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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A

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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE

M onografia apresentada com o req u isito parcial para a conclusão do Curso de Licenciatura em Educação F ísica, do D epartam ento de Educação Física, da U niversidade Federal do Paraná.

CURITIBA

1996

(2)

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE

M onografia apresentada com o req u isito parcial para a conclusão do Curso de Licenciatura em Educação Físicat do D epartam ento de Educação Física, da U niversidade Federal do Paraná.

PROF. ORIENTADORES: MARIA GISELE DOS SANTOS

,

MS.

IVERSON LADEWIG, PhD.

(3)

tã o im portante. E a D eus p o r m e g u ia r

em todos os m om entos.

(4)

RESUM O

...

v 1 INTRODUÇÃO

...

06 1.1 PROBLEMA

...

06 1.2 JUSTIFICATIVA

...

0 7 1.3 OBJETIVOS

...

0 7 2 REVISÃO DE LITERA TU RA

...

08 2.1 OSTEOPOROSE-DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS

...

08 2 .2 TIPO S

...

16 3 PREVENÇÃO

...

2 5 4 CONCLUSÃO

...

32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

...

33

iv

(5)

m etabólico onde bá uma dim inuição de m assa óssea. É causada p o r desequilíbrio en tre reabsorção e form ação óssea durante o processo de rem odelação, que resu lte em reabsorção excedendo form ação. Como conseqüência bá um a fragilidade no osso, podendo provocar fraturas. A alteração na m assa óssea concentrar-se em dois tip o s específicos de ossos: o cortical ou longo; e o trabecular (reticulado). Como e ste processo é contínuo no desenvolvim ento do indivíduo, existem alguns fatores que podem influenciar n esta alteração en tre reabsorção e a form ação, relacionados com: a idade; a m enopausa; distúrbios borm onais; a ingestão in su fic ie n te de cálcio; o sedentarism o; fatores genéticos; e fa to res am bientais. D estaca-se, p o rta n to , a im portância da prevenção da doença e na qual dois fa to res são essenciais: dieta rica em

cálcio, que ju n ta m e n te com o fósforo são os prin cip a is c o n stitu in te s da

m a triz óssea m ineralizada e a atividade física cujo p a p el p rin cip a l é o

de estim ular a form ação óssea. D entro do processo de prevenção

algum as recom endações com relação às atividades física s são

necessárias para orientar a população e os profissionais de educação

física. Os exercícios para pessoas com osteoporose devem ser indicados

p elo m édico após uma avaliação e de acordo com o condicionam ento

físico e ósseo do indivíduo, sendo recom endado o desenvolvim ento da

capacidade cárdio-respiratória e o condicionam ento m uscular, ou seja,

exercícios isom étricos que envolvam contrações repetidas e len ta s dos

m úsculos contra a resistên cia . Cabe p o rta n to aos profissionais de saúde

e professores de educação física orientar de m aneira co n scien te sobre o

que é a doença e a m aneira m ais efica z de preveni-la.

(6)

1. INTRODUÇÃO

1.1. PROBLEMA

A osteoporose co n stitu i-se de uma dim inuição do p eso do

esqueleto e de uma transform ação progressiva do osso de um estado

co n sisten te a outro esponjoso seguida de uma deform ação óssea,

processo e ste que aum enta devido a descalcificação do osso. Segundo

HARRISON (1988); PAZ (1990); WYNGAARDEN & LLOYD (1990) e

MATSUDO (1993) é causada p o r um desequilíbrio en tre a reabsorção e a

form ação óssea e que fazem dim inuir o poder de fixação do cálcio,

sendo m ais com um em adultos de am bos os sexos com m ais de 60 anos,

atingindo com m aior incidência m ulheres após a m enopausa, devido a

uma dim inuição na produção de estrogênio. O utros fa to res tam bém

podem influenciar n esta alteração en tre reabsorção e form ação do osso

que estão relacionados com a idade, com distúrbios horm onais, com a

nutrição, com a fa lta de atividade física durante a infância e

adolescência, com fa to res g en ético s e am bientais. É p o rta n to um a

doença que vem progressivam ente, sendo reconhecida com o um dos

graves problem as de saúde pública pela sua freqüência em p a cien tes

idosos e pela grande incidência de fraturas relacionadas a ela. Torna-se

necessário então um esclarecim ento sobre os fa to res de risco, evolução

e a sua prevenção, que está relacionada a uma ingestão adequada de

cálcio e a atividade física durante as fa ses de desenvolvim ento do

(7)

indivíduo. D entro desta perspectiva, de que m aneira a atividade física pode ajudar a p reven ir a osteoporose e quais benefícios ela pode trazer para os indivíduos?

1.2. JUSTIFICATIVA:

A través desta pesquisa p reten d o m ostrar a im portância de praticar exercícios ao longo da vida, seu s benefícios e descobrir qual atividade física seria m ais adequada para a pessoa que tem osteoporose, sabendo adaptar esta atividade à idade, condicionam ento físico e esquelético do indivíduo sem ocasionar nenhum dano p o sterio r a e ste indivíduo

1.3. OBJETIVOS:

• D escrever o que é a osteoporose, causas, tip o s m ais freq ü en tes e a faixa etária m ais atingida pela doença;

• A lertar tam bém sobre as conseqüências e fa to res de risco;

Relacionar os benefícios que a atividade física pode trazer ao indivíduo durante o seu desenvolvim ento e a sua relação com a prevenção da osteoporose;

• Dar sugestões, baseadas em estu d o s realizados, com relação aos

exercícios m ais indicados para a pessoa que tem a doença;

(8)

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. OSTEOPOROSE - D efinições e C aracterísticas

A osteoporose é uma doença que significa litera lm en te ossos porosos e é decorrente de uma perda de m assa óssea (McARDLE, 1991;

GUYTON, 1992). Segundo VALENTI & ROZMAN (1979) esta doença é definida com o um transtorno m etabólico, provavelm ente m ais freq ü en te dos ossos, onde há uma redução do volum e de tecido ósseo se relacionado com o volum e de osso anatôm ico.

Para MARQUES NETO (1986) a osteoporose pode ser uma alteração localizada ou difusa do tecido ósseo na qual ocorre uma dim inuição da m assa óssea p o r unidade de volum e. No que se refere a esse assunto COHEN (1988), WYNGAARDEN & LLOYD (1990) definem com o uma redução na densidade óssea ou seja, na quantidade de osso, tornando d ifíc il m a n ter uma integridade do esqueleto axial. No en ta n to MATSUDO (1991) a caracteriza com o uma desordem no m etabolism o ósseo resu lta n te de m udanças na hom eostase do cálcio, sendo que a quantidade de tecido ósseo ê tão baixo que os ossos tornam -se frágeis e fa cilm en te fraturados com força m ínim a. Na hom eostase do cálcio a m assa óssea passa a ser sacrificada para que se possa m a n ter os n íveis sangüíneos de cálcio adequados ao organism o.

Para MEIRELLES (1994, p . 135) o conceito da doença seria: “a

dim inuição da m assa óssea p o r unidade de volum e do osso,

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acompanhada da desorganização da m icro-estrutura do tecido ósseo , que leva ao aum ento do risco de fraturas ósseas”. P ortanto HARRISON (1988); PAZ (1990); WYNGAARDEN & LLOYD (1990); e MATSUDO (1993) relatam que é um processo esquelético caracterizado p o r uma dim inuição de m assa óssea, en tre a form ação e reabsorção do osso, uma redução p o r unidade de volum e (densidade) do osso m ineralizado, a um n ív e l abaixo do adequado para a função m ecânica de sustentação. E sta

dim inuição é causada p o r um desequilíbrio en tre a reabsorção e a form ação óssea durante o processo de rem odelação óssea, onde resu lte

em reabsorção excedendo a form ação. A alteração na m assa óssea vai se concentrar em dois tip o s específicos de ossos: o co rtica l ou “longo” que é com posto de colágeno m ineralizado densam ente reunido em camadas, proporciona rig id ez e é o p rin cip a l com ponente dos ossos tubulares; e o

trabecular (reticulado) que apresenta aspecto esponjoso proporcionando força e elasticidade e c o n stitu i a p rin cip a l porção do esqueleto axial, estando disposto m ais espaçadam ente e na p a rte m ais interna da m aioria dos ossos.. E é n esta s duas porções dos ossos que ocorrerá a redução to ta l levando a um adelgaçam ento da co rtica l e redução do

tam anho de trabéculas de osso esponjoso.

E ste processo de rem odelação óssea é contínuo no indivíduo e

pode te r duração de quatro m eses a a té um ano, sendo que no adulto

cerca de 10-30% do esqueleto é su b stitu íd o p o r rem odelação a cada

ano. O osso é, porta n to , form ado e reabsorvido co n tin u a m en te p o r toda

(10)

a vida e se c o n stitu i de um depósito de reserva m ineral dinâm ica, no qual o corpo arm azena cálcio e fósforo fhidroxiapatita) sob uma form a m etabolicam ente estável, ocorrendo nas su p erfícies a n tes e depois do desenvolvim ento adulto e que são necessárias para m a n ter a integridade estru tu ra l do osso, podendo sofrer alterações n e ste equilíbrio en tre a form ação e reabsorção, levando assim a uma dim inuição da integridade estru tu ra l do osso e a um com prom etim ento de sua função, o que indicaria a osteoporose (WYNGAARDEN & LLOYD, 1990; MATSUDO, 1991; MEIRELLES, 1994).

D urante todo o desenvolvim ento do indivíduo podem ocorrer alterações en tre reabsorção e a form ação do osso e através disso serão apresentados alguns fa to res que podem acelerar o processo da osteoporose:

a) Fatores relacionados com a idade: D urante o desenvolvim ento hum ano o indivíduo atinge um p ico de m assa óssea, ou seja, atinge um

valor m áxim o de quantidade de osso, sendo e ste p ico um do fa to res

m ais im p o rta n tes no desenvolvim ento da osteoporose. D epois de

alcançar esta m assa esquelética m áxim a no in ício da vida adulta, há um

período de estabilidade a n tes de in icia r a perda óssea. A p a rtir da

quarta década é que haverá uma form ação dim inuída do osso ao n ív e l

celular e um aum ento na função paratireoideana relacionada à idade,

que ocorre co n com itantem ente com a dim inuição na absorção de cálcio.

(11)

E sta redução to ta l de m assa esquelética pode atingir 30 a 50% da e x iste n te aos 30 ou 40 anos, e indicam que n o s in divíduos m ais idosos o ín d ice de reabsorção é elevado , sendo que o de form ação óssea perm anece em um n ív e l sem elhante ao de adultos m ais jo v e n s (HARRISON, 1988; AVIOLI, 1989; WYNGAARDEN & LLOYD, 1990;

MATSUDO, 1991; LLORET. e t alü, 1995) .

b) Relacionados com a m enopausa: A perda óssea na m enopausa é resu lta n te da deficiência na produção de estrogênio, ou seja, o

hipoestrogenism o fdim inuição de estrogênio) que provoca a dim inuição da calcitonina levando a uma hipercalcem ia, aum en to da sensibilidade óssea ao paratorm ônio e acarretando em uma dim inuição da absorção in te stin a l e aum ento da excreção renal de cálcio. E sta perda óssea pós- m enopáusica está associada a uma alta taxa de renovação óssea, onde há um aum ento na form ação do osso e um aum ento na reabsorção ainda m aior. Tal perda é m aior n o s ossos predom inantem ente trabeculares, sendo os ín d ices dessa perda excessiva no osso co rtica l de 1-2% e no osso trabecular de 3-10% (ROBBINS, 1983; MARQUES NETO, 1986;

WYNGAARDEN & LLOYD, 1990; MATSUDO, 1991; MEIRELLES, 1994).

ROBBINS (1 9 8 3 p .1235) cita que:

Os níveis de estrogênios possuem interesse

particular e, na verdade, níveis

estrogênicos baixos foram relatados em

pacientes com osteoporose quando

comparados com grupos controles da

mesma idade. Os receptores estrogênicos

esqueléticos, sem elhantes aos existentes

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nas mamas, podem ser responsáveis pela fixação do cálcio nos ossos e a diminuição dos níveis sangüíneos de estrogênios poderia sensibilizar o esqueleto para a ação reabsortiva de concentrações normais de hormônio paratireoideano.

c) Relacionados com distúrbios horm onais: Além do fa to r de redução de estrogênio na m enopausa que é o de m aior im portância, a osteoporose está associada a outras alterações endócrinas em que a causa básica seria um desequilíbrio horm onal, em que há aum ento na secreção de horm ônios anabolizante s (testosterona e progesterona), que ao m esm o tem po que aum entam a form ação óssea, dim inuem a reabsorção e provavelm ente in ib em o paratorm ônio sérico. P ortanto, a osteoporose poderá ser encontrada em p a cien tes com : hipertireoidism o onde e x iste excessiva reabsorção óssea, em h iperpituitarism o, hiperparatireoidism o e hiperadrenocorticism o fta n to na biperatividade do có rtex adrenal com o na terapia prolongada de cortisona) fSALTER, 1985; HARRISON, 1988; MEIRELLES, 1994).

d) N utrição: O esqueleto contém quase todo o cálcio e uma grande p a rte do fósforo do organism o, e deficiências de cálcio e /o u

vitam ina D durante o desenvolvim ento do indivíduo, indicam p o ssíveis

alterações no m etabolism o ósseo, já que o cálcio é im p o rta n te para a

m anutenção da m assa óssea e no desenvolvim ento do p ico de m assa

óssea. Com a idade as necessidades diárias de cálcio aum entam e a

(13)

absorção in te stin a l de cálcio e vitam ina D dim inuem , p o rta n to deve-se aum entar tam bém a ingestão do m esm o, a fim de garantir um equilíbrio p o sitivo de cálcio e im pedir a dim inuição das reservas m inerais arm azenadas no tecido ósseo. A regulação do m etabolism o fosfocálcio dependem dos sistem a s ósseo, digestivo e renal, sobre os quais atuam o para torm ônio (PTH), a vitam ina D e a calcitonina. O para torm ônio tem sua secreção estim ulada pela bipocalcem ia e no osso n ív e is elevados de para torm ônio induzem ao aum ento do núm ero de osteoclastos, e consequentem ente ao aum ento da reabsorção óssea, esta função está relacionada a preservação do cálcio sérico em n ív e is norm ais, condição fundam ental para m a n ter a força m uscular norm al; no rim aum enta a reabsorção tubular de cálcio e d im in u i a reabsorção tubular de fósforo;

no in te stin o a secreção de PTH o efe ito é in d ireto em conseqüência do

aum ento da sín te se de vitam ina D, aum entando a absorção in te stin a l de

cálcio. A s relações en tre a vitam ina D e o para torm ônio são as

seguintes: o para torm ônio secretado, em resposta a bipocalcem ia,

favorece a sín te se renal da vitam ina D e age n o rim p o r interm édio da

vitam ina D, tendo um efe ito sinérgico dos horm ônios sobre a

m obilização óssea de cálcio. Q uanto a calcitonina que é um horm ônio

encontrado prin cip a lm en te nas células parafoUtmlares e secretado pela

glândula tireóide sendo sua secreção controlada p elo n ív e l sérico de

cálcio, suas ações relacionadas com os três sistem a s são: no osso

dim inui a reabsorção óssea pela inibição da atividade dos osteoclastos;

(14)

no rim regula in d ireta m en te a absorção do cálcio in testin a l; no tubo digestivo in ib e a secreção de vários horm ônios do tra to g a stro in testin a l e da porção exócrina do pâncreas, e estôm ago in ib e a secreção de ácido e pepsina e no pâncreas in ib e sua secreção enzim ática. Os n íveis plasm áticos de calcitocina caem com a idade, em am bos os sexos, e essa queda acelera-se em m ulheres pós-m enopáusicas e o principal p apel fisiológico da calcitonina é proteger a integridade do esqueleto fSALTER, 1985; MATSUDO, 1991; MEIRELLES, 1994; LLORET e t aüi,

1995).

MEIRELLES (1994, p . 137) relata que:

Um suprimento nutricional adequado de cálcio é tão im portante para m anter a massa óssea máxima, como para alcançá-la

,,

O cálcio ionizado extracelular é a fração metabólica ativa e tem importância critica para numerosos processes vitais celulares, enzim áticos e relacionados a transmissão neuromuscular, a contração mus<mlar ou coagulação sangüínea. O sistem a endócrino paratormônio- vitamina D - calcitonina assegura a regulação da concentração sérica do cálcio ionizado, dentro de estreitos lim ites fisiológicos.

e) Sedentarism o: Todos os tecid o s do corpo tendem a atrofiar

com o passar do tem po e o osso não foge a esta regra. Com a

inatividade ou repouso excessivo em p a cien tes acam ados, bá uma

reabsorção óssea aum entada o que pode p ro d u zir uma perda m ensal de

0,5% das reservas corporais de cálcio. A atividade física p o rta n to tem

um p a p el sig n ifica n te p o is e x iste uma correlação en tre p eso m uscular e

(15)

a m assa óssea, já que n o s anos de crescim ento auxilia o p ico ósseo de m ineralização. É provável então que a vida sedentária reduza as forças m ecânicas exercidas sobre o esqueleto e aum ente a tendência de perda óssea (VALENTI& ROZMAN, 1979; ROBBINS, 1983; SALTER, 1985J.

f) Fatores genéticos: Segundo MATSUDO (1991) o p ico de m assa óssea que um indivíduo pode atin g ir e as taxas de perda da m esm a, provavelm ente são determ inados gen etica m en te. E stes fa to res podem

ser observados nas raças, onde pessoas da raça negra apresentam m ais m assa óssea que as de raça branca, apresentando-se a osteoporose com m enor freqüência, em m ulheres de raça negra. O utros fa to res ligados a heranças g en ética s seriam os fam iliares, ou seja, herança de m assa corporal, na qual a probabilidade de se adquirir a doença estaria relacionada com uma m ulher cuja m ãe já apresenta a m esm a; e o fa to r ligado ao sexo, onde as m ulheres apresentam uma m aior perda de m assa óssea, p rincipalm ente durante a m enopausa, com o fo i explicado anteriorm ente (LLORET e t alü, 1995).

g) Fatores am bientais: D entre e ste s fa to res cabe cita r dois deles

que denotam significativa im portância com o fa to res de risco m ais

freqüentes: o álcool, que segundo MATSUDO (1991) e LLORET e t a lii

(1995) no caso de alcoólatras crônicos de ambos os sexos, pode haver

uma redução de m assa óssea axial e apendicular quando com parados a

(16)

pessoas nâo alcoólatras; e o fum o, que segundo Jen sen (1985) apud MATSUDO (1991) em m ulheres fu m a n tes e x iste uma produção dim inuída de estrogênio acarretando em uma perda de m assa óssea, havendo tam bém uma tendência a entrar na m enopausa em idade m ais precoce do que as não fu m a n tes. No caso dos hom ens, o fum o provocaria tam bém esta dim inuição de m assa óssea de m aneira sim ilar, que refere-se a n íveis baixos de testosterona, indicando assim alta incidência de p a cien tes osteoporóticos fu m a n tes (MATSUDO, 1991 e LLORET e t alii, 1995).

2.2. TIPOS:

Segundo VALENTI & ROZMAN (1979); ROBBINS (1983);

WYNGAARDEN & LLOYD (1990); MATSUDO(1991) e LLORET e t a lii (1995) a osteoporose pode classificar- se da seg u in te m aneira:

a) O steoporose Prim ária: é a form a m ais com um da doença e ê diagnosticada após a exclusão de todas as causas p o ssíveis inicia-se na

m eia idade e torna-se m ais com um com o avançar dela, podendo

ocorrer, embora raram ente, em m eninos e m eninas pré-púberes,

seguindo um quadro clínico agudo de dois a quatro anos de duração,

ocorrendo a seguir uma rem issão espontânea, seguida da retom ada do

crescim ento ósseo. E sta form a prim ária, tam bém denom inada

osteoporose in volutiva, pode dividir-se em três tip o s baseando-se nas

diferenças de apresentação clínica:

(17)

O steoporose do Tipo I ou Pós- M enopáusica

Segundo VALENTI & ROZMAN (1979); HARRISON (1988);

WYNGAARDEN & LLOYD (1990); MATSUDO (1990); MEIRELLES, (1994);

LLORET e t a lii (1995) relatam , e ste tip o é encontrado em m ulheres en tre 51 e 65 anos e em p a cien tes cujo o ín d ice de perda óssea trabecular é duas vezes m aior que o norm al, m as a relação de perda cortical está apenas um pouco acim a do norm al. É uma form a de osteoporose de alta rem odelação óssea, em que a sín te se óssea está norm al, enquanto a atividade osteoclástica responsável pela reabsorção óssea está aum entada resultando em perda óssea. E ste tip o parece estar diretam ente relacionado com a m enopausa pela dim inuição na produção do horm ônio estrogênio produzindo assim uma sensibilidade ao horm ônio paratireoideano levando a uma secreção aum entada de calcitonm a que acarreta p o rta n to em redução na absorção de cálcio.

C onstata-se assim a v ita l im portância da m anutenção de n íveis adequados de estrogênio na m ulher pós-m enopáusica, p o is e ste horm ônio p ro d u z uma retenção significativa de cálcio dim inuindo a diferença en tre form ação e reabsorção tendendo a retardar a evolução da osteoporose e não sendo capaz de restabelecer a m assa esquelética, o seu p a p el p rin cip a l ê m ais o de p reven ir a doença em m ulheres m enopáusicas do que tratar a doença clínica já desenvolvida.

Como conseqüência d este processo evo lu tivo da doença há um

enfraquecim ento das vértebras que levam p rin cip a lm en te à fraturas p o r

(18)

estatura e deform idades na coluna (principalm ente cifose); podem ocorrer ainda fraturas de Colles, ou seja, fratura na porção ultradistal do rádio e cúbito; fratura de fêm u r (fêm ur proxim al) que se apresenta duas vezes m ais em m ulheres do que em hom ens. No caso específico da m ulher dentro de 2 0 anos após a m enopausa as fraturas progressivas p o r com pressão das vértebras e a dim inuição da cavidade torácica e abdom inal dim inuem a tolerância ao exercício fazendo com is to que após a realização de atividades com uns do dia-a-dia ocorram dores lom bares ou torácicas agudas (VALENTI & ROZMAN, 1979; HARR1SON, 1988; WYNGAARDEN & LLOYD, 1990; MATSUDO, 1990; MEIRELLES, 1994; LLORET e t alü, 1995).

O steoporose S en il ou do Tipo II

Para VALENTI & ROZMAN (1979); MARQUES NETO (1986);

WYNGAARDEN & LLOYD (1990); MATSUDO (1990) e MEIRELLES (1994)

e ste tip o ocorre ta n to em hom ens quanto em m ulheres com 70 anos ou

m ais e resulta da fa se len ta de perda óssea. O adegalçam ento trabecular

associado à fa se len ta de perda óssea é responsável pela deform ação

vertebral gradual e indolor. Isto sugere perdas proporcionais de osso

cortical e trabecular e uma velocidade de perda que é apenas um pouco

m ais alta do que a m édia para pessoas de m esm a idade. Ê uma form a de

(19)

osteoporose de baixa rem odelação óssea, em que a atividade osteoblástica responsável pela sín te se óssea está dim inuída e a reabsorção óssea está norm al. Sua causa parece ser explicada pela dim inuição do m etabólito a tivo da vitam ina D3, ou seja, uma redução dos rin s para produzir ca lcitrio l (vit. D) que acarretaria em uma bipocalcem ia p o r dim inuição da absorção in te stin a l de cálcio, provocaria aum ento da função do paratorm ônio com conseqüente biperparatireoidism o secundário, o que levaria a osteoporose.

E sta fa se de perda óssea vai m anifestar- se p rin cip a lm en te através

de fraturas de quadril sendo m ais freq ü en te em pessoas en tre os 65 e

80 anos; fraturas da p a rte proxim al do úm ero, tíbia, p elve e p a rtes

d ista is (m ãos e pés); fraturas de vértebras sendo m ais característica a

cifose dorsal, na qual a direção das costelas torna-se m ais oblíqua, o

bordo in ferio r das últim as fica m ais próxim o da p elve e pode chegar a

te r contato com as crista s ilíacas, produzindo com is to um aum ento do

diâm etro ântero-posterior do tórax, com m aior proem inência do

esterno, sendo que na m aioria dos casos esta deform idade vertebral é

gradual e habitualm ente indolor. Outra característica ba sta n te com um ê

a atrofia do tecido adiposo subcutâneo e da derm e, ou seja, apresentam

a p ele transparente p o is o colágeno que é a proteína m ais abundante no

corpo distribui-se em 50% nos ossos, em 25% na p ele e em 25% nos

tendões e ligam entos, sendo que a p a rtir da doença haverá então uma

dim inuição das fibras colágenas da derm e evidenciando a transparência

(20)

da p ele (VALENTI & ROZMAN, 1979; MARQUES RETO, 1986;

WYNGAARDEN & LLOYD, 1990; MATSUDO, 1990; MEIRELLES, 1994f.

O steoporose Idiopática

Ê uma form a de osteoporose prim ária incom um , m as que ocorre em adultos jo v e n s de am bos os sexos iniciando-se em geral en tre os 8 e 14 anos de idade. A etiologia ê sem dúvida heterogênea, onde existem p a cien tes que apresentam carências de cálcio e outros com atividade

osteoblástica dim inuída, e sendo sua evolução b a sta n te variável com episódios de fraturas característicos, não ocorre a deteriorização progressiva em todos os p a cien tes . P ortanto, o quadro clínico da doença passa a ser sem elhante ao da form a sen il, caracterizando-se p elo aparecim ento sú b ito de dor óssea e fraturas, após traum as m ínim os, predom inado as m anifestações lom bares sobre as dorsais, sendo que em m u ito s casos a doença apresenta recuperação espontânea en tre 4 ou 5 anos (VALENTI & ROZMAN, 1979; HARRISON, 1988; WYNGAARDEN &

LLOYD, 1990).

b) O steoporose Secundária: norm alm ente aparece com o resposta a

fatores id en tificá veis, com o nas doenças endócrinas, renais e na dieta

que geralm ente está associada a um a disfunção do m etabolism o do

cálcio, conform e serão citados a seguir:

(21)

O steoporoses Hipogonodais

É uma deficiência ta n to prim ária quanto secundária de gonadotrofina e anorm alidades crom ossôm icas in trín seca s contribuem para a perda óssea. A s m ulheres castradas cirurgicam ente em idade precoce e os eunucóides com m ais de 2 0 anos tam bém apresentam uma osteoporose que dependeria da m enor produção de androgênio, fre n te â elaboração norm al de glicocorticóides, horm ônios catabólicos fisiológicos da reabsorção óssea. Nos hom ens idosos há um declínio da função gonádica que associa-se a fraturas vertebrais (VALENTI

Sb

ROZMAN, 1979; HARRISON, 1988; WILSON

Sb

FOSTER, 1988).

O steoporose H ipertireóidea

Em aproxim adam ente 10% dos casos de p a cien tes com

hipertireoidism o e x iste uma excessiva reabsorção óssea associada a

uma excreção aum entada de cálcio e fósforo na urina e fe ze s, esta

reabsorção excessiva é em geral acom panhada p o r um aum en to

com pensatório da form ação óssea. O hiperm etabolism o com

hipercalciúria, e o aum ento das perdas de cálcio endógeno através das

fe ze s favorecem a atrofia óssea, podendo ocasionar fraturas

espontâneas. Em p a cien tes com hipertireoidism o crônico,

especialm ente m ulheres pós-m enopáusicas a perda óssea acelerada

torna-se significativa e o tratam ento é a correção do estado

hipertireóideo já que o m esm o co n trib u i para evolução e

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desenvolvim ento da osteoporose (VALENTI & ROZMAN, 1979;

HARRISON, 1988; WILSON & FOSTER, 1988).

O steoporoses H ipercorticas ou E steróideas (Excesso de gU cocorticóides) Os gU cocorticóides em excesso podem associar-se a ín d ices baixos de form ação óssea e elevados ín d ices de reabsorção óssea, prom ovendo a m á absorção de cálcio no in te stin o através de uma ação direta dos gU cocorticóides. E xistem p o rta n to duas categorias: uma natural, que aparece em 40% dos casos de síndrom e de Cusbing, p o r biperplasia ou tum or (hipofisário-supra-renal); e a outra iatrogênica que é causada péla adm inistração excessivam ente prolongada de gU cocorticóides. A incidência d este tip o de osteoporose é sobretudo em m ulheres de 30 a 50 anos, especialm ente nas portadoras de a rtrite reum atóide, asma ou derm atose, que requerem o uso de corticosteróides. Os ossos m ais afetados são as vértebras, em especial as dorsais, a p elve e as costelas (DILLON, 1983; VALENTI & ROZMAN, 1979; WILSON & FOSTER, 1988;

HARRISON, 1988).

O steoporose H iperparatireóidea

C onstata- se n e ste tip o de doença uma excessiva reabsorção óssea

com hipercalciúria. Embora o hiperparatireoidism o possa contribuir

para sua form ação e acelerar a osteoporose, não fo i esclarecido ainda se

a secreção excessiva de horm ônio paratireoidiano seja a única causa da

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doença, p o rta n to é necessário que determ inações de n íveis séricos de cálcio e fósforo sejam rep etid a s para a determ inação da doença já que a m esm a aparece co n com itantem ente com os cisto s ósseos próprios da o ste íte fibrosa (VALENT1 & ROZMAN, 1979; HARISSON, 1988).

Ingestão D im inuída de Cálcio ou Má Absorção

O d é fic it de cálcio p ro d u z perda de substância óssea m as não deve ser considerado com o causa p rin cip a l da osteoporose, p o rta n to um suprim ento adequado de cálcio é m u ito im p o rta n te para m a n ter a m assa óssea. E xistem indivíduos que apresentam um distúrbio específico na absorção in te stin a l de cálcio, com isso é necessário aum entar a ingestão de cálcio na dieta para assegurar o equilíbrio no organism o (HARRISON, 1988; MEIRELLES, 1994).

O steoporose Associada a Processos Inflam atórios

São atrofias ósseas que associam -se a processos inflam atórios

com o p o r exem plo a a rtrite reum atóide, que acarreta em in ten sa

desm ineralização dos ossos do carpo, tarso, falanges, m etacarpianos e

m etatarsianos e costum am localizar-se nas articulações que apresentam

sinais de inflam ação (VALENTI & ROZMAN, 1979f.

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redução de m assa óssea e não se revelou a presença de um m etabolism o

anorm al de cálcio ou de doença óssea especificam ente a trib u ível ao

diabetes (WILSON Ss FOSTER, 1988; HARRISON, 1988).

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3. PREVENÇÃO

Segundo VALENTI & ROZMAN (1979); WYNGAARDEN & LLOYD (1990); MATSUDO (1991) e COOPER (1991) para se a tingir o p ico de m assa óssea n o s prim eiros 2 5 a 40 anos de vida dois fa to res são essenciais: a ingestão adequada de cálcio e o exercício. P ortanto para p revenir a perda óssea e m a n ter a m aior densidade da estrutura

esquelética após os 40 anos esses dois fa to res continuam a ser essenciais, podendo assim red u zir o risco da osteoporose.

Para se obter bons resultados na prevenção da doença seria de v ita l im portância um programa de orientação à população, já que trata- se de uma enferm idade b a stante freq ü en te, e que resulta de uma perda progressiva de m assa óssea, ta n to em densidade com o em qualidade (MARQUES NETO, 1986). Sabendo-se que esta perda é m enor em indivíduos que durante a in fância e adolescência form aram , através d estes dois fa to res considerados essenciais, m ais m assa óssea, verifica- se então a im portância, n esta fa se de desenvolvim ento de uma dieta rica em cálcio e program as de exercícios adequados para cada indivíduo conform e seu bio tip o (MATSUDO, 1991; MEIRELLES, 1994; REVISTA PAULISTA DE MEDICINA, 1995).

Segundo MEIRELLES (1994) e a REVISTA PAULISTA DE MEDICINA

(1995) a im portância da dieta de cálcio ju n ta m e n te com o fósforo na

prevenção é explicada p elo fa to dos dois com ponentes serem os

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principais c o n stitu in te s da m a triz óssea m ineralizada, form ando cristais de hidroxiapatita, e que são fa to res fundam entais para a m anutenção de um tecido ósseo re siste n te e saudável. A través do processo contínuo de rem odelação óssea, e ste s ío n s (cálcio e fósforo) sofrem um processo de solubilização durante a reabsorção, sendo transferidos para a circulação, retornando ao estado sólido através da m ineralização de tecido osteóide (colágeno) recém -form ado. A m anutenção e controle dos n íveis plasm áticos de cálcio norm ais (que variam de 8 ,5 a 10,5 m g /d l) é realizada p rin cip a lm en te p elo s horm ônios calciotrópicos, ou seja, o paratorm ônio, a vitam ina D e a calcitonina.

Cabe p o rta n to ao organism o a m anutenção dos n ív e is de cálcio dentro dos lim ite s de qualidade do tecido ósseo, retirando cálcio do osso sem pre que as concentrações plasm áticas o exigirem , já que perdas diárias de cálcio através das fe ze s e urina (cerca de 300 m g) existem ind ep en d en tem en te da quantidade que seja ingerida do m esm o. A s necessidades diárias m ínim as são aquelas que propiciam um balanço de cálcio zero no organism o, sendo que esta s necessidades m udam de acordo com as variações do m etabolism o ósseo em d iferen tes m om entos da vida, podendo ser estabelecidos pura crianças de 1 a 10 anos, bem com o para adultos em condições norm ais uma ingestão de 800 m g/dia.

D entro d este processo de im p ed ir o desenvolvim ento da

osteoporose, ou seja, de prevenção, deve-se estabelecer alguns hábitos

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saudáveis desde a infância que incluam não so m en te exercícios físico s e a ingestão de cálcio durante o desenvolvim ento do indivíduo, m as tam bém um esclarecim ento sobre os fa to res de risco da doença: com o a ingestão de álcool, cafeína, m edicam entos que possam in d u zir à doença e deficiências na absorção de cálcio p elo in te stin o , en tre outras. No adulto, a predisposição à doença relaciona-se ao bipoestrogenism o (d éficit de estrogênio) ligado à m enopausa, seja ela cirúrgica ou espontânea. N este caso, um especialista (ginecologista) passa a ser um elem ento de extrem a im portância para o em prego de program as de prevenção, que incluem uma terapia de reposição horm onal, a qual co n stitu i-se num dos processos m ais eficazes e acessíveis para o controle da doença. Caso p a cien tes do sexo fem in in o não possam subm eter-se a e ste tip o de tratam ento, um outro fa to r de prevenção que vem sendo estudado é a utilização das calcitoninas cujo efe ito se fa z sobre a m assa óssea m elhorando a densidade, dim inuindo os n íveis séricos de cálcio, fo sfa ta se alcalina e hidroxiapatita, aum entando o cálcio corpóreo to ta l e reduzindo o núm ero de fraturas e dores lom bares causadas pela osteoporose (MATSUDO, 1991 e 1993; MEIRELLES, 1994;

LLORET e t alii, 1995; REVISTA PAULISTA DE MEDICINA, 1995).

Já em p a cien tes da terceira idade de am bos os sexos a

predisposição à doença está relacionada a uma absorção in te stin a l

dim inuída, e uma dim inuição da capacidade fu n cio n a l dos receptores

para a v itamina D. D eve-se com pensar p o rta n to esta s perdas com

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suplem entações diárias de colecalciferol ou ca lcitrio l que atuarão com o estratégia de prevenção das perdas de m assa óssea e que deverão ser indicados e controlados p o r um especialista. O uso indiscrim inado e a falta de conhecim ento em relação à quantidade de cálcio suplem entar a

ser ingerida, prin cip a lm en te na terceira idade pode levar o p a cien te a problem as de cálculo renal (pedras n o s rins).

Segundo MATSUDO (1993); MEIRELLES (1994) e a REVISTA PAULISTA DE MEDICINA (1995) a influência da atividade física regular na prevenção da doença e na dinâm ica da estrutura óssea, dem onstram

um aum ento da resistên cia óssea em resposta à aplicação de cargas

m ecânicas, e em contrapartida há dim inuição da densidade óssea

m ineral quando de sua ausência. Isto significa que para produzir a

hipertrofia, o efeito do exercício sobre o osso é localizado, cada osso

apresenta seu lim ia r especifico para a quantidade de stre ss m ecânico

(exercício). Segundo e ste s m esm os autores, MATSUDO (1991 e 1993)

MEIRELLES (1994) e a REVISTA PAULISTA DE MEDICINA (1995) e ste

efeito ainda não está to talm e n te elucidado, p o is ainda pairam m u ita s

dúvidas a serem resolvidas sobre os m ecanism os p elo s quais o esqueleto

responde à atividade física e a quantidade m ínim a necessária para se

form ar m assa óssea. Cada osso porém , responde localm ente ao

exercício, enquanto o sistem a esquelético com o um todo responde aos

n íveis de cálcio. P ortanto, se ossos específicos são estressados e a dieta

de cálcio é inadequada, o cálcio pode ser m obilizado a p a rtir de ossos

(29)

com m enos stress, o que poderia levar à osteoporose. E caso o osso seja tensionado, cargas negativas form am -se n o segm ento com prim ido, estim ulando a form ação óssea. Para que ocorra esta form ação óssea um dos principais req u isito s é a força da gravidade, (mja resposta m ecânica é definida em term os de tensão

(stress)

e de deform ação

(strain),

onde o stress ou tensão é a m edida de força aplicada a uma certa área, e quando uma força é aplicada a um osso e seu com prim ento se m odifica é definida com o deform ação. Por e ste fa to é que o exercício apresenta- se m ais eficien te na prevenção da doença, p o is ê durante a infância e adolescência que o indivíduo vai form ar m assa óssea progressivam ente, atin g in dn um p ico de m assa óssea en tre os 2 5 e 3 5 anos. Para COOPER f1990f e MATSUDO (1993f as pessoas que durante esta s fa ses de desenvolvim ento tiverem conseguido arm azenar m aior quantidade de conteúdo m ineral ósseo, terão m ais tem po para perdê-lo.

A prática de atividades lúdicas e esportivas deve ser iniciada de

preferência na infância, acom panhados de dieta rica em cálcio,

exposição adequada ao so l e program as de exercícios que contenham

m ovim entos rep etid o s com atuação da gravidade, que priorizem carga

m ínim a necessária para in d u zir a form ação de m assa óssea, podendo

ajudar na construção e m anutenção, p ossibilitando a té um aum ento no

p ico da m assa e uma dim inuição na taxa de perda óssea, além de trazer

benefícios às condições circulatórias, m usculares e respiratórias

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(MATSUDO, 1991; MATSUDO, 1993; MEIRELLES, 1994; REVISTA PAULISTA DE MEDICINA, 1995).

Os program as de exercícios para a osteoporose, segundo COOPER (1990); MATSUDO (1991 e 1993) e a REVISTA PAULISTA DE MEDICINA (1995), devem estar inseridos em um planejam ento m aior de atividade íisica voltado para a m elhora da qualidade de vida, sendo que n e ste aspecto é im perativa um a avaliação m édica através de te ste s de esforço e consum o de oxigênio. A pós esta avaliação deve-se in icia r com exercícios adaptados prin cip a lm en te â idade, ao n ív e l de condicionam ento físic o e a condição esquelética do indivíduo. Para adultos e idosos recom enda-se, para um bom estado de saúde, desenvolver a capacidade cárdio-respiratória e o condicionam ento m uscular, ou seja, exercícios iso m êtrico s que envolvam contrações repetidas e len ta s dos m úsculos contra a resistên cia , sem envolver m ovim entos articulares, levando à hipertrofia da fibra e consequentem ente a seu fortalecim ento. D evem ser incluídos exercícios de fo rta lecim en to global para a m usculatura abdom inal e glútea, cujo os exercícios abdom inais não podem ser realizados com grande flexão da coluna, tendo em vista que as fraturas m ais freq ü en tes em osteoporose da coluna são as da porção anterior das vértebras, e a m aior sobrecarga desta região ocorre com a flexão do tronco.

Segundo os m esm os autores (COOPER, 1990; MATSUDO, 1991 e

1993; REVISTA PAULISTA DE MEDICINA, 1995), é im p o rta n te dar

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ênfase tam bém às atividades para a m elhora da propriocepçâo, m elhorando o padrão de m archa, equilíbrio, coordenação e postura do indivíduo para com isso red u zir os risco s de p o ssíveis fraturas, sendo benéfico então a cam inhada, a natação, dançar e esportes que suportem o p eso corporal com o o tên is, jogging, bicicleta e o esqui. E stes exercícios em p a cien tes osteoporóticos devem ser realizados gradualm ente, iniciando com baixa intensidade, aum entando o n ív e l 10- 15% sem analm ente, avaliando in d ivid u a lm en te o p a cien te, sendo adequados às lim itações, capacidade cardiovascular, dor e grau de osteoporose. E stas orientações e a prescrição dos exercícios deve ser fe ita s p elo m édico e o tra tam en to realizado em conjunto com o m édico, n u tricio n ista s e professores de educação física .

A in stitu içã o de estratégias eficazes para a prevenção e a

aplicação adequada de atividade física e ste s profissionais de saúde

devem te r em m e n te que a identificação dos cham ados fa to res de risco

ou agravantes para a osteoporose devem ser rigorosam ente observados,

lem brando sem pre que a presença de dois ou m ais fa to res de risco deve

im plicar em uma orientação m ais cautelosa do p a cien te, esclarecendo-

o, não apenas sobre os even tu a is riscos, m as sobre sua efetiva

participação, auxiliando-o p o rta n to o trabalho do m édico ju n to à

prevenção e ao tratam ento da osteoporose (COOPER, 1990 MATSUDO,

1991; MATSUDO, 1993; LLORET e t alii, 1995; REVISTA PAULISTA DE

MEDICINA, 1995).

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4. CONCLUSÃO

A p a rtir desta pesquisa fo i p o ssível obter esclarecim entos sobre o que é a osteoporose, que segundo McARDLE (1991) e GUYTON (1992) é definida com o ossos porosos e é decorrente de uma perda de m assa óssea. A causa p rin cip a l desta doença co n stitu i-se de um desequilíbrio en tre a reabsorção e form ação óssea e que resu lte em reabsorção excedendo a form ação. E ste desequilíbrio tra z p o rta n to com o conseqüência, um enfraquecim ento ósseo levando o indivíduo a p o ssíveis fraturas de vértebra, deform idades na coluna e redução na estatura, atingindo com m aior freqüência m ulheres na m enopausa e pessoas idosas (de ambos os sexos e acim a dos 60 anos). Verifica-se então a im portância da atividade física e a ingestão adequada de cálcio durante a infância e adolescência, para que durante esta s fa ses de desenvolvim ento se consiga arm azenar m aior quantidade de conteúdo m ineral ósseo e com isso te r m ais tem po para perdê-lo.

D entro d este processo se fa z necessária a orientação da

população sobre a gravidade da doença, ficando aberto p o rta n to a

profissionais de saúde e professores de educação física a realização de

fu tu ra s pesquisas m ais especificas para cada área, orientando e

esclarecendo as pessoas, sem pre que necessário, sobre as causas,

conseqüências, fa to res de risco, a m aneira de preveni-la e os exercícios

m ais indicados, já que esta doença vem atingindo um núm ero bastante

elevado de pessoas em nosso país.

(33)

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