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Comunicação e marketing sindical

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Academic year: 2018

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Texto

(1)

B H / U F C

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

DOS

5

I

Ê

-

RQPONMLKJIHGFEDCBA

C O M U N IC A Ç A O

E

MARKETING

S IN D IC A L

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

comunicação,Belloni (1994: para35), é o novo paradigma das sociedades in-dustriais contemporâneas, com poderes de penetrar e modificar todos os cam-pos sociais. Trata-se de um modelo informatizado e tecnificado, que trouxe mudanças antropológicas

neste mundo globalizado.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

N e s s e s e n t i d o , h á u m a

produção industrial da cul-tura para a formação de mercados de consumo de produtos mercantis e po-líticos. Verifica-se uma ten-tativa do ramo específico da comunicação, a publi-cidade, no sentido de cri-ar padrões culturais

universalizados, negando as especificidades culturais locais. A mesma autora afirma que a comunicação transmite uma imagem de mun-do e de Estamun-do em que não é preciso mais a mediação de partidos políticos ou de organi-zações de trabalhadores, como os sindicatos, instâncias que são, por natureza, negociado-ras políticas; a intermediação seria feita pelas redes de comunicação. A socialização, como processo de transmissão da cultura, seria subs-tituída pela comunicação técnica e midiatizada, controlando e disciplinando as pessoas.

A prática do sindicalismo brasileiro tei-ma em negar essa afirtei-mativa de Belloni e os sindicatos continuam exercendo o papel de mediador, transmitindo imagens de suas ra-zões e de suas lutas, produzindo discursos e

comunicando-se com os trabalhadores de diferentes formas, com os mais varia-dos recursos. Vamos anali-sar a comunicação entre sindicato, seus filiados e a população, exemplificando com o caso do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual ( M O V A

-S E ) , durante o período de

1988 a 1996, mostrando seu

m a r k e t i n g , q u e e x p r e s s a

seu modo de pensar, agir e suas convicções mais im-portantes. O M O V A - S E ,

apesar das dificuldades im-postas pela sociedade atu-al midiatizada, atualiza-se nas técnicas gráficas e no

m a r k e t i n g político, embora

se depare com escassez de recursos, o que torna sua comunicação publi-citária reduzida e em condições desiguais de competitividade com a mídia utilizada pelo seu opositor, o "Governo das Mudanças". 1

AOELITA CARLEJAL*

RESUMO

Este trabalho discute a mediação da

orga-nização sindical no processo de produção de

padrões culturais, pela comunicação e pela

publicidade. Estuda o sindicato dos servidores

estaduais, oVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAM O V A - S E , no período do

"Govemo das Mudanças', no Ceará, de 1988

a 1996. O texto analisa a comunicação e o

m a r k e t in g sindical através de recursos

audiovisuais, das manifestações e dos gestos

que expressam uma linguagem simbólica e

expressiva. É no m a r k e t in g sindical que os

sindicalistas expressam seus desejos e

sonhos, concretizando, através dalin g u a g e m

s im b ó lic a , s u a s s a t is f a ç õ e s , q u e n ã o s ã o

supridas com as ações formais da rotina

sindical. Essas formas de contrapor-se à

ordem política são maneiras de

insubordinação. O uso de praças e ruas cria

espaços de poder alternativos e periféricos.

• Doutora em sociologia pela UFC, Socióloga

da Fundação Instituto de Planejamento do

Ceará (lPLANCE), professora da Universidade

de Fortaleza (UNI FOR) e da Universidade

Estadual do Ceará (UECE).

MARKET1NG E S IN D IC A T O

A comunicação é composta de diferentes recursos e de variados modos de transmitir uma linguagem, entre os quais está o m a r k e t i n g po-lítico. Periscinoto C a p u d Abreu, 1996), ao

estu-dar o m a r k e t i n g da Igreja Católica, indicou parâmetros que podem ser utilizados para a identificação dos elementos constitutivos do marketing sindical. Segundo esse autor, o sino das igrejas é um veículo de comunicação que

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transmite uma mensagem; no Sindicato, cum-pririam essa função os megafones e os alto-fa-lantes dos carros de som. As torres das igrejas sãoVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAd is p la y , ressaltando a sua localização em relação aos outros objetos e imóveis das cida-des ou lugarejos; analogamente, a placa do sin-dicato na entrada de sua sede serviria para essa identificação visual. A cruz funciona como uma logomarca, marca ou logo tipo da Igreja

Católi-ca; no Sindicato, tal marca seria a siglaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAM O V A

-S E com palavras em forma de movimento (Vide

reprodução gráfica na Figura 1) criada por comunicólogo. Na Igreja, a confissão, ritual da narração dos pecados aos padres pelos fiéis, desempenha o papel de uma pesquisa de opi-nião pública, sincera e voluntária; no Sindicato, não se tem um recurso semelhante, mas as de-mandas dos filiados e as solicitações de assis-tência jurídica em resposta a situações de irregularidades trabalhistas vão possibilitar-lhe conhecer a opinião dos servidores sobre suas condições de trabalho. A fé é o produto a ser propagado e oferecido aos crédulos; o ideário de justiça social e trabalhista ocupa a centralidade da ação sindical. O Papa é o s h o w m a n ; no

Sindicato, os dirigentes sindicais preparam-se para cumprir a missão de representante máxi-mo, qualificados para se comunicarem bem.

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Fig.1 (Reprodução da marca M O V A - S E )

Periscinoto ( a p u d A b r e u , 1996) continua

com a identificação dos elementos do m a r k e t i n g

religioso promovido pela Igreja Católica, apon-tando a Via Sacra como um audiovisual, com seus quadros afixados nas paredes das igrejas, contando a história da morte de Jesus e as ora-ções que são rezadas em cada estação ou etapa da narrativa. Para o Sindicato, posso citar a pro-dução de cartazes para cada atividade específi-ca, com sua fixação nos locais de trabalho e a divulgação falada do evento nessas ocasiões. Enquanto os cânticos sagrados seriam a trilha sonora para os cerimoniais religiosos, no

Sindi-50 REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS V. 31 N. 1 2000

cato as palavras de ordem acompanham os atos políticos. O altar, a decoração da igreja e os paramentos dos padres são cenários ricos em cores, iluminação e mística; já as faixas das passeatas, os bonés, as camisetas impressas, as bandeiras, os b o t t o n s , os adesivos colados à

roupa fazem a ambientação sindical.

O m a r k e t i n g sindical é visualizado,

prin-cipalmente, em manifestações públicas e na comunicação escrita. No M O V A - S E , a comuni-cação mais comum é feita por meio de cartazes, jornais gerais de periodicidade incerta, jornais específicos de campanhas salariais, cartilhas eventuais, panfletos, "mosquitinhos"? ej o l d e r s .

Não são apenas as organizações de traba-lhadores urbanos que se comunicam com a po-pulação e com seus associados. No meio rural, segundo Bruno 0991:87), os trabalhadores utili-zam diferentes recursos para manifestarem-se, como o discurso explícito, a vaia, as palavras de ordem, as pichações de muro, o canto, etc.

As manifestações são espetáculos e por isso elas têm algo a ser narrado, a ser notado. São, também, conquistas das sociedades mo-dernas e democráticas, espaços legítimos de expressão de direitos, campo de enfrentamento simbólico, que pretendem conquistar o públi-co, construindo uma opinião favorável para suas reivindicações. As demonstrações de massa têm um caráter reivindicativo, de contestação e de afirmação. A complexidade do campo político produz as manifestações, os especialistas e os manifestantes, aqueles que têm voz e que têm capacidade de multiplicá-Ia. Nelas, a palavra e as cores são importantes, a palavra denuncia uma falta que é tornada pública, evidente. Há uma linguagem nas manifestações: paródia, metáfora. Há também um repertório comum. Com a entrada dos meios de comunicação de massa, as manifestações tomaram nova dimen-são; hoje, devem ser um fato televisivo. Toda uma estratégia é produzida para criar ou refor-çar uma imagem positiva para os que irão ver a manifestação pelos meios de comunicação.

Um exemplo desta espetacularização ocor-reu no dia dos servidores públicos, 28 de outu-bro de 1992, quando o M O V A - S E fez uma

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cidade de Fortaleza, de grande circulação de pessoas. O ponto alto foi um sorteio, para aque-le que se identificasse como servidor, de cestas básicas nos valores do salário-base de cerca de 50% dos funcionários públicos estaduais, (Cr$314.280,00); do salário mínimo vigente (Cr$522.186,94); e do salário mínimo estipula-do pelo Departamento Intersindical de

Estatísti-ca e Estudos SocioeconômicosZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA( D I E E S E )

(Cr$3.043.080,00), sendo parte em mantimen-tos, e parte em cheque, para ser destinada a gastos com educação, saúde, vestuário e habi-tação. Os dirigentes sindicais com microfones falavam ao público, explicando suas razões, e condenavam a política salarial adotada pelos Governos. O resultado foi a publicação de ma-téria em jornal local, com fotos das cestas sorteadas, onde se lia:

P r o t e s t o s c o n t r a a s a t i t u d e s d o s g o v e r n o s p a r a

c o m os e r v i ç o p ú b l i c o n a s v á r i a s á r e a s , a l é m d e

d e n ú n c i a s s o b r eos u c a t e a m e n t o d a s i n s t i t u i ç õ e s

e d e s v a l o r i z a ç ã o d o fu n c i o n a l i s m o , m a r c a r a m

a m a n i fe s t a ç ã o p r o m o v i d a o n t e m p e l o s t r a b a

-l h a d o r e s d o s e r v i ç o p ú b l i c o fe d e r a l , e s t a d u a l e

m u n i c i p a l , n a p a s s a g e m d o d i a d e d i c a d oVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAàc a

-t e g o r i a ( O POVO/Cidades,29/out/1992).

As manifestações, portanto, são espaços de formação ou reforço de identidade, constitu-indo ritos de iniciação política de categorias que não tinham visibilidade, tais como os sem-teto, os sem-terra e os servidores estaduais. As mani-festações têm rituais que se repetem, com cânticos, roupas, gritos, sons e cores. Todas elas comportam ritualização e espontaneidade. São ritos que escondem estratégias e disputas de consenso; seus autores preocupam-se, funda-mentalmente, com a questão da comunicação,

da imagem produzida (Champagne, 1990).RQPONMLKJIHGFEDCBA

A P IT O S , B O N E C O S E P A L H A Ç O S

Os recursos audiovisuais utilizados pelo movimento sindical nas manifestações de rua incluíam, entre outras coisas, apitos, bonecos, caras pintadas de manifestantes, panelaço,

ban-de iras tremulando, teatro de rua, enterros sim-bólicos de autoridades e júri popular em pra-ças. O ruído do apito atrai e chama a atenção da população; as "palavras de ordem" puxadas pelos líderes são como "canções" de protesto, atualizadas e críticas; e as "falações'' nos carros de som constituem formas mais diretas de co-municação, na tentativa de despertar o transe-unte para uma outra leitura dos fatos políticos, saída da boca de quem está defendendo uma posição política e uma causa.

As manifestações públicas dos trabalha-dores são marcadas pela criatividade. Essas novas formas de se manifestar expressam mudanças na cultura política da esquerda, criando moda nos anos 80 e 90, diferente das décadas anteri-ores, quando os movimentos operários e sindi-cais eram mais "sérios", com suas passeatas com faixas e palavras de ordem, porém sem os re-cursos da arte dramática espetacularizada.

O uso de bonecos, em particular, é uma prática utilizada recentemente pelo movimento

sindical.qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÉ um recurso cênico oriundo das ma-nifestações folclóricas populares - presente, por

exemplo, no carnaval de rua de Olinda e Recife - que caricaturam, satirizam e debocham, ex-pressando o comportamento gaiato e divertido do povo brasileiro. Efetivamente, as pessoas reagem aos bonecos, rindo ou espantando-se. Atinge-se, assim, o objetivo que é chamar a aten-ção da populaaten-ção para as razões dos trabalha-dores. Além do aspecto cênico, o boneco traz um conteúdo político crítico, o que é funda-mental para os militantes, ou seja, a conscien-tização da população, o convencimento, a persuasão, a formação de uma opinião pública favorável. A comunicação produzida pelas ma-nifestações públicas tem no apelo à questão da cidadania, o ponto de inflexão entre o comunicador e o receptor da mensagem.

Os bonecos das manifestações políticas geralmente expressam figuras, algumas das quais representam o poder que está oprimindo, explo-rando e prejudicando esses manifestantes, sua sobrevivência, sua alegria e sua tranqüilidade.

A presença de palhaços foi vista nos atos públicos realizados em 1991, em frente à As-sembléia Legislativa em março, e em frente à

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Secretaria de Administração em agosto onde foi feito umZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAs h o w para os militantes. Isto foi

uma forma de atrair os servidores, mantê-Ios na manifestação em uma situação amena e engraçada, tirando o peso das mobilizações de intenso protesto. Outras vezes, são os pró-prios líderes sindicais que se fantasiam para expressar seus sentimentos, com caras pinta-das como uma máscara simbólica..

C o m o s r o s t o s p i n t a d o s , r e s s a l t a n d o e n v e l h e

-c i m e n t o p r e -c o -c e , e -c o m ' c o r d a s n o p e s c o ç o : d e

-m o n s t r a n d o o a r r o c h o e a s i t u a ç ã o

d e s e s p e r a d o r a e m q u e s e e n c o n t r a m ,qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAoss e r v i

-d o r e s p ú b l i c o s c e a r e n s e s r e a l i z a r a m , d i a

1 5 3 . 9 1 , n a A s s e m b l é i aVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAL e g is la t iu a , a t o d e p r o -t e s -t o c o n -t r a ot r a t a m e n t o d a d o p e l o G o v e r n o

T a s s o j e r e i s s a t i à c a t e g o r i a (Jornal do M O V A

-S E , Ano 1, p.2, nº 9, abril/1991).

São contagiantes o vigor e a emoção com que alguns militantes expressam suas idéias e estabelecem elos emocionais com os passantes, pois há uma vibração na voz de quem fala, trans-mitindo indignação e a firmeza de quem acredita no que está fazendo e dizendo. Entre os militan-tes, há uma expectativa em relação aos outros que vão falar em público, sobre o que vão dizer e como vão dizer, pois estão representando subgrupos, tendências políticas e entidades. Eles se preocupam com os rumos que a manifestação pode tomar e sobre a sua qualidade. Espera-se que os oradores falem sobre conjuntura, local e nacional, defendam as causas dos trabalhadores, critiquem os governos e demonstrem

combatividade, em voz alta e forte.RQPONMLKJIHGFEDCBA

G E S T O S Q U E F A L A M

Alguns exemplos do modo de ser do sindicalismo no setor público, registram gestos sindicais que parecem ser secundários, mas que

guardam uma carga de simbolismo instigante.ONMLKJIHGFEDCBA

a ) D a r a s c o s t a s

Dia 25 de junho de 1996 aconteceu na Assembléia Legislativa uma Sessão Especial

so-52 REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS V. 3 1 N. 1 2000

bre a Reforma Administrativa do Estado, tendo como convidado o então Ministro da Adminis-tração e Reforma do Estado, Bresser Pereira. As galerias do Plenário da Assembléia foram ocu-padas pelos servidores estaduais, que afixaram suas faixas contendo reivindicações de reajuste salarial e de protesto contra a proposta gover-namental de reforma do Estado. Quando o Mi-nistro iniciou o seu discurso, os servidores públicos levantaram-se e deram as costas para o expositor, provocando o Ministro, que perdeu a tranqüilidade e chamou os manifestantes de "irresponsáveis". Em resposta, os trabalhadores vaiaram o representante ministerial. Bresser Pereira ainda insultou os participantes do ato político quando estes estavam saindo do recin-to legislativo, dizendo que só então o nível do debate iria melhorar. Outras vaias foram dadas; os insultos foram mútuos, ainda que tivessem assumido formas distintas.

b ) P r o c u r a r a s o m b r a

Em 10 de maio de 1996, o M O V A S E o r g a

-nizou uma mobilização dos servidores estadu-ais, em frente à Secretaria de Administração do Estado, com o objetivo de pressionar o Governo a negociar uma reposição salarial. O fato da polícia tirar os trabalhadores da área que eles escolheram para fazer a manifestação, ao lado do Mausoléu do ex-Presidente Castelo Branco que fica na entrada da Secretaria, colocou-os sob o sol, aquele sol do Ceará, que atrai turistas por seu eficiente calor. A sombra, então, passou a ser uma bandeira de luta, com os discursos conciliando a crítica à arbitrariedade do Gover-no e a exigência dos manifestantes em voltar para a área protegida do sol. "Queremos a som-bra!" diziam os oradores, naquela ocasião.

c ) A b r a ç a r p r é d i o s

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a biblioteca estava desatualizada e seu acervo, mal conservado; as salas de aula em péssimo estado e os professores sem reajustes salariais há 20 meses. Este Colégio estadual, fundado há 153 anos, ficou notável pela formação de ilus-tres cearenses, poetas e homens públicos, nas décadas passadas. Seu prédio, palco de outras manifestações políticas, representa um símbolo de um passado em que a educação pública era de boa qualidade. Sendo assim, a manifestação dos servidores públicos revestiu-se de um sig-nificado protetor, respeitoso e reconhecido a esse patrimônio ameaçado (Diário do Nordes-te/Cidade, p.I5, 3I/mai/1996). O abraço aos órgãos públicos, aos locais de trabalho, signifi-ca um ato de signifi-carinho, de afinidade, de identida-de e de defesa dos locais de trabalho, despertando no público um sentimento

agradá-vel, favorável e pacífico de solidariedade.RQPONMLKJIHGFEDCBA

P E Ç A S P U B L IC IT Á R IA S S IN D IC A IS

Vou, agora, deter-me em outro tipo de comunicação sindical, aquela visualizada nos

cartazes, jornais, discursos líricos, placas,VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

b o t t o n s e o u t d o o r s do M O V A - S E .

Espalhados em sua Sede, os cartazes ex-pressavam:

• "Eleições sindicais dias 20 e 2I/dez/ 94. Vote em defesa do trabalhador e do serviço público. M O V A - S E e C U T ';

• "Eleições,S in s e c e / M O W l. - S E , 23, 24 e 25/

jan/92. Consolide sua vontade. Participe"; • "Servidor m o v a - s e por seus diretos.

Reposição salarial já. Campanha estadual de luta";

• "3º Congresso dos servidores estaduais.

M O V A - S E pela vida. C lf f . Sindicato dos

Servidores Públicos Estaduais do Ceará. Fone: 221.3951. de 24 a 27 de outu-bro. Salão Caponga. Hotel Colonial";

• " M o v a - s e pela vida. Campanha

sala-rial- 92". "data-base, política salarial, salário-mínimo, tabelas salariais com interstícios de 5% entre os níveis,

de-terminação dos salários-base dos gru-pos ocupacionais. Lute por seu

salá-rio. M O V A - S E / C U T ';

• " M o v a - s e para conquistar 94,72%.qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÉ o

mínimo para aliviar o arrocho. Cam-panha Salarial Unificada. Agosto/9I. Sindicatos e Associações dos Servido-res Públicos Estaduais do Ceará"; • "Campanha Salarial 94. Servidor,

mos-tra a tua força. M O V A - S E . C lf f . " ;

• "Servidor Público. Um trabalhador a ser-viço da sociedade. Saúde. Transporte. Tecnologia. Educação. Agricultura. Es-tradas. Água. Menor. Luz. Habitação. Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Ceará. Semana do Servidor. Vamos à praça. M O V A - S E . CUT. Sexta-feira 26.10.90. Pça do Ferreira. 15às 19h".

Os cartazes, em geral, representavam os temas das atividades desenvolvidas pelo sindi-cato (eleições, campanhas, congressos, ato po-lítico) e eram instrumentos de divulgação e de chamamento aos trabalhadores para participar das ações sindicais e de eventos alusivos a da-tas comemorativas. Em essência, eram padroni-zados: neles constavam as palavras de ordem, as informações mais importantes, as entidades promotoras, cores e imagens para facilitar a iden-tificação com quem se queria comunicar. As palavras "luta", "participação", "organização", "direitos", "vida", "força" e "sociedade", usadas nos cartazes do M O V A - S E , mostravam a

lingua-gem carregada de simbolismo produzido pela cultura política do sindicalismo.

Os cartazes traziam imagens de "bolso vazio" (Ver Figura 2), "família de flagelados", "mãos unidas", "parafusos arrochando índice de reajuste salarial" (Ver Figura 3), "queda de bra-ço" e símbolos dos serviços públicos: escola, hospitais, habitação popular, água, energia, etc., constituindo, portanto, um conjunto de imagens que compunham um saber sindical. Expostas como estavam na Sede do Sindicato, em suas paredes, configuravam um museu de imagens passadas, que reportavam a uma ação e a um discurso. Suas cores predominantes eram ver-melho, preto e branco, sendo a cor preferida o

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vermelho, pois o branco era sempre o fundo e o preto, a tonalidade das letras. Como se sabe, o vermelho, cor quente que significa paixão, calor e força, é tradicionalmente as-sociada aos partidos políticos de esquerda.

Além desses traços gerais, noto uma evolu-ção na arte gráfica dos cartazes. Parece que ficou para trás a comunicação visual artesanal, de pou-cos recursos, sem diversidade de cores, geralmen-te em preto e branco ou no máximo uma cor a mais, como estão exemplificados os cartazes da Campanha Estadual de Lutas (989) e do II Con-gresso dos Servidores (Figuras 2 e 4). Suas mensa-gens eram claras, com apelo a imagens e símbolos diretos. A mudança se deu para uma produção mais completa, onde a forma foi va-lorizada tanto quanto a mensagem, as imagens passaram a ter mais força do que textos gran-des. Inclusive, a linguagem ficou diferente, sem os slogans tradicionais de incentivo à luta, de confronto com o patrão, mas com apelo às

ques-tões comportamentais e essenciais,' do tipo:VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

" M o v a - s e pela vida" e " M o v a - s e ao futuro", como

sugerem as imagens dos cartazes do 3Q

e 4Q

Congressos, apresentados nas Figuras 5 e

6,

se-qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

guinres.RQPONMLKJIHGFEDCBA

S E R V ID O R

,A i0 V A -5 E

POR

ONMLKJIHGFEDCBA

S E U S D I H I T G S

54 REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS V. 31 N. 1 2000

NOVA-SI

P A R A C O N O U IS T A R

Fig. 3 - Adesivo da Campanha Salarial Unificada de Agosto de 1991

D lB I R V I D D R E S

I S l l D U I S

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~ r . ~ .

-

.•. ".... -...

(7)

F i g .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA5 - Folder de 1993

Fig. 2 - Cartaz da Campanha Salarial de 1989

As mensagens que oZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAM O V A - S E divulgava

eram, também, de poesia e de lirismo. Encontro esse tipo de linguagem em reproduções afixa-das nas paredes do Sindicato, em slogans de campanhas, em panfletos e outras peças publi-citárias, como por exemplo:

"Minha vida, nossas vidas Formam um só diamante Aprendi novas palavras e tornei outras mais belas"

(Carlos Drumond de Andrade. Campanha de sindicalização, ago/setloutl1990. Reprodução em ca-misas).

"Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida,

e que de mãos dadas,

trabalharemos todos pela vida verdadeira. (...) Fica decretado que todos os dias da semana ... têm direito a converter-se

em manhã de domingo. (...)

Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, ...

F i g . 6 - Folder de 1996

Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais duvidar do homem. (...) Parágrafo Único: só uma coisa fica

proibida: amar sem amor.

Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre

não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

Artigo final: Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários

e do pântano enganoso das bocas.

A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente

como um fogo ou um rio,

e a sua morada será sempre o coração do homem." (Thiago de Mello. Ose s t a t u t o s d o H o m e m . Reprodu-ção afixada na Sede do Sindicato)

o

fato de a direção do M O V A - S E ter ex-posto esse discurso lírico para os freqüentadores de sua Sede e divulgado cânticos de amor em suas outras peças publicitárias transmite conhe-cimento e um modo de ver o mundo por meio

da sensibilidade, mostrando uma outra "cara"qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(8)

do Sindicato, que se contrapõe ao racionalismo e à seriedade da propaganda convencional da esquerda.

O Sindicato transforma-se emZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo u t d o o r ,

quando se observa os cartazes que cobrem suas paredes, partes de seu corpo estático e físico. Os carros do Sindicato, igualmente, são veícu-los de comunicação com a população, apare-cendo como corpos móveis que comunicam e interagem com a população.

A moda, as marcas, as etiquetas e as gri-fes produzem corpos publicitários, nesse pro-cesso da modemidade que transforma corpos

em o u t d o o r s ambulantes. No M O V A - S E , ainda

que de forma diferente, esse fenômeno tam-bém ocorre. Os corpos sindicais são sua sede física, quando expõe cartazes, placas e faixas; e os seus dirigentes e militantes, quando usam

b o t t o n s , adesivos, bonés e camisetas com

s l o g a n s e dizeres políticos. Os sindicalistas são

como o u t d o o r s vivos ao usarem essas peças

pu-blicitárias afixadas em suas roupas. O Sindicato, assim, reflete a tendência contemporânea que transforma os corpos em peças publicitárias.

Diógenes (998), em sua tese de dou-torado intitulada "Cartografia da Violência: ga-leras, gangues e movimento b i p b o p " , fala em corpos o u t d o o r s quando analisa as "inscrições

sobre corpos", referindo-se às tatuagens usa-das pelos membros de gangues em Fortaleza. A autora diz que são formas de aparecer, tor-nar visível, falar com o corpo, revelar uma presença em uma linguagem visual, com uma característica especial que é a de provocar choque nos outros. Analisa essa forma parti-cular de comunicação visual, na qual o corpo serve de texto que narra a história individual de determinado grupo. O recurso da tatua-gem no corpo estaria sintonizado com a cul-tura urbana onde as marcas são apresentadas com visibilidade, luminosidade, em forma de

s h o w e de espetáculo. Seria, também, uma

maneira de diferenciar-se.

No caso do Sindicato, essas "inscrições" nos corpos sindicais de seus líderes, de suas paredes e de seus carros, desempenham, em parte, semelhantes funções. Trata-se de uma marca e de um registro identificatórios entre os

56

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAREVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS V. 31 N. 1 2000

membros dessa organização, que mostram uma linguagem visual diferenciada, comunicando uma situação de integração. Ao mesmo tempo, é uma forma de evidenciar um grupo que se sente excluído e marginalizado na SOCiedade; servem, portanto, de denúncia e de crítica. Além disso, é uma maneira de contar e manter a memória acesa sobre a sua história.

A produção de jornais e de panfletos do

M O V A - S E é outra forma de comunicação

bási-ca, porque é sistemática e por meio dela, dá-se a ligação entre Sindicato e dá-seus membros. Por esse elo, o Sindicato passou a ser conhe-cido. Esse tipo de comunicação, particular-mente pelos jornais, passou por uma verdadeira revolução. Os primeiros jornais eram pequenos, com desenhos do artista Laerte (L.), que quase todos os pequenos sindicatos utilizaram na década de 80, pela facilidade desse uso e pelo baixo custo, pois esse artista cedeu os direitos autorais de seus desenhos sindicais para as organizações dos trabalhadores. Sua obra gráfica registrava as mais variadas situações da relação entre empregados e patrões, ressaltando a força da união e da construção solidária da luta dos trabalhadores. As imagens de Laerte, a seguir apresentadas, são de trabalhadores unidos, homens e mulheres participando, brancos e negros trocando idéias e militan-tes alegres e firmes contestando (Figuras 7 e 8). As imagens dos patrões, ao contrário, eram figuras que pareciam poderosas, gor-das e prepotentes, vestidas de paletó escu-ro, explorando e esmagando os trabalhadores (Figuras 9 e 10).

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-Fig. 8 - Jornal do Mova-se, Ano 1, nO 8, dez/1990

Fig. 9 - Jornal do Mova-se, Ano 1, nO 5, ago/setl1990

Fig. 10 - Jornal do Mova-se, Ano 1, nO 4, junljul/1990

A introdução de novas técnicas e recur-sos acarretou a retirada das ilustrações de Laerte dos informativos sindicais e moderni-zou esses jornais, comparando-os a outras publicações existentes, dando-lhes um formato mais técnico e agradável ao olhar. Assim, a forma superou o conteúdo. Hoje são fotos, imagens informatizadas, recursos visuais universalizados que perderam aquela forma e maneira de comunicação sindical tradicional e politizada, mas que tinha-se defasado em termos de evolução do mercado gráfico. A comunicação sindical moderna perdeu essa "cara" politizadora, mas adquiriu uma forma mais comunicativa.

Vou comparar, agora, três jornais doZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

M O V A - S E p a r a mostrar esses aspectos que

indi-cam evolução gráfica ou temática em sua forma e conteúdo. O primeiro, "[ornal do M o v a - s e , Ano

1, nº9, abriI/91", traz na folha de rosto as man-chetes "Contribuição Confederativa'' é decisão dos trabalhadores" e "Protestos dos servidores marcam saída de Tasso". Como ilustração des-sas manchetes, o desenho de Laerte mostra uma passeata de trabalhadores, com cartazes reivin-dicando reposição salarial, incluindo uma ban-da de música, crianças e trabalhadores: homens e mulheres (Figura 11).ONMLKJIHGFEDCBA

F i g . 11 - Jornal do Mova-se de 1991

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o

segundo jornal é o "Comunique-se.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

M O V A - S E . Ano 1, nº2, outubro de 1992", cuja

capa trazia o selo de "miado à CUT", dizendo aos trabalhadores que o Sindicato passava a ser cutista, adquirindo, portanto, uma marca diferen-te. Além disso, o nome do jomal mudou, de 'Jor-nal doM O l t 4 - S E ' para "Comunique-se M O l t 4 - S E ' .

Na capa vinha uma ilustração de Klevisson retra-tando o governador Ciro Gomes, olhando-se no espelho, e vendo-se o presidente Collor de Meio.

Essa c h a r g e política pretendia mostrar a

seme-lhança entre esses dois governos (Figura 12).qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

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Fig. 12 - Jornal do Mova-se de 1992

o

terceiro jornal, em discussão, é o "Jor-nal do M O V A - S E , sem número, datado de

outu-b r o / 9 3 " . Na primeira página dizia "Paralisação

vitoriosa" e "Política salarial. Eu quero uma pra viver". A ilustração de Valber, neste jornal, mostra um servidor deitado numa cama de hospital, cercado por políticos - Prefeito, Governador e lideranças de partidos governistas - e o go-vernador Ciro Gomes, armado de um facão, dizendo: "Esse é comigo"! As matérias eram tradicionais, de exaltação à luta política e de reivindicação salarial (Figura 13).

Fig. 13 - Jornal do Mova-se de 1993

Os jornais em discussão têm ilustrações políticas, porém, com uma diferença: em 1991 o apelo era para a participação do trabalha-dor e nos anos 1992 e 1993 a tônica era a crítica governamental. A utilização de dese-nhos, no lugar de fotos, chama a atenção do leitor, pois é atraente, instigante e humorísti-ca. Os jornais mais antigos, de 1991 e 1992, são em preto e branco e o mais recente, de 1993, traz uma cor a mais, o vermelho, procu-rando melhorar a comunicação gráfica daquele periódico. As manchetes destacaram ações políticas dos servidores, defenderam medidas sindicais e reivindicaram melhorias para os trabalhadores.

Estudando as peças publicitárias do

M O V A - S E observo mudanças em seu padrão,

onde os elementos de comunicação - ima-gem e discurso - apelam também para o sen-timento, a emoção e a beleza estética. A utilização dos recursos da mídia de

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B H / U F C

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

do valoriza e amplia os instrumentos de co-municação daquele Sindicato e eleva a sua qualidade. Aliado a isso, outras formas de comunicação, como os' gestos simbólicos (abraçar prédios, por exemplo) e as mani-festações espetacularizadas representam o

lado inovador das práticas sindicais.RQPONMLKJIHGFEDCBA

N O T A S

"Governo das Mudanças" era como se autodeno-minava o grupo político que administrou o Ceará, no período de 1987 a 1996, período de referên-cia para a elaboração deste artigo.

"Mosquitinhos" são pequenas peças publicitárias, tipo minipanfleto, que servem para convocações e comunicados ligeiros.

O conteúdo dessa matéria mostra uma conduta passada, pois a partir de 1994 já não se cobrava mais a taxa confederativa aos servidores.

B IB U O G R A F IA

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Imagem

Fig. 3 - Adesivo da Campanha Salarial Unificada de Agosto de 1991
Fig. 2 - Cartaz da Campanha Salarial de 1989
Fig. 7 - Jornal do Mova-se, Ano 1, nO4, junljul/1990
Fig. 8 - Jornal do Mova-se, Ano 1, nO 8, dez/1990
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Referências

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