“Igrejinha, cidade da solidariedade e do voluntariado”
Av. Pres. Castelo Branco, 228. Fone: 51-3549-8600. Fax: 51-3545-1958. Cx. Postal: 131. CEP: 95650-000. Igrejinha/RS MENSAGEM APRESENTATIVA N.º 022/2016.
Igrejinha, 08 de abril de 2016.
Sr. Presidente,
Srs. Líderes de Bancada, Srs. Vereadores:
Estamos encaminhando o Projeto de Lei n.º 022/2016, que “Altera dispositivos na Lei nº 3.389, de 16 de abril de 2003 que ‘Dispõe sobre a política municipal de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente.’”
As alterações aqui propostas foram sugeridas pelo COMUDICA, conforme Resolução nº 004, de 17/11/15, cuja cópia anexamos, com a finalidade de adequar a legislação municipal à legislação federal.
Segundo informações da Secretária Executiva do COMUDICA, no dia 23 de março passado, a representante do Conselho se reuniu com a Comissão de Constituição e Justiça na Câmara de Vereadores, na qual estavam presentes os vereadores Neimar Luiz Parreira, Josué da Rosa Francischetti, Guto Jardel Scherer, Argeu de Leão e por curto período de tempo, os vereadores Rogério Miguel Pereira da Silva e Sarafago Pinto Neri, além do procurador jurídico Dr. Gilberto.
Foi realizada a leitura em conjunto com os senhores vereadores presentes, de todo texto a ser alterado, sendo apontadas alterações de cunho gramatical e jurídico nos artigos 21, 25, 28, 29 e 33. As mesmas foram sanadas e o texto alterado está em anexo. Os vereadores também fizeram perguntas em relação ao texto, que foram esclarecidas, não deixando dúvida sobre a importância da aprovação das alterações.
Salientamos que a nova redação dada ao art. 36 não consta na Resolução acima citada, uma vez que é uma reescrita da redação sugerida através da Lei nº 4.070, de 2009, que sofreu alterações equivocadas através da Lei nº 4722, de 2015.
Frente ao exposto, e considerando o sinal positivo CCJ, solicitamos aos Senhores que apreciem este projeto favoravelmente e em regime de urgência.
Atenciosamente,
Vitor José Flesch Joel Leandro Wilhelm Secretário de Administração - Substituto Prefeito
Excelentíssimo Senhor,
ROGÉRIO MIGUEL PEREIRA DA SILVA, DD. Presidente da Câmara de Vereadores.
NESTA.
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Av. Pres. Castelo Branco, 228. Fone: 51-3549-8600. Fax: 51-3545-1958. Cx. Postal: 131. CEP: 95650-000. Igrejinha/RS Altera dispositivos na Lei nº 3.389, de 16 de abril de 2003 que “Dispõe sobre a política municipal de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente”.
Art. 1.º Ficam alterados dispositivos na Lei nº 3.389, de 16 de abril de 2003 que “Dispõe sobre a política municipal de atendimento dos Direitos da Criança”, como segue:
I – Fica alterada a redação do Art. 8º, que passa a ser a seguinte:
“Art. 8º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente será composto de 12 (doze) membros titulares e igual número de suplentes, sendo 6 (seis) representantes do Poder Público assegurada a participação dos órgãos executores das políticas sociais básicas e 6 (seis) representantes da sociedade civil organizada que atue de forma direta ou indiretamente na promoção, proteção, defesa e controle social da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.
§ 1º Os 6 (seis) representantes do poder público e seus suplentes, serão indicados pelos respectivos órgãos e nomeados pelo prefeito.
§ 2º Os órgãos do poder público que deverão compor o Conselho Municipal são:
I – 01 (um) representante da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação;
II – 01 (um) representante da Secretaria de Saúde;
III – 01 (um) representante da Secretaria de Educação;
IV – 01 (um) representante da Secretaria de Finanças;
V – 01 (um) representante da Fundação Cultural;
VI – 01 (um) representante da Defensoria Pública do RS.
§ 3º As entidades da sociedade civil organizada, serão eleitas em assembleia específica, convocada especialmente para esta finalidade, por meio de edital.
§ 4º O regimento interno do COMUDICA disciplinará as normas e os procedimentos relativos à eleição das entidades da sociedade civil.
§ 5º Dentro da representação da sociedade civil, será garantido que pelo menos uma criança ou adolescente componha o Conselho.
§ 6º O mandato dos Conselheiros será de 2 (dois) anos, sendo permitida uma reeleição e vedada prorrogação de mandatos ou a recondução automática (Conforme Resolução 116/2006 CONANDA).
§ 7º A função de membro do Conselho e o exercício do respectivo cargo de conselheiro são considerados de relevante interesse público e não serão remunerados.
§ 8° A nomeação e a posse dos respectivos conselheiros compete ao Prefeito municipal, que a fará por meio de Decreto.”
II – Fica revogado o art. 10.
-- continua –
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“Art. 12 O Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da Criança e do Adolescente é composto por 05 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, escolhidos pela comunidade local com domicílio eleitoral no Município, para mandato de 04 (quatro) anos, permitida 01 (uma) única recondução, mediante novo processo de escolha.
§ 1º A remuneração dos conselheiros será equivalente ao vencimento do CC 03, correspondente à tabela de cargos e funções de confiança – CC/DCA, conforme disposto no Art. 16 da Lei 3.898, de 31 de Julho de 2007.
§ 2º Ao servidor público municipal, eleito para desempenhar a função de membro do Conselho Tutelar, fica vedado o exercício concomitante de ambas as funções, bem como a acumulação de remuneração.
§ 3º A um dos integrantes do Conselho Tutelar poderá ser conferida a remuneração equivalente ao vencimento do CC 04, correspondente à tabela de cargos e funções de confiança – CC/DCA, conforme disposto no Art. 16 da Lei nº 3.898, de 31 de julho de 2007, quando exercer as atribuições de coordenação do Conselho Tutelar.
§ 4º A remuneração fixada não gera relação de emprego entre o conselheiro e a municipalidade.”
IV – Fica alterada a redação do caput e do § 3º do art. 14, que passa a ser a seguinte:
“Art. 14 A eleição será organizada mediante Resolução do Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e deverá ser publicada, no mínimo, seis meses anteriores ao pleito.
...
§ 3º A Comissão Eleitoral cabe elaborar os editais, bem como as atas das reuniões que deverão ser apresentados em reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para apreciação e aprovação.”
V – A redação dos Incisos II, V e VII do Art. 16 passa a ser a seguinte:
“Art. 16 ...
...
II - Idade igual ou superior a 24 (vinte e quatro) anos e ensino médio completo;
...
V – Ter experiência comprovada diretamente no atendimento, ou na defesa de crianças e adolescentes nos últimos 10 anos anteriores ao pleito com comprovação de no mínimo 120 horas.
A comprovação deverá ser em documento oficial da instituição/órgão, ou firmado em cartório com assinaturas devidamente reconhecidas.
...
VII – Ser aprovado, em prova seletiva com no mínimo de 50% (cinquenta por cento) de acertos na redação e 50% (cinquenta por cento) de acertos em prova objetiva, em que se avaliarão conhecimentos gerais, referentes ao ensino médio, às políticas públicas de atenção à criança e ao adolescente e ao cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, a ser elaborada e aplicada por instituição de ensino superior ou outra instituição capacitada para tal;
-- continua –
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“Art. 17 Até o mês de maio do último ano de mandato dos Conselheiros, será publicado Edital fixando prazo mínimo de 30 dias para o registro das candidaturas, podendo ser prorrogado quantas vezes for necessário.
Parágrafo Único. O registro será efetuado mediante apresentação de requerimento ao Presidente da Comissão Especial Eleitoral, acompanhado de prova do preenchimento dos requisitos previstos no artigo anterior.
VII – Fica alterada a redação do Art. 19 que passa a ser a seguinte:
“Art. 19 Terminado o prazo para registro de candidaturas, o Presidente da Comissão Especial Eleitoral mandará publicar edital, informando o nome dos candidatos registrados e fixando prazo de 05 (cinco) dias, contados da publicação, para o recebimento de impugnação por qualquer eleitor.
Parágrafo Único: Oferecida impugnação, os autos serão encaminhados ao Ministério Público para manifestação, no prazo de 05 (cinco) dias, e após passará pela apreciação da Comissão Especial Eleitoral, em igual prazo.”
VIII – A redação do art. 20 passa a ser a seguinte:
“Art. 20 Das decisões relativas às impugnações caberá recurso ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no prazo de 05 (cinco) dias, contados da intimação.”
XIX – A redação do caput, do inciso I e do Parágrafo Único do art. 21 passa a ser a seguinte:
“Art. 21 Decorridas as fases de impugnações e recursos, o Presidente da Comissão Especial Eleitoral mandará publicar edital com os nomes dos candidatos habilitados, e com o calendário do processo seletivo que deverá observar o seguinte:
I – A prova seletiva será realizada até o final do mês de agosto;
...
Parágrafo Único. Após a homologação do registro das candidaturas, cada candidato receberá um número que corresponderá à ordem alfabética da nominata dos concorrentes.”
X – Fica alterada a redação do art. 22, que passa a ser a seguinte:
“Art. 22 A eleição será convocada pelo Presidente da Comissão Especial Eleitoral mediante edital publicado na imprensa, (06) seis meses antes do pleito.”
XI – A redação do art. 25 passa a ser a seguinte:
“Art. 25 Caso não seja disponibilizado urnas eletrônicas pela Justiça Eleitoral, as cédulas eleitorais serão confeccionadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.”
XII – A redação do Parágrafo Único do art. 26 passa a ser a seguinte:
“Art. 26 ...
Parágrafo Único. Os locais de votação serão definidos pela Comissão Especial Eleitoral, através de edital e amplamente divulgados pelos meios de comunicação do Município.”
-- continua –
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XIII – Fica revogado o art. 27.
XIV – Fica alterado o § 3º do art. 28, que passa a ter a seguinte redação:
“Art. 28 ...
...
§ 3º Os eleitos serão nomeados pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em Sessão Solene com a presença de representantes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, sendo diplomados e tomando posse no dia 10 de janeiro do ano seguinte ao do processo de escolha e entrarão em exercício no primeiro dia útil subsequente.”
XV – A redação do caput do art. 29 passa a ser a seguinte:
“Art. 29 São impedidos de integrar o mesmo Conselho, cônjuges, companheiros, ascendentes e descendentes, sogros e sogras, genros ou noras, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrastos e enteados.”
XVI – A redação do art. 31 passa a ser a seguinte:
“Art. 31 O Coordenador do Conselho Tutelar será escolhido pelos seus pares, na primeira sessão, cabendo-lhe a coordenação das sessões.
§ 1º Na mesma oportunidade será escolhido o vice-coordenador.
§ 2º Na falta ou impedimento do coordenador assumirá o vice-coordenador, e na falta deste, o conselheiro mais votado e, havendo empate, o de mais idade.”
XVII – Fica alterada a redação do § 1º do art. 33 que passa a ser a seguinte:
“Art. 33 ...
§ 1º A função de Conselheiro Tutelar deve ocorrer em regime de dedicação exclusiva, ou seja, há impossibilidade do Conselheiro desenvolver qualquer outro tipo de atividade permanente, remunerada ou não, devendo a carga horária semanal mínima de trabalho dos Conselheiros Tutelares ser de 40 (quarenta) horas observando ainda o mínimo de 8 (oito) horas diárias, facultada a compensação de eventual jornada a maior em um dia, decorrente de plantões, com correspondente diminuição em outro dia, desde que tal compensação se efetive dentro do mesmo mês ou no mês subsequente.”
XVIII – A redação do art. 34 passa a ser a seguinte:
“Art. 34 O Conselho Tutelar poderá realizar sessões públicas, a critério do colegiado, na forma disposta em seu Regimento Interno, obedecendo ao limite mínimo de 04 (quatro) sessões anuais.”
XIX – A redação do Art. 36 passa a ser a seguinte:
“Art. 36 O Conselheiro Tutelar, a qualquer tempo, pode ter seu mandato suspenso ou cassado, no caso de descumprimento de suas atribuições, prática de atos ilícitos, ou conduta incompatível com a confiança outorgada pela comunidade.
§ 1º Quando a violação cometida pelo Conselheiro Tutelar constituir ilícito penal caberá aos responsáveis pela apuração oferecer notícia de tal fato ao Ministério Público, para as providências legais cabíveis.
§ 2º As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
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Av. Pres. Castelo Branco, 228. Fone: 51-3549-8600. Fax: 51-3545-1958. Cx. Postal: 131. CEP: 95650-000. Igrejinha/RS
§ 3º A aplicação de penalidade ao Conselheiro Tutelar deve ser precedida de sindicância conduzida por uma comissão composta por no mínimo 3 (três) membros do COMUDICA, assegurando-se a imparcialidade dos responsáveis pela apuração dos fatos, o direito ao contraditório e a ampla defesa.
§ 4º As conclusões da sindicância administrativa devem ser remetidas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMUDICA que, em plenária deliberará sobre a adoção das medidas cabíveis.”
XX – Inclui os incisos XV e XVI junto ao art. 36-A, com a seguinte redação:
“Art. 36-A ...
...
XV – Deixar de cumprir as suas obrigações na forma do regimento interno e das disposições contidas no artigo 30;
XVI – Deixar de licenciar-se, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias antes do pleito, no caso de candidatar-se a cargo eletivo, exceto a reeleição do Cargo de conselheiro.”
Art. 2.º As demais disposições da Lei nº 3.389, de 2003 permanecem com a redação inalterada.
Art. 3.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
MUNICÍPIO DE IGREJINHA, 08 de abril de 2016.
Joel Leandro Wilhelm Prefeito