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Resumo. Abstract. Introdução e revisão de literatura RELATO DE CASO

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Esporotricose cutâneo disseminada em gato doméstico na cidade de Curitiba-PR – Relato de caso

Disseminated cutaneous sporotrichosis in domestic cat in the city of Curitiba-PR - Case report

Suyanne Hamasaki Chuchene – Médica Veterinária. Pós graduanda do curso de Pós Graduação em Dermatologia Veterinária do Ins- tituto Equalis Ensino e Qualificação Superior - Curitiba – PR, Brasil. suyannevet@yahoo.com.br

Gisalda Christina Bortolotto – Médica Veterinária. Pós graduada em Dermatologia Veterinária pela Faculdade Anhembi Morumbi – SP, Brasil.

gisa@sosveterinaria.com.br

Milton Mikio Morishin Filho – Prof. Msc. Curso de Medicina Veterinária - Universidade Tuiuti do Paraná – Curitiba – PR, Brasil.

Chuchene SH, Bortolotto GC, Morishin Filho MM. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária; 2014; 3(11); 356-364.

Resumo

A esporotricose é uma micose subcutânea e zoonótica, úlcero-gomótica, de evolução variável, causada por um fungo dimórfico com características saprozoonóticas, o Sporothrix schenkii. Os gatos domés- ticos apresentam elevado potencial zoonótico pela riqueza parasitária encontrada nas lesões cutâneas e a transmissão pode ocorrer principalmente através do contato com exsudatos de lesões, mordeduras e arranhaduras de animais contaminados. O objetivo deste trabalho foi relatar a esporotricose em um gato diagnosticada na cidade de Curitiba – PR, na sua forma cutâneo disseminada e sistêmica, devido aos efeitos imunossupressores do corticosteroide metil-prednisolona (Depo Medrol®) e a evolução do paciente, o qual foi tratado com itraconazol.

Palavras-chaves: Sporothrix schenkii; gato, imunossupressão, corticosteroides.

Abstract

Sporotrichosis is a zoonotic and subcutaneous ulcerative-gomotic ringworm, of variable evolution cau- sed by a dimorphic fungus with saprozoonotic characteristics, the Sporothrix schenkii. Domestic cats have a high zoonotic potential because of the parasite richness found in skin lesions. Transmission can occur mainly through contact with exudates of lesions, bites and scratches from infected animals. The objective of this study was to report the sporotrichosis diagnosed in a cat found in Curitiba - PR, in its widespread and systemic cutaneous form due to the immunosuppressive effects of the corticosteroid methylprednisolone (Depo Medrol®) and the evolution of the patient being treated with itraconazole.

Keywords: Sporothrix schenkii, cat, immunosuppression, corticosteroids

Introdução e revisão de literatura

A esporotricose é micose subcutânea piogranu- lomatosa, causada por um fungo do complexo Spo- rotrix, monoespecífico, dimórfico e sapróbio em meio a natureza. Acomete o homem e uma grande varie- dade de animais. A doença é cosmopolita, com car- acterísticas saprozoonóticas. O S. schenckii apresen-

ta-se como filamento a 25ºC e, em sua forma mais patogênica, como levedura a 37ºC. O fungo foi iso- lado em espinhos, feno, palha, madeiras e solos ri- cos em matéria orgânica em decomposição e cresce principalmente em locais quentes e úmidos de cli- mas temperados e tropicais (1,2,3,4).

Espécies do gênero Sporothrix são os agentes eti- ológicos da esporotricose. O complexo S. schenckii é

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constituido de cinco espécies, discriminadas filogeneti- camente como S. schenckii sensu stricto, S. brasiliensis, S. globosa, S. mexicana e S. luriei (5,6,7,8,9).

Sporothrix brasiliensis tem sido descrito como uma espécie emergente, altamente patogênica ao ser huma- no e animais, distribuída principalmente no estado do Rio de Janeiro (6,10,11), sendo o agente etiológico mais prevalente entre os gatos doentes no país (9).

Casos isolados da doença foram descritos em cães, gatos, porcos, cavalos, raposas, ratos, mulas, golfinhos, camelos, tatus e aves (1,12,13). No Uru- guai, cerca de 61% dos casos de esporotricose hu- mana são transmitidos pelos tatus, através do con- tato com a terra de tocas ou arranhaduras (14,15).

Por tratar-se de uma ergodermatose, veterinários, jardineiros, floricultores e chacareiros tornam-se suscetíveis, bem como as pessoas imunocompro- metidas e aquelas que praticam esportes e lazer em áreas de abundante vegetação, sendo que a inala- ção, aspiração e ingestão dos conídeos, também po- dem reproduzir a doença (1,16,17).

Embora a esporotricose apresente distribuição mundial, os relatos desta doença em humanos e animais, assumiu maior proporção epidêmica na cidade do Rio de Janeiro, ultrapassando a epidemia ocorrida na década de 1940, na África do Sul (18).

A epidemia acomete regiões com dificuldades am- bientais e socioeconômicas (19), sendo influenciada pelos hábitos e estilos de vida da população (18,20).

A principal dificuldade para o controle desta ep- idemia é a implantação de um programa de saúde pública para o controle da doença nos animais, o que torna-se difícil pelo número elevado de cães e gatos doentes abandonados nas ruas e o destino in- adequado das carcaças de animais mortos (19).

Alguns autores acreditam que os gatos são os únicos animais que apresentam verdadeiro potencial zoonótico, devido a grande quantidade de leveduras presentes nas lesões cutâneas e outros tecidos (22).

A infecção usual ocorre pela inoculação do fun- go através da pele, e a forma clínica sob a qual se apresenta depende de diversos fatores, como o ta- manho do inóculo, a profundidade da inoculação traumática, a tolerância térmica da cepa e o estado imunológico do hospedeiro. Entre os animais e hu- manos, a transmissão pode dar-se através da arran- hadura, mordedura e o contato com secreções de ani- mais doentes ou portadores assintomáticos (1,4,23).

A maior incidência da esporotricose ocorre em gatos machos não orquiectomizados, em virtude de algu- mas características comportamentais desses animais,

como o hábito de brigar com outros gatos, se espojar no solo, afiação ungueal em árvores e madeiras, ins- tintos de caça e hábitos higiênicos, o que os deixam expostos a inoculação do fungo (1,5, 24,25).

A esporotricose é classificada em duas formas distintas: cutânea e extracutânea, sendo a primeira delas ainda dividida em: cutâneo linfática, cutâneo localizada e cutâneo disseminada (1,3,11,12,13,14,15, 26,27,28,29,30,31).

Os animais podem apresentar mais de uma for- ma da doença concomitantemente, que pode variar desde uma infecção subclínica, passando por lesões cutâneas, até formas múltiplas e sistêmicas acom- panhadas ou não de sinais extracutâneos, como as manifestações respiratórias (32).

As lesões frequentemente observadas são os nódulos / gomas, ulcerações (32) e extensas áreas de necrose podem desenvolver-se (33,34). Nos ca- sos mais graves, os microrganismos podem dissem- inar-se para pulmão, fígado, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, olhos, baço, ossos, articula- ções, rins, testículos, mamas e linfonodos, levando a letargia, prostração, anorexia e hipertermia (23,32).

A maioria das lesões desenvolve-se na região cefáli- ca (plano nasal, face e orelhas), extremidades dos membros e cauda (23,32).

Os sinais respiratórios podem estar presentes, principalmente sob a forma de espirros, os quais podem estar associados às lesões em plano nasal.

Foram isolados Sporothrix sp em cavidade nasal de gatos assintomáticos, que procederam de lesões tegumentares (32). Leme et. al.(34) isolaram Sporo- thrix sp de lavado broncoalveolar antes do surgi- mento de lesões cutâneas ou sinais respiratórios. De acordo com Pereira et. al. (35), a presença de sinais respiratórios está associada à falência terapêutica e aumento de mortalidade.

Havendo falha na imunidade celular, pode ocor- rer evolução da forma cutânea localizada para lesões úlcero gomosas e, por vezes, linfangite (1). No entan- to, em gatos com esporotricose co-infectados ou não com o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e da leucemia felina (FeLV), não foram observadas dife- renças significativas na resposta terapêutica (32,35).

É rara nos gatos a forma cutâneo linfática. Entretan- to, em gatos gravemente debilitados, geralmente oca- sionados por fenômenos iatrogênicos (como o uso de corticoides), a enfermidade pode evoluir para forma disseminada (1). Não se observa qualquer manifesta- ção álgica nas formas clínicas descritas (1).

Os exames citopatológico e histopatológicos

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são utilizados no diagnóstico presuntivo da espo- rotricose (36,37). Devido à riqueza parasitária de leveduras nas lesões cutâneas, a avaliação citopa- tológica se torna um diagnóstico fácil e rápido, além do baixo custo, podendo ser utilizada ambulatorial- mente nas clínicas veterinárias. As colorações mais indicadas nas técnicas citopatológicas são as do tipo Romanowsky, como o método panótico rápido.Al- guns fatores podem resultar em falso-negativo.

Coletas inadequadas, como material muito es- pesso nas lâminas, podem dificultar a visualização ao microscópio, devido a sobreposição celular, assim como o uso de medicamentos tópicos ou antifúngi- cos sistêmicos, por inibir o crescimento do fungo (36).

A microscopia revela inúmeras estruturas levedu- riformes arredondadas, ovais ou em formas de cha- ruto, circundadas por um halo claro, no interior de macrófagos, neutrófilos ou no meio extracelular (38).

No exame histopatológico podem ser avaliados fragmentos de lesões cutâneas ou mucosas, obtidos por meio de biópsia (39). Os métodos de colora- ção mais utilizados são: hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e Grocott, sendo as duas últimas técnicas mais apropriadas para iden- tificação do fungo (40). O exame histopatológico de lesões cutâneas, apresenta infiltrado inflamatório composto de células mononucleares e polimorfo- nucleares, predominando macrófagos, neutrófilos e inúmeras estruturas leveduriformes sugestivas e morfologicamente compatíveis com Sporothrix sp.

Essas estruturas apresentam-se em formas arre- dondadas ou em charutos, algumas vezes exibindo brotamento (1,39,41). O exame histopatológico per- mite o diagnóstico em 95% a 100% dos casos (1).

O diagnóstico definitivo da esporotricose é feito pelo isolamento do Sporothrix sp. a partir de cul- turas fúngicas, em meio ágar Sabouraud dextrose ou ágar Micosel, a 25 ºC. Após o crescimento da forma filamentosa, o mesmo é inoculado em meio de infusão de cérebro e coração a 37 ºC, para que se converta na forma de levedura (42). O cultivo de- manda de 10 a 14 dias (1).

O diagnóstico diferencial da esporotricose em gatos deve incluir infecções bacterianas, infecções fúngicas como a criptococose e a histoplasmose, neoplasias, doenças alérgicas, doenças imunome- diadas (38), granulomas por corpo estranho e mico- bacteriose tegumentar atípica (1).

As opções terapêuticas incluem os derivados azólicos (triazólicos de primeira geração: itracon- azol e fluconazol) e alilamínios (terbinafina) (1);

associados ou não, à remoção cirúrgica das lesões, termoterapia local (43) e criocirurgia (21).

O tratamento de escolha para esporotricose é o itraconazol na dose de 10 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, sendo o mais tolerado pelos gatos, e deve ser continuado por um período de 30 dias após a remissão clínica (1,10,23,28,32,39,44,45). Pereira et al., (2010) relataram a cura clínica em 38,3% dos ga- tos tratados com itraconazol oral 30-100 mg a cada 12 ou 24 horas (8,3-27,7mg/kg/dia).

O tempo mediano de tratamento até a cura clínica foi de 26 semanas. Casos refratários ao itra- conazol, principalmente naqueles onde as lesões apresentam-se no plano nasal e em mucosas, a asso- ciação de anfotericina B, por via subcutânea ou in- tralesional, tem-se demonstrado satisfatória e com poucos efeitos adversos (47,48)

O iodeto de potássio é uma alternativa para o tratamento da esporotricose humana, devido ao baixo custo e efetividade (49). Durante muitos anos, o uso de iodetos de sódio ou potássio foram consid- erados de eleição na esporotricose cutânea, até a sín- tese de antifúngicos mais efetivos e seguros como os azólicos, sendo o itraconazol o fármaco de escolha (50,51). Contudo, um recente estudo realizado por Reis et al., 2012, observaram que 48 gatos tratados com iodeto de potássio em cápsulas, por via oral (doses de 2,5-20 mg/kg, uma vez ao dia), mostrou satisfatório em 47,9% dos casos e com menos efei- tos colaterais. O que sugere o iodeto de potássio, ser uma opção no tratamento de esporotricose felina e servir como uma alternativa ao itraconazol (52). Os gatos são sensíveis às preparações de iodetos e de- vem ser cuidadosamente monitorados em busca de evidências de iodismo, como depressão, anorexia, vômito ou diarreia (1,53). Em caso de intolerância, o fármaco pode ser suspenso temporariamente e re- instituído em doses mais baixas (54).

Corticoides ou outros fármacos anti-inflamatóri- os, de ação imunossupressora, não devem ser uti- lizados para não agravar o quadro clínico do paci- ente com esporotricose (1).

Conforme um trabalho experimental realizado por Macdonald et. al, 1980, cinco gatos com esporotricose foram tratados com metilprednisolona, para avaliar se a cura clínica foi acompanhada da cura micológica.

Em três dos cinco gatos foram encontrados fungos nas lesões cicatrizadas, mesmo seis meses após a adminis- tração do fármaco supressor (46).

O longo período de tratamento, o custo do medi- camento e a possibilidade de contaminação de um

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membro da família, são os fatores que normalmente levam ao abandono terapêutico e a solicitação de eu- tanásia pelo proprietário (32,43). O não comprometi- mento do proprietário com o término do tratamento, ocorre também no momento em que o responsável pelo animal observa uma melhora dos sinais clíni- cos e/ou lesões tegumentares, não retornando para o acompanhamento clínico e terapêutico (55).

Relato de caso

Um gato macho, sem raça definida (SRD), não orquiectomizado, um ano de idade, pesando 2,6 kg de massa corpórea, foi atendido no serviço de der- matologia de uma clínica veterinária de Curitiba - Paraná, com doença tegumentar crônica de rápida evolução. Durante a anamnese o proprietário infor- mou ter aplicado no paciente, pela via subcutânea,

por conta própria, 40mg de metil-prednisolona (Depo-Medrol ®) no dia anterior à avaliação e que o paciente já estava sendo medicado por outro profis- sional, com itraconazol (10mg/kg, uma vez ao dia (SID), por via oral (VO), há aproximadamente 15 dias, devido a suspeita de esporotricose.

As lesões erodo-ulcerativas tiveram início na face e plano nasal. Evoluíram com certa rapidez e disseminaram-se para região cefálica, face externa de pavilhões auriculares, tronco, membros e ex- tremidades distais de membros pélvicos e toráci- cos. Ao exame clínico foram observadas lesões go- mosas, numulares e erodo-ulcerativas, encimadas por crostas hemáticas; úlcera fagedênica com pon- tos de esfacelo em região torácica supra escapular e paroníquia (Figuras 01 a 04). Prurido moderado nos últimos dias também foi relatado. Contactantes hu- manos e animais apresentavam-se assintomáticos.

À inspeção direta, o paciente mostrava-se com baixo

Figura 1 - Lesões erodo-ulcerativas multi-focais encimadas por crostas hemáticas em face (região temporal, zigomática e fron- tal) de gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de ida- de, com esporotricose. Presença de tumefação em ponte nasal.

Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 2 - Gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose. Lesões erodo-ulcera- tivas multi-focais encimadas por crostas hemáticas em regiões zigomática, macetérica e plano nasal.

Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 3 - Gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose. Lesões numulares e ero- sivas em face dorsal de pavilhão auricular e região cervical dorsal.

Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 4 - Lesões erodo-ulcerativas encimadas por crostas he- mato-melicéricas em extremidades distais de membro torácico de gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose.

Fonte: Gisalda Bortolotto

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escore corporal, normotermia, mucosas normocoradas, avaliação cardiopulmonar sem alterações, normoque- zia, normodipsia e sem alterações de comportamento.

À inspeção indireta, realizou-se exame citopa- tológico da lesão ulcerativa em região torácica (Figura 05), o qual evidenciou pequenas estruturas

ovais, em forma de charuto no interior de macrófa- gos, morfologicamente compatíveis com Sporothrix do grupo schenckii (Figura 06). A pequena quan- tidade de leveduras no exame citopatológico, pro- vavelmente, foi decorrente do paciente estar sob tratamento com medicação antifúngica.

Figura 5 - Ulceração fagedênica e presença de esfacelo em re- gião torácica supra-escapular de gato, macho, SRD, não orquiec- tomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose.

Local no qual foi realizado Imprint para o exame citopatológico.

Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 6 - Citopatologia de lesão fagedênica em região torácica supra-escapular (imprint), de gato, macho, SRD, não orquiec- tomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose, exibindo infiltrado piogranulomatoso predominante, com presen- ça de algumas estruturas ovais intracitoplasmáticas morfologica- mente compatíveis com Sporothrix schenckii (Coloração rápida de Romanowisky). Fonte: Gisalda Bortolotto

Foi então realizado exame histopatológico de frag- mento cutâneo das lesões gomosas e erodo-ulcerati- vas do plano nasal, face e ulceração da região torácica, o qual evidenciou estruturas fúngicas pleomórficas,

a maioria de forma esférica ou oval, exibindo sinais de brotamento e morfologicamente compatíveis com Sporothrix do grupo schenckii (Figuras 07 e 08).

Enquanto era aguardado o resultado do exame

Figura 7 - Exame histopatológico das lesões gomosas e erodo- -ulcerativas do plano nasal, face e ulceração da região torácica supra-escapular . Gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose. Pele. Dermatite piogranulomatosa difusa (Hematoxilina de Harris e Eosina. Obje- tiva de 40x). Fonte: Juliana Werner

Figura 8 - Gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose. Exame histopatológico das lesões gomosas e erodo-ulcerativas do plano nasal, face e ulceração da região torácica supra-escapular . Pele. Dermatite piogranuloma- tosa difusa. Notar a presença de estruturas fúngicas levedurifor- mes pleomórficas e morfologicamente compatíveis com Sporothrix schenckii (PAS c/d. Objetiva de 40x). Fonte: Juliana Werner

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histopatológico, foi instituída terapia com itracon- azol (10mg/kg/a cada 24 horas/VO) e cefalexina (30mg/kg, a cada 12 horas (BID)/VO). O propri- etário foi alertado para a possível piora clínica do paciente em virtude dos efeitos imunossupressores da corticoterapia (40 mg de metil-prednisolona, por via subcutânea) empiricamente, aplicada por ele, e sem orientação médica prévia. O proprietário es- tava ciente de todos os riscos pertinentes a manter um animal com suspeição de esporotricose.

O paciente retornou em 10 dias para reavalia- ção e, como esperado, observou-se uma piora do

quadro clínico tegumentar e sistêmico.

O exame físico evidenciou caquexia (1,680 kg), desidratação 5%, coleção purulenta nasal bilateral, sialorréia, enoftalmia, linfadenomegalia general- izada, pirexia (40,6ºC), estertor pulmonar bilateral, dispneia, anorexia e prostração. As lesões tegumen- tares aumentaram em tamanho e localização.

Surgiram novas lesões gomosas erodo-ulcerati- vas encimadas por crostas hemato-melicéricas dis- seminadas em plano nasal, região cefálica (Figura 09), região torácica supra-escapular (Figura 10) e extremidade de membros torácicos e pélvicos. O

Figura 9 - Tumefação e aumento de volume em plano nasal, lesões gomosas, erodo-culcerativas multifocais em face, encimadas por crostas hemati-melicéricas, ulceração em narina esquerda, coleção purulenta nasal bilateral em gato, macho, SRD, não orquiectomi- zado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose, 20 dias após aplicação de metilprednisolona. Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 10 - Ulceração fagedênica com formação de esfacelo e cros- tas hemática, em região torácica supra-escapular de gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose 20 dias após a aplicação de metilprednisolona.

Fonte: Gisalda Bortolotto

exame histopatológico veio confirmar a suspeita de esporotricose.Em virtude da piora clínica, foi então aumentada a dose de itraconazol para 20mg/kg/

sid/VO e trocado o antibiótico para enrofloxacina (10mg/kg/sid/VO – Duotril 50 mg®) devido ao quadro pulmonar. Utilizou-se também supositório expectorante uma vez ao dia, durante três dias (Transpulmin ®). A modificação terapêutica resul- tou em diminuição da produção de muco e melhora na capacidade respiratória.

Em 30 dias de terapia instituída, observou-se ganho de peso, diminuição e posterior ausência de coleção purulenta nasal e da linfonodomegalia, aus- ência de pirexia e estertores pulmonares. Proprietário referiu hiporexia, normoquezia, melhora da ativi- dade física do paciente e diminuição da prostração.

As lesões aparentavam-se em processo de involução.

Seguiu-se o tratamento com itraconazol (20 mg/kg/

sid/VO) e enrofloxacina (10mg/kg/sid/VO).

Em 60 dias de terapia instituída, as lesões regredi- ram em extensão, e não observou-se o surgimento de novas lesões. Em algumas delas, percebeu-se nitida- mente o início de repilação. Houve diminuição de volume em plano nasal e regressão da ulceração na- sal e em região torácica supra-escapular. Manteve-se a prescrição do itraconazol (20mg/kg/sid/VO).

Após oito meses do tratamento, discreta hiper- emia e aumento de volume em plano nasal, com formação de crostas e ulceração em narina esquer- da ainda persistiam (Figura 11). Houve grande involução das lesões em pavilhões auriculares ex- ternos e resolução da ulceração em região torácica supra-escapular (Figura 12), bem como em extremi-

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dades de membros torácicos e pélvicos. Até o pre- sente momento, o paciente continua sob tratamento.

Discussão

O caso relatado trata-se de esporotricose em um gato macho, não orquiectomizado, o que reforça a questão dos hábitos comportamentais desta espé- cie, deixando-os expostos ao contato e inoculação do Sporothrix sp (1,5,24,25).

O paciente em questão iniciou os sintomas com a presença de lesões úlcero-gomóticas em região ce- fálica e extremidades de membros torácicos e pélvi- cos, e evoluiu para a forma cutâneo disseminada, a qual foi agravada provavelmente pela administ- ração imprópria e de caráter iatrogênico e imunos- supressora de 40mg de metil-prednisolona, por via subcutânea. Embora, Pereira et. al. (2011) eviden- ciem que o exame citopatológico possui uma rique- za parasitária de leveduras nas lesões cutâneas (36), pôde-se avaliar uma pequena quantidade de estru- turas fúngicas compatíveis morfologicamente com Sporothrix schenkii, devido a administração prévia de itraconazol (10mg/kg/sid/vo), que confirmou a suspeita da enfermidade e foi corroborada através do exame histopatológico, não sendo necessário o isolamento do agente por meio de cultura fúngica.

As alterações celulares observadas na citopato- logia e histopatologia, foram semelhantes às carac- terísticas descritas na literatura (1,38,39,41).

O diagnóstico diferencial deve ser realizado sempre que houver lesões ulcerativas, nodulares e gomosas. Entre as enfermidades que fazem parte

Figura 11 - Lesões erodidas em plano nasal e junção mucocu- tânea em gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose, oito meses após início do tratamento. Fonte: Gisalda Bortolotto

Figura 12 - Retração cicatricial e repilação da lesão torácica su- pra-escapular em gato, macho, SRD, não orquiectomizado, um ano de idade, com diagnóstico de esporotricose, sob tratamento há oito meses. Fonte: Gisalda Bortolotto

do diagnóstico diferencial estão as infeções bacteri- anas, infecções fúngicas (histoplasmose e criptoco- cose), doenças alérgicas, doenças imunomediadas, granulomas por corpo estranho e micobacteriose tegumentar atípica (1), descartados após a citopato- logia sugestiva de esporotricose.

Embora as doenças de caráter imunossupressor, como a toxoplasmose, a leucemia felina e a imuno- deficiência felina, possam estar associadas às doen- ças fúngicas, não foram realizados testes sorológi- cos por tratar-se de animal de abrigo.

A terapia de escolha é o itraconazol na dose de 10 mg/kg/sid/VO, porém devido a ação imunos- supressora da metil prednisolona, observou-se evolução da doença para a forma sistêmica, com agravamento dos sinais clínicos, onde fez-se ne- cessário aumentar a dose do itraconazol para 20 mg/

kg/sid/VO, obtendo-se assim, um melhor controle dos sinais e sintomas da doença. Pereira et. al. (2010) descreve a utilização do itraconazol na dose de 30- 100mg por animal, a cada 12 ou 24 horas, nos casos refratários à dose ortodoxa do medicamento (35).

Até o momento, o paciente encontra-se sob acompanhamento, com melhora evidente dos sinais clínicos. Após a plena remissão das lesões, o trata- mento com itraconazol na dose de 20mg/kg/SID, será mantido por mais quatro semanas e o paciente acompanhado clinicamente. Caso apresente ressur- gimento de novas lesões, o exame histopatológico deve ser realizado.

Tratando-se de uma enfermidade de potencial zoonótico, é vital o pleno esclarecimento do proprietário para com os riscos e cuidados na transmissão da doença, inclusive quanto à necessidade de isolamento do paciente.

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Considerações finais

A esporotricose é uma doença crônica e de gran- de polimorfismo, podendo se manifestar de diver- sas formas clínicas e disseminar-se sistemicamente, em situações de imunossupressão, como o uso ina- dequado de corticoides.

Esta enfermidade vem aumentando em Curitiba e região metropolitana e a avaliação dos sinais clíni- cos, o diagnóstico e o tratamento deve iniciar ime- diatamente para evitar a disseminação da doença.

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Recebido para publicação em: 18/03/2015.

Enviado para análise em: 24/03/2015.

Aceito para publicação em: 05/05/2015.

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