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EFICIÊNCIA PRODUTIVA DE EMPRESAS DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL

tupy@cppse.embrapa.br

Apresentação Oral-Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais

OSCAR TUPY.

EMBRAPA, SAO CARLOS - SP - BRASIL.

EFICIÊNCIA PRODUTIVA DE EMPRESAS DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL

Grupo de Pesquisa: Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais.

Resumo: A indústria de alimentos no Brasil é um setor de grande importância para a economia brasileira com poucos estudos publicados quanto ao seu desempenho operacional.

Este trabalho avalia a eficiência relativa (técnica e de escala) de uma amostra de empresas de diferentes segmentos desta indústria, utilizando-se para tanto o Método DEA. Os segmentos analisados foram: Conglomerados Alimentícios; Óleos Animais e Vegetais; Moinhos, massas e pães; Chocolates, doces, balas e biscoitos; Frigoríficos; Lacticínios; Arroz, Aveia, Milho e fécula; Café - Torrefações e solúvel; Alimentos a base de frutas; Diversos. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a ineficiência na gestão dos ativos e da mão-de-obra é considerável na maior parte das empresas avaliadas, o que requer a atenção do setor.

Palavras-chave: Indústria de alimentos, eficiência produtiva, eficiência técnica; eficiência de escala.

Abstract: With the objetive of aggregating value to the information currently produced for the food industry in Brazil, this work evaluated the relative efficiency (technical and of scale) of a sample of enterprises from different sectors of this industry. The sectors analyzed were:

foods conglomerates; animal and vegetable oils; mills, pastas and breads; chocolate ,sweeties, candies and cookies; slaughterhouses; dairy plants; rice, oats, corn and starches; coffee – toasting and soluble; fruit-based foods; and others. Based on the results, it was possible to conclude that the inneficiency in the management of the capital and labor is present in all of the industries analyzed, some in higher levels than others.

Key-words: food industry in Brazil; the inneficiency in the management of the capital and labor; relative efficiency; technical and of scale eficiency.

1. INTRODUÇÃO

Segundo o Departamento de Estudos Econômicos da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos - ABIA, a indústria de alimentação no Brasil ( alimentos + bebidas) faturou R$184,6 bilhões em 2005, líquido de impostos indiretos, contribuindo com 9,7% do PIB brasileiro. O faturamento líquido da indústria de produtos alimentares foi de R$ 158,5 bilhões e da indústria de bebidas de R$ 26,1 bilhões.

A indústria exportou R$ 48,94 bilhões em 2005, sendo os principais mercados a

Federação Russa, Oriente Médio, Japão, EUA e China. Neste contexto as importações

brasileiras de alimentos em 2005 foram da ordem de R$3,7 bilhões gerando um saldo

comercial no valor de R$ 45,3 bilhões.

(2)

Em 2005 a indústria de alimentos possuía em seus quadros 1,21 milhão de empregados, aproximadamente, o que representou uma participação de 20,1% no total de empregados da indústria de transformação no país.

O número de estabelecimentos formais perfazia um total de 42.2 mil unidades, com as microempresas representando 85,3 % desse total, as pequenas com 10,7%, as médias com 3,2% e as grandes empresas com apenas 0,9% de participação.

Quanto à capacidade instalada as indústrias operaram em 2005, com 72,6% da sua capacidade, inferior a 2001 e 2002, quando utilizaram 74,6% da capacidade instalada. Nos anos de 2003 e 2004, operaram, respectivamente, com 70,7 e 69,4 % da capacidade instalada.

Já a produtividade da mão-de-obra expressa como faturamento líquido por empregado, foi de R$153.000,00, menor do que em 2003 e 2004, respectivamente, de R$ 156.800,00 e R$

165.000,00.

Embora seja expressiva a participação da indústria de alimentação na economia brasileira, faltam ao setor informações sobre o nível de eficiência produtiva com a qual operam as empresas dos seus diferentes segmentos, embora a palavra eficiência seja empregada com freqüência pelos executivos.

Nesta perspectiva, o trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência produtiva (técnica e de escala) de amostras de empresas de diferentes segmentos da indústria de alimentação. A hipótese subjacente é de que a ineficiência técnica e de escala estão presentes nos diversos segmentos da indústria de alimentação. Cabe salientar, que o trabalho não teve por objetivo avaliar a eficiência lucro, custo ou alocativa, devido a não disponibilidade dos preços do capital, dos produtos e da hora trabalhada no setor, para diferentes segmentos da indústria de alimentos e bebidas. Além disso, por limitações dos dados disponíveis para estudo (dados secundários), o trabalho se restringiu à avaliação da eficiência produtiva das empresas, sem, contudo, discutir as causas da ineficiência na gestão do capital e da mão-de- obra empregada na atividade dado o faturamento obtido.

Os críticos dos estudos de eficiência são radicais com relação à ausência de

explicações sobre as causas das ineficiências na produção de modo geral. Contudo, os

resultados das avaliações são importantes, como ponto de partida para estudos mais

detalhados sobre a eficiência produtiva de empresas, ao evidenciar se estas estão

empregando, capital e mão-de-obra com eficiência em relação às concorrentes. De posse

destas informações, as empresas podem tomar a iniciativa, de em parceria com a academia

realizar estudos que possibilitem identificar as causas da sua ineficiência. Com a publicação

de rankings de empresas nos anuários brasileiros do tipo: As 500 Maiores da Revista Exame,

Valor 1000 e Gazeta Mercantil estão disponíveis um volume expressivo de dados de

empresas de diferentes setores e segmentos da economia brasileira, que permitem formular

modelos para avaliação de eficiência produtiva (técnica e de escala), embora faltem

informações para avaliar a eficiência econômica (lucro e custo). Estes informações devem ser

exploradas e a eficiência relativa das empresas avaliada, publicando-se os resultados como

forma de divulgar a importância dos estudos de eficiência para as empresas. Sabe-se, por

exemplo, que excessos na utilização de ativos podem ser atribuídos ao dimensionamento

errado destes, quando das decisões de investimentos, principalmente, no que se refere aos

ativos permanentes. Uma gestão mal conduzida de estoques, assim como uma retração não

prevista do mercado consumidor ou erros na estratégia de marketing, pode influenciar o

desempenho das empresas. Fatores como obsolescência tecnológica, baixa escolaridade, falta

de treinamentos e política salarial, podem prejudicar o desempenho da mão-de-obra

empregada na produção. O importante, do ponto de vista microeconômico é que os estudos

de eficiência avaliam o desempenho relativo das empresas, ou seja, uma empresa em relação

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à outra, concorrentes no mesmo mercado, levando-as a refletir sobre seu processo de gestão.

Do ponto de vista macroeconômico, políticas governamentais podem influenciar negativamente, como por exemplo, a renda per capita baixa, a valorização cambial, a taxa de juros, etc.

Quando analisada do ponto de vista das cadeias produtivas, se o elo ineficiente é central como a indústria, por exemplo, esta poderá transmitir os efeitos da ineficiência para frente e para trás ao longo da cadeia. Empresas ineficientes transmitem a sua ineficiência forçando o preço da matéria-prima para baixo, prejudicando produtores de matéria-prima e os preços dos produtos para cima, prejudicando distribuidores, varejo e consumidores. Contudo, produtores de matéria-prima também podem forçar os preços para cima, caso sejam ineficientes, como forma de compensar a sua ineficiência, muitas vezes não diagnosticada por falta de conhecimento sobre as técnicas de medição disponíveis. Por outro lado, identificar firmas eficientes pode contribuir com informações relevantes, se tais firmas forem utilizadas como benchmarks.

A eficiência relativa com a qual opera uma determinada empresa é um indicador importante da sua competitividade, em relação às empresas concorrentes, que operam dentro do mesmo segmento e dentro da indústria, de maneira geral, devendo, portanto, ser motivo de consideração por parte dos gestores.

A eficiência produtiva de uma empresa é dada pela sua eficiência técnica e de escala.

Uma empresa é considerada tecnicamente eficiente, quando para determinado nível de produção minimiza os insumos utilizados. Será eficiente em escala, quando os aumentos das quantidades produzidas são proporcionais ao aumento das quantidades dos insumos empregados na produção. Se os aumentos das quantidades produzidas são menos do que proporcionais aos aumentos nas quantidades dos insumos, as empresas passam a operar na faixa de retornos decrescentes de escala e se os aumentos nas quantidades produzidas são maiores do que os aumentos nas quantidades dos insumos, operam na faixa de retornos crescentes. Em ambas as situações são consideradas ineficientes em escala, por operarem aquém (retornos crescentes) e além (retornos decrescentes) do ponto onde os ganhos de produção são proporcionais aos aumentos nas quantidades dos fatores de produção. Quanto à eficiência alocativa de uma empresa, esta diz respeito ao emprego dos insumos em proporções inadequadas, dados os seus preços, contudo, a medição da eficiência alocativa não fará parte do escopo do presente trabalho, uma vez que, os preços dos fatores não constam da base de dados empregada. A eficiência econômica é a medida resultante da eficiência técnica versus a eficiência alocativa.

Na literatura estrangeira, existem alguns estudos sobre eficiência produtiva e econômica de empresas da indústria de alimentos, podendo-se citar aqueles realizados por Ferrier et al. (1995) e Sing et al. (2000), ambos na indústria de laticínios,respectivamente EUA e India. No Brasil, Ceretta (1999) realizou uma investigação empírica sobre eficiência produtiva na indústria de alimentos. O autor avaliou a eficiência técnica e de escala de 21 empresas de diferentes segmentos utilizando o Método de Data Envolopment Analysis – DEA, desenvolvido por Charnes, Cooper & Rhodes (1978), a partir do seminal estudo realizado por Farrel (1957). A eficiência técnica média estimada para as empresas avaliadas por Ceretta (1999) foi de 44%. Tupy et al. (2003), avaliaram a eficiência produtiva do segmento de laticínios, pertencentes a algumas cooperativas, estimando uma eficiência técnica média de 81,7% .

2 - METODOLOGIA

(4)

Dados

Os dados utilizados neste trabalho são secundários e foram obtidos das demonstrações financeiras referentes ao movimento de 2003, de 147 empresas da indústria de alimentação do Brasil, disponibilizadas no Balanço Anual 2004, publicado pela Gazeta Mercantil. Estas foram classificadas em 10 segmentos: Conglomerados Alimentícios (7 unidades produtoras);

Óleos Animais e Vegetais (18 unidades produtoras); Moinhos, massas e pães (27 unidades produtoras); Chocolates, doces, balas e biscoitos (20 unidades produtoras); Frigoríficos (17 unidades produtoras); Lacticínios (15 unidades produtoras); Arroz, Aveia, Milho e féculas (11 unidades produtoras); Café - Torrefações e solúvel (15 unidades produtoras); Alimentos à base de frutas (5 unidades produtoras); Diversos (12 unidades produtoras).

Variáveis de decisão

As variáveis de decisão utilizadas, basearam-se, para o produto, na receita líquida (RL) de cada empresa, e para os insumos, no ativo total – AT (capital) e no número de funcionários - NF (trabalho), conforme especificado e utilizado por Ferrier et al.(1995), para medir a eficiência técnica e de escala de laticínios nos EUA. Ceretta (1999) utilizou como output, o valor adicionado pela empresa e como inputs, o patrimônio líquido, o exigível e o montante de salários. Na base de dados, publicada no Balanço Anual 2004 da Gazeta Mercantil, não se encontravam disponíveis informações sobre salários das empresas.

Infelizmente, muitas empresas não foram consideradas neste trabalho, pelo fato de não disponibilizarem a Gazeta mercantil as informações sobre receita líquida, ativo total e/ou número de funcionários.

O Modelo

Para avaliar a eficiência produtiva das empresas utilizou-se o modelo de programação matemática conhecido como Data Envelopment Analysis ou DEA, desenvolvido por Charnes et al.(1978), como segue:

Min θ,λ θ (1)

sujeito a

- y i +Yλ ≥ 0, θx i - Xλ ≥ 0, λ ≥ 0,

sendo θ um escalar, cujo valor será a medida de eficiência da i-ésima firma e o parâmetro λ é um vetor Nx1, cujos valores são calculados de forma a obter a solução ótima. Para uma firma eficiente, todos os valores de λ serão zero; para uma firma ineficiente, os valores de λ serão os pesos utilizados na combinação linear de outras firmas eficientes, que influenciam a projeção da firma ineficiente sobre a fronteira calculada. Isto significa que, para uma firma ineficiente, existe pelo menos uma firma eficiente, cujos pesos calculados fornecerão a firma virtual da firma ineficiente, mediante combinação linear. As firmas eficientes que, quando combinadas, fornecem a firma virtual para a firma ineficiente são conhecidas como peers (pares) ou benchmarks (firmas eficientes, de melhor prática), para aquela firma.

Nas equações acima, X é a matriz de insumos [ativo total (AT) e número de funcionários (NF) utilizados no processo produtivo] de dimensões (K x N), e Y o vetor de produtos [Receita Líquida (RL)] de dimensões (M x N) representando os dados de todas as empresas da amostra. Tem-se ainda, x i o vetor coluna de insumos e y i o vetor coluna de produtos representando a i-ésima firma.

O valor de θ obtido será o escore de eficiência para a i-ésima firma e a condição de que

θ ≤ 1 será satisfeita, com o valor 1,0 indicando um ponto na fronteira e, portanto, uma firma

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eficiente. Note que o problema de programação linear deve ser resolvido N vezes, uma para cada firma da amostra.

A medida de eficiência obtida da equação (1) é orientada para os insumos pressupondo retornos constantes de escala (RC) para a tecnologia.

Além da pressuposição de RC pode-se, considerar retornos variáveis de escala (RV) para a tecnologia. A pressuposição de RC somente é apropriada quando todas as firmas estão operando em uma escala ótima. Deste modo, o problema de programação linear com retornos constantes de escala, conforme representado na equação (1) pode ser facilmente modificado para atender a pressuposição de RV pela adição de uma restrição de convexidade: N1’λ =1, conforme demonstrado na equação (2) a seguir:

Min θ,λ θ (2)

sujeito a

- y i +Y λ ≥ 0, θ x i - X λ ≥ 0, N1’λ =1 λ ≥ 0,

sendo N1 um vetor N x 1 de uns. A restrição de convexidade (N1’λ =1) assegura, essencialmente, que a firma ineficiente é somente comparada com uma firma de igual tamanho. O ponto projetado para a firma sobre a fronteira DEA será uma combinação convexa de firmas observadas. Portanto, no caso DEA com RC, a firma pode ser comparada com firmas que são substancialmente maiores ou menores do que ela (Coelli,1994). Neste caso os pesos λ poderão somar um valor maior do que 1.

Dada a pressuposição de RV para a tecnologia, os escores de eficiência técnica obtidos sob a pressuposição de RC podem ser decompostos em dois componentes: um devido à ineficiência de escala e um devido à ineficiência técnica pura, como apresentado nas equações (3) e (4) a seguir:

ET RC = ET RV x E ESC (3)

E ESC = ET RC / ET RV (4)

Onde,

ET RC é a eficiência técnica obtida sob a pressuposição de RC;

ET RV é a eficiência técnica obtida sob a pressuposição de RV;

E ESC é a eficiência de escala;

Contudo, a medida de eficiência de escala obtida da equação (2) não indica se a firma está operando em uma área de retornos crescentes ou decrescentes de escala. Este problema pode ser contornado resolvendo um problema DEA adicional com retornos não-decrescentes à escala impostos. Para tanto, altera-se a equação (2) substituindo a restrição N1’λ =1 por N1’λ≤1, obtendo:

Min θ,λ θ (5)

sujeito a

- y i +Yλ ≥ 0, θx i - Xλ ≥ 0, N1’λ≤1 λ ≥ 0,

Os retornos crescentes e decrescentes de escala são calculados considerando a diferença

entre os escores de eficiência técnica obtidos pela solução do problema DEA, da equação (2)

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e aqueles obtidos pela solução do problema DEA, da equação (5). Escores iguais indicam firmas operando com retornos decrescentes de escala e, ao contrário, com retornos crescentes.

Dado que o método DEA cria a partir dos dados de insumo-produto coletados da amostra de empresas uma forma linear de fronteira não paramétrica, essa característica pode gerar um inconveniente denominado na literatura como slacks, que em português é traduzido como excessos ou folgas. Para solucionar a questão, COELLI et alli (1998) sugeriram o método de estágios múltiplos. Este método consiste em uma seqüência de seis modelos de programação linear DEA, tendo a desvantagem de requerer muito mais recursos computacionais para sua solução. No entanto, os benefícios dessa abordagem de estágios múltiplos, estão no fato de serem identificados pontos eficientes projetados, que possuem uma combinação de insumos e produtos tão similar quanto possível, aos pontos ineficientes por excesso ou folgas, além de ser invariante quanto à unidade de medida, já que se um movimento radial é invariante, uma série de movimentos radiais também o será.

Os seis passos do modelo podem ser descritos da seguinte forma:

1 o ) O primeiro passo consiste em resolver o primeiro estágio de programação linear, conforme já descrito, objetivando-se a obtenção dos θ’s para cada empresa da amostra.

2 o ) No segundo passo, procede-se, também, como já descrito, a maximização das folgas ou excessos. O objetivo desse passo é identificar todas as empresas que não possuem folgas e que têm a máxima eficiência técnica. Essas empresas formam o conjunto eficiente. A diferença entre os dois primeiros passos e o modelo de dois estágios é que aqui o ponto projetado não é utilizado. O objetivo é indicar o conjunto das empresas eficientes e o das possuidoras de folgas.

3 o ) No terceiro passo, identifica-se, dentre todos os insumos, a existência de alguma folga em algum deles. Se é identificada alguma possibilidade de contração em determinado insumo, então existe alguma folga potencial para pelo menos uma das empresas da sub- amostra. É importante ressaltar que se alguma empresa não utiliza determinado insumo, assumindo para ele valor zero, o passo não é realizado e nenhuma solução ótima plausível é encontrada.

4 o ) No quarto passo, busca-se a redução radial em todos os insumos identificados como possuidores de folga no terceiro passo. Essa operação é realizada para cada empresa identificada no segundo passo como detentora de folga.

5 o ) No quinto passo, repetem-se os passos 3 e 4, já considerando os pontos neles projetados, até que nenhuma folga permaneça.

6 o ) No sexto passo, por fim, repete-se os passos 3 a 5, considerando o ponto obtido no passo 5 e uma possível expansão radial do produto, até que nehuma folga de produto ainda persista. O ponto projetado final estará sobre a superfície de eficiência. Os peers de uma empresa ineficiente serão o vetor λ do último ponto projetado, enquanto as folgas serão obtidas pela subtração dos valores dos insumos e produtos, do último ponto projetado, pelo seus valores obtidos no primeiro passo (GOMES, 1999).

Um maior detalhamento matemático dos seis passos que compõem o modelo de estágios múltiplos, pode ser encontrado em COELLI et alii (1998) e GOMES (1999), o que foge do escopo do presente trabalho.

COELLI et alii (1998) disponibilizam um software para cálculo de eficiência, denominado A Data Envelopment Analysis Program - DEAP. O DEAP oferece ao usuário a possibilidade de escolha sobre o modo como os slacks serão tratados. As opções são:

DEA de um estágio e tratamento de slacks através da forma residual.

(7)

DEA de dois estágios para tratamento de slacks.

DEA de múltiplos estágios, em que os slacks são tratados de forma radial.

Este programa foi utilizado neste trabalho para implementar as soluções dos problemas de programação linear.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

No Quadro (1) estão representados os valores médios, máximos e mínimos das variáveis de decisão empregados para avaliar a eficiência das empresas.

Quadro 1 – Valores médios, máximos e mínimos de receita líquida (RL), ativo total (AT) e número de funcionários (NF) por segmentos e número de empresas (n) por segmento.

Receita Líquida Ativo Total NF

R$ mil

Conglomerados Alimentícios (n =7)

Média 4.599.680,29 3.254.398,00 14.555

Máximo 10.322.700,00 6.137.969,00 34.431

Mínimo 1.324.735,00 1.434.606,00 4.043

Óleos Vegetais e Animais (n =18)

Média 259.968,71 154.373,18 492

Máximo 1.388.525,00 789.072,00 1.806

Mínimo 4.251,00 4.576,00 35 Moinhos, massas e pães ( n = 27)

Média 104.726,63 63.131,04 321

Máximo 775.393,00 456.287,00 2.590

Mínimo 2.739,00 2.266,00 7 Chocolates, doces, balas e biscoitos ( n = 20)

Média 138.167,89 97.814,89 882

Máximo 626.270,00 402.956,00 2.897

Mínimo 14.393,00 10.733,00 150

Frigoríficos ( n = 17)

Média 142.722,53 89.320,12 853

Máximo 1.382.214,00 950.923,00 7.250

Mínimo 783,00 1.934,00 40 Laticínios ( n = 15)

Média 158.495,40 129.665,80 717

Máximo 646.292,00 556.726,00 3.377

Mínimo 7.899,00 3.169,00 35 Arroz, Aveia, Milho e Fécula ( n = 11)

Média 173.243,60 103.367,50 355

Máximo 534.642,00 360.164,00 1.174

Mínimo 19.717,00 8.282,00 48 Café – Torrefações e solúvel ( n = 15)

Média 59.375,13 47.290,07 281

Máximo 315.829,00 229.848,00 1.125

(8)

Mínimo 1.837,00 1.095,00 20 Alimentos a base de frutas ( n = 5)

Média 48.836,25 70.726,00 708

Máximo 83.265,00 99.926,00 900

Mínimo 18.674,00 26.579,00 450

Diversos ( n = 12)

Média 51.760,60 67.544,00 284

Máximo 158.165,00 399.622,00 896

Mínimo 8.060,00 1.899,00 45 Fonte: Anuário da Gazeta Mercantil 2004

Inicialmente foram avaliados os Conglomerados Alimentícios. Consta na Tabela 1, a relação das sete unidades produtoras de alimentos avaliadas, quanto a sua eficiência relativa técnica e de escala.

A análise das informações contidas na Tabela 1 mostra que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 90,2% (ET RV =1). A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 67%. Isso se explica pela eficiência média de escala obtida, que é de 75,2%, ou, em outras palavras, a origem da diferença entre à medida que considera retornos constantes e a que considera retornos variáveis, está na eficiência de escala produtiva.

Tabela 1 – Medidas de eficiência técnica e de escala de conglomerados alimentícios avaliados.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

BUNGE ALIMENTOS-SC 1 1,000 1,000 1,000 Rce 1

CARGILL –SP 2 1,000 1,000 1,000 Rce 2

SADIA SC 3 0,495 0,553 0,895 Rcr 2/5

PERDIGÃO –SP 4 0,677 0,830 0,816 Rcr 5/2

SEARA-SC 5 0,597 1,000 0,597 Rcr 5

KRAFT FOODS-PR 6 0,489 0,932 0,525 Rcr 2/7/5

PARMALAT-SP 7 0,433 1,000 0,433 Rcr 7

Média 0,670 0,902 0,752

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,433 0,553 0,433

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

= retorno de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala.

³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

É importante ressaltar que das sete unidades analisadas, apenas as firmas 1 e 2, obtiveram o escore máximo, tanto sob retornos constantes, como sob retornos variáveis de escala, conforme consta da Tabela 1 . As firmas 5 e 7 obtiveram o escore máximo apenas sob pressuposição de retornos variáveis, o que indica eficiência na utilização de insumos, mas problemas na escala produtiva. As demais unidades são ineficientes tanto tecnicamente como em escala operando, na faixa de retornos crescentes. A firma 2 foi referência para quatro firmas na amostra , a 5 para quatro firmas, e a 7 para duas firmas da amostra.

O segundo segmento da indústria com empresas avaliadas foi o de Óleos animal e

vegetal. Constam na Tabela 2, as medidas de eficiência técnica e de escala das empresas

avaliadas.(até aqui).

(9)

Examinando-se a Tabela 2 observa-se que quatro firmas apenas foram eficientes tecnicamente e em escala, sete delas apenas tecnicamente, exibindo as demais, ineficiências técnica e de escala.

A eficiência técnica média das firmas considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 60,9%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 44,2% e a eficiência média de escala de 69,4%. Das firmas ineficientes em escala, apenas a Caramurú Alimentos encontra-se na faixa de retornos decrescentes. A firma 16 foi benchmark para doze firmas da amostra, a 4 para oito firmas, a 7 e a 8, para três.

Tabela 2– Medidas de eficiência técnica e de escala de empresas do segmento de óleos animail e vegetal avaliadas.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

CARAMURU ALIMENTOS-GO 1 0,472 1,000 0,472 Rdc 1

BIANCHINI-RS 2 1,000 1,000 1,000 Rce 2

ABC INCO-MG 3 1,000 1,000 1,000 Rce 3

ORLÂNDIA-SP 4 1,000 1,000 1,000 Rce 4

BRASWEY-SP 5 0,248 0,250 0,992 Rcr 4/16

LECO-SP 6 0,301 0,314 0,959 Rcr 8/4/16

CRA-PA 7 1,000 1,000 1,000 Rce 7

ENCOMIND-MT 8 0,987 1,000 0,987 Rcr 8

BERTOL –RS 9 0,224 0,249 0,900 Rcr 4/16

GRANFINO-RJ 10 0,677 0,757 0,894 Rcr 4/16

CIONE-CE 11 0,153 0,201 0,760 Rcr 16/4

AGROPALMA-PA 12 0,113 0,169 0,672 Rcr 8/16/4

AGROPAR-PA 13 0,117 0,376 0,311 Rcr 16/7

OLEAMA-MA 14 0,247 0,353 0,700 Rcr 16/4

CRAI-PA 15 0,070 0,155 0,449 Rcr 16/7

ASSUNÇÃO-MA 16 0,302 1,000 0,302 Rcr 16

GRANÓLEO-RS 17 0,040 0,854 0,047 Rcr 16

MINASA TVP –SP 18 0,012 0,283 0,043 Rcr 16

Média 0,442 0,609 0,694

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,012 0,155 0,043

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

= Retorno de escala

²ET

RV² =

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala.

³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

As medidas de eficiência técnica e de escala das empresas do segmento Moageiro, Massas e Pães, terceiro a ter as suas empresas avaliadas consta da Tabela 3.

Na tabela 3, observa-se que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 75,8%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 67,8% e a eficiência média de escala obtida, de 85,7%.

Quatro firmas obtiveram o escore máximo, tanto sob a pressuposição de retornos

constantes, como sob retornos variáveis de escala, e outras 11 obtiveram o escore máximo

apenas sob pressuposição de retornos variáveis. Note-se que o percentual de firmas eficientes

(10)

é baixo em relação aos outros setores até aqui avaliados, chegando somente a 55,55 % sob a pressuposição de retornos variáveis.

Apenas quatro firmas na amostra foram consideradas eficientes tecnicamente e em escala; sete foram eficientes tecnicamente mas não em escala, sendo que quatro delas operaram na faixa de retornos decrescentes de escala e três na faixa de retornos crescentes de escala. Dezesseis firmas foram ineficientes tecnicamente e em escala, 14 delas operando na faixa de retornos crescentes.

A firma 25 foi referência para onze firmas, a 19 e a 10 para nove firmas, a 3 para seis firmas, a 9, 16 e 26 para cinco e a 7 para duas firmas.

A quarta indústria com empresas avaliadas foi a de Chocolate, doces, balas e biscoitos. Constam na Tabela 4 as medidas de eficiência técnica e de escala de 20 empresas avaliadas.

Tabela 3 – Medidas de eficiência técnica e de escala de empresas do segmento Moageiro, Massas e Pães avaliadas.

Empresas ET RC ¹ ET RV ² E ESC ³ RE

4

Referência

MOINHO CRUZEIRO DO SUL-RS 1 0,640 1,000 0,640 Rdc 1

ANACONDA-SP 2 0,994 1,000 0,994 Rdc 2

SANTA AMÁLIA-MG 3 1,000 1,000 1,000 Rce 3

OCRIM-SP 4 0,994 1,000 0,994 Rdc 4

VILMA ALIMENTOS-MG 5 0,701 0,702 0,999 Rcr 3/16/25

SELMI-SP 6 0,685 0,689 0,995 Rcr 10/3/25

MOINHO NORDESTE-RS 7 0,977 1,000 0,977 Rdc 7

TONDO-RS 8 0,929 0,936 0,992 Rdc 10/7/3

MOINHO CEARENSE-CE 9 1,000 1,000 1,000 Rce 9

MOINHO SANTA CLARA-SP 10 1,000 1,000 1,000 Rce 10

NUTRELLA-RS 11 0,608 0,670 0,907 Rdc 16/3

MOINHOS VERA CRUZ-MG 12 0,571 0,582 0,983 Rcr 9/19/10

MOGASA-RS 13 0,707 0,721 0,967 Rcr 10/19/9

MOINHO SUL MINEIRO-MG 14 0,612 0,633 0,966 Rcr 10/25/19

MOINHO ITAIPU-PR 15 0,836 0,877 0,954 Rcr 10/3/25

CADORE-RJ 16 1,000 1,000 1,000 Rce 16

GAROTA-RS 17 0,336 0,385 0,871 Rcr 19/9/26

PAVIOLI-RS 18 0,574 0,590 0,973 Rcr 16/25

MOAGEIRA AGRÍCOLA-PR 19 0,869 1,000 0,869 Rcr 19

MOINHO CATARINENSE-SC 20 0,574 0,671 0,855 Rcr 25/10/19

ALIMENTÍCIA TRÊS DE MAIO-PB 21 0,603 0,718 0,840 Rcr 10/25/19

MOINHOS DO SUL-RS 22 0,306 0,456 0,671 Rcr 19/9/26

MOINHO ÁGUA BRANCA-SP 23 0,071 0,134 0,527 Rcr 25/26/19

RICOSA-PA 24 0,444 0,603 0,736 Rcr 25/16

SANAGALLI BUSA –RS 25 0,848 1,000 0,848 Rcr 25

MOINHO PROGRESSO-SP 26 0,407 1,000 0,407 Rcr 26

MOTRISA INDÍGENA-RS 27 0,016 0,089 0,177 Rcr 25/26

Média 0,678 0,758 0,857

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,016 0,089 0,177

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

= Retorno de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

(11)

Examinando-se a Tabela 4 observa-se que apenas 2 firmas foram eficientes tecnicamente e em escala, e 4 apenas tecnicamente, totalizando um baixo percentual de firmas eficientes, sob a pressuposição de retornos constantes e variáveis de escala. Uma delas operando na faixa de retornos decrescentes de escala e outra sob retornos crescentes.

Dezesseis firmas foram ineficientes tecnicamente e em escala, todas operando na faixa de retornos crescentes.

Observa-se, também, que a firma 19 foi referência para dezessete empresas, a 2 para quinze , a 3 para onze.

Pode-se observar na Tabela 4, que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 60,2%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 50,5% e a eficiência média de escala de 82,4%.

Tabela 4 – Medidas de eficiência de empresas do segmento industrial de Chocolate, Doces, Balas e Biscoitos avaliadas.

Empresas ET RC ¹ ET RV ² E ESC ³ RE

4

Referência

CHOCOLATES GAROTO –ES 1 0,624 1,000 0,624 Rdc 1

MARILAN-SP 2 1,000 1,000 1,000 Rce 2

BARRY CALLEBAUT – BA 3 1,000 1,000 1,000 Rce 3

PIRAQUÊ –RJ 4 0,257 0,258 0,995 Rcr 3/2/19

PARATI-SC 5 0,543 0,546 0,995 Rcr 3/2/19

DORI-SP 6 0,571 0,575 0,990 Rcr 2/19

RICLAN-SP 7 0,555 0,562 0,988 Rcr 3/19/2

FLORESTAL ALIMENTOS-RS 8 0,588 0,598 0,983 Rcr 3/2/19

BEL ALIMENTOS-SP 9 0,854 0,897 0,952 Rcr 2/19

SANTA HELENA IND.ALIM. SP 10 0,660 0,704 0,937 Rcr 3/2/19

HILÉIA –PA 11 0,504 0,542 0,930 Rcr 2/19

FILLER-RS 12 0,313 0,335 0,933 Rcr 3/2/19

BOAVITENSE-RS 13 0,531 0,589 0,901 Rcr 2/19

COPRODAL-BA 14 0,090 0,218 0,414 Rcr 3/19

ITAMARATY J. MARINO-SP 15 0,293 0,336 0,873 Rcr 3/2/19

COTAM CIC-PR 16 0,289 0,337 0,856 Rcr 2/3/19

CONSERVAS RITTER –RS 17 0,528 0,636 0,830 Rcr 2/3/19

HAENSSGEN-RS 18 0,374 0,496 0,755 Rcr 2/19

INDL.ALIMENTAÇÃO-SP 19 0,525 1,000 0,525 Rcr 19

BERKAU-BA 20 0,001 0,407 0,001 Rcr 19

Média 0,505 0,602 0,824

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,090 0,218 0,001

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala.

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

O segmento de Frigoríficos, foi o quinto a ter suas empresas avaliadas. A Tabela 5 mostra a eficiência das 17 firmas avaliadas.

Na Tabela 5, observa-se que a eficiência média das firmas, considerando o modelo

com retornos variáveis de escala, foi de 70,3%. A eficiência média dessas mesmas firmas,

pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 46,7% e a eficiência média de escala de

64,5%.

(12)

Observando a Tabela 5, pode-se ressaltar que das 17 firmas analisadas, 1 (5,88%) obteve o escore máximo, tanto sob a pressuposição de retornos constantes como sob retornos variáveis de escala, e 5 (29,41%) obtiveram o escore máximo apenas sob pressuposição de retornos variáveis. Destas, duas operaram na faixa de retornos decrescentes e 3 na faixa de retornos crescentes. Nota-se que o percentual de firmas eficientes é baixo em relação aos outros setores até aqui avaliados, chegando somente a 35,29% sob a pressuposição de retornos variáveis. Também pode-se dizer que 11 firmas da amostra foram consideradas ineficientes na utilização dos ativos, da mão-de-obra e em escala, todas na faixa de retornos crescentes de escala.

Observa-se na Tabela 5 que a firma 5 foi referência para treze firmas, a 16 para sete firmas, a 17 para seis firmas e a 2 para três.

Tabela 5 – Medidas de eficiência técnica e de escala de empresas Frigoríficas .

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

FRANGOSUL-RS 1 0,565 1,000 0,565 Rdc 1

PAMPLONA-SC 2 0,706 1,000 0,706 Rdc 2

FRISA-ES 3 0,690 0,898 0,768 Rdc 5/2

NUTRIZA-GO 4 0,861 0,931 0,924 Rce 2/5

MATABOI-MG 5 1,000 1,000 1,000 Rcr 5

FRANGOS MACEDO-SC 6 0,354 0,361 0,981 Rcr 5/16

PAMPEANO-RS 7 0,494 0,518 0,954 Rcr 5/16

FRIGOTIL-MA 8 0,796 0,903 0,881 Rcr 5/16

SAUDALI-MG 9 0,640 0,699 0,916 Rcr 5/17

EXCELSIOR ALIMENTOS-RS 10 0,475 0,603 0,788 Rcr 16/5

NOVO ESTADO-RO 11 0,244 0,342 0,714 Rcr 5/16

POTENGY-RN 12 0,388 0,541 0,171 Rcr 17/5

ALTO NORTE-MT 13 0,275 0,404 0,681 Rcr 5/17

FRIG. VALE DO GUAPORÉ-MT 14 0,076 0,190 0,401 Rcr 5/17/16

VALE DO TOCANTINS-MA 15 0,172 0,558 0,309 Rcr 17/5

FRIG –AM 16 0,098 1,000 0,098 Rcr 16

FRIMASA MARANHÃO -MA 17 0,105 1,000 0,105 Rcr 17

Média 0,467 0,703 0,645

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,098 0,190 0,098

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

= retornos de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

O sexto segmento a ter as suas empresas avaliadas quanto a eficiência técnica e de escala foi o de Lacticínios. Na Tabela 6 constam as medidas de eficiência técnica e de escala de 15 laticínios avaliados.

Analisando a Tabela 6, observa-se que 8 (53,33%) das firmas foram eficientes

tecnicamente sobre a pressuposição de retornos variáveis de escala, 6 delas também eficientes

em escala e duas operando na faixa de retornos decrescentes de escala e uma na faixa de

retornos crescentes. Cinco (33,33%) foram eficientes tecnicamente e em escala. Nota-se que

o percentual de firmas eficientes é mais alto se comparado aos demais segmentos, chegando a

93,33% sob a pressuposição de retornos variáveis. Sete firmas foram ineficientes

tecnicamente, uma delas eficiente em escala apenas e as demais ineficientes em escala

(13)

também, cinco operando na faixa de retornos decrescentes de escala e uma na faixa de retornos crescentes.

Observa-se na Tabela 6 que a firma 9 foi referência para seis empresas, a 14 para quatro, as firmas 2,4,7 e 12 foram referência para três firmas e a 1 para 2 firmas.

Pode-se analisar, através da Tabela 6, que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 82,8%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 72,6% e a de escala de 85,8%.

O setor de Arroz, Aveia, Milho e Féculas , foi o sétimo a ser analisado. A tabela 7 mostra a eficiência das 11 firmas avaliadas.

Tabela 6 – Medidas de Eficiência técnica e de escala de empresas do segmento de Laticínios Avaliadas.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

ELEGÊ-RS 1 0,695 1,000 0,695 Rdc 1

BATÁVIA-PR 2 0,764 1,000 0,764 Rdc 2

VIGOR-SP 3 0,272 0,388 0,701 Rdc 7/4/1

ITACOLOMY ITASA – MG 4 1,000 1,000 1,000 Rce 4

EMBARÉ-MG 5 0,754 0,996 0,757 Rdc 2/9

YAKULT-SP 6 0,252 0,351 0,718 Rdc 2/9

LAITESOL –SP 7 1,000 1,000 1,000 Rce 7

LATICÍNIOS JUSSARA-SP 8 0,793 0,794 1,000 Rce 7/9/14

MATINAL –SP 9 1,000 1,000 1,000 Rce 9

BARBOSA E MARQUES- MG 10 0,580 0,655 0,885 Rdc 9/12

LACTOPLASA –SC 11 0,778 0,800 0,973 Rdc 9/12/14

GONÇALVES SALLES-MG 12 1,000 1,000 1,000 Rce 12

LATICÍNIOS CBL –CE 13 0,289 0,435 0,665 Rcr 4/14

LACBOM –MT 14 1,000 1,000 1,000 Rce 14

ROLIM DE MOURA -RO 15 0,715 1,000 0,715 Rcr 15

Média 0,726 0,828 0,858

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,252 0,351 0,665

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

= retorno de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

Tabela 7 – Medidas de eficiência de empresas do segmento de Arroz, Aveia, Milho e Féculas Avaliadas.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

CAMIL –SP 1 0,766 1,000 0,766 Rdc 1

JOSAPAR –RS 2 0,533 0,696 0,765 Rdc 1/3

SLC ALIMENTOS – GO 3 1,000 1,000 1,000 Rce 3

KOWALSKI ALIMENTOS-GO 4 0,897 0,925 0,969 Rdc 3/9

SANTALUCIA –SP 5 0,340 0,345 0,986 Rdc 3/9

ADRAM-SP 6 0,800 0,824 0,972 Rdc 3/9

COMBRASIL-GO 7 0,685 0,692 0,990 Rdc 3/9

(14)

CASSAVA-SC 8 0,297 0,302 0,985 Rcr 9/3/11

SEPEENSE-RS 9 1,000 1,000 1,000 Rce 9

IRMÃOS TREVISAN-RS 10 0,885 0,927 0,954 Rcr 11/9

SÃO PAULO-MT 11 0,039 1,000 0,039 Rcr 11

Média 0,658 0,792 0,857

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,039 0,302 0,039

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

=retorno de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

Na Tabela 7, observa-se que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 79,2%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 65,8% e a eficiência média de escala de 85,7%. Observando a Tabela 8, pode-se ressaltar que das 11 firmas analisadas, 2 (18,18%) obtiveram o escore máximo, tanto sob a pressuposição de retornos constantes como sob retornos variáveis de escala, e 4 (36,36%) obtiveram o escore máximo apenas sob pressuposição de retornos variáveis, com uma firma operando na faixa de retornos decrescentes de escala e outra na faixa de retornos crescentes. Sete firmas foram ineficientes tecnicamente e em escala, com 6 delas operando na faixa de retornos decrescentes de escala e uma na faixa de retornos crescentes. O percentual de firmas eficientes também é baixo em relação a outros setores, chegando somente a 54,54% sob a pressuposição de retornos variáveis.

Observa-se na Tabela 7 que as firmas 3 e 9 foram referência para sete firmas, a 11 para três firmas e a 1 foi para duas.

O oitavo setor analisado foi o de Café. Constam na Tabela 8 as medidas de eficiência das 15 firmas avaliadas.

Analisando a tabela 8, observa-se que 6 (40%) das 15 firmas avaliadas foram eficientes tecnicamente e apenas 2 (13,33%) o foram também em escala. Entre as quatro firmas eficientes tecnicamente, mas ineficientes em escala, 3 operaram na faixa de retornos decrescentes e uma na faixa de retornos crescentes de escala. Nove firma foram ineficientes tanto tecnicamente como em escala, sendo que, cinco delas se posicionaram na faixa de retornos decrescentes e quatro na faixa de retornos crescentes. Nota-se que o percentual de firmas eficientes está próximo ao dos outros setores, chegando a 53,33% sob a pressuposição de retornos variáveis.

Observa-se também que a firma 12 foi referência para nove empresas, a 3 para seis, e as firmas 2,7 e a 15 foram referência para cinco firmas.

Tabela 8 – Medidas de eficiência técnica e de escala de empresas do segmento de Café – Torrefação e solúvel Avaliadas.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

CACIQUE CAFÉ SOLÚVEL –PR 1 0,859 1,000 0,859 Rdc 1

MACSOL-PR 2 1,000 1,000 1,000 Rce 2

CAFÉ DAMASCO-PR 3 0,858 1,000 0,858 Rce 3

REALCAFÉ-SP 4 0,628 0,643 0,976 Rdc 2/3/12

COCAM-SP 5 0,812 0,954 0,852 Rdc 3/7/12

SÃO BRAZ ALIMENTOS-PB 6 0,532 0,732 0,727 Rdc 3/7

ITAMARATY-PR 7 0,642 1,000 0,642 Rdc 7

CIROL ROYAL-PE 8 0,585 0,672 0,871 Rdc 3/7/12

CAFÉ BRASÍLIA- MG 9 0,261 0,263 0,994 Rcr 12/2/15

(15)

CAFÉ CANAAN-RJ 10 0,935 0,945 0,990 Rcr 12/2/15

CAFÉ UTAM-SP 11 0,906 0,964 0,940 Rdc 3/7/12

CAFÉ JARDIM-SP 12 1,000 1,000 1,000 Rce 12

CAFÉ MANAUS-AM 13 0,792 0,820 0,965 Rcr 2/12/15

CAFÉ CAPITAL-RJ 14 0,564 0,676 0,834 Rcr 12/15

M.FERREIRA JORGE – SP 15

0,693 1,000 0,693 Rcr

15

Média 0,738 0,845 0,880

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,261 0,263 0,693

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala.

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala.

³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

Pode-se observar na Tabela 8, que a eficiência média das firmas considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 84,5%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 73,8% e a eficiência média de escala, de 88%.

O penúltimo setor analisado foi o de Alimentos a base de frutas. A Tabela 9 mostra a eficiência das 5 firmas avaliadas.

Tabela 9 – Medidas de Eficiência de empresas do segmento de Alimentos a base de Frutas Avaliadas.

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

SOCÔCO –AL 1 1,000 1,000 1,000 Rce 1

CASCAJÚ-CE 2 0,683 0,687 0,994 Rdc 1/3

EUROCAJÚ – PI 3 1,000 1,000 1,000 Rce 3

SOCOCO-AM –PA 4 0,285 0,562 0,507 Rcr 3

CICAJU –CE 5

0,392 1,000 0,392 Rcr

5

Média 0,672 0,850 0,779

Máximo 1,000 1,000 1,000

Mínimo 0,285 0,562 0,392

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala. RE

4

=retorno de escala

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala. ³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

Na Tabela 9, observa-se que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 85%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 67,2% e a eficiência média de escala de 77,9%.

Pode-se observar na Tabela 9, que das 5 firmas avaliadas, 2 (40%) obtiveram o

escore máximo de eficiência técnica, tanto sob a pressuposição de retornos constantes como

sob retornos variáveis de escala, e outras 3 (60%) obtiveram o escore máximo apenas sob

pressuposição de retornos variáveis, sendo uma delas ineficiente em escala, operando na faixa

de retornos crescentes. Note-se que o percentual de firmas eficientes é alto em relação aos

outros setores, chegando a 80%, sob a pressuposição de retornos variáveis. Entretanto, o

número de empresas na amostra é pequeno. Apenas duas firmas foram ineficientes

(16)

16

tecnicamente e em escala, uma operando na faixa de retornos constantes e outra na faixa de retornos crescentes. As firmas 1 e 3 foram referência para as firmas 2 e 4 .

O último setor analisado foi o de Alimentos Diversos. Constam da Tabela 10 as medidas de eficiência das 12 empresas avaliadas.

Observa-se na Tabela 10, que a eficiência média das firmas, considerando o modelo com retornos variáveis de escala, foi de 74,3%. A eficiência média dessas mesmas firmas, pressupondo-se retornos constantes à escala, foi de 60,9% e a eficiência média de escala obtida, foi de 83,2%.

Das 12 firmas analisadas, 3 (25%) obtiveram o escore máximo de eficiência, tanto sob a pressuposição de retornos constantes como sob retornos variáveis de escala, e 5 (41,66%) obtiveram o escore máximo apenas sob pressuposição de retornos variáveis.

Destas, uma operou na faixa de retornos crescentes e a outra na faixa de retornos decrescentes. Sete firmas foram ineficientes tecnicamente e em escala, três delas operando na faixa de retornos decrescentes e as demais na faixa de retornos crescentes. Observa-se na Tabela 10, que a firma 10 foi referência para sete firmas, a 1 para seis firmas, a 5 para cinco firmas, a 12 para quatro e a 4 para duas firmas.

Sabendo que não pode haver uma efetiva comparação entre empresas de diferentes segmentos, apresenta-se graficamente, para efeito de ilustração, a eficiência técnica e de escala de cada um deles, respectivamente os gráficos 1 e 2.

No gráfico 1 foi considerada a eficiência técnica estimada pelo modelo de retornos variáveis de escala. A partir deste, pode-se observar que as empresas com maior eficiência na gestão de ativos e funcionários foram as dos Conglomerados Alimentícios, atingindo 90,2%.

Por outro lado, pode-se dizer que as empresas com menor eficiência foram as do segmento de Chocolates, doces, balas e biscoitos e o de Óleos Vegetais e Animais, com, respectivamente, 60,2 e 60,9%.

Tabela 10 – Medidas de eficiência de empresas classificadas em Diversos .

Empresas ETRC¹ ETRV² EESC³ RE

4

Referência

COIMBRA-SP 1 1,000 1,000 1,000 Rce 1

SORVANE-PE 2 0,189 0,190 0,999 Rce 1/5/10

NUTRIMENTAL-PR 3 0,367 0,368 0,995 Rdc 1/5/10

MALTEARIA DO VALE –SP 4 1,000 1,000 1,000 Rce 4

PRODASA-SP 5 0,979 1,000 0,979 Rdc 5

NUTRICIA-RJ 6 0,847 0,849 0,998 Rdc 1/5/10

PRODESA-SP 7 0,669 0,878 0,762 Rcr 1/12/10

GIGLIO-SP 8 0,629 0,671 0,938 Rdc 5/10

CORSETTI-RS 9 0,208 0,253 0,823 Rcr 10/1/12

ADINOR-BA 10 1,000 1,000 1,000 Rce 10

VAPZA-PR 11 0,177 0,701 0,252 Rcr 4/12

YOSHIMURA-SP 12

0,237 1,000 0,237 Rcr

12

Média 0,609 0,743 0,832

Mámimo 1,000 1,00 1,00

Mínimo 0,177 0,190 0,237

¹ET

RC

¹ = eficiência técnica pressupondo retorno constante de escala.

²ET

RV²

eficiência técnica pressupondo retorno variável de escala.

³E

ESC³

= eficiência de escala.

4

Rcr = retorno crescente de escala; Rdc = retorno decrescente de escala; Rce = retorno constante de escala.

Fonte: Dados da Pesquisa.

Gráfico 1 – Eficiência técnica média das empresas de diferentes segmentos da indústria de alimentos avaliadas.

0,4000 0,5000 0,6000 0,7000 0,8000 0,9000 1,0000

c ia d a e sc a la

(17)

Fonte: dados da pesquisa.

Quanto a eficiência de escala, as empresas do segmento de café obtiveram maior escore médio atingindo 73,8%; ficando logo atrás as empresas do segmento de laticínios, com 72,6%. Por outro lado, pode-se dizer que as empresas do segmento de Óleos Vegetais e Animais, obtiveram o menor escore (E ESC = 67,8%.)

Gráfico 2 – Eficiência de escala média das empresas de diferentes segmentos da indústria de alimentos avaliadas.

Fonte: dados da pesquisa.

Infelizmente os resultados obtidos neste trabalho não podem ser comparados à aqueles obtidos por Ceretta (1999), dado que o autor avaliou a eficiência empregando um modelo diferente. Tupy & Vieira (2003), entretanto, empregaram o mesmo modelo e método deste trabalho, estimando uma eficiência técnica de 81,7% para os laticínios das cooperativas avaliadas (n =10) contra uma eficiência técnica de 82,8% estimada para os laticínios privados neste trabalho.

5. CONCLUSÕES

0,0000 0,1000 0,2000 0,3000 0,4000 0,5000 0,6000 0,7000 0,8000

Conglomerados Óleos Vegetais e Animais Moinhos, massas e pães Chocolates, doces, balas e biscoitos Frigoríficos Laticínios Arroz, Aveia, Milho e féculas Café Alimentos a base de frutas Diversos

Indústrias

E fi ci ên c ia d e E sc a la

(18)

Os níveis de ineficiência técnica e de escala estimados neste trabalho, são expressivos para muitos segmentos da industria de alimentação, indicando que as empresas dos segmentos industriais avaliados, de modo geral, estão mal dimensionadas em termos de ativos e número de funcionários, devendo-se ajustar ou operar próximo ao limite da sua capacidade instalada, se possível.

Empresas eficientes tecnicamente mas que apresentam ineficiência de escala, deverão adotar estratégias distintas, em função de estarem operando na faixa de retornos crescentes ou decrescentes de escala. Empresas que estão operando na faixa de retornos crescentes, deverão explorar os benefícios e aumentar a produção por meio da expansão dos insumos, uma vez que aumentos proporcionais nos insumos resultam em aumentos mais do que proporcionais no produto. Contudo, empresas que estão operando na faixa de retornos decrescentes, deverão ajustar os seus ativos e mão-de-obra até que passem a operar na faixa de retornos constantes de escala, uma vez que retornos decrescentes de escala indicam que aumentos proporcionais nos insumos resultam em aumentos menos do que proporcionais dos produtos (faturamento).

As estratégias para as empresas portadoras de ineficiência técnica e de escala também serão distintas, em função dos retornos de escala serem crescentes ou decrescentes. Empresas que estão operando na faixa de retornos crescentes, deverão aumentar a produção sem, contudo, aumentar os insumos, e empresas que estão operando na faixa de retornos decrescentes, deverão ajustar os seus ativos até o limite da eficiência técnica máxima e, posteriormente, proceder ajustes adicionais nestes, até que passem a operar na faixa de retornos constantes de escala.

Níveis de ineficiência como os evidenciados neste trabalho, levam as empresas a trabalhar com custos mais elevados, forçando os preços dos produtos no mercado interno e externo, perdendo, em conseqüência, mercado e competitividade. A medição da eficiência das empresas deve ser realizada como rotina pela indústria, avaliando, continuamente, o progresso obtido na gestão dos seus ativos tangíveis e intangíveis, mediante a consideração dos seus fatores determinantes.

6-BIBLIOGRAFIA

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Referências

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