• Nenhum resultado encontrado

SISTEMA AQUÍFERO: ALUVIÕES DO TEJO (T7)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SISTEMA AQUÍFERO: ALUVIÕES DO TEJO (T7)"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)
(2)

SISTEMA AQUÍFERO: ALUVIÕES DO TEJO (T7)

(3)

Identificação

Unidade Hidrogeológica: Bacia do Tejo-Sado Bacia Hidrográfica: Tejo

Distritos: Lisboa e Santarém

Concelhos: Abrantes, Alenquer, Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Golegã, Salvaterra de Magos, Santarém, Torres Novas, Vila Franca de Xira e Vila Nova da Barquinha

Enquadramento Cartográfico

Folhas 329, 330, 331, 341, 342, 353, 354, 364, 365, 376, 377, 378, 390, 391, 392, 404, 405, 418 e 419 da Carta Topográfica na escala 1:25 000 do IGeoE

Folhas 27-C, 27-D, 30-D, 31-A, 31-B, 31-C, 34-B e 35-A do Mapa Corográfico de Portugal na escala 1:50 000 do IPCC

Folhas 27-C, 27-D, 30-D, 31-A, 31-B, 31-C, 34-B e 35-A da Carta Geológica de Portugal na escala 1:50 000 do IGM

(4)

Enquadramento Geológico

Estratigrafia e Litologia

Os materiais do sistema são de origem fluvial, aluviões modernas (Holocénico) e terraços (Plistocénico). Estas unidades são caracterizadas por grande irregularidade e complexidade na estratificação.

No vale do Tejo os depósitos aluvionares são, em geral, formados por areias e argilas, interestratificadas, com um depósito basal formado por areias, seixos e calhaus que pode atingir 40 m de espessura. Frequentemente, predominam os seixos e calhaus. Estas camadas correspondem ao máximo de regressão do Würm. A espessura dos depósitos aluvionares do Tejo aumenta de montante para jusante, atingindo um máximo de 70 m. A montante, a espessura dos lodos diminui, aparecem de forma mais descontínua, e em muitos locais a coluna geológica é constituída exclusivamente por areias.

Os terraços são constituídos por depósitos basais com seixos e calhaus, seguidos por um complexo interglaciário formado por areias e argilas.

Na margem direita do Tejo, os terraços quaternários apresentam grande extensão perto do Entroncamento, Golegã, Azinhaga e Pombalinho. Para sul, a sua extensão decresce rapidamente, aparecendo em retalhos isolados entre Santarém e Lisboa.

Na margem esquerda do Tejo, os terraços podem assumir grande extensão, a sua largura atinge vários quilómetros. Cobrem uma área desde Chamusca até ao estuário, onde se fundem com antigas praias. Na mesma margem, existem áreas importantes cobertas por depósitos superficiais de areias, que se estendem entre o rebordo dos terraços e a base das vertentes, atingindo, por vezes, os terraços mais elevados.

Tectónica

Do ponto de vista da tectónica interessa destacar que a zona vestibular do vale do Tejo é caracterizada por uma actividade sísmica importante, relacionada por estruturas profundas de que se destaca a chamada falha do Tejo. Esta falha, com orientação provável N30E, é mal conhecida pois encontra-se coberta pelas aluviões e outros depósitos recentes (Cabral, 1995).

Hidrogeologia

Características Gerais

A maioria dos furos implantados no sistema capta as areias e cascalheiras da base dos depósitos aluvionares e terraços, que são as unidades mais transmissivas.

De modo geral, nas aluviões, a transmissividade aumenta das margens para a parte central. Na parte terminal do sistema, a jusante de Valada, as areias e cascalheiras da base dos depósitos aluvionares apresentam-se mais ou menos semiconfinadas por espessas camadas de argilas e/ou areias argilosas. Nesta região, é possível considerar três unidades sobrepostas, do topo para a base: (1) areias com intercalações argilosas; (2) argilas; (3) areias e cascalheiras da base.

(5)

O rio Tejo é o grande eixo longitudinal de drenagem do sistema aquífero. O escoamento subterrâneo dá-se em direcção ao rio Tejo e, ao longo da faixa das aluviões modernas, até ao estuário. Os vales dos afluentes do rio Tejo drenam escoamentos de trajecto mais reduzido.

A área do sistema é de cerca de 1113 km2, não incluindo as aluviões a jusante de Alverca, pois a jusante a mineralização das águas torna-as impróprias.

É provável que as aluviões do Tejo, incluindo a zona do estuário, sejam áreas de descarga dos sistemas aquíferos subjacentes, pois existia artianismo repuxante, em muitas regiões do vale do Tejo, antes da entrada em exploração mais ou menos intensiva daqueles sistemas.

Parâmetros Hidráulicos e Produtividade

As produtividades das captações implantadas neste sistema podem ser caracterizadas pelas estatísticas que se apresentam no quadro T7.1. Como se pode observar, as captações implantadas nas aluviões são mais produtivas que as dos terraços.

Aquífero n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Aluviões 135 19,9 16,2 1,0 10,0 12,0 25,0 80,0

Terraços 73 12,6 10,2 1,1 5,5 10 15,0 50,0

Quadro T7.1 - Principais estatísticas dos caudais (L/s)

Os valores de transmissividade, estimados a partir de ensaios de bombagem (Quadro T7.2)

variam entre 6 m2/dia e 5794 m2/dia. O valor médio das transmissividades dos terraços é superior

ao das aluviões. Esta contradição aparente, entre as médias das transmissividades e dos caudais das captações, pode ser devido ao facto de se ter usado um menor número de observações para calcular as estatísticas da transmissividade.

Aquífero n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Aluviões 80 1585 1080 6 823 1493 2246 5575

Terraços 28 2018 1442 92 924 1573 2899 5794

Quadro T7.2 - Principais estatísticas da transmissividade (m2/dia)

A gama de valores encontrada indica uma capacidade transmissiva elevada e grande heterogeneidade. As áreas laterais são menos transmissivas que a parte central do aquífero.

O valor médio da condutividade hidráulica, estimado a partir da equação K = T/b, onde T = transmissividade, K = condutividade hidráulica e b = espessura do aquífero, é de 140 m/dia para os terraços e 136 m/dia, para os depósitos aluvionares. Com base nestes valores relativamente elevados, o aquífero pode ser classificado como bom. Tal como acontece com a transmissividade, a condutividade hidráulica é mais elevada na parte central do aquífero.

(6)

Aquífero n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Aluviões 78 140 98 1,1 65 122 194 464

Terraços 22 136 56 43 88 127 170 229

Quadro T7.3 - Principais estatísticas da condutividade hidráulica (m/dia)

A distribuição espacial do caudal específico mostra um padrão semelhante à da transmissividade e condutividade hidráulica, ou seja, valores mais elevados nas áreas centrais e situadas a montante.

Aquífero n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Aluviões 137 7,5 4,8 0,2 3,7 6,8 9,9 25

Terraços 72 6,2 7,0 0,03 1,5 4,7 7,7 41

Quadro T7.4 - Principais estatísticas do caudal específico (L/s.m)

O coeficiente de armazenamento, calculado a partir de ensaios de bombagem, varia entre 2,13×10-5 e 0,10, com média igual a 8,39×10-3. Esta gama de valores indica que o aquífero passa lateralmente de livre a condições de confinamento ou semi-confinamento.

Análise Espaço-temporal da Piezometria

O potencial hidráulico, nas zonas altas ou de interflúvio, diminui com a profundidade; na zona central e baixa, das lezírias, e nos vales afluentes do rio Tejo, aumenta naquele sentido. Naquelas zonas predomina a recarga enquanto nas últimas se dá a descarga do sistema aquífero.

Nas camadas superficiais das zonas de interflúvio da margem esquerda do Tejo, o escoamento faz-se para os vales que as limitam, dando origem a escoamentos locais de percurso reduzido.

A vala de Alpiarça e o rio Sorraia, na margem esquerda, e a vala de Azambuja, na margem direita, constituem também estruturas drenantes das camadas superficiais, ao longo do vale do Tejo.

O escoamento nas camadas superficiais, dá-se com gradiente relativamente elevado, na área recoberta pelos terraços, correspondendo às zonas de maior gradiente topográfico. Na zona aluvionar, o gradiente é baixo, tomando valores que poderão ser da ordem de 10-5 a 10-4, cerca da lezíria de Vila Franca de Xira.

Nas camadas de cascalheira da base, o gradiente hidráulico é muito baixo. Na maior parte da área o escoamento tem componente vertical ascendente, com drenância através da camada de lodos que recobre, de forma mais ou menos contínua, o aquífero de areias e areias com seixos e calhaus, da base das aluviões.

(7)

Balanço Hídrico

O balanço hidrológico do sistema aquífero em regime permanente, calculado através de modelo de fluxo em diferenças finitas (Mendonça, 1990), é sintetizado no quadro seguinte:

Entradas (m3/dia) Saídas (m3/dia)

Infiltração 585 450 Estuário 17 341 Barragem de Magos 420 Rios 508 072 Nascentes 42 008 Total 585 870 Total 567 421

Erro 18449 Erro relativo 3 %

Quadro T7.5 - Balanço hidrológico calculado por Mendonça, 1990

Considerou-se uma recarga de 200 mm/ano, com excepção da zona da lezíria de Vila Franca de Xira e campos de Valada, onde se tomou metade daquele valor. Aquele valor corresponde a 30% da média da precipitação na área do aquífero e foi assumido com fundamento em balanço hidrológico a nível do solo e no balanço do ião cloreto (Mendonça, 1990 e 1991).

Do total da recarga considerada, 585 870 m3/dia, cerca de 87% são drenados pelos rios, 7%

pelas nascentes e 3% pelo estuário. O rio Tejo e os seus afluentes da margem esquerda descarregam cerca de 94% da água drenada pelos rios.

Para o ano de 1985, Mendonça (1990) propunha o balanço seguinte:

Entradas (m3/dia) Saídas (m3/dia)

Infiltração 585 450 Estuário 14 307 Rios 3 525 Rios 389 323 Armazenamento 447 Nascentes 37 826 Total 589 422 Total 565 685 Erro 23737 Erro relativo 4 %

Quadro T7.6 - Balanço hidrológico calculado por Mendonça (1990) para o ano de 1985

A contribuição das diferentes parcelas para o caudal bombeado seria a seguinte: rios com 95,6 %, nascentes com 3,4 %, recarga induzida com 2,5 % e estuário com 3,5 % (erro de fecho: 3,5 %).

Actualmente, presume-se que o caudal extraído seja significativamente inferior ao caudal bombeado em 1985, nomeadamente, por abandono ou diminuição de extracções nos campos de captação da EPAL.

(8)

Qualidade

Considerações Gerais

As análises respeitantes a este sistema foram efectuadas no período compreendido entre Maio e Dezembro de 1996. Algumas das análises correspondem a diferentes colheitas feitas na mesma captação, correspondendo às águas baixas e águas altas.

As profundidades de amostragem variam entre os 6 e 73 m.

Figura T7.3 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema das Aluviões do Tejo

Na tabela seguinte apresentam-se as principais estatísticas relativas às águas deste sistema (Quadro T7.7).

n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Condutividade (µS/cm) 32 511 332 192 256 431 690 1800 pH 27 6,95 0,6 6,0 6,5 6,9 7,5 8,1 Cloreto (mg/L) 9 48,3 26,4 31,3 34,8 38,2 48,7 115 Potássio (mg/L) 8 3,3 1,8 1,7 2,5 2,6 3,4 7,5 Nitrito (mg/L) 17 0,47 0,38 0 0,14 0,64 0,69 0,88 Nitratos (mg/L) 27 34,6 27,7 0,5 11,4 30,2 51,95 109 Alcalinidade 9 87,4 74,7 30,4 39,6 48,6 91,5 232 Oxidabilidade 9 0,95 0,17 0,7 0,9 1 1 1,1 Sulfato (mg/L) 9 32,8 30,1 5,2 10,7 23,5 31,2 83,9 Dureza Total (mg/L CaCO3) 9 124 94 33 40 130 172 304 Sódio (mg/L) 8 37,6 19,1 25,4 26,3 30,5 38,8 82,2 Cálcio (mg/L) 9 30,8 25,7 6,5 8,4 31,8 38,2 75,9 Magnésio (mg/L) 9 11,5 8,1 3,3 5,3 9 13,5 28

(9)

Com base num conjunto maior de análises antigas, realizadas em amostras colhidas nas aluviões, obtiveram-se as estatísticas que constam do quadro T7.8 (fig. T7.4).

Figura T7.4 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema das Aluviões do Tejo

n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Condutividade (µS/cm) 61 1117 738 167 531 993 1496 3191 pH 61 7,51 0,38 6,00 7,30 7,55 7,72 8,58 Bicarbomato (mg/L) 63 297 151 54 12 299 377 1043 Cloreto (mg/L) 63 206 205 26 41 133 277 838 Sulfato (mg/L) 63 50 34 0,5 19 46 72 133 Nitrato (mg/L) 24 10 20 0,6 2 5 9 98 Sódio (mg/L) 61 181 142 16 44 161 237 606 Cálcio (mg/L) 63 50 33 4,4 24 42 70 130 Magnésio (mg/L) 63 20 14 3,9 7,4 14 23 65,4

Quadro T7.8 - Principais estatísticas das águas do sistema Aluviões do Tejo (Aluviões)

A partir de um conjunto de análises antigas das águas dos terraços determinaram-se as estatísticas principais que constam do quadro T7.9 (figura T7.5).

(10)

n Média Desvio Padrão

Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo

Condutividade (µS/cm) 30 743 1082 140 252 316 608 4659 pH 34 6,4 0,4 5,9 6,1 6,4 6,7 7,3 Bicarbonato (mg/L) 35 93 69 22 38 73 126 366 Cloreto (mg/L) 35 93 87 31 45 53 119 402 Sulfato (mg/L) 34 118 294 4.3 14 27 40 1321 Sódio (mg/L) 30 71 66 12 31 43 85 290 Cálcio (mg/L) 35 48 76 7,6 12 17 43 342 Magnésio (mg/L) 35 18 27 2,7 5,7 9,2 15 125

Quadro T7.9 - Principais estatísticas das águas do sistema Aluviões do Tejo (Terraços)

Figura T7.5 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema das Aluviões do Tejo

(Terraços)

A evolução da qualidade da água subterrânea pode ser apreciada através da comparação dos valores obtidos no mesmo ponto de água, em diferentes épocas. A seguir faz-se uma síntese dos aspectos principais.

Nitrato - verifica-se um grande aumento nas concentrações, desde a década de 70 até 1996, nomeadamente nos seguintes pontos de água: 330/103 (de 0,47 para 11,5 mg/l); 330/147 (de 4,2 para 48,2 mg/l); 330/e (de 16 para 54 mg/l); 342/22 (de 16 para 42,2 mg/l); 342/78 (de “não acusar” para 49,9 mg/l); 365/15 (de 0,7 para 23,9 mg/l); 377/b (de 0,6 para 8,7 mg/l) e 391/243 (de 2 para 20,4 mg/l).

(11)

O ponto 342/83 passa de um valor de 4,81 mg/l, registado em 6/54, para 109 mg/l, registado em 11/96, sendo esta a maior diferença que se verifica.

Condutividade - de um modo geral, também se verifica o aumento dos valores medidos entre a década de 70 e 1996. O ponto de água em destaque é o 342/78, onde se verificou que os valores

passaram de 230 µS/cm para 881 µS/cm.

Cloreto - quanto a este anião, existe um comportamento bastante heterogéneo. Assim, existem alguns pontos de água amostrados em que os teores diminuíram da década de 70 para 1996. Caso dos pontos 330/103 e 377/b. Noutros pontos, os valores de cloreto medidos mantiveram-se constantes: 330/e, 342/22, 365/15 e 391/243. Nos pontos de água 330/147 e 342/78, os teores aumentaram bastante da década de 70 para 1996, com destaque para este último ponto.

Sulfato - em todos os pontos aumentou o teor neste anião, com destaque para o ponto 342/78, em que de 1972, com um valor de 7,4 mg/L passou para 83,9 mg/L, em 1996.

Dureza Total - também se verifica que em todos os pontos, os valores aumentaram, com

destaque, novamente, para o ponto 342/78, que passou de 29 para 304 mg/L CaCO3.

Cálcio - a maior parte dos pontos de água acusa um aumento no teor deste catião. Nalguns casos, esse aumento é bastante elevado: 330/103 (de 25,9 mg/L para 63,4 mg/L); 342/78 (de 6,2 para 75,9 mg/L).

Magnésio - também predomina o aumento, mas com subidas pouco significativas.

Em estudo que engloba a área do sistema aquífero Aluviões do Tejo, Cerejeira et al. (1999) apresentam uma síntese dos resultados da avaliação da contaminação de águas subterrâneas com pesticidas. No período de 1991-1995 (o estudo incidiu sobre 87 furos, de que se desconhecem a localização e as características), detectaram resíduos de atrazina em concentração superior a 0,1

µg/L (VMA) na água de 27 dos furos. No período de 1996-1998, na água de 11 dos 40 furos

considerados, detectaram-se a presença de resíduos concentração superior a 0,1 µg/L, de pelo

menos um dos seguintes pesticidas: alacloro, atrazina, metolacloro, metribuzina e simazina.

Da análise dinâmica dos resíduos de pesticidas na água subterrânea, aqueles autores constataram que, de um modo geral, havia uma variação das concentrações doseadas ao longo da época das colheitas.

A presença de concentrações elevadas de nitratos no sistema aquífero em concentrações que ultrapassam os VMA é referido, por exemplo, por Cerejeira et al. (1995) e Batista et al. (1998). A área a montante de Santarém é referida como mais problemática.

Qualidade para Consumo Humano

Em relação aos nitratos, como se observa no Quadro T7.10, verifica-se que 26% apresentam valores superiores ao VMA, com um valor máximo de 109 mg/L (obtido em colheita efectuada em Dezembro de 1996).

Não se verifica qualquer correlação entre os valores de nitrato e a profundidade de amostragem. Os valores de cloretos encontram-se todos entre o VMR e o valor de 200 mg/L, valor este acima do qual, se considera poderem ocorrer efeitos nocivos.

(12)

Em relação ao cálcio, magnésio, sódio e potássio, verifica-se que todos os valores estão abaixo do VMR, excepto para o sódio, que todos os teores estão entre os VMR e VMA.

Verifica-se uma amostra com um valor de condutividade igual a 1800 µS/cm e que foi recolhida

a uma profundidade de 6 m.

Anexo VI Anexo I -Categoria A1 Parâmetro <VMR >VMR >VMA <VMR >VMR >VMA

pH 100 0 0 100 0 Condutividade 47 53 97 3 Cloretos 0 100 100 0 Dureza total 0 Sulfatos 56 44 0 100 0 0 Cálcio 100 0 Magnésio 100 0 0 Sódio 0 100 0 Potássio 100 0 0 Nitratos 44 56 26 44 56 26 Nitritos 24 Oxidabilidade 100 0 0 Ferro - - 0 - - 0

Quadro T7.10 – Apreciação da qualidade face aos valores normativos

Uso Agrícola

As águas distribuem-se pelas classes C1S1 (37,5%), C2S1 (50%) e C3S1 (12,5%), pelo que

representam um perigo de salinização dos solos baixo a alto e um perigo de alcalinização dos solos baixo.

(13)

Figura T7.6 - Diagrama de classificação da qualidade para uso agrícola

Bibliografia

Batista, S., Cerejeira, M. J., Trancoso, A., Centeno, M. S., SilvaFernandes, A. (1998) -Pesticidas e nitratos em águas suterrâneas na região do Ribatejo e Oeste em 1996. 4º Congresso da Água, FIL, Lisboa.

Cabral, J. (1995) - Neotectónica em Portugal Continental. Memórias do Instituto Geol. e Mineiro, nº 31. 265 pág.

Cerejeira, M. J., Silva-Fernandes, A., Viana, P., Bacci, E. (1995) - Atrazine and nitatre levels in the ground water of irrigations wells in the agricultural area of Chamusca (Portugal). Toxilogical and Environmental Chemistry, Vol. 49. Pp. 123-128.

Cerejeira, M. J., Batista, S., Silva, E., Viana, P., Centeno, M. S., Silva-Fernandes, A. (1999) Ocorrência e dinâmica de pesticidas na água subterrânea de áreas de milho, hortícolas, vinha e fruteiras do Ribatejo e Oeste. V Encontro Nacional de Protecção Integrada. Bragança

(14)

Gonçalves, F.; Zbyszewski, G.; Carvalhosa, A.; Coelho, A. P. (1979) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 27-D ABRANTES. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 75 pág.

Mendonça, J. J. L. (1990) - Sistema Aquífero Aluvionar do Vale do Tejo (V. N. Barquinha a Alverca): características e funcionamento hidráulico. Dissertação apresentada à Universidade de Coimbra para obtenção do grau de Doutor em Geologia. Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. 343 pág.

Mendonça, J. J. L. (1991) - Clima e recursos hídricos da área aluvionar da bacia do Tejo. Memórias e Notícias, Publ. Mus. Lab. Mineral. Geol., Univ. Coimbra, nº 111, pp. 53-75.

Oliveira, J. T.; Pereira, E.; Ramalho, M.; Antunes, M. T.; Monteiro, J. H. (1992) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1:500 000. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa

Zbyszewski, G. (1953) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 31-A SANTARÉM. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 16 pág.

Zbyszewski, G. (1964) - Carta Geológica dos Arredores de Lisboa na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 34-B LOURES. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 86 pág.

Zbyszewski, G.; Torre de Assunção, C. (1965) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 30-D ALENQUER. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 104 pág.

Zbyszewski, G.; Veiga Ferreira, O. (1968) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 31-C CORUCHE. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 43 pág.

Zbyszewski, G.; Veiga Ferreira, O. (1969) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 35-A SANTO ESTEVÃO. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 27 pág.

Zbyszewski, G.; Manuppella, G.; Veiga Ferreira, O. (1971) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1/50 000 e Notícia Explicativa da Folha 27-C TORRES NOVAS. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 46 pág.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Após 90 dias da semeadura (primeiro subcultivo), protocormos com um par de folíolos foram selecionadas visualmente, mantendo um padrão de altura de cerca de dois milímetros

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

A versão reduzida do Questionário de Conhecimentos da Diabetes (Sousa, McIntyre, Martins &amp; Silva. 2015), foi desenvolvido com o objectivo de avaliar o

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Neste tipo de situações, os valores da propriedade cuisine da classe Restaurant deixam de ser apenas “valores” sem semântica a apresentar (possivelmente) numa caixa

• super-resolução tradicional robusta: algoritmos, como os apresentados em [7], que utilizam as informações provenientes de várias imagens de uma mesma região em baixa

Assim, de montante para jusante: na Boavista (Coimbra) as aluviões sobrepõem-se aos arenitos triásicos; os calcários dolomíticos e calcários margosos servem de substrato nos Campos