NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO ACADÊMICA (NPEA) PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Edital nº 56/2016-NPEA, de 29 de novembro de 2016.
Projeto: Instrumentos Sociais na Empresa da Atualidade e Suas Distinções Conceituais
Área de concentração: Direito Empresarial
Linha de pesquisa: Obrigações e Contratos Empresariais – responsabilidade social e efetividade
Orientador: Prof. Dr. Miguel Kfouri Neto
Resumo/Justificativa
O objetivo do presente grupo de pesquisa é compreender a atividade empresarial como meio de desenvolvimento das sociedades atuais. Embora a Constituição Federal garanta valores individuais e coletivos aos cidadãos, sua consecução, de modo a manter a atividade empresarial privada nos limites do interesse público, ainda desafia o Estado Brasileiro. Nesse contexto, a função social da empresa, enquanto princípio constitucional implícito, transfigura-se em responsabilidade social empresarial. Trata-se de novo modelo de agir que, aliado à filantropia do empresário, pode culminar em resultados mais satisfatórios e, consequentemente, maior lucratividade. Daí a discussão centralizar-se na distinção entre os conceitos de Função Social, Responsabilidade Social e Filantropia e sua implicação na empresa da atualidade.
Objetivos
Como fim geral, pretende-se identificar e analisar a atividade empresarial como meio de desenvolvimento das sociedades hodiernas.
Especificamente, detectar, estudar e diferenciar os instrumentos sociais da empresa – Função Social, Responsabilidade Social e Filantropia; examinar a implicação de tais instrumentos na atividade empresarial; compreender a funcionalidade social da empresa atual.
Justificativa
O princípio da função social da empresa pode ser extraído do da propriedade (artigo 5º, XXIII; artigo 170, III, ambos da CFRB/1988). Não obstante a Constituição Federal garanta valores individuais e coletivos aos cidadãos, sua consecução, de modo a manter a atividade empresarial privada nos limites do interesse público, ainda desafia o Estado Brasileiro.
A função social não é exterior à empresa, antes integra sua estrutura.
Também não se limita ao cumprimento da lei – coaduna-se com a atividade empresarial para realização do desenvolvimento sustentável e inclusão social. A filantropia, por sua vez, relaciona-se com o preceito religioso e pessoal do empresário. Nesse contexto, a função social da empresa, enquanto princípio constitucional implícito, transfigura-se em responsabilidade social empresarial. Trata-se de novo modelo de agir, que passa pelo comportamento ético e moral empresarial. Assim, a atividade empresarial, na pessoa do empresário, compromissa-se com a comunidade em que se desenvolve, obtendo lucro dentro da ética, moral e demais regras. Pelo reconhecimento desse papel socioeconômico da empresa, aliado ao de consecução dos valores constitucionais, a sociedade hodierna exige novos conceitos na atuação empresarial – que efetivem os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos como forma de realizar a justiça social e respeitar a dignidade humana por meio da responsabilidade social. Tem-se, portanto, que o interesse individual da empresa, conquanto legítimo, deve compatibilizar-se com os da coletividade, garantidos pela própria Constituição Federal. Aliás,
atualmente, ser uma empresa socialmente responsável revela-se muito mais lucrativo – pois atrai investidores e consumidores conscientes, senão estaria fadada a sanções muito mais efetivas do que as penas legais estatais. Por tais razões, a discussão justifica-se e centraliza-se pela e na diferenciação dos conceitos de Função Social, Responsabilidade Social e Filantropia na empresa. Seria demasiado simplório acreditar que tais instrumentos sociais da empresa atual sejam reflexos de ações positivas, representando a totalidade da função social empresarial perante a sociedade. O tema exige análise aprofundada sobre suas distinções.
Problema e hipótese
O problema – que impulsiona o presente estudo – pode ser assim formulado: Em que medida é possível diferenciar os conceitos de Função Social, Responsabilidade Social e Filantropia e quais os efeitos de tal discrime na empresa da atualidade?
Tem-se como hipótese – ou suspeita inicial – a de que compreender os instrumentos sociais da empresa hodierna como reflexos de ações positivas, que representam, por sua vez, a totalidade da função social empresarial afigura-se demasiado simplório.
Revisão bibliográfica
BERTONCINI, M. S.; CORRÊA, F. A. J. Responsabilidade social da empresa e as ações afirmativas. Curitiba: JM, 2012.
COMPARATO, F. K. Função social da propriedade dos bens de produção. São Paulo: RT, 1996.
GEVAERD, J.; TONIN, M. M. Direito empresarial e cidadania:
questões contemporâneas. Curitiba: Juruá, 2004.
GRAU, E. R. A ordem econômica na Constituição de 1988. 14. ed.
São Paulo: Malheiros, 2010.
LOPES, A. Empresa e propriedade. São Paulo: Quartier Latin, 2006.
LUCCA, N. Da ética geral à ética empresarial. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
ORMIANIN, D. J. Função social da empresa: lei ou barganha. 2013.
170 f. Dissertação (Mestrado em Direito Econômico e Social), PUCPR, Curitiba. 2013.
VAZ, I. Direito econômico das propriedades. Rio de Janeiro:
Forense, 1992.
ZANOTI, L. A. Empresa na ordem econômica: princípios e função social. Curitiba: Juruá, 2009.
Procedimentos
Leitura e debate de textos que constituirão o marco referencial para os diversos projetos de pesquisas – individuais ou em dupla.
Apresentação, por participante ou duplas, de seus projetos ao grupo.
Apresentação e debate de textos provisórios.
Seminários com apresentação dos trabalhos desenvolvidos para o grupo.
Revisão dos textos e encaminhamento para publicação.
Resultados
Produção de artigos científicos, a serem publicados em obra coletiva, impressa ou virtual, ou encaminhados para publicação em periódicos especializados.
Recursos
Material bibliográfico e estrutura física (salas de aula para reuniões, computadores e Biblioteca).
Carga horária: 30 (trinta) horas Vagas: 10 (dez)
Público-alvo: graduandos do Curso de Direito e alunos regularmente matriculados nos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu e Lato Sensu em Direito, todos do UNICURITIBA, bem como a comunidade externa.
Local e data: o grupo de pesquisa reunir-se-á na sede do UNICURITIBA, nas terças-feiras, quinzenalmente, das 17h30min às 19 horas.
Processo de seleção
Os participantes serão selecionados pelo seguinte procedimento:
a) preenchimento e depósito da Ficha de Inscrição anexa, acompanhada do currículo preenchido e atualizado na Plataforma Lattes do CNPq;
b) entrevista com o orientador;
c) grade curricular atual com as notas do 1º Período até o atual (imprimir – Área do Aluno);
d) o aluno interessado deverá fazer inscrição no NPEA.
Inscrição: 29/11/2016 a 20/02/2017
Data e horário da seleção: 21/02/2017, a partir das 17h.
As questões omissas serão resolvidas pela Supervisão do NPEA e pelo professor orientador.
Curitiba, 29 de novembro de 2016.
Prof. Dr. Miguel Kfouri Neto Profª Liziane Hobmeir ORIENTADOR SUPERVISORA
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO ACADÊMICA (NPEA) PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC)
FICHA DE INSCRIÇÃO
1 Identificação do(a) candidato(a): ______________________________
Período: ______ Turma: ______ Turno: _____ RA: _________________
CPF: _____________ Telefone(s): _____________ / ________________
Endereço:_________________________________ CEP:______________
E-mail: ____________________________________________________
2 Atividades desenvolvidas fora do horário de aula:
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Local: ___________________________ Horário: ___________________
Endereço: __________________________________________________
CEP: ______________ Telefone(s): ____________ / ________________
E-mail: ____________________________________________________
3 Justificativa para participar do Projeto de Pesquisa de Iniciação Científica
“Instrumentos Sociais na Empresa da Atualidade e Suas Distinções
Conceituais”._________________________________________________
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Declaro conhecer e aceitar as normas constantes do Edital de Abertura de Inscrição, que regula este Projeto de Iniciação Cientifica.
Curitiba, ___ de ________________ de 2016.
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ACADÊMICO(A)