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Superior Tribunal de Justiça

EDcl no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 24.798 - SP (2011/0090442-6)

RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA

EMBARGANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : LUCIANA AUGUSTA SANCHEZ E OUTRO(S) EMBARGADO : M J B L (MENOR)

REPR. POR : C LB L

ADVOGADO : RAUL ALEJANDRO PERIS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA. VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

1. Admite-se o recebimento de embargos de declaração opostos à decisão monocrática do relator como agravo regimental em atenção aos princípios da economia processual e da fungibilidade recursal.

2. A pretensão deduzida na demanda enquadra-se na hipótese contida no art. 148, IV, c/c art. 209 do ECA, sendo da competência absoluta do Juízo da Vara da Infância e da Juventude a apreciação das controvérsias fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos vinculados à criança e ao adolescente. Precedentes.

3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. Agravo regimental não provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, receber os embargos de declaração como agravo regimental e negar-lhe provimento nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Humberto Martins, Herman Benjamin (Presidente), Mauro Campbell Marques e Cesar Asfor Rocha votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília, 07 de fevereiro de 2012(data do julgamento).

Ministro Castro Meira

Relator

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Superior Tribunal de Justiça

EDcl no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 24.798 - SP (2011/0090442-6)

RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA

EMBARGANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : LUCIANA AUGUSTA SANCHEZ E OUTRO(S) EMBARGADO : M J B L (MENOR)

REPR. POR : C LB L

ADVOGADO : RAUL ALEJANDRO PERIS

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Os embargos de declaração foram opostos em face de decisão monocrática assim ementada:

PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA. VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

1. A pretensão deduzida na demanda enquadra-se na hipótese contida no art. 148, IV c/c art. 209, do ECA, sendo da competência absoluta do Juízo da Vara da Infância e da Juventude a apreciação das controvérsias fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos vinculados à criança e ao adolescente. Precedentes.

2. Agravo em recurso especial não provido.

A embargante sustenta, em síntese, que o caso dos autos somente se enquadraria na competência da Vara da Infância e da Juventude se se tratasse de ação ajuizada pelo Ministério Público, sob pena de encaminhamento de todas as demandas que envolvem crianças e adolescentes para esse juízo especializado.

É o relatório.

Documento: 1117939 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2012 Página 2 de 6

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Superior Tribunal de Justiça

EDcl no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 24.798 - SP (2011/0090442-6)

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA. VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

1. Admite-se o recebimento de embargos de declaração opostos à decisão monocrática do relator como agravo regimental em atenção aos princípios da economia processual e da fungibilidade recursal.

2. A pretensão deduzida na demanda enquadra-se na hipótese contida no art. 148, IV, c/c art. 209 do ECA, sendo da competência absoluta do Juízo da Vara da Infância e da Juventude a apreciação das controvérsias fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos vinculados à criança e ao adolescente. Precedentes.

3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. Agravo regimental não provido.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Inicialmente, em apego aos princípios da economia processual e da fungibilidade recursal, recebo os embargos de declaração como agravo regimental.

A decisão deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos, pois não foram trazidos argumentos novos aptos a alterar o seu resultado.

A recorrente sustenta, em síntese, que o caso dos autos somente se enquadraria na competência da Vara da Infância e da Juventude se se tratasse de ação ajuizada pelo Ministério Público, sob pena de encaminhamento de todas as demandas que envolvem crianças e adolescentes para esse juízo especializado.

Contudo, conforme destacado na decisão recorrida, o Tribunal de origem delimitou o quadro fático da demanda: pleito de fornecimento de medicamento a menor absolutamente incapaz que sofre de "Síndrome de Turner", a qual deixou de ser assistida pelo Estado, quando da insuficiência econômico-financeira dos pais, nesses termos:

No presente caso, trata-se de ação ordinária em que uma menor representada por sua genitora, pleiteia o medicamento denominado Genotropin (Somatropina) para tratamento de "Síndrome de Turner", cujo fornecimento não lhe foi disponibilizado na rede pública de saúde.

[...]

Considerando que há interesse de menor absolutamente incapaz a figurar no pólo ativo da demanda, deveria ter ocorrido a devida intimação do Ministério Público para acompanhamento da demanda.

[...]

Por outro lado observa-se que a competência para o julgamento da presente ação é da Vara Especializada da Infância e da Juventude, por envolver direito de menor, que deixou de ser assistido pelo Estado diante da insuficiência financeira e econômica de seus pais.

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Superior Tribunal de Justiça

da Juventude (e-STJ fls. 210 - 213).

A partir disso, conclui-se que estão presentes os requisitos para o exercício da competência especializada da Vara da Infância e da Juventude, por se tratar de questão afeta a direito individual indisponível do infante, nos termos dos arts. 148, inciso IV, e 209, do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:

[...]

IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;

Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais superiores.

Os seguintes precedentes do presente Tribunal corroboram tal inteligência:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA.

MENOR PÚBERE. MATRÍCULA EM CURSO SUPLETIVO. ART. 148, IV, C/C ART.

209 DO ECA. COMPETÊNCIA ABSOLUTA DA VARA DA INFÂNCIA E DO ADOLESCENTE.

1. Discute-se no apelo a competência para apreciar mandado de segurança impetrado contra dirigente de instituição de ensino, com o objetivo de se assegurar ao menor de 18 anos matrícula no exame supletivo e, em sendo aprovado, a expedição do certificado de conclusão do ensino médio.

2. A pretensão deduzida na demanda enquadra-se na hipótese contida no art. 148, IV c/c art. 209, do ECA, sendo da competência absoluta do Juízo da Vara da Infância e da Juventude a apreciação das controvérsias fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos vinculados à criança e ao adolescente. Precedentes.

3. Recurso especial provido (REsp 1217380/SE, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 25.05.2011);

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.

COMPETÊNCIA. JUÍZO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SISTEMA DA PROTEÇÃO INTEGRAL. CRIANÇA E ADOLESCENTE.

SUJEITOS DE DIREITOS. PRINCÍPIOS DA ABSOLUTA PRIORIDADE E DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. INTERESSE DISPONÍVEL VINCULADO AO DIREITO FUNDAMENTAL À EDUCAÇÃO. EXPRESSÃO PARA A COLETIVIDADE.

COMPETÊNCIA ABSOLUTA DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

RECURSO PROVIDO.

1. A Constituição Federal alterou o anterior Sistema de Situação de Risco então vigente, reconhecendo a criança e o adolescente como sujeitos de direitos, protegidos atualmente pelo Sistema de Proteção Integral.

2. O corpo normativo que integra o sistema então vigente é norteado, dentre eles, pelos Princípio da Absoluta Prioridade (art. 227, caput, da CF) e do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente.

3. Não há olvidar que, na interpretação do Estatuto e da Criança 'levar-se-ão em

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Superior Tribunal de Justiça

conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento' (art. 6º).

4. Os arts. 148 e 209 do ECA não excepcionam a competência da Justiça da Infância e do Adolescente, ressalvadas aquelas estabelecidas constitucionalmente, quais sejam, da Justiça Federal e de competência originária.

5. Trata-se, in casu, indubitavelmente, de interesse de cunho individual, contudo, de expressão para a coletividade, pois vinculado ao direito fundamental à educação (art.

227, caput, da CF), que materializa, consequentemente, a dignidade da pessoa humana.

6. A disponibilidade (relativa) do interesse a que se visa tutelar por meio do mandado de segurança não tem o condão de, por si só, afastar a competência da Vara da Infância e da Juventude, destinada a assegurar a integral proteção a especiais sujeitos de direito, sendo, portanto, de natureza absoluta para processar e julgar feitos versando acerca de direitos e interesses concernentes às crianças e aos adolescentes.

7. Recurso especial provido para reconhecer a competência da 16ª Vara Cível da Comarca de Aracaju (Vara da Infância e da Juventude) para processar e julgar o feito (REsp 1199587/SE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 12.11.2010).

Ante o exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e nego-lhe provimento.

É como voto.

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA

EDcl no Número Registro: 2011/0090442-6 PROCESSO ELETRÔNICO AREsp 24.798 / SP

Números Origem: 53071340699 583532007130699 9470285100 994093793548

PAUTA: 02/02/2012 JULGADO: 07/02/2012

Relator

Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Subprocuradora-Geral da República

Exma. Sra. Dra. MARIA CAETANA CINTRA SANTOS Secretária

Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI

AUTUAÇÃO AGRAVANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : LUCIANA AUGUSTA SANCHEZ E OUTRO(S) AGRAVADO : M J B L (MENOR)

REPR. POR : C LB L

ADVOGADO : RAUL ALEJANDRO PERIS

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Serviços - Saúde - Tratamento Médico-Hospitalar e/ou Fornecimento de Medicamentos

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : LUCIANA AUGUSTA SANCHEZ E OUTRO(S) EMBARGADO : M J B L (MENOR)

REPR. POR : C LB L

ADVOGADO : RAUL ALEJANDRO PERIS CERTIDÃO

Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

"A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, sem destaque e em bloco."

Os Srs. Ministros Humberto Martins, Herman Benjamin (Presidente), Mauro Campbell Marques e Cesar Asfor Rocha votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1117939 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/02/2012 Página 6 de 6

Referências

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