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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Farmácia Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia

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Academic year: 2021

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Farmácia

Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia

ARSÊNIO EM ARROZ COMERCIAL: UM POTENCIAL RISCO À SAÚDE HUMANA.

Juliano Durgante

(2)

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Farmácia

Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia

ARSÊNIO EM ARROZ COMERCIAL: UM POTENCIAL RISCO À SAÚDE HUMANA.

Juliano Durgante

Co-orientador: Msc. Sabrina Nunes do Nascimento

Orientador: Profª. Drª. Solange Cristina Garcia

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3 ARSÊNIO EM ARROZ COMERCIAL: UM POTENCIAL RISCO À SAÚDE HUMANA.

Juliano Durgantea, Sabrina N. Do Nascimentoa, Denise Bohrerb, Tatiana Emanuellic, Solange C. Garciaa,*.

a

Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, 90610-000, Porto Alegre – RS, Brasil

b

Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria – RS, Brasil

c

Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria – RS, Brasil

Resumo

O As é uma das principais substâncias tóxicas presentes no planeta, ocupando o primeiro lugar na

Priority List of Hazardous Substances da Agency for Toxic Substances and Disease Registry

(ATSDR). A exposição a esse metal pode levar a diversos prejuízos à saúde, em especial a vários tipos de câncer como consequência da exposição crônica. O arroz é uma das principais fontes de exposição ao As por possuir uma maior capacidade de absorvê-lo e por ser uma base alimentar da população humana. Nesta linha, neste estudo foram quantificados os níveis de As em três tipos de arroz – polido (B), polido parboilizado (PB) e polido integral (PI) - nas principais marcas comerciais de arroz em dois períodos sazonais do ano. Além disso, estimou-se a ingestão diária de As pelos brasileiros provenientes de diferentes regiões, de diferentes faixas etárias, através do consumo de arroz. Os resultados mostraram que na primeira aquisição das amostras de arroz, os níveis de As em todos os tipos estavam altos em comparação com o limite máximo permitido pela legislação brasileira (0,3 mg kg-1). Já na segunda aquisição, o tipo B apresentou níveis altos enquanto que os tipos PB e PI apresentaram níveis baixos de As em relação ao limite preconizado pela legislação. A estimativa da ingestão diária mostrou que os brasileiros de todas as faixas etárias avaliadas ingerem uma grande quantidade de As através do consumo de arroz. Sendo assim, os brasileiros estão expostos a quantidades alarmantes de As através da dieta, o que pode levar a prejuízos a sua saúde em longo prazo, mostrando que devem ser tomadas medidas que visem a diminuição das concentrações de As no arroz.

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4 INTRODUÇÃO

O Arsênio (As) é um metalóide, comumente referido como um metal, de ocorrência natural no ambiente ou proveniente da ação antropogênica, podendo ser encontrado nas formas orgânica ou inorgânica. Suas principais formas inorgânicas são As3+ (trivalente) e As5+ (pentavalente), enquanto as orgânicas são ácido monometilarsênio (MMA) e ácido dimetilarsênio (DMA).1 Esse metal é uma das principais substâncias tóxicas presentes no planeta, estando, desde 1997, em primeiro lugar na lista prioritária de substâncias perigosas da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR).2 A exposição ao As pode levar a uma série de efeitos toxicológicos em praticamente todos os órgãos e tecidos.3 Os principais efeitos tóxicos resultantes da exposição ao As são hiperqueratinização e alterações na pigmentação da pele, neuropatia periférica, conjuntivite, diabetes, efeitos sobre o sistema renal, aumento do fígado, depressão da medula óssea, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Além disso, em mulheres grávidas, pode aumentar a incidência de abortos, partos prematuros e natimortos. Em crianças, pode ocasionar alterações neurocomportamentais.1,3-6

Segundo a International Agency for Research on Cancer (IARC) o As inorgânico (Asi) é classificado como um reconhecido carcinógeno para humanos (grupo 1), enquanto que as formas orgânicas DMA e MMA são classificadas como possíveis carcinógenos para humanos (grupo 2B),7 estando relacionado com a ocorrência de diversos tipos de câncer, tais como de pele, bexiga, pulmão, fígado, rim e próstata.1,3,7,8 Até 2010, o Joint FAO/WHO Expert Committee on Food

Additives (JECFA) estabelecia uma ingestão provisória tolerável semanal (IPTS) para o Asi de 15 µg kg-1. No entanto, em revisão realizada em 2011, esse valor foi retirado por ser considerado muito próximo ao limite inferior da dose de referência para um aumento da incidência de câncer de pulmão de 0,5% (BMDL 0,5%).9

As principais formas de exposição ao As são através do ar, pela ingestão de água e alimentos contaminados.1,10-12 Mandal et al13 relata uma série de casos pelo mundo associando o consumo de água com concentrações elevadas de As com o desenvolvimento de vários efeitos tóxicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, já reconhece que a ingestão de água contaminada com As é um problema de saúde pública, determinando que a concentração de As na água para consumo humano não deve exceder 10 µg L-1.11 Além disso, uma série de estudos vem mostrando que alimentos como cereais, vegetais, frutas e peixes podem conter quantidades importantes de As, podendo contribuir com mais de 50% da ingestão total de As.10,14-17

Entre esses alimentos, está o arroz (Oryza sativa L.), que se destaca por possuir uma maior capacidade de absorver o As quando comparado com outros alimentos.18 Essa maior tendência se

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5 deve a sua forma de cultivo, que é realizada em solos alagados com condições anaeróbicas. Assim, esse metal fica predominantemente na forma de As+3, que possui alta solubilidade em água e mobilidade no solo, sendo facilmente absorvido pelas raízes de arroz e transportado para toda planta chegando até os grãos.12,19 O arroz também se destaca por ser uma das bases alimentares em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde representa uma prevalência de consumo pela população de mais de 80%.20 Sendo assim, nos últimos tempos, vários estudos pelo mundo têm quantificado o As em amostras de arroz, a fim de verificar o grau de exposição que a população está submetida e quais prejuízos à saúde isso pode causar.

Nesta linha, o objetivo deste estudo foi avaliar a quantidade de As total presente nas principais marcas comerciais de arroz (polido, parboilizado polido, parboilizado integral e orgânico polido, parboilizado polido e integral) obtidas de supermercados em dois períodos sazonais do ano, bem como estimar a ingestão diária de As pela população brasileira através do consumo de arroz.

PARTE EXPERIMENTAL

Aquisição e classificação das amostras de arroz

Foram feitas duas aquisições de amostras de arroz, obtendo-se setenta e sete (n = 77) amostras de diferentes marcas em supermercados de Porto Alegre-RS e região metropolitana. A primeira aquisição (n = 50) foi realizada entre os meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014, e a segunda aquisição (n = 27) no mês de maio de 2014. As amostras de arroz dos tipos polido orgânico, parboilizado polido orgânico e integral orgânico foram analisadas somente na primeira aquisição. Todas as amostras obtidas foram da classe longo fino, sendo divididas pelos seus subgrupos como descrito a seguir: primeira aquisição - polido (B) (n = 25); parboilizado polido (PB) (n = 13); parboilizado integral (PI) (n = 9); polido orgânico (BO) (n = 1); parboilizado polido orgânico (PBO) (n = 1); integral orgânico (IO) (n = 1). Segunda aquisição - polido (B) (n = 14); parboilizado polido (PB) (n = 7); parboilizado integral (PI) (n = 6).

Determinação do As total

Aparelhagem

Foram utilizados um espectrofotômetro SpectrAA 200 (Varian, Australia), equipado com o sistema VGA 77 para geração de hidretos e o GTA 100 para atomização electrotermal. O Berghof BSB 939-IR, aparelho de destilação de sub-ebulição (Eningen, Germany), e a autoclave Phoenix

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6 AV 50 N 6281 (São Paulo, Brasil) também foram utilizados. As condições de operações estão descritas em Bohrer et al.21

Reagentes

A água utilizada foi destilada, deionizada e posteriormente ultra purificada pelo sistema Milli-Q (Millipore, Bedford, USA). A solução padrão continha 1000 mg L-1 de As2O3 (Merck, Darmstadt, Germany) dissolvido em 1,0 mol L-1 NaOH. O tetraidroborato de sódio (NaBH4) (Merck) 1 % (m/v) foi preparado em 0,1 mol L-1 de NaOH. O HCl (36 %, 1,19 g mL-1) (Merck) grau analítico foi purificado pelo aparelho de destilação de sub-ebulição.

Digestão

As amostras de arroz sofreram uma digestão segundo o método 3050b EPA (US

Environmental Protection Agency), que consiste na adição de 1 g de amostra com 10 mL de

HNO3:H2O (1:1 v,v) em aquecimento por 15 min a 95 ± 5 °C seguido por arrefecimento. Após, foi adicionado 5 mL de HNO3 concentrado e aquecido até não se depreenderem mais vapores de cor marrom e reduzido o volume para aproximadamente 5 mL. Então, foram adicionados 2 mL H2O e 3 mL H2O2 30% e aquecido, sendo adicionadas novas porções de H2O2 30% até que a solução não apresentasse mais efervescência. Por final foi aquecido a 95 ± 5 °C por 2 horas e deixado arrefecer, completando o volume a 100 mL com H2O.

Quantificação do As total

A determinação foi feita por absorção atômica com geração de hidretos, na qual a amostra é aspirada e o arsênio é reduzido para formação do hidreto, que é volatilizado e introduzido na célula para quantificação. O As total presente em solução foi medido pela redução por 6,0 mol L-1 HCl. Tetraidroborato de sódio 1% (m/v) foi utilizado como agente redutor. A curva analítica foi obtida com concentrações variando de 5 µg L-1 a 40 µg L-1 de As.

Análise de risco

A ingestão diária de As através do consumo de arroz foi estimada através do seguinte cálculo: EID = (CAs x Qacd)/PC, no qual EID é a estimativa da ingestão diária em µg dia-1 kg-1; CAs é a concentração média de As encontrada para o arroz B. Essa estimativa foi feita utilizando somente a média do arroz B por ele ser amplamente mais consumido no Brasil em relação aos outros tipos.20,22 Qacd é a quantidade de arroz consumida diariamente; PC é o peso corporal. Os dados de

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7 Qacd20 e PC23 foram obtidos através de uma pesquisa de orçamentos familiares realizada no período de 2008 a 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Qacd foi separada nos seguintes grupos da população do Brasil: total da população (homens e mulheres) e, por sexo, homens e mulheres; regiões – norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste; por faixa etária – adolescentes, adultos e idosos. O PC, para cada grupo, foi calculado pela média ponderal, que leva em consideração o quanto que cada faixa etária e sexo representam da população de estudo. Assim, para os grupos “Brasil” e “Regiões” foram utilizados os dados de homens e mulheres com 20 anos ou mais, e para os grupos por faixa etária foram utilizados os dados de homens e mulheres com idades variando da seguinte forma: adolescentes de 10 a 19 anos, adultos de 20 a 64 anos e idosos de 65 anos ou mais. Para a EID poder ser comparada com o IPTS, foi multiplicada por sete, obtendo-se a ingestão semanal de As.

Análise estatística

A análise estatística foi realizada utilizando o software estatístico IBM SPSS (versão 22). A verificação da distribuição normal das variáveis foi avaliada utilizando o teste de Shapiro-Wilk. O teste de ANOVA de duas vias foi utilizado para comparação das variáveis entre os grupos. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão médio (EP), e o nível de significância foi considerado quando p < 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As concentrações de As obtidas para cada amostra de arroz estão apresentadas na Tabela 1. É possível observar que existe uma grande variação nos níveis de As total entre a primeira e a segunda aquisição para todos os tipos de arroz analisados, variando de <0,03 – 1,44 mg kg-1 com média de 0,71 mg kg-1, e de <0,03 – 0,60 mg kg-1 com média de 0,28 mg kg-1, respectivamente. Os resultados mostram que os níveis de As na primeira aquisição, quando os resultados utilizados não foram separados pelos tipos, estão significativamente aumentados em comparação aos da segunda aquisição (p < 0,001). As médias, medianas, níveis mínimos e máximos de As encontrados para os tipos de arroz estão demonstrados na Tabela 2. A Figura 1 demonstra que os níveis de As foram significativamente elevados (p < 0,05), para todos os tipos de arroz, na primeira aquisição em comparação com os níveis obtidos para o respectivo tipo de arroz da segunda aquisição. Não foram observadas diferenças significativas quando os tipos de arroz foram comparados dentro da mesma

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8 aquisição, com exceção dos tipos B e PI, ambos da segunda aquisição, no qual o tipo B mostrou estar com níveis de As significativamente maiores em relação ao tipo PI (p = 0,04).

Tabela 1. Concentração de As por amostra adquirida durante a primeira e segunda aquisição

Tipo Amostra Arsênio

(mg kg-1) Amostra Arsênio (mg kg-1) Tipo Amostra Arsênio (mg kg-1) Amostra Arsênio (mg kg-1)

Primeira Aquisição Segunda Aquisição Primeira Aquisição Segunda Aquisição

B 1 0,65 51 0,35 PB 26 0,47 65 0,36 2 0,64 52 0,46 27 0,91 66 0,06 3 0,92 53 0,56 28 1,12 67 0,18 4 0,83 54 0,46 29 0,56 68 0,08 5 1,06 55 0,50 30 0,83 69 0,06 6 0,94 56 0,42 31 0,58 70 0,17 7 1,02 57 0,60 32 0,78 71 0,13 8 0,95 58 0,43 33 0,43 9 0,82 59 0,38 34 0,81 10 0,83 60 0,34 35 0,82 11 0,84 61 0,33 36 0,78 12 0,64 62 0,47 37 0,38 13 0,66 63 0,30 38 0,34 14 0,93 64 0,28 PI 39 0,45 72 0,04 15 1,14 40 1,24 73 0,15 16 1,11 41 0,86 74 0,20 17 0,68 42 0,58 75 nd 18 0,29 43 1,44 76 0,23 19 nd 44 0,62 77 nd 20 0,47 45 0,66 21 0,52 46 0,76 22 0,39 47 0,77 23 0,22 BO 50 0,33 24 0,17 PBO 48 0,55 25 0,22 IO 49 0,71

B: arroz polido; PB: arroz parboilizado polido; PI: arroz parboilizado integral; BO: arroz polido orgânico; PBO: arroz parboilizado polido orgânico; IO: arroz integral orgânico; nd: não detectado.

Tabela 2. Concentrações de As total nos diferentes grupos durante a primeira e segunda aquisição

Arsênio (mg kg-1)

Primeira Aquisição Segunda Aquisição

Tipo Média± EP Mediana Mín. – Máx. Tipo Média± EP Mediana Mín. – Máx. p valor

B (n = 25) 0,68 ± 0,05 0,68 <0,03 – 1,14 B (n = 14) 0,42 ± 0,07 0,42 0,28 – 0,60 0,002

PB (n = 13) 0,68 ± 0,07 0,78 0,34 – 1,12 PB (n = 7) 0,15 ± 0,09 0,13 0,06 – 0,36 <0,001

PI (n = 9) 0,82 ± 0,08 0,76 0,45 – 1,44 PI (n = 6) 0,11 ± 0,10 0,10 <0,03 – 0,23 <0,001

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9 Figura 1. Concentrações de As (mg kg-1) obtidas nos diferentes tipos de arroz durante a primeira e segunda aquisição. Os resultados estão expressos em média ± EP; * p < 0,05

A presença de As no arroz está relacionada a três fatores que representam fontes de contaminação, relacionados com a sua produção, tais como a concentração de As presente nos agrotóxicos e fertilizantes utilizados, na água utilizada para irrigação e no solo onde foi plantado.17,18,24 Em 2013, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atualizou os limites máximos de contaminantes inorgânicos em alimentos, estabelecendo que a concentração máxima permitida de As no arroz é de 0,30 mg kg-1.25

Na Figura 2 são mostrados os níveis de As para cada amostra de arroz, demonstrando as amostras que estão acima e abaixo do limite estabelecido pela ANVISA. Considerando esse limite, somente 10% (5) das amostras da primeira aquisição estão de acordo com a legislação, enquanto que na segunda aquisição, 52% (14) das amostras estão de acordo. As 5 amostras que estavam de acordo com a legislação na primeira aquisição eram do grupo B; já na segunda aquisição, somente 2 das amostras com níveis inferiores ao estipulado pela legislação eram do grupo B. Uma importante fonte de contaminação ambiental de As são os agrotóxicos, sendo bem relatado na literatura que a utilização desses agrotóxicos com As na sua composição levam ao acúmulo do metal no solo, tanto que a principal fonte de As no arroz produzido na América é proveniente da utilização de agrotóxicos.12 Além disso, a utilização de fertilizantes durante o cultivo do arroz representa outra importante fonte de contaminação por As, uma vez que alguns tipos de fertilizantes podem conter na sua composição quantidades consideráveis de As.1,26-28 No presente estudo, foram analisadas amostras de arroz em diferentes meses do ano (janeiro e maio). Em vista disso, uma vez que os agrotóxicos e fertilizantes são aplicados em diferentes épocas do ano de acordo com o ciclo do cultivo do arroz, nossos resultados sugerem que eles podem contribuir com a contaminação por As

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10 no arroz de forma variável durante o ano. Dessa forma, o presente estudo demonstra a importância de se realizar a quantificação dos níveis de As de uma forma contínua no arroz produzido pelo Brasil, a fim de prevenir eventuais danos à saúde da população, uma vez que ela consome arroz diariamente estando, portanto, cronicamente exposta ao As através da alimentação. Além disso, é bem relatado na literatura que a exposição crônica ao As leva ao desenvolvimento de uma série de doenças, em especial a alguns tipos de câncer.6,8,15,29

Figura 2. Concentrações de As (mg kg-1) obtidas em cada amostra avaliada nos diferentes tipos de arroz. A: concentrações obtidas durante a primeira aquisição; B: concentrações obtidas durante a segunda aquisição.* A linha paralela ao eixo x representa a concentração limite (0,3 mg kg-1) permitida pela ANVISA para o As no arroz

O efeito do solo pode ser visto no estudo de Khan et al,30 no qual as amostras de arroz foram cultivadas em dois tipos de solos, um com uma concentração baixa e outro com uma concentração alta de As. Os resultados mostram que a concentração de As nas amostras de arroz cultivadas no solo com alta concentração de As foram até 50% maiores do que aquelas cultivadas no solo com baixa concentração do metal. No mesmo estudo, as amostras de arroz foram irrigadas com 3 diferentes tipos de água, um tipo de água que não continha As, e dois tipos de água com

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11 concentrações de 1 mg L-1 e 2 mg L-1 de As. Os resultados demonstraram que as amostras irrigadas com as águas contendo 1 e 2 mg L-1 de As possuíam 50 % e 100 % mais As, respectivamente, quando comparadas com a amostra irrigada com a água sem a presença de As. Neste sentido, estudos investigando os níveis de As em solos e águas utilizadas para o cultivo de arroz são importantes, uma vez que auxiliam na estimativa de contaminação ao As através desta fonte.

Além disso, a utilização de água contaminada com As para cozinhar o arroz também representa uma importante fonte de exposição ao metal, pois se sabe que o arroz pode absorver de 89 a 105% da quantidade de As presente na água.31 Em estudo de Laparrata et al,32 investigou-se se a utilização de água deionizada e água deionizada contaminada com As (0,5 mgL-1) interferiam na quantidade final de As no arroz. Os resultados mostraram que não foi observado aumento na quantidade de As quando o arroz foi cozido com a água deionizada sem As em comparação ao arroz cru. No entanto, quando o arroz foi cozido com a água deionizada contaminada com As ocorreu um incremento de 5 a 17 vezes na quantidade de As em comparação ao arroz cru. Resultados similares foram obtidos por Torres-Escribano et al,33 que cozinharam o arroz com água contaminada com diferentes concentrações de As, variando de 0,1 até 1 mg L-1, afim de mimetizar as concentrações de As presentes na água de áreas endêmicas. Os resultados obtidos mostram que a quantidade de As após o cozimento aumentou de 3 até 99 vezes em comparação com a quantidade inicial.

Adicionalmente, a pré-lavagem do arroz e a forma de cozimento são outros fatores que podem afetar a concentração final de As no alimento. Assim, podem ser utilizadas como estratégias para reduzir a concentração de As antes da ingestão. A pré-lavagem do arroz antes do cozimento chega a remover 28% do As. O método de cozimento contemporâneo, que não lava o arroz antes de cozinhar e utiliza um volume de água de 2 a 3 vezes mais do que a quantidade de arroz não afeta a concentração de As. Já o método indiano, que associa a pré-lavagem do arroz com o cozimento utilizando um volume de água 6 vezes maior do que a quantidade de arroz (descartando o excesso de água quando o arroz fica cozido), chega a remover até 57 % da quantidade de As presente no arroz.34 Resultados semelhantes foram encontrados por Mihucz et al35 e Raab et al.36 Mihucz et al35, onde foi mostrado que a lavagem do arroz antes do cozimento com uma proporção de 6:1 (água:arroz) por 2 min removeu de 8 a 17 % da quantidade de As. Além disso, o cozimento do arroz com a mesma proporção de 6:1 (água:arroz) por 15 min, descartando o excesso de água, removeu 29 a 42% do As. O estudo de Raab et al36 mostrou que o cozimento do arroz com um volume de água 6 vezes maior do que a quantidade de arroz reduz tanto o As total quanto o As inorgânico.

Na comparação dos nossos níveis de As com os já reportados na literatura (Tabela 3), é possível observar que todos os estudos mostram uma grande variação nos níveis, bem como foi observado no presente estudo. Também foi possível verificar que os níveis de As obtidos na

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12 primeira aquisição estão mais elevados do que os níveis encontrados nos estudos da Espanha, França, Itália, Reino Unido, EUA, Egito e Índia. Além disso, são comparáveis com aqueles obtidos em Bangladesh e China, onde é relatado que a produção do arroz é realizada em solo ou água contaminado com As.38,39 Apesar dos níveis de As encontrados na segunda aquisição para o tipo B estarem inferiores aos níveis observados na primeira aquisição, mostraram estar mais elevados do que a maioria dos estudos relatados. Já as amostras de arroz dos tipos PB e PI possuem níveis similares aos obtidos em estudos de Bangladesh, China, Egito, Índia, Itália, Japão e Tailândia, e inferiores aos da Espanha, França, Reino Unido e EUA. Quando comparamos os níveis de As obtidos no estudo do Batista et al,22 também realizado no Brasil, com os do presente estudo, observamos que os níveis da primeira aquisição do presente estudo estão mais elevados em todos os grupos. Já na segunda aquisição, os níveis de As do tipo B estão mais próximos aos encontrados por Batista et al,22 sendo um pouco mais elevados, enquanto que nos tipos PB e PI os níveis do presente estudo estão inferiores.

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13 Tabela 3. Comparação dos níveis de As total obtidos no presente estudo com outros estudos reportados na literatura

Local Tipo de Arroz Arsênio

(mg kg-1) Variação Referências Primeira Aquisição

Brasil B 0,68 <0,03 – 1,14 Presente estudo PB 0,68 0,34 – 1,12 Presente estudo PI 0,82 0,45 – 1,44 Presente estudo Segunda Aquisição B 0,42 0,28 – 0,60 Presente estudo PB 0,15 0,06 – 0,36 Presente estudo PI 0,11 <0,03 – 0,23 Presente estudo Bangladesh B 0,13 0,02-0,33 Meharg et al37 NE 0,20 0-0,34 Islam et al 38 NE 0,36 0-0,99 Islam et al 38 NE 0,76 0,05-2,05 Islam et al 38 NE 0,95 0,21-1,50 Islam et al 38 Brasil B 0,22 0,11-0,38 Batista et al22 PB 0,22 0,11-0,37 Batista et al22 I 0,35 0,27-0,43 Batista et al22 PI 0,27 0,23-0,32 Batista et al22 China I 0,56 0,15-1,09 Liu et al39 B 0,14 0,02-0,46 Meharg et al37 Egito B 0,05 0,01-0,58 Meharg et al37 Espanha B 0,20 0,05-0,82 Meharg et al37 NE 0,25 0,05-0,53 Laparra et al37 EUA I 0,27 0,06-0,85 FDA40 PB 0,21 0,13-0,30 FDA40 B 0,24 0,07-0,78 FDA40 B 0,25 0,03-0,66 Meharg et al37 França B 0,28 0,09-0,56 Meharg et al37 India NE 0,19 0,11-0,54 Sengupta et al34 Itália B 0,15 0,07-0,33 Meharg et al37 Japão B 0,19 0,07-0,42 Meharg et al37

Reino Unido J 0,23 0,12-0,47 Meharg et al41

Tailândia B 0,14 0,01-0,39 Meharg et al37

B: arroz polido; PB: arroz parboilizado polido; PI: arroz parboilizado integral; I: integral; J: arroz jovem; NE: não especificado.

Para a realização da EID, foram utilizadas as médias das concentrações obtidas para o arroz B da primeira e da segunda aquisição. Uma importante limitação no cálculo da EID é o fato de não existirem limites de consumo para todos os tipos de As (orgânico, inorgânico e total). No presente estudo, foi utilizado o limite para o Asi, uma vez que não existe limite para As total. Apesar do

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14 limite estipulado para ingestão de Asi até 2011 não ser mais considerado seguro, foi realizada a comparação da EID obtida para cada grupo com esse limite (15 µg kg-1 de PC por semana).9

A Tabela 4 mostra as EID obtidas no presente estudo. Utilizando o nível médio de As da primeira aquisição, a população brasileira, como um todo, está consumindo 11,39 µg As kg-1 de PC por semana, o que representa aproximadamente 76 % da IPTS. Já quando foi utilizado o nível médio de As da segunda aquisição, há uma redução de aproximadamente 40 % nesses valores. Também foi possível observar que os homens possuem maior ingestão de As em comparação com as mulheres, devido a maior quantidade de arroz consumido por esse grupo. Na comparação entre as regiões, a região centro-oeste foi a que apresentou a maior EID, provavelmente por ser a que consome maior quantidade de arroz. Em contra partida, a região sul foi a que teve a menor EID, possivelmente por ser a região que consome a menor quantidade de arroz e possui o maior peso corporal. Finalmente, quando comparamos as faixas etárias, os adolescentes têm uma EID aproximadamente 30 % maior do que os adultos e os idosos, devido ao fato de terem um consumo de alimentos em relação ao seu peso corporal maior do que as outras faixas etárias.42 No entanto, uma limitação no cálculo da EID para os adolescentes é o fato de que na faixa etária classificada para adolescentes (10 a 19 anos) pelo IBGE, há uma grande variação no peso corporal e quantidade de arroz consumido. O ideal seria poder calcular a EID utilizando faixas mais estreitas de idade, o que contribuiria para a aquisição de dados mais fidedignos.

Alem disso, os resultados das EID do presente estudo corroboram com outro estudo realizado pelo nosso grupo, no qual foram avaliados os níveis de As sanguíneos em crianças do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados mostram que os níveis de As sanguíneos nas crianças estão acima do valor de referência estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).43

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15 Tabela 4. Estimativa da Ingestão Diária (EID) para o Brasil, regiões e faixas etárias

Arroz (g dia-1) Peso Corporal (kg) Ingestão Diária (µg kg-1dia-1) Ingestão Semanal (µg kg-1) % de ingestão em relação ao ITPS Primeira Aquisição Brasil Total 160,3 67 1,63 11,39 75,92 Homens 189,9 72 1,79 12,55 83,70 Mulheres 132,7 62 1,46 10,19 67,92 Região Norte 156,6 65 1,64 11,47 76,45 Nordeste 142,6 64 1,52 10,61 70,71 Sudeste 175,6 69 1,73 12,11 80,76 Sul 133,8 70 1,30 9,10 60,66 Centro-oeste 194,5 68 1,95 13,62 90,77 Faixa etária Adolescente 158,9 50 2,16 15,13 100,85 Adulto 165,0 68 1,65 11,55 77,00 Idoso 138,8 62 1,52 10,66 71,04 Segunda Aquisição Brasil Total 160,3 67 1,00 7,03 46,89 Homens 189,9 72 1,11 7,75 51,70 Mulheres 132,7 62 0,90 6,29 41,95 Região Norte 156,6 65 1,01 7,08 47,22 Nordeste 142,6 64 0,94 6,55 43,67 Sudeste 175,6 69 1,07 7,48 49,88 Sul 133,8 70 0,80 5,62 37,46 Centro-oeste 194,5 68 1,20 8,41 56,06 Faixa etária Adolescente 158,9 50 1,33 9,34 62,29 Adulto 165,0 68 1,02 7,13 47,56 Idoso 138,8 62 0,94 6,58 43,88

IPTS: ingestão provisória tolerável semanal

CONCLUSÃO

Este estudo demonstrou que uma parte considerável das amostras de arroz consumidas pela população brasileira possuem concentrações de As acima do permitido pela legislação brasileira. Além disso, foi possível observar que há uma grande variação nessas concentrações dependendo da época do ano em que o arroz é adquirido. Dessa forma, a população encontra-se exposta a níveis de As que podem causar prejuízos a sua saúde em longo prazo. Mesmo o estudo possuindo algumas limitações, como a não especificação das formas de As presentes nas amostras de arroz, os

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16 resultados são consistentes e indicam a necessidade de se adotar políticas que visem a sua redução. Nesse sentido, mais estudos são necessários para determinar a fonte de As, podendo, então, desenvolver e implementar medidas que reduzam os níveis de As promovendo uma alimentação que não gere riscos excessivos à saúde da população.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq (Processo nº 440175/2014-3), pela bolsa de estudo concedida ao J. Durgante e pela bolsa pesquisador concedida à S.C. Garcia.

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