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TRIBUNAL SUPERIOR E L E I T O R A L

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T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L (Lei N." 1.164. — 1958. Mt II. m)

ANO XI BRASÍLIA, NOVEMBRO D E 1961 N.o 124

T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L Presidente:

Ministro Ary Azevedo Franco.

Vice- Presidente:

Ministro C â n d i d o Motta Filho.

Ministros:

C â n d i d o Mesquita da Cunha Lobo.

Djalma Tavares da Cunha Mello.

P l í n i o de Freitas Travassos.

Hugo Auler.

Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo.

Procurador Geral:

D r . Evandro Lins e Silva.

Diretor Geral da Secretaria:

Dr. Geraldo da Costa Manso.

S U M Á R I O :

T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L Atas das Sessões

Jurisprudência P A R T I D O S P O L Í T I C O S P R O J E T O S E D E B A T E S

L E G I S L A T I V O S LEGISLAÇÃO

Í N D I C E

TRIBUNAL SUPERIOR E L E I T O R A L

ATAS DAS SESSÕES

tí).A /Sessão, e m 18 de ,novembra Ide [1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros A n t ô - nio M a r t i n s Villas Boas, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Vasco Henrique D ' A v i l a , Plínio de Freitas Travassos, Hugo Auler, Oswaldo Trigueiro e os D o u - tores Evandro Lins e Silva, Procurador Geral E l e i - toral, e Renato de Paula, Secretário Substituto, do T r i b u n a l . Deixaram de comparecer, por motivo jus- tificado, os Senhores Ministros C â n d i d o M o t t a F i l h o e D j a l m a Tavares da C u n h a Mello.

I — Inicialmente o Senhor Ministro Presidente, declarando que na ú l t i m a sessão tinha sido adiado o julgamento do Processo n» 2.114, do Estado da Guanabara, por haver o Senhor Relator solicitado asse adiamento, deu a palavra ao Senhor Ministro Oswaldo Trigueiro para o respectivo julgamento.

II — F o r a m apreciados os seguintes feitos:

1. Processo n ' 2.114 — Classe X — Estado da Guanabara (Rio de Janeiro). (Requer o Partido So- cial Trabalhista alteração ãa composição, comple- mentar, no registro ão Diretório Nacional).

Relator: Ministro Oswaldo Trigueiro.

Aprovado o voto do Relator, unanimemente.

Não tomou parte no julgamento o Senhor M i - nistro C â n d i d o Mesquita da C u n h a Lobo.

2. Recurso n« 1.992 — Classe I V — Goiás (Goiâ- nia) . (Coníro c decisão ão Tribunal Regional Elei-

toral que registrou o Doutor Juscelino Kubitschek ãe Oliveira, ao cargo ãe Senador, pelo Estado ãè Goiás).

Recorrente: Partido Democrata Cristão. Recorri- dos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e Partido Social D e m o c r á t i c o . Relator: Ministro Plínio de Freitas Travassos.

Não se conheceu do recurso, contra os votos dos Ministros Villas Boas, Auler e Trigueiro. Falou, pelo Partido Social Democrático, o Senhor Deputado G u s - tavo Capanema.

I I I — Foram publicadas v á r i a s decisões.

80.a S e s s ã o , tem i9 Ide n o v e m b r o /de 1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros A n t ô - n i o M a r t i n s Villas Boas, Cândido Mesquita da Cunha

Lobo, Vasco Henrique D'AviIa, Plínio de Freitas Travassos. Hugo Auler, Oswaldo Trigueiro e os D o u - tores Evandro L i n s e Silva, Procurador Geral E l e i - toral e Renato de Paula, S e c r e t á r i o Substituto, do T r i b u n a l . Deixaram de comparecer, por motivo jus- tificado, os Senhores Ministros Cândido Motta F i l h o e D j a l m a TavaTes da Cunha M e l l o .

I — Foram apreciados os seguintes feitos:

1. Recurso de D i p l o m a ç ã o n» 169 — Classe V

— Goiás ( G o i â n i a ) . (Contra a diplomação dos Se- nliores Juscelino Kubitschek ãe Oliveira e José -Feli- ciano Ferreira, eleitos, respectivamente, senador e suplente, nas eleições de 4-6-61).

Recorrente: Partido Democrata Cristão. Recor- ridos: Tribunal Regional Eleitoral e os eleitos. R e - lator: Ministro Plínio de Freitas Travassos,

Conheceu-se e negou-se provimeçnto, unanime- mente.

(2)

130 B O L E T I M E L E I T O R A L Novembro de 1961 Falou, pelo Partido Social Democrático, ò Senhor

Deputado Gustavo Capanema.

- 2. Recurso n9 2.026 — Classe TV —_Goiás (Goiâ- n i a ) . (Contra o acórdão do Tribunal Regional Elei- toral que registrou Wagner Estelita Campos è Wal- dir do Espírito Santo de Castro Quinta, como can- didatos aos cargos ãe senador e respectivo suplente, nas eleições ãe 4-6-61 — alega o recorrente que o Diretório Nacional, na escolha dos candidatos, exor- bitou ãe suas funções).

Recorrente: Partido Trabalhista Brasileiro. R e - corridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e os candida- tos. Relator,: Ministro Plínio de Freitas Travassos.

Julgado prejudicado, contra os votos do Relator e M i n i s t r o C â n d i d o Lobo, que conheciam e negavam provimento.

Falou, pelo Partido Social Democrático, o Senhor Deputado Gustavo Capanema.

81.a S e s s ã o , ;em !10 (de inovembro !de 19.6)1 P r e s i d ê n c i a dó Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros A n t ô - nio M a r t i n s Villas Boas, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Vasco (Henrique D'Ávila, Plínio de Freitas Travassos, Oswaldo Trigueiro e os Doutores E v a n - dro L i n s e Silva, Procurador Geral Eleitoral, e R e - nato de Paula, Secretário Substituto, do T r i b u n a l . Deixaram de comparecer, por motivo justificado, os Senhores Minisltros Cândido M o t t a F i l h o , D j a l m a Tavares da C u n h a Mello e Hugo Auler.

I — F o r a m apreciados os seguintes feitos:

1. Processo n° 2.177 — Classe X — Minas G e - rais (Belo Horizonte). (Telegrama ão Senhor De- sembargador Presidente ão Tribunal Regional Elei- toral, solicitanão ãestaque ãe Cr% 100.000,00).

Relator: Ministro Cândido Mesquita da Cunha Lobo.

Aprovado o destaque, unanimemente.

2. Recurso n» 2.031 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, ordenou a inscrição eleitoral ãe Raimunâa ãe Jesus Almeiãa

•— alega o recorrente que nlnquém pode alistar-se apresentando, como documento, carteira de identida- de, porque, para obtê-la, é preciso que o cidadão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- ridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alistando. R e - lator: M i n i s t r o A n t ô n i o M a r t i n s Villas Boas.

Negou-se provimento, unanimemente.

3. Recurso n« 2.032 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou ú inscrição eleitoral de Domingas Meireles Braga — alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apre- sentando, como documento, carteira ãe identidade, porque, para obtê-la, é preciso que o cidadão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- r i d o s : T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: M i n i s t r o Antônio Martins Villas Boas.

Negou-se provimento, unanimemente.

4. Recurso n» 2.033 Classe I V — P a r á . ( M o n t e Alegre). (Contra o acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou a inscrição eleitoral ãe Raimundo Almeiãa Araújo — alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apre- sentando, como ãocumento, carteira ãe iãentiãaãe, porque, para obtê-la é preciso que o ciãaãão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- ridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alistando.

R e l a t o r . M i n i s t r o Antônio M a r t i n s Villas Boas.

Negou-se provimento, unanimemente.

5. Recurso n« 2.034 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórdão ão Tribunal Regional E eitoral. que, ãanão provimento a recurso, ordenou a inscrição eleitoral ãe Raimunão Alves ãa Silva — alega o recorrente que ninguém pode alistar-se apre~

sentando, como documento, carteira ide iãentiãaãe, porque, para obtê-la, é preciso que o ciãadão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- ridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: Ministro Antônio Martins Villas Boas.

Negou-se provimento, unanimemente.

6. Recurso n ' 2.035. — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). 'Contra o acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou a inscrição eleitoral ãe Raimunão Monteiro ãe Al-' melãa — clcga o recorrente que ninguém poãe alis- tar-se apresentando, como documento, carteira de identidade, porque, para obtê-la, é preciso que o cida- dão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista: Recor- ridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e' o alistando.

Relator: Ministro Antônio M a r t i n s Villas Boas.

Negou-se provimento, unanimemente..

II — Foram publicadas v á r i a s decisões.

82.a 'Sessão, « m 14 <de inovembco ide ,1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros A n t ô - nio M a r t i n s Villas Boas, Cândido Mesquita da Cunha

Lobo, Vasco Henrique- D'Ávila, Plínio de FreitaA Travassos, Hugo Auler, Oswaldo Trigueiro e os D o u - tores Evandro L i n s e Silva, Procurador Geral E l e i - toral, e Renato de Paula, Secretário Substituto, do T r i b u n a l . Deixaram de comparecer, por motivo jus- tificado, os Senhores Ministros Cândido Motta F i l h o e Djalmo TavaTes da Cunha M e l l o .

I — Foram apreciados os seguintes feitos:

1. Recurso n» 2.036 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral que, dando provimento a recurso, ordenou a inscrição ãe Raimundo Pena de Assunção — alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apresen- tando, como ãocumento, carteira ãe iãentiãaãe, por- que, para obtê-la, é preciso que o ciãaãão esteja Qlistaão).

Recorrente:• Partido Social Progressista. Recor- ridos: Tribuinal Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: Ministro Antônio M a r t i n s Villas Boas.

Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente .

2. Recurso n« 2.038 — Closse rv — P a r á (Monte Alegre).. (Contra o acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou

a inscrição eleitoral ãe Raimunâa Alves Cruz — sentando, como documento, carteira ãe identidade, alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apre- sentando, como ãocumento, carteira ãe iãentiãaãe porque, pora obtê-la é preciso que o cidadão esteja alistaao).

Recorrente: Partido Social Pregressista. Recor- ridos: Tribunal Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: Ministro Antônio M a r t i n s Villas Boas.

Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente.

3. Recurso n» 2.039 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, ordenou a inscrição eleitoral de Raimunâa Feliz Vieira — alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apre- sentando, como documento, carteira ãe iãentiãaãe sentanâo, como ãocumento, carteira de iãentiãaãe, porque, para obtê-la, é preciso que o cidadão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- ridos: Tribunal Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: Ministro Antônio Martins Villas Boas.

' Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente .

(3)

Novembro de 1961 B O L E T I M E L E I T O R A L 131 4. Consulta n» 2.158 — Cla:se X — São Paulo.

(.Oficio ão Senhor Desembargaãor Presiãente ão Tri- bunal Regional Eleitoral consultanão se, "havenão expressa concordância éo superior hierárquico do funcionário requisitado, sujeito às restrições impos- tas pela Resolução n' 6.803, poderá êle permanecer prestando serviços à Justiça Eleitoral, especialmente se tais serviços, a critério ão Juiz Eleitoral, são con- siderados como ãe exemplar eficiência").

Relator- Ministro Oswaldo Trigueiro.

Respondeu-se negativamente à consulta, unani- memente.

5. Recurso n» 2.057 — Classe I V — M a r a n h ã o (Barreirinhas). (Contra o acórãão ão Tribunal Re- gional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, cassou o diploma expedido ao candiãato a prefeito do Fartião Social Democrático, Antônio José Goái- nho Neto — eleições suplementares ãe 26-2-61).

Recorrentes: Antônio José Godinho Neto e P a r - tido Social Democrático. Recorridos: Tribunal Re- gional Eleitoral e Partido Social Progressista. Rela- tor: Ministro* Plínio de Freitas Travassos.

Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente.

6. Consulta n« 2.162 — Classe X — São Paulo.

(Ofício ão Senhor Desembargador Presiãente ão Tri- bunal Regional Eleitoral consultando se a determi- nação deste Tribunal Superior, com referência ao Processo iv> 2.130 — Santa Catarina, alcança ser- vidores de entidades autárquicas estranhas à Lei n? 3.807, de 26-8-60, que regula a Previáência So- cial).

Relator: Ministro Oswaldo Trigueiro.

Respondeu-se afirmativamente, unanimemente.

7. Processo n9 2.170 — Classe X — Guanabara

<Rio de Janeiro). (Telegrama ão Senhor Desembar- gaãor Presidente ão Tribunal Regional Eleitoral soli- citando que este Tribunal Superior reexamine deci- são proferida na Consulta n" 2.130 •— Classe X — Santa Catarina — requisição de funcionários autár- quicos) .

Relator: Ministro Oswaldo Trigueiro.

Respondeu-se negativamente, unanimemente.

II*— Foram publicadas várias decisões.

83.a S e s s ã o , ? m 17 de i n o v e m b r a de 1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros C â n - dido Motta Filho, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Djalma Tavares da Cunha Mello, Plinio de Freita9 Travassos, Oswaldo Trigueiro e os Doutores Evandro L i n s e Silva, Procurador Geral Eleitoral, e Renato de Paula, Secretário Substituto, do Tribunal. D e i - xou de comparecer, por motivo justificado, o Senhor Ministro Hugo Auler.

I — Foram apreciados os seguintes feitos:

1. Consulta n ' 2.167 — Classe X — Distrito Federal (Brasília). (Consulta o Partião Social De- mocrático se Desembargaãor, membro de Tribunal Regional Eleitoral, em gozo de licença para trata- mento ãe saúde, concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado, ão qual faz parte, poãe permanecer no exercício ãa juãicatura eleitoral).

Relator: Ministro D j a l m a Tavares da C u n n a Mello. •

Conheceu-se da consulta e respondeu-se negati- vamente, contra os votos dos Ministros Cândido LODO e Plinio Travassos.

2. Processo n ' 1.719 — Classe X — Distrito Federal. (O Partião Republicano Trabalhista sub-

mete à apreciação deste Tribunal, para efeito ãe homologação, as modificações introduzidas em seus estatutos, comunicando, também, a modificação ãe

sua denominação, que passa a ser "Partido Rural Trabalhista.")

. Relator: Ministro Cândido Mesquita da C u n h a Lobo

Homologadas as modificações dos Estatutos, i n - clusive a d e n o m i n a ç ã o co partido, unanimemente.

3. Recurso n° 1.801 — Classe I V — B a h i a (Feira de Santana). (Contra a decisão ão Tribunal Regio- nal Eleitoral que cancelou o registro ão Diretório Municipal ão Partião Trabalhista Brasileiro em Feira ãe Santana — alega o recorrente falta ãe compe- tência de quem pediu o cancelamento).

Recorrente: Diretório Municipal do Partido Trabalhista Brasileiro em Feira de Santana. R e - corrido : . Diretório Regional do Partido Trabalhista Brasileiro, seção da B a h i a . Relator: Ministro P l í - nio de Freitas Travassos.

Adiado, por pedido de vista do Ministro C â n d i d o Motta F i l h o .

4. Recurso n» 2.042 — Classe I V _ P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que, dando provimento a recurso, orãenou o inscrição eleitoral ãe Raimunâa Martins ãa Costa

— alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apresentanão, como ãocumento, carteira ãe identi- dade, porque, para obtê-la, é preciso que o ciãaãão esteja alistado). ~ •

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- ridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alistando.

Relator: Ministro Cândido M o t t a F i l h o .

Conheceu-.se e negou-ce provimento, unanime- mente.

5. Recurso n» 2.043 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou a inscrição eleitoral ãe Raimunâa Leão — alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apresentan- do, como ãocumento, carteira ãe iãentiãaãe, porque, para obtê-la é preciso que o ciãaãão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista. Recor- dara obtê-la, é preciso que o cidadão esteja alistado).

Rejator: Ministro Cândido Motta F i l h o .

Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente.

6. Recurso n» 2.055 —.Classe I V — S ã o Paulo ÍOsarco). (Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que âeferiu o registro ão ãiretório muni- cipal ão Partião Republicano Trabalhista em Osasco

— alega o recorrente que seu mandato se prolonga até 2-4-65).

Recorrente: Dirceu de Cajmpos, Presidente do Diretório Municipal do Partido Republicano T r a b a - lhista em Osasco. Recorridos: Tribunal Regional Eleitoral e Partido Republicano Trabalhista. R e l a - tor: Ministro Plinio de Freitas Travassos.

Não conhecido,. unanimemente.

7. Processo n« 2.182 — Classe X — M i n a s G e - rais (Belo Horizonte). (Ofício ão Senhor Desembar- gador Presidente do Tribunal Regional Eleitoral sub- metendo à apreciação ãèste Tribunal Superior a criação ãe 3 zonas eleitorais).

Relator: Ministro Cândido Mesquita da Cunha Lobo.

Aprovada a criação das zonas, unanimemente.

II — Foram publicadas v á r i a s decisões.

S4.n S e s s ã o , |em 22 de n o v e m b r o de S1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo . Franco. Compareceram os Senhores Ministros C â n - dido Motta Filho, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Djalma Tavares da Cunha Mello, Plinio de Freitas Travassos, Hugo Auler, Osv/aldo Trigueiro e os D o u - tores Evandro Lins e Silva, Procurador Geral E l e i - toral, e Geraldo da Costa Manso, Secretário do T r i - bunal.

(4)

132 B O L E T I M E L E I T O R A L Novembro de 1961 1 — Foram apreciados os seguintes feitos:

1. Recurso n» 2.06O — Classe I V — M a r a n h ã o (Vargem G r a n d e ) . (Contra a decisão ão Tribunal Regional Eleitoral que não conheceu ãa reclamação do Partido Social Progressista contra o Doutor Juiz ãa 50' zona, que não recebeu o recurso ãa expedi- ção ãe diploma a José Firmino Gomes, eleito a •..

3-10-60, prefeito de Vargem Granãe).

Recorrente: Partido Social Progrescista. Recor- ridos: Tribunal Regional Eleitoral e Partido Social

D e m o c r á t i c o . Relator: Ministro C â n d i d o Mesquita da Cunha Lobo.

Conhecido e provido, unanimemente.

2. Mandado de S e g u r a n ç a n» 185 — Classe II

— Distrito Federal (Brasília). (Contra o Tribunal Regional Eleitoral ão Estaão ão Maranhão que não manteve a ãiplomação ãe Antônio José Goãinho Neto. como Prefeito ão município ãe Barreirinhas, no Estaão ão Maranhão).

Impetrante: Antônio José Gotíinho Neto. Impe- trado: T r i b u n a l Regional Eleitoral do Estado do M a r a n h ã o . Relator: Ministro C â n d i d o M o t t a F i l h o .

Indeferido, unanimemente.

3. Recurso n» 2.077 — Classe I V — M a r a n h ã o (VitoTino Freire). (Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que julgou prejuãicaão o recurso interposto contra a anulação ãe 42 votos, tomaãos ém separado, na 15* sessão, ãa 49* zona — Vitorino Freire, nas eleições ãe 1-11-59).

Recorrente: D a m i ã o Bezerra de Pinho, candida- to a Prefeito. Recorridos: Tribunal Regional E l e i - toral, U n i ã o Democrática Nacional e Geraldo C a - tingueiro, candidato a Prefeito. Relator: Ministro C â n d i d o Mesquita da Cunha Lobo.

Conhecido e provido, unanimemente.

II — F o r a m publicadas v á r i a s decisões.

85.a S e s s ã o , em 24 ide novembro de 1961 P r e s i d ê n c i a do Senhor Ministro A r y Azevedo F r a n c o . Compareceram os Senhores Ministros C â n - dido M o t t a Filho, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Djalma Tavares da Cunha Mello, Plínio de Freitas Travassos, Oswaldo Trigueiro e os Doutores E v a n - dro L i n s e Silva, Procurador Geral Eleitoral e G e - raldo da Costa Manso, Secretário do Tribunal. D e i - xou de comparecer, por motivo justificado, o Senhor M i n i s t r o Hugo Auler.

I I — F o r a m apreciados os seguintes feitos:

1. Recurso n» 1.801 — Classe I V — B a h i a (Feira de Santana). (Contra a ãecisão ão Tribunal Regio- nal Eleitoral que cancelou o registro ão Diretório Municipal ão Partido Trabalhista Brasileiro em Feira ãe Santana — alega o recorrente falta de compe- tência ãe quem peãiu o cancelamento).

Recorrente: Diretório Municipal do Partido T r a - balhista Brasileiro em Feira de Santana.

Recorrido: Diretório Regional do Partido T r a - balhista Brasileiro, sessão da B a h i a .

R e a t o r : Ministro Plínio de Freitas Travassos.

Não se conheceu do recurso, contra os votos dos Miui°tros Plínio Travassos e Oswaldo Trigueiro, que conheciam e mandavam proceder à diligência. De- signado Relator para o Acórdão o Ministro C â n - dido M o t t a .

2 Processo n» 2.187 — Classe X — Santa Cata- rina (Florianópolis). (Ofício ão Senhor Desembar- gador Presidente ão Tribunal Regional Eleitoral soli- citanâo créãito suplementar, na importância ãe • • • CrS 819 133,80 (oitocentos e ãezenove mil, cento e trinta e três cruzeiros e oitenta centavos), para o exercício ãe 1961 (mil novecentos e sessenta e um).

Relator: Ministro Plínio de Freitas Travassos.

Indeferida a remessa da mensagem, concedeu- se o destaque ce Or$ 288.426,80, unanimemente.

3. Mandado de S e g u r a n ç a n» 189 — Classe I I

— Distrito Federal ( B r a s í l i a ) . (Contra o acórdão ão Tribunal Superior Eleitoral que anulou decisão ão Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, que apostilam o título de Maurício Martins "Wanãerley, arquivista padrão "M", do Quadro da Secretaria, no símbolo P J - 7 (sete).

Impetrante: Maurício Martins Wanderley.

Impetrado: Tribunal Superior Eleitoral.

Relator: Ministro Djalma Tavares da Cunha Mello.

Conhecido e indeferido, unanimemente.

4. Recurso n» 2.059 — Classe I V — Ceará (For- taleza). (Contra decisão do Tribunal Regional Elei- toral qtíe se julgou incompetente para conhecer ão pedido de equiparação aos Extranumerários-mensa- listas ãa União, solicitaão por funcionários ãe Car- tórios Eleitorais.

Recorrente: A n i t a Muratori e outros, Auxiliares e Serventes de Cartórios Eleitorais .

Recorrido: Tribunal Regional Eleitoral.

Relator: Ministro Oswaldo Trigueiro.

Não conhecido por intempestivo, unanimemente.

5. Recurso n» 1.644 — Classe I V — Pernam- buco (.Recife). (Contra a ãecisão ão Tribunal Re- gional Eleitoral que ináeferiu os peãiâos ãe inscrição ãe Aguinalão Lopes ãe Menezes Filho e outros, ao concurso para provimento ãe cargos ãe carreira ãe Auxiliar Judiciário.

Recorrentes: Aguinaldo Lopes de Menezes Filho e outros.

Relator: Ministro Plínio de Freitas Travassos.

Conhecido e provido, unanimemente.

6. Recurso n» 2.075 — Classe I V — Minas G e - rais (Ibiraci). (Contra o acórãão ão Tribunal Re- gional Eleitoral que ináeferiu representação ão Dou- tor Paulo Monteiro Barbosa, Juiz Eleitoral ãa 116»

(centésima décima sexta) Zona — Ibiraci, e lhe aplicou a pena ãe advertência.

Recorrente: Doutor Paulo Monteiro Barbosa, Juiz Eleitoral.

Recorrido: Tribunal Regional Eleitoral.

Relator. Ministro Oswaldo Trigueiro. ^ Não conhecido, unanimemente.

I I I — Foram publicadas v á r i a s decisões.

S6.a S e s s ã o , em ,29 jde novembro de 1961 Presidência do Senhor Ministro A r y Azevedo Franco. Compareceram os Senhores Ministros C â n - dido Motta Filho, Cândido Mesquita da Cunha Lobo, Djalma Tavares da Cunha Mello, Décio Miranda, Hugo Auler, Oswaldo Trigueiro e os Doutores E v a n - dro L i n s e Silva, Procurador Geral Eleitoral, e G e - raldo da Costa Manso, Secretário do Tribunal. D e i - xou de comparecer, por motivo justificado, o Senhor Ministro Plínio de Freitas Travassos.

I — No expediente, o Senhor Ministro Presidente pronunciou as seguintes palavras: "Senhores M i n i s - tros, desejava comunicar que fui, h á dias, procurado por um deputado que faz parte da Comissão Mista Revisara do Código Eleitoral, que solicitava suges- tões deste Tribunal. Se os Colegas tiverem algu- mas sugestões, estou à s ordens para recebê-las e se as julgar convenientes, s u b m e t ê - l a s a esta Corte.

Convém n ã o demorarem para que n ã o fiquemos em falta com essa Comissão M i s t a do Congresso N a - cional".

II — Passando-se ao julgamento dos processos constantes da pauta, foram apreciados os seguintes feitos:

1. Recurso n« 2.044 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Contra o acórãão • ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou

(5)

NoveniDro „ e 1961 . B O L E T I M E L E I T O R A L f 133 a inscrição eleitoral ãe Raimunâa Pereira Salviano

— alega o recorrente que ninguém poãe alistar-se apresentando, como documento, carteira ãe identi- dade, porque, para obtê-la, é preciso que o ciãaãão esteja alistaão.

Recorrente: Partido Social Progressista.

Recorridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alis- tando.

Relator: Ministro Cândido Motta F i l h o . Conheceu-se e negou-se provimento, unanime- mente.

2. Recurso n« 2.045 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (.Contra o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou a inscrição eleitoral de Raimunâa Pereira ãe Sousa

— alega o recorrente que ninguém pode alistar-se apresentando, como documento, carteira de iãenti- ãaãe, porque, para obtê-la, é preciso que o cidadão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista.

Recorridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e _o alisr tando.

Relator: Ministro Cândido Motta P i l h o . Conheceu-se e negou-se [provimento, unanime- mente.

3. Recurso n« 2.046 — Classe I V — P a r á (Monte Alegre). (Conira o acórãão ão Tribunal Regional Eleitoral que, ãanão provimento a recurso, orãenou a inscrição eleitoral ãe Raimunâa Pereira áos San- tos — alega o recorrente que ninguém pode alistar- se apresentanão, como ãocumento, carteira ãe iãen- iiãade, porque, para obtê-la, é preciso .que o ciãaãão esteja alistado).

Recorrente: Partido Social Progressista.

Recorridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e o alis- tando.

Relator: Ministro Cândido Motta F i l h o . Conheceu-se e negou-se urovimento, unanime- mente.

4. Processo n ' 2.172 — Classe X — Santa Cata- r i n a (Florianópolis). (Destaque ãe verba no valor de C?'S 310.961,00).

Relator: Ministro Hugo Auler.

Aprovado o destaque de Cr$ 287.961,00, unani- memente.

5. Recurso m» 2.037 — Classe I V — P a r a í b a (Cacimba de Dentro). (Contra o acórãão ão Tribu- nal Regional Eleitoral que negou provimento ao re- curso interposto ãa ãiplomação dos prefeito, vice- preleito e vereadores eleitos a 3-10-60, pela legenãa do Partido Trabalhista Brasileiro, no município ãe Cacimba ãe Dentro, 20* zona eleitoral).

Recorrente: Partido Socialista Brasileiro, seção da P a r a í b a . '

Recorridos: T r i b u n a l Regional Eleitoral e os í l e i t o s .

Redator; Ministro Oswaldo Trigueiro.

Não conhecido, unanimemente.

6. Consulta n° 2.180 — Classe X — Distrito Federal (Brasília). (Oficio ão Senhor Desembarga- ãor Presidente ão Tribunal Regional Eleitoral, con- sultando se a Lei n" 486, foi revogada pela de nú- mero 3.807, face o que dispõe o art. 2", §§ 1* e 2», ãa Lei ãe Introdução ao Código Civil.

Relator: Ministro Hugo Auler.

Após o voto do Relator e dos Ministros C â n d i d o Motta e Cândido Lobo, pediu vista o Ministro Cunha Mello.

7. Recurso n" 1.607 — Classe I V — B a h i a (Monte Santo). 'Contra o acórãão do Tribunal Regional Eleitoral que anulou a votação, tomaãa em separa- do, ãa 101 seção, da 50* zona — Monte Santo — alega p lecorrente várias irregularidades.

Recorrente: Partido Republicano.

Relator; Ministro Oswaldo Trigueiro.

Julgado prejudicado o recurso, unanimemente.

8. Processo n ' 2.191 — Classe X — Santa C a t a - rina (Florianópolis). (Ofício do Senhor Desembar- gador Presidente ão Tribunal Regional Eleitoral,

solicitando destaque ãe Cr$ 349.950,00).

Relator: Ministro C â n d i d o Mesquita da Cunha Lobo.

Deferido o destaque de Cr$ 209.950,00, unanime- mente.

111 — Foram publicadas v á r i a s decisões.

JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO IN.0 í840

Recurso m.° fl.992 *— P a r a í b a ((Princesa Isabel) Proãução ãe provas com prazo marcaão pelo T.R.E. Prazo ultrapassaão.

As nuliãaães somente poderão ser decre- tadas ouando argúiãas em recursos regulares e tempestivos.

Os prazos para interposição ãe recursos são preclusivos.

Vistos, etc.

Acordam o.s Juizes do T r i b u n a l Superior E l e i - toral n ã o conhecer do recurso, contra o voto do Senhor Ministro Rocha Lagoa, na conformidade das notas taquigráficas em apenso e que ficam fazendo parte integrante da decisão.

Sala das Sessões do T r i b u n a l Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 29.de maio de 1952. — Presidiu ao julgamento o Sr. Ministro Luiz Gallotti. — Aman- âo Sampaio Costa, Relator. — Francisco ãe Paula Rocha Lagoa Filho, Vencido. — Esteve presente ao julgamento o Sr. Dr. Plinio ãe Freitas Travassos. — Joaquim Canuto Mendes de Almeiãa, Procurador Geral Eleitoral.

(Publicada em Sessão de 24-11-61)

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Sampaio Costa — Senhor Presidente, por ocasião da a p u r a ç ã o do pleito elei- toral referente às eleições municipais em Princesa Isabel, Estado da Paraíba, o Partido Libertador ar- güiu fraude e coação, e, nesse sentido, recorreu con- tra & mesma a p u r a ç ã o . Requereu, em seguida, ao Tribunal Regional promovesse provas do que alega e aquela Corte, por acórdão, determinou que essas provas fossem produzidas, no prazo improrrogável de vinte dias. Baixaram os autos, o juiz foi argüido de suspeito e assim se declarou e foi o processo ao seu substituto legal.

O Substituto legal, depois de u m certo tempo passado, marcou as provas. O Partido Social D e - mocrático, porém, recorreu dessa decisão alegando que o prazo marcado pelo T r i b u n a l j á estava extinto e que, preciusa a m a t é r i a , n ã o podia mais ser pro- duzida a prova..

O juiz demorou o processo, segundo alega, por- que era a distância muito grande da zona onde de- veria presidir a prova.

O despacho do juiz mantendo o agravo, o recurso é o seguinte: (lê)

Dessa decisão, então, recorre extraordinariamen- te o impetrante alegando: a) que o prazo seria de 5 dias e, por conseguinte, o T r i b u n a l teria errado;

o) que mesmo que n ã o fora, o prazo teria corrido da data marcada pelo T r i b u n a l .

Nesta Superior I n s t â n c i a assim se manifestou o Dr. Procurador G e r a l : (lê)

E ' o r e l a t ó r i o .

VOTO

O Senhor Ministro Sampaio Costa — Senhor Presidente, n ã o conheço do presente recurso, muito

(6)

134 B O L E T I M E L E I T O R A L Novembro de 1961 embora haja o recorrente o apresentado com fun-

damento em coação, pedindo em seguida prazo para a a p r e s e n t a ç ã o de provas. O Tribunal Regional tem, pelo artigo 152 no seu § 1", o prazo de três dias e lhe concedeu vinte dias. Desse fato n ã o houve ne- n h u m recurso da decisão do Tribunal, logo, toda a m a t é r i a referente ao prazo concedido, como prova da fraude, licou preclusa: O juiz n ã o podia deso- bedecer a uma ordem do Tribunal, transitada em julgado. Está bem claro n ã o ter havido ofensa a letra da L e i , onde existe u m a jurisprudência fir- mada, portanto, Sr. Presidente, n ã o conheço do pre- sente recurso.

PRELIMINAR — VOTO

O Senhor Ministro Rocha Lagoa — Senhor Pre- sidente, conheço do recurso e lhe nego provimento.

Os demais Senhores Ministros n ã o tomam conhecimento do recurso, de acordo com o Se- nhor Ministro Redator.

; A C Ó R D Ã O N . ° 3.249

R e c u r s o ín." [1.839 Classe 3V — (Goiás l( P a r a ú n a ) t I

Eleição Cédulas não autenticadas devi- damente — Oportuna a impugnação ãe refe- rencie perante a junta apuradora, visto que difícil, senão impossível, a verificação ãe de- feito durante, a votação.

Vistos, etc.

Acordam, os juizes do Tribunal Superior Eleito- ral, por unanimidade de votos, conhecer do recurso, e dar-lhe provimento, t a m b é m por votação u n â n i m e , tudo de conformidade com as notas taquigráficas em anexo.

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distritu Federal, 27 de janeiro de 1961. — Ary Azevedo Franco, Presidente. — Djalma da Cunha Mello, Relator. — Esteve premente ao julgamento o

Sr. Dr. Canãião ãe Oliveira Neito, Procurador Geral Eleitoral.

iPublicatío em Sessão de 24-11-61)

RELATÓRIO E VOTO

O Senhor Ministro Djalma ãa Cunha Me:io — Senhor Presidente, o candidato do Partido Republi- cano à Prefeitura de P a r a ú n a , Goiás, recorreu do acórdão de fls. 11, que está assim redigido:

"Acordam os juizes integrantes do Tribunal R e - gional Eleitoral, por unanimidade de votos, adotan- do o parecer in fine emitido pela' ilustrada Procura- doria Regional, em n ã o conhecer ao recurso nestes manifestado.

Assim o fazem, como interativamente vem deci- dindo este E . Tribunal, porque a pretensa nuiidade

— falta de n u m e r a ç ã o das cédulas únicas, c"e 1 a 9 (Lei n» 2.582, art. 3") só foi a'egada quando da a p u r a ç ã r dos votos contidos n a urna da 6» sessão da 438 zona, inexistinrio qualquer impugnr.ção ou protesto do recorrente, na oportunidade própria, ou seja, durante ca trabalhos de votação.

O direito de recorrer, como se sabe, está subor- dinado à existência de prévia i m p u g n a ç ã o ou pro- testo, no ato da a p u r a ç ã o , como expressamente de- termina o art. 51, da L e i n* 2.550, de 25 de julho de 1955.

Desde que nada consta a respeito, nem mermo a c e r t i d ã o c a decisão impugnada, tomada pela ms.:»

receptora, n ã o merece conhecido o recurso manife.- tacio.''

A s razões de recurso estão a fls. 11:

"1 — A s decisões dos tribunais regionais n ã o s ã o terminativas e cabe recurso especial para o Tribunal Superior, quando proferidas com ofensa à letra ex- pressa ãa lei. E ' o que dispõe o art. 167, letra a, do Código Eleitoral vigente (Lei n» 1.164 de 24 de julho de 1950).

O prazo para a interposição ce recurso é 3 dias, a partir da publicação d a decisão no órgão oficial, conforme o 8 V> do artigo citado. Como a publica- ção do ato foi feita no Diário Oficial de hoje, que tem o n» 8.422, está o recorrente agindo no "prazo legal.

3 — Alegou o relator n ã o ter sido o recurso interposto tempestivamente. Nada mais i n g ê n u o ! Ora, uma de duas: ou o Sr. Relator n ã o confia n a justiça eleitoral de P a r a ú n a ou n ã o acata as dispo- sições do Cócigo quanto a prazos.

4 — D i z o relator n ã o haver prova da impug- n a ç ã o . Se n ã o houve i m p u g n a ç ã o , como h á recurso?

Não h á efeito sem causa, nem causa sem efeito.

Portanto, se h á recurso é porque houve a impug- nação. Além do mais, o recurso, está claro, foi jus- tamente contra o n ã o acatamento da i m p u g n a ç ã o .

5 — Salienta o relator n ã o haver o recurso sido acompanhado da decisão da j u n t a apuradora, de uma certidão a respeito. Com certeza o relator n ã o conhece as Instruções n" 1.788, de 13 de julho de 1960, cujo art. 17, § 3', dispõe: "Os recursos" serão instruídos de ofício, com a certidão da decisão e do trecho da ata pertinente à impugnação e ao pedido de recurso". Que culpa pode caber ã patte pela de- sídia do juiz, pelo n ã o cumprimento das normas legais pela justiça eleitoral?

6 — Aduz o relator n ã o constituir nuiidade a falta de n u m e r a ç ã o nas cédulas ú n i c a s . Neste caso vai éle contra as sábias disposições da Resolução n ' 6.488, de 22 de junho de 1960, que o n" 8 do artigo 30 manda que se numere as cédulas de 1 a 9, s u - cessivamente. Pois bem, a n u m e r a ç ã o cas cédulas é uma í o r m a àe a u t e n t i c a ç ã o das mesmas. O artigo 22, letra b, da Resolução n° 6.509 dispõe que "serão nulas as cédulas únicas que n ã o estiverem, devida- mente autenticadas". Como todas as cédulas da 6*

e 7J seções estavam sem a n u m e r a ç ã o , logicamente toda a votação das mesmas e s t á n u l a . N a urna da 7" seção havia inclusive u m a cédula que nem era referente à eleição no município.

7 — Quanto à recusa por parte do Presidente da 2* Seção da Fiscalização de elemento devida- mente credenciado pelo P R , considerou o relator como de somenos i m p o r t â n c i a . P o r certo n ã o to- mou conhecimento, dentro do recurso, que o Senhor Presidente do P R reclamou de fato, solicitou que se constasse em ata, foi lida publicamente a parte da reclamação pelo secretário, mas a ata que acom- panhou a urna, ou melhor," a que foi lida pelo Pre- sidente da Junta Apuradora, n ã o citava o fato. Além disso, é claro bastante o art. 123, n ' 7, do Código Eleitoral, que considera nula a votação d a seção eleitoral onde seja considerada, sem fundamento iegal, a fiscalização do partido.

8 — A 2* Seção Eleitoral foi localizada em casa (particular) de propriedade particular. Aliás foi o mesmo Sr. Juiz Eleitoral que se negou a deferir requerimento do P R para a localização de seções em

lugares distantes no município, alegando particuiar- ridade das mesmas, para depois colocar u m a t ã o perto da cidade e onde j á havia sido devidamente iccalizada j á uma seção eleitoral. O proprietário da referida casa, declaradamente pessedista, encontra- va-se à porta distribuindo cédulas marcadas com os candidatos dc P S D para que os eleitores, como êle recomendava, pudessem copiar nas legítimas os no- mes marcados. Portanto isto seria suficiente para a nuiidade da seção, de acordo com o s 2V do art. 79 do Código Eleitoral.

9 — A s urnas que funcionaram no Povoado da São J o ã o foram levadas à noite para a sede do Município, numa camioneta de propriedade e d i r i - gida pe*o Sr. Antônio da Silva Ferro, j á duas vezes Prefeito pelo P S D , vereador pelo mesmo Partido.

(7)

.Novembro de 1961 B O L E T I M E L E I T O R A L 135 Não foi acompanhada por nenhum fiscal do P U ,

que foram naturalmente impedidos de o fazer.

Diante de tudo isto, de todas essas irregulari- dades, díí todos esses atentados à s disposições da lei, a esses atentados que viciaram as eleições, que' forçaram o sufrágio, n ã o pode a J u s t i ç a Eleitoral se furtar de c o m i n á - l a s devidamente, para que n ã o cresça ainda mais a pecha da Injustiça nas decisões dos órgãos judiciários.

Do c o n t r á r i o , quando cessará o triunfo do m a l sobre o bem? D a torpeza contra o idealismo? Do erro contra a j u s t i ç a ? Até quando as eleições h ã o

•de se processar no descalabro, n a insegurança, novi- ciamento? Até quando a vontade popular será mis- tificada, forçada, modificada e transacionada m e r c ê de meios escusos mas nunca punidos, e que por isto mesmo proliferam?

Até quando a lei brasileira s e r á "só para inglês ver"? P o r que se fazer leis, estabelecer relações, dis- por, se tudo isto n ã o é cumprido?

Assim requer que, recebido e provido este, seja reformada a decisão recorrida, para mandar esse . Colendo Tibunal que se considere nula a votação da

referida seção eleitoral, de acordo com o disposto nos artigos retro citados, para que se faça, no caso, J u s t i ç a ! "

F o i contra-axrazoado o recurso a fls. 17:

"Preliminarmente — A ilegitimidade do candi- dato Joaquim Pereira de Souza para interpor o pre- sente recurso é manifesta, pois só os delegados de Partido poderão fazê-lo e isto por uma r a z ã o c u r i a l : a r e p r e s e n t a ç ã o é p a r t i d á r i a , só podendo concorrer à eleição quem tiver sido devidamente registrado por -partido político ( C . Eleitoral, art. 47).

Se o Partido Republicano a que pertence o re- corrente, e que tem delegado habilitado no Egrégio Tribunal Regional, n ã o recorreu da decisão, ao seu candidato n ã o é licito fazê-lo.

F.x vi legis, só é regular o recurso inter- posto por delegado credenciado de partido ( T . S . E . Acórdão n" 1.316 — B . E . 53, 349).

Só os delegados de Partidos devidamente credenciados podem v à l i d a m e n t e recorrer em nome destes. Não pode se conhecer por i n -

tesposto com excesso de poderes, de apelo, quando a p r ó p r i a agremiação p a r t i d á r i a dele- gante haja, por seus órgãos competentes, deli- berado n ã o impugnar o decisório (Idem, Acór- dão n» 880 B . E . 16, 121).

Quanto ao mérito — A V . decisão recorrida pro- clamou inexistir nuiidade no fato de a falta de n u m e r a ç ã o em séries de 1 a 9 das cédulas ú n i c a s da 6' Seção da 43* Zona n ã o ter sido alegada d u - rante a votação, mas argüitía, apenas, quando da a p u r a ç ã o .

Se a Mesa deixou de numerar as cédulas e os fiscais do Partido nada reclamaram, ocorreu preclu- são, porque, segundo preceitua o art. 49 da L e i n« 2.550,

A nuiidade de qualquer ato, n ã o a r g ü i d a quando de sua prática, ou na primeira opor- tunidade que para tanto se apresente, n ã o mais p o d e r á ser alegada, salvo se a argüição se ba- sear em motivo superveniente ou de ordem constitucional.

O V . Acórdão recorrido, reconhecendo n ã o ter havido i m p u g n a ç ã o ou protesto quando da p r á t i c a do ato, nã:> conheceu do recurso. Aplicou — e muito bem — os arts. 49 e 51 da citada L e i n* 2.550.

' Ora, dispõe a mesma L e i n» 2.550, no art. 53, 5 4», que o Tribunal Superior só conhecerá de re- ' cursos das decisões relativas à s eleições municipais,

no caso de violência ao art. 121, ns. I, I I e I V , da Constituição Federal. No entanto, n a petição de fo- lhas n ã o demonstrou o recorrente em que ponto houvesse o Egrégio Regional praticado aquela vio-

• lêtncia. Tanto basta p a i a demonstrar a improee- dência do apelo.

Assim, n ã o merece conhecido o recurso pela ile- gitimidade do recorrente, mas, se vencida essa pre- liminar, o desprovimento é imperativo de J u s t i ç a " .

A Procuradoria Geral subscreveu o parecer de seu assistente, no sentido do Acórdão.

E ' o relatório.

'« * o

O motivo alegado para n ã o conhecimento do recurso pelo Tribunal a quo, a meu ver, n ã o tem

procedência. Argúi-se nuiidade de urna, sob o fun- damento de que as cédulas n ã o estavam numeradas, nem autenticadas por qualquer membro da mesa.

Declara o Tribunal que a nuiidade devia ter sido argüida perante a mesa receptora. Entendo, entre- tanto, que é perante a junta apuradora que deve ser feita a argüição, por ser difícil verificar seme- lhante irregularidade durante o ato da v o t a ç ã o . O vicio só pode ser notado precisamente no momento da a p u r a ç ã o .

O Senhor Ministro Ilãefonso Mascarenhas — A argüição n ã o foi feita perante a junta apuradora?

O Senhor Ministro Djalma da Cunha Mello — Foi, no exato momento da a p u r a ç ã o . Não se trata de m a t é r i a preclusa. Deve o T . R . E . decidir de meritis. Conheço, para tanto, do recurso.

Decisão unânime.

A C Ó R D Ã O !N.° ,3.380-A

Mandado d è / S e g u r a n ç a n . ° 183 — Classe II

— S ã o Paulo

Manãaão de membros ãe ãiretório.

Dejere-se o pedido de segurança, para o fim ãe determinar ao Tribunal "a quo" que registre os áiretórios municipais ãas comunas seguintes: Estrela á'Oeste, Rijaina, Pirapozt- nho, Ubirajara, Vinhedo, Monteiro Lobato, Paulicéia e Pedro de Toledo.

Vistos, e t c :

Acordam os Juizes do T r i b u n a l Superior Eleito- ral, por maioria de - votos, deferir o pedido de segu- r a n ç a , de acordo com as notas taquigráfieas juntas.

Sala das Sessões do T r i b u n a l Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 5 de maio de 1961. — Ary Aze- vedo Franco, Presidente. — Plinio ãe Freitas' Tra- vassos, Relator. — Vencido o Sr. Ministro Ilãefonso Mascarenhas. — Esteve presente ao julgamento o Dr. Joaquim Canuto Mendes ãe Oliveira.

(Publicada em Sessão de 22-11-61) RELATÓRIO E VOTO

O Senhor Ministro Plínio ãe Freitas Travassos — O presente mandado de s e g u r a n ç a foi- impetrado em 10-3-61 a este Egrégio Tribunal, pela União Demo- c r á t i c a Nacional ( U . D . N . ) , contra á decisão do Colendo Tribunal Regional:

"Contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que n ã o conheceu do pedido de registro dos Diretórios Municipais de Estrela D'Oeste, Rifaina, Pirapòzinho, U b i r a - jara, Vinhedo, Monteiro Lobato, P a u l i c é i a e Pedro de Toledo, sob a alegação de que está extinto o mandato do Diretório Regional da Requerente.."

Havendo o impetrante invocado o disposto no art. 59 dos seus Estatutos, que assim dispõe:

" A r t . 59. O mandato dos membros doa Conselhos e Diretórios do Partido s ó se con-

(8)

136 B O L E T I M E L E I T O R A L Novembro de 1961 sidera extinto com a posse dos substitutos

eleitos n a convenção seguinte."

e tendo requerido a medida liminar, atendendo a u r g ê n c i a que havia n a solução do seu pedido, de vez que as eleições municipais deveriam ser reali- zadas no dia 26 do mesmo m ê s de m a r ç o , proferi o despacho de fls. 16-17, deferindo. a liminar, nos seguintes termos:

" A U n i ã o D e m o c r á t i c a Nacional pede mandado de s e g u r a n ç a contra as decisões do Colendo T r i b u - n a l Regional Eleitoral de fltão P&ulo proferidas a 22 e 24 de fevereiro último que, sob o fundamento de j á estar findo o mandato do Diretório Regional da Suplicante em São Paulo, n ã o conheceram dos pedidos feitos pelo mesmo Diretório, para que fos- sem registrados os diretórios municipais das comu- nas seguintes: Estrela D'Oeste, Rifania, Pirapòzinho, Ubirajara, Vinhedo, Monteiro Lobato, P a u l i c é i a e Pedro de Toledo.

Alega a impetrante que j á interpôs recurso para

• este Egrégio Tribunal, com fundamento no art. 167,

•letras a e b, do Código Eleitoral e acentua que o respectivo' julgamento n ã o p o d e r á ser proferido a t é o dia 26 do corrente m ê ' , data em que s e r ã o rea- lizadas as eleições municipais nas ditas comunas.

D a í a presente i m p e t r a c ã o com o pedido para ser concedida liminar, atendendo à proximidade do pleito e a n ã o haver ainda expirado o mandato do referido Diretório Regional, ex vi do disposto no art. 59 dos Estatutos, de vez que, ao serem profe- ridas as decisões em exame, ainda n ã o h a v i a sido

• eleito o novo Diretório Regional.

As alegações feitas pela Impetrante estão com- provadas pelos documentos apresentados com a pe- tição inicial e é certo oue todos os Partidos políti- cos t ê m direito de apresentar candidatos a qualquer eleição, observadas as disposições legais.

Assim, c n ã o conhecimento do referido pedido do Diretório Regional da Suplicante no Estado de S ã o Paulo, pelo Ilustre Tribunal Regional Eleitoral do mesmo Estado, i m n o r t a r á em privar a Suplicante de concorrer à s eleições municipais que s e r ã o rea- lizadas a 26 do corrente mês/, se a t é lá n ã o forem registrados os aludidos diretórios municipais.

Acresce que as decisões do dito T r i b u n a l Regio- n a l Eleitoral desatenderam ao disposto expressamen- te no art. 59 dos Estatutos da Suplicante, aprova- dos por este Egrégio Tribunal Superior Eleitoral pela R e s o l u ç ã o n« 5.823. de 15-7-58 (Boletim Eleitoral ns. 85, p á g . 165, e 86, p á g . 212), in verbis:

" A r t . 59. O mandato dos membros dos Conselhos e Diretórios do Partido só se con- sidera extinto com a posse dos substitutos elei- tos n a convenção seguinte."

E m face, pois, do exposto, defiro a medida l i m i - nar requerida, para o fim de determinar ao Egrégio T r i b u n a l Regional Eleitoral de São Paulo que re- gistre cs diretórios municipais das comunas indica- das n a petição i n i c i a l .

Oficie-se ao Exm» Sr. Desembargador Presidente do T r i b u n a l Regiona1 Eleitoral de São Paulo, reme- tendo-se-lhe cópia deste despacho e solicitando-se as n e c ecs á r i a s informações".

Solicitadas informações ao referido Tribunal Regional, foi enviada a cópia de fls. 22-23 das prestadas no recurso especial interposto pela Impe- trante, in verbis:

"Egrégio T r i b u n a l Superior: 1. — Nas petições de fls. 4.324, 4.330, 4.440 e 4.445, o presidente, em exercício, do Diretório Regional da U n i ã o D e m o c r á - tica Nacional, pediu o registro dos Diretórios M u n i - pais de Estrela D'Oeste, Rifaina, Pirapòzinho, U b i - rajara, Vinhedo, Monteiro Lobato, Paulicéia e Pe- dro de Toledo .

A Secretaria informou, às fls.-4.337 e 4.452, que o mandato dos membros do Diretório Regional i n - teressado exoirara em data anterior às dos reque- rimentos, pelo que o T r i b u n a l Regional, como se vê dos Acórdãos u n â n i m e s , de fls. 4.338 e 4.453,

deixou de tomar conhecimento dos pedidos de re- gistro, à mingua de qualidade do requerente.

Informado, recorreu o delegado do partido, no limiar do prazo, sustentando a prorrogação dos m a n - datos dos membros do Diretório Regional, nos ter- mos do art. 59 dos estatutos p a r t i d á r i o s , e pleite- ando o conhecimento dos pedidos, assim como o deferimento dos registros.

O D r . Procurador Regional ad hoc, nomeado por se n ã o haver ainda empossado o substituto do t i t u - lar licenciado, propõe o n ã o conhecimento do re- curso, no fundamentado parecer de fls. 4.461-2.

2 — V e m o recurso arrimado em alegações de ofensa ao art. 59 dos estatutos partidários, verbis:

"O mandato dos membros dos Conselhos e D i r e t ó - rios do Partido s ó se considera extinto com a posse dos substitutos eleitos na Convenção seguinte."

Aduz-se ainda, sem remissão a julgados, que outros Tribunais Regionais t ê m aplicado esse preceito.

Bem de ver, assim, que n ã o é caso do recurso interposto; é terminativa a decisão recorrida, con- tra a qual se n ã o argúi ofensa da letra expressa d a lei federal, nem se indigita decisão de outro colégio eleitoral, nem se constrói qualquer das objeções com- pendiadas nas letras c e d, do art. 167, do Código Eleitoral, hipóteses oue s ã o as mesmas do art. 121 da L e i Magna brasileira..

A solução do n ã o conhecimento remata, pois, essa ordem ce idéias, preliminar.

3 — Mas, se se passar ao mérito, caso s e r á de se negar provimento ao recurso.

Com efeito, por Acórdão de 2 de m a r ç o de 1959 (n» 48.410), esta Corte Eleitoral paulista ordenou o registro do Diretório Regional da U . D . N . , especi- ficando que o seu mandato, de dois anos, contar- s e - i a " . . . a partir de 21 de janeiro último, data do seu reconhecimento pelo Diretório Nacional." Essa decisão quedou preclusa.

Os recentes pedidos de registro que n ã o foram conhecidos pelos Acórdãos recorridos formularam-se a 18, 20 e 21 de fevereiro passado, quando j á ex- pirara, havia um m ê s , o biênio marcado ho Acór- dão antes referido, inatingível no seu dispositivo, por Isso que coberto pela preclusão.

Acresce, no caso, que a t é este memento, j á quase dois meses decorridos após os dois "anos, n ã o deu entrada nesta Corte qualquer pedido de registro de novo Diretório Regional da U . D . N . ; é a própria recorrente que sublinha haver sido a Convenção, que o constituíra, convocada para o dia 25 de fevereiro, j á além do termo final do- mandato do Diretório .por ú l t i m o registrado. Realça-se, assim, o acerto do entendimento dado ao preceito do art. 59 dos esta- tutos discutidos, pelo Acórdão n ' 37.742, deste mes- mo Colégio, transcrito no parecer da ilustre P r o - curadoria Regional (fls. 4.461-2). Legitima-se' o ar- tigo 59 em aprêco — 54 do texto anterior — para evitar a descontinuidade da direção p a r t i d á r i a , em face do novo Diretório, eleito regularmente, durante a vigência do mandato do seu antecessor. Jamais para .perpetuar ad aeternum um Diretório qualquer, que deixe de convocar a tempo a Convenção ordi- n á r i a , programada nos estatutos, obrigatoriamente, para cada dois anos (art. 24, n« I ) ; uma demasiada franouia na inteMgência desca regra e s t a t u t á r i a

ofenderia os próprios princípios democráticos, que constituem "leit motiv", dos mais altos, do próprio partido recorrente.

Essas as informações com que tenho a honra de encaminhar o recurso a esse mais alto Tribunal do País, para que diga a sua sempre acatada e ú l t i m a palavra."

Ouvida a douta Procuradoria Geral Eleitoral, foi proferido o seguinte parecer:

" I — A União Democrática Nacional impetrou writ contra a decisão do Tribunal Regional E l e i - toral de São Paulo, porque este deixou de conhecer pedido do registro dos Diretórios Municipais do mesmo Partido, efetuado por seu Diretório Regional n a Circunscrição, sob único fundamento de que j á se expirara o prazo de dois anos, da vigência do mandato de direção p a r t i d á r i a .

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