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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação

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Academic year: 2021

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SOCIABILIDADE VIRTUAL X MOBILIDADE: USO DE

SMARTPHONES COM INTERNET POR JOVENS

Brasília - DF

2019

Autor: Élida Borges Rodrigues Gomes

Orientador: Dr. Alexandre Schirmer Kieling

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SOCIABILIDADE VIRTUAL X MOBILIDADE: USO DE SMARTPHONES COM INTERNET POR JOVENS

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Comunicação da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção do Título de Mestre em Comunicação.

Orientador: Dra. Cosette Espindola de Castro (fase inicial do trabalho)

Dr. Alexandre Schirmer Kieling

Brasília, DF 2019

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

G633s Gomes, Élida Borges Rodrigues.

Sociabilidade virtual x mobilidade: uso de smartphones com internet por jovens / Élida Borges Rodrigues Gomes – 2019.

90 f. : il.; 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2019. Orientação: Prof. Dr. Alexandre Schirmer Kieling

1. Comunicação. 2. Smartphones. 3. Internet. 4. Jovens. 5. Sociabilidade virtualência. I. Kieling, Alexandre Schirmer, orient. II. Título.

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Agradeço ao professor Dr. Alexandre Kieling pela orientação e incentivo, especialmente pelo estímulo ao retorno aos estudos do mestrado.

Agradeço a todos os professores do Mestrado em Comunicação da Universidade Católica de Brasília, em especial a professora Dra. Cosette Castro, pela orientação na fase inicial do trabalho e a professora Dra. Florence Dravet, coordenadora do curso, pelo apoio.

Agradeço aos meus pais, José Américo Borges e Geralda Maria Borges, que sempre me apoiaram e incentivaram.

Agradeço ao Carlos Eduardo Oliveira Gomes pelo incentivo no início, companheirismo no decorrer e pelo suporte e amor incondicional na reta final desta jornada.

Agradeço também às queridas colegas Gabrielle Santelli Vitório e Hyldegardes Cavalcanti de Mello, pelo apoio ao longo dos estudos do mestrado.

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O jeito mais eficiente de fazer algo é fazendo. (Amelia Earhart)

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A utilização de smartphones tem crescido no Brasil nos últimos anos, chegando a 94% do total de celulares, segundo dados de outubro de 2018 da ANATEL. Este tipo de aparelho depende de conexão com a internet, oferecendo ao dono a possibilidade de conectar-se a redes sociais digitais, acessar sites e aplicativos diversos. Considerando que o acesso à internet em plataformas móveis no Brasil tem valores altos, e que de cada 100 linhas móveis no país, 59 são pré-pagas e 41 pós-pagas, faz-se necessário, para o campo da Comunicação, compreender como a população utiliza os smartphones. Neste caso, o recorte foi feito com a população jovem de Gama, Distrito Federal, que foi estudada no período de outubro a dezembro de 2015. Na segunda fase do trabalho, a população analisada foram estudantes de Taguantinga, Distrito Federal. O trabalho tem como embasamento as teorias de autores como Marshall McLuhan, Manuel Castells, Pierre Levy, André Lemos, entre outros. As metodologias utilizadas são pesquisa bibliográfica e estudo exploratório quali-quantitativo, realizado por meio da aplicação de entrevista em grupo focal e aplicação de questionários estruturados.

Palavras-chave: comunicação. Smartphones. Internet. Jovens. Sociabilidade virtual.

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The use of smartphones has grown in Brazil in recent years, reaching 94% of the total cell phones, according to data from October 2018 provided by ANATEL. This type of device depends on the connection to the internet, giving the owner the possibility of connecting to digital social networks, accessing various websites and applications. Considering that Internet access on mobile platforms in Brazil has high values, and of every 100 mobile lines in the country, 59 are prepaid and 41 postpaid, it is necessary, for the field of Communication, to understand how the population uses smartphones. In this case, the delimitation settled the young population of Gama, Federal District, which was studied from October to December 2015. In the second phase of the study, the population analyzed were students from Taguantinga, Federal District. The work is based on theories of authors such as Marshall McLuhan, Manuel Castells, Pierre Levy, André Lemos, among others. The methodologies used are bibliographic research and qualitative and quantitative exploratory study, performed through the application of a focal group interview and the application of structured questionnaires.

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rede wi-fi. ... 13

Figura 2 - Facebook tem 2,2 bilhões de usuários no mundo e 127 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela ... 27

Figura 3 - Twitter tem 326 milhões de usuários no mundo e 8,49 milhões no Brasil - representados proporcionalmente pela cor amarela ... 28

Figura 4 - Instagram tem 1 bilhão de usuários no mundo e 50 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela ... 29

Figura 5 - WhatsApp tem 1,5 bilhão de usuários no mundo e 120 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela ... 29

Figura 6 - Comparativo entre aparelhos celulares tradicionais (azul) e smartphones (vermelho) ... 30

Figura 7 - Comparativo entre números de celulares e smartphones, com dados de 2014 e 2018 ... 31

Figura 8 - Sistemas operacionais no Brasil em 2014 ... 32

Figura 9 - Sistemas operacionais no Brasil em 2018 ... 33

Figura 10 - Cobertura de telefonia celular por população no Brasil em outubro de 2018 ... 33

Figura 11 - Cobertura de telefonia celular por município no Brasil em outubro de 2018 ... 34

Figura 12 - Cobertura de rede de telefonia e dados no Brasil em outubro de 2018 .. 34

Figura 13 - Quantitativo de linhas por operadora de telefonia celular no Brasil em outubro de 2018 ... 35

Figura 14 - Valores pacotes pré-pagos e controle em outubro de 2018 ... 36

Figura 15 - Smartphone Xperia M Dual, da Sony, com entrada para dois cartões SIM ... 37

Figura 16 - questionário aplicado pela autora sobre idade ... 39

Figura 17 - questionário aplicado pela autora sobre posse de smartphone ... 40

Figura 18 - questionário aplicado pela autora sobre acesso à internet ... 40

Figura 19 - questionário aplicado pela autora sobre plano de telefonia ... 41

Figura 20 - questionário aplicado pela autora sobre tempo de utilização ... 41

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Figura 24 - questionário aplicado pela autora sobre posse de smartphone ... 44

Figura 25 - questionário aplicado pela autora sobre acesso à internet ... 44

Figura 26 - questionário aplicado pela autora sobre plano de telefonia ... 45

Figura 27 - questionário aplicado pela autora sobre tempo de utilização ... 45

Figura 28 - questionário aplicado pela autora sobre formas de utilização ... 46

Figura 29 - questionário aplicado pela autora sobre intensidade de utilização ... 47

Figura 30 - comparação entre forma de acesso ... 49

Figura 31 - comparação entre tipos de plano ... 50

Figura 32 - comparação entre tempo de utilização ... 51

Figura 33 - comparação do uso do smartphone para vídeos ... 52

Figura 34 - comparação do uso do smartphone para música ... 52

Figura 35 - comparação do uso do smartphone para acesso a notícia ... 53

Figura 36 - comparação do uso do smartphone para estudos ... 53

Figura 37 - comparação do uso de smartphones para leitura de e-books... 54

Figura 38 - comparação do uso de smartphones para fotografia ... 54

Figura 39 - comparação de uso do aplicativo Pinterest ... 55

Figura 40 - comparação de uso do aplicativo WhatsApp ... 55

Figura 41 - comparação do uso do aplicativo Twitter ... 56

Figura 42 - comparação de uso do aplicativo Facebook ... 56

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2.1 REVISÃO DE LITERATURA ... 20

2.2 LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS DE FONTES OFICIAIS ... 22

2.3 QUESTIONÁRIOS ESTRUTURADOS ... 23

2.4 GRUPO FOCAL ... 24

3 SOCIABILIDADE NA ERA DO VIRTUAL ... 25

3.1 ACESSO ÀS REDES SOCIAIS A PARTIR DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS .... 25

3.2 PRINCIPAIS APLICATIVOS UTILIZADOS PARA SOCIALIZAÇÃO VIRTUAL: FACEBOOK, INSTAGRAM, WHATSAPP, TWITTER... 26

4 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 30

4.1 INFRAESTRUTURA DE REDE NO BRASIL ... 33

4.2 OPERADORAS DE TELEFONIA E VALORES PRATICADOS ... 35

4.3 CELULARES COM MAIS DE UMA OPERADORA ... 37

5 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS – PRIMEIRA FASE DA PESQUISA ... 39

5.1 DADOS DO QUESTIONÁRIO APLICADO EM 2015 ... 39

5.2 DADOS DO QUESTIONÁRIO APLICADO EM 2018 ... 43

5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS DADOS DOS QUESTIONÁRIOS DE 2015 E 2018 49 5.4 ANÁLISE DOS DADOS DO GRUPO FOCAL... 57

5.4.1 Quanto aos planos de telefonia ... 58

5.4.2 Quanto ao início de uso do smartphone ... 58

5.4.3 Quanto aos motivos para escolha dos aparelhos ... 59

5.4.4 Quanto ao acesso à internet nos aparelhos ... 59

5.4.5 Quanto às formas de comunicação antes do smartphone com internet 59 5.4.6 Quanto ao uso do smartphone para comunicação com os amigos ... 60

5.4.7 Quanto às operadoras ... 61

5.4.8 Quanto à qualidade dos serviços prestados pelas operadoras ... 61

5.4.9 Quanto à forma de utilização dos smartphones... 62

5.4.10 Quanto à intensidade de uso de internet no smartphone em comparação com outros dispositivos ... 63

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5.4.12 Quanto ao aumento do contato virtual com as pessoas após a utilização

dos smartphones ... 63

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 65

BIBLIOGRAFIA ... 70

APÊNDICES ... 74

Apêndice A - Transcrição entrevista grupo focal – 2015 ... 74

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As filas em Brasília (DF) já não são mais as mesmas. Seja no banco, no dentista, ou até no supermercado, os comentários espontâneos sobre a chuva ou sobre a demora inevitável no atendimento praticamente silenciaram. Cada pessoa está atenta à tela do telefone celular, muitas vezes se comunicando por meio de seus dispositivos móveis com outras pessoas que estão a quilômetros. Nem todos, jovens ou adultos, estão conectados à internet, mas boa parte está, muitas vezes até postando numa rede social reclamações sobre a própria fila e o tempo de espera.

Em diversos outros ambientes, como salas de aula de segundo ou terceiro grau, um observador casual poderá notar o número crescente de alunos que estão mais ligados ao celular e aparentemente, menos presentes ao ambiente físico que os cerca. Outra mudança de comportamento causada pelas tecnologias móveis com acesso à internet são as pessoas que não falam mais entre si nos restaurantes, apenas virtualmente, através das redes sociais digitais. O fenômeno, conhecido como phubber, pelos pesquisadores de língua inglesa, fez com que alguns restaurantes e bares em diferentes lugares do mundo, inclusive no Brasil, estimulassem seus clientes a não utilizar o celular, não disponibilizando mais redes sem fio (wifi).

Figura 1 - Ilustração mostrando placa em restaurante, avisando sobre a ausência de rede wi-fi.

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por jovens em sala de aula e nos diversos ambientes de uma universidade, como lanchonetes, restaurantes universitários ou biblioteca. Um dos fatores que incitou o interesse por esse tema foi a percepção de que há uma busca cada vez maior por equipamentos de última geração, com recursos mais avançados, através dos chamados aparelhos high end2. A conexão à internet é um pré-requisito para este

público, ainda que essa conexão seja realizada em aparelhos móveis pré-pagos através dos diferentes planos oferecidos pelas operadoras no Brasil, ou através de redes wi-fi3.

A presente pesquisa de mestrado tenta compreender melhor este fenômeno social observado no cotidiano de trabalho da investigadora, estudando a utilização dos smartphones por jovens. A pesquisa teve uma fase inicial, acontecida entre 2014 e 2015 e após pausa foi retomada em 2018, o que possibilitou a apresentação e análise de dados dos dois momentos. No primeiro momento, o público pesquisado foram alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Gama/DF. Foram entrevistados 8 jovens na modalidade grupo focal, e 37 responderam questionários, conforme explicado no capítulo metodológico.

No segundo momento, em 2018, foram aplicados 45 questionários e também entrevistados 7 jovens alunos do curso superior de Comunicação Social Publicidade e Propaganda em Taguatinga/DF.

1 Smartphones, numa tradução literal, seriam os telefones inteligentes. Esses aparelhos são telefones

capazes de ampliar suas características e funcionalidades por meio da instalação de aplicativos compatíveis com seu sistema operacional.

2 Smartphones high end – termo que designa os aparelhos celulares com as características de

hardware e software mais avançadas disponíveis no mercado. Devido à velocidade com que os novos aparelhos são lançados no mercado pelas fabricantes, um aparelho high end pode rapidamente ficar ultrapassado em sua tecnologia.

3 Redes wi-fi são redes sem fio. Quando existe um hotspot wi-fi, é possível utilizar a conexão desta

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país de grandes contrastes. Uma parcela significativa da população ainda vive em situação de miséria. Segundo dados do IBGE (2016), no Brasil, 25,4% da população vivia em situação de pobreza em 2016, de acordo com o critério adotado pelo Banco Mundial, que considera pobre quem ganha menos do que US$ 5,5 por dia nos países em desenvolvimento. Esse valor equivale a uma renda domiciliar per capita de R$ 387 por mês, ao considerar a conversão pela paridade de poder de compra. Paradoxalmente, o Brasil é um dos países em que a população adota as tecnologias digitais com facilidade, incorporando-as rapidamente ao dia a dia. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) com acesso à internet vêm sendo tema de estudos desde que surgiram, no final dos anos 90 do século XX e este interesse tem se intensificado nos últimos anos, à medida em que surgem mais e mais inovações. Considera-se neste trabalho tecnologias de informação e comunicação o conceito de Lemos (2008 p.68):

O que chamamos de novas tecnologias de comunicação e informação surge a partir de 1975, com a fusão das Telecomunicações analógicas com a informática, possibilitando a veiculação, sob um mesmo suporte – o computador -, de diversas formatações de mensagens. Esta revolução digital implica, progressivamente, a passagem do mass media (cujos símbolos são a TV, o rádio, a imprensa, o cinema) para formas individualizadas de produção, difusão e estoque de informação. Aqui a circulação de informações não obedece à hierarquia da árvore (um-todos), e sim à multiplicidade do rizoma (todos-todos).

A partir de 1975, as TICs passaram por diversas expansões, ganhando novas plataformas além dos computadores. Estas plataformas incluem a TV digital, os videojogos e os celulares, sendo que estes últimos, desde 2006 passaram a ser objeto de estudo dos pesquisadores britânicos como mídias. O sociólogo espanhol Manuel Castells deixa de estudar a sociedade em rede para estudar a sociedade em redes móveis.

A presente pesquisa trata da utilização dos usos sociais dos smartphones conectados à internet pela população jovem. Na primeira fase da pesquisa (2015), os pesquisados foram alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac), situada no Gama, DF. A escolha destes sujeitos para a pesquisa

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se deu pelas características sociais observadas no grupo. São jovens de baixa renda, que já concluíram o ensino médio e prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e tiveram, neste programa do governo, a oportunidade de fazer um curso técnico e se inserir no mercado de trabalho.

Na segunda fase da pesquisa (2018) os pesquisados são jovens que cursam o ensino superior em Taguatinga (DF).

Este trabalho se apoiará nas ideias do filósofo e teórico da comunicação canadense Marshall McLuhan, que, na década de 1960, afirmou que a tecnologia pode ser considerada como extensão do corpo. McLUHAN (2007) defende que a eletricidade transformou o mundo numa aldeia global, e ao mesmo tempo, ela estaria promovendo uma “retribalização” das experiências sociais. Se aplicarmos estas ideias à realidade do século XXI, podemos observar que se aplicam com exatidão numa análise sobre a utilização dos smartphones, também considerados uma extensão do corpo.

Parte-se do pressuposto que o telefone celular – que em número de linhas habilitadas ultrapassa os 234 milhões, segundo dados da Teleco de outubro de 2018 - é o dispositivo eletrônico com o qual as pessoas têm maior contato, por ser extremamente pessoal. Segundo Pellanda (2008 apud LEMOS, 2009, p. 11-12)

O aumento de conexões resultantes da tecnologia móvel no país tem proporcionado diferentes oportunidades e desafios aos hábitos sociais e aos limites entre espaços públicos e privados. O acesso always-on [conexão permanente] com voz e dados tem aberto caminho para um novo manancial de distribuição e colaboração de informações em um contexto onde os aparelhos são “hiper-pessoais”, pois eles realmente são usados por uma só pessoa, o que não ocorre necessariamente com o computador pessoal. À medida que esses aparelhos começam a incorporar mais funcionalidades, começam a se tornar mais parecidos com computadores. Nessa perspectiva, eles têm uma grande relevância no processo de inclusão digital por serem mais baratos e estarem em condição ubíqua.

A condição ubíqua citada pelo autor refere-se à qualidade de estar em toda parte, onipresença. Computadores, mesmos os portáteis, são dispositivos maiores, dificultando sua utilização em todas as situações. Os smartphones, com seu tamanho de bolso, estão cada vez mais parecidos com os computadores em termos de componentes de hardware e software, o que os torna capazes de executar as mais diversificadas tarefas.

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As possibilidades de conexão aumentaram com o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação, de acordo com Lemos (2007 p.128):

O desenvolvimento da nova computação móvel e das novas tecnologias sem fio (laptops, palms, celulares) estabelece, no começo do século XXI, a passagem de acesso por ‘ponto de presença’ (internet fixa por cabos), ao ‘ambiente generalizado de conexão’ (internet móvel sem fio, telefones celulares, redes bluetooth e etiquetas de radiofrequência RFID) que envolvem o usuário em plena mobilidade.

A partir da perspectiva da comunicação digital e da cibercultura, esta pesquisa busca estudar o crescimento da utilização da internet nos smartphones, buscando compreender para que eles são utilizados entre os jovens, considerando o contexto social dos pesquisados. Além disso, tenta-se entender os processos de sociabilidade virtual decorrentes dessa nova realidade da comunicação digital. Para isso, serão fundamentais os conceitos do pensador da língua francesa Pierre Levy, que trata do virtual como algo que não se opõe ao real, ampliando a realidade. A cibercultura, proposta por Pierre Levy no final dos anos 90 é vista nesse estudo como surgimento de um novo real universal, fora do plano material, possibilitada pela interconexão mundial de computadores.

O propósito da pesquisa é estudar a conectividade e novos comportamentos, dentro do campo de estudo processos comunicacionais mediados pela conectividade móvel e implicações de sociabilidade virtual entre os jovens que se utilizam deste processo de conexão, diante da problemática “Para que jovens utilizam os smartphones conectados à internet?” Desta questão, derivam outros questionamentos transversais que aparecem no decorrer da pesquisa e a complementam. Entre essas questões estão: como essa tecnologia afeta a maneira como os jovens das classes C e D se comunicam?; quais são as condições de acesso e qual a infraestrutura disponível para essa utilização na região pesquisada?

Essa perspectiva nos associa à linha de pesquisa “Processos Comunicacionais na Cultura Mediática” .

A realização da pesquisa proposta justifica-se pela relevância do estudo para a comunicação e pela originalidade da investigação nesta área. Para a realização do projeto, foram consultadas bases de dados sobre pesquisas desenvolvidas no país da CAPES e programas de pós-graduação. Também foram consultadas bases de dados

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da internet, como Google Acadêmico, SCIELO e IBICT. Poucos trabalhos foram encontrados, sendo a maioria no campo da Administração, que analisam o sujeito como consumidor e tratam mais da questão observando o âmbito mercadológico. Estes estudos, no entanto, consideram principalmente as camadas média e alta da população, diferente do presente projeto de pesquisa.

Também se encontram trabalhos na área de Psicologia, Sociologia e Antropologia. No entanto, os trabalhos encontrados tratam do telefone celular comum, não fazem a análise dos celulares conectados à internet, cuja utilização tem crescido, conforme dados da TELECO: em setembro de 2014, os smartphones representavam 82,2% do total de celulares vendidos no país. Na segunda fase da pesquisa, os dados de 2018 apontam que os smartphones representam 93,9% dos aparelhos vendidos no Brasil.

A presente pesquisa analisa como a cultura contemporânea é marcada pelas inovações das tecnologias de informação e comunicação e o telefone celular conectado à internet é um dispositivo cada vez mais presente nas atividades cotidianas dos brasileiros. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018 o país conta com 209 milhões de brasileiros. Já o número de linhas de telefone celular é maior que o número de habitantes. Dados do site TELECO do final de 2018 mostram que existem 234,9 milhões de aparelhos celulares em funcionamento no Brasil. Por isso, é importante estudar como o crescimento da utilização dos smartphones com acesso à internet afeta a forma com que as pessoas se comunicam, assim como compreender para que usam as plataformas móveis. Neste trabalho, considera-se inovação - como visto por CASTRO (2011) - um conceito que vai além do viés da economia e produção, incluindo comunicação, educação e cultura.

Entre as atividades cotidianas em que se observa o uso frequente de smartphones com acesso à internet está a escola. No espaço da sala de aula, é possível verificar que as inovações tecnológicas vêm causando diferentes tipos de impacto. Conforme Kenski (1997):

As tecnologias redimensionaram o espaço da sala de aula em, pelo menos, dois aspectos. O primeiro diz respeito aos procedimentos realizados pelo grupo de alunos e professores no próprio espaço físico da sala de aula. [...] a

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possibilidade de acesso a outros locais de aprendizagem – bibliotecas, museus, centros de pesquisa, outras escolas [...] modifica toda a dinâmica das relações de ensino-aprendizagem. Em um segundo aspecto, é o próprio espaço físico da sala de aula que também se altera.

O avanço das tecnologias digitais mudou o uso do tempo e espaço na vida cotidiana das pessoas, assim como nos ambientes de aprendizagem. Portanto, o tema a ser pesquisado, além de inédito, é de relevância e interesse público.

Neste sentido, o objetivo geral é compreender para que os jovens utilizam smartphones com acesso à internet e os objetivos específicos são: averiguar se a utilização da internet em dispositivos móveis tem aumentado entre esse público; analisar as mudanças de sociabilidade presencial e virtual entre o grupo estudado e avaliar como a infraestrutura de internet disponível na região influencia as relações de sociabilidade.

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2 METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA

O trabalho tem como metodologia o estudo exploratório quali-quantitativo realizado por meio da aplicação de questionários semiestruturados4 pela plataforma

Google Formulários a 37 estudantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) das classes C e D da região administrativa Gama (primeira fase), além de entrevista em grupo focal. Na segunda fase, a aplicação dos questionários também se deu por meio da utilização da plataforma Google Formulários, desta vez para 45 estudantes, além da realização de entrevista em grupo focal. Além disso, foram utilizados referenciais teóricos e uso de fontes bibliográficas.

O estudo quali-quantitativo, de acordo com May (2004), oferece ao pesquisador a possibilidade de utilização dos dados numéricos quantitativos, e, ao mesmo tempo, permite uma abordagem mais aprofundada a partir da metodologia qualitativa.

O recorte dos sujeitos pesquisados foi feito de forma a garantir a exequibilidade da pesquisa, devido ao fato da pesquisadora trabalhar nas instituições.

Assim, serão realizados os seguintes procedimentos: 2.1 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura é fundamental para que se conheça em que estado se encontram as pesquisas relacionadas ao assunto. De acordo com Sousa (2006 p.620):

A revisão da literatura poderá sugerir ao investigador qual deverá ser a metodologia a aplicar na sua pesquisa e orientá-lo-á nos passos posteriores da pesquisa. A revisão da literatura pressupõe a pesquisa bibliográfica e a pesquisa na Internet.

A revisão de literatura permite que o pesquisador verifique se sua proposta de pesquisa de fato irá contribuir com conclusões inéditas, não só para a sua área de estudo, como para a ciência. De acordo com Bento (2012), a revisão de literatura deve

4 Questionários semiestruturados são aqueles organizados com perguntas em que o respondente tem

uma gama de opções de resposta pré-determinada e também perguntas abertas, de acordo com SOUZA (2006).

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delimitar o problema da investigação; procurar novas linhas de investigação (caso a etapa anterior tenha revelado pesquisas muito semelhantes); evitar abordagens infrutíferas; ganhar perspectivas metodológicas e identificar recomendações para pesquisas futuras.

Tendo isso em consideração, foi realizada a revisão de literatura, com pesquisas tanto em livros, como em bases de dados da internet, como Google Acadêmico, SCIELO, IBICT e CAPES. Após esse levantamento, verificou-se que existem publicações de diversas áreas relacionadas ao tema, foram encontrados 11 artigos e 7 teses de doutorado relacionados ao tema.

É importante destacar a tese “Estar no tempo, estar no mundo: a vida social dos telefones celulares em um grupo popular”. UFSC, 2010, de Sandra Rubia Silva. Este trabalho teve grande relevância na pesquisa, pois se trata de um estudo da utilização dos telefones celulares em relação aos processos simbólicos e práticas socioculturais de uma comunidade de baixa renda, em Florianópolis. A tese pertence à área da Antropologia Social. Apesar da similaridade de tema e também de grupo pesquisado, destaca-se que a presente dissertação trata do tema com abordagem da Comunicação, além disso, o foco é específico para dispositivos conectados à internet, ou seja, smartphones, diferente da tese mencionada, que trata de telefones celulares comuns.

No campo da Comunicação, é fundamental citar a tese de Adriana Souza e Silva, defendida em 2004 no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulada “Interfaces móveis de comunicação e subjetividade contemporânea de ambientes de multiusuários como espaços (virtuais) a espaços (híbridos) como ambientes de multiusuários.” O trabalho analisa, segundo a autora “a transição de espaços de sociabilidade e de comunicação do ciberespaço para os espaços híbridos”, dando ênfase aos conceitos de conceitos de ‘virtual’, ‘ciberespaço’, ‘imersão’ e ‘híbrido’.

Dentre os trabalhos em língua estrangeira, merece destaque o artigo de Maria del Consuelo e Yarto, e Gabriela de Lourdes Pedroza, intutulado “Implicaciones socioculturales del uso del teléfono celular entre jóvenes de escasos recursos”. O trabalho analisou 80 questionários respondidos por pessoas de baixa renda da região de Monterrey, no México, em 2012.

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Outro trabalho relacionado a esta pesquisa, também em língua espanhola, é o artigo de Luiz Araya-Castillo e Margarita Pedreros-Gajardo. “Usos del celular en jóvenes chilenos de bajos recursos”, de 2012. No artigo, os autores analisam os significados que os jovens atribuem à compra, posse e uso dos celulares. Estes trabalhos são referências importantes, pois analisam um recorte parecido de público pesquisado, os jovens de baixa renda. No entanto, o foco das pesquisas são os telefones celulares em geral, não especificamente os smartphones com acesso à internet.

2.2 LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS DE FONTES OFICIAIS

Os dados secundários são aqueles que não foram coletados pelo pesquisador para o trabalho em questão, mas que podem ser utilizados para dimensionar o contexto do mesmo. Neste projeto de pesquisa, foram utilizados principalmente dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Teleco.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se constitui no principal provedor de dados e informações do País, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. Já a Teleco é uma empresa de consultoria que acompanha desde 2002 o desenvolvimento do sistema de Telecomunicações no Brasil, América Latina e principais países do mundo. Ela consolida informações em indicadores e relatórios e disponibiliza estes dados em seu portal. Estes dados serão utilizados principalmente no Capítulo 4 da dissertação, que trata de dados quantitativos sobre o número de pessoas que utilizam celulares, dos sistemas operacionais dos smartphones e da infraestrutura de rede da região.

Além do IBGE e Teleco, são utilizados dados fornecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que é o órgão governamental que outorga, regulamenta e fiscaliza as Telecomunicações no Brasil. Também foram coletados dados disponíveis nos sites das operadoras de telefonia celular (TIM, Vivo, Claro e Oi), relacionados aos planos pré-pagos oferecidos, área de cobertura e velocidade da conexão à internet.

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2.3 QUESTIONÁRIOS ESTRUTURADOS

Foram aplicados questionários estruturados, ou seja, questionários organizados com perguntas fechadas, em que o entrevistado possui um número limitado de opções pré-determinadas para selecionar sua resposta.

A amostragem é semiestratificada, Sousa (2006 p648) define esta amostragem da seguinte forma:

Depois de se definirem a dimensão da amostra e as quotas de indivíduos a incluir na amostra, em função das variáveis previamente definidas (sexo, idade, profissão, nível de instrução, etc.), aleatoriamente definem-se quem serão os indivíduos a serem inquiridos em cada quota.

A opção pela delimitação do estudo às camadas de baixa renda está relacionada com a observação da integração do celular às atividades cotidianas por parte deste grupo de pessoas. Já a escolha dos smartphones com acesso à internet está vinculada ao processo de inclusão digital que esta plataforma tecnológica vem permitindo. Isso porque os valores cobrados pelos aparelhos e a popularização dos preços de acesso à internet para planos pré-pagos praticados pelas operadoras de telefonia aparentemente têm contribuído para que o smartphone se torne acessível.

Na primeira fase, este estudo dirigiu sua atenção aos jovens que estudavam em Gama, no Distrito Federal. Foi analisada a integração do smartphone às atividades cotidianas por parte deste grupo. O trabalho de campo aconteceu no período correspondente a outubro e novembro de 2015. Na segunda fase, a aplicação dos questionários e entrevista em grupo focal para jovens de Taguatinga, também no Distrito Federal, aconteceram em outubro e novembro de 2018.

Como o recorte do trabalho envolve jovens estudantes, a pesquisa em relação aos valores praticados pelas operadoras se limitou aos planos pré-pagos, em que o cliente compra um cartão de recarga no valor desejado e utiliza esse valor até seu término de acordo com as tarifas da operadora e plano controle, em que o valor é pré-determinado. O questionário foi elaborado contendo os seguintes itens: identificação do entrevistado; pedido de cooperação e aceite; instruções para responder às perguntas e as questões propriamente ditas.

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As questões elaboradas foram de múltipla escolha, pois, segundo Mattar (1994), apresentam como vantagens a facilidade de aplicação, processamento e análise; facilidade e rapidez no ato de responder e apresentam poucas chances de erros. No entanto, segundo o autor, também apresentam desvantagens, pois o respondente pode ser influenciado pelas alternativas apresentadas. Por este motivo, Mattar (1994) defende que o pesquisador deve ter o cuidado necessário na preparação das questões, para garantir que todas as opções de resposta sejam oferecidas.

Assim, para evitar erros no recolhimento de informação, Sousa (2006 p. 659) recomenda a realização de um pré-teste. Segundo o autor:

Os erros de recolha de informação podem respeitar ao questionário, à entrevista, à dinâmica desenvolvida pelo entrevistador, ao suporte físico do questionário, ao processamento de dados, etc. Daí a importância de se fazer o pré-teste de todos os questionários e de fazer com que, pelo menos, uma pessoa além do pesquisador reveja todos os dados recolhidos e tratados.

O pré-teste foi realizado tanto na primeira como na segunda fase da pesquisa e os ajustes necessários foram realizados.

2.4 GRUPO FOCAL

A opção por complementar os dados obtidos com os questionários através da realização do grupo focal aconteceu devido à necessidade de compreender com mais profundidade o tema, tendo em vista que no questionário estruturado as informações são dados com base em opções de respostas já definidas.

No caso do grupo focal, existe um roteiro de tópicos, mas é possível que os entrevistados estejam mais à vontade para relatar suas opiniões sobre o tema. Ainda sobre isso é importante ressaltar que o anonimato dos participantes foi garantido, pois, de acordo com Gibbs (2009 p.24):

Em função de sua natureza individual e pessoal, a pesquisa qualitativa levanta uma série de questões éticas, mas a maioria delas deve ser tratada antes do início da análise dos dados. Mesmo assim, é importante garantir a preservação do anonimato (se foi declarada essa garantia) e que os entrevistados saibam o destino dos dados que fornecem

(25)

3 SOCIABILIDADE NA ERA DO VIRTUAL

3.1 ACESSO ÀS REDES SOCIAIS A PARTIR DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS

As redes sociais antecedem a criação da internet, já que o ser humano sempre se organizou em comunidades com interesses compartilhados. Segundo Olivieiri (2003):

Redes são sistemas organizacionais capazes de reunir indivíduos e instituições, de forma democrática e participativa, em torno de causas afins. Estruturas flexíveis e estabelecidas horizontalmente, as dinâmicas de trabalho das redes supõem atuações colaborativas e se sustentam pela vontade e afinidade de seus integrantes, caracterizando-se como um significativo recurso organizacional para a estruturação social.

Com o surgimento da internet, e posteriormente, dos sites de relacionamento, foi possível a conexão entre pessoas distantes geograficamente, mas para isso, elas precisavam ter acesso a computadores conectados. Após a criação das plataformas móveis conectadas à internet, essas formas de interação passaram a contar com novas possibilidades, ainda mais instantâneas, como o envio de vídeos ou fotos em tempo real, onde quer que a pessoa esteja, desde haja cobertura de sinal de internet. Conforme afirmamLEMOS e LÉVY (2010, p.13):

Os novos meios de comunicação social interativos funcionam de muitos para muitos em um espaço descentralizado. A nova comunicação pública é polarizada por pessoas que fornecem, ao mesmo tempo, os conteúdos, a crítica, a filtragem e se organizam, elas mesmas, em redes de troca e de colaboração.

Facebook, Twitter e Instagram, entre outros, podem ser considerados sites de rede social, conforme definição de Recuero (2009) que afirma que “Os sites de redes sociais seriam uma categoria do grupo de softwares sociais, que seriam softwares com aplicação direta para a comunicação mediada por computador” (p.102). No entanto, de acordo com Castro (2008) essa abordagem voltada aos computadores já não é suficiente, pois as redes sociais digitais podem ser utilizadas por meio de diferentes plataformas, como smartphones, tablets, videojogos e TV digital.

Por este motivo, a análise em questão se concentra nos aplicativos utilizados pelo grupo pesquisado.

(26)

Cabe ressaltar que há autores que tratam este fenômeno como “mídias digitais”, outros o nomeiam “redes sociais”, neste trabalho, foi escolhido o termo “rede social digital”, pela abrangência do conceito. Conforme definição utilizada por Vermelho et al (2014):

Em síntese, o grupo formulou o conceito de “rede social digital” como a macroestrutura tecnológica que dá suporte a um conjunto de atores sociais (sujeitos e instituições) conectados por laços sociais [...] os quais são formados, mantidos e reforçados (ou não) por meio de interações sociais [...] As interações são concretizadas, realizadas dentro de uma relação de troca de conteúdos. Estes podem ser criados pelas mais diferentes linguagens disponíveis no formato digital: textual, sonora, audiovisual e imagética. Estas ferramentas potencializam a manutenção e a expansão dos laços sociais, além de ajudarem a visualizar as redes de relacionamento das quais cada sujeito faz parte.

3.2 PRINCIPAIS APLICATIVOS UTILIZADOS PARA SOCIALIZAÇÃO VIRTUAL: FACEBOOK, INSTAGRAM, WHATSAPP, TWITTER

O Facebook é uma rede social digital lançada em fevereiro de 2004, em que as pessoas podem criar perfis virtuais, adicionar amigos e postar conteúdo como texto, fotos, vídeos etc. Além de perfis pessoais, também é possível criar páginas e comunidades no site. Outro serviço oferecido pela rede social digital é o Messenger, um aplicativo de mensagens instantâneas que permite conversas privadas com membros da rede de amigos, ou conversas em grupo.

Na primeira fase da pesquisa, no terceiro trimestre de 2014 o número de pessoas no Facebook no mundo havia chegado a 1,35 bilhões de inscritos. Na segunda fase, no primeiro trimestre de 2018, o número chegou a 2,2 bilhões de usuários.

No Brasil, conforme dados divulgados pelo Facebook, o número de usuários no primeiro trimestre de 2018 era de 127 milhões de pessoas, sendo que 90% acessa a rede por meio do aplicativo. Um dos fatores que pode explicar o crescimento do Facebook é o fato de, desde 20135, as operadoras de telefonia móvel terem fechado

5 Fonte:

(27)

acordo com a empresa para oferecer aos seus clientes de planos pós-pagos e pré-pagos a possibilidade de acessar a rede social digital sem cobrança de dados. O cliente de planos pré-pagos precisa ter créditos ativos na linha, mas a navegação no Facebook não gera cobrança do tráfego de dados. Com isso, a rede aumenta o tempo de conexão desse público, que cria e compartilha mais conteúdo. Para as operadoras, o acordo também é vantajoso, pois a navegação no Facebook pode gerar acessos a outros sites, por meio dos links compartilhados.

Figura 2 - Facebook tem 2,2 bilhões de usuários no mundo e 127 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela

Fonte: elaborado pela autora

O Twitter é uma rede social digital em formato de microblog, foi fundada em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone, e surgiu a partir do conceito de envio de mensagens curtas utilizando o celular, como SMS (Short Message Service – Serviço de Mensagens Curtas), mas utilizando a internet.

Atualmente, o Twitter possui 326 milhões de usuários ativos por mês, diferente das outras redes sociais digitais pesquisadas nesse trabalho, o Twitter tem apresentado queda no seu número de usuários ao invés de crescimento. Isso se deve à política da empresa de investigar e excluir as contas falsas (os chamados bots), além da exigência de confirmação por número de celular para a abertura de novas

(28)

contas, o que pode ajudar a inibir a criação automatizada. No Brasil, o número de usuários mensais ativos é de 8,49 milhões.

Uma das principais ferramentas do Twitter é a lista de assuntos mais comentados do momento, os Trending Topics. Os utilizadores do microblog utilizam o símbolo hashtag (#) antes de palavras ou expressões para que a ferramenta de busca localize e faça o ranking. O sucesso das hashtags foi tanto que o Facebook e o Instagram também adotaram o sistema em seus aplicativos.

Figura 3 - Twitter tem 326 milhões de usuários no mundo e 8,49 milhões no Brasil - representados proporcionalmente pela cor amarela

Fonte: elaborado pela autora

O Instagram é um aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos fundado pelo brasileiro Mike Krieger e pelo estadunidense Kevin Systrom em outubro de 2010, e contava, em outubro de 2018, com mais de 1 bilhão de pessoas inscritas pelo mundo todo. No Brasil, são mais de 50 milhões de usuários.

Ele teve sua concepção e criação pensadas exclusivamente para smartphones. Inicialmente, foi lançado apenas para dispositivos com o sistema operacional da Apple (iOS), e em abril de 2012, quando a companhia foi comprada pelo Facebook, o Instagram passou a ter versão compatível com dispositivos de sistema operacional Android. Como é impossível criar uma conta no aplicativo pelo computador, pode-se afirmar que 100% das pessoas que o utilizam, o fazem a partir de plataformas móveis.

(29)

Figura 4 - Instagram tem 1 bilhão de usuários no mundo e 50 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela

Fonte: elaborado pela autora

O WhatsApp, aplicativo para comunicação individual e em grupos, pertencente ao mesmo grupo que possui Instagram e Facebook, possui 120 milhões de usuários no Brasil e 1,5 bilhão no mundo.

Figura 5 - WhatsApp tem 1,5 bilhão de usuários no mundo e 120 milhões no Brasil – representados proporcionalmente pela cor amarela

Fonte: elaborado pela autora

Como é possível observar a partir da representação gráfica da utilização das principais redes sociais no mundo e no Brasil, o WhastApp é o que tem maior participação de brasileiros em relação ao todo, seguido pelo Facebook, Instagram e por fim, o Twitter.

(30)

4 CONTEXTUALIZAÇÃO

Este capítulo trata do contexto em que acontece a pesquisa, abordando os principais sistemas operacionais de smartphones no mercado brasileiro, a infraestrutura de cobertura no Brasil e na região do DF. Também tratará das operadoras de telefonia celular e valores praticados por elas.

O crescimento da utilização de smartphones no Brasil pode ser medido pelos números. Segundo dados de junho de 2014 da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE6), os smartphones representavam 76% do mercado de

celulares.

Figura 6 - Comparativo entre aparelhos celulares tradicionais (azul) e smartphones (vermelho)

Fonte: Captura de tela, site da ABINEE 2014

A tendência de crescimento nas vendas de smartphones e queda das vendas de telefones celulares tradicionais se confirmou, já que em 2018, conforme dados da Teleco, 94,7 % dos celulares vendidos são smartphones.

(31)

Figura 7 - Comparativo entre números de celulares e smartphones, com dados de 2014 e 2018

Fonte: elaborado pela autora

Os smartphones são aparelhos celulares que possuem um sistema operacional que possibilita que suas funções originais sejam expandidas, por meio da instalação de aplicativos compatíveis. Os principais sistemas operacionais utilizados hoje são Android e iOS.

• Android7 - Sistema Operacional baseado no núcleo do Linux, de código aberto,

lançado em setembro de 2008 para uma variedade de dispositivos móveis. Desenvolvido pela Google. Atualmente, encontra-se na versão 8,1, apelidada pelos desenvolvedores de Android Oreo. Diversas fabricantes de smartphones utilizam o sistema Android, principalmente Samsung, Motorola, LG, Sony, HTC, Huawei, entre outras.

• IOS8 - Sistema Operacional desenvolvido pela Apple, que não permite que seu

sistema seja executado em hardware9 de terceiros, rodando apenas em

dispositivos fabricados pela companhia. Foi lançado em janeiro de 2007, com o primeiro iPhone e hoje está presente também no iPod Touch, iPad e Apple TV. A única fabricante que pode utilizar o IOS é a Apple.

7 Fonte: http://source.android.com/ Acesso em 08-08-2014. 8 Fonte: https://www.apple.com/br/ios/ Acesso em 08-08-2014.

9 Hardware é unidade central de processamento dos dispositivos, a memória e os dispositivos de

(32)

Segundo dados da empresa estadunidense International Data Corporation (IDC), publicados pela Folha em fevereiro de 2014, o sistema Android liderava o mercado nacional de smartphones, com 88,73% de utilização, seguindo pelo Windows Phone, com 6%. Em terceiro lugar, estava o IOS, com 1,6% e em último o Blackberry, com 0,27%, conforme gráfico abaixo:

Figura 8 - Sistemas operacionais no Brasil em 2014

Fonte: elaborado pela autora

Em 2018, houve crescimento da utilização do iOS, chegando a 16 por cento dos usuários, ocasionando consequentemente queda na utilização do Android, que ainda permanece como mais utilizado, com 82 por cento. O sistema Windows tem cerca de um por cento, assim como outros sistemas, conforme dados da Global Stats.

88,73% 6,00%1,60% 0,27% 3,40% Android Windows Phone IOS Blackberry Outros

(33)

Figura 9 - Sistemas operacionais no Brasil em 2018

Fonte: elaborado pela autora

4.1 INFRAESTRUTURA DE REDE NO BRASIL

O Brasil é um país de proporções continentais, com 8.515.767 km² de área e 5.570 municípios, de acordo com dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE10). A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) afirma que

existe cobertura de rede de telefonia móvel em todos os municípios brasileiros. As tabelas a seguir mostram a cobertura segundo a ANATEL:

Figura 10 - Cobertura de telefonia celular por população no Brasil em outubro de 2018

Fonte: Anatel

(34)

Figura 11 - Cobertura de telefonia celular por município no Brasil em outubro de 2018

Fonte: Anatel

É importante observar que, embora a totalidade da população urbana brasileira tenha cobertura de telefonia celular, se analisarmos os dados por município, observamos que a tecnologia mais atual, LTE Advanced Pro está presente em apenas 24 por cento dos municípios, com concentração em grandes centros urbanos e capitais, ou seja, a maior parte da população brasileira (76%) não tem acesso à velocidade e qualidade de acesso proporcionadas por esta tecnologia.

Ainda assim, 96 por cento dos municípios estão cobertos pela tecnologia 3G, que permite navegação na internet e utilização dos aplicativos online.

Figura 12 - Cobertura de rede de telefonia e dados no Brasil em outubro de 2018

(35)

4.2 OPERADORAS DE TELEFONIA E VALORES PRATICADOS

No Brasil, as operadoras de telefonia celular cobrem a área urbana de todos os municípios, sendo que existem 4 operadoras principais: Vivo (74.432.000 de linhas), Claro (58.954.000 de linhas), Tim (56.241.000 de linhas) e OI (38.906.000 de linhas). Se somarmos os dados de outras operadoras menores, como Nextel, Algar e Sercomtel, o total de linhas de celular no Brasil passa de 231,8 milhões, o que permite calcular uma densidade de 110,55 celulares a cada 100 habitantes, de acordo com dados da ANATEL.

Figura 13 - Quantitativo de linhas por operadora de telefonia celular no Brasil em outubro de 2018

Fonte: elaborado pela autora conforme dados da Anatel

No DF, há cobertura para as operadoras Claro, Vivo, Tim, Oi e Nextel. As operadoras oferecem constantemente promoções para seus clientes dos planos pré-pago, que permitem acesso ilimitado a alguns aplicativos, minutos de ligações e dados para navegação na internet, entre outros. As promoções variam conforme a época.

(36)

Figura 14 - Valores pacotes pré-pagos e controle em outubro de 2018

Fonte: elaborado pela autora

As quatro operadoras de telefonia celular citadas correspondem a 99% das linhas de celular utilizadas no Brasil, conforme dados da Anatel de 2018, por este motivo, não foram considerados dados da operadora Nextel, que também opera no DF. A tabela mostra o resultado de pesquisa dos valores de planos pré-pago e controle, das quatro principais operadoras do Brasil. Para efeito da pesquisa, sempre foi levado em consideração o plano de menor valor, já que a maior parte das operadoras oferece uma gama de planos disponíveis.

A partir da observação dos valores praticados pelas operadoras, nota-se que existem diversas opções de pacotes disponíveis, com escolhas entre diário, semanal e mensal no caso dos planos pré-pagos e mensal, no caso dos planos controle.

(37)

A importância do uso de dados pode ser observada a partir do fato que todos os planos pesquisados oferecem dados e alguns dos planos incluem aplicativos como WhatsApp e Facebook.

Com a enorme quantidade de linhas habilitadas, as operadoras de telefonia celular costumam liderar as reclamações no Procon, órgão de defesa do consumidor, tanto que em 2012, o volume de queixas levou a Anatel a suspender temporariamente a venda de chips de todas as operadoras, até que se adequassem às melhorias propostas pela agência.

4.3 CELULARES COM MAIS DE UMA OPERADORA

Os celulares e smartphones GSM11 dependem da inserção de um cartão SIM

para funcionar. O cartão SIM é um circuito impresso que identifica a linha, controla e armazena dados como agenda, mensagens de texto e outros. No Brasil, esse cartão é popularmente chamado de chip. Os celulares com possibilidade de utilização de mais de dois cartões SIM são chamados Dual Chip, mas existem no mercado aparelhos com possibilidade de utilização de três e até quatro cartões SIM, chamados Multi SIM.

Figura 15 - Smartphone Xperia M Dual, da Sony, com entrada para dois cartões SIM

Fonte: Sony

11 GSM Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para Comunicações Móveis é

uma tecnologia móvel e o padrão mais popular para telefones celulares do mundo. Fonte: http://www.Teleco.com.br/tutoriais/tutorialgsm/pagina_2.asp Acesso em 18-08-2014.

(38)

O interesse do público por este tipo de aparelho aumentou no Brasil desde 2014. Segundo informações divulgadas pela versão eletrônica do Jornal Valor Econômico12, o brasileiro tem procurado smartphones dual chip na faixa de valor entre

R$ 450,00 e R$ 699,00. Raphael Rocha, gerente-geral de produtos e estratégia da LG disse, na reportagem, que 40% das vendas de smartphones são de aparelhos com mais de um chip. "A maioria dos usuários no país adota planos pré-pagos e tem interesse em manter mais de um chip para aproveitar as promoções”.

As empresas fabricantes estão atentas a este mercado em ascensão. Começaram a produzir smartphones dual chip em 2011 e, com o sucesso comercial dos aparelhos nos países em desenvolvimento, estão ampliando as opções de celulares com esta característica. No ano de 2013, segundo dados da empresa de consultoria IDC divulgados pelo portal IG13, o número de smartphones com suporte a

dois cartões SIM cresceu 680%, alcançando vendas de 5,4 milhões de unidades. "No Brasil, há muitas distinções entre os preços das tarifas das operadoras, é uma singularidade do nosso mercado", disse na reportagem Leonardo Munin, analista de mercado da IDC.

Em 2015, empresas como Samsung, Motorola, Sony e LG apostaram no mercado desde aparelhos básicos, chamados low end a aparelhos com hardware mais avançado, os chamados high end com a possibilidade de utilização de dois cartões SIM.

Em 2018, é possível entender que a tendência de aparelhos dual chip se confirmou no Brasil, já que boa parte dos aparelhos de fabricantes como Motorola e Samsung trabalham com dispositivos dual chip, mesmo os aparelhos high end. Já no caso da Apple, nenhum de seus aparelhos utiliza o sistema dual chip.

12 Fonte: http://www.valor.com.br/empresas/3083864/lojas-de-teles-e-varejistas-em-rota-de-colisao

Acesso em 18-08-2014.

13 Fonte:

(39)

5 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS – PRIMEIRA FASE DA PESQUISA

5.1 DADOS DO QUESTIONÁRIO APLICADO EM 2015

Foram aplicados 37 questionários, utilizando a ferramenta de formulários do Google, a pesquisa ficou aberta durante uma semana, o link para a resposta foi enviado por e-mail e também por WhatsApp para os alunos participantes.

Figura 16 - questionário aplicado pela autora sobre idade

Fonte: elaborado pela autora

Nota-se que a maior parte dos entrevistados possuía no momento da pesquisa até 20 anos de idade.

(40)

Figura 17 - questionário aplicado pela autora sobre posse de smartphone

Fonte: elaborado pela autora

Todos os que responderam ao questionário afirmaram possuir smartphone. Figura 18 - questionário aplicado pela autora sobre acesso à internet

Fonte: elaborado pela autora

Todos os entrevistados afirmaram possuir acesso à internet, mas a maioria (78,4%) só possuíam acesso via wifi. Apenas 21,6% possuíam acesso wifi e 3G ou 4G.

(41)

Figura 19 - questionário aplicado pela autora sobre plano de telefonia

Fonte: elaborado pela autora

Sobre os planos, a maioria dos entrevistados (81,1%) possuía plano pré-pago, 13,5% possuía planos na modalidade controle e apenas 5,4% possuía plano pós-pago.

Figura 20 - questionário aplicado pela autora sobre tempo de utilização

Fonte: elaborado pela autora

Em relação ao tempo de uso de internet no smartphone as respostas variaram bastante. 10,8% afirmaram utilizar mais de oito horas por dia, 24,3% afirmaram utilizar entre cinco e sete horas por dia, 45,9%, a maioria, afirmou utilizar entre três e cinco horas por dia, 18,9% disse utilizar entre uma e três horas por dia.

(42)

Figura 21 - questionário aplicado pela autora sobre formas de utilização

Fonte: elaborado pela autora

Sobre as formas de utilização é importante notar que as redes sociais foram a utilização mais apontada, 31 dos 37 entrevistados disseram utilizar muito. A segunda utilização mais citada foi a fotografia, com 20 dos 37 entrevistados. Quanto aos estudos e a leitura de e-books, foram os menos citados, 25 afirmaram não usar para estudos e 31 afirmaram não usar o smartphone para leitura de e-books. Quanto à utilização para fins de informação (notícias), a maioria (26 entrevistados) afirmou utilizar pouco.

Figura 22 - questionário aplicado pela autora sobre intensidade de utilização

(43)

Sobre a intensidade de utilização das redes sociais, a grande maioria (33) afirmou usar muito o WhatsApp e 4 afirmaram utilizar de forma regular, ou seja, todos os entrevistados utilizam o aplicativo, sendo a maioria de forma intensa. Quanto ao Facebook, 23 afirmaram usar muito, 10 disseram usar de maneira regular e 4 disseram usar pouco. Mais uma vez, todos os entrevistados utilizam o aplicativo.

Quanto ao Instagram, os resultados foram que a maioria (16 entrevistados) o utilizava de forma regular, 8 utilizavam muito, 10 afirmaram utilizar pouco enquanto 3 entrevistados afirmaram que não o utilizavam.

O Twitter não era utilizado pela maioria, 29 dos entrevistados. 4 entrevistados afirmaram utilizar muito o Twitter, 1 disse usar de forma regular e 3 disseram usar pouco.

Quanto ao Pinterest, a maioria disse não utilizar. 27 dos 37 entrevistados disse não usar, 8 afirmaram usar pouco e 2 responderam dizendo usar regularmente. 5.2 DADOS DO QUESTIONÁRIO APLICADO EM 2018

Em 2018, foram aplicados 45 questionários, também pela plataforma de formulários do Google. Os links foram disponibilizados pelo blog do aluno (via de comunicação institucional) e também pelo WhatsApp.

Figura 23 - questionário aplicado pela autora sobre idade

Fonte: elaborado pela autora

A maioria dos entrevistados afirmou ter até 20 anos (53,3%). 33,3% dos entrevistados disse ter entre 21 e 23 anos, 8,9% afirmaram ter mais de 26 anos e

(44)

4,4% afirmaram ter entre 24 e 26 anos, de forma que a grande maioria (86,6%) possui 23 anos ou menos.

Figura 24 - questionário aplicado pela autora sobre posse de smartphone

Fonte: elaborado pela autora

100% dos entrevistados afirmaram possuir um smartphone.

Figura 25 - questionário aplicado pela autora sobre acesso à internet

(45)

Figura 26 - questionário aplicado pela autora sobre plano de telefonia

Fonte: elaborado pela autora

Quanto ao acesso à internet, a grande maioria (93,3%) afirma ter acesso tanto pelo wifi, quanto pelas redes 3G ou 4G. 3,7% afirmaram ter acesso apenas pelo wifi.

A maioria (40% dos entrevistados) afirmou utilizar planos pré-pagos, mas quase empatada a essa maioria há a categoria dos que utilizam planos tipo controle, com 37,8% dos entrevistados. Os planos pós-pagos foram a resposta de 22,2%.

Figura 27 - questionário aplicado pela autora sobre tempo de utilização

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Em relação ao tempo de uso do smartphone, a maioria (42,2% dos entrevistados) afirmou utilizar mais de oito horas por dia. 28,9% afirmou utilizar entre cinco e sete horas diárias. 17,8% disse utilizar o smartphone entre três e cinco horas, enquanto 8,9% deles responderam utilizar o smartphone entre uma e três horas por dia. 2,2% dos entrevistados disse utilizar o smartphone conectado à internet durante menos de uma hora por dia. É importante notar que se somarmos os que utilizam mais de oito horas com os que utilizam entre cinco e sete horas, temos 71,1% que utilizam o smartphone mais do que cinco horas por dia.

Figura 28 - questionário aplicado pela autora sobre formas de utilização

Fonte: elaborado pela autora

Sobre a forma de utilização, a maioria utiliza muito as redes sociais (30 dos 45 entrevistados), 10 afirmam utilizar de forma regular e 5 afirmam utilizar pouco. Não houve nenhum entrevistado que não utiliza redes sociais.

Quanto ao uso para ver vídeos, 29 dos 45 entrevistados afirmou utilizar muito, 7 afirmaram usar de forma regular, 8 disseram utilizar pouco e um afirmou não utilizar o smartphone com essa finalidade de assistir vídeos.

Sobre o uso em relação à música, a maioria (30 dos 45 entrevistados) disse utilizar muito, 7 afirmaram utilizar de forma regular e 8 afirmaram utilizar pouco. Não houve nenhum entrevistado que não utiliza o smartphone para ouvir música.

Em relação à fotografia, os resultados foram equilibrados, sendo que 16 dos 45 entrevistados afirmaram utilizar muito, 14 afirmaram utilizar de maneira regular, 11 afirmaram usar pouco e 4 afirmaram não utilizar o smartphone para essa finalidade.

(47)

Sobre a utilização dos smartphones para a finalidade de estudar, a maioria (26 dos 45 entrevistados) afirmou utilizar de forma regular, 13 disseram usar pouco, 7 disseram usar muito e um afirmou não utilizar o aparelho para estudos.

Quanto à utilização dos aparelhos para obter notícias, a maioria (19 dos 45) disse utilizar muito, 14 disseram utilizar de maneira regular, 8 afirmaram que usam pouco e 5 responderam que não utilizam o smartphone com a finalidade de se informar.

A respeito da leitura de e-books, a maioria correspondente a 20 dos 45 entrevistados disse utilizar pouco, 11 disseram usar muito, 7 afirmaram utilizar de forma regular e outros 7 disseram não utilizar o aparelho para esta finalidade.

Sobre os jogos, a maioria (19 dos 45 entrevistados) disse utilizar pouco o aparelho para esse fim. 11 disseram não utilizar o smartphone para jogos, 8 disseram utilizar de forma regular e 7 disseram usar muito o aparelho para jogar.

Figura 29 - questionário aplicado pela autora sobre intensidade de utilização

Fonte: elaborado pela autora

Quanto ao detalhamento de utilização das redes sociais, o aplicativo mais usado pela maioria é o WhatsApp, sendo que 33 dos 45 entrevistados o utiliza muito, 8 afirma utilizar de forma regular, 4 disseram usar pouco e um dos entrevistados afirmou não utilizar o aplicativo.

(48)

Sobre o Facebook, a maioria (16 dos 45 entrevistados) afirma utilizá-lo pouco, 11 deles afirmaram não utilizar o aplicativo, 10 disseram usar de forma regular e apenas 8 disseram utilizar muito.

Quanto ao Instagram, a maioria correspondente a 29 dos 45 entrevistados disse utilizar muito, 11 responderam utilizá-lo de forma regular, 3 afirmaram não usar e 2 disseram que usam pouco.

Sobre o aplicativo do Twitter, a maioria (20 dos 45 entrevistados) não o utiliza, enquanto 13 disseram lo muito. 8 afirmaram utilizar pouco e 6 disseram utilizá-lo de maneira regular.

Quanto ao Pinterest a maioria (17 dos 45 entrevistados) o utiliza pouco, 14 deles afirmaram não utilizar o aplicativo, 11 disseram utilizá-lo de maneira regular e apenas 3 disseram utilizá-lo muito.

Sobre o Snapchat, a grande maioria (34 dos 45 entrevistados) afirmou não utilizá-lo, 8 disseram utilizar pouco, 3 responderam que utilizam de forma regular e nenhum dos entrevistados respondeu usá-lo muito.

(49)

5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS DADOS DOS QUESTIONÁRIOS DE 2015 E 2018 A comparação entre os dados da primeira fase da pesquisa com os dados da segunda fase permite observar mudanças interessantes. O perfil de idade dos entrevistados teve variação, mas tanto na primeira quanto na segunda fase, a maioria dos entrevistados possui até 20 anos no momento da aplicação do questionário e todos, em ambas as fases, possuem smartphone com acesso à internet.

Uma diferença muito clara se refere à forma de acesso. Enquanto em 2015 apenas 3,7% afirmaram possuir aceso via wifi e 3G ou 4G, em 2018 93,3% disseram ter acesso tanto por wifi quanto por 3G ou 4G.

Figura 30 - comparação entre forma de acesso

Fonte: elaborado pela autora

Esse dado indica que a maior parte do público entrevistado vive atualmente uma situação diferente, já que consegue acessar a internet mesmo fora de pontos de acesso wifi, impactando diretamente no tempo de utilização, como veremos adiante.

21,60%

78,40% 93,30%

3,70%

2015 2018

(50)

Figura 31 - comparação entre tipos de plano

Fonte: elaborado pela autora

A partir dessa comparação, é possível notar que a quantidade de planos pré-pago em 2015 (81,1%) era absolta maioria, enquanto em 2018, esse tipo de plano correspondeu a 40% do total, ainda representando maioria, mas quase empatado com a modalidade de planos controle, que em 2018 representa 37,8% do total. Sobre os planos pós-pagos, nota-se que também aumentaram significativamente, passando de 5,4% em 2015 para 22,2% em 2018. O crescimento das modalidades controle e pós-pago indica maior interesse em permanecer conectado sem depender de um ponto de acesso wifi. 81,10% 13,50% 5,40% 40% 37,80% 22,20%

pré-pago controle pós-pago

(51)

Figura 32 - comparação entre tempo de utilização

Fonte: elaborado pela autora

Sobre o tempo de utilização, em 2015, apenas 10,8% dos entrevistados disseram usar mais de 8 horas por dia, já em 2018 esse número passou para 42,2%, o que mostra um crescimento muito grande em relação ao tempo de utilização. Em 2018, ao somar as duas maiores categorias, chega-se ao número de 71,1% de jovens que utilizam o smartphone conectado à internet durante mais de 5 horas por dia, os chamados heavy users. Para efeito de comparação, ao somar o resultado das mesmas categorias em 2015, o total era de 35%, ou seja, em três anos, os heavy users dobraram. Isso significa que 7 em cada 10 jovens fica mais de 5 horas por dia conectado à internet via smartphone.

Outro dado importante a partir dessa comparação é que o número de pessoas que utiliza o smartphone conectado à internet entre 1 e 3 horas diminuiu de 18,9% em 2015 para 8,9 por cento em 2018, ou seja, a tendência é claramente de aumento do tempo de uso.

Quando os dados da comparação são relacionados às formas de utilização dos smartphones, algumas comparações mostram as tendências de mudanças de hábitos, um exemplo é o dado sobre utilização do smartphone para serviços de vídeo (como YouTube e Netflix).

10,80% 24,30% 45,90% 18,90% 0,00% 0,00% 42,20% 28,90% 17,80% 8,90% 2,20% 0,00%

mais de 8h entre 5 e 7h entre 3 e 5h entre 1 e 3h menos de 1h não usa

(52)

Figura 33 - comparação do uso do smartphone para vídeos

Fonte: elaborado pela autora

É possível observar na comparação entre 2015 e 2018 que o número de jovens que utiliza muito o celular para vídeos saltou de 27% em 2015 para 64% em 2018, nota-se então que há tendência de crescimento nesse tipo de utilização.

Outro crescimento notável nessa comparação e bastante similar ao crescimento observado em relação aos vídeos, é o de utilização para serviços de música, em que os que afirmam utilizar de forma intensa foram 67% do total em 2018, em 2015 eram apenas 27%.

Figura 34 - comparação do uso do smartphone para música

Fonte: elaborado pela autora

Houve crescimento notável também no comparativo do uso do smartphone como fonte de informações. Em 2015 o número de jovens que utilizavam muito era de apenas 5%, enquanto em 2018 esse número foi para 42%, portanto houve um aumento considerável no número de jovens que buscam notícias e se informam através do smartphone. 27% 43% 24% 5% 64% 16% 18% 2%

muito regular pouco não uso

vídeo (Youtube, Netflix) - 2015 vídeo (Youtube, Netflix) - 2018

27% 32% 38% 3% 67% 16% 18% 0%

muito regular pouco não uso

(53)

Figura 35 - comparação do uso do smartphone para acesso a notícia

Fonte: elaborado pela autora

Em relação a outros dados, houve alterações notáveis. O uso para estudos, por exemplo, teve aumento de jovens que usam de forma regular, na comparação entre 2015 (5% utilizavam de forma regular) e 2018 (58% disseram usar regularmente). Figura 36 - comparação do uso do smartphone para estudos

Fonte: elaborado pela autora

A leitura de e-books também mostrou aumento considerável, já que em 2015, a grande maioria (84%) dizia não utilizar o smartphone para esse fim, já em 2018, ao somar as categorias de uso muito (24%), uso regular (16%) e pouco (44%), o total é de 84%, ou seja, em 2018, a grande maioria utiliza o aparelho para leitura de e-books, ainda que em pouca intensidade.

5% 11% 70% 14% 42% 31% 16% 11%

muito regular pouco não uso

informação (notícias) - 2015 informação (notícias) - 2018

0% 5% 27% 68% 13% 58% 27% 2%

muito regular pouco não uso

Referências

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