestor dos recursos humanos da empresa.

A ginástica laboral é costumeiramente utilizada a fim de reduzir a fadiga, o absenteísmo/afastamento, o stress, o sedentarismo, assim como para prevenir doenças laborais e ocorrências de possíveis acidentes e lesões dos colaboradores da empresa em questão.

Porém, como é aplicada em diversos segmentos da indústria - neste caso uma empresa que atua no ramo de plástico injetado produzindo peças para fogão - para a elaboração deste estudo, se fez necessário conhecer, em detalhes, o processo produtivo para enfrentar as situações vivenciais relacionadas ao dia-a-dia dos seus colaboradores.

Aproveitando o ensejo, evidencia-se a importância da introdução de um programa de postura durante as atividades laborais, através da necessidade de acompanhamento profissional no que diz respeito à prática de exercícios, como da ginástica laboral, de modo a corrigir as atividades laborais prejudiciais e inadequadas ao biótipo de cada colaborador em particular.

2 A ginástica laboral

A atividade física é um importante indicador no que diz respeito à saúde e bem-estar do ser humano, portanto inserida no ambiente de trabalho pode atuar como um fator de prevenção à malefícios. Assim, diversas organizações passaram a disponibilizar locais ou ações em prol das atividades físicas (WERNER, 2011). Diante desta realidade, a ginástica laboral surge como possível solução, buscando criar um espaço em que os colaboradores, por livre e espontânea vontade, realizem diversas atividades e exercícios físicos, oferecendo não apenas um condicionamento mecanista, repetitivo e automático, mas envolvendo corpo e mente, contribui para a qualidade de vida dos funcionários, conforme o apresentado por Martins (2004): criando um espaço de quebra no ritmo, na rigidez e na monotonia do trabalho. Assim, entende-se que a aplicação da ginástica laboral objetiva a melhora da postura e os movimentos executados durante o trabalho, aumento da resistência à fadiga central e periférica, prevenir e reabilitar as doenças ocupacionais (MENDES; LEITE, 2004).

De acordo com a necessidade – ou os objetivos dos gestores – a aplicação pode ser classificada, segundo Mendes e Leite (2004), com base no horário ou conteúdo da aplicação.

Esta aborda o objetivo dos exercícios, sendo divididos em: preparatória (prepara o trabalhador para atividades de força, velocidade e resistência), de compensação (previne a instalação de vícios posturais), corretiva (reestabelece equilíbrio muscular e articular), de conservação (mantém o equilíbrio fisiomorfológico), enquanto aquela se resume em preparatória, compensatória e relaxante (início, meio e fim do expediente, respectivamente).

Planejada e aplicada no ambiente de trabalho durante o expediente, consiste na realização de exercícios (LIMA, 2005), no entanto, sem levar o trabalhador ao cansaço, atuando de forma preventiva e terapêutica. Destaca-se que o programa preenche também a carência de valorização das pessoas no ambiente de trabalho (POLITO; BERGAMASHI, 2003). A validade da ginástica laboral pode ser percebida quando, ao longo da jornada de trabalho este é, talvez, o único momento do dia em que os funcionários podem ser eles mesmos, abrindo mão do autocontrole, livre dos riscos de acidentes e erros.

Os benefícios no sentido de desenvolvimento e evolução dos colaboradores e das organizações aparecem em função da competência, grau de conscientização e postura ética adotada pelos profissionais que conduzem e realizam tal prática (MENDES; LEITE, 2004),

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sem contar, ainda, na atuação em conjunto com os colaboradores. Portanto, somente com a participação efetiva nas aulas, poderão ser observados benefícios, os quais são, de acordo com Polito e Bargamashi (2003), aumento da flexibilidade, ativação do aparelho circulatório, preparação do corpo para atividades musculares, desenvolvimento da consciência corporal, proporcionando bem estar físico e emocional.

Embora a ginástica laboral já venha se destacando como ação que promove a prevenção e maior qualidade de vida aos colaboradores, acarretando em um aumento da produtividade da empresa, obtendo uma diminuição significativa nas doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, rotatividade de funcionários, afastamentos corriqueiros (CAÑETE, 2001). Brito (2014) destaca que os esforços para aumento na qualidade de vida percebida pelo colaborador não fazem sentido se não aliados à pratica da ginástica laboral. Dessa maneira evidencia-se o conteúdo valioso que a ginástica representa para a saúde e segurança ocupacional e, portanto para as finanças da empresa (SHEPHARD, 1994). No entanto, ainda não há parâmetro legal que regule a aplicação da mesma (ABGL, 2015), portanto, entende-se que o aumento na adoção da prática se dá pelo seu valor e a percepção pelos gestores.

3 Metodologia

A amostra foi composta por 27 colaboradores da linha de produção que partiparam das atividades da ginástica laboral no ano de 2016, e presentes nos dias das visitas. Do universo, 38 (todos os funcionários da linha de produção), foram excluídos além daqueles que não aderiram à pratica dos exercícios, os faltantes nesse período e os que se encontravam em período de férias, caracterizando uma amostra por conveniência. Vale destacar que a empresa fornece três turnos de trabalho, sendo a pesquisa aplicada em cada um deles. Acrescenta-se como procedimento ético que são assegurados a empresa e os colaboradores a não divulgação e exposição de seus respectivos nomes e imagens, preservando assim, as suas identidades.

O instrumento utilizado para avaliar a Ginástica Laboral realizada pela empresa se deu por meio de um questionário, sendo que, de acordo com Richardson (1999), os questionários são responsáveis por descreverem características e medirem certas variáveis em um grupo social.

Para a análise dos benefícios, vantagens e melhorias trazidas pela Ginástica Laboral para os colaboradores da empresa em questão, foi dividido em blocos, estruturado pelas seguintes partes: caracterização pessoal; variáveis presentes antes, durante e após a implantação da ginástica laboral; e, resultados e mudanças após implantação da ginástica laboral.

A elaboração priorizou observar qual o número de homens e mulheres que trabalham na empresa, faixa etária, trabalhos extras, grau de dificuldade dentro da empresa, em relação ao trabalho, esforços repetitivos, estresse, satisfação dos colaboradores com a empresa e satisfação com a ginástica laboral implantada, qualificando suas melhorias para os colaboradores. Ao todo, foi composto por 33 questões, contendo, em sua maioria, questões fechadas, ou seja, “[...] instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categoriais ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas” (RICHARDSON, 1999, p.

191). Vale mencionar ainda que “[...] o entrevistado deve responder à alternativa que mais se ajusta às suas características, ideias ou sentimentos” (RICHARDSON, 1999, p. 191).

Estas questões foram fundamentadas principalmente na escala Likert de cinco pontos, para verificar o grau de concordância dos colaboradores as questões relativas, de modo geral, aos programas de Ginástica Laboral. É, portanto, um instrumento “ [...] em que os funcionários indicam em que medida concordam com certo número de afirmações sobre a empresa” (GIL, 1994, p. 81). Essa escala mencionada requer que seja indicado um grau de concordância ou de discordância para as questões medidas (BACKER, 1995). Dessa forma, na escala Likert dos questionários, a maioria das respostas para cada item variam do extremo Concordo Totalmente até Discordo Totalmente.

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O questionário avaliou o programa/protocolo de exercícios em Ginástica Laboral realizados nesta organização no ano de 2016, demonstrando a situação real dessa prática realizada na organização, cujo objetivo era de colher informações acerca de sua atividade laboral, sua qualidade de vida e saúde. Para finalizar o questionário, este apresentou uma questão em aberto destinada aos colaboradores para ser preenchida subjetivamente com suas opiniões pessoais sobre possíveis sugestões e comentários para a empresa em relação à ginástica laboral.

A análise deste questionário deu-se pela análise quantitativa, através de gráfico e da análise qualitativa através das interpretações dos mesmos. Assim, o presente estudo foi realizado mediante uma abordagem quantitativa e qualitativa.

Para Creswell (2010), o método quantitativo abrangendo a área da saúde onde, objetiva avaliar tendências, atitudes ou opiniões de uma população, estudando-se uma amostra de determinada população. A partir do resultado da amostra, realizam-se as interpretações dos resultados, averiguando se realmente as atividades implantadas agiram de forma corroborativa para os participantes, e, considerando assim se o tratamento imposto fez diferença na vida dos colaboradores. Na sequencia, por meio da inferência estatística, pode-se fazer afirmações sobre a população, sendo fundamental para a análise final da pesquisa, podendo ser utilizada por outros pesquisadores e/ou organizações.

Ademais, essa pesquisa se caracteriza como descritiva, pois visa descrever características de determinada população, assim tendo como uma de suas características é estudar os diferentes comportamentos de determinados grupos, dentro desses, suas crenças, diversas culturas, idade, sexualidades, comportamentos pessoais. Além de possuir a finalidade de proporcionar uma nova visão de determinado problema (GIL, 2010). Dessa forma, objetivando, avaliar os reais benefícios da ginástica laboral a fim de minimizar as complicações ergonômicas a todo o quadro de funcionários desta empresa.

4 Resultados

As atividades da ginástica laboral foram realizadas no próprio setor em estudo, onde normalmente ocorrem, com a aplicação de exercícios específicos de alongamento, fortalecimento muscular, coordenação muscular, coordenação motora e relaxamento. Vale ressaltar que em um dos dias da semana ocorre a presença de um profissional que orienta e coordena as atividades voltadas à ginástica laboral, sendo que nos demais dias, um funcionário de cada turno foi selecionado para ser responsável por direcionar e levar adiante os exercícios a serem realizados por este grupo, diariamente, no início da jornada de trabalho.

Sobre a frequência diária, Mendes e Leite (2004) afirmam que a ginástica laboral é mais eficiente, apresentando melhor atuação na prevenção das lesões por esforço repetitivo.

Com base nos dados obtidos foi possível caracterizar a amostra, sendo que a maioria (19) dos respondentes se declarou do sexo feminino. Outra informação com pouca variância foi a escolaridade onde mais de 65% afirmou possuir ensino médio completo. A média aritmética da idade foi de 28.74, a mediana 29 e a moda 33 apesar disso, a maioria (8) dos respondentes indicou ter idade entre 18 a 23 anos, no entanto os pertencentes ao intervalo compreendido entre 33-38 anos são seis. Além disso, a idade máxima informada foi de 42 anos. Nota-se que a organização emprega muitos jovens, porém nas próximas idades há um decréscimo, o que pode indicar um índice alto de rotatividade, o que foi confirmado quando os funcionários foram perguntados sobre a permanência no emprego, houve uma concentração das respostas nos primeiros anos: 6 estão na empresa há menos de um ano, 11 estão entre 1-2 anos. A partir deste tempo de permanência há uma diminuição gradativa do número de funcionários ao passo que se aumenta o tempo de permanência, o que confirmou a suspeita.

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Quanto aos costumes pessoais ligados à saúde, 16 dos entrevistados, afirmou manter atividades extras como trabalhos domésticos, estudo, trabalho extra. Ao passo que, quando perguntados sobre prática de atividades físicas 15 dos 27 colaboradores entrevistados possuem isto como hábito. Mendes e Leite (2004) destacam a importância da prática de atividades físicas regulares, destacando que a ginástica laboral não é substituição dessa prática, mas um complemento. A atividade física regular atua na melhora de qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho, visto os benefícios hormonais, auxiliando na diminuição de problemas. Por outro lado, a ausência de atividades físicas regulares acarreta em um aumento no estresse mental e físico, gerando impactos negativos nos indivíduos e, portanto, naquilo que o cerca. Todos os colaboradores se declaram não fumantes.

Pela observação pessoal, diante da saúde e segurança oferecida no ambiente, verificou-se que 16 concordam que o trabalho exercido por eles na empresa é de ritmo repetitivo, no qual pode-se ter maior risco no desenvolvimento das patologias LER e DORT. O mesmo número de colaboradores não considera o ritmo de trabalho exercido na empresa intenso. Durante o período em que trabalha nessa empresa, 3 colaboradores já tiveram algum afastamento de trabalho. A ginástica laboral, além de apresentar favorecimentos à qualidade de vida dos colaboradores, deve enfatizar a diminuição de acidentes de trabalho, sem contar, ainda, a redução das lesões por esforço repetitivo (MENDES; LEITE, 2004).

Os Histogramas 1 e 2, na sequência, tem como aspecto de interesse o cansaço. No primeiro, quanto a geração pelo trabalho e no segundo na influência deste ao longo da execução das tarefas. Já no Histograma 3 os colaboradores demonstram apresentar energia suficiente para a execução das tarefas exigidas no cargo.

Histograma 1 – Cansaço após a jornada de trabalho

Histograma 2 – O cansaço interfere no seu rendimento no trabalho 1

3

6

17 0

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

0 2

6

16 3

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

0 0

2

17 8

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

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Histograma 3 - Apresenta energia suficiente para o seu dia a dia na jornada de trabalho

Histograma 4 - Estresse no ambiente de trabalho

Pela observação do Histograma 4, pode-se perceber que ambiente não apresenta fatores estressantes. Lima (2005) destaca que o estresse vem sendo um sinal de alerta na sociedade atual. A ginástica laboral é, então, considerada um fator de extrema importância para a minoração desses fatores, pelo seu potencial de estimulação: a conscientização da prática de atividades físicas, a reavaliação do seu modo de pensar, ajudando na organização do seu tempo, espaço e atuação, reeducando as pessoas para uma alimentação saudável, promovendo descontração e lazer, alterando seu estilo de vida.

Os Histogramas 5 e 6 retratam a avaliação dos colaboradores em relação à dores durante e após a jornada de trabalho, respectivamente. Sendo possível observar em ambos a presença de 10 colaboradores que apresentam dores durante o trabalho e as sentem após o fim do expediente, o que explicita os malefícios da adoção de sistemas de trabalho com deficiências ergonômicas. Para Cañete (2001), a dor é um sinalizador de que algo não esta bem, representa a existência, ou aproximação de uma ameaça a integralidade estrutural ou funcional do nosso organismo. Tornando-se um vinculo vicioso entre a ansiedade e a dor, ocorrendo cada vez mais, entre os trabalhadores, o aumento de ambas. A dor pode culminar em problemas maiores, como a depressão, relacionada, entre outros fatores, com a limitação da capacidade física determinada pela dor. Dessa maneira a ginástica laboral tem papel importante na diminuição da tensão do dia-a-dia, da quebra da rotina e consequentemente na diminuição das dores referidas.

Histograma 5 - Ocorrência de dores durante a jornada de trabalho

Histograma 6 - Ocorrência de dores após a jornada de trabalho

No Histograma 7 é possível observar que 19 funcionários apresentam dor em pelo menos uma

4

7

16 0

0

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

2

12 3

10 0

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14

2

11 4

10 0

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12

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região corporal, com o destaque preocupante de um colaborador que relatou sofrer com as dores em 7 locais do corpo.

Histograma 7 - Quantidade de regiões doloridas referidas pelos colaboradores

Histograma 8 - Regiões com reclamações de dor pelos funcionários

Para a elaboração do Histograma 8, foram apresentadas as 18 regiões corporais, e os funcionários declararam em quais destas ocorriam as dores, caso existissem. O trabalho se mostrou mais danoso para a região Lombar, seguido das regiões escapular e ombro. Na sequência, aqueles que indicaram algum ponto de dor foram questionados sobre a intensidade da dor na região, variando de 0 (ausência da dor) até 10 (dor mais forte já sentida). Com base nas informações daqueles que reportaram sentir dor, foi feita a média dos valores, as quais estão apresentadas no Histograma 9, relacionadas com a região de ocorrência.

0 2 4 6 8 10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Quantidade de Funcionários

Quantidade de Reges Doloridas

0

8 0

4 1

4 0

8 2

10 2

1 0 0 0

4 0

2

0 2 4 6 8 10 12

Torácica Região Escapular Quadril Pescoço Pés Perna Peito Ombro Mãos Lombar Joelho Glúteo Cotovelo Cervival Cabeça Braço Antebraço Abdômen

Quantidade de Funcionários

Rego

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Histograma 9 - Média da Escala da Dor dos Funcionários por Região Dolorida

Destaca-se a presença de funcionários que realizam as mais diversas funções, as quais exigem diferentes posicionamentos, ferramentas, equipamentos, materiais, entre outros, o que irá refletir nas dores pontuais de certos grupos. O destaque da escala fica pela dor ocasionada nos pés (9) e no pescoço (8,5). As regiões com aparição mais frequente, apresentaram resultados medianos, com 6,8 para região escapular, 6,5 para ombros e 5,7 para lombar. Finalizando a abordagem frente a dor, no Histograma 10 apresenta se os colaboradores acreditam que a dor impacta no desempenho das suas atividades, sendo que 18 fornecem parecer positivo.

Histograma 10 – A dor interfere no seu rendimento no trabalho

Conforme o exposto no Histograma 11 foi possível perceber que 25 colaboradores veem a ginástica laboral como uma atividade voluntaria e agradável sendo que não houve manifestações contrárias à participação. No Histograma 12 foi demonstrada a importância da ginástica laboral, na visão dos colaboradores. Para Mendes e Leite (2004), é de suma importância aos gestores obter o ponto de vista do colaborador em relação à implantação da ginástica laboral. A avaliação da satisfação do colaborador serve para diminuir as dúvidas de quem está implantando o programa, sobre a vitalidade das atividades implantadas para sua continuidade, pois se a atividade for vista pelos colaboradores de forma negativa o processo de trabalho estará comprometido em sua totalidade, gerando mais um grau de estresse para ambas as partes, não alcançando os objetivos propostos.

0

6,8 0

8,5 9 4

0

6,5 3,5

5,7 6,5 6 0

0 0

6,8 0

4

0 2 4 6 8 10

Torácica Região Escapular Quadril Pescoço Pés Perna Peito Ombro Mãos Lombar Joelho Glúteo Cotovelo Cervival Cabeça Braço Antebraço Abdômen

Escala da Dor

Rego

0

3

6

16 2

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

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Histograma 11 - Participação ativa do programa de ginástica laboral implantada

Histograma 12 - Opinião do colaborador se a ginástica laboral é importante

Os Histogramas 13, 14 e 15, dizem respeito, respectivamente à continuidade das ações em prol da ginástica laboral, ao tempo de duração das atividades e ao aparecimento benefícios aliado à prática. Quase todos os respondentes se mostraram a favor da manutenção da ginástica laboral, sendo possível observar que alguns não estão satisfeitos com o tempo de duração, o que leva a crer que estes gostariam que o tempo da prática fosse maior do que os 15 minutos ora destinados a esta prática. Dezoito colaboradores indicaram ter percebido mudanças a partir do início das atividades, os quais serão discutidos na sequência.

Histograma 13 - Continuidade da ginástica laboral

Histograma 14 – O tempo de aplicação de 15 minutos é satisfatório 0

0 2

15 10

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0 0 1

6

20

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 5 10 15 20 25

0 0

1

6

20

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 5 10 15 20 25

2 3

7

13 2

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14

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Histograma 15 - A implantação da ginástica laboral produziu benefícios

O Histograma 16 apresenta dados das relações interpessoais, sendo que para Lima (2005), o bom convívio social possibilita uma melhor interação e aumento na disposição de trabalho. O Histograma 16 indica que a ginástica laboral opera como um importante fator para a melhoria da interação entre colegas no setor de trabalho, estabelecendo melhorias no convívio diário.

Histograma 16 - A ginástica laboral melhorou o relacionamento e interação com os seus colegas de trabalho

O Histograma 17 apresenta o parecer dos colaboradores perante seu bem estar físico e mental, diante da aplicação da ginástica laboral. O Histograma 18 expõe os benefícios pessoais relatados pelos colaboradores após a aplicação da ginástica laboral.

Histograma 17 - Satisfação dos colaboradores com a ginástica laboral perante seu bem estar físico e mental

Histograma 18 – Benefícios pessoais percebidos com a implantação da ginástica laboral 0

0

9

14 4

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0 1

3

18 5

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 5 10 15 20

0 1

4

19 3

DISCORDO TOTALMENTE DISCORDO NEM CONCORDO, NEM DISCORDO CONCORDO CONCORDO TOTALMENTE

0 5 10 15 20

4,76%

20,32%

14,92%

17,46%

16,83%

8,57%

6,98%

10,16%

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Começou a aproveitar melhor o tempo livre Diminuiu seu cansaço Começou a cuidar mais da sua saúde Melhorou o seu humor Diminuíram as dores no corpo Melhorou sua saúde Começou a praticar atividades físicas Diminuiu seu estresse

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O Histograma 19 expõe os benefícios organizacionais relatados pelos colaboradores após a aplicação da ginástica laboral enquanto o Histograma 20 demonstra a definição da ginástica laboral pelos colaboradores.

Histograma 19 – Benefícios organizacionais percebidos com a implantação da ginástica laboral

Histograma 20 – Significado da ginástica laboral para os colaboradores

5 Considerações finais

Diante dos benefícios previamente mostrados com base no relato dos próprios colaboradores é explícito o potencial organizacional, bem como, pessoal da ginástica laboral. Deve-se salientar, ainda, que pela natureza dos exercícios, qualquer pessoa pode participar das atividades. Além das características pontuais como a melhora do condicionamento físico e redução do sedentarismo ela traz ainda mais benefícios individuais ao promover o cuidado com a saúde e a prática de atividades físicas.

Da mesma maneira, apresenta inúmeras vantagens coletivas, afinal com os colaboradores relaxados, fisicamente e mentalmente sãos ocorre o aumento da disposição e dedicação, a diminuição do cansaço, bem como, a preservação da vida com a diminuição dos acidentes e doenças do trabalho. Em outras palavras, a ginástica laboral oferece benefícios para toda a cadeia social que rodeia aquele indivíduo.

Em síntese, para a empresa com a implantação da ginástica laboral haverá uma redução de gastos em afastamentos por lesões ou acidentes de trabalho, haverá maior satisfação dos colaboradores e com isso maior produtividade e menor número de rotatividade de funcionários e absenteísmo. Ao serem analisados os questionários distribuídos aos colaboradores da linha de produção, percebe-se que a empresa possui um número maior de

18,04%

13,33%

0,00%

20,00%

14,12%

23,53%

0,39%

10,59%

Aumentou sua produtividade Melhorou a integração com seus colegas Diminuíram suas faltas no trabalho Aumentou seu desempenho no trabalho Aumentou seu nível de atenção no trabalho Aumentou sua disposição para o trabalho Melhorou sua integração com a chefia Aumentou sua satisfação com a empresa

0% 5% 10% 15% 20% 25%

6,67%

23,81%

5,40%

1,90%

14,60%

2,54%

20,00%

25,08%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Lazer Relaxamento Prazer Tarefa União com os colegas Obrigação Estímulo Prevenção

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mulheres do que de homens trabalhando, que são em sua maioria colaboradores jovens, e com um grande número de rotatividade, sendo que dos 27 entrevistados, 17 colaboradores estão na empresa há, no máximo, dois anos.

Em contrapartida, verifica-se a boa aceitação das atividades físicas pelos colaboradores, tanto na ginástica laboral, quanto em atividades realizadas fora da empresa. Também se observa a importância que os colaboradores passam a atribuir à ginástica laboral, sendo que a maioria concorda que a atividade é um meio de prevenção, de redução de dores, de redução de estresse, de melhor vínculo com os colegas de trabalho, melhor produtividade, entre outros.

Pode-se observar também que existe um grande número de colaboradores que se queixam de problemas ou dores na coluna, sendo que dos 27 colaboradores entrevistados, 10 apresentaram queixas nessa região, fato que ocorre muitas vezes pela má postura adotada pelo colaborador durante sua jornada de trabalho.

Enfim, o estudo buscou privilegiar o bem-estar, a saúde física, mental e emocional desses colaboradores, por meio da avaliação dos benefícios das práticas já realizada, o qual pode ser utilizado para avaliar a Ginástica Laboral utilizada nos demais ambientes de trabalho nas diversas empresas que necessitam de tais cuidados.

Referências

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Acesso em 16/05/2015.

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